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PETIÇÃO INICIAL - GUARDA PROVISÓRIA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DO FORO REGIONAL DE SANTANA DA COMARCA DE SÃO PAULO
APENSO AO PROCESSO Nº 1004954-74.2020.8.2.6.0001
Medida de Urgência	
KELLY CRISTINA SOUZA DOS SANTOS, brasileira, casada, dona do lar nascida em 23.01.1985, filha de Cleide de Souza Landim, portadora da cédula de identidade RG nº 41.937.050-X, inscrita no cadastro de pessoa física nº 330.818.008-11 e HUMBERTO DOS SANTOS, brasileiro, casado, pedreiro, nascido em 07.03.1980, filho de Amelia Maria dos Santos, portador da cédula de identidade nº 43.832.171-6, inscrito no cadastro de pessoa física nº 335.915.028-71, ambos residentes na Rua Beira Rio, 67ª, fundos, Chácara três meninas, Jardim helena, CEP 08090-277 vem por intermédio de seus advogados que esta subscreve, com escritório profissional localizado na Rua Barena, 7E, Itaim Paulista, CEP 08110-320, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar:
GUARDA PROVISÓRIA
De: CÁTIA LOPES DE SOUZA, brasileira, solteira, nascida em 05.01.1990, filha de Pedrina Moura Lopes de Souza, que se encontra em cumprimento de pena na Penitenciária Feminina da Capital, Endereço: Av. Gen. Ataliba Leonel, 656 - Carandiru, São Paulo - SP, 02088-900, sob o número de matrícula 1.059.202-0, em favor do infante ISAAC LOPES DE SOUZA, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
BREVE RELATO DO PROCESSO DE ACOLHIMENTO INSTAURADO
Foi instaurado o processo de acolhimento institucional com pedido de antecipação dos efeitos da tutela proposto pelo Ministério Público em face da genitora do menor, ISAAC LOPES SOUZA (DN 03/08/2019) atualmente com 1 ano de idade, o qual se encontra acolhido no SAICA Mae Legionária. Alega que o menor não possuí família próxima para acolhe-lo, e que por esse motivo deve ser acolhido.
Conforme mencionado em fls. 10, a genitora do menor pretende passar a guarda provisória aos autores.
O juiz proferiu decisão em fls.12, negando a guarda provisória ao casal, ante a ausência de elementos de prova que indicam que o casal possa atender aos interesses da criança.
Em fls.18 a criança foi acolhida pela instituição SAICA Mãe Legionária , sito a Rua Cristóvão Vaz, 51 – Jardim São Paulo – CEP 02041-070.
Em fls. 26, a Defensoria pública, representando a genitora, impugnou o acolhimento institucional. Manifestou concordância em manter o casal com a guarda provisória até o fim do encarceramento. Em fls. 27 manifestou concordância em deixar o menor, PROVISORIAMENTE, com os autores.
O menor atualmente se encontra acolhido.
É a síntese do necessário.
DOS FATOS
MM. juiz(a), os requerentes são, atualmente, responsáveis em atender aos interesses do menor Isaac Lopes de Souza, nascido em 03.08.2019, menor da Unidade Materno infantil, filho de Cátia Lopes de Souza, atualmente encarcerada na Penitenciária Feminina da Capital, sob a matrícula 1.059.202. Inclusive, V. Exa., já levaram o menor a uma consulta com a pediatra, conforme documento anexado aos autos. (doc 1)
A Sra. Cátia Lopes, manifesta a vontade de entregar o menor aos cuidados dos requerentes. Conforme declaração à próprio punho juntado aos autos. (doc 2)
Considerando que o menor está acolhido, é certo que a melhor alternativa a atender os interesses do menor seria a fixação da guarda provisória aos requerentes, sendo os requerentes incumbidos de todas obrigações como, prover alimento, levar o menor em consultas pediátricas, dar afeto, proporcionar uma qualidade de vida melhor, durante todo o período de encarceramento.DA CONDIÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
Inicialmente, vem os requerentes requerer à Vossa Excelência, que se digne em conceder o benefício da Justiça Gratuita, conforme assegurados pela Constituição Federal artigo 5º, LXXIV, Lei nº. 1.060/1950 e pela Lei nº.13.105/2015, artigo 98 e seguintes, destarte não possuir condições financeiras para arcar com às custas processuais e honorários advocatícios nos termos dos artigos 98 e 99, do Código de Processo Civil.
Conforme certidão juntada, os autores são isentos do pagamento de imposto de renda. A Sra. Kelly é do lar, e o Senhor Humberto é pedreiro.
DO MÉRITO
I. DA GUARDA PROVISÓRIA ATÉ O FIM DO ENCARCERAMENTO
Excelência, o menor atualmente se encontra acolhido na instituição SAICA Mãe Legionária , sito a Rua Cristóvão Vaz, 51 – Jardim São Paulo – CEP 02041-070.
Ocorre que o acolhimento institucional é medida excepcional e transitória, a qual tem como objetivo a proteção da criança, até que seja permitida sua reintegração na família natural, neste sentido esclarece o artigo 101, parágrafos 1º e 7º, ECA:
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: §1º. O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade. (grifo nosso) §7º. O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local mais próximo à residência dos pais ou responsável e, como parte do processo de reintegração familiar, sempre que identificada a necessidade, a família será incluída em programas oficiais de orientação, de apoio e de promoção social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança ou com o adolescente acolhido. (grifo nosso)
Os requerentes, possuem a confiança tanto do menor quanto da genitora, ora encarcerada. Não havendo óbices em não fixar a guarda provisória.
Lembremos que todas as medidas que dizem respeito a menores impúberes devem ser tomadas no sentido de atender as necessidades do menor.
Nesse sentido, o Art. 28 do Estatuto da criança e do adolescente estabelece a possibilidade de colocar o menor em família substituta, que atenda melhor aos interesses da criança.
Diz o Art. 19 §1 da lei nº 12.010, de 3 de agosto de 2009:
§ 1º Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
Nesse mesmo sentido, dispõe o Art. 33º do Estatuto da Criança e do Adolescente:
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
Com o intuito de prover as melhores condições a criança, o Sr. Rosival Gomes da Silva, viúvo, aposentado, nascido em 31.08.1954, inscrito no cadastro de pessoa física nº 914.524.818-49, pessoa que mantém grande afeto com a criança, assinou à próprio punho uma declaração de ajuda financeira ao menor, com uma bolsa mensal de R$300,00(trezentos reais)para atender as necessidades do menor. Podendo o valor ser descontado diretamente do seu pagamento junto ao INSS, caso V. Exa. julgue necessário. (doc3)
Excelência, é cristalino a intenção dos requerentes em prover as necessidades do menor. Requer-se a fixação da guarda provisória aos requerentes.
II. DA TUTELA ANTECIPADA
O Casal adotante pleiteia, LIMINARMENTE, a guarda provisória da criança, uma vez que existe prova inequívoca e verossimilhança do alegado, no sentido de que o infante já compareceu a consultas com o pediatra com a autorização de sua genitora.
Estão presentes os requisitos da fumaça do bom direito comprovados pelas provas colacionadas aos autos, que demonstram a alegada a responsabilidade dos requerentes em prover melhor condições ao menor.
É presente o perigo da demora, face os prejuízos que o menor poderá sofrer em relação à tratamento de saúde e sobretudo educação, pois, enquanto não tiver uma residência fixa, ainda que temporariamente, ficará sempre sob os cuidados de pessoas estranhas. O infanteque hoje se encontra acolhido, necessidade de amparo, situação apta a acarretar presumíveis danos sucessivos e irreparáveis ao menor, sendo imprescindível a intervenção imediata do Poder Judiciário.
DOS PEDIDOS
a) Seja distribuída a presente ação, por dependência, nos Autos n° 1004954-74.2020.8.2.6.0001
b) A concessão da justiça gratuita aos requerentes.
c) A concessão da tutela de urgência com a fixação guarda provisória da criança até o fim do encarceramento de sua genitora, a Sra. Cátia Lopes de Souza, atualmente encarcerada na Penitenciária Feminina da Capital, sob a matrícula 1.059.202, ao casal, ora requerentes.
d) Intimação do Ministério público para atuar como fiscal da ordem jurídica.
e) A citação da genitora do infante.
f) Ao final, requer a TOTAL PROCEDÊNCIA DA AÇÃO de guarda provisória, tendo como efeito a fixação da guarda de forma provisória até o fim do encarceramento de sua genitora.
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa o valor de R$1.000,00 (mil reais) para fins fiscais.
São Paulo, 14 de setembro de 2020
Termos em que,
Pede deferimento.
JENNIFER DE OLIVEIRA MELO	 WESLEY M. STEIN DE AMORIM
OAB/SPº 394.948		OAB/SP Nº 442.244
Rua Barena, 7E, Itaim Paulista, São Paulo, CEP: 08110-320.
E-mail: jcwadvocaciaespecializada@hotmail.com
Telefone: (11)95874-8007 (11)98799-8828 (11)95391-4655

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