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O comportamento antissocial

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- -1
PSICOLOGIA GERAL I
COMPORTAMENTO ANTISSOCIAL E 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE 
ANTISSOCIAL
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Reconhecer comportamento anti-social e transtorno da personalidade antissocial.
Ao final deste encontro, você será capaz de compreender a diferença entre comportamento antissocial e
transtorno da personalidade antissocial.
1 Comportamento antissocial
O comportamento antissocial é caracterizado pelo desprezo ou transgressão das normas da sociedade, em
alguns casos com comportamento ilegal.
Indivíduos antissociais frequentemente ignoram a possibilidade de estar afetando negativamente outras
pessoas, por falta de empatia com o sofrimento de outrem - por exemplo, produzindo ruído excessivo em um
horário inapropriado ou fazendo abertamente comentários ou julgamentos negativos.
- -3
O termo antissocial também é aplicado erroneamente a pessoas com aversão ao convívio social, introvertidas,
tímidas ou reservadas.
Clinicamente, antissocial aplica-se a atitudes contrárias e prejudiciais à sociedade ( ), não asociopatia/psicopatia
inibições ou preferências pessoais.
O comportamento antissocial pode ser de uma em psiquiatria: o transtorno de sintoma psicopatologia
.personalidade antissocial
2 Transtorno da personalidade antissocial
A psicopatia (ou sociopatia) é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caráter, ausência de
sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de
remorso e culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições (disciplina paterna inconsistente). Ou
seja, encontra-se à margem da normalidade psicoemocional e comportamental.
Embora popularmente a psicopatia seja conhecida como tal, ou como "sociopatia", cientificamente, a doença é
denominada como sinônimo do diagnóstico do transtorno de personalidade antissocial. Também pode ser
denominada de transtorno de caráter, transtorno sociopático, transtorno dissocial.
A psicopatia parece estar relacionada a algumas importantes disfunções cerebrais, sendo importante considerar
que um só único fator não é totalmente esclarecedor para causar o distúrbio; parece haver uma junção de
componentes. Embora alguns indivíduos com psicopatia mais branda não tenham tido um histórico traumático
(Principalmente nos casos mais graves, tais como sádicos e serial killers), o transtorno parece estar associado à
mistura de três principais fatores:
Disfunções cerebrais/biológicas ou traumas neurológicos.
Predisposição genética.
Traumas sociopsicológicos na infância (ex, abuso emocional, sexual, físico, negligência, violência, conflitos e
separação dos pais etc.).
Todo indivíduo antissocial possui, no mínimo, um desses componentes no histórico de sua vida, especialmente a
influência genética, entretanto, nem toda pessoa que sofreu algum tipo de abuso ou perda na infância irá tornar-
se uma psicopata sem ter uma certa influência genética ou distúrbio cerebral; assim como é inadimissível
afirmar que todo psicopata já nasce com essas características. Portanto, a junção dos três fatores torna-se
essencial; há de se considerar desde a genética, traumas psicológicos e disfunções no cérebro (especialmente no
lobo frontal e sistema límbico).
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3 Saúde mental e implicação jurídica
Em 6 de abril de 2001, o presidente da República sancionou a Lei de Saúde Mental (lei 10.216), aprovada pelo
Congresso Nacional, que ficou conhecida como a Lei da Reforma Psiquiátrica.
A regulação jurídica (civil e penal) não menciona especificamente a questão da capacidade civil dos indivíduos
acometidos de transtorno mental. Os dois primeiros artigos da LSM, entretanto, tratam da defesa dos direitos do
paciente.
 Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei,Art. 1º
são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual,
religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou
tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.
 Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ouArt. 2º
responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste
artigo.
4 Incapacidade relativa e absoluta
No que se refere à legislação civil, a capacidade está relacionada à práti-ca dos atos da vida civil, tais como,
contrair matrimônio e ad-ministrar bens.
O novo Código Civil apresenta a seguinte exposição de motivos:
Após diversas revisões na tentativa de se distinguir a incapacidade relativa e absoluta, chegou-se a seguinte
posição apoiada pela psiquiatria e psicologia.
Incapacidade absoluta 
"enfermidade ou retardamento mental“
Incapacidade relativa 
"fraqueza da mente“
O Código Civil, em seus artigos 1º e 3º, trata do tema:
 Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.Art. 1º
- -5
 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:Art. 2º
I - os menores de 16 anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
À exceção do inciso I, que contém uma cláusula objetiva, o inciso II apresenta em sua primeira parte causas
oriundas de distúrbios psíquicos, e na segunda parte causas orgânicas. O III inciso aludi os casos que se
apresentam em estado comatoso ou traumatismos. Esses casos impedem o discernimento do indivíduo e a
prática dos atos da vida civil. Sendo para estes, necessária à represen-tação, que visará suprir a capacidade.
5 Motivação e necessidades
O querer da vontade é sempre um querer motivado, além de intelectualizado. Motivação pode-se entender como
o conjunto dos meus motivos, quer dizer, de tudo aquilo que, a partir do meu interior, me move a fazer (e a
pensar e a decidir). Pode
expressar também a ajuda que me presta outra pessoa para reconhecer os meus motivos dominantes, a ter
outros mais elevados, a retificar motivos torcidos (não retos ou corretos), a ordená-los ou hierarquizá-los.
A nossa vontade necessita de razões e motivos. Um motivo é o efeito da descoberta de um valor. Há, pois, uma
estreita relação entre motivos e valores.
6 O processo de interdição do indivíduo
A deficiência mental é diferente da enfermidade mental. O deficiente mental tem um déficit de inteligência, de
cognição, que pode ser congenito ou adquirido. É um modo de ser. Já a doença mental é um processo patológico
da mente. É um quadro de loucura ou psicose. É um modo de estar. São, também, considerados enfermidade
mental os estágios deficitários adquiridos ao longo da vida, como por exemplo, as diferentes formas de
demências e a demência pós-traumática.
Necessário destacar que, nos casos de processo de interdição, o juiz deverá interrogar o interditando, conforme
alude o Código de Proces-so Civil:
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. O interditando será citado para, em dia designado, comparecer perante o juiz, que oArt. 1.181
examinará, interrogando-o minuciosamente acerca de sua vida, negócios, bens e do mais que lhe
parecer necessário para ajuizar do seu estado mental, reduzidas a auto as perguntas e respostas.
Como relatam Fiorelli e Mangini (2010 pgs. 111, 112 e113), é importante explicitar que tal interrogatório é
muito especial, pois servirá para produzir a certeza do juízo; por outro lado, é importante dar a devida atenção à
pessoa que estará sendo interrogada; explicar-lhe o que faz ali e o que irá acontecer. Muitos vão para o
interrogatório e parecem gravemente desorientados em função de sua patologia e dos ritos processuais.
Nos casos relacionados à matéria civil, é comum a atuação da equipe técnica, formada de psi-cólogo e do serviço
social jurídico, como perito do juízo ou assistente técnico das partes em ações que envolvem guarda de menores,
regulamentação de visitas, adoção, separação conjugal, perdado poder familiar, entre outras (em geral, na área
de família). Para cada caso acompanhado, forma-se uma equipe interdisciplinar que deve promover, entre outras
coisas, o levantamento de informações sobre o sujeito em conflito com a lei.
Essas informações referem-se ao histórico jurídico do sujeito em questão, histórico de saúde (se houve
internações psiquiátricas e/ou tratamento nos centros de atenção à saúde mental) e histórico sócio-familiar. A
partir das informações colhidas e compartilhadas, confecciona-se um laudo que é encaminhado ao juiz.
Silva (2003, p. 31) afirma que a principal função do psicólogo é a perí-cia judicial, realizando diligências
específicas para diagnosticar aspectos conflitivos da dinâmica familiar e consubstanciar seus resultados e con-
clusões em laudo, documento que será anexado ao processo, segundo as regras processuais e éticas.
7 Código Penal
Do ponto de vista penal existe o dilema, amplamente discutido, sobre se uma personalidade doente é imputável,
especialmente se é de origem psicótica. Mesmo que se trate de uma personalidade doente (exemplos: pessoas
sádicas, violadoras, etc.) há tendência para sustentar que há uma punição correspondente, dado que, mesmo
doente, a pessoa mantém consciência dos seus atos e pode evitar cometê-los. A imputabilidade penal implica que
a pessoa entenda a ação prati-cada como algo ilícito, ou seja, contrário à ordem jurídica e que possa agir de
acordo com esse entendimento, compreensão esta que pode es-tar prejudicada em função de psicopatologias ou,
ainda, de deficiências cognitivas.
O direito penal usa como formas de classificar a capacidade mental do agente: entendimento por parte do agente
se o ato que ele cometeu é ilegal e se mesmo sabendo que é ilegal, consegue se autodeterminar, ou seja, consegue
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não cometer o ato. Os psicopatas, no entanto, muitas vezes conseguem entender que seus atos são errados,
porém não conseguem se autodeterminar com relação ao seu entendimento, ocasionando com isso os crimes
bárbaros, podendo os psicopatas tornarem-se assassinos em série.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• Crenças sociais.
• Preconceito, estereótipos e discriminação.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Comportamento antissocial e transtorno da personalidade antissocial.
Saiba mais
Para essa aula, sugerimos que leia:
Fiorelli, J. O. Psicologia Jurídica. São Paulo: Atlas, 2010.
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	Olá!
	1 Comportamento antissocial
	2 Transtorno da personalidade antissocial
	3 Saúde mental e implicação jurídica
	4 Incapacidade relativa e absoluta
	5 Motivação e necessidades
	6 O processo de interdição do indivíduo
	7 Código Penal
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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