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Principais Vulvovaginites

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GABRIELLA PACHECO – MED102 GINECOLOGIA – 7º PERÍODO 
VULVOVAGINITES 
Microbiota vaginal normal: Bacilos de Doderlein 
Transformam o glicogênio em ácido láctico, garantindo a acidez da vagina. pH normal < 4,5 
 
VAGINOSE BACTERIANA 
Agente etiológico: Gardnerella vaginalis, também pode ser causada por Mobiluncus e Prevotella. 
 
Causas: A elevação do pH pode ser devido a exposição a ejaculação, saliva, ducha vaginal. Diminuindo a quantidade de lactobacilos, 
aumentando a proliferação de Gardnerella. 
 
Diagnóstico: Leucorreia fluida, fina, homogênea, acinzentada ou amarelada, fétida, sem dispareunia, teste das aminas positivo, 
pH vaginal > 4,5. 
 
Lâmina: Clue cells, ausência de leucócitos (ausência de inflamação). 
 
Tratamento: Metronidazol 500 mg VO 12/12h por 7 dias ou gel vaginal. 
Orientar a não fazer uso de bebida alcoolica durante o tratamento e até 48 horas após o término. 
Segunda opção: Clindamicina VO, Secnidazol, Tinidazol. 
Não tratar assintomáticas, exceto gestantes e pacientes pré procedimento ginecológico. 
Não trata o parceiro. 
 
 
 
CANDIDÍASE 
Agente etiológico: Candida albicans. 
 
Causas: Está sempre em equilíbrio com a imunidade, proliferando quando há oportunidade. 
 
Fatores de risco: DM, AIDS, gestação, obesidades, uso de corticoesteroide, uso de anticoncepcional combinado, desequilíbrio da 
microbiota (uso de antibiótico). 
 
Diagnóstico: Leucorreia grumosa, branco, em “nata”, hiperemia, intenso prurido vaginal, inodoro, disúria, teste das aminas 
negativo, pH < 4,5 (sem alteração). 
 
Lâmina: Presença de hifas e pseudo-hifas. 
 
Tratamento: Miconazol 2% creme vaginal por 7 noites ou Nistatina 14 noites. 
 Fluconazol 150mg VO DU. 
 Outras opções: Cetoconazol, Clorimazol, Anfotericina, Isoconazol. 
 Não trata o parceiro. Não trata pacientes assintomáticas. 
 
Candidíase de repetição: 4 ou mais episódios por ano. Excluir HIV e DM. 
 Tratamento: Fluconazol 150 mg D1 D4 D7, 1x por semana por 6 meses. 
Candidíase por cândida não albicans: Pacientes diabéticas, em uso de medicação imunossupressora, portadoras de HIV. 
Agente etiológico: Candida glabrata, cândida tropicalis. 
 Tratamento: Ácido bórico, por 7 a 14 noites. 
 
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 GINECOLOGIA – 7º PERÍODO 
TRICOMONÍASE 
Agente etiológico: Trichomonas vaginalis. 
 
Causas: Sexualmente transmissível, incubação de 4 a 20 dias, normalmente assintomática em homens. 
 
Diagnóstico: Leucorreia verde ou amarelada, bolhosa, abundante, fétida, presença de prurido, dispareunia, hiperemia, colpite 
tigroide ou colo “em framboesa”, teste das aminas positivo, pH > 4,5. 
 
Lâmina: Protozoários móveis. Nem sempre é encontrado. 
 
Tratamento: Metronidazol 2g VO DU ou Metronidazol 500 mg VO 12/12h por 7 dias. 
 SEMPRE tratar parceiro. 
 SEMPRE tratar pacientes assintomáticas. 
 O tratamento não pode ser por gel ou creme vaginal, deve ser feito apenas por via oral na tricomoníase. 
Orientar a não fazer uso de bebida alcoólica durante o tratamento e até 48 horas após o término. 
 
 
 
VAGINITE INFLAMATÓRIA 
Diagnóstico: Leucorreia purulenta, irritação vaginal. É mais comum em pacientes pós menopausa e ocorre pela substituição dos 
lactobacilos por estreptococos do grupo B. 
 
Tratamento: Clindamicina creme vaginal. 
 
VAGINITE POR CORPO ESTRANHO 
Diagnóstico: Leucorreia amarelada com odor fétido. É mais comum em crianças. 
 
VAGINOSE CITOLÍTICA 
 Diminuição do pH e aumento dos lactobacilos. 
 
Diagnóstico: Leucorreia esbranquiçada, com prurido e ardência. Muito parecida com a candidíase. 
 
Exame a fresco: Citólise. 
 
Tratamento: Bicabornato de sódio. 
 
 
VAGINITE ATRÓFICA 
 Ocorre a queda dos lactobacilos e aumento do pH vaginal, pela falta do estrogênio. 
 
Diagnóstico: Corrimento, mau cheiro, prurido, normalmente em pacientes durante a menopausa. 
 
Exame a fresco: Células intermediárias ou parabasais. 
 
Tratamento: Estrogênio tópico.

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