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Vulvovaginites - Aula 01

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GABRIELLA PACHECO – MED102 28/07/2022 GINECOLOGIA – 7º PERÍODO 
VULVOVAGINITES 
Microbiota vaginal normal: Bacilos de Doderlein 
Transformam o glicogênio em ácido láctico, garantindo a acidez da vagina. pH normal < 4,5 
 
Causas de aumento do fluxo genital: Fisiológica, infecciosa, presença de corpo estranho, processo neoplásico. 
 
VAGINOSE BACTERIANA 
Agente etiológico: Gardnerella vaginalis, também pode ser causada por Mobiluncus e Prevotella. 
 
Causas: A elevação do pH pode ser devido a exposição a ejaculação, saliva, ducha vaginal. Diminuindo a quantidade de lactobacilos, 
aumentando a proliferação de Gardnerella. 
 
Diagnóstico: Leucorreia fluida, fina, homogênea, acinzentada ou amarelada, fétida (odor de peixe podre), sem dispareunia, teste 
das aminas positivo, pH vaginal > 4,5. 
 
Lâmina: Clue cells, ausência de leucócitos (ausência de inflamação). 
 
Tratamento: Metronidazol 500 mg VO 12/12h por 7 dias ou gel vaginal. 
Segunda opção: Clindamicina VO, Secnidazol, Tinidazol. 
Não trata o parceiro. Não tratar assintomáticas, exceto gestantes e pacientes pré procedimento ginecológico. 
 
Orientações: Orientar a não fazer uso de bebida alcoólica durante o tratamento e até 48 horas após o término. 
 
✗ Cheiro ruim 
 
 
 
 
TRICOMONÍASE 
Agente etiológico: Trichomonas vaginalis. 
 
Causas: Sexualmente transmissível, incubação de 4 a 20 dias, normalmente assintomática em homens. 
 
Diagnóstico: Leucorreia verde ou amarelada, bolhosa, abundante, fétida, presença de prurido, dispareunia, hiperemia, colpite 
tigroide ou colo “em framboesa”, teste das aminas positivo, pH > 4,5. 
 
Lâmina: Protozoários móveis. Nem sempre é encontrado. 
 
Tratamento: Metronidazol 2g VO DU ou Metronidazol 500 mg VO 12/12h por 7 dias. 
SEMPRE tratar parceiro. SEMPRE tratar pacientes assintomáticas. 
 O tratamento não pode ser por gel ou creme vaginal, deve ser feito apenas por via oral na tricomoníase. 
 
Orientações: Orientar a não fazer uso de bebida alcoólica durante o tratamento e até 48 horas após o término. 
 
✗ Cheiro ruim + Inflamação 
 
 
GABRIELLA PACHECO – MED102 28/07/2022 GINECOLOGIA – 7º PERÍODO 
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL 
Agente etiológico: Candida albicans. 
 
Causas: Está sempre em equilíbrio com a imunidade, proliferando quando há oportunidade. 
 
Fatores de risco: DM, AIDS, gestação, obesidades, uso de corticoesteroide, uso de anticoncepcional combinado, desequilíbrio da 
microbiota (uso de antibiótico). 
 
Diagnóstico: Leucorreia grumosa, branco, em “nata”, hiperemia, intenso prurido vaginal, inodoro, disúria externa, teste das 
aminas negativo, pH < 4,5 (sem alteração). 
 
Lâmina: Presença de hifas, pseudo-hifas e esporos. 
 
Tratamento: Miconazol 2% creme vaginal por 7 noites ou Nistatina 14 noites. Fluconazol 150mg VO DU. 
 Outras opções: Cetoconazol, Clotrimazol, Anfotericina, Isoconazol. 
Não trata o parceiro. Não trata pacientes assintomáticas. 
 
Gestação: 
 Após o 1º trimestre: Qualquer formulação tópica em esquema de longa duração (14 dias). 
 Antes: Apenas Nistatina. 
 Recorrência: Tópico por 14 dias e depois usar comprimidos vaginais de Clotrimazol ou Fenticonazol, Terconazol, Iconazol, 
Miconazol. 
 
Orientações: Não interromper o tratamento durante a menstruação, evitar associações medicamentosas, higiene adequada, usar 
roupas que garantem uma boa ventilação, evitar atividade sexual durante o tratamento, cuidado com o uso de absorventes, não 
fazer duchas vaginais. 
 
Candidíase de repetição: 3 ou mais episódios por ano. Realizar teste anti-HIV e investigar Diabetes Mellitus. 
 Tratamento: Fluconazol 150 mg D1 D4 D7, 1x por semana por 6 meses. 
 
Candidíase por cândida não albicans: Pacientes diabéticas, em uso de medicação imunossupressora, portadoras de HIV. 
Agente etiológico: Candida glabrata, cândida tropicalis. 
 Tratamento: Ácido bórico, por 7 a 14 noites. 
 
✗ Inflamação 
 
 
 
VULVOVAGINITE INESPECÍFICA 
Causas: Higiene perineal precária, infecções do ap. respiratório ou de pele, infecção urinária. 
 
Clínica: Leucorreia castanha, esverdeada ou amarelada, com odor fétido, prurido, disúria, sensação de ardor, edema e eritema 
vulvar, pH vaginal entre 4,7 e 6,5. 
 
Tratamento: Orientação quanto a higiene perineal, evitar o uso de roupas apertadas ou sintéticas. 
 
 
RESUMINDO: 
 
VULVOVAGINITE AGENTE CLÍNICA MICROSCOPIA PH TESTE DAS 
AMINAS 
TRATAMENTO 
Vaginose 
Bacteriana 
Gardnerella 
vaginalis 
Odor de peixe Clue Cells > 4,5 Positivo Metronidazol 
Candidíase Candida sp. Prurido, 
Corrimento 
grumoso 
Hifas, pseudo-
hifas, esporos 
< 4,5 Negativo Fluconazol 
Tricomoníase Trichomonas 
vaginalis 
Inflamação, 
cheiro ruim 
Protozoário 
flagelado 
> 4,5 Positivo Metronidazol

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