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Atividade Bioquimica Metabolismo, Anabolismo e Catabolismo de Lipídeos 1 🧪 Atividade Bioquimica Metabolismo, Anabolismo e Catabolismo de Lipídeos 1. Qual o significado de um LDL “alto” em um paciente com hipercolesterolemia e HDL baixo? Essa situação significa um estado de dislipidemia, no qual o excesso de LDL representa uma maior quantidade de colesterol no sangue, levando em consideração que a função dessa lipoproteína é de carregar colesterol do fígado para o sangue e seu aumento traz diversos riscos, como a hipercolesterolemia. Já a diminuição do HDL colabora com o desenvolvimento da hipercolesterolemia, uma vez que a função dessa lipoproteína é de transportar colesterol do sangue para ser armazenado no fígado, e sua diminuição é prejudicial. 2. O que é uma Aterosclerose? Associe com as lipoproteínas. Quando soma do colesterol sintetizado e do colesterol obtido na dieta excede a quantidade necessária para a síntese de membranas, sais biliares e esteróides, o acúmulo patológico de colesterol (placas) pode obstruir os vasos sanguíneos, condição chamada aterosclerose. 3. O que são estatinas e qual ação bioquímica elas estão relacionadas com as dislipidemiais? Uma classe de fármacos chamada de estatinas, alguns isolados de fontes naturais e alguns sintetizados pela indústria farmacêutica, é utilizada no tratamento de pacientes com hipercolesterolemia familiar e com outras condições envolvendo níveis séricos elevados de colesterol. As estatinas assemelham-se ao mevalonato e são inibidores competitivos da HMG-CoA-redutase. 4. Como ocorre bioquimicamente a formação de uma molécula de gordura Trigliacilglicerol? Os precursores do triacilglicerol são o acil-CoA graxo e o glicerol-3-fosfato. Com a Atividade Bioquimica Metabolismo, Anabolismo e Catabolismo de Lipídeos 2 disponibilidade dessas duas moléculas estando o acil-CoA esterificado iniciará a primeira etapa denominada acilação, onde a enzima acil transferase possibilita a formação do diacilglicerol-3-fosfato que será encaminhado para a segunda reação, a formação do TAG. A enzima fosfatase retira o fosfato do diacilglicerol-3-fosfato, formando diacilglicerol que sofrerá uma incorporação de outra molécula de Acil- CoA pela acil transferase, perfazendo a formação da molécula de triacilglicerol. 5. Aponte a diferença que ocorre em um paciente bem alimentado e outro em jejum referente ao metabolismo dos lipídeos. Aponte a participação hormonal. R: No estado bem alimentado, ocorrem predominantemente os processos de lipólise, lipogênese e a biossíntese de colesterol, com grande atuação endócrina do hormônio insulina. Em contrapartida, no estado não alimentado haverá a lipólise também e a cetogênese, com grande regulação hormonal a partir da atuação do glucagon e a adrenalina. 6. Qual a importância do lipídeo conhecido como Cardiolipina e associe essa molécula com um distúrbio cardíaco? R: A cardiolipina é um tipo de glicerofosfolipídeo presente na membrana de células que possuem muita energia, como as mitocôndrias, que são abundantes nas células cardíacas. Esse lipídio possui importância fundamental na acomodação das membranas e seu defeito provoca altera nas vias metabólicas associadas à produção de energia na células cardíacas, causando uma patologia, a síndrome de Barth, que gera uma miopatia cardio - esquelética - hipertrófica. 7. O que é cetogênese no metabolismo dos lipídeos? Relacione esse metabolismo com um paciente com Diabetes tipo I. R: A cetogênese é o processo de produção de corpos cetônicos que vão para os tecidos onde a glicose não está disponível, e seu metabolismo se relaciona com a diabetes tipo I, uma vez que nessa doença a insulina não é produzida pelo pâncreas e a regulação da transformação de acetil-coa em ácidos graxos, que é regulada por esse hormônio, é prejudicada. Dessa forma, grande parte da acetil- coa é deslocada para a produção de corpos cetônicos. 8. Quais são as 3 etapas da lipólise? R: As três etapas da lipólise são a mobilização lipídica, a lançadeira de carnitina e a B-oxidação. Atividade Bioquimica Metabolismo, Anabolismo e Catabolismo de Lipídeos 3 9. Qual a relação da Acetil-CoA com a geração energética promovida do metabolismo dos lipídeos? R: Antes da beta oxidação acontecer, é preciso que o ácido graxo seja unido a uma molécula de acetil-CoA, quando o ácido graxo se une ao acetil-CoA -> forma o Acil- CoA. Para essa união acontecer uma molécula de ATP é quebrada e libera dois fosfatos -> sobrando uma molécula de AMP. Durante cada volta da beta-oxidação são formados 1 acetil-CoA, e na última volta são formados 2, no fim o acetil-CoA é enviado para o ciclo de krebs, este será consumido e vai produzir NADH e FADH, o saldo final desses entra na cadeia respiratória e forma ATP. 10. Como ocorre a mobilização dos ácidos graxos até a chegada à célula que precisa de energia quando falamos de um paciente se alimentando (alimentos ingeridos pela dieta)? R: A mobilização lipídica a partir de "gorduras" advindas da dieta pode ser descrita em 8 fases: Fase 1: Os triacilgliceróis precisam ser convertidos em partículas de gordura macroscópicas insolúveis em micelas microscópicas dispersas. Os sais biliares, como o ácido taurocólico, são produzidos a partir do colesterol no fígado e irão promover essa conversão. Os sais biliares emulsificam as gorduras da dieta no intestino delgado, formando assim, micelas mistas. Fase 2: A formação de micelas aumenta a quantidade de moléculas de lipídeos acessíveis à ação das lipases hidrossolúveis intestinais que degradam os triacilgliceróis em monoacilgliceróis (monoglicerídeos) e diacilgliceróis (diglicerídeos), ácidos graxos e glicerol. Fase 3: Os produtos da ação das lipases se difundem para dentro das células epiteliais que revestem a superfície (mucosa) intestinal onde são convertidos em triacilgliceróis. Fase 4: Os triacilgliceróis são empacotados com o colesterol da dieta e com proteínas específicas em agregados lipoproteicos, denominados QUILOMÍCRONS. Fase 5: Os QUILOMÍCRONS movem-se pelo sistema linfático e pela corrente sanguínea para os tecidos. As porções proteicas das lipoproteínas são reconhecidas por receptores nas superfícies celulares e então, na absorção de lipídeos no intestino, os quilomícrons, que possuem a apolipoproteína C-II (apoC- II), deslocam-se da mucosa intestinal para o sistema linfático e, então, alcançam a corrente sanguínea sendo enviado para os músculos e o tecido adiposo. Fase 6: A enzima extracelular lipoproteína-lipase, ativada por apoC-II nos capilares, Atividade Bioquimica Metabolismo, Anabolismo e Catabolismo de Lipídeos 4 converte triacilgliceróis em ácidos graxos e glicerol a partir de uma hidrólise. Fase 7: Os ácidos graxos entram nas células a partir de transportadores específicos nas membranas plasmáticas de células nos tecidos-alvo. Fase 8: Nos músculos, os ácidos graxos são oxidados para se obter energia. No tecido adiposo, eles são reesterificados para armazenamento na forma de triacilgliceróis. 11. Como ocorre essa mesma mobilização quando estamos em um estado de jejum e precisamos de energia? R: Em um estado de jejum, a mobilização de lipídeos dependerá da sinalização e ação dos hormônios glucagon e adrenalina que ativam a mobilização dos TAG armazenados no tecido adiposo. Esses lipídeos na forma de gotículas são revestidos por perilipinas que evitam a mobilização prematura dessas moléculas. A enzima adenilil ciclase na membrana dos adipócitos responde à adrenalina e glucagon produzindo cAMP que por sua vez ativa a proteína quinase (PKA) que abre as gotículas de gordura. Com os lipídeos expostos, podem sofrer ação das lipases e ocorre a liberação de glicerol e ácidos graxos. Os ácidos graxos liberados alcançam a corrente sanguínea e se ligam à albumina sérica sendo transportados pelo sangue aos tecidos cardíacos e musculoesqueléticos para o aporte energético.. Nas células, os ácidos graxos se desprendem das moléculas dealbumina e conseguem adentrar nas mesmas. 12. Como é formada a molécula de Malonil-CoA que é importante na síntese de lipídeos? R: A Malonil-CoA é formada a partir da reação de síntese entre a molécula de Acetil-CoA e o íon Bicarbonato advindo do CO2. A enzima atuante nesse processo é a Acetil-CoA carboxilase que possibilita a formação da Malonil-CoA a partir dos dois substratos; ocorre consumo de energia. 13. Como é a biossíntese dos Triacilgliceróis? A primeira etapa na biossíntese dos triacilgliceróis é a acilação dos dois grupos hidroxila livre do L-glicerol-3-fosfato, por duas moléculas de acil-CoA graxo, gerando diacilglicerol-3-fosfato (fosfatídico). Na via de síntese de triacilgliceróis, o ácido fosfatídico é hidrolisado pelo ácido fosfatídico fosfatase (lipina), formando 1,2-diacilglicerol. Os diacilgliceróis são convertidos em triacilgliceróis por transesterificação com um terceiro acil-CoA graxo. A velocidade da biossíntese dos triacilgliceróis é profundamente alterada pela ação de diversos hormônios. Como Atividade Bioquimica Metabolismo, Anabolismo e Catabolismo de Lipídeos 5 por exemplo a insulina, pessoas com diabetes apresentam velocidade aumentada na oxidação de gorduras e na formação de corpos cetônicos. Os hormônios glucagon e adrenalina diminuem a velocidade da glicólise e aumentam a velocidade da gliconeogênese no fígado. Os ácidos graxos liberados são oxidados para a geração de energia e a maior parte do ácido graxo captado pelo fígado é reciclada a triacilglicerol e retorna ao tecido adiposo. A atividade da PEP- carboxicinase limita a velocidade da gliceroneogênese (nos seres humanos em jejum, a gliceroneogênese no fígado, sozinha, responde pela síntese de glicerol-3- fosfato suficiente para reesterificação de até 65% dos ácidos graxos em triacilglicerol). A estimulação da gliceroneogênese leva a um aumento na síntese de moléculas de triacilglicerol no fígado, e a sua liberação na corrente sanguínea. 14. Aponte as diferenças de quilomícrons, LDL-c, HDL-c e VLDL-c? O que diferencia cada lipoproteína é a sua composição interna, os quilomícrons são constituídos 80% de triglicerídios,os VLDL por 60% de triglicerídeos, o LDL possui 50% de colesterol livre e o HDL possui maior porcentagem de proteínas.
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