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1Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
Introdução ao 
Aprendizado da Língua 
Brasileira de Sinais
Natália Xavier Pereira
2Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
Sumário
Introdução ......................................................................................................... 03
Objetivos .......................................................................................................... 04
Estrutura do Conteúdo ................................................................................... 04
Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais – Libras
Tópico 1: Semelhança entre Línguas ............................................................... 05
Resumo .......................................................................................................... 15
Leitura Complementar .................................................................................... 16
Referências Bibliográficas .............................................................................. 17
3Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 Bem-vindo ao conteúdo “Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais”. 
 As línguas de sinais são comparáveis em complexidade a quaisquer línguas orais. A 
diferença entre Libras e Língua Portuguesa, por exemplo, vai além da utilização de canais 
diferentes: está nas estruturas gramaticais de cada uma delas.
 Neste conteúdo conheceremos algumas características fundamentais de Libras para 
iniciação ao seu aprendizado e ao contato com pessoas surdas. 
 
 
Bons estudos!
4
Estrutura do Conteúdo
Objetivo
s
Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 Ao completar este material, você estará 
apto a:
1. Reconhecer os níveis linguísticos 
presentes em todas as línguas de sinais; 
2. Identificar algumas das características 
fundamentais da Língua Brasileira de Sinais 
para iniciação ao seu aprendizado e ao 
contato com pessoas surdas. 
 Para melhor compreensão do conteúdo 
estudado, este material foi dividido no 
seguinte tópico:
1. Semelhanças entre Línguas
5Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
1. Semelhanças entre Línguas 
Você pode pesquisar também sobre outros alfabetos manuais. Boas descobertas! 
 Embora cada língua de sinais tenha sua própria estrutura gramatical, surdos de países 
diferentes comunicam-se com mais facilidade uns com os outros, fato que não ocorre com 
falantes de línguas orais, que necessitam de um tempo bem maior para um entendimento. 
Isso se deve à capacidade que as pessoas surdas têm em desenvolver e aproveitar gestos 
e pantomimas para a comunicação e estarem atentos às expressões faciais e corporais 
das pessoas e devido ao fato dessas línguas terem muitos sinais que se assemelham às 
coisas representadas. Mas, como essa língua, a Língua Brasileira de Sinais foi inserida 
como disciplina curricular? 
De acordo com o parágrafo 2º do artigo 12 da Resolução do CNE/CEB nº 2/2001, 
ao aluno surdo deve ser assegurado o acesso aos conteúdos curriculares, median-
te a utilização de língua de sinais, sem prejuízo ao aprendizado da Língua Portu-
guesa. Assim, o aluno surdo passou a ter direito a mais um componente curricular: 
a Língua Brasileira de Sinais – Libras. 
6Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 Já o inciso 2º destaca que a Língua Brasileira de Sinais constituir-se-á em disciplina 
curricular optativa nos demais cursos de educação superior e na educação profissional a 
partir de um ano da publicação deste decreto. 
 No entanto, acreditamos que não basta somente a inclusão da Libras como uma 
disciplina curricular. Para garantir o atendimento educacional especializado e o acesso 
previsto nesse mesmo decreto, as instituições federais de ensino devem: 
I – promover cursos de formação de professores para: 
a) o ensino e uso da Libras; 
b) a tradução e interpretação da Libras – Língua Portuguesa; e 
c) o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas.
II – ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino da Libras e também da 
Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos.
III – prover as escolas com: 
a) professor de Libras ou instrutor de Libras; 
b) tradutor e intérprete de Libras – Língua Portuguesa; 
c) professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas 
surdas; 
d) professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística 
manifestada pelos alunos surdos. 
 A Língua Brasileira de Sinais é uma língua que tem ganhado espaço na sociedade 
por conta dos movimentos surdos em prol de seus direitos. É uma luta de muitos anos 
que caracteriza o povo surdo como um povo com cultura e língua próprias que sofre a 
opressão da sociedade majoritária impondo um padrão de cidadão sem levar em conta as 
especificidades de cada um desses cidadãos. Sendo assim, através de anos de luta, o povo 
surdo conquistou o direito de usar uma língua que possibilitasse não só a comunicação, 
mas também sua efetiva participação na sociedade.
7Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 Esperamos despertar em você o desejo de conhecer, a vontade de aprender e a 
capacidade de compreender um novo idioma, a Língua Brasileira de Sinais. 
 As pessoas acreditam que as línguas de sinais são somente um conjunto de gestos 
que interpretam as línguas orais e que a Libras é o português feito com as mãos, na qual 
os sinais substituem as palavras desta língua. Mas, entre as pessoas que acreditam que 
a Libras é realmente uma língua, há alguns que pensam que ela é limitada e expressa 
apenas informações concretas, e que não seja capaz de transmitir ideias abstratas. 
 No entanto, as pesquisas sobre as línguas de sinais atualmente demonstram que 
elas são comparáveis em complexidade a quaisquer línguas orais. Sendo assim, esses 
mitos precisam ser desfeitos porque a Libras, como toda língua de sinais, é uma língua de 
modalidade gestual-visual que utiliza como canal ou meio de comunicação movimentos 
gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão; portanto, a diferença entre 
ela e a Língua Portuguesa não está somente na utilização de canais diferentes, está nas 
estruturas gramaticais de cada língua. 
 Entretanto, uma semelhança entre as línguas é que todas são estruturadas a partir 
de unidades mímicas que formam unidades mais complexas, ou seja, todas possuem os 
seguintes níveis linguísticos: 
	  fonológico 
	  morfológico
	  sintático
	  semântico 
8Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 De acordo com Filipe e Monteiro (2008), outra semelhança entre as línguas é que os 
usuários de qualquer língua podem expressar seus pensamentos diferentemente, por isso 
uma pessoa que fala uma determinada língua a utiliza de acordo com o contexto, portanto, 
o modo de falar com um amigo não é igual ao de falar com uma pessoa estranha; assim, 
quando se aprende uma língua está aprendendo também a utilizá-la no contexto. 
No nível fonológico, estão os 
fonemas. Os fonemas só têm valor 
contrativo, não têm significado. 
Mas, a partir das regras de cada 
língua, eles se combinam para 
formar os morfemas e estes, por 
sua vez, formam uma palavra. 
Exemplo: 
Na Língua Portuguesa, os 
fonemas /m/; /n/; /s/; /a/; /e/; 
/i/ podem combinar e formar 
a palavra “meninas”.
No nível morfológico, 
está mesma palavra 
é formada pelos 
morfemas {menin-} {- a} 
{-s}. Diferentemente 
dos fonemas, cada um 
desses morfemas tem 
um significado: {menin-} 
é o radical dessa 
palavra e significa 
“criança”, “não adulto”; 
o morfema {-a} 
significa “gênero 
feminino” e 
o morfema 
{-s} significa 
“plural”. 
Jáno nível sintático 
essa palavra pode se 
combinar com outras para 
formar uma frase, que 
precisa ter um sentido 
e coerência com o 
significado das palavras 
em um contexto, o que 
corresponde aos níveis 
semântico (significado) 
e pragmático (sentido 
no contexto: onde 
está sendo usada), 
respectivamente. 
Assim, o nível 
semântico permeia 
o morfossintático. 
9Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 Os autores destacam, ainda, outra semelhança: todas as línguas possuem diferenças 
quanto ao uso em relação à região, ao grupo social, à faixa etária e ao gênero. O ensino 
oficial de uma língua sempre trabalha com a norma culta, ou seja, a norma padrão, que é 
utilizada na forma escrita e falada e sempre toma alguma região e um grupo social como 
padrão.
 Para eles, apesar da Libras ser de modalidade diferente, foi atribuído a ela o status 
de língua porque possui características em relação às diferenças regionais, socioculturais, 
entre outras, e em relação às suas estruturas porque ela também é composta pelos níveis 
“fonológico, morfológico, sintático e semântico”.
 Nesse sentido, o que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas orais 
são denominados sinais nas línguas de sinais. E esses sinais serão formados a partir 
da combinação das mãos com um determinado formato em um determinado lugar, 
podendo esse lugar ser uma parte do corpo ou em um espaço em frente ao corpo. Essas 
articulações das mãos, que podem ser comparadas aos fonemas e às vezes aos morfemas, 
são chamadas de parâmetros, portanto, na Libras podem ser encontrados os seguintes 
parâmetros: configurações da(s) mão(s); ponto de articulação; movimento; orientação/
direcionalidade e expressão facial e/ou corporal.
Configurações 
das Mãos
1 2 3 4 5 6 7
 8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31 32 33 34 35
36 37 38 39 40 41 42
43 44 45 46 47 48 49
 50 51 52 53 54 55 56
 60 61 62 63 64
10Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 Configuração da(s) mão(s) é a forma da(s) mão(s) presente no sinal. Na Língua 
Brasileira de Sinais há 64 configurações. Essas configurações podem ser feitas tanto pela 
mão dominante como com as duas mãos, dependendo do sinal. 
 Abaixo, veremos o alfabeto manual e os números em Libras, que são formados por 
algumas dessas configurações acima para representar os grafemas da Língua Portuguesa.
Alfabeto Manual
A B C D E F
G H I J K L
M N O P Q R
S T U V W X
 Y Z 1 2 3 4
5 6 7 8 9 0
11Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 Os sinais APRENDER, LARANJA, SÁBADO e DESODORANTE SPRAY têm a mesma 
configuração de mão e são sinalizados em regiões do corpo diferentes. Veja:
Mão “S” Aprender Sábado Desodorante spray 
Ponto de Articulação
 Ponto de articulação é o lugar onde incide a mão predominante 
configurada, podendo esta tocar em alguma parte do corpo ou 
estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo até a 
cabeça) e horizontal (à frente do emissor). Os sinais TRABALHAR, 
BRINCAR, PAQUERAR são feitos no espaço neutro e os sinais 
ESQUECER, APRENDER e DECORAR são realizados na testa. 
Exemplos:
12Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
Movimento
 Os sinais podem ter movimento ou não. Os sinais do quadro 
acima têm movimento, como também os sinais RIR, CHORAR 
e CONHECER, mas AJOELHAR, EM-PÉ e SENTAR não têm 
movimento. Veja os exemplos abaixo: 
 Sinais com movimento:
 Sinais sem movimento:
Orientação/direcionalidade
 Os sinais têm uma direcionalidade com relação aos parâmetros 
acima. Sendo assim, os verbos IR e VIR se opõem em relação 
à direcionalidade, assim como os verbos SUBIR e DESCER, 
ACENDER e APAGAR, ABRIR-PORTA e FECHAR-PORTA. 
 Exemplos:
13Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
Expressão Facial e/ou Corporal
 Muitos sinais, além dos quatro parâmetros mencionados 
acima, em sua configuração, têm um traço diferenciador também 
pela expressão facial e/ou corporal, como os sinais ALEGRE e 
TRISTE. Há sinais feitos somente com a bochecha, como LADRÃO, 
ATO-SEXUAL; sinais feitos com a mão e expressão facial, como 
o sinal BALA, e há ainda sinais em que sons e expressões faciais 
complementam os traços manuais, como os sinais HELICÓPTERO 
e MOTO. Conforme veremos a seguir: 
14Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 Assim, podemos afirmar que é na combinação desses quatro 
parâmetros que tem-se o sinal. No entanto, para falar com as mãos 
é preciso combinar esses elementos para formarem as palavras e 
estas formarem as frases em um determinado contexto. 
15Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
 Este material teve como objetivo apresentar algumas das características fundamentais 
da Libras para iniciação ao seu aprendizado e ao contato com pessoas surdas. Ele também 
discorreu sobre as diferenças e semelhanças entre as línguas de sinais e seus parâmetros. 
16Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
FERREIRA BRITO, L. Classificadores em LSCB. Anais do IV Encontro Nacional da 
ANPOLL, Recife, pp. 640-654, 1989. 
Uma abordagem fonológica dos Sinais da LSCB. Revista Espaço: INES, ano 1, nº 1: pp. 
20-43, 1990. 
Conferência em uma Língua de Sinais Brasileira. Anais do VII Encontro Nacional da 
ANPOLL. Vol. 2. Linguística. Goiânia. pp. 705-712, 1993. 
17Introdução ao Aprendizado da Língua Brasileira de Sinais
FERREIRA BRITO, L. Integração Social & Educação de Surdos. Rio de Janeiro: Babel 
Editora, 1993. 
 . Por uma Gramática de Língua de Sinais. Tempo Brasileiro, UFRJ. Rio de 
Janeiro, 1995. Língua Brasileira de Sinais – Brasília, 1996. 
FERREIRA BRITO; LANGEVIN, R. Negação em uma Língua de Sinais Brasileira. 
Revista Delta, Vol. 10, nº 2. pp. 309-327. PUC/SP, São Paulo, 1994.

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