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1 FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA IBEROAMERICANA FUNIBER MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL Walfredo Aurélio Gaido ATIVIDADE PRÁTICA: HANK KOLB, DIRETOR DE GARANTIA DE QUALIDADE Campinas 2022 2 WALFREDO AURÉLIO GAIDO DD132 GESTÃO DA QUALIDADE: ISO 9001 E AUDITORIA ATIVIDADE PRÁTICA: HANK KOLB, DIRETOR DE GARANTIA DE QUALIDADE Atividade prática apresentado ao Programa de Mestrado em Engenharia Industrial da Fundação Universitária Iberoamericana, como parte dos requisitos para a composição da nota final à área de Gestão da Qualidade: ISO 9001 e Auditoria. Professor Dr. José Zavala Campinas 2022 3 RESUMO A qualidade é um conceito subjetivo que, ao depender do período histórico, associa-se a percepções distintas. Dessa forma, o conceito está em constante evolução. O que todos eles têm um comum é a busca pela melhoria e o aumento do valor agregado, assim as boas práticas de qualidade são armas poderosas na hora de melhorar a percepção dos clientes e reduzir os custos. As ideias e princípios são facilmente assimiláveis e extrapoláveis, facilitando assim, sua aplicação em qualquer empresa de qualquer seguimento com baixo nível de maturidade em gestão, tornando-as mais competitivas. Esta atividade prática tem como objetivo demonstrar através de questões baseadas nno estudo de caso, quão importante é um sistema de gestão da qualidade bem implantado, onde as premissas básicas da qualidade total, tais como: foco no cliente, engajamento das pessoas, liderança, abordagem de processo, melhoria contínua, tomada de decisão baseada em evidência e gestão de relacionamento devem estar bem difundidas e compreendidas por toda a organização, assim como ter o sistema de gestão da qualidade como parte integrante do plano estratégico da organização. (NBR ISO 9001, 2015). O caso a ser avaliado neste trabalho é o do diretor de gestão de qualidade recém contratado Hank Kolb, onde o mesmo se depara com uma série de “não conformidades” referente a um produto específico e os processos envolvidos no desenvolvimento e produção do mesmo. Em entrevista com profissionais das áreas de produção, compras, manutenção, engenharia de produto e marketing, Hank Kolb se deparou com uma empresa completamente em desacordo com as premissas e definições da gestão da garantia da qualidade, além de identificar risco à segurança do cliente final. 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Exemplo de um fluxograma de produção......................................................19 Figura 2 – Exemplo de folha de verificação..................................................................20 Figura 3 – Exemplo de histograma................................................................................20 Figura 4 – Exemplo de gráfico de pareto 80/20.............................................................21 Figura 5 – Exemplo de carta de controle........................................................................22 Figura 6 – Exemplo de diagrama de dispersão..............................................................22 Figura 7 – Exemplo de diagrama de Ishikawa...............................................................23 Figura 8 – Esquema ilustrativo das dimensões da competência.....................................31 Figura 9 – Ciclo PDCA em oito passos..........................................................................32 5 LISTA DE ABREVIATURAS 5W2H – 5 (What When Who Where Why) 2 (How How much) ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas FMEA - Failure Mode Effect Analysis GUT – Gravidade Urgência Tendência ISO – International Organization for Standarization PDCA – Plan Do Check Act SETFI – Segurança Emergência Tendência Facilidade Investimento WCM – Word Class Manufacturing 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................7 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................8 2.1 A Evolução da Qualidade.........................................................................................9 2.2 Gestão da Qualidade................................................................................................11 2.2.1 Qualidade Segundo Juran.....................................................................................14 2.2.2 Qualidade Segundo Deming.................................................................................15 2.3 As Sete Ferramentas da Qualidade..........................................................................18 2.3.1 Fluxograma de Processo.......................................................................................18 2.3.2 Folha de Verificação............................................................................................19 2.3.3 Histograma...........................................................................................................20 2.3.4 Gráfico de Pareto 80/20........................................................................................21 2.3.5 Carta de Controle.................................................................................................21 2.3.6 Diagrama de Dispersão........................................................................................22 2.3.7 Diagrama de Ishikawa..........................................................................................23 2.4 Auditoria da Qualidade...........................................................................................23 2.4.1 Definição..............................................................................................................24 2.4.2 Tipos de Auditoria................................................................................................24 2.4.3 Objetivo da Auditoria da Qualidade.....................................................................25 3 GESTÃO DA QUALIDADE: ISO 9000 E AUDITORIA – CASO PRÁTICO....................................................................................................................25 3.1 Apresentação do Caso Prático.................................................................................25 3.2 Objetivo..................................................................................................................25 3.3 Resultado................................................................................................................25 REFERÊNCIAS.........................................................................................................36 7 1 INTRODUÇÃO O mundo atual está em constante mudança, as tecnologias evoluem a passos largos, as distâncias tornam-se cada vez menos significativas, a mentalidade das pessoas adapta-se a novas realidades, a competitividade é cada vez mais feroz e globalizada e a gestão do tempo é uma prioridade primordial. Tudo isto afeta o ambiente das organizações, o seu funcionamento, desempenho e rentabilidade. Frente a esse cenário, as organizações se vêm obrigadas a melhorar a eficiência das suas operações, estabelecendo objetivos claros e adotando estratégias que lhes garantam alguma vantagem competitiva. Tais estratégias têm vindo a considerar algumas preocupações decorrentes de transformações sociais e políticas, que incluem necessidades como incentivar a inovação nos produtos e processos, estimular o empreendedorismo, reconhecer a crescente importância da responsabilidade social da empresa, implementar sistemas de gestão da qualidade, sistemas de gestão ambiental ou sistemas de gestãoda segurança e saúde no trabalho. Para um número cada vez mais elevado de empresas, o caminho a seguir passa por elevar a qualidade dos seus produtos, serviços e/ou processos, buscando garantir a satisfação dos seus clientes e stakeholders. O conceito de qualidade tem evoluído ao longo do tempo e torna-se mais compreensível se analisarmos a maneira como ele tem sido compreendido e aplicado nas empresas consideradas líderes mundiais em seus seguimentos de atuação. (Lobo, 2020, p.1). A preocupação com a questão da qualidade, vem fazendo com que mais empresas implante um sistema de gestão da qualidade baseado na ISO 9001, que tem como finalidade a aplicação de métodos e mecanismos de garantia da conformidade dos seus produtos e processos com padrões de qualidade pré-estabelecidos, com o objetivo de demonstrar o compromisso das organizações com a satisfação dos seus clientes, reforçar a sua imagem e acompanhar a evolução dos mercados. (Silva, 2009, p.1). As referências normativas ISO, possuem alcance e validação a nível mundial, que visam definir as boas práticas de gestão, dar ênfase à melhoria contínua e buscar a excelência no que diz respeito à qualidade. A implementação e certificação de sistemas de gestão com base nestes referenciais é um processo voluntário suportado por cada empresa. Tais sistemas podem constituir um mecanismo para incentivar a competitividade e promover a eficiência, assim como envolver todos os colaboradores da organização em todos os seus níveis hierárquicos. Com relação a garantia da qualidade, Campos (2014, p.139) tem como definição que: 8 A garantia da qualidade é uma função da empresa, que tem como finalidade confirmar que todas as atividades da qualidade estão sendo conduzidas da forma requerida. Portanto, a garantia da qualidade é o representante do cliente dentro da organização, é a função que visa confirmar que todas as ações necessárias para atender aos anseios e/ou requisitos do cliente estão sendo conduzidas de forma adequada e completa. 9 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A Evolução da Qualidade Pode-se dizer que a qualidade passou por três grandes eras, a primeira é a era da inspeção, logo em seguida o controle estatístico da qualidade e por último a era da garantia da qualidade. A era da inspeção foi marcada primeiramente na Idade Média pelos artesãos e artífices que eram responsáveis pela fabricação de seus produtos com qualidade. Naquela época são definidos "padrões rudimentares da qualidade para bens e serviços e níveis básicos de desempenho da mão-de-obra, tendo sido determinadas as condições gerais para o trabalho humano." (Paladini, 1995). A inspeção formal só passou a ser necessária com o surgimento da produção em massa e a necessidade de peças intercambiáveis. As atividades de inspeção foram relacionadas mais formalmente com o controle da qualidade em 1922, com a publicação da obra The Control of Quality in Manufacturing de G. S. Radford. Pela primeira vez, a qualidade foi vista como responsabilidade gerencial distinta e como função independente. Do ponto de vista do controle da qualidade, a principal conquista foi a criação de um sistema racional de medidas, gabaritos e acessórios no início do século XIX. (Garvin, 2002). Nesta primeira era da qualidade a preocupação estava em verificar o produto um a um, com o intuito de que o produto não chegasse até o cliente com defeito, o foco principal estava na detecção de eventuais defeitos de fabricação, sem haver metodologia preestabelecida para executá-la. A 2º era da qualidade corresponde ao controle estatístico, neste período a inspeção foi aprimorada por meio da utilização de técnicas estatísticas. Em função do aumento da produção industrial foi inviabilizado a verificação de produtos um a um. O ano de 1931 representou um marco no movimento da qualidade. A obra Economic Control of Quality of Manufactured Product, de W. A. Shewhart, foi publicada naquele ano, conferindo pela primeira vez um caráter científico à disciplina. Grande parte do moderno controle da qualidade pode ser atribuída àquele livro. (Garvin, 2002). Com o objetivo de atender às reais necessidades dos clientes, técnicas estatísticas foram desenvolvidas para controlar a qualidade. Walter A. Shewhart reconheceu a variabilidade como inerente aos processos industriais, utilizando técnicas estatísticas para o controle de processos. 10 São criados conceitos como, risco do produtor e consumidor, probabilidade de aceitação, fração defeituosa tolerável e nível de qualidade aceitável. (Paladini, 1995). Para Garvin (2002, p.14): No período da garantia da qualidade, a qualidade passou de uma disciplina restrita e baseada na produção fabril para uma disciplina com implicações mais amplas para o gerenciamento. A prevenção de problemas continuou sendo seu objetivo fundamental, mas os instrumentos da profissão se expandiram para muito além da estatística. Essa era da qualidade ficou marcado pelo surgimento de novos elementos que constituem a qualidade, como a quantificação dos custos da qualidade, o controle total da qualidade, a engenharia da confiabilidade e o zero defeito. Surge neste momento nomes que marcaram a qualidade, como Fengenbaum, conhecido como o pai do controle da qualidade total, Crosby com o zero defeito, entre outros, este movimento pela qualidade se inicia após a 2º guerra mundial, e vai até a qualidade começar a ser vista como parte do gerenciamento estratégico da organização. Segundo Maximiano (1995, p. 160): O objetivo agora é separar os produtos bons dos ruins, através da amostragem estatística. Esta era iniciou-se com a produção em massa e teve seu auge durante a segunda guerra mundial, que gerou a necessidade de controlar com precisão a qualidade dos milhões e itens fabricados para o esforço bélico. Esta era também viu surgir o departamento de controle da qualidade na estrutura das empresas. Na próxima era a qualidade incorpora um sentido mais amplo, deixa de ser apenas qualidade do produto ou serviço para englobar todos os membros da organização, já se buscava uma visão pró-ativa em relação aos possíveis problemas, por isso a necessidade de se englobar todos na contribuição pela qualidade para impedir eventuais falhas, esta era da qualidade é conhecida como garantia da qualidade. Segundo Maximiano (1995, p. 160): A Qualidade é um problema de todos e abrange todos os aspectos da operação da empresa, ou seja, a qualidade é uma questão sistêmica. Garantindo-se a qualidade do sistema, garante-se a qualidade dos produtos e serviços. Esta mudança de filosofia significa a evolução para a era da qualidade total. 11 No movimento pela garantia da qualidade, surgi vários movimentos que nortearam a qualidade, como o zero defeito que foi o último movimento importante na era qualidade, porém outros movimentos têm grande importância, como o controle total da qualidade de Feigenbaum, estes movimentos ajudaram a expandir as fronteiras da qualidade. 2.2 Gestão da Qualidade A qualidade tem seu papel cada vez mais presente nas organizações, o que torna importante que se tenha um conceito que seja adequado às necessidades reais de cada organização. Para explicar as diferenças de percepção e interpretações do assunto, serão expostos alguns conceitos de qualidade, provenientes de diversos autores. A qualidade de um produto ou serviço está diretamente ligada à satisfação total do cliente. A satisfação total do cliente é à base de sustentação da sobrevivência de qualquer empresa. Essa satisfação do cliente deve ser buscada nas duas formas, defensiva e ofensiva. A satisfação na forma defensiva se preocupa em eliminar os fatores que desagradam o cliente, por meio da realimentação das informações do mercado, já a satisfaçãona forma ofensiva, busca antecipar as necessidades do cliente e incorporar esses fatores no produto ou serviço. (CAMPOS, 2014). Segundo Garvin (2002, p. 47) qualidade é um termo que apresenta diversas interpretações e por isso, é essencial um melhor entendimento do termo para que a qualidade possa assumir um papel estratégico. Segundo Deming (1990, p.125): A qualidade só pode ser definida em termos de quem a avalia, na opinião do operário, ele produz qualidade se puder se orgulhar de seu trabalho, uma vez que baixa qualidade significa perda de negócios e talvez de seu emprego. Alta qualidade pensa ele, manterá a empresa no ramo. Qualidade para o administrador de fábrica significa produzir a quantidade planejada e atender às especificações. Uma das frases mais famosas de Deming para conceituar qualidade é “atender continuamente às necessidades e expectativas dos clientes a um preço que eles estejam dispostos a pagar”. O modo de como a qualidade é definida e entendida em uma organização reflete a forma como é direcionada a produção de bens e serviços. Neste sentido, vários autores têm procurado dar uma definição para a qualidade que seja simples, precisa e abrangente. 12 Deming idealizou o ciclo PDCA: P significa plan (planejar), D quer dizer do (fazer), C significa control (controlar) e A, action (ação). Esse mecanismo prega que todos os processos devem ser continuamente estudados e planejados, ter suas mudanças implementadas e controladas, depois desses passos, deve-se realizar uma avaliação dos resultados obtidos. Esse ciclo deve sempre estar se desenvolvendo a fim de que depois de idealizado, implantado, medido e tendo estudado os resultados, possa novamente ser utilizado para outra melhoria, permitindo que o processo não se estagne e esteja sempre evoluindo. (Deming, 1990). É importante que se entenda a distinção entre qualidade e qualidade total. Enquanto o conceito qualidade relaciona-se mais enfaticamente à satisfação do cliente, ou melhor, eficiência e eficácia no relacionamento com o cliente, o conceito de qualidade total expande a necessidade de se ter eficácia e eficiência no relacionamento de todos os elementos que compõem o modelo da empresa inserida em um contexto mais amplo. Feigenbaum é considerado o pai do conceito de “Controle da Qualidade Total” (Total Quality Control - TQC). De acordo com sua abordagem, qualidade é um instrumento estratégico pelo qual todos os trabalhadores devem ser responsáveis. Qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com a excelência. Mais do que uma técnica de eliminação de defeitos nas operações industriais. Volta-se para fora da empresa e tem por base a orientação para o cliente. (Feigenbaum, 1991 apud Marshall, 2003). O conceito da qualidade envolve diversos elementos, com diferentes níveis de importância. O consumidor deve ser atendido considerando-se os múltiplos itens que ele considera relevante. A empresa pode vir a se fragilizar estrategicamente se der atenção demasiada a apenas um deles ou não considerar algum outro elemento. Por outro lado, o conceito de qualidade passa por um processo evolutivo, ou seja, sofre alterações ao longo do tempo para acompanhar as mudanças nas necessidades e preferências dos clientes. Sendo assim, o conceito de qualidade correto é aquele que envolve a multiplicidade de itens e o processo evolutivo, sempre com o foco no cliente. (Paladini, 1995). A interpretação do tema qualidade de forma ampla, significa qualidade de trabalho, de serviço, de informação, de processo, de divisão, pessoal, de sistema, de empresa, de objetivos etc. Seu enfoque básico é controlar a qualidade em todas as suas manifestações. O autor ainda enfatiza o papel social da empresa, no momento que educa e treina seus integrantes, promovendo a qualidade de vida de cada colaborador e em toda a nação. (Ishikawa, 1993). Confiar em uma única definição da qualidade pode causar diversos problemas. Garvin desenvolveu um trabalho onde ele utiliza cinco abordagens para definição de qualidade, quase 13 todos os conceitos de qualidade existentes se enquadram em pelo menos uma dessas abordagens, são elas: - A abordagem transcendente – Segundo Garvin (2002, p. 49) na visão transcendente, qualidade é o sinônimo de excelência inata. É não só absoluta, como também universalmente reconhecível, uma marca de padrões elevados e alto nível de realização. Na abordagem transcendente qualidade é sinônimo de excelência inata. Nestes conceitos a qualidade não pode ser medida com precisão, sendo apenas reconhecida pela experiência. - A abordagem baseada no produto - As definições baseadas no produto são bastante diferentes: veem a qualidade como uma variável precisa e mensurável. As diferenças de qualidade refletem as diferenças da quantidade de algum ingrediente ou atributo de um produto. Existem duas deduções óbvias desta abordagem, a primeira é que uma melhor qualidade só pode ser obtida a um custo mais alto. A segunda é que a qualidade vista como características inerentes aos produtos, e não como algo atribuído a eles. (Garvin, 2002). Na abordagem baseada no produto, qualidade é sinônimo de melhores características que um produto apresenta. São os conceitos que veem a qualidade como uma variável precisa e mensurável. Surgiram da literatura econômica enfatizando durabilidade, implicando que alta qualidade só pode ser obtida com alto custo. - A abordagem baseada no usuário - Na abordagem baseada no usuário a qualidade é atendimento das necessidades e preferências do consumidor. As definições baseiam-se na premissa de que a qualidade está diante dos olhos dos consumidores sendo altamente subjetiva. A avaliação dos usuários em relação as especificações são os únicos padrões próprios à qualidade. Segundo Garvin (2002, p. 52) admite-se que cada consumidor tenha diferentes desejos ou necessidades e que os produtos que atendam melhor suas preferências sejam os que eles acham os de melhor qualidade. Segundo Garvin (2002, p. 53): Praticamente todas as definições baseadas na produção identificaram a qualidade como conformidade com as especificações. Uma vez estabelecido um projeto ou uma especificação, qualquer desvio implica uma queda da qualidade. A excelência é equiparada ao atendimento das especificações e a “fazer certo da primeira vez.” - A abordagem baseada na produção - Na abordagem baseada na produção, a qualidade é vista como algo determinante na elaboração do produto sem eventuais erros, pois com menos 14 desvios na produção é possível se reduzir os custos para o cliente, tornando o mais satisfeito com seu produto. A visão de que a qualidade é a conformidade com as especificações, fazer certo da primeira vez, zero defeito, todos se enquadram na visão da abordagem baseada na produção. (Crosby, 1990). - A abordagem baseada no valor - As definições baseadas no valor levam estas ideias um passo adiante: definem, realmente, qualidade em termos de custos e preços. Assim, um produto de qualidade é um produto que oferece um desempenho ou conformidade a um preço ou custo aceitável. (Garvin, 2002). Feigenbaum é um dos grandes autores sobre a qualidade que se encaixa muito bem nessa abordagem, para ele qualidade quer dizer o melhor para certas condições do cliente. Essas condições são, o verdadeiro uso e o preço de venda do produto. (Garvin, 2002, p. 54). Abordagem baseada no valor diz que qualidade é o desempenho ou conformidade a um preço ou custo aceitável. Os conceitos consideram a qualidade em termos de custos e preços. Dentre os grandes autores da qualidade, dois merecem uma atenção especial, Juran e Deming foram os dois pioneiros do movimento da qualidade. As suas ideias foram a base para os conceitos de qualidade. 2.2.1 Qualidade Segundo Juran Juran é considerado o pai da revolução da qualidade do Japão juntamente a Deming, país ondelecionou e dirigiu ações de formação e consultoria. Modestamente, ele atribui o mérito do milagre industrial nipônico ao elevado nível dos gestores de produção e especialistas em qualidade do país. Mas os japoneses consideram Juran e Deming os grandes obreiros desse milagre. (Juran, 1992). Dentre as contribuições de Juran para a qualidade, uma das mais importantes é conhecida como trilogia de Juran, onde o gerenciamento da qualidade é realizado utilizando- se os três processos gerenciais, planejamento, controle e melhoria. (Marshall, 2003). Tudo começa com o planejamento da qualidade. O propósito do planejamento é de fornecer aos meios de produção a capacidade de fazer produtos que atendam ás necessidades dos clientes. Uma vez terminado o planejamento, os planos são entregues às equipes de produção. Essas equipes são responsáveis pela produção mais não tem como fazê-lo sem que exista algum desperdício devido a deficiências apresentadas no processo de produção. 15 Restam então as equipes de produção fazer um controle de qualidade para evitar que as deficiências se tornem pior. (Juran, 1992). O controle da qualidade é o processo para assegurar o cumprimento dos objetivos da qualidade durante as operações, o controle consiste em avaliar e comparar o desempenho real com as metas da qualidade e atuar a partir das diferenças. (Marshall, 2003, p. 75). O planejamento estratégico, quando realizado adequadamente, pode desempenhar um papel importante no estabelecimento e na manutenção da qualidade na organização. No entanto, é importante salientar que para se obter o máximo de retorno da qualidade para a organização, o planejamento estratégico deve estar aliado ao organizacional, com relação a finanças, marketing, e recursos humanos. Isso quer dizer que, o planejamento estratégico para a qualidade deve incluir o estabelecimento de metas de qualidade a curto, médio e longo prazo, a comparação de resultados de qualidade com planos de qualidade e a integração de planos de qualidade com as outras áreas estratégicas da empresa. (Marshall, 2003). Na visão de Juran o controle da qualidade deveria ser encarado como uma ferramenta de gestão, criando assim uma abertura para o estabelecimento do controle da qualidade total como foi conhecido mais tarde. O terceiro e último processo da trilogia é o aperfeiçoamento da qualidade que visa reduzir a um nível mínimo o desperdício, Juran percebeu que o desperdício também era uma oportunidade para o aperfeiçoamento. (Juran, 1992). A melhoria da qualidade é o processo para produzir com níveis elevados de execução, esse processo envolve estabelecer a infraestrutura necessária para assegurar uma constante melhoria, identificar as necessidades específicas para a criação de projetos de melhoria, fornecer recursos e treinamentos necessários as equipes para diagnosticar as causas, estimular o estabelecimento de uma solução e implementar controles para manter os resultados. (Marshall, 2003). A melhoria da qualidade deve ser considerada umas das prioridades do gestor, pois é nesta fase onde se tem a maior oportunidade de se melhorar os processos e é quando os gestores mais se descuidam da importância de se elevar o nível dos processos já existentes, para que os processos utilizados não fiquem obsoletos perante os concorrentes. 2.2.2 Qualidade Segundo Deming Deming, um engenheiro americano, considerado um dos gurus da Qualidade, auxiliou o Japão na revolução da qualidade nas organizações acontecida na segunda metade do século XX, cerca de 1950, dando palestras aos líderes industriais, auxiliando-os quanto à importância 16 de controlar a qualidade da execução dos produtos e serviços, e não somente do produto final. A melhoria do processo de produção industrial estava intimamente ligada às condições de trabalho. Deu-se então a necessidade e a importância de estudar este processo de execução das atividades industriais. (Deming, 1990). Deming induzia os gerentes a focalizar os problemas de variabilidade e suas causas. Preocupava-se especialmente com a separação das “causas especiais”, atribuídas a operadores individuais ou máquinas, das “causas comuns”, como falhas das matérias-primas que tomavam parte em várias operações e eram de responsabilidade gerencial. Ele encorajava a adotar uma abordagem sistemática para a solução dos problemas, no qual se tornou mais tarde conhecida como Plan, Do, Check, Action (PDCA) ou ciclo de Deming (Garvin, 2002). Segundo Marshall (2003, p. 78): O ciclo PDCA (planejar, executar, verificar e agir) é um método gerencial para a promoção de melhoria contínua e reflete, em suas quatro fases, a base da filosofia de melhoramento contínuo. Praticando-as de forma cíclica e ininterrupta, acaba-se por promover a melhoria contínua e sistemática na organização, consolidando a padronização de práticas. A primeira fase do ciclo PDCA planejar (Plan), consiste em definir o que é pretendido pela organização, planejar o que será feito, estabelecer metas e definir os métodos que permitirão atingir as metas propostas, a segunda fase que é executar (Do), tomar iniciativa, educar, treinar e executar o planejamento conforme as metas e métodos estabelecidos, na terceira fase verificar (Check), observar os efeitos para ver se o trabalho está sendo executado conforme planejado e a última fase agir corretamente (Action), estudar os resultados e fazer as correções de rotas se for necessário. (Maximiano, 1995). Além do ciclo PDCA, Deming também estabeleceu princípios que servem para direcionar atitudes que devem ser tomadas no intuito de melhorar continuamente a qualidade nas organizações. Os princípios de Deming para a melhoria da qualidade tornaram-se uma referência universal no ensino e na prática da qualidade. Estes princípios vêm evoluindo ao longo do tempo, desde o início de seus estudos, que ocorreu por volta de 1950, no sentido de refletir a experiência adquirida, por meio do feedback das diversas situações surgidas nas organizações em que Deming prestava consultorias e como resultado de reflexões de estudos e discussões ocorridas nos diversos seminários em que ele participou. Segundo Motta (2003, p. 51): 17 Os 14 princípios de Deming propõem o sistema cultural das organizações e algumas práticas comportamentais para transformar a infraestrutura dessas instituições. Alguns, porém, propõem práticas metodológicas, com vistas a aperfeiçoar ou melhorar processos e serviços. Os 14 princípios constituem a base para a transformação da indústria norte-americana. A adoção destes 14 princípios, acompanhada da ação correspondente, é um indicativo de que a administração pretende manter a empresa em atividade, e visa a proteger os investidores e os empregos. Estes princípios aplicam-se indistintamente a organizações pequenas e grandes, tanto na indústria de serviços quanto na de transformação. Aplicam-se igualmente a qualquer divisão de uma empresa (Deming, 1990). De acordo com Deming (1990, p. 18), os 14 princípios são: 1. Estabeleça constância de propósitos para a melhora do produto e do serviço; 2. Adote a nova filosofia. Estamos em uma nova econômica. A administração ocidental deve acordar para o desafio, conscientizar-se de suas responsabilidades e assumir a liderança no processo de transformação; 3. Deixe de depender da inspeção para atingir a qualidade, elimine a necessidade de inspeção em massa, introduzindo a qualidade no produto desde seu primeiro estágio; 4. Cesse a prática de aprovar orçamentos com base no preço. Ao invés disto, minimize o custo total; 5. Melhore constantemente o sistema de produção e de prestação de serviços, de modo a melhorar a qualidade e a produtividade e, consequentemente, reduzir de forma sistemática os custos; 6. Institua treinamento no local de trabalho; 7. Institua a liderança; 8. Elimine o medo, de tal forma que todostrabalhem de modo eficaz para a empresa; 9. Elimine as barreiras entre o departamento. As pessoas engajadas em pesquisas, projetos, vendas e produção devem trabalhar em equipe, de modo a preverem problemas de produção e de utilização do produto ou serviço; 18 10. Elimine lemas, exortações e metas para a mão-de-obra que exijam nível zero de falhas e estabeleçam novos níveis de produtividade. Tais exortações apenas geram inimizades, visto que o grosso das causas da baixa qualidade e da baixa produtividade encontram-se no sistema estando, portanto, fora do alcance dos trabalhadores; 11. Elimine padrões de trabalho (quotas) na linha de produção. Substitua-os pela liderança, elimine o processo de administração por objetivos. Elimine o processo de administração por cifras, por objetivos numéricos. Substitua-os pela administração por processos através do exemplo de líderes; 12. Remova as barreiras que privam o operário horista de seu direito de orgulhar-se de seu desempenho. Remova as barreiras que privam as pessoas da administração e da engenharia de seu direito de orgulharem- se de seu desempenho; 13. Institua um forte programa de educação e aprimoramento humano; 14. Engaje todos da empresa no processo de realizar a transformação. A transformação é da competência de todo mundo. As ideias de Deming direcionam o conhecimento a respeito da qualidade. Os seus quatorze princípios para gestão descrevem o caminho para qualidade total e devem ser aperfeiçoados continuamente. 2.3 As Sete Ferramentas da Qualidade O princípio básico dessa metodologia consiste em utilizar técnicas básicas, com pouca exigência de conhecimento estatístico, para investigar, analisar, corrigir e melhorar, continuamente, um produto, processo e serviço tendo por foco a satisfação do cliente. Essas técnicas são compostas pelas seguintes ferramentas: Fluxograma, Folha de Verificação (Coleta de Dados), Histograma, Diagrama de Pareto, Carta de Controle, Diagrama de Dispersão e o Diagrama de Ishikawa (muitas das vezes consorciado com o Brainstorming). (Campos, 2014). 2.3.1 Fluxograma 19 O fluxograma utiliza símbolos padronizados conforme Figura 1, através dos quais se pode demonstrar o fluxo de uma atividade e organizá-la logicamente. (Campos, 2014). Figura 1 – Exemplo de um fluxograma de produção. Fonte: https://www.lucidchart.com/pages/pt/modelos-e-exemplos-de-fluxograma 2.3.2 Folha de Verificação A folha de verificação é usada para coletar dados destinados à análise pelas demais ferramentas que compõem a metodologia em estudo. Não há um padrão específico de formulário para colher dado. Apesar da simplicidade que o título deixa transparecer, essa é uma etapa muito relevante para o processo, pois informações consistentes contribuem para uma investigação mais profunda. (Campos, 2014). A Figura 2 exemplifica um modelo de folha de verificação. https://www.lucidchart.com/pages/pt/modelos-e-exemplos-de-fluxograma 20 Figura 2 – Exemplo de folha de verificação. Fonte: https://smartplanilhas.com.br/planilha-gratuita/folha-de-verificacao-da-qualidade-em-excel/ 2.3.3 Histograma É um gráfico de colunas formado pela frequência com que determinada variável ocorre, o que permite visualizar a capacidade de um processo em atender uma determinada especificação. (Campos, 2014). A Figura 3 exemplifica um histograma dos registros de tempo. Figura 3 – Exemplo de histograma. Fonte: https://www.umlivroaberto.org/BookCloud/Volume_1/Marcos/view/PE103-4.html https://smartplanilhas.com.br/planilha-gratuita/folha-de-verificacao-da-qualidade-em-excel/ https://www.umlivroaberto.org/BookCloud/Volume_1/Marcos/view/PE103-4.html 21 2.3.4 Diagrama de Pareto É um gráfico de colunas conjugado com o percentual de ocorrências acumuladas onde os valores são dispostos em ordem decrescente. Nesse gráfico, indicam-se as diversas causas de um determinado problema. É conhecido como 80/20, ou seja, é comum que 80% dos problemas decorram de 20% das causas. (Selene & Stadler, 2008). A Figura 4 exemplifica um diagrama de parerto 80/20. Figura 4 – Exemplo de gráfico de pareto 80/20. Fonte: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/diagrama-ou-grafico-de-pareto-conceito/ 2.3.5 Carta de Controle É um gráfico em linha que possibilita a visualização dos dados coletados em relação aos limites de controle, mínimo, máximo e médio o que permite visualizar a performance do processo em relação aos padrões estabelecidos. (Selene & Stadler, 2008). A Figura 5 mostra um exemplo de carta de controle. https://gestaodesegurancaprivada.com.br/diagrama-ou-grafico-de-pareto-conceito/ 22 Figura 5 – Exemplo de carta de controle. Fonte: https://caetreinamentos.com.br/blog/excel/carta-controle-excel/ 2.3.6 Diagrama de Dispersão É um diagrama que demonstra se há correlação, ou não, entre duas variáveis de um determinado processo. Quando existe a correlação, ela pode ser positiva (os valores das variáveis oscilam no mesmo sentido) ou negativa (o valor de uma variável varia no sentido oposto da outra). (Selene & Stadler, 2008). A Figura 6 mostra um exemplo de diagrama de dispersão. Figura 6 – Exemplo de diagrama de dispersão. Fonte: https://hdrup.com/blog-gestao/diagrama-de-dispersao/ https://caetreinamentos.com.br/blog/excel/carta-controle-excel/ https://hdrup.com/blog-gestao/diagrama-de-dispersao/ 23 2.3.7 Diagrama de Ishikawa Essa metodologia possibilita a identificação e a categorização das possíveis causas de um problema em seis fatores: Método, Material, Mão de obra, Meio Ambiente, Máquina, Medida. É comum o uso da técnica do Brainstorming3 para se completar o Diagrama de Ishikawa. (Campos, 2014). A Figura 7 exemplifica um diagrama de Ishikawa. Figura 7 – Exemplo de diagrama de Ishikawa. Fonte: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/diagrama-de-ishikawa 2.4 Auditoria da Qualidade A auditoria da qualidade é uma ferramenta de gestão utilizada para avaliar as atividades relacionadas com o sistema de gestão da qualidade, também conhecido como SGQ normalizados pelas normas da série ISO 9000. Constitui um mecanismo de gestão de abordagem construtiva fundamental para a sua melhoria contínua. Nas organizações onde se pretende ou já esteja implementado um SGQ certificado, é mandatório a realização de auditorias. Sendo assim, surge a necessidade de qualificar técnicos com competências para fazer face a essas exigências normativas. As auditorias de gestão da qualidade se baseiam em procedimentos documentados do sistema da qualidade, atitudes e comportamentos criteriosos, exigindo uma preparação e aquisição de competências por parte dos recursos humanos envolvidos. As auditorias da qualidade são uma importante ferramenta para a gestão moderna da qualidade. Embora muitas empresas tenham desenvolvido esta função (algumas até possuem https://www.voitto.com.br/blog/artigo/diagrama-de-ishikawa 24 departamentos específicos para a sua execução), ainda não há uma total compreensão das vantagens advindas de sua aplicação. 2.4.1 Definição A auditoria é um processo sistemático, independente e documentado para obter evidencias objetivas e avalia-las objetivamente a fim de determinar até que ponto os critérios da auditoria foram cumpridos. (NBR ISO 19011, 2018). Uma auditoria da qualidade é uma avaliação planejada, programada e documentada, executada por pessoal independente da área auditada, a fim de verificar a eficácia do sistema de qualidade implantado, através da constatação de evidências objetivas e da identificação de não-conformidades, servindo como mecanismo de realimentação e aperfeiçoamento do sistema da qualidade. Com base na definição acima citada, podemos ressaltar alguns pontos importantes conforme NBR ISO 9001 (2015):a) A auditoria da qualidade pode ser realizada por qualquer pessoa da organização, desde que: - esta seja de uma outra área que não a auditada; - esta esteja treinada e capacitada para a realização da mesma. b) Uma vez que o objetivo principal da auditoria é verificar a eficácia do sistema da qualidade implantada, consequentemente seu caráter é muito mais de prevenção do que de correção de problemas. c) Por servir como mecanismo de realimentação, as auditorias são um importante sistema de informações para a administração da empresa, pois possibilitam o aperfeiçoamento da qualidade de seus produtos e serviços. 2.4.2 Tipos de Auditoria - Auditoria de sistemas - examina a eficácia do sistema de gestão da qualidade com base nos critérios de auditoria; - Auditoria de processos – avalia as atividades e métodos executados no processo com base nos procedimentos e instruções estabelecidos; - Auditoria de produto - determina a conformidade de produto com as especificações, requisitos e técnicas estabelecidas. 25 2.4.3 Objetivo da Auditoria da Qualidade Os principais objetivos de uma organização para a realização de auditorias da qualidade são: - Avaliar a conformidade dos procedimentos da qualidade com as normas estabelecidas por clientes ou pela própria empresa; - Avaliar a aderência dos métodos empregados com os procedimentos estabelecidos; - Avaliar o processo de tomada de decisão da empresa, com relação à qualidade; - Avaliar a conformidade das características da qualidade dos produtos/serviços com as especificações e requisitos estabelecidos; - Verificar e melhorar a eficácia do sistema da qualidade; - Detectar problemas potenciais da qualidade de produtos/serviços; - Permitir à administração uma visão mais profunda da empresa, gerando uma consciência para qualidade. 3 GESTÃO DA QUALIDADE: ISO 9000 E AUDITORIA – CASO PRÁTICO 3.1 Apresentação do Caso Prático – Hank Kolb, Diretor de Garantia de Qualidade Este caso prático trata-se de um estudo de caso de uma situação hipotética referente a uma organização problemas de qualidade a serem tratados por um recém contratado diretor de qualidade. O caso trás problemas com custos elevados no processo de enchimento do Greasex devido por problemas de qualidade, ineficiência da linha de produção e de projeto e desenvolvimento. 3.2 Objetivo Os objetivos deste caso prático são: 1) Quais são as causas dos problemas de qualidade da linha Greasex? 2) Que passos em geral deve dar Hank para estabelecer um programa de melhoramento contínuo na companhia? 3) Que problemas tem que superar para fazer seu trabalho? 26 4) Quais alternativas adicionais ao programa de melhoramento, Hank deveria implementar para manter um padrão de qualidade adequado? 3.3 Resultado 1) Pode-se indicar as seguintes causas para os problemas de qualidade da linha Greasex: Operador sem treinamento Em entrevista com o pessoal, Hank evidenciou que o operador da máquina da linha de enchimento das latas não estava habilitado à operar o equipamento, pois havia sido transferido recentemente para a linha de Greasex e não tinha sido treinado. Conforme NBR ISO 9001:2015, é mandatório que a organização: a) Determine a competência necessária de pessoas que realizem trabalho sob o seu controle que afete o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da qualidade; b) Assegure que essas pessoas sejam competentes, com base em educação, treinamento ou experiência apropriados; Tendo como base a norma ISO 9001 (2015) conforme já citado, a empresa deveria ter colocado um operador devidamente treinado, competente e com a experiência apropriada para a operação da linha de envaze do Greasex. Nesse sentido, Deming (1990, p.18) em um de seus princípios diz que a organização “ institua treinamento no local de trabalho”. O treinamento não é só despesas, mas sim um precioso investimento, seja na organização como nas pessoas que nela trabalham, por isso treinar e desenvolver pessoas se tornou vital para as organizações, devido as profundas transformações tecnológicas, econômicas, políticas e sociais que caracterizam o atual mercado nacional e internacional. Treinamento é o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilita-los para serem mais produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. O propósito do treinamento é aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos, influenciando seus comportamentos. (Chiavenato, 1999, p. 295). Pouca viscosidade do Greasex Ao entrevistar o pessoal da manutenção, Hank evidenciou que um equipamento que havia sido comprado para a produção de enchimento de um outro produto foi redirecionado para a produção de enchimento do Greasex, porém o citado equipamento foi projetado para manejar um produto de viscosidade mais alta que a do Greasex. 27 Para que fosse possível o manejo do Greasex pelo equipamento, a manutenção fez adaptações na máquina e modificações no equipamento sem uma análise crítica e/ou uma consulta prévia ao fabricante da máquina. Além disso, as alterações no equipamento estão gerando transtornos na produção impactando a produtividade devido a paradas constantes por desgaste excessivo da cabeça de enchimento e ajustes, fazendo com que a taxa de produção não ultrapasse os 50%. Observa-se neste caso que a organização não trabalha com times de trabalho multidisciplinares. Os relatos evidenciam uma decisão de se modificar um equipamento, que por sua vez, foi modificado, sem uma análise de riscos e um acompanhamento por parte da produção, processo, qualidade, engenharia e projetos, ficando a responsabilidade única e exclusiva da manutenção. A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo de projeto e desenvolvimento apropriado para assegurar a subsequente provisão de produtos e serviços. (NBR ISO 9001, 2015, p. 11). Organizações que trabalham com equipes multifuncionais, tem maiores índices de qualidade já que equipe significa unir pessoas com experiências profissionais diferentes em torno de um mesmo objetivo, garantindo assim uma maior flexibilidade, criatividade e produtividade. (Deming, 1990). Deste modo, a organização deve planejar ações para abordar riscos e oportunidades, assegurar que o sistema de gestão da qualidade possa alcançar seus resultados pretendidos, aumentar efeitos desejáveis e prever ou reduzir efeitos indesejáveis. Ações tomadas para abordar riscos e oportunidades devem ser apropriadas ao impacto sobre a conformidade de produtos e serviços. (NBR ISO 9001, 2015, pp. 4 e 5). Com um planejamento adequado da qualidade do produto e processo e um time multifuncional analisando criticamente os inputs e outputs dos processos durante cada fase do desenvolvimento e posteriormente produção, os desvios evidenciados por Hank teriam sido mitigados, analisados e tratados ainda no desenvolvimento, evitando problemas indesejados garantindo a qualidade e produtividade. Conforme NBR ISO 9001 (2015, p. 11) na determinação dos estágios e controles para projeto e desenvolvimento, a organização deve considerar: a) A natureza, duração e complexidade das atividades de projeto e desenvolvimento; b) Os estágios de processo requeridos, incluindo análises críticas de projeto e desenvolvimento aplicáveis; c) As atividades de verificação e validação de projeto e desenvolvimento requeridas; d) As responsabilidades e autoridades envolvidas no processo de projeto e desenvolvimento; 28 e) Os recursos internos e externos necessários para o projeto e desenvolvimento de produtos e serviços; f) A necessidade de controlar interfaces entre pessoas envolvidas no processo de projeto e desenvolvimento; g) A necessidade de envolvimento de clientes e usuários no processo de projeto e desenvolvimento; h) Os requisitos para a provisão subsequente de produtose serviços; i) O nível de controle esperado para o processo de projeto e desenvolvimento por clientes e outras partes interessadas pertinentes; j) A informação documentada necessária para demonstrar que os requisitos de projeto e desenvolvimento sejam atendidos. Irregularidades na aba interior da cabeça da boquilha de plástico Hank evidenciou junto a área de compras que um problema de qualidade na cabeça da boquilha de plástico gerava problemas no ajuste da tampa da lata. Por conta desses problemas, a manutenção alterou os parâmetros de processo da máquina de enchimento, aumentando a aplicação de pressão da cabeça de enchimento, compensando a não conformidade existente na cabeça da boquilha de plástico, forçando a passagem das cabeças da boquilha apesar da não conformidade existente no componente. Além das não conformidades já citadas anteriormente, a organização deve ter o controle de processos, produtos e serviços providos externamente. A organização deve assegurar que processos, produtos e serviços providos externamente estejam em conformidade com os requisitos. (NBR ISO 9001, 2015, p. 13). Pode-se identificar que a organização além de não seguir as boas práticas quanto ao planejamento da qualidade, também ignorou os métodos e ferramentas para o monitoramento e controle de processos e produtos fornecidos. A organização deve planejar ações para abordar riscos e oportunidades, assegurar que o provedor externo possa alcançar os resultados pretendidos e prever ou reduzir efeitos indesejáveis. Ações tomadas para abordar riscos e oportunidades devem ser apropriadas ao impacto sobre a conformidade dos produtos e serviços. (NBR ISO 9001, 2015, pp. 4 e 5). A empresa deveria ter assegurado que os requisitos comunicados à fonte provedora, eram suficientes para garantir a qualidade do produto e o devido monitoramento e controle do processo. Conforme NBR ISO 9001 (2015, pp. 13 e 14), deve ser comunicado aos provedores externos: a) Os processos, produtos e serviços a serem providos; 29 b) A aprovação de: 1) Produtos e serviços; 2) Métodos, processos e equipamentos; 3) Liberação de produtos e serviços. c) Competência, incluindo qualquer qualificação de pessoas requerida; d) As interações do provedor externo com a organização; e) Controle e monitoramento do desempenho do provedor externo a ser aplicado pela organização; f) Atividades de verificação ou validação que a organização, ou seus clientes, pretendam desempenhar nas Instalações do provedor externo. Para garantir um atendimento eficiente aos clientes, se faz necessário comprar materiais de qualidade. A gestão do fornecimento é aplicável à todo fornecedor que venha a impactar no resultado final do produto ou serviço. Para isso se faz necessário criar uma rotina na qual se possa otimizar a relação com os fornecedores, acompanhar seu desempenho e criar possibilidades de atender com eficiência as necessidades da organização. Design da lata Foi evidenciado por Hank em entrevista com o pessoal do design e embalagem de produto, que a lata desenvolvida para o Greasex foi modificada, tal modificação foi solicitada após uma pesquisa de mercado, onde o produto Greasex se destacou em virtude de sua aparência. Porém, nenhum teste foi realizado ou solicitado para avaliar o comportamento e os efeitos da hidrodinâmica de enchimento de uma cabeça de alta pressão para a lata com o novo design no processo de envaze. A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo de projeto e desenvolvimento apropriado para assegurar a subsequente provisão de produtos e serviços. (NBR ISO 9001, 2015, p. 11). Com base na NBR ISO 9001 (2015), a determinação dos estágios e controles para o projeto e desenvolvimento, devem considerar inúmeros critérios, porém com base na não conformidade, destacaremos dois entre eles. As atividades de verificação e validação de projeto e desenvolvimento e a informação documentada necessária para demonstrar que os requisitos de projeto e desenvolvimento sejam atendidos. Isso nada mais é que a comprovação através de testes e ensaios de que os requisitos de design realmente estão sendo atendidos. Assim como as atividades de verificação e validação são importantes, uma outra atividade dentro do processo de projeto e desenvolvimento é a gestão de mudanças. 30 A organização deve identificar, analisar criticamente e controlar mudanças feitas durante ou subsequentemente ao projeto e desenvolvimento de produtos e serviços, na extensão necessária para assegurar que não haja impacto adverso sobre a conformidade com requisitos e normas estabelecidas. A empresa deve reter informações documentadas sobre as mudanças de projeto e desenvolvimento, os resultados das análises críticas, a autorização das mudanças e as ações tomadas para prevenir impactos adversos. (NBR ISO 9001, 2015, p 12). Essa rotina não está estabelecida e implementada na empresa, onde os riscos e impactos não só dos projetos, como dos processos de modificações não são analisados criticamente gerando perdas de produtividade, custos com adequações desnecessárias, perda de qualidade e risco da perda da imagem da empresa junto ao cliente. 2) Primeiramente devemos ressaltar que todo projeto de implementação de uma sistemática de melhoramento, traz mudanças drásticas na cultura interna da organização e tem como protagonista as pessoas que fazem parte desta organização, onde seu nível de comprometimento e engajamento no processo de mudança definirá quão difícil será transpor as resistências que surgirão ao longo desse processo, por isso o comprometimento a alta gestão da organização será fundamental, desdobrando os objetivos e metas do planejamento estratégico da qualidade para os níveis tático e operacional. Como já exposto no texto do caso prático, o gerente geral Morganthal responsável pelas operações da companhia, manifestou seu total apoio ao diretor de qualidade Hank Kolb para melhorar a performance de qualidade e produtividade da organização, pois os custos dessas ineficiências estão muito elevados. Para exemplificar os passos o qual Hank poderia dar para a implementação de um programa de melhoramento na organização, esses passos foram divididos em três, sendo: O primeiro passo de Hank, tendo como base o apoio da alta administração, seria a formação de um time multifuncional de melhoria focado no projeto de implantação de uma metodologia de melhoria da qualidade, produtividade e eliminação de desperdícios. Esse time seria liderado por um funcionário já com alguns anos de companhia que conheça bem os processos da organização e o produto. O objetivo é que esse líder tenha uma boa relação interpessoal para que possa circular por todas as áreas e níveis organizacional. O segundo passo de Hank, levando em consideração o apoio da alta direção e o time multifuncional já definido, seria a criação da competência e o engajamento necessário do time de trabalho e das pessoas que fazem parte da organização. A competência é a intersecção das áreas: 31 - do conhecimento, que é o saber, envolve o saber o que, saber por que, saber para que é a capacidade de aprender. - da habilidade, que é o saber fazer, o saber como, as técnicas, o conhecimento prático as experiências. - da atitude, que é o saber ser. Ser determinado, ter atitude, responsabilidade, foco e iniciativa. Na Figura 8 temos uma representação da competência e as dimensões que a compõe. Figura 8 – Esquema ilustrativo das dimensões da competência. Fonte: Confecção própria. O conhecimento seria provido pela organização através de treinamentos, seminários e palestras, com isso, a organização se comprometeria com o processo de melhoramento, fazendo com que as pessoas se sintam parte desse processo de mudança, se comprometendo com as ações operacionais colocando em prática o conhecimento através da habilidadee atitude. É muito importante ressaltar que o engajamento das pessoas e muito importante em todo processo de mudança dentro de uma organização. Toda transformação é da competência de todos. (Deming, 1990). O terceiro passo de Hank, seria a definição de um projeto embasado em uma metodologia de análise e solução de problemas com aplicação de ferramentas da qualidade para prover dados e evidências para a devida tomada de ações corretivas e preventivas. O objetivo seria o de analisar mais profundamente os processos, identificar as perdas, identificar as causas raízes, estabelecer um plano de ações e desenvolver e validar soluções. 32 O mais indicado na situação do diretor da qualidade Hank Kolb, seria a implantação do ciclo PDCA em oito passos. A figura 9 descreve a proposta da metodologia PDCA para a melhoria dos processos e do produto da organização. Figura 9 – Ciclo PDCA em oito passos. Fonte: https://www.nossagente.net/ciclo-pdca/ Abaixo segue a definição do plano de implantação do melhoramento para a organização. - P (plan – planejar): Esta fase tem como objetivo descrever as atividades e processos por meio de um cronograma de atividades e planejamento de metas, definições dos objetivos que uma organização pretende alcançar. É nesta etapa do ciclo PDCA que a alta administração se compromete com o projeto de mudança. (Campos, 2014, p. 237). A fase de planejamento se divide em quatro passos, são eles: Passo 1 – Identificação do problema. Quais são os problemas e onde serão feitas as melhorias; Passo 2 – Análise do fenômeno. É o desdobramento do problema a partir da determinação das metas, entendendo verdadeiramente as características do problema, identificando seus focos por meio da aplicação de ferramentas da qualidade, como por exemplo gráfico de pareto. (Campos, 2014); https://www.nossagente.net/ciclo-pdca/ 33 Passo 3 – Análise do processo. Tem como objetivo entender como os processos estão operando e elaborar um diagnóstico completo a partir dessas informações. Um mapeamento de processo pode ser elaborado para auxiliar neste passo. Passo 4 – Plano de ação. Com base nos dados, evidências e analises das causas, é elaborado um plano de ações baseado no 5W2H. As priorizações das ações devem ser analisadas através de uma matriz SETFI (Segurança, Emergência, Tendência, Facilidade e Investimento) ou GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) para garantir que as causas mais simples, rápidas e de custo baixo serão tratadas de imediato. - D ( do – executar): Nesta fase, a organização executa o planejamento realizado na primeira etapa, assim, torna-se fundamental o treinamento da equipe, e algumas modificações culturais na empresa. Nesta fase, deve-se implantar os processos e atividades planejadas conforme descritas no plano de ações 5W2H. - C (check – verificar): E a fase da verificação das ações, a análise do que foi planejado e o que foi realmente executado. A comparação será sempre realizada por meio de metas e objetivos dos clientes. - A (action – agir): É a última fase, ela se divide em dois passos, que são eles: Passo 7 – Ação. Com base nos resultados alcançados, se faz a retroalimentação do ciclo PDCA. Se as ações não foram bem sucedidas, o problema volta à primeira fase novamente para uma reavaliação. Se forem identificados erros, é necessário programar soluções que alterem as suas causas. Para as ações bem sucedidas, as mesmas seguem para o passo 8. Passo 8 – Padronização. São elaboradas instruções de trabalho, instruções de inspeção e procedimentos para a definição e padronização das atividades e rotinas. As informações para a elaboração dos documentos de padronização, provem da confirmação da eficácia das ações, FMEA (Failure Mode Effect Analysis) e mapeamento de processo. A metodologia sugerida para a abordagem do Hank Kolb, vai o ajudar a visualizar todos os gaps de todos os processos da organização, mostrando, através da aplicação de técnicas e ferramentas da qualidade apropriadas e metas definidas, a implementar soluções que vão melhorar a qualidade, produtividade e reduzir custos para sua organização. 3) Os problemas que Hank Kolb deva superar, são: 34 Eliminar as barreiras entre departamentos. As pessoas engajadas em pesquisas, projetos, vendas e produção devem trabalhar em equipe, de modo a preverem problemas de produção e de utilização do produto ou serviço. (Deming, 1990). É evidente as barreiras departamentais quando, por exemplo, um lote segregado e identificado como “Suspeito” pela área da qualidade é retrabalhado de maneira diferente do requerido e fora do processo previamente estabelecido. As barreiras departamentais, faz com que as rotinas previamente estabelecidas e validades para cada processo se percam, gerando um fluxo desordenado, custos elevados e problemas de qualidade. Instituir a liderança. O objetivo da chefia deve ser o de ajudar as pessoas e as máquinas e dispositivos a executarem um trabalho melhor. (Deming, 1990). Ana lisando os relatos do caso prático, podemos observar que a chefia abordou o problema do equipamento de enchimento com descaso, pois o objetivo da produção é o de atingir a meta de produção do turno a qualquer custo, até mesmo o de trabalhar com equipamento ineficiente e lotes de produtos reprovados. Padrões de trabalho por objetivo numérico. Elimine padrões de trabalho (quotas) na linha de produção. Substitua-os pela liderança, elimine o processo de administração por objetivos. Elimine o processo de administração por cifras, por objetivos numéricos. Substitua-os pela administração por processos através do exemplo de líderes. (Deming, 1990). Conforme já exposto, processos geridos por objetivos numéricos tendem a criar inimizades, tendo em vista, que o principal fator das causas dos problemas de qualidade está no sistema. Ausência do foco no cliente e da abordagem por processo. O foco no cliente tem como objetivo garantir a capacidade de prover consistentemente produtos e serviços que atendam aos requisitos do cliente, estatuários e regulamentares, assim como abordar riscos e oportunidades associados. (NBR ISO 9001, 2015). Quanto a abordagem por processo, permite à organização a planejar seus processos e suas interações, habilitando a organização a determinar fatores que possam causar desvios nos seus processos em relação aos resultados planejados. (NBR ISO 9001, 2015). Fica evidente na entrevista que Hank fez ao pessoal do marketing que a organização não tem o foco no cliente quando disse “quem se importa com etiqueta enrugada ou se o material sair com um pouco de pressão excessiva. Precisamos de participação de mercado...”. Podemos evidenciar que a ausência da abordagem por processo quando o novo design da lata do spray foi alterado sem qualquer tipo de análise crítica do produto e processo, validação do produto ou teste funcional, gerando impactos no produto e no processo produtivo. 35 4) Uma alternativa adicional para o programa de melhoramento seria as auditorias internas para garantir a adesão das rotinas padronizadas aos requisitos definidos e as metas estabelecidas. Em uma auditoria interna ou de processo, todas as causas demostradas durante as análises do contexto do caso prático seriam identificadas e com a abordagem adequada da metodologia e das ferramentas da qualidade, seria possível uma definição de um plano de correção. Uma outra alternativa seria a de implementação do Lean Manufactoring e ou WCM (World Class Manufacturing), porém as citadas filosofias, também abordam as análises de risco e de melhoramento baseado no ciclo PDCA. 36 REFERÊNCIAS ABNT NBR ISO 9001, de 15 de setembro de 2015. Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 19011, de 31 de julho de 2018. Diretrizespara Auditorias de Sistema de Gestão da Qualidade e/ou Ambiental. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Campos, V. F. (2014). TQC: Controle da Qualidade Total (no estilo japonês) (9ª ed.). Falconi Editora. Chiavenato, I. (1999). Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos: como incrementar talentos na empresa. Editora Atlas. Deming, W. E. (1990). Qualidade: a revolução da administração. Marques Saraiva. Feigenbaum, A. V. (1991). Total Quality Control. McGraw-Hill. Garvin, D. A. (2002). Gerenciando a Qualidade: a visão estratégica e competitiva. Qualitymark. Ishikawa, K. (1993). Controle da Qualidade a Maneira Japonesa. Campos. Juran, J. M. (1992). Planejamento para a Qualidade. (2ª ed.). Pioneira. Lobo, R. N. (2020). Gestão da Qualidade (2ª ed.). Editora Érica. Maximiano, A. C. A. (1995). Introdução à Administração. (4ª ed.). Atlas. Marshall, I. J. (org). (2003). Gestão da Qualidade. Editora FGV. 37 PALADINI, E. P. (1995). Gestão Estratégica da Qualidade: princípios, métodos e processos (1ª ed.). Atlas. Seleme, R. & Stadler, H. (2008). Controle da Qualidade: as ferramentas essenciais. Ibpex. Slack, N., Chambers, S., Hrland, C., Harrison, A., Johnston, R. (1997). Administração da Produção. Atlas. LONGO, R. M. J. (1996). Gestão da Qualidade: Evolução Histórica, Conceitos Básicos e Aplicação na Educação. Apresentação no Seminário Gestão da Qualidade IPEA – Instituto de Pesquisa Educacional Aplicada. IPEA Brasília. SILVA, G. J. (2019). Proposta de um Modelo para a Integração da Gestão de Riscos e a Gestão da Qualidade [Dissertação de Mestrado, Universidade de Araraquara].
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