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Hiperplasia próstatica benigna (HPB)

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Hiperplasia Prostática Benigna 
A HPB é um tumor benigno que se desenvolve na 
zona da transição, mais comuns nos homens, sendo 
caracterizada pelo o aumento no número de células 
do epitélio e estroma. 
A prevalência se eleva em torno de 50% em 
homens de 51 a 60 e 90% em homens com > 80 
anos. Há também, conforme os estudos, uma 
sugestão de predisposição genética e diferenças 
entre etnias. 
Primeiramente, é necessário relembrar que a 
próstata é um órgão glandular que produz secreções 
que vão para o meio externo. 
Sua divisão anatômica ocorre da seguinte forma 
• Zona de transição – periuretral; HPB 
• Zona periférica – onde o adenocarcionoma 
de próstata começa a se desenvolver 
• Zona central 
Histologicamente ela apresenta dois grandes grupos: 
• Componente glândula – epitélio prostático 
• Estroma e cápsula – o primeiro é um tecido 
de sustentação, já a cápsula tem 
característica fibromuscular, sendo o músculo 
liso e controlado pelo SNA 
 
A partir dessa revisão da anatomia e histologia da 
próstata que é possível entender os três 
mecanismos fisiopatológicos presentes na HPB. 
O primeiro é um mecanismo mecânico, pois nesse 
caso haverá um crescimento da zona de transição 
que irá comprimir a uretra prostática. 
O segundo é um mecanismo dinâmico, tal está 
relacionado como o tônus da cápsula prostática que 
como afirmado anteriormente é dependente do 
SNA, logo essa apresenta um grande número de 
receptores alfa-1-adrenérgicos, dessa forma uma 
estimulação autônoma leva a contração das fibras 
musculares do estroma prostático causando, assim, 
uma obstrução da uretra. 
Por fim, essas obstruções provocadas levarão à uma 
resposta vesical, essa resposta se dá pela hipertrofia 
do músculo detrusor que futuramente levará a uma 
diminuição da complacência vesical. 
Os sintomas irão apresentar sintomas do trato 
urinário baixo (LUT’S) tanto os obstrutivos quanto os 
irritativos. 
Os sintomas obstrutivos são aqueles relacionados aos 
dois primeiros mecanismos citados, logo o paciente 
poderá apresentar: 
• Hesitação – tenta fazer, mas não consegue 
• Jato fraco 
• Intermitência 
• Sensação de esvaziamento incompleto – 
urina, mas acredita que ainda tem 
• Gotejamento terminal 
Já a perda da complacência da bexiga causará uma 
diminuição da capacidade de armazenamento que 
levará aos sintomas irritativos: 
 
 
 
• Urgência 
• Polaciúria 
• Noctúria 
Para analise do possível tratamento e o 
monitoramento da resposta terapêutica usa-se o 
IPSS (índice de sintomas prostáticos). Tal focaliza 7 
itens que quantificam a gravidade das queixas 
obstrutivas ou irritativas em uma escala de 0 a 5, 
dessa forma o score pode variar de 0 a 35. 
• Leve – 0 a 7 
• Moderado – 8 a 19 
• Grave – 20 a 35 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico é baseado do quadro clínico 
juntamente com a realização de exames 
complementares que irão ajudar a afastar de outras 
hipóteses diagnosticas. 
• Toque retal – em geral a próstata está 
aumenta, consistência fibroelástica; presença 
de nódulos endurecidos é alerta para possível 
câncer 
• PSA – excluir um câncer de próstata 
• Sumário de urina – permite excluir infecção 
urinária 
• Creatinina sérica – avaliação da função renal; 
sempre pedir 
• Ultrassonografia transretal – permite 
determinar o tamanho da próstata, espessura 
da bexiga e o resíduo pós-miccional. 
Cistometrografias e perfis urodinâmicos são 
reservados para pacientes com suspeitas de doença 
neurológica ou para aqueles que tiveram falha na 
cirurgia de próstata. 
• Estenose de uretra – qualquer parte da 
uretra é estreitada; avaliar se na história a 
presença de uma uretrite ou trauma 
• Cálculos vesicais – em geral apresentará 
hematúria e dor 
• Câncer de próstata – anormalidade no TR ou 
PSA elevado 
• Bexiga neurogênica – pensar quando há 
presença de doença neurológica, acidente 
vascular cerebral, diabetes melito 
• Infecção do trato urinário – um sumário de 
urina e urocultura permite descartar tal 
hipótese 
A escolha do tratamento dependerá dos sintomas do 
pacienta. 
• Espera vigilante – manejo adequado para 
pacientes com sintomas leves (IPSS entre 0 
e 7), no entanto de pacientes com sintomas 
moderados e graves desejarem serem 
tratados dessa forma também é possível 
 
 
 
 
• Tratamento farmacológico – sintomatologia 
moderada 
1. Bloqueador alfa-1-adrenérgico 
1.1. Ação: relaxamento do músculo 
liso da cápsula e do colo da 
bexiga por meio do bloqueio dos 
receptores alfa-adrenérgicos 
1.2. Exemplos a Prazozina, Doxazonia 
e a Tansulosina, sendo essa última 
mais seletivo. 
1.3. Efeitos adversos: hipotensão 
ortostática, tontura, fraqueza, 
cefaleia, rinite e ejaculação 
retrógada (sêmen vai p/ a bexiga) 
2. Inibidores da 5-alfa-reductase 
2.1. Ação: inibição da enzima que 
converte testosterona em DTH 
que levará na redução do volume 
prostático 
2.2. Exemplos: Dutasterida e 
Finasterida, a primeira é mais 
potente, pois inibe ambas as 
isoenzimas e causa maior 
redução da DTH. 
2.3. Efeitos adversos: diminuição da 
libido e volume ejaculado, além de 
impotência. 
 
• Cirurgia – sintomatologia grave, refratário a 
terapia medicamentosa ou presença de uma 
das indicações absolutas como: 
a. Retenção urinária 
b. Infecções recorrentes do trata urinário – 
bacteremia transitória → sepse 
c. Hematúria macroscópica recorrente 
d. Cálculos vesicais 
e. Insuficiência renal 
f. Grandes divertículos da bexiga 
As escolhas cirúrgicas são: 
1. Ressecção transuretal da próstata (RTU) 
– por via endoscópica; escolha em 
pacientes com próstata de até 80g 
1.1. Riscos – ejaculação retrógada e 
em poucos casos incontinência 
urinária 
1.2. Ação – remoção da área de 
transição 
1.3. Complicações – hematúria, 
estenose da uretra 
No procedimento é usado água destilada para irrigar, 
pois essa não apresenta íons, contudo deve haver 
um certo cuidado pois a ingestão de água destilada 
ocasiona uma redução no sódio (hiponatremia), esse 
pode causar edema cerebral, hipertensão 
intracraniana e hemólise (grande quantidade de 
hemoglobina → insuficiência renal). Esse são 
denominadas síndrome da intoxicação hídrica. Para 
que não ocorra essa síndrome é aconselhável 
diminuir o tempo de cirurgia 
 
 
 
 
 
2. Prostatectomia subtotal – pacientes c/ 
próstata maior que 80g ou presença de 
cálculos e divertículos da bexigas. 
2.1. Complicações – sangramento, 
retenção urinária e disfunção 
sexual. 
Vale lembrar que nas bordas laterais da próstata 
passa um feixe vasculonervoso, esse dará origem ao 
nervo caverno, logo quando há uma lesão nessa 
região haverá um prejuízo a função erétil. 
Há outros tratamentos cirúrgicos menos invasivos 
que também pode permitir uma melhor qualidade de 
vida ao paciente, são eles: 
3. Incisão transuretal da próstata 
4. Vaporização transuretal da próstata 
(VTUP) – os aparelhos mais usados são o 
laser “luz verde” e o eletrodo de plasma 
vaporização “Button” 
5. Termoterapia transuretal por micro-ondas

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