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03 Educação Especial e Atendimento Educacional Especializado

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Aula 03 (Prof.ª Carla
Abreu)
Conhecimentos Pedagógicos e
Legislação Educacional p/ Pedagogia -
Curso Regular - 2021
Autor:
Carla Abreu, Mariana Rosa
Paludetto de Andrade, Otávio
Augusto Moser Prado, Ricardo
Torques
28 de Janeiro de 2021
.
1 
 
Sumário 
Educação Especial ........................................................................................................................... 2 
1 - Considerações Iniciais ............................................................................................................. 2 
1.1 Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica ..................................... 3 
1.2. Política Nacional de EE na perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI 2008) ............. 20 
1.2.1 Marcos históricos ....................................................................................................... 20 
1.2.2 Diagnóstico da Educação Especial............................................................................. 21 
1.2.3 Objetivo da PNEE na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI) ......................... 22 
1.2.4 Alunos atendidos Pela Educação Especial ................................................................. 22 
1.2.5 Diretrizes da PNEEPEI ................................................................................................ 23 
1.3 - Aspectos legais – Documentos Nacionais ...................................................................... 24 
1.3.1 Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ................................ 24 
1.3.2 Lei nº 13.005/2014 – Plano Nacional de Educação .................................................... 27 
1.3.3 Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência ........................................ 30 
1.3.4 Lei nº 12.764/2012 ..................................................................................................... 34 
1.3.5 Nota técnica nº 4 de 2014/MEC/SECADI/DPEE. ....................................................... 36 
1.4 Aspectos legais - Documentos Internacionais .................................................................. 37 
1.4.1 Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2007)............................ 37 
1.4.2 Declaração de Jomtien .............................................................................................. 37 
1.4.3 Declaração de Salamanca (1994) ............................................................................... 39 
1.4.4 Convenção de Guatemala (1999) ............................................................................... 40 
1.5 Aspectos de inclusão: multiculturalismo, diversidade, diferentes tipos de preconceito. . 41 
1.6 Atendimento Educacional Especializado (AEE) ................................................................ 41 
1.6.1 Decreto nº 7.611/2011 ............................................................................................... 41 
1.6.2 Resolução nº 4/2009 - Diretrizes Operacionais para o AEE. ...................................... 42 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
Aula 03 (Prof.ª Carla Abreu)
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2 
 
1.6.3 Salas de Recursos Multifuncionais .............................................................................. 46 
1.6.4 Recursos de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade ................................................... 46 
1.7. Decreto 10.502/2020 - PNEE .......................................................................................... 48 
1.8. Língua Brasileira de Sinais (Libras) ................................................................................... 54 
1.9. Sistema Braille ................................................................................................................. 55 
2 - Considerações Finais ............................................................................................................. 55 
Questões Comentadas .................................................................................................................. 56 
Lista de Questões .......................................................................................................................... 75 
Gabarito ......................................................................................................................................... 86 
Resumo .......................................................................................................................................... 87 
 
APRESENTAÇÃO PESSOAL 
Olá, pessoal! Esse material foi elaborado por mim, professora Carla Abreu, pedagoga, servidora 
pública do DF, pós-graduada em gestão escolar e psicopedagogia clínica e empresarial. No ano 
de conclusão da minha graduação, eu fui aprovada na SEEDF e fui nomeada para o cargo de 
professor de atividades, 40h. E no ano seguinte, fui aprovada no cargo de analista judiciário, área 
pedagógica, no Superior Tribunal de Justiça. 
Abaixo estão os meus contatos. Fiquem à vontade para enviar sugestões, dúvidas e seguir de 
pertinho o meu trabalho. Estamos juntos e quero ajudar no que for possível para tornar sua 
caminhada mais produtiva e prazerosa. 
E-mail: aprofessoracarlaabreu@gmail.com 
Instagram: https://www.instagram.com/aprofessoracarlaabreu 
EDUCAÇÃO ESPECIAL 
1 - Considerações Iniciais 
A nossa aula de hoje é sobre a Educação Especial. 
A educação especial é uma modalidade de educação que encontra respaldo legal em diversos 
normativos. Para dominar o tema, nós vamos conceituar aspectos fundamentais para compreensão 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
Aula 03 (Prof.ª Carla Abreu)
Conhecimentos Pedagógicos e Legislação Educacional p/ Pedagogia - Curso Regular - 2021
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dessa modalidade e pontuar os principais normativos com foco no que é mais cobrado nas provas 
atualmente, tudo isso para que você esteja preparado quando o tema for esse... Vem comigo, 
porque ao final desta aula, você terá se apropriado da ideia central e conceitos basilares da 
Educação Especial. 
Antes de iniciar, gostaria de deixar um convite a vocês: SIGAM NOSSO PERFIL NO INSTAGRAM 
E CURTAM NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK. Lá vocês vão encontrar diversas informações úteis, 
provas comentadas, artigos e muito mais. Aproveitem! 
https://www.facebook.com/EstrategiaConcursos/ 
https://www.instagram.com/EstrategiaConcursos/ 
Agora sim... 
Boa aula! 
 
1.1 Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica 
A educação é um direito de todos! Isso está previsto na Constituição, e naturalmente, todos os 
normativos que falam sobre educação se balizam por esse preceito. Como direito amplo, a 
qualquer um deve ser assegurado o acesso e permanência à escola. 
Mas isso, você já sabe, não é? 
Pois bem, para a educação de pessoas com deficiência, algum transtorno ou peculiaridade, não é 
diferente! A essas também deve ser garantido o direito à instrução, ao desenvolvimento e à 
inclusão na sociedade. 
Durante muito tempo, as práticas adotadas não previam inclusão e integração das pessoas que 
não estivessem, digamos, enquadradas num determinado perfil-padrão. Por isso, após muita luta 
e anos de conscientização e ações pontuais, a educação especial foi se delineando para chegar ao 
que temos hoje. Longe de ser ideal, carente de ações mais efetivas, mas com certeza, muito 
melhor do que outrora, certo? 
Então, temos a educação especial como uma modalidade da educação escolar, ou seja, uma forma 
de ofertar o ensino e promover o desenvolvimento das pessoas com alguma particularidade. 
Sabemos que toda ação educativa deve estar balizada nas condições de igualdade, visando à 
inclusão social e cidadania dos estudantes, e para essa modalidade não é diferente. 
CarlaAbreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
Aula 03 (Prof.ª Carla Abreu)
Conhecimentos Pedagógicos e Legislação Educacional p/ Pedagogia - Curso Regular - 2021
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Você já sabe que existem princípios que norteiam toda a educação escolar, que constam definidos 
na Lei 9.394/96, mais conhecida como LDB, mas existem Diretrizes específicas voltadas para a 
Educação Especial. 
Isso mesmo! Como as demais modalidades, a Educação Especial dispõe de Diretrizes que devem 
ser seguidas, a fim de promover o ensino e garantir a qualidade dessa modalidade. Mas é muito 
importante saber que, embora a Educação Especial tenha suas próprias diretrizes, ela possui 
estreita relação com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais de Educação Básica (DCNGEB). E 
uma se estende à outra. 
 
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica estão definidas na Resolução 
CNE/CEB Nº 2, DE 11 de setembro de 2001, instituídas pelo Parecer CNE/CEB nº17/2001. São 
documentos breves, que trazem informações importantíssimas. Então vamos conhecê-las… 
Logo de início, a resolução sinaliza o seu recorte, porque normatiza a oferta da Educação Especial 
(EE) para estudantes que apresentem necessidades educacionais especiais na Educação Básica, 
em todas suas etapas e modalidades, ou seja, o atendimento começa na Educação Infantil – que 
abarca creche e pré-escola – e perdura durante o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. 
Confira o artigo 1º, da resolução: 
Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Nacionais para a educação de 
alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação Básica, 
em todas as suas etapas e modalidades. Parágrafo único. O atendimento escolar 
desses alunos terá início na educação infantil, nas creches e pré-escolas, 
assegurando-lhes os serviços de educação especial sempre que se evidencie, 
mediante avaliação e interação com a família e a comunidade, a necessidade de 
atendimento educacional especializado. 
Então, se a educação especial acontece na educação básica, ela se encerra no ensino médio? Não 
há previsão desta modalidade para o Ensino Superior nem educação profissional e tecnológica, 
certo? 
ERRADO!! De fato, o normativo que estamos estudando hoje, normatiza a Educação Especial (EE) 
na Educação Básica, que compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino 
Médio. Certo? Mas lembre-se de que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) já prevê EE 
ao longo da vida. Em outras palavras: a resolução nº 2/2001, que estamos tratando agora, não 
versa sobre EE além da Educação Básica, mas a Educação Especial tem respaldo legal para ser 
ofertada ao longo da vida, segundo a LDB e outros normativos. 
 DCNGEB DCEE 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
Aula 03 (Prof.ª Carla Abreu)
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Então, quando for resolver uma questão sobre o tema, fique bem atento e observe a que 
normativo a questão se refere. Aliás, vamos resolver umas? 
(ACEP – 2018) De acordo com a Resolução da Câmara de Educação Básica (CEB) do Conselho 
Nacional de Educação (CNE) nº 2, de 11 de setembro de 2001, o atendimento ao aluno com 
necessidade especial terá início: 
A na Educação Infantil. 
B no Ensino Fundamental. 
C no Ensino Médio. 
D na pré-escola. 
 
Comentário: 
Alternativa correta: Letra A. O atendimento ao aluno com necessidade especial se inicia na 
Educação Infantil. Questão bem simples! Vamos começar com calma... 
A resolução também indica que os serviços de Educação Especial (EE) deverão ser assegurados 
sempre que restar evidenciada a necessidade de atendimento educacional especializado (AEE). 
Mas de que forma isso pode ser demonstrado? A regra é que seja demonstrado a partir de 
avaliação e interação com a família e a comunidade. Isso também é simples e vem sendo cobrado 
em prova com a literalidade do normativo. Veja: 
De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, responda o item seguinte. 
De acordo com o parágrafo único do artigo 1º dessa Resolução, o atendimento escolar dos alunos 
com necessidades educacionais especiais terá início na educação infantil, nas creches e pré-
escolas, assegurando-lhes os serviços de educação especial sempre que se evidencie, mediante 
A indicação hospitalar e pedagógica. 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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B indicação psicopedagógica e psicológica. 
C avaliação médica e psicológica. 
D indicação psicológica e fonoaudiológica. 
E avaliação e interação com a família e a comunidade. 
 
Comentário: 
Alternativa correta: Letra E. O atendimento educacional especializado se inicia na Educação 
Infantil e deverá assegurar serviços de educação especial (EE) sempre que estiver evidenciada sua 
necessidade, a partir de avaliação e interação com a família e a comunidade. Essencialmente o 
que está previsto no parágrafo único, artigo 1º da resolução. 
Partindo dessa evidência, a determinação é que os sistemas de ensino criem um sistema de 
informação que se conectem com órgãos governamentais responsáveis pelo Censo Escolar e pelo 
Censo Demográfico, para conhecer a demanda real de alunos com necessidades educacionais 
especiais e “atender a todas as variáveis implícitas à qualidade do processo formativo desses 
alunos.”. 
Além disso, devem matricular todos esses educandos que farão uso da modalidade de Educação 
Especial. E, também, “constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação especial, 
dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e deem sustentação ao 
processo de construção da educação inclusiva.” (artigo 3º) 
Ou seja, os sistemas de ensino devem garantir que se tenha informação da demanda, efetivação 
da matrícula e criação de setor responsável com recursos para viabilizar o processo da educação 
inclusiva. 
Por sua vez, as escolas devem se organizar e garantir condições adequadas para promover esse 
processo educacional. Para tanto, a Educação Especial deve estar definida numa proposta 
pedagógica onde estejam definidos recursos e serviços educacionais especiais para garantir a 
educação escolar e o desenvolvimento das potencialidades do educando com necessidades 
educacionais especiais. 
Ou seja, precisa ter indicado na proposta pedagógica da instituição educativa, de que forma ela 
se organiza para apoiar, complementar, suplementar e substituir os serviços educacionais comuns, 
para que os educandos com necessidades educacionais especiais tenham garantido o 
desenvolvimento de suas potencialidades. 
Perceba que não basta apenas ser matriculado, o educando deve ser bem amparado com os 
devidos serviços educacionais para que se desenvolver. 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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Mas, afinal, o que é a educação especial? 
Educação especial (EE) é uma das modalidades da educação escolar direcionada 
a educandos com alguma necessidade especial. 
Essa modalidade de educação escolar é direcionada a um grupo de estudantes e visa desenvolver 
as potencialidades de cada um. Como dissemos há pouco, deve ser definida numa proposta 
pedagógica e ter recursos e serviços educacionais especiais organizados institucionalmente para 
apoiar, complementar, suplementar ou substituir os serviços educacionais comuns. 
Tudo deve ser pensado e realizado para garantir a educação escolar e o desenvolvimento dos 
educandos com alguma necessidade educacionalespecial. 
 
(QUADRIX – 2018) As diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica afirmam 
que o atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil. Com relação a esse 
assunto, julgue o item subsequente. 
A educação especial é uma modalidade da educação escolar que abrange um processo 
educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais 
especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns 
casos, substituir os serviços educacionais comuns. 
C Certo. 
 
 Necessidade evidenciada Avaliação e interação com família e comunidade 
 SISTEMA DE ENSINO 
Sistema de informação; Conhecer a demanda real; 
Matricular; Criar setor responsável 
 Escola 
Definir recursos e serviços na Proposta pedagógica; 
Garantir condições para apoiar, complementar, 
suplementar ou substituir serviços educacionais comuns. 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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E Errado. 
 
Comentário: 
Alternativa está CERTA. Pense assim… Se o serviço educacional comum não é capaz de promover 
o desenvolvimento do aluno, é preciso fazer uso de recursos específicos para isso. E aí se tem 
liberdade para optar por algo que apoie, complemente, suplemente ou substitua os serviços 
comuns que não estão sendo eficazes. 
Se a educação especial é uma modalidade de educação escolar e perpassa todas as etapas da 
Educação Básica, ela precisa, necessariamente, seguir os mesmos princípios que as demais etapas 
e modalidades da Educação Básica respeitam. 
 
Ficou confuso? Vamos de novo... 
Por ser uma modalidade da educação básica, a EE deve considerar situações singulares de cada 
aluno, seu perfil, características, faixa etária e, ainda, estar pautada nos princípios éticos, políticos 
e estéticos, da mesma maneira que as demais modalidades fazem. 
Isso porque a EE deve assegurar aos seus educandos, sua dignidade humana, seu direito de 
realizar projetos, de se desenvolver para exercer cidadania, inserir-se na vida social, política e 
econômica, cumprir deveres e usufruir de direitos. 
Assim, a EE deve proporcionar ao educando, também, a busca por sua própria identidade, 
reconhecimento, valorização das diferenças e potencialidades e suas necessidades educacionais 
especiais como base para a constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, 
habilidades e competências, no processo de ensino e aprendizagem. 
Mas para quem é destinada a educação especial? Quem são os educandos com necessidades 
educacionais especiais? 
De acordo com a resolução, basicamente, nós temos três grupos, vamos dar uma olhada no 
esquema: 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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No primeiro grupo temos todos aqueles que, durante o processo educacional, apresentam 
dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que 
dificultem o acompanhamento das atividades, sejam elas relacionadas às condições, disfunções, 
limitações ou deficiências ou não vinculadas à causa orgânica específica 
No segundo grupo, temos estudantes que apresentam dificuldades de comunicação e sinalização 
diferenciada, ou seja, são aqueles que demandam a utilização de uma linguagem ou de códigos 
específicos, diferente dos demais alunos. 
Por fim, temos o grupo das altas habilidades e superdotação. Neste grupo, estão os educandos 
que apresentam grande facilidade de aprendizagem, ou seja, alunos que dominam rapidamente 
conceitos, procedimentos e atitudes. 
Esse assunto é cobrado em prova de forma bem direta. E para solucionar, basta identificar os 
grupos e as características. Veja: 
 
(Quadrix - 2018) As diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica afirmam que 
o atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil. Com relação a esse assunto, 
julgue o item subsequente. 
São considerados como educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o 
processo educacional, apresentarem dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações e 
 
 Não vinculadas à causa orgânica específica 
Relacionadas às condições, disfunções, limitações ou deficiências. 
 DIFICULDADES ACENTUADAS OU LIMITAÇÕES 
 Demandam utilização de linguagens e códigos 
 DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO 
 Grande facilidade 
Domínio rápido 
 ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos e os que apresentarem 
altas habilidades ou superdotação. 
C Certo. 
E Errado. 
 
Comentário: 
A alternativa está CERTA, pois se refere aos três grupos de alunos considerados educandos com 
necessidades educacionais especiais, como acabamos de ver. 
Achou fácil? Vamos fazer mais uma! 
(FCJ - 2016) (Adaptada para fins didáticos) Segundo o Parecer CNE/CEB (Conselho Nacional de 
Educação/Câmara de Educação Básica) no 02/01, os educandos que apresentam necessidades 
educacionais especiais são aqueles que, durante o processo educacional, demonstram: 
A Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitação no processo de desenvolvimento que 
dificultem o acompanhamento das atividades curriculares compreendidas em dois grupos: aquelas 
não vinculadas a uma causa orgânica específica e aquelas relacionadas a condições, disfunções, 
limitações e deficiências. 
B Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando 
adaptações de acesso ao currículo com a utilização de linguagens e códigos aplicáveis. 
C Altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os levem a dominar 
rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes e que, por terem condições de 
aprofundar e enriquecer esses conteúdos devem receber desafios suplementares. 
D Todas as alternativas estão corretas. 
Comentário: 
A questão trouxe em suas alternativas cada um dos grupos de alunos considerados educandos 
com necessidades educacionais especiais, por isso o gabarito é a alternativa D. 
Destaque para o grupo estudantes que apresentam grande facilidade de aprendizagem e que 
dominam rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes, pois são considerados educandos 
com necessidades educacionais especiais. 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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==7d1c9==
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Claro! Está escrito… mas numa questão que não conste os alunos com altas habilidades e 
superdotação, se você estiver desatento, pode não se lembrar de que os sujeitos que têm 
percepção apurada e extrema facilidade no domínio de novos conceitos estão incluídos no grupo 
de educandos a que se destina a EE. Fique atento! 
Bom, para identificar as necessidades educacionais especiais e tomar decisões relacionadas ao 
atendimento necessário, a escola precisa realizar assessoramento técnico e avaliação do aluno. 
Para isso, deve contar com as seguintes frentes de parceria: 
 
No que se refere à experiência dos profissionais, estão incluídos o corpo docente e os demais 
atores do processo de ensino e aprendizagem, como diretores, coordenadores, orientadores e 
supervisores educacionais; Além do setor responsável pela EE do respectivo sistema de ensino, a 
colaboração da famíliae a cooperação dos serviços de Saúde, Assistência Social, Trabalho, Justiça, 
Esporte e Ministério público, quando necessário. 
 
 (ENERGIAESSENCIAL – 2011)- Conforme o Art. 6º da Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001, 
para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos e a tomada de decisões 
 
 Assessoramento e Avaliação 
 Experiência dos profissionais 
 Setor responsável pela EE 
 Colaboração da família 
 
Cooperação dos serviços 
*MP 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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quanto ao atendimento necessário, a escola deve realizar, com assessoramento técnico, avaliação 
do aluno no processo de ensino e aprendizagem, contando, para tal, com: 
I – a experiência de seu corpo docente, seus diretores, coordenadores, orientadores e supervisores 
educacionais; 
II – o setor responsável pela educação especial do respectivo sistema; 
III – a colaboração da família e a cooperação dos serviços de Saúde, Assistência Social, Trabalho, 
Justiça e Esporte, bem como do Ministério Público, quando necessário. 
Quais afirmativas acima estão corretas? 
A apenas I e II 
B apenas I e III 
C apenas II e III 
D todas as afirmativas acima 
 
Comentário: 
Alternativa correta: Letra D. Os itens I, II e III transcrevem, exatamente, os incisos do artigo 6º, da 
resolução. Portanto, todas estão corretas. 
Partindo do conhecimento da demanda real para EE, identificadas as necessidades educacionais 
especiais dos alunos e tomadas as decisões quanto ao atendimento necessário, a regra na 
educação especial é que o atendimento seja realizado em classes comuns de ensino regular, em 
qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica. 
No entanto, para ofertar atendimento em classes comuns, na rede regular de ensino, é necessário 
que a escola conte com professores capacitados e professores especializados. E qual é a diferença 
entre professores capacitados e especializados? Acompanhe: 
 Professores capacitados são professores da classe comum que tiveram 
conteúdos sobre educação especial em sua formação de nível médio ou superior. 
 Professores especializados são professores da educação especial que 
desenvolveram competências para identificar as necessidades educacionais 
especiais. E assistem o professor de classe comum. 
Leia a íntegra da definição dada pelo normativo, para ambos os termos: 
Art. 18. [...] § 1º São considerados professores capacitados para atuar em classes 
comuns com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais aqueles 
que comprovem que, em sua formação, de nível médio ou superior, foram 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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incluídos conteúdos sobre educação especial adequados ao desenvolvimento de 
competências e valores para: I– perceber as necessidades educacionais especiais 
dos alunos e valorizar a educação inclusiva; II- flexibilizar a ação pedagógica nas 
diferentes áreas de conhecimento de modo adequado às necessidades especiais 
de aprendizagem; III- avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para 
o atendimento de necessidades educacionais especiais; IV- atuar em equipe, 
inclusive com professores especializados em educação especial. 
§ 2º São considerados professores especializados em educação especial aqueles 
que desenvolveram competências para identificar as necessidades educacionais 
especiais para definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de 
estratégias de flexibilização, adaptação curricular, procedimentos didáticos 
pedagógicos e práticas alternativas, adequados ao atendimentos das mesmas, 
bem como trabalhar em equipe, assistindo o professor de classe comum nas 
práticas que são necessárias para promover a inclusão dos alunos com 
necessidades educacionais especiais. 
Leu com atenção? Então, vamos testar sua compreensão: 
(UNISOCIESC- 2017) A Resolução CNE/CEB número 2, de 11 de setembro de 2001 institui as 
Diretrizes para a Educação Especial na Educação Básica. O artigo 18, parágrafo 1º, versa sobre a 
formação de professores aptos a trabalhar em classes comuns com alunos que apresentam 
necessidades educacionais especiais. Com base no conhecimento desta importante diretriz, 
analise as afirmativas abaixo e verifique se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F). 
I - ___ São considerados capacitados os professores que comprovem que, em sua formação de 
nível médio ou superior, foram incluídos conteúdos sobre educação especial. 
II - ___ O professor deve ser capaz de perceber as necessidades educacionais dos alunos e valorizar 
a educação inclusiva. 
III - ___ A flexibilização da ação pedagógica fomenta o preconceito das crianças em salas de aula 
de ensino regular. 
IV - ___ O professor não pode ser considerado capaz de avaliar a eficácia do processo educativo 
em crianças com necessidades educacionais especiais. 
V - ___ Atuar em equipe, inclusive com professores especializados em educação especial, é uma 
competência necessária ao professor capacitado. 
A sequência correta de cima para baixo é: 
A V, V, F, F, V. 
B F, V, V, V, F. 
C V, F, F, V, V. 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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D F, V, F, F, V. 
E V, F, F, V, F. 
 
Comentário: 
A alternativa correta é a Letra A, que indica a sequência correta do julgamento dos itens. 
Os itens I, II e V transcrevem trecho do §1º, artigo 18. 
O item III é falso, pois indica que a flexibilização da ação pedagógica fomenta o preconceito em 
salas regulares. Na verdade, a norma prevê que a atuação dos professores capacitados deve 
“flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de modo adequado às 
necessidades especiais de aprendizagem”. 
O item IV também é falso, pois ao afirmar que o professor não pode ser considerado capaz de 
avaliar a eficácia do processo educativo, contraria o que dispõe a norma sobre a contínua avaliação 
da eficácia dos processos. 
Portanto, temos a sequência: V, V, F, F, V. 
 
As definições de capacitado e especializado são bem próximas, fique atento para não se confundir. 
Vamos ver mais uma questão que aborda esses dois conceitos: 
(FUNDATEC- 2017) Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação 
Básica, os professores que desenvolvem competências para identificar as necessidades 
educacionais especiais para definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias 
de flexibilização, adaptação curricular, procedimentos didáticos pedagógicos e práticas 
alternativas, adequados ao atendimentos das mesmas, bem como trabalhar em equipe, nas 
práticas que são necessárias para promover a inclusão dos alunos com necessidades educacionais 
especiais são os: 
A Capacitados. 
B Classe Comum. 
C Classe Diferenciada. 
D Extra-Classe. 
E Especializados em Educação Especial. 
Carla Abreu, Mariana Rosa Paludetto de Andrade, Otávio Augusto Moser Prado, Ricardo Torques
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Comentário: 
A alternativa correta é a letra E. O trecho do enunciado transcreve a definição para professores 
especializados em educação especial, constante do §2º, artigo 18 da resolução. 
É muito importante que a diferença entre professor especializado e professor capacitado fique 
bem clara! Se for preciso, releia com calma as definições e reveja as questões e comentários. 
Parao professor especializado atuar na Educação Infantil ou anos iniciais do Ensino Fundamental, 
deve comprovar formação em curso de licenciatura, em EE ou uma de suas áreas, 
preferencialmente de modo concomitante e associado à licenciatura. Já para atuar nos anos finais 
do Ensino Fundamental ou no Ensino Médio, deve comprovar complementação ou pós-graduação 
em áreas específicas da EE posterior à licenciatura nas diferentes áreas de conhecimento. 
Aos professores que já estiverem atuando, ou melhor, exercendo o magistério, deverão ser 
oferecidas oportunidades de formação continuada, inclusive em nível de especialização. 
Vamos adiante! 
Para organizar as classes comuns, as escolas da rede regular de ensino devem prever e prover: 
 Professores das classes comuns capacitados e da educação especial especializados, para 
atendimento às necessidades educacionais dos alunos; 
 Distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais, considerando o princípio 
de educar para a diversidade, a fim de beneficiar as classes comuns em relação às diferenças e 
ampliar positivamente as experiências de todos os alunos; 
 Flexibilização e adaptação dos currículos e adequação de metodologias, recursos e 
processos avaliativos. Sem desrespeitar a frequência obrigatória e, mantê-los consonantes com 
o projeto pedagógico da escola; 
 Serviço de apoio pedagógico especializado nas classes comuns, com atuação de professor 
especializado em educação especial, professores-intérpretes das linguagens e códigos 
aplicáveis e professores e outros profissionais itinerantes intra e interinstitucionalmente. Além 
da disponibilização de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à 
comunicação. 
 Serviços de apoio pedagógico especializado em salas de recursos, nas quais o professor 
especializado em EE realize a complementação ou suplementação curricular, utilizando 
procedimentos, equipamentos e materiais específicos; 
 Condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com protagonismo dos 
professores, articulando experiência e conhecimento com as necessidades/possibilidades 
surgidas na relação pedagógica, inclusive por meio de colaboração com instituições de ensino 
superior e de pesquisa; 
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 Sustentabilidade do processo inclusivo, mediante aprendizagem cooperativa em sala de aula, 
trabalho de equipe na escola e constituição de redes de apoio, com a participação da família 
no processo educativo, bem como de outros agentes e recursos da comunidade; 
 Temporalidade flexível do ano letivo, para atender às necessidades educacionais especiais 
de alunos com deficiência mental ou com graves deficiências múltiplas, de forma que possam 
concluir em tempo maior o currículo previsto para a série/etapa escolar, principalmente nos 
anos finais do ensino fundamental, conforme estabelecido por normas dos sistemas de ensino, 
procurando-se evitar grande defasagem idade/série; 
 Atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas habilidades/superdotação, o 
aprofundamento e enriquecimento de aspectos curriculares, mediante desafios suplementares 
nas classes comuns, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de 
ensino, inclusive para conclusão, em menor tempo, da série ou etapa escolar. 
Além do que está listado, cabe destacar que os educandos com necessidades educacionais 
especiais devem frequentar salas comuns para promover sua integração. Porém, 
extraordinariamente, as escolas podem criar classes especiais para atendimento transitório de 
alunos que apresentem dificuldades acentuadas ou condições de comunicação e sinalização 
diferenciadas e que demandem ajuda ou apoio intenso e contínuo. 
Lembra? A LDB já prevê isso, no artigo 58: “Parágrafo 2º: O atendimento educacional será feito 
em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas 
dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.”. 
Nessas classes especiais, o professor deverá desenvolver o currículo de forma adaptada e, quando 
necessário, promover atividades da vida autônoma e social em turno inverso. Tudo para promover, 
dentre outros, o desenvolvimento da capacidade do educando. Mas saiba que, mesmo sendo uma 
classe especial, a organização para seu funcionamento deve estar consoante ao que dispõem os 
demais normativos, no que se refere à Educação Básica, tais quais: DCNGEB, PCN, Referenciais 
Curriculares e LDB. 
E já que a proposta da educação é promover a inclusão e a integração, o ideal é que não tenhamos 
classes especiais. Portanto, considerando o desenvolvimento de um aluno atendido em classe 
especial e as condições para o atendimento inclusivo, é possível promover seu retorno a uma 
classe comum. 
Ou seja, o aluno atendido numa classe especial pode retornar para atendimento em classe comum, 
mas deverá ser uma decisão conjunta entre a equipe pedagógica e a família com base numa 
avaliação pedagógica. 
Daí eu te pergunto: e se houver um caso em que o aluno necessite de uma adaptação curricular 
tão significativa que a escola comum ou a rede regular de ensino não consiga prover, ele pode ser 
atendido em uma escola especial? 
A resposta é SIM! Em caráter extraordinário, pode haver atendimento em escolas especiais, com 
currículos ajustados às condições do educando. Sejam elas públicas ou privadas, precisam cumprir 
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as exigências legais, similares às de qualquer escola, para se credenciar e ter seu funcionamento 
autorizado e reconhecido. Se necessário, esse atendimento será complementado por serviços das 
áreas de saúde, trabalho e assistência social. 
A acessibilidade deve ser assegurada pelo sistema de ensino, eliminando as barreiras 
arquitetônicas urbanísticas, na edificação e nos transportes escolares, incluindo instalações de 
equipamentos e mobiliário e, ainda, provendo as escolas com recursos humanos e materiais. As 
escolas existentes devem ser adaptadas e as novas escolas devem preencher requisitos de 
infraestrutura visando o atendimento aos padrões mínimos em relação à acessibilidade. 
 
(Quadrix – 2018) As diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica afirmam que 
o atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil. Com relação a esse assunto, 
julgue o item subsequente. 
Os sistemas de ensino deverão promover a acessibilidade aos alunos que apresentem 
necessidades educacionais especiais, mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas 
urbanísticas na edificação e nos transportes escolares, bem como de barreiras nas comunicações, 
provendo as escolas dos recursos humanos e materiais necessários. 
C Certo. 
E Errado. 
Comentário: 
A questão traz a literalidade do artigo 12 das DCEE, portanto a questão está correta. 
 
Quando falamos em acessibilidade, precisamos pensar que não estamos falando apenas de 
aspectos físicos ou arquitetônicos. O uso de linguagens e códigos, como Libras e Braille, 
promovendo acessibilidade aos conteúdos curriculares, deve ser assegurado aos alunos com 
dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas. Sem prejuízo do aprendizado da língua 
portuguesa. E às famílias deve ser facultada a opção por abordagem pedagógica que julgarem 
adequada, ouvidos os profissionais especializados em cada caso. 
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E para os alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que 
implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em 
domicílio, os sistemas de ensino devem organizar junto com o sistema de saúde, o atendimento 
educacional especializado (AEE). 
Esse atendimento em ambiente domiciliar e nas classes hospitalares deve dar continuidade ao 
processo de desenvolvimento e aprendizagem, contribuindo para o retorno e reintegração do 
aluno matriculado em escola da Educação Básica. E também, dispor de um currículo flexibilizado 
para estudantes não matriculados no sistema educacional local com vistas a facilitar seu posterior 
acesso à escola regular. E a certificação de frequência desses casos será realizada com base em 
relatório feito por professores especializados que atendam o aluno. 
Vamos ver como isso foi cobrado em prova? 
 
(VUNESP – 2019) A Resolução nº 2 de 11 de setembro de 2001 – Institui Diretrizes Nacionais para 
a Educação Especial na Educação Básica – em seu artigo 13 dispõe que os sistemas de ensino, 
mediante ação integrada com os sistemas de saúde, devem organizar o atendimento educacional 
especializado a alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde 
que implique 
A internação em instituições de ensino, frequência nas escolas especializadas e matrícula nas 
classes hospitalares. 
B tratamento nos internatos educacionais, atendimento nos hospitais psiquiátricos e nas classes 
especiais. 
C frequência nos hospitais-dia, atendimento nos centros educacionais especializados e nos centros 
de apoio especializados. 
D atendimento nas casas de apoio, nas salas de recursos multifuncionais e nas residências. 
E internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio. 
Comentário: 
Alternativa correta é a letra E. Como acabamos de pontuar, o AEE deve ser ofertado aos alunos 
impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação 
hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio. 
Visando ao aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades 
educacionais especiais, é recomendada parceria entre os sistemas de ensino e instituições de 
ensino superior. Essas parcerias têm o intuito de realizar pesquisas e estudos de caso. 
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Aos sistemas públicos de ensino resta atribuída a responsabilidade para identificar, analisar, avaliar 
a qualidade e a idoneidade, bem como credenciar escolas ou serviços, públicos ou privados, com 
os quais estabelecerão convênios ou parcerias para garantir o atendimento às necessidades 
educacionais especiais de seus alunos, observados os princípios da educação inclusiva. 
Ao estudante com grave deficiência mental ou múltipla que não apresente resultado de 
escolarização, é facultado à instituição de ensino viabilizar a terminalidade específica do ensino 
fundamental, desde que esgotadas as possibilidades pontuadas na LDB. 
Mas o que é terminalidade específica? 
Terminalidade específica é uma certificação de conclusão de escolaridade – 
fundamentada em avaliação pedagógica – com histórico escolar que apresente, 
de forma descritiva, as habilidades e competências atingidas pelos educandos 
com grave deficiência mental ou múltipla. 
A terminalidade específica do ensino fundamental se dará por meio de certificação de conclusão 
de escolaridade com histórico escolar descritivo que revele competências desenvolvidas pelo 
educando bem como seu encaminhamento à educação de jovens e adultos ou educação 
profissional. 
As escolas das redes regulares de educação profissional devem atender alunos que apresentem 
necessidades educacionais especiais, mediante: 
⮲promoção das condições de acessibilidade 
⮲capacitação de recursos humanos 
⮲flexibilização e adaptação do currículo 
⮲encaminhamento para o trabalho 
Essas escolas, públicas ou privadas, deverão contar com a colaboração do setor responsável pela 
EE do respectivo sistema de ensino e estar em consonância com os princípios da educação 
inclusiva. Poderão avaliar e certificar competências laborais de pessoas com necessidades 
especiais não matriculadas em seus cursos, encaminhando-as, a partir desses procedimentos, para 
o mundo do trabalho. 
Além de poderem realizar parcerias com escolas especiais, públicas ou privadas também, para 
construir competências necessárias à inclusão dos alunos em seus cursos e para prestar assistência 
técnica ou convalidar cursos profissionalizantes realizados por essas escolas especiais. 
Vale destacar que cada sistema de ensino deve estabelecer as normas para funcionamento de suas 
escolas com foco na garantia de condições suficientes para elaboração do projeto pedagógico. 
Por fim, saiba que a resolução prevê que o processo de implantação destas diretrizes deveria 
contar com estabelecimento de referenciais, normas complementares e políticas educacionais, em 
regime de colaboração da União, estados, DF e municípios. E o último artigo da resolução 
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prescreve a obrigatoriedade da implementação das Diretrizes a partir de 2002, sendo facultativa 
sua implementação no período de transição entre a publicação da resolução e o dia 31 de 
dezembro de 2001. Não que eu ache que isso possa ser cobrado em prova, mas para garantir que 
você teve acesso ao inteiro teor do normativo, eu quis incluir essa informação. 
 
1.2. Política Nacional de EE na perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI 
2008) 
A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva é um documento 
elaborado pela Secretaria de Educação Especial do MEC, publicado em 2008. Traz aspectos gerais 
sobre a Educação Inclusiva como o cerne para a superação da perspectiva exclusiva. Vamos 
conhecer um pouco mais sobre esse documento, em que pese haver um novo normativo que 
institui a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo 
da Vida. (Decreto 10.502 de 30/09/2020). 
1.2.1 Marcos históricos 
A história da educação escolar é permeada pela exclusão, pois os serviços educacionais estiveram 
disponíveis à parte da população, como privilégio de poucos. Os processos em vigor naturalizavam 
o fracasso e excluíam alunos com características específicas, sobretudo pelo conceito de 
normalidade e anormalidade. A oferta da educação especial esteve caracterizada como 
atendimento substitutivo ao ensino comum e suas práticas eram determinadas a partir de testes e 
diagnósticos. 
Atente-se para um detalhe importante: o documento pontua a trajetória da percepção sobre a 
EE, aponta os avanços com as leis em vigor à época, os normativos e marcos históricos que nos 
fizeram chegar à percepção atual da EE sob uma perspectiva inclusiva. 
Segundo o documento: “A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado 
na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores 
indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as 
circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.” 
Como é sabido, os normativos vigentes preveem que a EE não se refere a atendimento paralelo à 
educação comum, refere-se, na verdade, à promoção de aprendizagem dos alunos que 
apresentem necessidade de adequação com relação à estrutura organizada pelos sistemas de 
ensino, prevista para o ensino comum. 
Ou seja,embora antigamente houvesse o pensamento de oferta paralela, a previsão para EE 
atualmente é que ela promova interação e, também, promova a inclusão dos educandos com 
necessidades educacionais especiais dentro do ensino regular, de forma complementar ou 
suplementar. 
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Portanto, a EE, na perspectiva da educação inclusiva deve constituir a proposta pedagógica da 
escola, de modo a garantir a efetiva oferta de desenvolvimento aos educandos com necessidades 
educacionais especiais. 
1.2.2 Diagnóstico da Educação Especial 
Os dados obtidos a partir do Censo Escolar permitem acompanhar os indicadores de acesso à 
educação básica, matrícula na rede pública, inclusão nas classes comuns, oferta do atendimento 
educacional especializado, acessibilidade nos prédios escolares e o número de municípios e de 
escolas com matrícula de alunos com necessidades educacionais especiais. 
A PNEEPEI traz os dados reais obtidos a partir do Censo Escolar e que permitem visualizar a 
evolução das matrículas, com aumento de mais de 100%, entre 1998 e 2006. Sendo que o índice 
de matrículas na esfera privada caiu de 46,8% para 37% e na esfera pública, naturalmente, 
aumentou de 53,2% para 63%, totalizando, mais de 440 mil alunos. 
No que se refere à inclusão em classes comuns do ensino regular, o crescimento no período é de 
640%, chegando a mais de 325 mil alunos. O Censo Escolar de 2006 registrou aumento das 
matrículas, quando comparado ao ano de 1998. A tabela a seguir mostra a distribuição de 
matrículas por etapas e níveis: 
Etapa/Nível 
Matrículas em 
2006 
EDUCAÇÃO INFANTIL 112.988 (16%) 
ENSINO FUNDAMENTAL 466.155 (66,5%) 
ENSINO MÉDIO 14.150 (2%) 
EJA 58.420 (8,3%) 
ED. PROFISSIONAL (BÁSICO) 46.949 (6,7%) 
ED. PROFISSIONAL (TÉCNICO) 1.962 (0,28%) 
EDUCAÇÃO SUPERIOR (2003 A 
2005) 
11.999 (136%) 
Há bons registros de indicadores de acessibilidade arquitetônica, matrículas nos municípios, 
escolas especiais e escolas comuns com inclusão nas turmas regulares. Além disso, os professores 
também se capacitaram mais. 
A pergunta é: preciso saber desses dados? Não! Precisa saber que as políticas públicas 
educacionais voltadas à inclusão, proporcionaram aumento nas matrículas e, consequentemente, 
no atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais. E, apesar disso, o 
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documento pontua a necessidade de fortalecer ainda mais as políticas de acessibilidade, 
sobretudo no Ensino Superior. 
1.2.3 Objetivo da PNEE na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI) 
O objetivo central da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação é 
assegurar a inclusão escolar. Para isso, dispõe de orientações para que os sistemas de ensino 
garantam: 
⮲ Acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais 
elevados do ensino; 
⮲Transversalidade da modalidade de EE desde a Educação Infantil até a Educação Superior; 
⮲Oferta do AEE; 
⮲Formação de professores para o AEE e demais profissionais da educação para a inclusão; 
⮲Participação da família e da comunidade; 
⮲Acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informação; 
⮲Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas. 
1.2.4 Alunos atendidos Pela Educação Especial 
A EE atua de forma articulada com o ensino comum visando assegurar a inclusão e o atendimento 
às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. 
A EE estará articulada ao ensino comum orientando para o atendimento às necessidades 
educacionais especiais para os grupos especificados e para os casos que implicam em transtornos 
funcionais específicos, como dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e 
hiperatividade. 
⮲ Alunos com deficiência: têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, 
intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua 
participação plena e efetiva na escola e na sociedade. 
⮲ Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: apresentam alterações qualitativas das 
interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, 
estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro 
do autismo e psicose infantil. 
⮲ Alunos com altas habilidades/superdotação: demonstram potencial elevado em qualquer uma 
das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade 
e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e 
realização de tarefas em áreas de seu interesse. 
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Destaque para um excerto do documento que ressalta o dinamismo dos contextos no quais estão 
inseridas as pessoas. Leia este trecho da PNEEPEI: 
 “As definições do público alvo devem ser contextualizadas e não se esgotam na 
mera categorização e especificações atribuídas a um quadro de deficiência, 
transtornos, distúrbios e aptidões. Considera-se que as pessoas se modificam 
continuamente transformando o contexto no qual se inserem. Esse dinamismo 
exige uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão, 
enfatizando a importância de ambientes heterogêneos que promovam a 
aprendizagem de todos os alunos.” 
Perceba que a importância do contexto traz singularidade para oferta do atendimento, pois a EE 
na perspectiva inclusiva pretende atender as especificidades dos estudantes. E, conforme 
pontuado no documento: “orienta a organização de redes de apoio, a formação continuada, a 
identificação de recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas.”. 
1.2.5 Diretrizes da PNEEPEI 
As diretrizes estabelecidas na PNEEPEI/2008 estão sintetizadas abaixo: 
⮚ EE é uma modalidade que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades. 
⮚ AEE prevê serviços, recursos e orientações para que os alunos possam participar, de fato! 
⮚ As atividades desenvolvidas no AEE são diferentes das que acontecem na sala de aula 
comum, mas não são substitutivas. São complementares ou suplementares e visam à 
autonomia do aluno. 
⮚ Articulação entre a Proposta pedagógica do ensino comum e serviços disponibilizados pelo 
AEE. 
⮚ A inclusão escolar se inicia na Educação Infantil: ludicidade e estímulos 
⮚ Intervenção precoce: Do nascimento até os 03 anos. 
⮚ AEE é oferta obrigatória: deve apoiar o desenvolvimento dos alunos, em todas as etapas e 
modalidades da EDUCAÇÃO BÁSICA, no turno inverso da classe comum, na escola ou 
centro especializado. 
⮚ EJA e Educação Profissional: EE possibilita ampliar oportunidades de escolarização, mundo 
do trabalho e participação social. 
⮚ Na educação indígena, campo e quilombola: AEE deve considerar as diferenças 
socioculturais. 
⮚ Na Educação Superior: para garantir a transversalidade da EE, deve haver planejamento e 
a organização de recursos e serviços para a promoção do acesso, permanência e 
participação dos alunos, inclusive nos processos seletivos e para pesquisa e extensão. 
⮚ Educação Bilíngue: para incluir alunos surdos na classe comum, com ensino escolar em 
Libras e língua portuguesa. 
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⮚ AEE e Educação Bilíngue: AEE ofertado, tanto na modalidade oral e escrita, quanto na 
língua de sinais. Com atuação de professor com conhecimento em Libras, Língua 
Portuguesa, Braille, Soroban, Tecnologia Assistiva, entre outros. 
⮚ Organização da EE na perspectiva inclusiva: cabe aos sistemas de ensino disponibilizar 
instrutor, tradutor, intérprete, monitor, cuidador aos alunos com necessidade de apoio nas 
atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras que exijam auxílio constante 
no cotidiano escolar. 
⮚ Professor para atuar na EE: deve ter formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais 
para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. 
⮚ Atuação no AEE: a formação deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar para 
oferta dos serviços e recursos da EE, nos diversos ambientes (salas comuns, sala de recursos, 
centros de AEE, núcleos de acessibilidade, classes hospitalares, ambientes domiciliares.). 
1.3 - Aspectos legais – Documentos Nacionais 
Quando falamos em Educação Especial, sabemos que existem muitos normativos específicos que 
versam sobre essa modalidade. Mas é preciso conhecer os dispositivos legais que balizam, 
inclusive a publicação e implementação de novas. 
A Constituição Federal preconiza a garantia de atendimento educacional especializado aos 
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, no artigo 208, inciso III. 
Além desse dispositivo, cabe salientar que os parágrafos deste artigo também se aplicam à 
Educação Especial, naturalmente. Vamos relembrar o que eles pontuam? 
§ 1º 🡪 Direito público subjetivo: acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º 🡪 Responsabilidade da autoridade competente: não-oferecimento ou oferta irregular do 
ensino obrigatório, importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º 🡪 Recenseamento: compete ao Poder Público recensear os educandos no EF, fazer-lhes a 
chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 
 
1.3.1 Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
Quando falamos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), vale pontuar que ela trata da 
Educação Especial em um capítulo de apenas quatro artigos que trazem, de forma sucinta, as 
definições para a modalidade de EE. 
Vamos retomá-los? 
A LDB indica que essa modalidade de educação escolar se inicia na Educação Infantil e se estende 
ao longo da vida, devendo ser ofertada preferencialmente na rede regular de ensino para os 
educandos que tenham deficiências, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas 
habilidades ou superdotação. 
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Aqui já faço o primeiro destaque sobre o tema, a palavra preferencialmente, queridinha das 
bancas. Isso mesmo, questão clássica com a palavra-chave em destaque. Vamos ver? 
 
(ACEP-2018) De acordo com o Art. 58 da Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional), entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta Lei, a 
modalidade de educação escolar oferecida: 
A obrigatoriamente, na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
B preferencialmente, na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
C preferencialmente, na rede regular de ensino público, para educandos com deficiência mental, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
D preferencialmente, na rede regular de ensino privado, para educandos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
 
Comentário: 
A assertiva correta é a letra B, pois transcreve trecho do artigo 58, da LDB. As demais trazem 
termos estranhos à norma, que distorcem o sentido original da Lei. 
Assim, tenha em mente que a ideia central da oferta da EE é que ela aconteça na rede regular de 
ensino, preferencialmente. Mas por que essa questão de preferência? Porque existem ressalvas 
para oferta de atendimento. Como assim? 
A EE busca proporcionar o desenvolvimento do educando, respeitando as limitações de cada um. 
E já que a ideia é promover integração e inclusão, então os estudantes devem frequentar classes 
comuns para poderem ser integrados e incluídos. 
Então, nunca vai acontecer de atender alunos em classe especializada? Claro que vai! 
Eventualmente, será necessário atendimento especializado em classes ou escolas especiais. E o 
que determina essa necessidade? As condições específicas dos estudantes. Calma, vamos de 
novo... 
A EE acontece de preferência na rede regular, nas classes ditas comuns, mas se, pelas condições 
específicas do estudante, não for possível integrá-lo à classe comum, há previsão legal de 
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atendimento em classe, escola, serviço de apoio especializado, para atender às peculiaridades de 
cada caso. Veja exatamente o que está disposto nos §§ 1º e 2º, do artigo 58: 
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, 
para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços 
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não 
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. 
Perceba que a EE deve buscar garantir a educação, bem como, a oferta de condições e integração 
das pessoas que demandam alguma especificidade, que não vão se desenvolver tão bem se for 
feito apenas o básico ou comum. Portanto, a EE requer muita atenção e organização, para ter sua 
oferta iniciada na Educação Infantil, e se estender ao longo da vida. 
A LDB assinala, também, que os sistemas de ensino deverão assegurar aos educandos com 
necessidades educacionais especiais (PCD, TGD, AH ou Superdotação): 
I. Organização específica para atendimento das necessidades de currículos, métodos, 
técnicas e recursos educativos; 
II. Terminalidade específica para quem não puder atingir o nível exigido para a conclusão do 
ensino fundamental, em virtude das deficiências. Aceleração para concluir em menor 
tempo o programa escolar para os superdotados 
III. Professores especializados para AEE e Professores capacitados para ensino regular nas 
classes comuns. 
IV. Educação especial para o trabalho, visando à efetiva integração na vida em sociedade. 
Condições adequadas mediante articulação com órgãos oficiais afins para aqueles que 
não revelarem capacidade ou habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou 
psicomotora; 
V. Acesso igualitário aos benefícios de programas sociais suplementares para o respectivo 
nível do ensino regular. 
E para fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das 
potencialidades desse alunado, o poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com 
altas habilidades ou superdotação matriculados na EB e na educação superior, precisamente o 
que está disposto no artigo 59-A, da LDBEN. 
Em regulamento posterior serão definidos como acontecerão a identificação precoce de alunos, 
os critérios e procedimentos para o cadastro. Bem como quais serão as entidades responsáveis 
pelo cadastro, os mecanismos de acesso aos dados e aspolíticas de desenvolvimento das 
potencialidades do alunado. 
O poder público deve adotar como alternativa preferencial a ampliação do atendimento aos 
educandos público-alvo da EE, na própria rede pública regular de ensino, independentemente do 
apoio técnico e financeiro dado às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com 
atuação exclusiva em EE, a partir dos critérios estabelecidos pelos órgãos normativos dos sistemas 
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de ensino. Ou seja, ainda que o poder público apoie instituições privadas especializadas, deverá 
focar na rede pública regular de ensino, para ampliar o atendimento. 
Acompanhe a síntese da Educação Especial, segundo a LDB: 
 
 
Além disso, o artigo 60 indica que os “Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão 
critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com 
atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder 
Público.”. E indica, por fim, que o poder público adotará, como alternativa preferencial, a 
ampliação do atendimento na própria rede pública regular de ensino, independentemente desse 
apoio previsto. 
A LDB pontua de forma muito objetiva e breve, as condições da Educação Especial. 
1.3.2 Lei nº 13.005/2014 – Plano Nacional de Educação 
O Plano Nacional de Educação (PNE), instituído pela Lei 13.005/2014, busca assegurar condições 
básicas para a oferta da educação e sua criação está prevista no artigo 214, da CF 88. 
Esse Plano tem duração decenal e as metas previstas nele devem ser cumpridas em seu prazo de 
vigência, a menos que haja disposição em contrário, nas metas ou estratégias específicas. 
Uma de suas diretrizes prevê a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na 
promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação (artigo 2º, inciso III). 
 
 
É uma 
modalidade. 
preferência pela 
rede regular de 
ensino. 
 PCD, TGD, AH e superdotados. 
 
 
Serviços de apoio 
especializados para 
peculiaridades. 
 
Classe, escola e 
serviço 
especializados se 
não for possível 
integração. 
 
Oferta se inicia na 
EI e se estende ao 
longo da vida. 
 
Organização; 
Terminalidade 
específica; 
Professores; Trabalho; 
Programas sociais. 
 
Cadastro nacional 
para AH ou 
superdotados. 
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O PNE determina, dentre outros aspectos, que os Estados, o DF e os Municípios garantam o 
atendimento às necessidades específicas na EE, assegurando o sistema educacional inclusivo em 
todos os níveis, etapas e modalidades. 
Neste normativo, a meta 4 prevê universalização de acesso à educação básica e ao atendimento 
educacional especializado para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento 
e altas habilidades ou superdotação. 
Como os demais normativos já preconizam, a proposta é ofertar o acesso à educação básica para 
educandos de 4 a 17 anos, e atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede 
regular de ensino. 
A ideia é garantir o sistema educacional inclusivo, salas de recursos multifuncionais, classes, escolas 
ou serviços especializados, públicos ou conveniados, para educandos com necessidades 
educacionais especiais. 
Para o alcance dessa meta, estão previstas 19 estratégias, as quais seguem sintetizadas abaixo. 
Leia: 
 
 Estratégia 4.1 Contabilizar matrículas de estudantes da educação regular da rede pública 
que recebem AEE complementar e suplementar. E contabilizar matrículas efetivadas na EE 
oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, 
conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade; 
 Estratégia 4.2 Universalizar atendimento dos alunos de 0 a 3 anos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades (AH) ou superdotação. 
 Estratégia 4.3 Implantar salas de recursos multifuncionais (SRM) e fomentar a formação 
continuada de professores para AEE nas escolas urbanas, do campo, indígenas e de 
comunidades quilombolas; 
 Estratégia 4.4 Garantir AEE complementar e suplementar em SRM, classes, escolas ou 
serviços especializados, públicos ou conveniados, aos alunos matriculados na rede pública de 
educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e 
o aluno; 
 Estratégia 4.5 Estimular criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, 
articulados com instituições acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, 
assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos professores. 
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 Estratégia 4.6 Manter e ampliar programas suplementares que promovam acessibilidade nas 
instituições públicas, para garantir acesso e permanência por meio de adequação arquitetônica, 
oferta de transporte acessível e disponibilização de material didático próprio e de recursos de 
tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e 
modalidades de ensino, a identificação de alunos com AH ou superdotação; 
 Estratégia 4.7 Garantir oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 
como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos 
alunos surdos e com deficiência auditiva de 0 a 17 anos, em escolas e classes bilíngues e em 
escolas inclusivas, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdos-cegos; 
 Estratégia 4.8 Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular 
sob alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular e o 
AEE; 
 Estratégia 4.9 Fortalecer acompanhamento e monitoramento do acesso à escola e ao AEE, 
bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos alunos beneficiários de 
programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de 
discriminação, preconceito e violência, em colaboração com famílias e órgãos públicos de 
assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude; 
 Estratégia 4.10 Fomentar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, 
materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do 
ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade; 
 Estratégia 4.11 Promover desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a 
formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de 
estudantes que requeiram medidas de atendimento especializado; 
 Estratégia 4.12 Promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de 
saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com famílias, com o fim de desenvolver 
modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar, na EJA, das pessoas 
com deficiência e TGD com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma 
a assegurar a atenção integral ao longo da vida; 
 Estratégia 4.13 Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à 
demanda do processo de escolarização, garantindo a oferta de professores do AEE, 
profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para 
surdos-cegos,professores de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngues; 
 Estratégia 4.14 Definir, no segundo ano de vigência deste PNE, indicadores de qualidade e 
política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que 
prestam atendimento; 
 Estratégia 4.15 Promover a obtenção de informação detalhada sobre o perfil das PCD, TGD 
e AH ou superdotação, de 0 a 17 anos, por iniciativa do MEC, nos órgãos de pesquisa, 
demografia e estatística competentes; 
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 Estratégia 4.16 Incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de 
formação para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-graduação; 
 Estratégia 4.17 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou 
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar as 
condições de apoio ao atendimento escolar integral das PCD, TGD, AH ou superdotação 
matriculadas nas redes públicas de ensino; 
 Estratégia 4.18 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou 
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar a oferta 
de formação continuada, a produção de material didático acessível e os serviços de 
acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem dos estudantes PCD, 
TGD, AH ou superdotação matriculados na rede pública de ensino; 
 Estratégia 4.19 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou 
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a 
participação das famílias e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo. 
Professora, preciso decorar tudo isso? Não! Decorar é muito mecânico, você precisa ter domínio 
do conteúdo e compreensão da essência da norma. Ao se familiarizar com conceitos e ideias 
centrais, ficará mais fácil dominar o tema e, sem tanto esforço, você terá se apropriado do 
conhecimento. 
1.3.3 Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência 
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) também é conhecida 
como Estatuto da Pessoa com Deficiência. Foi criada com base na Convenção sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência – que foi promulgada pelo Decreto nº 6.949/2009. 
Esse normativo pretende assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos 
direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e 
cidadania. (artigo 1º) e traz muitos conceitos fundamentais quando o assunto é Educação Especial. 
O primeiro conceito que precisa estar bem claro é o de pessoa com deficiência: 
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de 
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em 
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e 
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 
A lei traz outros conceitos básicos como: acessibilidade, desenho universal, tecnologia assistiva, 
barreiras, comunicação, adaptações razoáveis, entre outros. Vamos conferir: 
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se: 
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com 
segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, 
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edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e 
tecnologias, [...] 
II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a 
serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto 
específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva; 
III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, 
recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover 
a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com 
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, 
qualidade de vida e inclusão social; 
IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite 
ou impeça a participação social da pessoa [...], classificadas em: urbanísticas, 
arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na informação, tecnológicas 
e atitudinais. 
 
A barreira atitudinal refere-se às atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a 
participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com 
as demais pessoas.1 
Existem outros termos conceituados pela Lei, mas quero destacar a definição do inciso XIII. 
Considera-se profissional de apoio escolar ”a pessoa que exerce atividades de alimentação, 
higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas 
quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e 
privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente 
estabelecidas”. 
Para além das definições conceituais, o capítulo IV preconiza o direito à educação, assegurando o 
sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades e aprendizado ao longo de toda 
a vida, com vistas ao desenvolvimento máximo possível dos talentos e habilidades, segundo as 
necessidades de aprendizagem. 
Assegurar educação de qualidade às pessoas com deficiência é dever do Estado, da família, da 
comunidade escolar e da sociedade, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência 
e discriminação. 
Dentre as incumbências do poder público, destacamos: 
 
1 2015. BRASIL, Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto 
da Pessoa com Deficiência). Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm >. 
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⮲Garantia de acesso, permanência, participação e aprendizagem, com oferta de serviços que 
eliminem as barreiras e promovam inclusão; 
⮲Projeto pedagógico com AEE institucionalizado, para garantir pleno acesso ao currículo, 
promover a conquista e exercício da autonomia; 
⮲ Educação bilíngue em Libras; 
⮲ Pesquisa, planejamento e organização; 
⮲ Participação do estudante e sua família nas instâncias de atuação da comunidade escolar; 
⮲ Adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, 
culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades 
e os interesses do estudante com deficiência; 
⮲ Formação inicial e continuada para professores; 
⮲ Oferta de ensino de Libras, Braille e uso de tecnologia assistiva; 
⮲ Acesso à Educação Superior (ES) e Educação Profissional e Técnica (EP) 
⮲ Inclusão de temas relacionados à PCD nos currículos ES e EP. 
⮲ Acesso em igualdade de condições a jogos, atividades de lazer, recreativas e esportivas. 
⮲ Acessibilidade para toda a comunidade escolar às edificações e atividades; 
⮲ Oferta de profissionais de apoio escolar 
⮲ Articulação para implementação de políticas públicas 
⮲Às instituições privadas é vedada cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas 
mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações. 
⮲ Tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação

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