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Puericultura - O termo “puericultura” etimologicamente quer dizer: puer = criança e cultur/cultura = criação, cuidados dispensados a alguém. A puericultura efetiva-se pelo acompanhamento periódico e sistemático das crianças para avaliação de seu crescimento e desenvolvimento, vacinação, orientações aos pais e/ou cuidadores sobre a prevenção de acidentes, aleitamento materno e orientação alimentar no período do desmame, higiene individual e ambiental, assim como pela identificação precoce dos agravos, com vistas à intervenção efetiva e apropriada O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, do nascimento até os 5 anos de idade, é de fundamental importância para a promoção à saúde da criança e prevenção de agravos, identificando situações de risco e buscando atuar de forma precoce nas intercorrências. A frequência de consultas por faixa etária: • O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças. As crianças que necessitem de maior atenção devem ser vistas com maior frequência. • Infância - Período de crescimento do ser humano que se estende do nascimento até o início da puberdade. Considera-se uma puberdade normal quando nas meninas há o surgimento do broto mamário e dos pêlos pubianos entre 8 e os 13 anos; já os meninos, quando há o aumento do volume dos testículos e o aparecimento dos pêlos pubianos entre os 9 e 14 anos. O Ministério da Saúde (MS), para efeitos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNASC), segue o conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera: “Criança” – pessoa na faixa etária de zero a 9 anos, ou seja, de zero até completar 10 anos ou 120 meses; “Primeira infância” – pessoa de zero a 5 anos, ou seja, de zero até completar 6 anos ou 72 meses (BRASIL, 2015b, art. 3º). Essa definição da primeira infância está alinhada com o Marco Legal da Primeira Infância, Lei n.º 13.257, de 8 de março de 2016 (BRASIL, 2016). Crescimento e desenvolvimento físico da criança • Em geral, crescimento e desenvolvimento são referidos como uma unidade que expressa a soma das numerosas mudanças que ocorrem durante a vida de um indivíduo. Entende-se por crescimento todo o processo ou modificação morfológica que conduz a criança através de uma mudança ordenada e progressiva, para a maturidade, ou seja, refere-se a modificações estruturais, implica mudança em Puericultura: Crescimento e desenvolvimento quantidade e ao aumento progressivo das dimensões corporais, que pode ser comprovado mediante diversos tipos de medições: altura/comprimento, peso e perímetros. A monitorização do crescimento de forma rotineira é amplamente aceita por profissionais de saúde e é um componente da consulta para a criança no mundo inteiro. Os registros do peso, da estatura e do comprimento, bem como do perímetro cefálico da criança, aferidos nos gráficos de crescimento, são recomendáveis para todas as consultas, para crianças de risco ou não, até os 2 anos de idade. Entre os 2 e os 10 anos de idade, deve-se aferir o peso e a altura e plotá-los no gráfico nas consultas realizadas. A altura para a idade é o melhor indicador de crescimento da criança e, no Brasil, representa o deficit antropométrico mais importante. E, desenvolvimento refere-se a transformações funcionais dessas mesmas estruturas, ou seja, o crescimento e a diferenciação dos diversos órgãos, onde envolve uma mudança de um estágio menos avançado para outro de maior complexidade. Alteração adaptativa em direção a uma habilidade. Ambos os fenômenos determinam que a infância seja constituída por uma sucessão de etapas, ligadas entre si, que configuram um processo global, dinâmico e contínuo, que depende de: Fatores intrínsecos, como a herança, o sexo, e a secreção de vários hormônios. Fatores extrínsecos, como a alimentação, a administração de vitaminas na dieta, fatores socioculturais, a existência de doenças, tratamento, acidentes, intoxicações e alterações metabólicas ao longo dos primeiros anos de vida. Etapas e evolução do crescimento e desenvolvimento da criança • Período pré-natal: da concepção ao nascimento; • Período neonatal: que engloba as primeiras quatro semanas de vida; • Primeira infância: até os 5 anos de idade; • Segunda infância ou fase escolar: dos 6 aos até o início da puberdade; • Adolescência: período que decorre desde a puberdade até o fim do crescimento. • Embrionário: da concepção até 8 semanas • Fetal: 8 a 40 semanas (nascimento) A rápida taxa de crescimento e a total dependência fazem deste período um dos mais cruciais no processo de desenvolvimento. A relação entre a saúde materna e certas manifestações do recém-nascido enfatiza a importância da assistência pré-natal adequada, para a saúde e o bem-estar do lactente. Características do período pré- natal • Crescimento celular muito acelerado que jamais será igualado durante a vida, além da diferenciação de tecidos e órgãos; • Em geral o crescimento celular anormal com conseqüentes alterações funcionais leva ao abortamento espontâneo antes da 13º semana de gestação; • Os abortos ocorridos após esse período estão freqüentemente relacionados a problemas maternos, levando ao desenvolvimento de um ambiente inadequado ao crescimento fetal; • A placenta serve como estação de troca, retirando todos os excretas e suprindo o feto de todas as suas necessidades de oxigênio e nutrientes; • A mulher grávida desenvolve hipervolemia – em cerca de 1/3. • Os BCFs são audíveis em torno da 12ª e 14ª semana de gestação, com o auxílio do Ap. Sonar Doppler, a partir da 20ª semana pelo pinar. • A freqüência cardíaca atinge de 120 a 160 batimentos por minuto – e é um dos melhores indicadores de oxigenação adequada para o feto. • A manutenção da temperatura é conseguida através do líquido amniótico que envolve o feto, mantendo-a constante. • A nutrição é feita através da placenta e da deglutição do líquido amniótico. Se a mãe tiver uma nutrição inadequada ou se mantiver subdratada o feto crescerá mais lentamente e nascerá com o peso abaixo do normal. • O feto normalmente não defeca durante a gestação, mas as fezes (mecônio) formam- se em seu intestino, pela deglutição do líquido amniótico. O sofrimento fetal causado por níveis de oxigenação inadequados no último trimestre pode provocar relaxamento do esfíncter anal, com liberação de mecônio no líquido amniótico. • A melhor maneira de proteger o feto durante a gestação é assegurar-se de que a mãe goza de boa saúde, protegendo-a por meio de cuidados médicos e educando- a com respeito à gravidez. Período neonatal É o período no qual a principal alimentação da criança é o leite, principalmente materno e aí está o desafio de garantir esta alimentação exclusiva nos meses subseqüentes é o período de ajustamento psicológico CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO NEONATAL É um período de transição entre as vidas intra-uterina e extra-uterina. As mudanças no sistema circulatório são essenciais à passagem do sangue pelos pulmões. Com a ligadura do cordão umbilical, interrompe-se a circulação sangüínea entre o RN e a placenta. Após o nascimento ocorre o fechamento do forâmen oval. Via de regra a respiração do neonato é irregular, com uma freqüência que varia entre 30 a 60 incursões por minuto. Os RNs respiram pelo nariz, e somente comoúltimo recurso abrem a boca para respirar – manter fossas nasais desobstruídas. A freqüência cardíaca varia de 120 a 160 bpm. Os neonatos correm o risco de hipotermia – o mecanismo de regulação térmica localizado no hipotálamo ainda não está completamente desenvolvido; os RNs não são capazes de tremer para aumentar a temperatura corporal como fazem as crianças e os adultos; possuem uma superfície corporal maior em comparação ao seu peso; e a perda de calor pela evaporação pode ser excessivo; possuem menos tecido adiposo. Manter o RN aquecido é uma grande responsabilidade da equipe de enfermagem e dos pais. Nas primeiras 24 horas, a maioria dos RNs eliminam fezes chamadas de mecônio. O mecônio escuro, de consistência pastosa e pegajosa é eliminado durante alguns dias, até ser substituído por fezes amareladas. O número de evacuações é um reflexo do grau de hidratação do neonato, aquelas que se alimentam melhor, evacuarão mais. O volume urinário nas primeiras 24 horas após o nascimento é de 16 a 60ml. Com 1 mês de idade, este volume já é de 250 a 400ml. Todos os RNs perdem peso após o nascimento. Geralmente esta perda situa-se entre 5 a 10% do peso comparado ao nascer. Esta perda é recuperada em 1 ou 2 semanas. Uma nutrição inadequada nos períodos neonatal e de lactação pode ter como conseqüência uma redução do número de células cerebrais, da capacidade mental e um crescimento retardado. Os RNs do sexo masculino freqüentemente apresentam ereções. O aumento das mamas, como a presença de secreções vaginais espessas no sexo feminino que tendem a decrescer no transcurso da 1ª semana, estão relacionados aos níveis hormonais maternos. A profilaxia da oftalmia neonatal deve ser realizada de rotina nos cuidados com o recém-nascido; Recomenda-se a utilização da pomada de eritromicina a 0,5% e, como alternativa, tetraciclina a 1% para realização da profilaxia da oftalmia neonatal, 1 hora após o nascimento. A utilização de nitrato de prata a 1% (Método de Crede) deve ser reservado apenas em caso de não se dispor de eritromicina ou tetraciclina. A administração de vitamina K para prevenir qualquer problema na coagulação sanguínea e/ou doença hemorrágica Cuidado do coto umbilical – álcool a 70% para a desidratação. Icterícia fisiológica – do 3º ou 4º dia. Bilirrubina depositado nos neurônios = Kernicterus. Teste de apgar: 1º exame do recém-nascido O APGAR traduz as condições do bebê nos primeiros minutos de vida, em particular no 1º e no 5º minuto. Consiste na avaliação obrigatória de cinco itens (cor da pele, freqüência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular e irritabilidade reflexa) e para cada item é atribuída uma nota de zero a dois. Quando somados, estas notas podem variar, desde uma nota mínima de zero e máxima de dez. Assim, uma nota de sete a dez retrata que o bebê nasceu em ótimas condições, ou seja, sem nenhum grau de sofrimento; uma nota de 4, 5 ou 6 traduz um sofrimento fetal de grau intermediário, relacionado a prematuridade e uma nota de zero a três significa um sofrimento fetal mais grave com maior risco de mortalidade. Avaliação dos principais reflexos: • Reflexo cutâneo plantar: obtido pelo estímulo da porção lateral do pé. No RN, desencadeia extensão do hálux. A partir do 13º mês, ocorre flexão do hálux. A partir desta idade, a extensão é patológica. • Reflexo de Moro: medido pelo procedimento de segurar a criança pelas mãos e liberar bruscamente seus braços. Deve ser sempre simétrico. É incompleto a partir do 3º mês e não deve existir a partir do 6º mês. Reflexo tônico-cervical: rotação da cabeça para um lado, com consequente extensão do membro superior e inferior do lado facial e flexão dos membros contralaterais. A atividade é realizada bilateralmente e deve ser simétrica. Desaparece até o 3º mês. Triagem neonatal: Teste do Pezinho A coleta de algumas gotas de sangue do calcanhar do bebê, na idade ideal, do 3º ao 5º dia de vida, possibilita o diagnóstico de certas doenças genéticas, endocrinológicas e doenças metabólicas que não apresentam evidências clínicas ao nascimento. No Brasil, a triagem neonatal no SUS é oferecida para seis doenças: Fenilcetonúria (PKU); Hipotireoidismo congênito (HC); Doença Falciforme (DF) e outras hemoglinopatias; Fibrose Cística (FC); Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) e Deficiência de Biotinidase (DB). Primeira infância A criança passa por modificações importantes durante seu desenvolvimento físico, e vai adquirindo habilidades, por exemplo: a partir dos 3 meses já ri, observa o ambiente que a cerca; senta-se aos 6 meses; engatinha aos 9 meses e até um ano já estará andando sozinha. Nesta idade as crianças adquirem a linguagem e estabelecem relações sociais mais amplas, ganham autocontrole e domínio, desenvolvem consciência progressiva de dependência e independência e começam a desenvolver o autoconceito. Encontra-se em plena fase de curiosidade, querendo saber o que e o porquê das coisas a sua volta, já conhecendo um número maior de palavras, reage muito a separação dos pais, mas suporta períodos curtos de ausência. Características da primeira infância É o período da lactação. Durante os primeiros seis meses, a criança cresce à razão de 2,5cm por mês, para nos seis meses seguintes diminuir o seu ritmo de crescimento para 1,5cm por mês. As fontanelas se fecham aproximadamente aos 18 meses. As crianças continuam a ser respiradoras nasais obrigatórias até o final do período de lactação, quando passam a respirar confortavelmente pela boca. A freqüência respiratória varia entre 20 a 40 incursões por minuto. (02 anos) chegando a 20 a 30 aos 05 anos A freqüência cardíaca situa-se entre 100 a 120 bpm (02 anos) chegando entre 80 a 100 bpm (05 anos) Os lactentes assim como os neonatos, têm grandes possibilidades de terem problemas com a manutenção da temperatura. Os lactentes suam muito pouco, entretanto são muito susceptíveis aos aumento de temperatura ambiente. Desenvolve gradualmente a capacidade de tremer. A temperatura normal é de 36˚C quando verificado pela axila e 37 ˚C pelo reto. A maioria apresenta incontinências urinária e fecal. O controle dos esfíncteres é atingido em torno do segundo ou terceiro ano de vida ( no geral). As crianças nesta idade tem um grande interesse no corpo e nas diferenças entre os homens e as mulheres. Existe uma manipulação normal da genitália. A masturbação é comum. As brincadeiras são uma forma importante de estimulação, elas fornecem um caminho para o desenvolvimento social, emocional e físico e os amigos tornam-se muito importantes no final deste período. Os lactentes bem hidratados urinam de 6 a 8 vezes por dia, o que equivale a cerca de 400 a 500ml em 24 horas. As evacuações podem ser em número de 4 a 5 vezes em 24 horas ou 1 vez por dia ou em dias alternados. Principais problemas nessa fase: os acidentes; as infecções principalmente do trato respiratório; as otites; os problemas intestinais são observados em freqüência sob a forma de diarréia e cólicas; a anemia; a violência contra a criança. A necessidade de imunização permanece, com a maioria das crianças recebendo suas últimas doses pouco antes de entrarem na escola. Um problema comum relacionado à visão, causando estrabismo, ocorre nesta fase. As crianças com esse problema tem seus olhos desviados para o canto interno ou externo da fenda palpebral. O tratamento consiste em tapar o olho não desviado para estimular o outro olho mais fraco, de maneira que o centro da visão no cérebro se desenvolva. As infecções ainda são problemas muito usuaisentre pré-escolares. Até os 3 anos de idade, a infecção mais comum é a otite média, ao passo que, entre os 3 e os 6 anos, as infecções do trato respiratórios são mais freqüentes. Segunda infância ou fase escolar Este período do desenvolvimento é aquele em que a criança está direcionada para o exterior do grupo familiar e centralizada em torno de um mundo mais amplo de relações com pares. Há contínuo progresso do desenvolvimento físico, mental e social, com ênfase no desenvolvimento de capacidades e habilidades. A cooperação social e o início do desenvolvimento moral, de grande importância para os estádios seguintes, adquirem maior relevância. Este período é crítico para o desenvolvimento do autoconceito. Características da segunda infância São os anos em que a criança sai da proteção constante da família e entra na escola. A freqüência cardíaca fica ligeiramente menor em cada ano: 6 anos – 75 a 105 (med = 90) 8 anos – 75 a 95 (med = 85) 10 anos – 70 a 90 (med = 80). A freqüência respiratória permanece em uma média entre 19 a 21. A manutenção da temperatura está bem estabelecida nessa fase. A capacidade de transpirar e, desse modo, perder calor está mais desenvolvida, mas ainda longe de atingir os níveis dos adultos. Febres muito elevadas em resposta às infecções são menos usuais nas crianças maiores com um sistema imune mais desenvolvido e uma regulação térmica mais eficiente. A masturbação não é, em geral, associada à prática sexual, mas sim a sensações prazerosas. As crianças estão aprendendo os papéis e as condutas sexuais de suas culturas e normalmente preferem a companhia de outras crianças do mesmo sexo. Em torno dos dez anos, as crianças freqüentemente desenvolve uma ligação muito próxima com outra criança do mesmo sexo. Este “mesmo amigo” é considerado a primeira relação de amor fora da família e muito importante para os relacionamentos heterossexuais futuros. As fraturas e as feridas são as conseqüências mais usuais dos acidentes com as crianças por serem mais levadas. Dores musculares constituem um problema para algumas crianças, quando o seu crescimento ósseo é mais rápido que o muscular e os de ligamentos. As infecções respiratórias são problemas mais comum entre os escolares que, na média, sofrem 3 ou 4 gripes por ano. As infecções no ouvido continuam a ocorrer, mas com uma freqüência bem inferior a dos pré-escolares, dores de garganta são mais freqüentes. Problemas crônicos como alergias, asma, escoliose e diabetes juvenil podem aparecer nesse período. • Para este segmento, devemos utilizar como instrumento o cartão da criança ou a caderneta da criança, que contém a curva de crescimento e a ficha de acompanhamento do desenvolvimento. No cartão da criança é necessário o registro mensal do seu peso, o que possibilitará a elaboração do gráfico da curva de crescimento, como também a observação e o registro do desenvolvimento psicomotor. A partir desses dados, serão fornecidos orientações à família sempre que necessário. • O peso é considerado na prática como um dos indicadores de maior significação, regularidade e constância em seu emprego, constitui um dos melhores índices para a avaliação do crescimento, sempre que relacionamos com a altura. Em geral, o peso do nascimento é duplicado por volta dos 5 meses e triplicado ao final do 1º ano. • A estatura/comprimento constitui-se em outro índice fundamental da avaliação do crescimento da criança e sua verificação, principalmente nos lactentes, deve ser feita com cuidado para evitar erros. • O perímetro cefálico permite acompanhar o desenvolvimento do encéfalo. É muito útil durante o 1º ano de vida. A circunferência cefálica, que em recém-nascido brasileiro , é, em média, 33 a 37 cm aumentando até 46 a 47 cm no final do 1º ano de vida. • O perímetro Torácico é igual ou maior 2 cm do cefálico. FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO FÍSICO E EMOCIONAL As crianças são afetadas por fatores físicos, como o clima em que vivem; influências fisiológicas, como suas características e suscetibilidades inatas; o sistema de valores de suas famílias e cultura; as influências fisiológicas, tais como o tipo de pais e o número, sexo e personalidades das pessoas significativas em suas vidas. Porém alguns fatores podem ser facilitados, modificados ou, de certa forma, influenciados pelas intervenções de enfermagem, tais como: • Hereditários – características hereditárias, como, sexo; peculiaridades físicas com os pais; muitas dimensões da personalidade; deficiência ou distúrbio físico ou mental hereditário. • Neuroendócrinos – a ação dos hormônios: somatotrofina, da tireóide, os androgênios, insulina, paratireóide e os hormônios sexuais. • Nutrição – é a influência isolada mais importante sobre o crescimento. • Nível sócio-econômico – produz impacto significativo sobre o desenvolvimento – irregularidade das refeições, do sono e dos exercícios. • Doenças – distúrbios esqueléticos, raquitismo, doenças crônicas, anomalias cardíacas e distúrbios respiratórios. • Relações interpessoais – influenciam no desenvolvimento emocional, intelectual e da personalidade. Programa Nacional de atenção à Saúde da Criança – PNAISC após intenso diálogo com o Conass e o Conasems, possibilitando que, finalmente, em 5 de agosto de 2015, fosse publicada a Portaria GM/MS n.º 1.130, de 5 de agosto de 2015, instituindo a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc). Tem como objetivo promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante atenção e cuidados integrais e integrados, da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento. • A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde Criança (PNAISC) estrutura-se em sete eixos estratégicos: § Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido § Aleitamento materno e alimentação complementar saudável § Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral § Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas § Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz § Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade § Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno
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