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Principais Doenças Prevalentes Na Infância Distúrbios do Sistema Respiratório Sistema Respiratório: Funções: Troca Gasosa e Vocalização. Estruturas: Fossas nasais (Nariz) Faringe Laringe (cordas vocais) Traquéia Brônquios, Bronquíolos Alvéolos Sinusite: é um processo inflamatório, infeccioso ou não, da mucosa que reveste as cavidades dos ossos que circulam as fossas nasais, levando à obstrução do óstio do seio paranasal. Após infecção viral, inflamação de origem alérgica ou por poluentes, a mucosa da região nasal aumenta de volume e obstrui a comunicação destas cavidades com as fossas nasais. Sinais e sintomas: a doença pode gerar sensação de “peso na face”, corrimento nasal, dores de cabeça, sensação de mau cheiro oriunda do nariz ou da boca e obstrução nasal com eventual espirros. Principais agentes: Streptococus pneumoniae, Haemophilus Influenzae e Neisseria catarrhalis. Diagnóstico: é feito através da história clínica, exame físico da região e de exames radiológicos. Tratamento: consiste na administração de antibióticos sistêmicos por catorze dias, de antissépticos nasais (soro fisiológico aquecido ou descongestionante tópico, este último diluído ao meio com soro fisiológico) por três a cinco dias e, muito raramente, de punção do seio maxilar (casos graves e imunodeprimidos). Apesar do surgimento de bactérias produtoras de betalactamase (enzima que hidrolisam a penicilina e seus derivados, transformando estes antibióticos em substâncias inativas), a amoxicilina persiste como a droga de escolha para o tratamento da sinusite (50 mg/kg/dia de 8/8 horas, por via oral, durante catorze dias). Faringoamigdalites (dor de garganta): São uma das IVAS mais freqüentes, não só em crianças como em adultos. Suas duas principais etiologias são: Viral e bacteriana e muitas vezes seu reconhecimento é complicado. A etiologia é predominantemente viral, principalmente nas crianças abaixo de três anos de idade, sendo os agentes mais comuns o adenovírus e o vírus sincicial respiratório. O Streptococcus beta-hemolítico do grupo A é o maior responsável pelas amigdalites bacterianas. Criança com dor de garganta apresentando sintomas gastrintestinais (disfagia, vômitos, dor abdominal) febre alta (acima de 38,5 ºC), gânglios aumentados e dolorosos no pescoço, amigdalas hiperemiadas e com pontos purulentos, é classificada como portadora de FARINGOAMIGDALITE BACTERIANA (estreptocócica?) Tratar com penicilina benzatina: 600.000 e 1.200.000 unidades por via intrasmuscular, para os menores e maiores de cinco anos, respectivamente, ou amoxicilina: 50 mg/Kg/dia de 8 em 8 horas, por via oral, durante sete dias; utilizar também antitérmico-analgésico (paracetamol 200 mg/ml – 1 gota/Kg/dose ou dipirona 500 mg/ml – 1 gota/2Kg/dose) e recomendar maior oferta de líquidos. Deve-se marcar um retorno após dois dias para reavaliação. Criança com dor na garganta no decurso de resfriado comum, apresentando hipertermia (geralmente abaixo de 38,5 ºC), irritabilidade, congestão nasal, tosse leve, inapetência, odinofagia, hiperemia e edema de faringe e amigdalas, é classificada como tendo FARINGOAMIGDALITE VIRAL. O tratamento é sintomático, recomendando-se a administração de antitérmico-analgésico (paracetamol ou dipirona), maior oferta de líquidos e medidas caseiras para suavizar a dor, como gargarejo com solução de água morna e sal de cozinha ou mel de abelha. Asma Brônquica ou Bronquite: crise aguda de broncoespasmo, edema de mucosa e hipersecreção com aumento da resistência ao fluxo aéreo, acompanhada de hipoxemia, caracterizada por uma reação exagerada do Sistema Respiratório (traquéia e brônquios) à determinadas substância e partículas. Principais sintomas são: cansaço, falta de ar, tosse, sibilância, taquipnéia, retrações inter e subcostais e dor torácica. Tratamento: broncodilatadores inalatórios, orais ou venosos (Salbutamol ou Fenoterol – 1 gota/3Kg a cada 4 a 6h). Corticosteróides (Prednisona ou Hidrocortisona) e controle ambiental (evitar exposição aos alérgenos inalatórios). Bronquiolite: é uma infecção respiratória aguda de etiologias virais, que compromete as vias aéreas de pequeno calibre (bronquíolos), através de um processo inflamatório agudo, levando a um quadro respiratório obstrutivo de graus variáveis de intensidade. O principal agente etiológico é o vírus sincicial respiratório. Manifestações clínicas: taquipnéia, sibilância, batimento de asas de nariz, hiper insuflação pulmonar, crepitações finas, vômitos nas crianças pequenas, febre baixa, tosse intensa, diminuição do apetite, irritabilidade. Tratamento: orientações gerais sobre o curso normal da doença e estimular a ingesta hídrica; broncodilatador (Salbutamol e fenoterol) uso controverso, oxigenoterapia SN, atualmente epinefrina sob inalação. Normalmente os sintomas desaparecem dentro de uma semana e a dificuldade respiratória melhora no 3º dia. Epiglotite: Doença inflamatória da epiglote, que envolve em graus variáveis os tecidos supraglótidos que provoca a obstrução, por vezes fatal, das vias respiratórias, causada quase sempre pelo Haemophilus Influenza tipo b. Manifestações clínicas: Rápida evolução da obstrução respiratória alta, febre, voz abafada, sialorréia, postura preferencial sentada, boca semi-aberta, estridor inspiratório progressivo, retrações, taquipnéia e dependendo do grau de hipoxemia, maior ou menor prostração. Tratamento: Estabelecer permeabilidade da via aérea, antibioticoterapia e oxigenoterapia. Pneumonia: Processo inflamatório, quase sempre infeccioso, de evolução usualmente inferior a 15 dias acometendo o parênquima pulmonar. Manifestações clínicas: Desconforto respiratório com gemido (“impando”) com submacicez a percussão nas lesões lobares maiores, sopro e diminuição do murmúrio vesicular, roncos e estertores na esculta. Tratamento: Hidratação, oxigenoterapia S/N, antibioticoterapia DISTÚRBIOS DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Diarréia Aguda: Quadro geralmente de etiologia infecciosa, que se caracteriza por uma perda intestinal aumentada de nutrientes , água e eletrólitos autolimitadas com uma duração média de 5 dias e um limite máximo de 14 dias. Principais causas: Bactérias (E. Coli; Salmonella, Vibrio Colerae; S. Aureus Vírus ( Rotavírus, Adenovírus) Parasitas Intestinais (Giárdia Lamblia, E. histolytica, S. mansoni, Strogyloides stercolaris) Não-infecciosa (Alergia alimentar, Intolerância à lactose, Ingestão de toxinas, Fatores emocionais, Efeitos colaterais de drogas) Diarréia Aguda Persistente: Diarréia aguda, não autolimitada, durando mais que 14 dias Principais causas: Atrofia das vilosidades por lesão durante a diarréia; Fermentação de carboidratos não absorvidos; Supercrescimento de bactérias resistentes no intestino Disfunção da válvula ileocecal Diarréia crônica: Quando tem sua duração além de 1 mês. Diarréia Protraída: Diarréia prolongada com cultura negativa e perturbações absortivas e digestivas da mucosa Diarréia Persistente: Diarréia que se inicia agudamente, não autolimitada, que se prolonga por mais de 14 dias , com perda de peso. Com etiologia de maior frequência de causas infecciosas e pós-infecciosas. Diagnóstico: Essencialmente clínico Sinais de Alerta: Diarréia grave (fezes líquidas mais de 1 vez por hora) Vômitos muito seguidos Apatia intensa e Gemência Diarréia sanguinolenta Febre alta Sede acentuada Anúria há mais de 12 horas http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Digestive_system_diagram_pt.svg Olhos fundos e recusa alimentar Tratamento: A principal preocupação durante uma diarréia, é reidratar a criança ou evitar que ela se desidrate. Além da manutenção do equilíbriohidroeletrolítico e o suporte nutricional. Hidratação: Iniciar oferecendo líquidos por via oral após cada evacuação diarréica e vômito.: Soro caseiro (água+sal+açúcar) SRO – repõem líquidos e sais minerais perdidos. Água de arroz - Se a criança vomitar, aguardar 10 minutos para continuar mais lento. - A via EV apenas em desidratação grave associada. Manter alimentação normal: Durante a diarréia, deve-se manter dieta que cubra as necessidades calóricas da criança Suspender apenas em casos graves , com intolerância alimentar intensa (vômitos frequentes e distensão abdominal) OBS. Se a criança não aceitar VO, fazer gavagem. Se não aceitar a gavagem, então alimentação parenteral. Antieméticos Geralmente são desnecessários Efeito sedativo atrapalha a aceitação da hidratação Geralmente a criança vomita nas primeiras horas de hidratação oral; porém após a hidratação oral os vômitos tendem a ceder. Antibióticos (uso restrito; indicado em:) RN/pacientes imunosuprimidos ou com infecção generalizada Shigueloses (quadros intensos) - Sulfa+Trimetropim - Ampicilina - Ácido Nalidixílico (Entomylon) Giardíase aguda (metronidazol) Se desidratação e/ou desnutrição grave Se houver casos de cólera Planos de tratamento: Plano A - Diarréia SEM desidratação: - Alimentação normal - Continuar amamentando com maior frequência e por mais tempo - Aumentar a ingesta de líquidos adicionais( água, sucos, chás, soro caseiro) - Dar salgados, doces e amido (água de arroz) - SRO (em colher, conta-gotas e seringa) - Evitar refrigerantes Plano B – Diarréia COM desidratação LEVE/MODERADA: - TRO por 4 – 6 horas - Manter condutas do Plano A Plano C - Diarréia COM desidratação SEVERA: - Hidratação EV + TRO - Manter condutas do plano A - Desidratação: Situação clínica ocasionada por perdas agudas de água e eletrólitos, geralmente decorrente de diarréia e vômitos. - Classificação: - Intensidade: - 1º GRAU – Perda ponderal aguda inferior a 5% LEVE - 2º GRAU - Perda ponderal aguda entre 5a10%MODERADA - 3º GRAU – Perda ponderal aguda acima de 10% GRAVE - Tipo: - ISOTÔNICA – Sódio plasmático normal - HIPOTÔNICA – Sódio plasmático abaixo de 130 mEq/L - HIPERTÔNICA - Sódio plasmático acima de 150 mEq/L Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE): - Consiste no refluxo do conteúdo alimentar presente no estômago para o esôfago, devido a incompetência do esfincter esofagiano inferior. Quando patológico apresenta importantes repercussões clínicas, como: desnutrição, broncoaspiração, anemia decorrente da lesão da mucosa esofagiana. - Sinais clínicos: Vômitos e regurgitações associados às suas consequências como: baixo ganho ponderal, anemia carencial, sangramento digestivo, disfagia ou irritabilidade no momento da alimentação, sono agitado, dor epigástrica, até sinais respiratórios. - Exames complementares: Esofagograma, esofagoscopia e Phmetria esofágica que é o exame mais sensível e específico. - Medidas conservadoras: - Dieta: Espessamento e fracionamento da dieta - Medidas posturais: Posição em decúbito ventral e tronco a 30º principalmente a noite - Medicamentoso: - Bromoprida, Domperidona - Antiácidos: hidróxido de alunmínio - Bloqueadores H2: Ranitidina, cimetidina , omeprazol - Cirúrgico: Fundoplicatura Esofágica nos casos graves e que não respondem ao tratamento convencional Estenose Hipertrófica do Piloro: - É uma causa comum de obstrução gástrica do RN, causa muito comum de vômitos no lactente que ocorre em função do obstáculo representado pelas fibras circulares hipertrofiadas da musculatura pilórica. Sua causa ainda é desconhecida, mas existe evidências de predisposição genética. - Quadro clínico: Sintomas a partir da 3ª-6ª semana – vômitos pós-alimentares, não-biliosos em jato, desnutrição e desidratação variáveis. Pode-se palpar a oliva pilórica no hipocôndrio direito. - Tratamento: Cirúrgico- Piloromiotomia Desnutrição Protéico Calórico – DPC : - Deficiência nutricional em cujo nome se destaca 2 aspectos fundamentais da nutrição, que são: o déficit protéico e o déficit calórico ou energético. É a entidade médico-social mais importantes em nosso meio e em todo mundo, em virtude de elevada prevalência, mortalidade e sequelas. - Classificação: - Quanto a origem : Primária , Secundária e Mista - Quanto à intensidade: Segundo Gómez - 1º GRAU– Déficit de peso de 10 a 24% LEVE - 2º GRAU- Déficit de peso de 25 a 40% MODERADA - 3º GRAU - Déficit de peso > 40% GRAVE - Formas clínicas: - MARASMO (seca) – Maior incidência em crianças menores (até 18 meses) - KWASHIORKOR (molhada) – Maior incidência acima de 18 meses - KWASHIORKOR- MARASMÁTICO (intermediária) – Todos os sintomas do marasmo, associado ao edema. Maior incidência em crianças acima de 18 meses. - Diagnóstico: - Os desnutridos de 1º e 2º Graus apresentam: Déficit Ponderal, atraso do CD, maior susceptibilidade a infecções DISTÚRBIOS DO SISTEMA URINÁRIO Infecção urinária: Multiplicação de bactérias no trato urinário, admitindo-se que da bexiga para cima o trato urinário seja estéril. Fatores predisponentes (anatômicos,físicos,químicos): - Comprimento da uretra - Contaminação fecal (higienização incorreta) - Constipação intestinal (retenção de urina – estase) - Infecções genitais (vulvovaginites, balanopostite) - Anomalias congênitas dos rins (hipoplasias, displasias) - Instrumentação e cateterismo Quadro clínico: No lactante – queixa frequente de febre não esclarecida. No pré-escolar – disúria, polaciúria, incontinência urinária e/ou enurese noturna, dor lombar e/ou abdominal, febre. Tratamento: Antibioticoterapia Síndrome Nefrótica: Estado clínico de múltiplas etiologias e variados substratos histopatológicos, no qual se observam um aumento da permeabilidade renal à filtração de proteínas. Fisiopatologia: A instalação da Síndrome Nefrótica ocorre mais predominantemente entre 2-7 anos de idade. A membrana glomerular, que é normalmente impermeável à albumina e outras proteínas, torna-se permeável à elas, em particular à albumina, que extravasam pela membrana e são eliminadas pela urina. Diagnóstico clínico: - Ganhoponderal - EDEMA (periorbitário matinal, anasarca) - Intumescimento da face especialmente redor dos olhos - Alterações de pele - EDEMA de abdome (ascite) - Dificuldade respiratória (derrame pleural) - EDEMA de mucosa intestinal, causando: diarréia, anorexia, absorção intestinal deficiente - Hepatomegalia - Alterações urinárias: oligúria, opalescência, espumosa - Tendência para infecções OBS.: Normalmente os pacientes são normotensos, tornando-se hipertensos com a progressão da doença. Diagnóstico Laboratorial: PROTEINÚRIA HIPOALBUNEMIA Hiperlipidemia Hipercolesterolemia (acima de 250 mg%) Tratamento: - Reduzir a excreção urinária de proteínas (Corticosteróides) - Cuidados com a administração dos imunossupressores - Reduzir a retenção de líquidos nos tecidos (Diuréticos) - Monitorização contínua da retenção ou excreção de líquidos - Pesagem corporal diária - Medição da diurese - Minimizar as complicações relacionadas com o tratamento - Tratar as complicações é sempre muito importante: hipocalemia, hiperlipidemia, distúrbios da coagulação (tromboses venosas) e desnutrição. Glomerulonefrite Difusa Aguda (GNDA): É uma doença renal de aparecimento súbito e duração limitada, causada por mecanismo imunológico desencadeado por infecção. Predominantemente pós- infecção Streptocóccica tipo beta-hemolítica grupo A. Diagnóstico clínico: Infecção estreptocócica prévia de pele ou de orofaringe (10 a 30 dias) EDEMA, HEMATÚRIA, HIPERTENSÃO, oligúria. Diagnóstico laboratorial: SU (hematúria, proteinúria,cilindúria) Uréia e creatinina elevados Tratamento: - Restrição hídrica - Restrição de sódio limitada a fase de oligúria, edema e hipertensão - Antibioticoterapia – Se < 25 Kg – 600.000 penicilina Se >25 Kg – 1.200.000 penicilina - Diuréticos - Prevenir a encefalopatia hipertensiva e distúrbios cardiovaculares Assistência de enfermagem: 1. Identificar crianças com amigdalites ou impetigo e encaminhá-las ao serviço de saúde para realizar o tratamento 2. Estimular a realização integral do tratamento, evitando a evasão 3. Pesar diariamente 4. Medir ingesta oral de líquidos 5. Medir diurese das 24 horas 6. Verificar PA frequentemente 7. Orientar familiares quanto aos cuidados domiciliares. DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS Anemias: Processo patológico no qual o nível de hemoglobina encontra-se abaixo do normal de acordo com a idade e sexo. Principais causas: Carências de nutrientes essenciais à formação de hemoglobinas (ácido fólico, ferro, vitaminas B12, B6 e C) ; depressão medular; maior destruição das hemácias; hemorragias internas e externas; infecções crônicas. Sintomas: Palidez cutâneo-mucosa, pele das mãos e “planta” dos pés, leitos ungueais, orelhas e pele como um todo; deficiência visual; síncope; taquicardias;fraqueza; desânimo; intolerância a esforço; cefaléia; dispnéia; dificuldade de ganhar peso; esplenomegalia (15%) dos casos. Anemia Ferropriva: Anemia carencial, ocasionada por deficiência de ferro, mais frequente nos primeiros anos de vida (6 a 24 meses) Fatores de risco: Prematuridade; baixo peso ao nascer; gemelares; anemia materna; alimentação com leite de vaca ou cabra; atraso em iniciar alimentação sólida; perda gastrintestinal (diarréia crônica, úlcera péptca, ancilostomíase, refluxo gastroesofágico); má absorção; crianças menores de 5 anos. Sintomas: Palidez; taquicardia; irritabilidade; cansaço; anorexia; cefaléia; unhas quebradiças; esclerótica azulada; alopécia; redução da atenção; déficits psicomotores; ICC (casos graves). Diagnóstico clínico: Alimentação; fontes potenciais de perdas sanguíneas; história familiar e medicamentos; diarréias; outras infecções e enteroparasitoses Diagnóstico laboratorial: hematócrito e hemoglobina, índices hemáticos (eritrócitos) evidenciando hipocromia, microcitose com reticulócitos diminuídos (VCM e HCM baixo). Tratamento: Dieta rica em ferro (feijão, ovos, vit. C, carne); sulfato ferroso (VO- crianças): profilaxia-5mg/kg/dia- tratamento-10mg/kg, 3 vezes por dia.; hemotransfusão (se Hb < 4; disfunção respiratória grave (ICC, PNM extensa; derrame pleural; septicemia) DOENÇAS EXANTEMÁTICAS Sarampo: Doença exantemática provocada por um RNA vírus, família Paramixiviridae Transmissão: Gotículas de secreções respiratórias. Com período de incubação em torno de 10 dias. Quadro clínico: Fase catarral – Pródormos de 3 a 5 dias com mal estar, febre alta, coriza, tosse, cefaléia, prostração, conjuntivite, faringite, diarréia, vômitos, linfadenopatia generalizada e esplenomegalia, mucosa oral hiperemiada + manchas de Klopik. Fase exantemática – exantema eritematoso, máculo- papular e morbiliforme no sentido crânio-caudal. Duração: 6 a 7 dias. Pode surgir pequena descamação, poupando mãos e pés Fase de convalescência: exantema desaparece no mesmo sentido em que surge. Tratamento: Suporte e sintomáticos Profilaxia: Vacina anti- sarampo Rubéola: Infecção causada pelo vírus RNA da família Togaviridade, que incide mais frequentemente em crianças entre 5 a 9 anos. Transmissão: 1º . Seu grande impacto no setor saúde diz respeito as infecções de gestantes com muitos riscos de infecções do concepto que resultam em abortamento, prematuridade ou infecção congênita. 2º Na rubéola adquirida, a transmissão se dá pelas secreções respiratórias. Sendo mais contagiosos no início da erupção cutânea. Quadro clínico: Fase prodrômica- Geralmente ausente na criança. Pode ocorrer mal estar, febre, anorexia. Fase exantemática – Exantema cutâneo que se inicia no rosto e desce para o corpo com duração de cerca de 3 dias. Os linfonodos aumentados são os auriculares posteriores, cervicais posteriores e os da cadeia subocciptal. Tratamento: Sintomáticos e orientações Varicela: Infecção primária pelo vírus varicela- zoster Quadro clínico: Febre, lesões em mucosa oral e eritema macular pruriginoso que evolui para vesícula e crosta, de distribuição centrífuga e multiforme. Tratamento: Orientações higiênicas, antihistamínicos, Acyclovir para os imunodeficientes. .
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