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SISTEMA CARDIOVASCULAR - 2ª PARTE

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Eduarda Possidônio PORTO, 6ed. 2012 III UNIDADE 
 
 
 
Semiologia Cardiovascular 
pulsos e pressão arterial 
Pulsos 
Devem ser analisados o pulso radial, o pulso capilar, as pulsações das artérias 
carótidas e das veias jugulares. 
o Pulso radial: a análise do pulso radial (situado entre a apófise estiloide do 
rádio e o tendão dos flexores) abrange as seguintes características 
semiológicas: estado da parede arterial (deve estar sem tortuosidades e 
facilmente depressível - caso contrário indica arteriosclerose), frequência 
(>100 = taquisfigmia; <60 = bradisfigmia), ritmo (quando ocorre em 
intervalos iguais, diz-se regular; quando os intervalos são variáveis, diz-se 
irregular - fibrilação atrial, bloqueio AV, extra-sístoles), 
amplitude/magnitude (amplo ou magnus - insuficiência aórtica; pequeno ou 
parvus – estenose aórtica - + a ++++), tensão/dureza (mole, tensão mediana 
ou duro – HAS - à palpação), tipos de onda e comparação com a artéria 
homóloga (comparação da amplitude e pulsação com a artéria radial 
homóloga - desigualdade indica afecções na crossa aórtica - dissecção). 
Manobra de Osler: sinal de alerta para HAS - artéria palpável e sem pulso com o 
manguito insuflado. 
O número de pulsações nem sempre corresponde ao número de batimentos 
cardíacos, visto que existem condições como a fibrilação atrial na qual algumas 
contrações são ineficazes e não impulsionam sangue para a aorta, gerando um 
déficit de pulso. 
Tipos de onda: onda de pulso normal; pulso célere/martelo d'água (aparece e 
some com rapidez - insuficiência aórtica, fístulas arteriovenosas, anemias e 
hipertireoidismo); pulso anacrótico (estenose aórtica); pulso dicrótico (doenças 
que acompanham febre); pulsos bisferiens (estenose e insuficiência aórtica 
associadas); pulso alternante (insuficiência ventricular esquerda); pulso filiforme 
(colapso circulatório periférico); pulso paradoxal (diminuição da amplitude 
durante a inspiração - pericardite constritiva, enfisema pulmonar e derrame 
pericárdico volumoso). 
o Pulso capilar: é o rubor intermitente e síncrono com o pulso radial, 
essencialmente na região das unhas. Ao se pressionar a unha, vê-se uma 
Eduarda Possidônio PORTO, 6ed. 2012 III UNIDADE 
 
 
 
zona pulsátil que marca a transição da cor rósea para pálida. Se a pulsação é 
nítida, é indicativo de insuficiência aórtica, fístula arteriovenosa, anemia e 
hipertireoidismo – normalmente a pulsação é discreta/imperceptível. 
o Pulsação das artérias carótidas: são palpadas no ângulo da mandíbula de 
cada lado da traqueia. Verifica-se endurecimento, dilatação, tortuosidade, 
sopro, amplitude, frêmito e irradiação - objetivando diagnosticar possíveis 
insuficiências ou estenoses aórticas. 
o Ingurgitamento e pulsações das veias jugulares: deve-se avaliar a 
presença de turgências, frêmito e sopros. As veias jugulares encontram-se 
turgidas quando o paciente está em decúbito (condição normal). Quando o 
paciente fica de pé, sentado ou semi-sentado (45°) é normal que apenas o 
pulso venoso seja visto na base do pescoço e as jugulares colabem. Se isso 
não acontece, chama-se de ingurgitamento venoso, presente na 
insuficiência ventricular direita (relacionada com a hipertensão venosa no 
sistema da veia cava superior) ou na pericardite constritiva. 
FLEBOGRAMA 
✓ Onda A: contração atrial – Onda A gigante = vigorosa contração do AD 
(estenose tricúspide). 
✓ Onda C: aumento da pressão dentro do AD na contração isovolumétrica. 
✓ Onda V: aumento da pressão no AD durante o enchimento atrial – Onda V 
gigante ou proeminente (insuficiência tricúspide + fibrilação atrial). 
✓ Deflexão X: relaxamento atrial - Ausência de deflexão X (fibrilação atrial). 
✓ Deflexão Y: abertura da valva tricúspide na fase de enchimento ventricular - 
Deflexão Y profunda = súbito colapso diastólico do pulso venoso 
(pericardite constritiva e derrame pericárdico). 
Pressão Arterial 
Corresponde à força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos. É 
determinada pelo produto entre o débito cardíaco (resultado do produto entre o 
volume sistólico e a frequência cardíaca) e a resistência vascular periférica. Além 
disso, a pressão arterial está relacionada com a elasticidade da parede dos 
grandes vasos, com a viscosidade sanguínea, com a volemia, agentes químicos ou 
hormonais, reatividade muscular e com a influência neurogênica. 
Para a regulação da pressão arterial existem mecanismos, como o córtex cerebral, 
o hipotálamo, os centros vasomotores, o sistema nervoso autônomo, as 
suprarrenais, os rins, os barorreceptores e algumas vias nervosas, como o nervo 
de Cyon e Hering. 
Eduarda Possidônio PORTO, 6ed. 2012 III UNIDADE 
 
 
 
o Recomendações para medir a pressão arterial: esfigmomanômetro com 
tamanho e situação ideais, paciente sentado, bexiga vazia, sem falar, 
repouso por pelo menos 3 minutos, sem ingesta de café, sem prática de 
exercícios físicos pouco tempo antes de medir a PA, manguito colocado no 
local correto (dois dedos acima da fossa cubital, a nível a artéria braquial), 
medir ao menos três vezes. 
o Fases de Korotkoff: fase I (sístole) = aparecimento dos sons; fase II = 
batimentos com murmúrio; fase III = murmúrio desaparece; fase IV = 
abafamento dos sons; fase V (diástole) = desaparecimento de sons. 
o Deve-se analisar a situação de cada paciente (crianças, gestantes, idosos) e 
medir a pressão arterial de acordo com cada uma, tomando os devidos 
cuidados. 
o Variações fisiológicas: idade (crianças e RN costumam ter PA menor que 
os adultos); sexo (mulheres costumam ter PA menor); raça e estilo de vida 
(HAS na raça negra – estudos); sono e emoções. 
o Classificação dos valores normais da PA: 
 
Porto, 2012. 
Pulso alternante: importante sinal de insuficiência ventricular esquerda. 
Pressão diferencial: diferença entre a sistólica e a diastólica. Costumam ficar entre 
30 e 60mmHg – se menor indica estenose aórtica, hipotensão arterial e 
insuficiência cardíaca grave (pressão convergente); se maior indica síndromes 
hipercinéticas, como hipertireoidismo e insuficiência aórtica (pressão divergente). 
 
Eduarda Possidônio PORTO, 6ed. 2012 III UNIDADE 
 
 
 
 
 
Porto, 2012.

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