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Igor Silva Toda vez que se deseja pesquisar melhor informação na tomografia, no softwer com exame apresentado, deve levar o eixo no local tanto eixo vertical quanto o horizontal para se visualizar melhor. Auxiliando nas estratégias de tratamento. AULA 4 Continuação da aula de tomografia Cone Beam São várias orientações para indicação da TCCB que são regidas pela sociedade europeia de endodontia, embora existem outras guias tbm. Vamos decorrer nessa aula cada indicação que aponta para necessidade do exame tomográfico. INDICAÇÕES DA TCCB NA CLÍNICA DIÁRIA: 1) Diagnóstico da anatomia do canal e localização de estruturas anatômicas adjacentes. Usada frente à análise de um Rx convencional e de nenhuma forma se consegue nem imaginar onde está o ápice de um dente, assim, qual seu comprimento aparente, o que pode está se comunicando com outras estruturas adjacentes como seio maxilar, nervos e etc, ou seja, se há tbm duvidas sobre a presença dessas estruturas importantes ao redor do dente, então está liberado para solicitação de tomografia. → ex: dente onde não visualizamos o fim do canal radicular na raiz mais mesial e além disso o paciente não conseguia relatar o dente específico onde sentia dor, foi buscado exame tomográfico. Se busca no exame tomográfico: ● Lesão inicial periapical que ainda não é vista no Rx ● Saber extensão do corpo pulpar está indo mais além do que o Rx convencional está indicando ● Análise anatômica do canal ● Indica espessura periósteo o que auxilia na escolha técnica anestésica e do anestésico para o caso Igor Silva ● Auxiliando no diagnóstico e por conseguinte no tratamento Primeiro plano analisado na Tomo é o corte AXIAL: câmara pulpar terço médio terço apical → → - Navega-se no dente da coroa para o ápice - nota nessa tomo 3 canais na raiz mesial e 2 na distal, quando caminha para o terço apical observa que os 3 canais do terço médio se convergiram encontrando-se no ápice o que indica um tratamento para esse dente com Volume irrigação maior, instrumentação com auxílio de ponta ultrassônica e etc. 2) RAÍZES PRÓXIMAS AO CANAL MANDIBULAR Comumente ocorrendo muito no 2° molar inferior - não se consegue definir se o canal mandibular está mais para vestibular, ou se ele está passando em contato com as raízes mesial e distal ou se ele está mais pra lingual do molar. Nesses casos é importante pedi tomografia, pois com a informação de que o canal mandibular está em contato com os ápices, já pode avisar o paciente que ele corre risco de parestesia pós tratamento. → Na seta amarela indica o canal mandibular, e demonstra a proximidade da raiz distal na região, o Igor Silva que orienta o tratamento de canal para ser bem cuidadoso evitando extravasar cimento, irrigar com cuidado e obter radiografias com muito cuidado para evitar a Parestesia. 3) IDENTIFICAR CANAIS ESQUECIDOS O 1° molar superior são dentes que geralmente possuem um segundo canal na raiz mésio-vestibular, no entanto, esses canais extras são difíceis de receberem tratamento por serem muito pequenos e por isso o endodontista precisa ter microscópio na clínica ultrassom e obrigatoriamente pedir uma tomografia. No corte axial da imagem abaixo nota canal MV, canal DV, canal P e um pequeno que é o MV2 Esse paciente estava com dor insuportável e só o fato de remover inicialmente a Coroa dele já saiu exsudato purulento e sangue o que remete à pressão interna muito grande por processo infeccioso por conta de um canal não instrumentado. → todo canal que é independente (ou seja não se une a outro) e acaba não sendo instrumentado, o tecido pulpar remanescente necrosa criando infecção dentro de um determinado tempo Igor Silva 4) Diagnóstico e planejamento de cirurgias Usado em principalmente em cirurgias parendodônticas onde deve ser solicitado o exame tridimensional como tomografia para ter informações importantes: como localização do forame mentoniano em relação a lesão periapical do dente que vai ser operado, análise do rompimento da tábua óssea vestibular (onde vai ser acessado à lesão) para avaliar quanto de osso vai ter que correr para chegar à lesão com ápice exposto para fazer a secção do ápice (apicectomia), além disso observar o comprimento da raiz, ou o quanto vai ser necessário cortar, se a raiz está mais pra vestibular ou pra lingual, sendo tudo isso informações de relevância alta para conduzir o procedimento cirúrgico com segurança Tomografia auxiliando nas medidas: - tamanho da lesão periapical - análise da necessidade ou não de inserção de um material específico para tratamento (biomateriais que preenchem a região como enxerto biológico) - distância do forma mentoniano - espessamento ósseo 5) Diagnóstico de fraturas radiculares Fratura radicular: É um dente que “rachou no meio” sendo separado em 2, ou tbm podendo ser só uma trinca na superfície da Raiz. CUIDADO ⇒ A maioria dos dentes diagnosticados com fraturas radiculares possuem o tratamento endodôntico realizado com pinos (núcleo metálico fundido) no interior do canal, esse metal pode acabar provocando “ artefatos “ na hora do exame, assim, no entorno de uma tomografia de um pino metálico pode notar uma área bem escura (lembra cárie na radiografia convencional) e ainda ter efeito de artefato Strike que é como se a imagem explodisse em vários raios radiopacos Igor Silva Cuidado com “artefatos” provenientes de corpos radiográficos como pinos metálicos (como artefato de Strike oferta efeito de raio de sol) Assim, é bem raro conseguir vê fratura radicular no exame tomográfico, principalmente me casos mais pequenos como trincas, assim, o que deve ser observado é que onde se tem uma fratura ou trinca no exame tomográfico vai observar perdas ósseas localizadas acompanha a trinca. Nestes casos o diagnóstico será mais preciso com o exame clínico onde olha o dente com lupa ou microscópio em busca das trincas ou fraturas, além da sondagem periodontal. OBS: O exame tomográfico caminha para softwares inventados para limpar esses artefatos OBS: nem toda linha de trinca que se identifica quer dizer que precisa extrair o dente, Mas as fraturas radiculares não são comuns apenas em dentes que apresentam coroa protética, embora sejam mais comumente encontradas em dentes com coroa protética e tratamento de canal. Há também as fraturas Radiculares oriundas dos TRAUMATISMOS DENTÁRIOS. Igor Silva → Na imagem nota que no IC (dente 11) teve fratura sagital, porém no dente vizinho (o 21) não estava aparecendo no Rx convencional a presença de fratura, mas na tomografia nota que o 21 também teve fratura mas de forma oblíqua. Assim, em caso de quedas e fratura sempre solicitar uma tomografia para confirmar o diagnóstico em dentes vizinhos. 6) Diagnóstico de reabsorções radiculares. Dentes necrosados ou não estão sujeitos a terem reabsorções, sendo as mais famosas as Reabsorções Internas ou Externas. É importante que se saiba qual tipo de reabsorção o paciente possui (interna ou externa) para estabelecer previamente um plano de tratamento para o caso que seja mais eficaz e adequado. Reabsorção Interna - na luz do canal nota como que um “balãozinho” inflado indicando reabsorção interna - tratamento: Remoção da polpa (já que ela quem está causando a reabsorção), uma vez que em algum momento esta polpa foi perturbada como por meio de traumatismo e as células começaram a fagocitar a dentina circundante (considerando como se a dentina fosse um corpo estranho Igor Silva Reabsorção Externa: - Tem um canal que apresenta como que uma mancha em cima da luz do canal (sem necessariamente perder o caminho da luz do canal), como se tivesse “caido uma gota e manchou o Rx” - Dependendode onde essa mancha estará, não há tratamento, a solução é Exodontia do Dente OBS: Não será toda radiografia que oferta a informação de reabsorção interna ou externa, como na radiografia abaixo: - nota que não demonstra presença câmara pulpar, dai vê o canal no meio, intersecção e volta o canal novamente…. Não consegue analisar por esse Rx se é interno ou externo, mas a TOMOGRAFIA consegue direcionar se a lesão é interno ou externo. 7) Diagnóstico de Lesões Periapicais Igor Silva Quando se tem dúvida em relação ao diagnóstico, se está necrosado ou não, pode fazer a Tomografia (possui mais sensibilidade para identificar lesões periapicais). O dente com lesão periapical será indicado tratamento de canal. Ex.: paciente sentia dor no dente com núcleo metálico , apresentando região radiolúcida que não dava pra definir e era lesão ou não na Rx convencional. porém na tomografia nota que já era um cisto quase que fraturando a mandíbula, sendo tratamento realizado em ambiente cirúrgico. 8) Canais Calcificados Dois profissionais atenderam a paciente e ninguém achou o canal, forçaram um preparo curto e colocaram o micro-pino . Aconteceu qu eo dente dela vivia caindo pois não tinha profundidade no pino no dente, ocorreu que era necessário a tomografia. A tomografia foi solicitada, e nota que a paciente tinha um canal bem pequeno. Igor Silva - foi removido o pino, e com auxílio da tecnologia foi encontrado o canal e começou o tratamento de canal, e em seguida foi inserido o pino de fibra de vidro (onde a endo prefere no lugar do pino de núcleo metálico) Situações que vão além do problema dentário: Paciente relatou Queixa Principal: “ Dói quando eu cabeceia a bola no futebol ou quando abaixo a cabeça, piora tbm quando estou resfriado” Exame clínico: - Dentes examinados 24, 25, 26, 27 - Ausência de cárie, teste de vitalidade pulpar normal → aplicável ao frio, o paciente relatava que tinha sensibilidade e então foi considerado polpa viva. - nesses dentes tinham restaurações e com percussão vertical levemente positiva. Foi solicitada tomografia. Igor Silva - principalmente região de pré-molares e molares, há contato muito próximo ou dentro do seio maxilar, o normal do seio maxilar (onde é a "maçã" do rosto) deveria estar preto e não cinza, essa coloração indica que está cheio de líquido demonstrando presença de sinusite. O diagnóstico foi que a sinusite estava provocando a dor no dente e esse não tinha nada, sendo então a dor nos dentes pela infecção no seio maxilar e não propriamente o problema dentário (normalmente a Sinusite é bilateral, nos 2 seios maxilares) e por isso foi encaminhado ao Otorrino. Obs: O contrário tbm é passível de ocorrer, onde é o dente que tem infecção dentro do canal e contamina o seio maxilar, ao tratar o canal resolve a sinusite do paciente, sendo característico por ser unilateral (e não bilateral como é o caso da sinusite convencional) 9) Controle e Proservação É usar a tomografia para controlar o tratamento, por ex.: notar se o a região com perda óssea está tendo remineralização novamente. Qual momento de se pedir tomografia para pode saber se o dente está curando? R: Pelo menos no tempo de 1 ano depois. Algo que pode auxiliar é notar se o Rx está dando duvida se a lesão está voltando ao normal, então prorrogue a data e faça exame de tomografia com 2 anos para confirmar o sucesso do tratamento.
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