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JÚLIO CESAR SANCHEZ Renomado advogado militante, professor universitário e coordenador acadêmico. Mestre, doutorando, apresentador de programas jurídicos. Editor-chefe da Complexo Educacional Brasileiro de Ensino. Fundador do Instituto Julio Cesar Sanchez e Escola Superior Universitária. Membro da Comissão de Direito Imobiliário da Ordem dos Advogados do Brasil na Coordenação de Aspectos Jurídicos das Transações Imobiliárias. © Júlio Cesar Sanchez EDITORA MIZUNO 2022 Revisão de Português: Ulisses Vieira Moreira Peixoto Revisão Técnica: Júlio Cesar Sanchez Nos termos da lei que resguarda os direitos autorais, é expressamente proibida a reprodução total ou parcial destes textos, inclusive a produção de apostilas, de qualquer forma ou por qualquer meio, ele- trônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, reprográficos, de fotocópia ou gravação. Qualquer reprodução, mesmo que não idêntica a este material, mas que caracterize similaridade confirmada judicialmente, também sujeitará seu responsável às sanções da legislação em vigor. A violação dos direitos autorais caracteriza-se como crime incurso no art. 184 do Código Penal, assim como na Lei nº 9.610, de 19.02.1998. O conteúdo da obra é de responsabilidade dos autores. Desta forma, quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais concernentes ao conteúdo serão de inteira responsabilidade dos autores. Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA MIZUNO Rua Benedito Zacariotto, 172 - Parque Alto das Palmeiras, Leme - SP, 13614-460 Correspondência: Av. 29 de Agosto, nº 90, Caixa Postal 501 - Centro, Leme - SP, 13610-210 Fone/Fax: (0XX19) 3571-0420 Visite nosso site: www.editoramizuno.com.br e-mail: atendimento@editoramizuno.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil Prática na Advocacia Civil Catalogação na publicação Elaborada por Bibliotecária Janaina Ramos – CRB-8/9166 S211 Sanchez, Júlio Cesar Prática na advocacia civil / Júlio Cesar Sanchez – Leme-SP: Mizuno, 2022. 752 p.; 17 X 24 cm ISBN 978-65-5526-318-3 1. Direito civil. I. Sanchez, Júlio Cesar. II. Título. CDD 347 Índice para catálogo sistemático I. Direito civil agradecimentos Deixo registrado que a vida é uma breve passagem só de ida, sem bilhete de retorno, e o mais importante nessa estrada é fazer o bem, e ser feliz. Fazer o bem ao próximo, sim, faz bem na alma. Se puder fazer o bem, simplesmente faça. Minha sincera homenagem aos falecidos amados Diogo Sanchez, Claudio Sanchez, Jose Benetito Diniz, Enide Augusta Marques, Sara Kojoroski, Ge, Sr. Jaime, Vó Dalila e antepassados, e a todos os falecidos, em virtude da pandemia mundial causada (Covid-19), descansem em paz! Paz de Deus! Quero prestar agradecimentos às pessoas que ajudaram e incentivaram nesse lindo trabalho, em especial, a Deus, minha amada esposa Ana Paula Diniz Sanchez e a minha filha Heloisa Diniz Sanchez, que é a luz do meu caminho. Também quero agradecer e homenagear meus amados e amigos pais Sergio Sanchez (Jacaré) e Dalila F. Sanchez (Dalinha). Minha homenagem especial a minha amada irmã e amiga Tabata Thais Sanchez, minha eterna (Tata) e sobrinho e afilhado Athur. Minha homenagem especial também aos meus Tios (Ronaldo e Altimar) e tias (Maria, Cleide e Vera) PREFÁCIO Este livro é um manual prático que trata passo a passo das medidas judiciais mais importantes na advocacia cível. Esse trabalho é fruto de minha experiência profissional, seja como advogado militante ou professor, onde atuo na área cível, imobiliária, Direito Médico e no Direito de família. Meu objetivo nesta obra, não é conceituar ou trazer discussões doutrinárias e jurisprudenciais, mas tão somente, focar totalmente na prática de verdade, como um guia, uma cartilha, um manual para ajudar a evitar erros na advocacia. Quero facilitar a vida profissional dos colegas operadores do Direito com base nos casos concretos. O material tem dicas práticas fundamentais e ainda mo- delos de petições usados por mim e minha equipe. Nessa obra forneço respostas simples, objetivas, didáticas e úteis das ques- tões mais comuns ao dia a dia do operador do Direito. Coloquei em prática nesta obra, de forma organizada um cronograma de aten- dimento ao cliente passo a passo para facilitar sua vida profissional, caro leitor(a), o que muitas vezes tive que aprender com sofrimento e buscas incessantes para ajudar os meus clientes e alunos que estão aqui! Pronto para você! Se não puder fazer tudo, faça tudo que puder. O Autor APRESENTAÇÃO Olá, sou o professor Júlio Cesar Sanchez, amo muito o que faço, e agora, quero ajudar você caro leitor(a)! Quero seu sucesso! Quero o sucesso de seus clientes! Vamos juntos navegar na prática da advocacia cível com base em casos reais e concretos. Vou te ajudar com o manual de consulta eficaz, o que você não aprendeu na graduação, vamos estudar juntos! Infelizmente não aprendemos a arte de advogar nas Faculdades e Universidades, não podemos indicar a melhor ou a pior Instituição de Ensino, todas sem usar etiquetas, particulares, públicas com base em uma crítica construtiva. “O nível da advocacia está cada vez pior”, culpa das Faculdades e Universidades? dos alunos? da Ordem dos Advogados? Qual é a resposta? Fica a reflexão, e quem paga o preço é a sociedade brasileira. A realidade é que atualmente as Instituições constituídas fingem que ensinam, e alguns casos, os alunos, fingem que aprendem. Vale destacar que um erro que pode ser fatal para vida do nosso cliente, gerando prejuízos financeiros, mentais e físicos irreparáveis. A prática é muito diferente da teoria na advocacia. Esse manual foi criado com o objetivo de levar à prática de forma rápida, objetiva e didática, conforme a jurisprudência e a doutrina atual. Essa obra é voltada para a atuação prática, não tenho o objetivo de esgotar o assunto de forma doutrinária, não aprofundamos à doutrina teórica nesse livro, mas o leitor terá uma luz para ter segurança, clareza, uma luz no fim do túnel ao operador do Direito. Realmente, um verdadeiro manual de consulta rápida, atualizada, trazendo dicas práticas com base no passo a passo. Assim, esse manual que você vai adquirir tem o objetivo de ajudar na sua advocacia real, prática gerando resultados de sucesso. A obra é voltada totalmente para a prática e atuação profissional, apesar de ser ótima para os estudos da segunda fase do Exame/prova da Ordem dos Advogados do Brasil em Direito Civil. Antes de ser desenvolvido este material, foi usado como um e-book que fez um verdadeiro sucesso, agora atualizado, com mais informações e dicas práticas. Nesse sentido, o presente livro permite de forma acessível, a matéria relativa à disciplina de Direito Civil na atuação do dia a dia. O leitor terá um panorama das principais peças da prática forense, acesso a questões relacionadas ao Direito e Ciência Jurídica da nova advocacia de resultado e promissora. Essa obra de cunho intelectual permite oferecer um verdadeiro início às atuais medidas judiciais mais usadas no ramo, apresentando os seus conceitos básicos e essenciais, tão necessários para uma sólida atuação profissional jurídica, permitindo-lhe, a partir da leitura, o devido aprofundamento prático devido. As medidas judiciais estudadas são obrigatórias para o dia a dia, os temas são estudados com necessária técnica apresentando os diferentes posicionamentos jurisprudenciais e doutrinários a respeito do tema mais cobrado na vida profissional, utilizado e buscado na advocacia pelo cidadão brasileiro. Espera-se, dessa forma, que a obra possa apresentar contribuição para a evolução do pensamento prático e realista com base no seu caso concreto. Boa sorte! Paz! Saúde! Amor e sucesso profissional a você e toda sua família. Sumário PARTE I - INTRODUTÓRIA 1 Dicas Práticas para Elaboração de Petições de Sucesso ............................................................... 19 2 Guia de Atendimento Inicial e Entrevista com o Cliente da Advocacia ...........................................19 3 Cronograma de Dicas de Atendimento Inicial da Advocacia ........................................................... 20 4 Requisitos Legais da Petição Inicial bem Elaborada ....................................................................... 22 5 Estudo Prático do Valor da Causa .................................................................................................. 24 6 Aspectos Práticos da Elaboração - Nova Petição Inicial Digital de Sucesso e Credibilidade e Regras de Competência .............................................................................................................. 25 7 Estudo Prático das Modalidades de Citação ................................................................................... 35 8 Resumo de Processo Civil para Atuação na Prática (Perguntas e Respostas) .............................. 41 9 Das Respostas do Réu e suas Defesas ......................................................................................... 49 PARTE II - MODELOS DE PEÇAS COM EXPLICAÇÕES 10 Contrato de Honorários Advocatícios ........................................................................................... 50 • Modelo de Contrato de Prestação de Serviços Advocatícios de Assessoria e Consultoria Jurídica................................................................................................................................... 51 • Modelo de Ficha de Cadastro do Cliente na Advocacia ........................................................ 57 • Modelo de Declaração de Pobreza ........................................................................................ 58 • Modelo de Recibo de Pagamento de Honorários .................................................................. 59 • Modelo de Declaração de Ciência na Demora do Processo ................................................. 60 • Modelo da Folha de Resumo do Caso ou Resumo dos Fatos .............................................. 62 1 Ação de Adjudicação Compulsória na Prática ................................................................................. 65 • Modelo de Ação de Adjudicação Compulsória ...................................................................... 77 • Modelo de Adjudicação Compulsória ..................................................................................... 82 2 Ação de Adoção ou Ação de Sócioafetividade ................................................................................ 88 • Modelo de Ação Declaratória de Afetividade ........................................................................ 95 • Modelo de Ação de Adoção ................................................................................................... 100 • Modelo de Ação de Adoção ................................................................................................... 102 • Modelo de Ação de Adoção ................................................................................................... 105 • Modelo de Ação de Adoção ................................................................................................... 109 • Modelo de Ação de Adoção ................................................................................................... 113 • Modelo de Ação de Adoção ................................................................................................... 116 3 Ação de Alimentos ........................................................................................................................... 119 • Modelo de Ação de Alimentos (Ação de Alimentos Movida pelo Filho em Face de Genitor) . 129 • Modelo de Ação de Alimentos (Ação de Alimentos em que o Genitor Idoso pede Alimentos para Filhas Maiores) .......................................................................................................................................... 132 • Modelo de Ação de Alimentos (Ação de Alimentos em que o Genitor Idoso pede Alimentos para Filhas Maiores) .............................................................................................................. 137 • Modelo de Ação de Alimentos (Ação de Alimentos Movida por Mulher contra seu Ex-Marido) .... 141 • Modelo de Ação de Alimentos (Ação de Alimentos Movida por Mulher contra seu Ex-Marido) .... 145 • Modelo de Ação de Alimentos (Ação de Alimentos em que o Genitor Oferece Alimentos para os seus Filhos) ....................................................................................................................... 151 • Modelo de Ação de Alimentos (Ação de Alimentos em que Menor Pede Alimentos para os Avós Paternos) ....................................................................................................................... 153 • Modelo de Reconsideração da Decisão que Fixou os Alimentos Provisórios (Petição Requerendo Reconsideração do Valor Fixado a Título de Alimentos Provisórios em Ação de Alimentos) ........ 155 • Modelo de Ação de Exoneração de Alimentos....................................................................... 157 4 Ação de Alimentos Gravídicos ......................................................................................................... 161 • Modelo de Ação de Alimentos Gravídicos.............................................................................. 165 5 Ação de Alteração de Regime de Bens ........................................................................................... 167 • Modelo de Alteração do Regime de Bens .............................................................................. 174 6 Ação de Alvará Judicial .................................................................................................................... 177 • Modelo de Alvará Judicial ..................................................................................................... 181 • Modelo de Alvará .................................................................................................................. 184 • Modelo de Alvará (Ação Pedindo Autorização para Vender Imóvel de Incapazes) ............... 186 • Modelo de Alvará Para Aborto Eugênico (Ação Pedindo Autorização para Fazer Aborto Legal) .. 188 7 Ação de Anulação de Casamento ................................................................................................... 192 • Modelo de Ação de Anulação de Casamento ........................................................................ 198 8 Ação de Arrolamento ....................................................................................................................... 200 • Modelo de Abertura de Inventário, na Forma de Arrolamento ............................................... 204 9 Ação de Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária na Prática ................................................... 207 • Modelo de Ação de Busca e Apreensão ................................................................................ 215 • Modelo de Petição Requerendo a Conversão da Ação de Busca e Apreensão em Ação Executiva................................................................................................................................ 217 • Modelo de Petição Requerendo a Conversão da Ação de Busca e Apreensão em Ação Executiva................................................................................................................................ 218 10 Ação de Consignação de Aluguel na Prática ................................................................................. 218 • Modelo de Ação de Consignação .......................................................................................... 224 • Modelo de Ação de Consignação de Aluguéis ....................................................................... 226 11 Ação de Consignação em Pagamento .......................................................................................... 227 • Modelo de Ação de Consignação em Pagamento (Pedido de Consignação Feito em Razão da Recusa do Credorem Receber o Valor Pactuado) ........................................................... 234 • Modelo de Ação de Consignação em Pagamento (Pedido de Consignação Feito em Razão de o Credor estar em Lugar Incerto ou Não Sabido) ............................................................. 236 • Modelo de Ação de Consignação em Pagamento (Pedido de Consignação feito em Razão de o Credor estar em Lugar Incerto ou não Sabido) ................................................................... 238 12 Ação de Conversão de Separação em Divórcio ............................................................................ 240 • Modelo de Ação de Conversão de Separação em Divórcio ................................................... 248 • Modelo de Ação de Conversão de Separação em Divórcio Consensual .................................... 250 13 Ação de Dano Infecto na Prática ................................................................................................... 251 • Modelo de Ação de Dano Infecto (Ação contra Vizinho que Iniciou Criação Irregular de Porcos) .... 256 • Modelo de Ação de Dano Infecto C.C Indenização Por Danos Morais (Ação contra Proprie- tários de Cachorro que está Incomodando o Vizinho; Ajuizada junto ao Juizado Especial Cível – JEC) .......................................................................................................................... 258 14 Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico na Prática .................................................... 259 • Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Título de Crédito ............................................ 267 15 Ação de Demarcação de Terras Particulares ................................................................................ 268 • Modelo de Ação de Demarcação ........................................................................................... 275 16 Ação de Despejo por Denúncia Vazia ........................................................................................... 277 • Modelo de Ação de Despejo por Denúncia Vazia .................................................................. 286 17 Ação de Despejo por Falta de Pagamento .................................................................................... 287 • Modelo de Ação de Despejo por Falta de Pagamento (Ação de Despejo por Falta de Paga- mento em Locação Garantida por Fiador) ............................................................................. 294 18 Ação de Destituição de Poder Familiar c/c Adoção ...................................................................... 296 • Modelo de Ação de Destituição de Poder Familiar C/C Adoção ........................................... 300 19 Ação de Divisão ............................................................................................................................. 301 20 Ação de Divórcio Consensual ........................................................................................................ 308 • Modelo de Ação de Divórcio Consensual Direto (Divórcio Consensual com Acordo sobre Guarda, Alimentos e Partilha de Bens) .................................................................................. 313 • Modelo de Ação de Divórcio Consensual Direto (Divórcio Consensual com Acordo sobre Guarda, Alimentos e Partilha de Bens) .................................................................................. 318 21 Ação de Divórcio Litigioso ............................................................................................................. 323 • Modelo de Ação de Divórcio Direto Litigioso C/C Fixação de Alimentos e Arbitramento de Alimentos Provisionais ........................................................................................................... 330 22 Ação Estimatória ou Quanti Minoris .............................................................................................. 335 • Modelo de Ação Estimatória (Ação Requerendo Abatimento do Preço em Razão de Vício Redibitório) ............................................................................................................................ 341 23 Ação Ex Empto ou Ex Vendito ....................................................................................................... 342 • Modelo de Ação Ex Empto (Ação Requerendo Complemento da Área ou Abatimento do Preço) .. 348 24 Ação de Execução Arrimada em Título Extrajudicial ..................................................................... 349 • Modelo de Ação de Execução por Quantia Certa (Execução Arrimada em Cheque) ............ 354 25 Ação de Exigir Contas ................................................................................................................... 355 • Modelo de Ação de Exigir Contas (Ação Cobrando Contas de Advogado que Levantou Dinheiro do Mandatário) ........................................................................................................ 359 26 Ação de Exoneração de Pensão Alimentícia ................................................................................ 360 • Modelo Ação de Exoneração de Alimentos ........................................................................... 365 27 Ação de Extinção de Condomínio ................................................................................................. 366 • Modelo de Ação de Alienação Judicial de Bens Móveis e Imóveis com Arbitramento de Aluguel .... 370 • Modelo de Ação de Extinção de Condomínio ........................................................................ 373 • Modelo de Contestação (Defesa da Ação de Extinção de Condomínio) ................................. 375 28 Ação de Extinção de Fiança .......................................................................................................... 378 • Modelo de Ação Declaratória de Extinção de Fiança ........................................................... 383 29 Ação de Homologação de Acordo ................................................................................................. 384 • Modelo de Homologação de Acordo (Fixando Guarda, Visitas e Alimentos - Acordo em Apartado) ............................................................................................................................... 387 30 Ação de Indenização por Perdas e Danos ................................................................................... 388 • Modelo de Ação Declaratória de Nulidade Cumulada com Indenização por Danos Morais . 394 31 Ação de Interdição na Prática ........................................................................................................ 396 • Modelo de Ação de Interdição (Mulher Requerendo Interdição do Marido que sofreu um Derrame, com Pedido de Nomeação de Curador Especial e Inspeção Judicial) .................. 400 32 Ação de Interdito Proibitório .......................................................................................................... 401 • Modelo de Ação de Interdito Proibitório ................................................................................. 407 33 Ação de Inventário Judicial na Prática ........................................................................................... 408 • Modelo de Petição Requerendo Abertura de Inventário ........................................................ 416 • Modelo de Petição com as Primeiras Declarações ................................................................ 417 34 Ação de Investigação de Paternidade c/c Alimentos ..................................................................... 419 • Modelo de Ação de Investigação de Paternidade Cumulada com Alimentos ....................... 425 35 Ação de Justificação ...................................................................................................................... 426 • Modelo de Ação de Justificação (Ação Buscando Documentar o fim da União Estável) ......... 430 36 Ação de Manutenção de Posse .....................................................................................................431 • Modelo de Ação de Manutenção de Posse Cumulada com Cominatória e Perdas e Danos ....... 437 37 Ação de Modificação de Guarda ................................................................................................... 438 • Modelo de Ação de Modificação de Guarda e Visitas Cumulada com Exoneração e Fixação De Alimentos (Mãe Pede Modificação De Guarda, Exoneração E Cobrança De Alimentos) 444 38 Ação Monitória ............................................................................................................................... 446 • Modelo de Ação Monitória ..................................................................................................... 451 39 Ação Negatória de Paternidade .................................................................................................... 455 • Modelo de Ação Negatória de Paternidade Cumulada com Exoneração de Pensão Alimentícia ... 461 40 Ação de Notificação Judicial .......................................................................................................... 463 41 Ação de Nunciação de Obra Nova ................................................................................................ 467 • Modelo de Ação de Nunciação de Obra Nova Cumulada com Indenização por Perdas e Danos ..................................................................................................................................... 472 42 Ação de Obrigação de Fazer ......................................................................................................... 473 • Modelo de Ação de Obrigação de Fazer (Ação Buscando Compelir Vendedor a Lavrar Escritura de Compra e Venda).............................................................................................. 479 43 Ação Pauliana ou Revocatória ...................................................................................................... 480 • Modelo de Ação Pauliana ...................................................................................................... 486 44 Ação de Produção Antecipada de Prova ....................................................................................... 487 • Modelo de Ação Cautelar de Produção Antecipada de Prova (Ação Requerendo a Produção Antecipada de Prova Pericial) ................................................................................................. 491 45 Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável ............................................................ 492 • Modelo de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável (Ação Buscando o Reconhecimento e Dissolução de União com Filhos e Bens) ............................................... 498 46 Ação Redibitória ............................................................................................................................ 500 • Modelo de Ação Redibitória (Ação Buscando a Rescisão de Contrato de Compra e Venda em Razão de Vício Redibitório) ............................................................................................. 505 47 Ação de Regulamentação de Guarda ........................................................................................... 506 • Modelo de Ação de Regulamentação de Guarda com Pedido de Tutela Provisória Antecipada .. 515 48 Ação de Regulamentação de Visitas ............................................................................................. 521 • Modelo de Ação de Regulamentação de Visita com Pedido de Tutela Antecipada .............. 527 49 Ação de Reintegração de Posse ................................................................................................... 532 • Modelo de Contestação ......................................................................................................... 540 • Modelo de Ação de Reintegração de Posse .......................................................................... 549 50 Ação Reivindicatória ...................................................................................................................... 556 • Modelo de Ação Reivindicatória ............................................................................................. 562 51 Ação Renovatória de Locação ....................................................................................................... 566 • Modelo de Ação Renovatória com Pedido de Antecipação de Tutela.................................... 572 52 Ação de Rescisão Contratual ........................................................................................................ 578 • Modelo de Ação de Rescisão de Contrato de Compra e Venda de “Imóvel Popular” Cumulado com Perdas e Danos e Tutela Antecipada por Induzimento ao Erro ..................................... 583 53 Ação de Retificação de Registro Público ....................................................................................... 602 • Modelo de Ação de Retificação de Registro Público ............................................................. 609 54 Ação Revisional de Alimentos ....................................................................................................... 612 • Modelo de Ação Revisional de Alimentos (Ação Buscando Aumentar o Valor da Pensão Alimentícia) ............................................................................................................................ 618 55 Ação Revisional de Aluguel ........................................................................................................... 620 • Modelo de Ação Revisional de Aluguel .................................................................................. 626 56 Ação de Usucapião Especial Urbana ............................................................................................ 636 • Modelo de Ação de Usucapião Constitucional/Especial Urbana ........................................... 643 57 Ação de Usucapião Extraordinária ................................................................................................ 649 58 Ação de Usucapião Ordinária ........................................................................................................ 672 PARTE III - MODELOS DE CONTRATOS 1 O Que é Autorização de Venda? ..................................................................................................... 693 2 O Que é Termo de Visitação? ......................................................................................................... 693 3 Por que Fazer Recibo de Sinal de Negócio? .................................................................................. 693 4 O Que é Contrato de Promessa de Compra e Venda? ................................................................... 694 5 O Que é Cessão de Direitos? .......................................................................................................... 694 6 O que é Certidão? ........................................................................................................................... 695 • Modelo de Autorização de Venda de Imóveis ....................................................................... 699 • Modelo de Termo de Visitação ............................................................................................... 701 • Modelo de Recibo de Sinal de Negócio ................................................................................. 702 • Modelo de Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda ................................... 703 • Modelo de Instrumento Particular de Cessão de Direitos ...................................................... 706 • Modelo de Contrato de Prestação de Serviços de Corretagem Imobiliária .......................... 709 • Modelo de Auto de Vistoria .................................................................................................... 712 • Modelo de Autorização de Parceria ....................................................................................... 715 • Modelode Carta (Aviso ao Fiador Relativo ao Atraso no Pagamento do Aluguel) ............... 716 • Modelo de Proposta de Compra de Imóvel............................................................................ 717 • Modelo de Contrato de Administração de Imóveis ................................................................ 719 • Modelo de Contrato de Cessão de Direitos e Obrigações - Pessoa Jurídica ....................... 724 • Modelo de Contrato de Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda .............. 726 • Modelo de Contrato Particular de Promessa de Compra e Venda ........................................ 732 • Modelo de Contrato de Locação Comercial ........................................................................... 734 • Modelo de Contrato de Locação Residencial com Fiador ..................................................... 739 • Modelo de Recibo de Chaves e Rescisão Provisória ........................................................... 745 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 747 PARTE i Introdutória | 19 PARTE I | INTRODUTÓRIA 1 Dicas Práticas para Elaboração de Petições de Sucesso O escrever bem é uma técnica que pode ser alcançada com treinamento, leitura para aumentar o vocabulário e poder técnico de resumo. Atualmente com o processo no Poder Judiciário Brasileiro, tanto na jurisdição estadual ou na jurisdição federal é digital, o que faz, que tenhamos cuidado no peticionamento, não é quantidade de folhas, mas sim a qualidade. Cuidado com o uso de imagens para não virar uma revista, o uso exagerado de jurisprudências, copia e cola de artigos, pois tudo isso em demasia deixa a petição cansativa. Importante também esclarecer que a escrita deve ser elaborada de forma didática e objetividade com as informações e fundamentações inseridas na peça. Minha orientação é ler constantemente, e treinar a escrita. Para desenvolver um peticionamento, vale conhecer os fatos e os argumentos jurídicos, um exercício eficaz é fazer uma pesquisa jurisprudencial de pelo menos 10 sentenças e ainda de 10 acórdãos sobre o assunto que foi procurado(a) para solucionar como operador do Direito. Essa estratégia é muito relevante para conhecer a matéria e gerar resultados. Indico também sempre ter em mãos um resumo quando possível do caso, feito pelo próprio cliente, isso facilita muito e soma resultados positivos na demanda. Em alguns casos é indispensável o acesso a documentos como laudos, perícias, topografias, sentenças, acórdãos de forma anterior e prévia, antes da elaboração da petição para desenvolver um trabalho de excelência. A pergunta é quais são os hábitos diários que ajudam a escrever melhor? A resposta é simples, adotar um livro de cabeceira, use qualquer pretexto para escrever, desabilite o corretor ortográfico, troque as palavras com sinônimo que pode ser usada de forma semelhante a outra e que pode, em alguns contextos, ser usada em seu lugar sem alterar o significado. O passo a passo para fazer uma petição bem elaborada segue uma linha de organização como: Definir uma estratégia; adote o seu próprio modelo, não use copia e cola de internet, mais atrapalha do que ajuda, infelizmente, atende aos requisitos de cada peça exemplo petição inicial, artigo 319 do NCPC, defesas, recursos. Outra dica é narrar a história do seu cliente de forma cuidadosa, deixe de lado a estrutura dos fatos, do direito e do pedido tão robótica, e sempre elabore um bom fechamento. 2 Guia de Atendimento Inicial e Entrevista com o Cliente da Advocacia A entrevista com o cliente é fundamental para fechar a prestação de serviço jurídico e para uma prestação de excelência em relação ao trabalho intelectual. 20 | Prática na Advocacia Civil Júlio Cesar Sanchez Oriento o querido leitor e todos os meus alunos que tenho a oportunidade de le- cionar, sempre, usarem a linguagem do cliente, jamais usando termos em latim ou formais demasiados de forma exagerada, pois isso não demonstra conhecimento intelectual, mas sim, insegurança e dificulta a comunicação. Outra dica de ouro é sempre explicar todas as teses e medidas judiciais que podem ser usadas para o cliente no caso concreto, pois ele (seu cliente) terá a opção de escolha. Exemplo o cliente procura o advogado para regularizar seu imóvel, diante do fato concreto, necessário e ético o advogado(a) explicar todas as ações existentes, teses e formas extrajudiciais e administrativas para ajudar no caso real. O atendimento na advocacia é muito diferente de outros atendimentos jurí- dicos como defensoria pública, promotoria, procuradoria, pois a relação advogado e cliente é totalmente diferenciada, eu diria tensa, em alguns casos até desgastante, em virtude de boatos, maus profissionais e não prestam o trabalho com responsabili- dade, segurança e ética, traumas anteriores com outros advogados, ainda ansiedade do cliente, fato que torna vulnerável e delicada a relação. Diante desses fatos oriento fazer sempre tudo por escrito, solicite um resumo do caso ao cliente, faça um contrato de honorários advocatícios especificando tudo, tudo mesmo, em relação ao que será feito e a forma de pagamento. Acredito que você, querido leitor, já tenha ouvido histórias da advocacia, como se o advogado ganha é obrigação, ou ainda é o melhor advogado do mundo, mas atenção, se o advogado perde, ora, não sabe nada! Não sabe o que está fazendo! Pior advogado do mundo! Escute isso é real. Cada profissional tem o seu próprio modo de trabalhar e conduzir a entrevista com o cliente, contudo a experiência mostra que alguns cuidados nos primeiros contatos podem evitar problemas no futuro como discussão. Rescisão do contrato, falta de pagamento, representação no Tribunal de ética da OAB. 3 Cronograma de Dicas de Atendimento Inicial da Advocacia • Atenta somente com horário marcado (agendado), pois o atendimento corri- queiro é perigoso em relação a sua segurança física, em virtude de assaltos e furtos. Não faça isso com você. Outro ponto importante, o(a) advogado(a) que atende com horário marcado, passa mais credibilidade, confiança, respeito, organização e profissionalismo; • Cobre a consulta, conforme tabela da OAB, jamais atenda sem cobrar con- sultas, salvo exceções, pois o profissional que não se valoriza, nunca será valorizado e respeitado; | 21 PARTE I | INTRODUTÓRIA • Seja especialista em alguma área que goste, atenção, quem faz tudo, não faz nada, escolha 1 ou 2 áreas do direito no máximo, e estude, estude muito, seja o melhor, invista em cursos, palestras, treinamentos, congressos; • Jamais cobre o valor de honorários abaixo da tabela da OAB, se fizer isso, não vai pagar as contas, e logo, em pouco tempo, irá desistir da profissão, o próprio mercado vai excluir você, ou ainda terá que ter outros trabalhos eventuais para complementar a renda mensal; • Atenda somente 2 ou 3 vezes por semana, você precisa ter tempo para fazer as peças, estudar, ler, analisar, dar retorno ao cliente, verificar as publicações e dar o devido andamento processual; • Cobre manutenção mensal do cliente, pode ser um valor simbólico, em casos em que esteja atuando com ações demoradas, pois essas ações que possuem um lapso temporal superior a 2 anos (em relação a ação/ processo) em andamento podem gerar prejuízos financeiros ao seu escritório; • Solicite quando possível um resumo do caso ao cliente, pode ser por e-mail, WhatsApp, escrito ou outro meio; • Escute com atenção os fatos informados pelo cliente, fazendo anotações por escrito, faça desenhos se for preciso para ficar didático e te ajudar a lembrar do caso (estas anotações devem ser juntadas na pasta do cliente) de forma obrigatória; • No caso de o cliente ter sido citado, indague inicialmente a data de citação, depois leia “com atenção” o mandado, acesse o processo digital, veja se já foi juntado o mandado e se está contando o prazo,atenção, o atual CPC fala em dias úteis, não conte o prazo de forma errada, treine, errar prazo é muito feio; • Após ouvir o cliente, diga de forma “didática” a sua opinião como jurista sobre o problema, apontando, segundo a legislação, as alternativas que se apresentam, quais são as peças, custas e despesas; • Importante explicar sobre a justiça gratuita e custas judiciais, pericias se for o caso, sucumbência, conforme artigo 98 do NCPC, informar os documentos para serem usados como prova; • Explique o que é recurso; • Nunca informe que é causa ganha, isso não existe, é usado por estelionatários; • Não existe casinho, tudo na advocacia é complexo e merece respeito; • Sempre é importante e obrigatório explicar para o cliente o que é sucumbência em caso de improcedência do pedido; • Sempre explicar ao cliente sobre os riscos da demanda, prazo, demora, recursos, perícias se necessárias; 22 | Prática na Advocacia Civil Júlio Cesar Sanchez • Sempre explicar ao cliente se, seu caso, têm audiências, explicar quais cuidadosamente; • Caso tenha audiência sempre conversar com o cliente antecipadamente; • Explicar a vestimenta para entrar no fórum, o leigo não é obrigado a saber; • Após o cliente decidir o que quer fazer sobre o assunto (o que pode acontecer no primeiro ou num segundo encontro), fale abertamente sobre os seus honorários, verifique a forma de pagamento, atualmente é possível usar formas de pagamento como cartão de crédito, boleto, demonstrativo de pagamento; • Sempre fazer um contrato de honorário escrito, e fornecer cópia ao cliente, redigindo e discriminando sempre o trabalho a ser prestado; • Solicite documentos, sempre cópias, ou escaneado em PDF o(a) advoga- do(a) deve evitar pegar documentos originais do cliente, salvo naqueles casos abso- lutamente necessários; • Somente após o Kit inicial de trabalho pronto (Contrato de honorários, procuração, ficha de cadastro, entrega de documento (cópias ou escaneados), o(a) advogado(a) deve preparar a petição; • Difícil na prática, na teoria muito lindo, mas tente dentro das suas possibili- dades prestar periodicamente ao cliente contas do seu trabalho e do andamento do processo (pessoalmente, por telefone, por carta ou por e-mail); • Antes de qualquer audiência, se reúna com algum sistema de vídeo “on line”, pode ser WhatsApp ou por telefone com o cliente e lhe explique detalhadamente o que irá acontecer e “como” irá acontecer, discutindo com ele qual a melhor postura a ser adotada, bem como as vantagens e os limites de um possível acordo; • Qualquer que seja o resultado da demanda, entregue cópia da sentença para o cliente ou envie por e-mail. 4 Requisitos Legais da Petição Inicial bem Elaborada A petição inicial ou exordial como é conhecida, consiste na peça processual que cumpre o requisito de existência e validade do processo, esse instrumento é que instaura o processo jurídico civil e imobiliário, levando ao Juiz-Estado os fatos constitutivos do direito, chamadas de causa de pedir, fatos/ fundamentos e pedido. A petição inicial é uma ferramenta importante para a vida do advogado, pois é o que inicia todo o processo. Importante frisar que o advogado tem responsabilidade sobre o que escreve, portanto, jamais use palavras ofensivas. Quero mencionar uma situação real e prática, que tive a oportunidade de ter acesso, certa vez um aluno da pós-graduação, a qual coordeno de direito imobiliário, me procurou muito preocupado, pois tinha distribuído uma petição inicial, copia e | 23 PARTE I | INTRODUTÓRIA cola da internet, do google, com a seguinte frase nos fatos da peça “a autora é sexual- mente ativa”, realmente, um erro absurdo, podendo gerar uma representação na OAB. Caro leitor, peço muita atenção, cuidado com os modelos da internet, jamais distribua uma ação sem ler pelo menos 3 vezes, quero seu bem, o maior tesouro que o(a) advogado(a) tem é o seu nome, cuide de seu nome, sua imagem. A Petição inicial é o texto que inicia o processo civil, em regra, o processo é público, todos podemos ter acesso, a exceção é o segredo de justiça, o que merece atenção, pois poderá ser usado contra o advogado (falhas) inclusive pela imprensa. Um exemplo atual é uma reclamação trabalhista que foi elaborada por um jogador de futebol do time do cruzeiro, nessa petição inicial foi mencionado nos fatos que o atleta Dedé (zaqueiro), vivia em condições de escravidão, ganhando um salário de mais de R$ 700 mil reais mensais. Eu pergunto: será que foi o jogador que informou isso ao advogado? ou os advogados usaram modelo copia e cola? Um erro fatal que pode destruir o nome do advogado! Segundo o princípio dispositivo ou da inércia, cabe à pessoa interessada provocar, por meio do ajuizamento de uma ação, o Poder Judiciário (nemo judex sine actore). Em outras palavras, aquele que pensa ter sido violado em seus direitos deve pro- curar o Estado-juiz, que até então permanece inerte (art. 2º, CPC). A provocação do Poder Judiciário, ou em outras palavras, o exercício do direito de exigir a tutela jurisdicional do Estado se dá por meio de um ato processual escrito denominado “petição inicial”. É ela que dá início ao processo, embora a relação jurídica processual só se complete com a citação válida do réu (art. 240, CPC). Destarte, pode-se afirmar que a petição inicial é o ato processual escrito por meio do qual a pessoa exerce seu direito de ação, provocando a atividade jurisdicional do Estado. A fim de traçar os exatos parâmetros da lide, possibilitando ao juiz saber sobre o que terá que julgar (art. 141, CPC), o Código de Processo Civil, art. 319, exige que a petição inicial indique: I – o juízo a que é dirigida; II – os nomes, prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV – o pedido com as suas especificações; V – o valor da causa; VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. Além dos requisitos enumerados acima, a petição inicial deve ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação, assim como o instru- mento de procuração, onde conste os endereços físico e eletrônico do advogado (arts. 287 e 320, 434, CPC). Quando postular em causa própria, o advogado deve ainda declarar na petição inicial os endereços, físico e eletrônico, onde poderá ser intimado (art. 106, I, CPC). 24 | Prática na Advocacia Civil Júlio Cesar Sanchez Não são apenas estes os requisitos da petição inicial; há várias ações que têm requisitos próprios (v. g., possessórias, locação, adoção, demarcação, divisão, pauliana, execução etc.), para os quais também se deve estar atento. A correta compreensão e domínio dos requisitos legais da petição inicial, além do cuidado com sua forma e apresentação, são imprescindíveis para a obtenção do direito pretendido. 5 Estudo Prático do Valor da Causa Segundo o artigo 292 do CPC, “a toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível”. Portanto, é necessária a indicação de valor à causa, mesmo que calculado de forma estimativa. Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação,o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido; V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor; VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal. § 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. § 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. § 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econô- mico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes. A atribuição ao valor da causa gera diversos reflexos sobre o processo: deter- minação de competência do juízo segundo as leis de organização judiciária, como a fixação de competência dos “Foros Regionais”; definição do rito procedimental (comum e sumaríssimo); recolhimento das taxas judiciárias; fixação do valor para fins de aplicação de multas, no caso de deslealdade ou má-fé processual; fixação | 25 PARTE I | INTRODUTÓRIA do depósito prévio na ação rescisória no valor correspondente a 5% do valor da causa; nos inventários e partilhas o valor da causa influi sobre a adoção do rito de arrolamento. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a mo- dificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido; na ação indenizatória, in- clusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor; na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal. Atenção nas ações locatícias o valor da causa é com base na Lei 8.245/1991 e na Lei 12.112/2009, o que corresponde a 12 vezes o valor do aluguel. 6 Aspectos Práticos da Elaboração - Nova Petição Inicial Digital de Sucesso e Credibilidade e Regras de Competência O endereçamento da petição inicial é o primeiro tópico do preâmbulo, sendo certo que o advogado, ao elaborar a petição, deverá analisar as regras de competên- cia para o preenchimento de tal requisito, ou seja, avaliar qual é o foro competente para a propositura da ação, visando fazer o endereçamento correto e evitando a declaração, de ofício ou não, da incompetência do juízo. A competência é sempre determinada no momento em que a ação é proposta. Em razão dos vários critérios adotados pelo Código e pelas Leis Especiais e de Organização Judiciária, é necessário ter prévio conhecimento do assunto, veri- ficando desde logo a competência, antes da propositura de uma ação qualquer. As regras estão expostas a partir do art. 42 do CPC, mas os artigos comumente mais utilizados são: 46 (ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis), 47 (ação fundada em direito real sobre imóveis) e 53 (regras específicas voltadas à proteção da mulher, do alimentando, do devedor, bem como regras para fixação de competência no lugar do estabelecimento empresarial, do lugar do ato ou fato nas hipóteses que especifica etc.). Não se esqueça das regras da Constituição Federal e da Lei de Organização Judiciária dos Estados. Oriento meus alunos a, sempre que possível, esquematizar as regras de com- petência, indicando seus respectivos artigos para utilizar em nossas aulas. Esse ma- terial é útil nos treinamentos, e, com o passar do tempo, cotidianamente usados, 26 | Prática na Advocacia Civil Júlio Cesar Sanchez acabam sendo incorporados no raciocínio e no domínio da técnica. O mesmo se aplica aos profissionais iniciantes. Para facilitar nosso trabalho, vamos desde então fixar os parâmetros gerais de competência. A regra é a seguinte: a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu – art. 46, caput; e as ações fundadas em direito real sobre imóveis serão propostas no foro da situação da coisa – art. 47, caput, todos aqui citados do CPC. Observe que direitos reais são aqueles do rol taxativo do art. 1.225 do Código Civil. Atente que os artigos citados neste item possuem exceções em seus parágrafos. Entretanto, temos outras regras especiais que fixam a competência com exceção às regras gerais, vejamos isso de forma organizada: ■ Nas causas em que a União for autora, será o foro de domicílio do réu – art. 51, caput. [mudança significativa] ■ O domicílio do guardião do filho incapaz para as ações de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável – art. 53, I, a. ■ O último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz, para as ações de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável – art. 53, I, b. ■ O domicílio do réu, se nenhuma das partes residirem no antigo endereço do casal – art. 53, I, c. ■ O domicílio ou residência do alimentando para a ação em que se pedem alimentos – art. 53, II. ■ Quanto à pessoa jurídica, o lugar de sua sede – art. 53, III, a. ■ O lugar da agência ou sucursal para as obrigações que contraiu – art. 53, III, b. ■ O lugar onde exerce suas atividades, quando a ré for sociedade ou associação sem personalidade jurídica – art. 53, III, c. ■ O lugar onde a obrigação deve ser satisfeita para a ação que lhe exigir o cumprimento – art. 53, III, d. ■ O lugar onde residir o idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto – art. 53, III, e. [novidade] ■ O lugar da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício – art. 53, III, f. [novidade] ■ O lugar do ato ou do fato para a ação de reparação do dano – art. 53, IV, a. ■ O lugar do ato ou fato para a ação em que o réu for administrador ou gestor de negócios alheios – art. 53, IV, b. ■ O domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves – art. 53, | 27 PARTE I | INTRODUTÓRIA V. Outras questões pontuais serão observadas em nossos exercícios práticos. Não podemos nos esquecer de que a competência é absoluta quando fixada em razão da matéria, da pessoa e do critério funcional. Entretanto, é relativa quando fixada em razão do território e do valor. Feitas essas análises resumidas, que logicamente não esgotam o conteúdo, exigindo do aluno uma revisão da disciplina de processo civil, vamos verificar a questão específica e técnica do endereçamento da peça exordial (petição inicial). A pergunta, quanto ao endereçamento, é: a quem é dirigida minha petição? A resposta deve ser pautada nas regras de competência. No endereçamento indica-se o juiz ou o tribunal competente para processar e julgar a ação que está sendo proposta. A indicação não é da pessoa física do juiz, identificada pelo nome, mas sim da pessoa que exerce a função na comarca ou na vara respectiva. O tratamento deve seguir a tradição forense. Pela boa técnica redacional, não se deve abreviar o endereçamento. Alguns autores entendem desnecessária a indicação de DOUTOR, porque o “EXCELENTÍSSIMO”traz tratamento suficien- temente adequado e/ou porque Doutor é título acadêmico, que o juiz nem sempre possui. Para verificar a existência de varas especializadas ou de foros regionais, o profissional deve consultar a Lei de Organização Judiciária do seu Estado. Vejamos então como ficaria a redação na concepção técnica do endereçamento da petição inicial: ■ Comarca com uma única vara: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE TANABI – SP. ■ Comarca com mais de uma vara: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE ANGATUBA – SP. ■ Comarca com varas especializadas: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOU- TOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS DE FAMÍLIA DA COMARCA DE NITERÓI – RJ. ■ Comarca com foros regionais: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS DE FAMÍLIA DO FORO REGIONAL DE SANTANA, COMARCA DA CAPITAL – SP. ■ Comarca com foro distrital: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DO FORO DISTRITAL DE PIQUETE DA CO- MARCA DE LORENA – SP. Após a elaboração do endereçamento, o profissional deve deixar um intervalo de aproximadamente 10 centímetros, ou 8 linhas, onde restará espaço suficiente para que o cartório de distribuição apondo o carimbo de protocolo, ou mesmo 28 | Prática na Advocacia Civil Júlio Cesar Sanchez para que o juiz, em despacho pessoal na própria petição, possa anotar o que for de direito. Mesmo com a incidência do processo eletrônico, o espaçamento respeita a tradição forense, razão pela qual se sugere que seja mantido. Em seguida, inicia-se a qualificação das partes, ainda compondo o preâmbulo da petição inicial. Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número do cadastro de pessoas físicas ou no cadastro nacional da pessoa jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu (qualificação das partes) Quanto ao polo ativo da demanda a ser apontado na peça inaugural, devemos nos concentrar em responder à seguinte pergunta: quem pode pedir? A resposta fixa a legitimidade ativa da parte e permite a indicação do autor da ação que se propõe. Assim, por exemplo, parte legítima para propor ação reivindi- catória é o proprietário, e não o possuidor; o legitimado para pleitear alimentos do pai é o filho, quando o caso, representado pela mãe etc. Quanto ao polo passivo, a pergunta define a legitimidade passiva da demanda, ou seja, diante de quem ela pode ser proposta. Então, legitimado para compor no polo passivo a demanda reivindicatória é aquele que detém a coisa injustamente, em detrimento do poder de domínio do proprietário; na separação judicial, um dos cônjuges; o locatário na ação de despejo; o locador na ação revisional de aluguel; o causador do dano nas ações de reparação etc. Outras observações de ordem técnica são importantes. Em certos casos, se possível, é importante destacar o título de eleitor, pois ação popular só pode ser promovida por eleitor. Quando a parte é casada, pode ser obrigatória a presença litisconsorcial do cônjuge, quando for o caso. Quando dados de qualificação forem desconhecidos, o profissional indicará isso em sua petição.Após a qualificação do autor é importante qualificar o advogado que o representa, indicando o nome e a identificação profis- sional (número de inscrição na OAB), salvo que atue em causa própria (vide art. 106 do CPC). Importante explicar que na qualificação tratando-se de pessoa física deve ficar assim: Fulano, estado civil, profissão, portador do CPF n., endereço eletrônico, domicílio e residência na Rua n., Cidade, Estado, por intermédio de seu bastante procurador signatário, conforme instrumento de procuração anexo, portador da carteira profissional n. vem, (...). Já quando está tratando de autor incapaz: Fulano, menor impúbere, neste ato representado (se fosse relativamente incapaz seria assistido) por sua genitora, Fulana, estado civil, profissão, portadora do CPF n., endereço eletrônico, ambos residentes e domiciliados na Rua n., Cidade, Estado, por intermédio de seu bastan- te procurador signatário, conforme instrumento de procuração anexo, portador da carteira profissional n., vem, (...). Tratando-se de pessoa jurídica: Empresa Beta | 29 PARTE I | INTRODUTÓRIA Ltda., pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no Cadastro Nacio- nal de Pessoas Jurídicas sob o n., com sede na Rua n., Cidade, Estado, representa- da pelo Diretor, conforme Estatuto Social anexo, por intermédio de seu bastante procurador signatário, conforme instrumento de procuração anexo, portador da carteira profissional n., vem, (...). Quanto ao réu, tratando-se de qualificação igno- rada: Em face de Fulano, de qualificação ignorada, residente e domiciliado na Rua n., Cidade, Estado (...). Havendo litisconsórcio passivo: Em face de Fulano, estado civil, profissão, portador do CPF n., endereço eletrônico, e Beltrano, estado civil, profissão, portador do CPF n., endereço eletrônico, ambos com domicílio e resi- dência na Rua n., Cidade, Estado (...). Numa visão da prática real, segundo o CPC a indicação do CPF, do CNPJ e do endereço eletrônico é obrigatória. Entretanto, reiteramos que isso não será caso de pronto indeferimento ou inépcia da inicial, ao contrário, em alguns cenários, caso seja realmente necessário, dever-se-á provocar a emenda da inicial, em outros, caso não seja possível a obtenção de tais dados ou caso eles inexistam, sugere-se que desde o início o advogado indique na petição a impossibilidade de fazê-lo. Qualificação das partes Parte, no conceito eminentemente, é quem pede e contra quem se pede certa providência jurisdicional. Mais do que uma exigência formal, as partes determinam a legitimidade, requisito condicionante da ação (art. 17 do CPC). Para a qualificação completa das partes a lei estabelece que contenha as seguintes informações: os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu (exigência do art. 319, II, do CPC/2015). a) Modelo de qualificação de PESSOA NATURAL FULANO DE TAL (nome completo), (nacionalidade), (estado civil [e a exis- tência de união estável]), (profissão), RG n. ..., CPF/MF sob o n. ... (endereço ele- trônico), residente e domiciliado na cidade de ... (endereço completo), por seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato em anexo, que receberá intimação em seu escritório (endereço completo), nos termos do artigo 39 do Código de Processo Civil, vem à presença de Vossa Excelência com fundamento nos artigos (inserir dispositivos de direito civil e/ou processual), propor a presente ação de (inserir nome da ação), pelo rito ..., em face de CICLANO DE TAL (obs.: qualificação do réu que será feita com as mesmas referências do autor, salvo se tiver “qualificação desconhecida”). 30 | Prática na Advocacia Civil Júlio Cesar Sanchez b) Modelos de qualificação de pessoa natural INCAPAZ FULANO DE TAL (fazer sua qualificação completa), menor incapaz, neste ato representado por sua mãe/pai/tutor/ (obs.: o representante legal do menor receberá qualificação completa conforme modelo de pessoa natural), por seu advogado devi- damente constituído ... FULANO DE TAL (fazer a qualificação completa), maior incapaz, neste ato representado por seu curador (obs.: o curador receberá qualificação completa con- forme modelo de pessoa natural), por seu advogado devidamente constituído ... c) Modelo de qualificação do EMPRESÁRIO INDIVIDUAL FULANO DE TAL, empresário individual, com endereço na cidade de ... (endereço completo), com inscrição no CNPJ/MF sob o n. ..., por seu advogado devidamente constituído ... d) Modelo de qualificação de PESSOA JURÍDICA – SOCIEDADE EMPRESÁRIA EMPRESA X, pessoa jurídica de direito privado, com sede na cidadede ... (endereço completo), inscrita no CNPJ/MF sob o n. ..., neste ato representada por seu administrador Fulano de tal ... conforme faz prova de Contrato Social em anexo (documento...) (Atenção: a referência “contrato social” deverá ser utilizada se a pessoa jurídica for sociedade limitada. Tratando-se de sociedade anônima, deve-se utilizar a expressão “estatuto social”), por seu advogado devidamente constituído ... e) Modelo de qualificação de CONDOMÍNIO CONDOMÍNIO X, situado na cidade de... (endereço completo), inscrito no CNPJ/MF sob o n. ..., neste ato representado por seu síndico (ou quem fizer as vezes), conforme ata de assembleia anexada, por seu advogado devidamente constituído... f) Modelo de qualificação do ESPÓLIO O ESPÓLIO DOS BENS DEIXADOS POR FULANO DE TAL (nome comple- to), neste ato representado por seu Inventariante (obs.: o inventariante receberá qualificação completa conforme modelo de pessoa natural), conforme termo de compromisso de inventariante (documento 01), por seu advogado devidamente constituído ... | 31 PARTE I | INTRODUTÓRIA g) Modelo de qualificação da FUNDAÇÃO FUNDAÇÃO X, pessoa jurídica de direito privado, com sede na cidade de ... (endereço completo), inscrita no CNPJ/MF sob o n. ..., neste ato representada por seu administrador Fulano de tal (obs.: o ... receberá qualificação completa conforme modelo geral de pessoa natural), conforme estatuto social anexado, por seu advo- gado devidamente constituído ... h) Modelo de qualificação da ASSOCIAÇÃO ASSOCIAÇÃO X, pessoa jurídica de direito privado, com sede na cidade de ... (endereço completo), inscrita no CNPJ/MF sob o n. ..., neste ato representada por seu ... Fulano de tal (obs.: o ... receberá qualificação completa conforme modelo geral de pessoa natural), conforme contrato social anexado, por seu advogado devidamente constituído ... i) Modelo de qualificação da MASSA FALIDA A MASSA FALIDA DA EMPRESA X, neste ato representada por seu Adminis- trador Judicial (obs.: o administrador judicial receberá qualificação completa conforme modelo de pessoa natural), conforme termo de compromisso firmado (documento 01), por seu advogado devidamente constituído ... Do papel e dos caracteres gráficos: Os cuidados com a petição inicial devem começar pela escolha da formatação, não do papel que será usado, pois atualmente o processo é digital, falar em papel, deixaria totalmente desatualizadas as dicas. Operadores do direito, advogados ini- ciantes se deixam seduzir por formatações coloridas, com frases religiosas, imagens em exagero, falta de documentos anexados em PDF. Atenção, além dos cuidados na petição inicial, conforme artigo 320 do atual CPC, é importante os cuidados com os documentos anexos. Importante sempre verificar se o documento está legível, se não está faltando páginas, por exemplo, um contrato de locação, outro erro comum é juntar documentos em PDF de ponta cabeça ou ainda em folhas maiores que o tamanho A4. Cuidado com a atitude de cortar e juntar em folhas separadas, isso não pode ser feito, exemplo, uma planta, topográfico, georreferenciadas, é necessário fazer um escaneamento em tamanho A4, em aparelho próprio para juntar no processo. Caro leitor, em mais de 15 anos, atuando na profissão com muito amor, posso informar que já vi de tudo! Peças timbradas com a foto de ministros e ex-ministros, frases como “Deus é fiel”, e muito mais.