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LINHA DO TEMPO TRIBUTÁRIA hipótese de incidência, fato gerador, obrigação tributária, crédito tributário e dívida ativa.

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LINHA DO TEMPO TRIBUTÁRIA: hipótese de incidência, fato gerador, obrigação tributária, crédito tributário e dívida ativa.
INTRODUÇÃO
A linha do tempo tributária é utilizada para facilitar na visualização de como um tributo surge, é cobrado e se extingue. Sendo que há vários procedimentos sendo eles hipótese de incidência, fato gerador, obrigação tributária, crédito tributário e dívida ativa.
	
1. Hipótese de Incidência
Esta é uma situação abstrata prevista em Lei que estabelece uma relação à obrigação tributária, o Art. 114 da CNT dispõe que “fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”, portanto, de acordo com Alexandre (2016) este artigo é referente à hipótese de incidência, levando em consideração que está apenas descrita em lei não havendo o fato, apenas a hipótese, pois, é algo que pode vir a ocorrer. Sendo assim, para que haja a obrigação tributária é necessário haver a hipótese de incidência que a lei definirá a situação e o fato gerador que é aquele que se verifica no mundo concreto.
Ela pode ser vinculada ou não vinculada, a primeira acontece quando para justificar uma cobrança o Estado precisa realizar alguma atividade específica em relação ao sujeito passivo, a não vinculada é gerada pelo contribuinte, não sendo necessário o Estado realizar qualquer atividade. (ALEXANDRE, 2016)
Segundo Alexandre (2016) podendo ser objetiva quando o tributo incide objetivamente sobre as coisas, por exemplo, um mesmo modelo de carro terá o mesmo valor de IPVA, e subjetiva que são pessoais ao contribuinte e incide de forma subjetiva, por exemplo, o IR de que incide de acordo com a renda, dependentes, etc.
2. Fato Gerador
De acordo com Oliveira (2018) o fato gerador é o momento em que a hipótese de incidência ocorre, onde se realiza um ato normativo que nasce uma obrigação jurídica, sendo esta a de cobrar um tributo e o dever de pagá-lo.
O Art. 113, §1º do CTN dispõe que “[...] a obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente”, ou seja, houve um fato que se verificou no mundo concreto. 
De acordo com Alexandre (2016) para a ocorrência de a obrigação principal ocorrer é necessário que haja além do fato gerador, a suficiência para que ocorra, por exemplo, no caso do imposto de importação não basta uma mercadoria adentrar no território nacional, mas também ser advinda do estrangeiro. A Lei dispõe sobre a obrigação principal em seu art. 114, CTN “fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”. 
Alexandre (2016) afirma que é imposta a prática ou abstenção do ato que não configure obrigação principal, como por exemplo, a entrega da declaração de rendimentos do ano subsequente ao do exercício. O Art. 115, CTN define sobre a obrigação acessória: “fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal”. 
O fato gerador está diretamente vinculado ao princípio da legalidade, levando em consideração a sua definição em lei, baseada na Constituição Federal em seu art. 5º, II dispõe que “[...] ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. (ALEXANDRE, 2016)
Para Alexandre (2016) a ocorrência do fato gerador pode ocorrer em duas situações, a de fato e a jurídica, a primeira não é definida em outro dispositivo jurídico além do tributário, mas sim numa situação de fato, como por exemplo, a importação de mercadorias estrangeiras em território nacional. A segunda é a situação jurídica, onde suas consequências já estão definidas em lei, estipulando efeitos jurídicos para o mesmo fato, ou seja, situações que não dependem da lei tributária, por exemplo, o imposto sobre propriedade que está definida na lei civil. 
Sendo assim, o fato gerador é quando de fato ocorre o que está disposto em lei, onde se cria a obrigação, não importando se é principal ou acessória, verificando o aspecto temporal, desde que esteja introduzido no ordenamento jurídico.
3. Obrigação Tributária
A obrigação no direito tributário é aquela em que há no polo ativo o credor, que são os Municípios, Estado, Distrito Federal e União ou outra pessoa jurídica de direito público na qual foi delegado o direito e o polo passivo que está o devedor, que possui o dever de cumprir com uma obrigação, sendo esta a de dar em dinheiro, fazer ou deixar de fazer. (ALEXANDRE, 2016)
A obrigação tributária está disposta no art. 113 do CTN, que dispõe que ela poderá ser principal ou acessória, sendo a primeira definida em seu §1º “a obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente”. 
De acordo com Alexandre (2016) a obrigação principal gera um crédito e depende do seu conteúdo pecuniário, ou seja, ela precisa ter como objeto o pagamento de um tributo ou penalidade pecuniária de dar dinheiro, não de fazer ou deixar de fazer, por exemplo, a de dar dinheiro)
	A obrigação acessória está descrita no art. 113, §2º e § 3º do CTN que dispõe:
[...]
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. 
Ela é decorrente de legislação e possui prestação positiva ou negativa com interesse na arrecadação ou fiscalização de tributos, ela é toda a obrigação que não esta definida em lei como principal. O fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei, sendo ela necessária e suficiente para que ocorra. (DUTRA, 2019)
Segundo Alexandre (2016) as prestações positivas e negativas estão relacionada às obrigações de fazer ou não fazer, além de serem independentes da principal, por se tratar do interesse da fiscalização e arrecadação de tributos, criadas para facilitar o cumprimento da obrigação principal, por exemplo, escriturar livros fiscais, entregar declarações tributárias, não receber mercadoria sem nota fiscal, etc. 
Portanto, surge através do fato gerador que possui como objeto o pagamento de um tributo ou uma penalidade pecuniária e extingue através do pagamento do crédito tributário.
4. Crédito Tributário
O crédito tributário é aquele que o sujeito passivo deve em valor pecuniário ao sujeito ativo e está definido no art. 142 do CTN: 
	
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
De acordo com Alexandre (2016) o crédito tributário nasce da obrigação tributária, tendo como objeto uma prestação em dinheiro, após o fato gerador é definido o montante do tributo ou penalidade, o devedor, o prazo e a forma que essa obrigação será exigida, ou seja, define os elementos materiais da obrigação surgida para calcular o montante, todo esse procedimento é chamado de lançamento.
Alexandre (2016) afirma que os legisladores endentem que o lançamento possui natureza jurídica mista, sendo constitutivo no crédito tributário por não existir crédito antes do lançamento e declaratório da obrigação tributária.
Mesmo o lançamento sendo de competência é a autoridade administrativa, sendo que há três tipos de modalidade de lançamento, a primeira é de ofício ou direto onde o sujeito passivo não participa da atividade,por homologação ou auto lançamento onde o sujeito passivo realiza quase todos os atos, por fim, o por declaração ou mista que é o equilibro entre os dois. (ALEXANDRE, 2016)
	
5. Dívida Ativa
O principal objeto da inscrição de um crédito tributário em dívida ativa é extrair o titulo executivo em busca da satisfação do direito do Estado, de acordo com o art. 201 do CTN que dispõe “constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular”.
Sendo assim, de acordo com Alexandre (2016) o único objetivo da inscrição na dívida ativa é possibilitar a execução fiscal, cumprindo com a obrigação adquirida. Esta inscrição possui requisitos, que estão dispostos no art. 202 do CTN:
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
O título executivo que irá fornecer a futura ação de execução fiscal é a certidão de dívida ativa, definida como cópia fiel dos requisitos determinados no termo de inscrição, além da indicação do livro e folha de inscrição. (ALEXANDRE, 2016)
De acordo com o art. 203 do CTN não se podem omitir nenhum dos requisitos determinado no artigo anterior, podendo causar a nulidade da inscrição, contaminando a certidão e o processo de cobrança que decorre deste. 
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso: 14 de Jun. 2022.
BRASIL. Lei nº 5.172. Brasília: 1966. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm> . Acesso: 14 de jun. 2022. 
DUTRA, Fabio. Obrigação Tributária. Estratégia Concursos: 2019. Disponível em: <https://dhg1h5j42swfq.cloudfront.net/2019/09/19222729/Slides-Reta-Final-Direito-Tribut%C3%A1rio.pdf>. Acesso: 15 jun. 2022.
OLIVEIRA, Ricardo Matriz de. Fato gerador da obrigação tributária – critérios e questões fundamentais. Revista de Direito Tributário: 2018. Disponível em: < https://ibdt.org.br/RDTA/wp-content/uploads/2018/06/Ricardo-Mariz-de-Oliveira.pdf>. Acesso: 14 de jun. 2022.

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