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Fato Gerador e Lançamento

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Fato Gerador e Lançamento
APRESENTAÇÃO
Você conhece a técnica que se utiliza para registar nos livros todos os fatos contábeis que 
ocorrem na empresa? A técnica é chamada de escrituração. Esses livros são o livro diário, o 
livro-razão, o livro-caixa, entre outros. Para proceder com a escrituração dos fatos contábeis 
(por exemplo, vendas) corretamente, é necessário entender quando deverão ser feitas. Para isso, 
é importante conhecer o conceito de fato gerador, a ser demonstrado nesta Unidade de 
Aprendizagem. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Analisar o conceito de fato gerador e de lançamento tributário.•
Exemplificar na prática a ocorrência do fato gerador.•
Distinguir o momento da constituição da cobrança do tributo por meio do lançamento 
tributário.
•
DESAFIO
Ajude ao gestor da empresa ForeFoot, comércio de calçados, a calcular o valor que deverá ser 
recolhido de ICMS, PIS e COFINS no mês de outubro/2016. Nesse período, a empresa teve as 
seguintes operações de compra e vendas:
 
Ao final do mês, o contador apurou o ICMS (18%), PIS (1,65%) e COFINS (7,6%). Demonstre 
os cálculos efetuados e diga se a empresa teve saldo a recolher ou a recuperar.
INFOGRÁFICO
Observe, no infográfico a seguir, o caminho que existe nas empresas para identificar se existe ou 
não um fato gerador do imposto.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
No capítulo Fato Gerador e Lançamento da obra Planejamento tributário serão abordados os 
conceitos de fato gerador e escrituração contábil.
Boa leitura.
PLANEJAMENTO 
TRIBUTÁRIO 
Filipe Martins da Silva
Fato gerador e lançamento
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
n Analisar o conceito de fato gerador e de lançamento tributário.
n Exemplifi car na pratica a ocorrência do fato gerador.
n Distinguir o momento da constituição da cobrança do tributo por
meio do lançamento tributário.
Introdução
Você conhece a técnica que se utiliza para registar nos livros todos os fatos 
contábeis que ocorrem na empresa? A técnica é chamada de escrituração. 
Esses livros são o livro diário, o livro-razão, o livro-caixa, entre outros. Para 
proceder com a escrituração dos fatos contábeis (por exemplo, vendas) 
corretamente, é necessário entender quando deverão ser feitas. Para isso, 
é importante conhecer o conceito de fato gerador, a ser demonstrado 
neste texto.
Fato gerador
Fato gerador é a efetivação da existência de um tributo, ou seja, é causa 
original dos impostos sobre a prestação do serviço. Logo, a circulação da 
mercadoria será o fato gerador do Imposto sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços (ICMS) e o Imposto de Renda (IR) terá sua origem na aquisi-
ção de disponibilidade econômica (FABRETTI, 2012). Os arts. 114 e 115 
do Código Tributário Nacional (CTN) (BRASIL, 2012) descrevem o fato 
gerador dos dois tipos:
O art. 114 diz que o fato gerador da obrigação principal é a situação 
definida em lei como necessária e suficiente a sua ocorrência. Podemos 
definir fato gerador, de acordo com a norma tributária, como o fato apto 
Planejamento_Tributario_U3_C04.indd 86 19/01/2017 18:07:06
a dar nascimento a uma obrigação tributária no momento em que ocorre, 
ou seja, a materialização da situação descrita na lei. Além de determinar a 
hipótese de incidência, a lei também deve descrever o momento em que se 
considera a ocorrência da hipótese de incidência. Como exemplo de inci-
dência, podemos usar o surgimento do imposto de renda de pessoa física, 
em que: 1) fato gerador: salário mensal; 2) base de cálculo e alíquota; 3) 
cálculo do imposto; 4) imposto retido do salário.
Já o art. 115 complementa que o fato gerador da obrigação acessória é 
qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou 
a abstenção do ato que não configure obrigação principal. Não existe fato 
gerador sem uma lei. Se existe um fato gerador, já se subentende que existe 
uma lei. Sem a existência de uma lei não seria um fato gerador, mas apenas 
um fato. Se não ocorrer o fato gerador, não surge a obrigação tributária 
(AMARO, 2012).
Para Oliveira et al. (2009), o fato gerador da obrigação principal é a 
situação definida em lei como necessária e suficiente para sua ocorrência. 
Alguns fatos geradores caracterizam-se em um único ato, como o exemplo 
anteriormente mencionado, outros são concretizados em vários atos, porém 
apurados em um período específico e em outros, caso persistirem ao longo 
do tempo. Desse modo, os fatos geradores podem ser: 1) instantâneos, como 
a venda de imóvel sobre a qual incidirá o Imposto sobre Transmissão de 
Bens Imóveis (ITBI); 2) periódicos, como ICMS, Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição 
para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); 3) complexivos, 
como Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica (IRPJ); 4) persistentes, como Imposto Predial e Territorial Urbano 
(IPTU) e Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), em que 
a propriedade é um direito permanente. O fato gerador tem, ainda, três 
elementos básicos:
1. Legalidade, que se refere à exigibilidade do cumprimento do princípio 
constitucional da legalidade.
2. Economicidade, que se refere ao aspecto econômico do fato tributável 
(como regra geral, envolvendo a base de cálculo e alíquota do tributo) 
e à capacidade contributiva do sujeito passivo.
3. Causalidade, que corresponde à consequência ao efeito do fato gerador; 
enfim, ao nascimento da obrigação tributária.
87Fato gerador e lançamento
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Segundo o Portal Tributário (2016), no art. 116 do CTN está definido que, salvo 
disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os 
seus efeitos: 
a) tratando-se de uma situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as 
circunstâncias materiais necessárias até a produção dos efeitos que normalmente 
lhe são próprios;
b) tratando-se da situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente 
constituída nos termos de direito aplicável.
Para os efeitos da letra “b”, e sempre ressalvando disposição de lei em contrário, o 
art. 117 do CTN dispõe que os atos ou negócios jurídicos condicionais serão reputados 
como perfeitos e acabados, desde o momento:
 n da sua implementação, sendo a condição suspensiva;
 n da prática do ato ou da celebração do negócio, sendo a condição resolutória.
Alíquota
Para Rezende, Pereira e Alencar (2010, p. 52) “[...] a alíquota é o valor ou per-
centual defi nido em lei que, aplicado à base de cálculo, determina o montante 
do tributo a pagar.”. Sendo assim, a alíquota é um percentual defi nido em lei 
cuja a aplicação em base de cálculo resultará em um valor de tributo a pagar, 
não podendo ser imposta, nem aumentada sem que a lei estabeleça e seguindo 
as regras e anterioridade e de irretroatividade.
Segundo o art. 142 do CTN (BRASIL, 2012), o lançamento consiste em um 
procedimento administrativo privativo da autoridade administrativa, tendente 
a verificar a ocorrência do fato gerador e a matéria tributável para definir 
o montante e identificar o sujeito passivo. O lançamento é um ato jurídico 
administrativo, “[...] da categoria dos simples, constitutivos e vinculados, 
mediante ao qual se insere, na ordem jurídica brasileira uma norma individual 
e concreta [...]” (CARVALHO, 2008, p. 432). Essa norma tem como antecedente 
o fato jurídico tributário e, como consequência, a formalização do vínculo 
obrigacional, pela individualização dos sujeitos ativo e passivo, a determina-
ção do objeto da prestação, formado pela base de cálculo e correspondente 
alíquota, bem como pelo estabelecimento dos termos espaços temporais em 
que o crédito há de ser exigido (TESTA, 2002).
Conforme o art. 149, do CTN (BRASIL, 2012), o lançamento é efetuado e 
revisto de ofício pela autoridade administrativanos seguintes casos:
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1. Quando a lei determinar.
2. Quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo 
e na forma da legislação.
3. Quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado decla-
ração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na 
forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado 
pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste 
satisfatoriamente.
4. Quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer ele-
mento definido na legislação tributária como de declaração obrigatória.
5. Quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa le-
galmente obrigada, no exercício da atividade.
6. Quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro 
legalmente obrigado.
7. Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício 
daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.
8. Quando deva ser apreciado fato não conhecido por ocasião do lança-
mento anterior.
9. Quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou 
falta funcional da autoridade que o efetuou.
Homologação
Homologação é defi nida pelo art. 150 do CTN (BRASIL, 2012) e consiste na 
determinação do lançamento dos tributos cuja legislação atribua ao sujeito 
passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando 
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a 
homologa (HAYASHI, 2012).
No que se refere às funções da Administração Pública, por meio do lan-
çamento, cabe a ela declarar-se como credora de um valor existente desde o 
momento da ocorrência do fato gerador, que possa ser exigido do contribuinte, 
pessoa física ou jurídica que responde pelo débito fiscal na qualidade de 
contribuinte ou responsável (HAYASHI, 2012).
A regra é clara pela inalterabilidade do lançamento tributário após a no-
tificação do contribuinte ou sujeito passivo. No entanto, você pode observar 
algumas alterações determinadas no art. 145 do CNT (BRASIL, 2012), que 
determina que o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode 
ser alterado em virtude de: 1) impugnação do sujeito passivo; 2) recurso de 
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ofício; 3) iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos 
no art. 149 (HAYASHI, 2012).
Lançamento tributário
Assim que verifi cada entre fatos a situação defi nida em lei como hipótese de 
incidência tributária, nasce a obrigação tributária – que é um vínculo jurídico 
entre credor e devedor, tendo por objeto uma prestação em dinheiro nos mol-
des do art. 3º do CTN. Para o estudo do lançamento, a premissa básica que 
estabelecemos é a de que a obrigação tributária nasce no exato momento da 
ocorrência do fato gerador. Uma vez nascida a obrigação tributária, é necessário 
defi nir o montante do tributo a ser pago, além de individualizar o devedor e 
a data do pagamento (HAYASHI, 2012). O CTN fala sobre o lançamento no 
art. 142 e o conceitua como (BRASIL, 2012) um procedimento administrativo; 
atendente a verifi car a ocorrência do fato gerador da obrigação; que determina 
a base de cálculo; e calcula o tributo devido e identifi ca o sujeito passivo.
O CTN (BRASIL, 2012), apesar de entender o lançamento como atividade 
privativa da Autoridade Administrativa, permite a participação do sujeito 
passivo nessa atividade. O aspecto primordial para diferenciar as três espécies 
de lançamento é, justamente, a maior ou menor participação do sujeito passivo. 
Lançamento tributário nada mais é do que a materialização do crédito. O 
lançamento pode se dar por três formas:
 n Direto: independentemente de qualquer colaboração do devedor da 
obrigação tributária e feito por iniciativa da autoridade administrativa, 
por exemplo, IPTU.
 n Declaração: contribuinte ou terceiro presta informações a autoridade 
fiscal para que possa ser estabelecido o valor do tributo, por exemplo, 
ITBI.
 n Homologação: o contribuinte antecipa o tributo sem prévio exame da 
autoridade, e só depois tem seus cálculos verificados, por exemplo, IPI.
De acordo com Hayashi (2012), a intensidade da participação do sujeito 
passivo no lançamento é classificada pela lei o em três modalidades: o lança-
mento de ofício; o lançamento por declaração ou misto; e o lançamento por 
homologação.
No lançamento de ofício, o sujeito passivo não participa da atividade 
de lançamento. Já no lançamento por declaração, há um equilíbrio entre a 
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participação do sujeito passivo e a atividade do sujeito ativo. No lançamento 
por homologação, por sua vez, a participação do contribuinte é muito grande, 
sendo que o sujeito passivo é quem realiza quase todos os atos que compõem 
a atividade.
Lançamento Direto ou de Ofício – previsto no art. 149 do CTN – é aquele 
realizado pelo Fisco, dispensado o auxílio do contribuinte, uma vez que já 
dispõe de dados suficientes. Como exemplo disso, temos o IPTU. No caso 
desse imposto, o contribuinte que não prestou nenhuma informação específica 
ao fisco, recebe em sua casa o carnê do IPTU.
Lançamento Misto ou “Por declaração” – previsto no art. 147 do CTN 
(BRASIL, 2012) – é quando ocorre uma ação conjugada entre o Fisco e o contri-
buinte. O Fisco, não dispondo de dados suficientes para realizar o lançamento, 
conta com o auxílio do contribuinte, que supre a deficiência da informação 
por meio da prestação de uma declaração. Como exemplo, temos o imposto 
de importação sobre bagagem acompanhada, em que é o contribuinte que 
apresenta a Declaração de Bagagem acompanhada e nela fornece as informa-
ções necessárias sobre o que traz consigo do exterior, para que o Fisco, então, 
dispondo agora de dados fáticos suficientes, realize o lançamento, se cabível.
Lançamento por Homologação ou “Autolançamento” – previsto no art. 150 
do CTN (BRASIL, 2012) – é a espécie mais corriqueira na prática do direito 
tributário e também a que compreende o maior volume de arrecadação. Isso 
ocorre porque nessa modalidade é o contribuinte que faz a maior parte do 
trabalho. Para o Fisco essa modalidade é mais rápida e eficaz, já que a grande 
maioria da receita tributária ingressa nos cofres públicos independentemente 
de qualquer providência estatal, por exemplo o IRPF. A pessoa física presta as 
informações, faz o cálculo e ainda recolhe o tributo (hoje em dia, isso é feito 
com a ajuda de um sistema informatizado, mas ainda assim, é o contribuinte 
quem realiza todos esses atos).
A homologação será expressa na hipótese de a autoridade registrar, de maneira 
expressa, a sua concordância. Ou seja, a autoridade edita um ato em que formal-
mente afirma sua concordância com a atividade do sujeito passivo e a homologa.
Será tácita se a autoridade lançadora se quedar inerte e deixar transcorrer 
o prazo previsto em lei para a homologação expressa. Assim, escoado o prazo 
para a homologação expressa, dá-se a homologação tácita, completando o ciclo.
O prazo para a homologação expressa é de cinco anos da data do fato 
gerador, conforme art. 150, § 4º, do CTN (BRASIL, 2012). Nesse caso, expi-
rado o prazo sem que a Fazenda Pública tenha se pronunciado, considera-se 
homologado o lançamento. Vê-se que o transcurso do lapso de tempo faz as 
vezes do ato da autoridade.
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Analise uma questão prática: O que ocorre se o contribuinte, nos casos 
de tributos sujeitos ao lançamento por homologação, se identifica como su-
jeito passivo, calcula o montante do tributo devido, mas deixa de efetuar o 
recolhimento? Segundo o CTN (BRASIL, 2012), nesse caso, tem lugar o 
lançamento de ofício. Respeitando a sistemática prevista pelo CTN,o tributo 
declarado, mas não pago, sujeita-se ao lançamento de ofício pela Autoridade 
Administrativa, conforme previsão do art. 149, inciso V, do CTN (BRASIL, 
2012). O mesmo se dá no caso de recolhimento inferior.
Sabe-se, entretanto, que essa solução não é a adotada na prática tributária. 
Entende-se que, apresentada a Declaração de Débitos e Créditos Tributários 
Federais (DCTF) ou a Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à 
Previdência Social (GFIP), na esfera federal, os valores reconhecidos como 
devidos pelo sujeito passivo não precisam ser objeto de um lançamento de 
ofício, mas serão diretamente inscritos em dívida ativa com suporte na própria 
declaração do contribuinte. Apesar de muito controversa teoricamente do 
ponto de vista do CTN, essa prática já é há muito adotada em âmbito federal 
e acabou por gerar inovações legislativas que a “legalizaram”.
Planejamento tributário92
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93Fato gerador e lançamento
Planejamento_Tributario_U3_C04.indd 93 19/01/2017 18:07:08
AMARO, Luciano. Direito Tributário brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2012.
BRASIL. Senado Federal. Código tributário nacional. 2. ed. Brasília, DF, 2012. Disponível 
em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/496301/000958177.
pdf?sequence=1>. Acesso em: 21 nov. 2016.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
FABRETTI, Láudio C. Direito tributário aplicado: impostos e contribuições das empresas. 
3. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
HAYASHI, Marisa Regina M. Lançamento tributário e o nascimento da obrigação tributária. 
Sorocaba: DireitoNet, 2012. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/
exibir/7552/Lancamento-tributario-e-o-nascimento-da-obrigacao-tributaria>. Acesso 
em: 24 dez. 2016.
OLIVEIRA, Luís Martins de et al. Manual de contabilidade tributária: textos e testes com 
respostas. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PORTAL TRIBUTÁRIO. Fato gerador do tributo. São Paulo, 2016. Disponível em: <http://
www.portaltributario.com.br/tributario/fato_gerador.htm>. Acesso em: 24 dez. 2016.
REZENDE, Amaury José; PEREIRA, Carlos Alberto; ALENCAR, Roberta C. Contabilidade 
tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre os resultados das 
empresas. São Paulo: Atlas, 2010.
TESTA, Caíque. Regra-matriz de incidência tributária: 1 Crédito tributário - Crédito tributá-
rio: qualifica o direito subjetivo, de que é portador o sujeito ativo. [S.l.]: SlidePlayer, 2002. 
Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/1855609/>. Acesso em: 15 jan. 2017. 
Leituras recomendadas
CASSONE, Vittorio. Direito Tributário. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 2008.
RIBEIRO, Osni Moura; PINTO, Mauro Aparecido. Introdução à contabilidade tributária. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
SABBAG, Eduardo M. Direito tributário essencial. 3. ed. São Paulo: Método, 2015.
DICA DO PROFESSOR
No vídeo a seguir, abordaremos o fato gerador de um tributo que está em dívida ativa.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) Considere uma empresa comercial que comprou no mês de junho/2016 R$ 20.000,00 
de mercadorias e vendeu, também em junho/2016, o valor de R$ 35.000,00. 
Considerando as alíquotas de ICMS 18%, PIS, 1,65% e COFINS de R$ 7,6%, 
assinale a alternativa correta. 
A) O valor do PIS a recuperar é de R$ 577,50.
B) O valor do ICMS a recolher é de R$ 2.700,00.
C) Valor de ICMS sobre vendas de R$ 3.600,00.
D) Não terá nada a recolher de COFINS.
E) O valor do PIS das vendas é de R$ 330,00.
2) O ______ é aquele realizado pelo fisco, dispensado o auxílio do contribuinte, uma vez 
que já dispõe de dados suficientes. Citemos, como exemplo, o IPTU. No caso desse 
imposto, o contribuinte, que não prestou nenhuma informação específica ao fisco, 
recebe em sua casa o carnê do IPTU. Assinale a alternativa a seguir que preenche 
corretamente a lacuna. 
A) Lançamento direto.
B) Lançamento por homologação.
C) Lançamento misto.
D) Lançamento direto ou de ofício.
E) Lançamento por declaração.
3) Uma empresa vendeu R$ 230.000,00 em mercadorias, porém ela comprou R$ 
500.000,00 em estoques. Ambas operações ocorreram no mês de maio/2016. 
Considerando as alíquotas de ICMS 18%, PIS, 1,65% e COFINS de R$ 7,6%, 
assinale a alternativa correta. 
A) Nessa operação, a empresa não teve saldo a recolher de ICMS.
B) Nessa operação, a empresa teve saldo de PIS a recolher, no valor de R$ 4.455,00.
C) Nessa operação, a empresa teve COFINS a recolher no valor de R$ R$ 20.520,00.
D) Nessa operação, não sobrou saldo a recuperar de ICMS.
E) Nessa operação, não sobrou saldo a recuperar de PIS.
4) De acordo com o Código Tributário Nacional, quanto a obrigações, fato gerador, 
sujeito ativo e passivo, assinale a alternativa correta. 
A) Fato gerador da obrigação principal é a situação que não é definida em lei como necessária 
e suficiente para a sua ocorrência.
B) Sujeito ativo é a pessoa a quem cabe realizar o pagamento do montante do débito, mesmo 
se a obrigação for principal ou acessória.
C) A obrigação tributária principal corresponde a se sujeitar à atividade de fiscalização 
exercida pelo ente tributante.
D) O sujeito passivo da obrigação principal diz-se contribuinte quando tem relação pessoal e 
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
E) A pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de infração penal.
5) O fato gerador tem três elementos básicos, que são legalidade, economicidade e 
causalidade. Como é definida a causalidade? 
A) Refere-se à exigibilidade do cumprimento do princípio constitucional.
B) Refere-se ao aspecto econômico do fato tributável.
C) Corresponde à ocorrência da obrigação tributária.
D) A situação de fato, prevista na lei de forma prévia, genérica e abstrata, que, ao ocorrer na 
vida real, faz com que, pela materialização do direito, ocorra o nascimento da obrigação 
tributária, seja esta principal ou acessória.
E) E a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
NA PRÁTICA
Uma das maiores dificuldades sobre fato gerador é: qual fato gerador será considerado em 
determinado momento? Se uma mercadoria for vendida no fim do mês e for entregue no outro, 
quando o imposto deverá ser pago?
Uma empresa de comércio de móveis chamada Beta Ltda. paga em suas vendas o Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é de competência dos estados e do Distrito 
Federal.
No dia 30 de abril de 2016, foi acordada uma venda equivalente a R$ 7.500,00 de mercadorias, 
porém a nota foi emitida no dia 30/05/2016, e o cliente disse que iria retirar a mercadoria apenas 
em 05/06/2016. O gerente ficou com dúvidas sobre quando iria incidir o ICMS: em maio ou em 
junho?
Ao ler a legislação enviada pelo seu contador, ele se deparou com os seguintes conceitos sobre 
quando incide o fato gerador:
 
Como a mercadoria estava de posse da empresa e não havia sido transportada para o cliente e 
nem armazenada em armazém próprio (pois ela não possui), o ICMS irá incidir apenas em junho 
de 2016.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
AGU Explica - Fato Gerador e Imposto de Renda
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
AGU Explica - Lançamento tributário
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FATO GERADOR DO TRIBUTO
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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