Estimativa Rápida Participativa (ERP)

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Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula SF III 07/03/2022 
Estimativa Rápida Participativa (ERP) 
Introdução 
 A ERP é uma ferramenta para diagnóstico comunitário de saúde, auxiliando no planejamento local em 
saúde (PLS) de determinado território, ou seja, em um cenário com disponibilidade limitada de tempo e 
recursos financeiros, consiste em fornecer informações qualitativas e quantitativas dos principais 
problemas de saúde em uma comunidade 
 Resumindo: é um processo de obtenção de dados, que permite a produção de informações de forma 
participativa, embora incompletas, úteis para a identificação dos problemas e seus determinantes, para a 
definição das prioridades e das intervenções necessárias para a sua solução. 
 Cabe ressaltar que a implementação dessa técnica é apenas uma etapa em um processo maior de 
planejamento, limitando-se a identificar as necessidades percebidas pela comunidade participante 
pela geração preliminar de dados 
 Coleta de dados - viabilizar o Diagnóstico de Saúde 
 
 O PLS compreende as seguintes ações: 
 Análise da situação de saúde: quais problemas diagnóstico local de saúde 
 Definição de objetivos e ações: o que iremos fazer (ações)? 
 Análise de viabilidade da ação: ações são factíveis? 
 Elaboração do plano de ação: como faremos? 
 Definição de indicadores: acompanhamento e avaliação 
 
Modelo de Planejamento Estratégico 
 O planejamento estratégico são decisões consensuais e horizontais 
 Baseado no Enfoque Estratégico de Carlos Matus 
 Considera os vários atores sociais, distintos interesses e visões 
 Dá visibilidade a diversos pontos de vista 
 Essas diferenças levam a conflitos (gerenciados) 
 Considera viabilidade do projeto e experiências das pessoas 
 
ERP 
 É dotada de 3 princípios 
 Coletar dados pertinentes e necessários 
 Coletar informações que reflitam as condições locais e situações específicas 
 Envolver a comunidade na definição de seus próprios problemas e na busca de soluções 
 
 A abordagem é bastante rápida (10 dias a 2 meses), eficiente e de baixo custo 
 
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 Demanda participação da comunidade, facilita o trabalho intersetorial e 
empodera a comunidade envolvendo-a na identificação dos problemas e de 
possíveis soluções 
 Dados Coletados – fontes de informação 
 Primários 
 Informações coletadas diretamente por meio de entrevistador com 
informantes chave pela observação de aspectos físicos, condição e 
densidade das habitações, sistema de drenagem, presença de esgoto a 
céu aberto, acúmulo de lixo, etc 
 Linguagem nos questionários: compreensível para os entrevistados. 
 Uso de expressões locais pode ser empregado, evitando palavras 
complexas. 
 Evitar questionários muito extensos e com muitas questões abertas, visto 
que isso pode aumentar o número de recusas e o tempo de revisão dos questionários. 
 Perdas e recusas devem ser registradas, porém, não desistir antes de, no mínimo, três tentativas 
 
 Secundários 
 Obtidos junto a registros existentes, não apenas nos serviços de saúde, como o IBGE, MS, 
Sistemas de Informações e Prontuários 
 
 A proposta para a organização dos dados coletados reforça o conceito de que o processo de 
planejamento bem-sucedido é dependente de informações fortemente enraizadas na comunidade 
(planejamento participativo) 
 
 A técnica de ERP considera quatro aspectos. 
 Esses elementos estruturais constituem uma “pirâmide de informação”, ou seja, um perfil de 
planejamento organizado em prioridades que propicie um plano de ação adequado. 
 Os diferentes níveis dessa pirâmide descrevem como operacionalizar a estimativa 
 Estruturas, capacidades, envolvimento e necessidades da população. 
o Base do processo 
o Traz informações sobre as estruturas, os interesses e a mobilização popular – a capacidade 
organizativa da população. 
 
 Ambiente físico e socioeconômico. 
o Mapeamento da interação de fatores do ambiente físico, social, econômico e cultural que 
agem como determinantes das condições de saúde. 
o O perfil de adoecimento (morbimortalidade), decorrente dessas condições, também está 
incluído 
 
 Disponibilidade de serviços de saúde, ambientais e sociais. 
o Caracterização da cobertura, do acesso e da utilização dos serviços disponíveis na 
comunidade, incluindo abastecimento de água e coleta de lixo (ambientais), além de creches 
e escolas (sociais), entre outros. 
 
 Política de saúde do governo. 
o A avaliação desse elemento refere-se às políticas sociais (especialmente de saúde, mas não 
restrito à área, quando necessário) vigentes e operantes na comunidade, podendo identificar 
certo compromisso do Estado com a saúde na região. 
 
 
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Entendendo os Critérios de Priorização 
 Identificação dos problemas; 
 Priorização dos problemas; 
 Explicação dos problemas - árvore de problemas; 
 
 Levantamento de propostas e plano de soluções; 
 
Método de ERP 
 Limitações 
 Identifica quais são os problemas de uma comunidade, mas não quantas pessoas são afetadas por 
esses problemas 
 A qualidade da informação é crucial em relação à essa questão 
 Essa característica de mapeamento com menor aprofundamento remete essencialmente ao termo 
Estimativa 
 
 Não quantifica o tamanho dos problemas; 
 Não possibilita uma visão mais profunda dos problemas; 
 Baseado na percepção de informantes chave 
 Não é opinião de qualquer pessoa, mas sim a do indivíduo que possui informações fidedignas do 
território em questão 
 Não é censo e nem pesquisa de opinião 
 
 Não serve como base de comparação dos problemas em diferentes áreas pois é específico para 
determinada área;