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Bernardo Melchiors Trebien Papel do Cooperativismo de crédito no desenvolvimento social e economico local uma percepçao dos gestores da cooperativa de crédito Sicoob Creditapiranga

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO E SOCIOECONÔMICAS – ESAG 
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
 
 
 
 
 
BERNARDO MELCHIORS TREBIEN 
 
 
 
 
 
 
PAPEL DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL 
E ECONÔMICO LOCAL: UMA PERCEPÇÃO DOS GESTORES DA COOPERATIVA 
DE CRÉDITO SICOOB CREDITAPIRANGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLORIANÓPOLIS 
2022 
BERNARDO MELCHIORS TREBIEN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAPEL DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL 
E ECONÔMICO LOCAL: UMA PERCEPÇÃO DOS GESTORES DA COOPERATIVA 
DE CRÉDITO SICOOB CREDITAPIRANGA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao curso de Ciências 
Econômicas do Centro da Administração e 
Socioeconômicas, da Universidade do 
Estado de Santa Catarina, como requisito 
parcial para a obtenção do grau de 
Bacharel em Ciências Econômicas. 
 
 Orientador: Prof. Dr. Lisandro Fin Nishi 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLORIANÓPOLIS 
2022 
AGRADECIMENTOS 
Uma dedicatória a todos aqueles que se fizeram presentes nesses meus anos 
de lutas e desafios. Primeiramente agradeço a meus pais, ambos os alicerces que em 
tempos de tempestade me prepararam para resistir e superar, sempre irão faltar 
palavras para descrever minha gratidão pelo berço esplendido, das lutas, vitorias e 
ensinamentos proporcionado por eles. A Meu único irmão, mais velho e de exímio 
intelecto e força mental, um agradecimento especial ao braço forte e mão amiga 
sempre estendido a mim. Uma gratidão especial pelo compartilhamento de nossas 
vidas, momentos, desafios, tristezas e alegrias, a aquela que hoje é uma pessoa 
especial para mim e de extremo valor, minha namorada. Aos meus amigos, familiares 
e companheiros de vida, muito obrigado. 
Em agradecimento a todos os professores, docentes, colegas e comunidade 
acadêmica que proporcionaram inúmeros debates, conversas e ideias. Em prol do 
objetivo da Universidade do Estado de Santa Catarina, saio desta universidade como 
catarinense realizado e formado em uma das melhores universidades públicas do 
Brasil, disposto a empregar meus conhecimentos em prol do benefício comunitário. 
Agradeço ao meu professor orientador pelo aceite de orientação, assim como 
o dispêndio de seu precioso tempo. Transmitir conhecimento é uma arte. 
Por último, agradeço a Deus e a mim, pelas oportunidades concedidas e 
aproveitadas, pelos ensinamentos tidos pela vida e principalmente, por me ensinar a 
acreditar e ter fé, por sempre existir uma luz nos momentos de escuridão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O movimento cooperativista de crédito consolida-se no Brasil e no mundo como 
importante instrumento de desenvolvimento econômico, seja pela proposta da 
cooperativa buscar zonas e comunidades não atendidas por instituições financeiras 
tradicionais ou então pela sua contribuição em diversos aspectos, como o micro e 
pequeno crédito orientado, disseminação da educação financeira, entre outros. 
Voltado ao grande universo das ciências sociais aplicadas, este estudo visa entender 
e desmistificar o cooperativismo de crédito através de uma metodologia histórico-
descritiva, para por fim, através de um estudo a campo, via questionário aos gestores 
da cooperativa de crédito Sicoob Creditapiranga, discutir a percepção dos gestores 
quanto ao papel do cooperativismo de crédito para o desenvolvimento social e 
econômico local, em consenso com a revisão bibliográfica. Como análise resumida, 
encontrou-se bastante concordância entre a percepção dos gestores quanto ao 
importante papel histórico e atual do cooperativismo de crédito para o 
desenvolvimento social e econômico local, com a literatura apresentada. 
 
Palavras-chave: Cooperativa de crédito; Desenvolvimento Local; Desenvolvimento 
Regional; Gestores. 
 
 
ABSTRACT 
 
Credit cooperatives are consolidated around the world and brazillian history, as an 
important handle of economic development, those financial instituicions embrace the 
purpose to look up for áreas and communities who historycally do not have access to 
tradicional bank services. Also, credit cooperatives add efforts in several aspects of 
economic and social development, offering credit to small entrepreneurs in a oriented 
way to them, dissemination of financial education and others features. Aimed at the 
great universe os applied social sciences, this study aims to understand and demystify 
credit cooperatives throught historical-descriptive methodology, to finally, by a field 
study, discuss managers perception of the role of credit unions for local social and 
economic development by a questionnaire to the managers of credit union Sicoob 
Creditapiranga, in agrément with th literatute review. As a summary analysis, there 
was considerable agrément between the perception of managers regarding the 
important, historical and current role of credit unions for local social and economic 
development. 
 
Keywords: Credit Cooperatives; Local Development; Regional development; 
Managers. 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Município de Itapiranga situado em Santa Catarina ................................. 31 
Figura 2 – Microrregião do Extremo Oeste Catarinense, destacada em verde. ........ 32 
Figura 3 – Indicadores sociais e econômicos dos municípios com unidades da 
cooperativa de crédito Sicoob Creditapiranga em Santa Catarina. ........ 33 
Figura 4 – Indicadores sociais e econômicos dos municípios com unidades da 
cooperativa de crédito Sicoob Creditapiranga no Rio Grande do Sul. .... 34 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 -Singulares x Pontos de Atendimento ao Cooperado (PACs) .................... 24 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1 – População economicamente ativa associada a instituições financeiras 
cooperativas, em % ................................................................................ 26 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
TCC Trabalho de Conclusão de Curso 
UDESC 
ESAG 
OCB 
PACs 
SFN 
SUMOC 
IMF 
AMEOSC 
 
Universidade do Estado de Santa Catarina 
Escola Superior de Administração e Gerência 
Organização das Cooperativas Brasileiras 
Pontos de Atendimento ao Cooperado, ou só Ponto de Atendimento 
Sistema Financeiro Nacional 
Superintendência da Moeda e do Crédito 
Instituições de Micro finanças 
Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 15 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E DE LITERATURA ................................... 19 
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO COOPERATIVISMO E COOPERATIVISMO 
DE CRÉDITO ........................................................................................... 19 
2.2 MODELO DE NEGÓCIO DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO ........... 22 
2.3 COOPERATIVISMO DE CRÉDITO PARA O DESENVOLVIMENTO ....... 25 
2.4 ESTUDOS ECONÔMICOS ...................................................................... 28 
2.5 DESCRIÇÃO DO MUNICÍPIO SEDE (ITAPIRANGA) E INDICADORES 
DOS MUNICIPIOS COM PONTOS DE ATENDIMENTO ......................... 30 
3 METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................. 35 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ....................................................... 35 
3.2 MATERIAL ............................................................................................... 35 
3.3 MÉTODO HIPOTÉTICO DEDUTIVO ....................................................... 37 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................. 39 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 45 
6 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................ 47 
GLOSSÁRIO ...........................................................................................50 
APÊNDICE A – RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO ........................... 51 
ANEXO A - TÍTULO ........................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
ÍNDICE ............................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 
 
 
 
15 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Embora não possamos caracterizar o fenômeno do cooperativismo como 
um sistema de produção, é possível entender que esse é uma forma de 
organização de sociedades e partindo desse princípio, enfrentamos grandes 
debates entre os modelos produtivos. Como contraponto e estigma ao 
desenvolvimento econômico, o associativismo de adesão livre e voluntária 
tornou-se mais uma possibilidade entre formas de fomentar a economia e 
contornar carências de comunidades desassistidas. Desde a sua idealização, o 
modelo de produção cooperativo, ou de economia solidária, segue princípios 
estabelecidos para a sua caracterização, tendo destaque a adesão livre e 
voluntária, a gestão democrática, a intercooperação e o interesse pela 
comunidade, constituindo os pilares sólidos dessa organização produtiva. 
Faz-se necessário entender o paradigma do cooperativismo, que se divide 
em diferentes ramos no Brasil, Agropecuário, Transporte, Saúde, Infraestrutura, 
Trabalho, Consumo, produção e por fim, de crédito. O sistema produtivo 
cooperativista, também conhecido por economia solidária, destaca-se por ser 
mais que um modelo de negócios, sendo próximo a uma filosofia de vida. Em 
termos simples, esse sistema tem início quando grupos de pessoas juntam 
esforços em prol de um mesmo objetivo, através de uma empresa ou 
organização, onde todos são proprietários desse negócio, de forma igualitária e 
estatutária (Sistema OCB, 2022). 
Sendo assim, podemos notar a responsabilidade que vem sendo 
assumida pelas cooperativas de crédito e instituições de crédito solidário, para o 
desenvolvimento, fomento da poupança, bancarização e serviços bancários 
especializados a comunidades e regiões carentes, como é o caso do Grameen 
Bank (Banco de Aldeia) na Índia, criado por Muhammad Yunnus, que recebeu o 
Prêmio Nobel da Paz em 2006 pelos seus esforços à visibilidade do microcrédito 
como mitigador da pobreza (SOARES, SOBRINHO, 2008). Dessa maneira, visto 
a importância que instituições especializadas de crédito possam oferecer para 
pessoas desbancarizadas, assim como a capacidade de oferecer competição no 
mercado de crédito, será analisado, a nível de uma cooperativa de crédito local, 
a contribuição para o desenvolvimento econômico e social da localidade, nesse 
16 
 
 
caso o município de Itapiranga/SC e demais municípios com Pontos de 
Atendimento (PA) da Cooperativa de Crédito Sicoob Creditapiranga, em uma 
percepção dos gestores, e em comparação ao que a literatura aponta em 
diferentes aspectos, sobre o papel do cooperativismo de crédito para o 
desenvolvimento econômico e social. 
Dessa maneira, objetifica-se apresentar o debate a respeito dos 
benefícios que o sistema de produção cooperativo de crédito apresenta, além de 
elucidar a literatura através de um estudo a campo, onde será realizado uma 
pesquisa com os gestores da Cooperativa de Crédito Sicoob Creditapiranga e 
todos os seus Pontos de Atendimento, que destaca-se por ser a primeira 
cooperativa de crédito do Estado de Santa Catarina, para entender quais são às 
visões históricas e atuais dos gestores em relação às contribuições da 
cooperativa para o desenvolvimento social e econômico local e da região, de 
onde estas estão instaladas. 
Assim como observado em diferentes nações, no Brasil, o cooperativismo 
de crédito por muitas vezes é tido como única instituição financeira disponível 
em localidades desassistidas, 43% do cooperados das agências cooperativas de 
crédito não detém conta em outras instituições financeiras (Sistema OCB, 2015). 
Soma-se a isso, características relevantes da instituição estudada, como 
ser a primeira instituição cooperativa de crédito de Santa Catarina, tornam-se 
marcantes, pois possibilitam uma compreensão e contextualização histórica a 
respeito do papel em que a cooperativa teve e continua tendo para o 
desenvolvimento municipal e regional, através de um questionário com o título 
“Papel do Cooperativismo de crédito no Desenvolvimento social e econômico 
local: uma percepção dos gestores da cooperativa de crédito Sicoob 
Creditapiranga”, e também pela pesquisa bibliográfica e das características 
históricas, indicadores e principalmente características econômicas e sociais da 
localidade e região onde a cooperativa e seus Pontos de Atendimento estão 
instalados. 
Outrossim, a capacidade de analisar e levantar informações de dentro da 
cooperativa de crédito é pertinente e possibilita uma comparação com os 
benefícios para o desenvolvimento econômico e social que são apresentados 
nas principais literaturas. Além disso, na fase final do estudo, esse será usado 
17 
 
 
para oferecer conhecimento para os cooperados e colaboradores da Instituição 
Sicoob CredItapiranga, possibilitando a melhoria dos serviços prestados, como 
também desmistificar a temática das cooperativas de crédito para novos e atuais 
cooperados e por fim, possibilitando oferecer maior competitividade entre as 
instituições financeiras. 
Adentrando ao cerne da questão, o cooperativismo de crédito 
desempenha relevante papel na economia de diversos países, sendo uma das 
principais fontes de acesso à crédito para pequenas e médias empresas, como 
também, pessoas físicas, que por muitas vezes só tem essa opção para se 
bancarizar. Além disso, a política cooperativista de não visar unicamente o lucro, 
aliado ao desenvolvimento regional e dos associados da cooperativa formam os 
alicerces capazes de assegurar a popularidade, a confiança e a sustentabilidade 
das cooperativas financeiras (MCKILLOP et al., 2020). As instituições bancárias 
tradicionais, os bancos privados, no município e nas regiões em questão, tendem 
a levar os lucros e bônus para fora do município, da região, ou até mesmo do 
país, de maneira antagônica às cooperativas de crédito, como a Sicoob 
Creditapiranga, que veem revertendo seus resultados trazendo benefícios 
diretos e indiretos para a localidade em qual a cooperativa está vinculada. 
Para entendermos a sistemática do cooperativismo de crédito é 
necessário saber o principal segmento em que está inserida, resumidamente o 
ramo das microfinanças, com foco de serviços especializados para pessoas e 
empresas de baixo faturamento e renda. Primordialmente desenhada na década 
de 70, esse nicho de mercado era centrado em empréstimos pequenos e sem 
garantias, a taxas de juros de mercado, como negócios de curtíssimo prazo, com 
maior proximidade entre o agente de crédito e o tomador de empréstimo, que 
possibilita o cliente ser orientado, sendo assim poderiam ser um mercado 
rentável para serviços bancários, trazendo benefícios a sociedade, como a 
redução da informalidade, bancarização e a poupança (SOARES, SOBRINHO, 
2008). 
Deve-se destacar algumas ações e princípios praticados atualmente pelas 
cooperativas de crédito, entre elas, a prestação de contas nas assembleias aos 
associados, devolução dos excedentes dos lucros, investimentos na formação 
técnica e humana do seu quadro de funcionários e cooperados, incentivo e 
18 
 
 
divulgações dos princípios de cooperação, aumento da bancarização, poupança, 
emprego e concorrência no setor financeiro. Por consequência, as cooperativas 
de crédito promovem o dinamismo da economia, contribui para a melhoria da 
qualidade de vida das pessoas, principalmente os associados, e 
consequentemente com o desenvolvimento local e regional (ROVANI, 2020). 
Por se tratar de um tema que requer uma contextualização ampla, será 
composta inicialmente por um tópico de contextualização do cooperativismo, 
para aferir as bases atuais e passadas que compõem a sistemática de produção, 
e que vai abarcar o surgimento das primeirascooperativas de crédito, no mundo 
e no Brasil, assim como reunir informações da instituição em destaque no 
estudo, Sicoob CredItapiranga. Por seguinte, será exposto o funcionamento das 
cooperativas de crédito, seu modelo de negócios, e de suma importância, será 
destacado a contribuição para o desenvolvimento econômico e social e por fim, 
uma breve descrição do município de Itapiranga, onde a sede da cooperativa 
está instalada, e região do extremo oeste catarinense, onde será apresentado 
também uma tabela resumo de indicadores sociais e econômicos dos municípios 
que a singular Sicoob Creditapiranga tem pontos de atendimento. 
19 
 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E DE LITERATURA 
 Nesta seção do estudo, será apresentado as bases teóricas e históricas 
para a realização do estudo proposto. Em decorrência do tema requerer uma 
contextualização ampla, essa será composta inicialmente por um tópico de 
contextualização do cooperativismo, para aferir as bases atuais e passadas que 
compõem a sistemática de produção, e que vai abarcar o surgimento das 
primeiras cooperativas de crédito, no mundo, no Brasil e em Itapiranga/SC. Por 
seguinte, será exposto o funcionamento das cooperativas de crédito, seu modelo 
de negócios, e de suma importância, será destacado a contribuição para o 
desenvolvimento econômico e social por estudos econômicos e por fim, uma 
breve descrição do município, onde a sede da cooperativa está instalada, as 
regões do extremo oeste catarinense e noroeste do Rio Grande do Sul onde 
seus Pontos de Atendimento estão espalhados. 
 
 
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO COOPERATIVISMO E COOPERATIVISMO 
DE CRÉDITO 
 
O cooperativismo, da palavra cooperação, pode ser atualmente entendido 
como uma doutrina cultural e socioeconômica, fundamentada na liberdade 
humana e princípios cooperativos. Tudo teve início em 1844, na cidade de 
Rochdale-Manchester, no interior da Inglaterra, que na época passava por 
dificuldades socioeconômicas como a elevação do desemprego, baixos salários 
e condições de exploração do trabalho pelas firmas pós-revolução industrial, 
onde um grupo de 28 tecelões, composto por apenas uma mulher, decidem unir 
esforços para montar um armazém, com proposta de comprar produtos em 
grande quantidade e conseguir preços melhores para a sociedade. Com o nome 
de “Rochdale Society os Equitable Pioneers”, era fundada a primeira 
cooperativa, onde tudo o que fosse adquirido seria repartido entre o grupo 
associado, e motivada pelos princípios de honestidade, solidariedade, equidade 
e transparência (Sistema OCB). 
Contemporaneamente, o cooperativismo vinculou-se como uma 
alternativa ao modo de produção, atraindo atenção de diferentes setores da 
20 
 
 
economia, visto que muitas vezes é precedido de carências de suprimentos e 
fatores de produção, como o capital. De tal maneira, as raízes das instituições 
de economia solidária advêm muitas vezes da ausência de interesse pelos 
agentes econômicos estabelecidos, forçando a união da comunidade em prol de 
satisfazer uma demanda local não atendida. 
Além do mais, com a constante modernização da economia, as 
sociedades cooperativas tiveram de evoluir, tendo seus princípios reestruturados 
de maneira a caracterizar uma doutrinação em cerca do modelo de negócio. 
Como destacado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo 
(SESCOOP), no livro de Gawlak e Ratzke “Cooperativismo: primeiras lições”, 
atualmente os princípios dessas instituições são: 
a. Adesão Livre e voluntária: Caracterizando as cooperativas como 
organizações voluntárias e abertas, a associação das pessoas é 
uma decisão individual e independente de etnia, posição social, 
cor, partido ou religião. 
b. Controle Democrático pelos Membros: As organizações 
cooperativistas são controladas pelos seus cooperados, que 
participam nas decisões e definições com direito de voto iguais, 
muitas vezes pela assembleia geral, que elegem representantes 
responsáveis por estes. 
c. Participação Econômica dos Associados: Os membros são 
tratados de maneira equitativa em relação ao capital social, sendo 
essa a propriedade comum da instituição cooperativa. Os 
excedentes são destinados de acordo com as finalidades 
estabelecidas e votadas em assembleia, podendo ser revertida aos 
associados. 
d. Autonomia e Independência: Consideradas como organizações 
autônomas e orgânicas ao longo do tempo. 
e. Educação, Formação e Informação: As cooperativas têm como 
princípio desenvolver e promover a educação e a formação dos 
associados, dos representantes, gestores e colaboradores. 
Objetificando o desenvolvimento cultural e profissional da 
instituição e afiliados. 
21 
 
 
f. Intercooperação: Esse princípio é responsável por dar força ao 
movimento cooperativo, ou seja, as cooperativas têm preferência 
para trabalhar em conjunto com organizações associativas. A 
integração é tida como precursor do sucesso das cooperativas, 
visto que só serão eficientes se agregarem qualidade produtiva e 
economia de escala nos bens e serviços produzidos. 
g. Interesse pela comunidade: As cooperativas trabalham para o 
desenvolvimento sustentável das suas comunidades através de 
políticas e princípios, contribuindo para a geração de empregos, 
produção, serviços e a preservação do meio ambiente, tudo 
através das políticas aprovadas pelos seus membros e associados. 
 
No Brasil, os ramos da economia solidária, de união livre e voluntária de 
pessoas, estendem-se pela agropecuária, reunindo cooperativas, associados e 
pessoas ligadas à atividade, para comercializar, armazenar, industrializar a 
produção dos agricultores; as cooperativas de transporte, que atuam na 
prestação de serviços de transporte de cargas e passageiros, ainda as 
cooperativas de consumo, intituladas de suprir a demanda de produtos, serviços 
e serviços educacionais, cooperativas de produção e trabalho, saúde, 
infraestrutura, fornecendo serviços essenciais como energia e telefonia, e por 
fim, de crédito (Sistema OCB). O cooperativismo é de notória importância e de 
grande potencial nas estruturas econômicas atuais, através da sua organização 
democrática e igualitária de sociedade. Como destaca Pinho (1982): 
Organizações de pessoas que buscam, em bases democráticas, 
atender às necessidades econômicas de seus membros e prestar-lhes 
serviços, as cooperativas são especialmente importantes para atuar 
em situações econômicas críticas como inflação, recessão, 
estagnação e desemprego. Aliás, esta potencialidade decorre do fato 
da cooperativa reunir na mesma instituição, uma associação de 
pessoas e uma empresa (PINHO, 1982, p. 239). 
 
Mundialmente em destaque, o cooperativismo de crédito teve seus 
primórdios datados na Alemanha, no ano de 1852, na cidade de Delitzsch, como 
cooperativa de crédito urbana, intitulada como Volksbank (Banco do Povo), que 
visavam atender as necessidades de crédito e demanda por serviços financeiros 
da população urbana, e principalmente das pequenas empresas, na época, 
22 
 
 
grande parte comerciantes e artesões. Ainda na Alemanha, em 1862, apenas 
uma década após a criação da primeira cooperativa de crédito, surgem as 
cooperativas de crédito rural, chamadas de Loan Societies, sendo essas 
instituições, cooperativas de crédito vistas com maior importância na história 
econômica do país, dado que, à época as comunidades rurais eram muito mais 
carentes de serviços financeiros que o meio Urbano (Portal do Cooperativismo 
de Crédito, 2016). 
No Brasil, a primeira associação cooperativa de crédito surgiu em 1902 
pela associação de 19 pessoas, na inspiração do emigrante sueco, Amstad, que 
chegou ao país com 34 anos em 1855 e encarregou-se de prestar assistência 
às pessoas doentes na região de Nova Petrópolis (RS). Theodor Amstad logo 
observou uma carência de infraestruturas, serviços básicos, como educação e 
saúde, e também a exclusão financeira da região,principalmente em decorrência 
da distância do município até um posto de atendimento de serviços bancários, 
sendo necessário um percurso de 90 km de estrada de chão, em um ambiente 
onde o transporte era realizado a cavalo e carroças. Funda-se a Cooperativa 
Caixa de Economias e Empréstimos Amstad, hoje SICREDI Pioneira RS 
(Sistema OCB). 
Para o Estado de Santa Catarina, destaca-se o surgimento da primeira 
Caixa Rural de União Popular no distrito de Porto Novo, atualmente Itapiranga, 
no ano de 1932 com a união de 41 pioneiros, muitos de descendência alemã e 
influenciados pela reunião de Volsksverein (Sociedade de União Popular) que 
tratou da necessidade da fundação de uma Caixa Rural em Porto Novo com 
objetivos de criar uma nova fronteira agrícola e social. Origina-se assim, através 
do financiamento pelas cooperativas de crédito Sparkasse, que eram baseadas 
no modelo Alemão de cooperativas de crédito inspiradas na sistemática 
Raiffeisen, a cooperativa de crédito atualmente conhecida como Sicoob 
CredItapiranga, levando o título de pioneira nas cooperativas de crédito no 
Estado de Santa Catarina (Sicoob CredItapiranga). 
 
2.2 MODELO DE NEGÓCIO DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO 
 
23 
 
 
Presentes na economia financeira do Brasil desde o ano de 1902, as 
instituições cooperativas de crédito se apresentam como importante vetor para 
a bancarização do país, assim como a competição por eficiência, concorrendo 
com os serviços bancários já existentes. Em seus primórdios o cooperativismo 
surgiu independentemente de regramento jurídico, pois somente a partir da Lei 
nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971 que será apresentado um ordenamento 
jurídico a classe, se tornando o marco legal institucionalizado pelo Brasil, e que 
apenas na Constituição da República Federativa do Brasil, no artigo 174, § 2º, 
prevê assistência a associação cooperativa de pessoas de forma que “A lei 
apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”, 
reconhecendo a importância dessa organização econômica como estratégia 
para o desenvolvimento nacional, ou seja, produção de riqueza, equidade 
socioeconômica e proteção ambiental (FRADE; DE OLIVEIRA, 2008). 
As instituições cooperativas de crédito apresentaram uma expansão 
vigorosa nos anos seguintes aos da fundação e tornaram-se referência 
financeira onde eram estabelecidas, financiando casas e aquisições de terras 
aos cooperados. Atualmente o segmento de cooperativismo de crédito atende 
8,5 milhões de brasileiros, sendo fator de valor na inclusão financeira de áreas 
rurais do Brasil, dado que desse total de cooperados, (43%) ou 3,6 milhões de 
cooperados, só possuem contas bancárias em instituições cooperativas de 
crédito, além disso, as cooperativas de crédito estão presentes em 105 
munícípios sendo a única instituição financeira na localidade (IBGE, 2015). 
Diante do pressuposto, as cooperativas de crédito oferecem soluções 
financeiras e realizam a prestação de serviços bancários aos associados, com 
premissas que podem ser identificadas por meio dos estatutos Sociais, por 
serem instituições que se utilizam dos esforços dos cooperados para diminuição 
de custos, buscando resultados positivos ao final do exercício e por fim a 
distribuição dos excedentes de lucros aos cooperados, associados e a 
comunidade. Nesse contexto podemos identificar a missão da instituição 
financeira Sicoob CredItapiranga de Santa Catarina orientada nas seguintes 
premissas: 
“Promover o desenvolvimento econômico, social e profissional dos 
cooperados e comunidade através da implementação de políticas 
24 
 
 
financeiras de prestação de serviços financeiros” (Sicoob 
CredItapiranga). 
 
Para melhor ordenamento do sistema das cooperativas de crédito, essas 
passaram a ser caracterizadas em 3 categorias, as singulares, centrais ou 
federações e as confederações de maneira que esse conjunto das cooperativas 
opere de forma vertical, horizontal e independentes (SOARES; SOBRINHO, 
2008). Entendendo de maneira piramidal, as cooperativas de crédito singulares 
estão na base, constituídas por no mínimo 20 pessoas, sendo permitida a 
admissão de pessoa jurídica que tenham por objetivo de atividades econômicas 
correlatas às da pessoa física e no meio da pirâmide encontramos as centrais 
ou federações, que são compostas por no mínimo 3 cooperativas filiadas e por 
último as confederações no mais alto nível, constituídas pela união de ao menos 
3 cooperativas centrais. 
 
Gráfico 1 -Singulares x Pontos de Atendimento ao Cooperado (PACs) 
 
 
Fonte: Unicad, Sistema Gerenciador de Séries Temporais (SGS-Bacen), 2005-2018; 
Elaboração própria do autor. 
 
O cooperativismo realça a importância da cooperação, do preço justo e 
da distribuição preferencialmente igualitária dos processos e resultados entre os 
cooperados e a comunidade, tornando-se, por isso, importante fator social no 
processo de desenvolvimento socioeconômico. Não é valido descrever as 
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Quantidade de postos de atendimento de cooperativas no Brasil - Unidades
Cooperativas Singulares - Unidades
25 
 
 
cooperativas como associações beneficentes ou de fins apenas públicos, ou 
apenas ideia de que as cooperativas não visam ao lucro. Existem objetivos 
econômicos e sociais de produção e de coordenação do setor de trabalho. De 
tal forma, quanto maior a profissionalização e a capacitação da gestão das 
cooperativas, pelos seus cooperados e colaboradores, melhores resultados 
serão alcançados, o que não significa renunciar a seus princípios (MENEZES; 
LAJUS, 2015). 
Embora o associativismo em formas de cooperativas de crédito não seja 
algo novo, este é um modelo de negócio que é formado e continuará sendo 
modelado pelos avanços tecnológicos, digitalização de serviços, Fintechs, 
provisões online e OpenBanking, por exemplo. Podemos afirmar que as 
reformas na legislação cooperativista, assim como mudanças monetárias, e as 
reformas estruturantes, são fundamentais no sucesso do direcionamento e 
condução do modelo de negócio. De tal forma, o modelo de negócio pode ser 
visto em como as instituições financeiras administram seus ativos (atividades 
operacionais) e capacidade ao longo do tempo para contribuir para o sistema 
financeiro como um todo (MCKILLOP et al., 2020). 
 
 
2.3 COOPERATIVISMO DE CRÉDITO PARA O DESENVOLVIMENTO 
 
Como destacado por Bretos e Marcuello (2017, p. 48), em virtude dos 
seus próprios princípios de atuação e valores, as cooperativas se tornaram 
destaque como importantes elementos estratégicos para promover a 
sustentabilidade e inclusão no contexto da Globalização, muitas vezes pela 
incapacidade operacional das estruturas tradicionais públicas e privadas. Por se 
tratar de uma união de esforços de iniciativas próprias de uma comunidade, o 
cooperativismo de crédito contribui de forma significativa para o desenvolvimento 
local sustentável, principalmente pelos aspectos de formação de poupança e de 
financiamento de iniciativas empresariais, trazendo indiretamente os benefícios 
na geração de emprego e distribuição de renda. 
As economias maduras, diga-se desenvolvidas, se beneficiam há muito 
tempo das cooperativas de crédito como instrumentos catalizadores para o 
26 
 
 
desenvolvimento de setores estratégicos, os exemplos podem ser encontrados 
na Europa, inicialmente na Alemanha, na Bélgica, Espanha, França, Holanda e 
em Portugal. No Brasil, embora as raízes do cooperativismo remontem ao ano 
de 1902, em decorrência de disputa de competências entre o Ministério da 
Agricultura e a SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito), o movimento 
de crédito cooperativista apresentou fraca evolução no país nos anos finais da 
década de 50 e início dos anos 60 (SOARES; SOBRINHO, 2008). 
Como apontam os relatórios estatísticos do World Councilof Credit 
Unions members&affiliates a penetração das cooperativas de crédito na 
população economicamente ativa, torna-se marcante em países desenvolvidos, 
como é o caso dos Estados Unidos e Austrália, e também a baixa penetração 
em regiões, países e continentes considerados em desenvolvimento, caso da 
américa latina. 
 
TABELA 1 – População economicamente ativa associada a instituições 
financeiras cooperativas, em % 
 
Cooperados em relação à população economicamente ativa 
Região 2010 2020 
África 7,6% 14,34% 
América do Norte 44,1% 50,48% 
América Latina 5% 16,47% 
Ásia 2,6% 5,85% 
Caribe 16,6% 65,97% 
Europa 3,5% 9,69% 
Oceania 17,3% 4,17% 
Estados Unidos 43,9% 58,69% 
Austrália 23,1 31,39% 
Brasil 2,9% 8,13% 
México 3,6% 9,14 
Total Mundial 7,5% 12,18% 
Fonte: Relatório Estatístico do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (WOCCU), 2010 
e 2020; Elaboração própria do autor. 
 
27 
 
 
Após inúmeros anos de fraco desenvolvimento, o sistema de crédito 
cooperativo no Brasil concretiza-se pela resolução n° 2193, de 1995, dando 
espaço imediato para duas principais sistematicas cooperativas, o Banco 
Cooperativo Sicredi (Bansicredi), criada em 1995 e conhecida hoje apenas por 
Sicredi, e em 1996 o Sistema de Cooperativas de crédito do Brasil (Sicoob), 
antigamente nomeado por Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) (SOARES; 
SOBRINHO, 2008). 
 O uso e conceito do termo microcrédito e microfinanças, abrangem a 
provisão de serviços financeiros adequados e sustentáveis para a população, 
muitas vezes de baixa renda e para comunidades esquecidas pelas instituições 
tradicionais de crédito. E é na categorização das Instituições MicroFinanceiras 
(IMFs) que as cooperativas de crédito e as Sociedades de crédito ao 
Microempreendedor se encontram. Dessa maneira, o microcrédito é definido 
pelas organizações financeiras como, a parte do sistema financeiro dedicada a 
prestar serviços às pessoas físicas e jurídicas empreendedoras de pequeno 
porte, se tornando uma estratégia para mitigar e superar a pobreza de 
localidades onde estão inseridas, de forma semelhante à como o cooperativismo 
de crédito tomou força no Alemanha a partir da expansão do cooperativismo de 
crédito para a zona rural, menos desenvolvida e mais carente. 
 Em termos simples, as instituições que oferecem serviços 
microfinanceiros podem ser conceituadas em Microfinanças, Microcrédito e 
Microcrédito Produtivo e Orientado, sendo o core business das instituições 
financeiras cooperativas. Caracterizando esse segmento de negócios a 
instituições de micro finanças oferece todos os serviços para populações de 
baixa renda, financiando inclusive o consumo, já as instituições que oferecem 
serviços financeiros de microcrédito atendem ao público pequeno e 
microempreendedor apenas, e por fim há o micro crédito produtivo e orientado 
que fornece empréstimos de pequenas proporções para microempresas e 
orientado, frente a proximidade do agente financeiro e o tomador de empréstimo, 
estas duas últimas caracterizações não financiam o consumo (SOARES; 
SOBRINHO, 2008). 
Como destaca Mckillop (2020, p.7), em diversos países as cooperativas 
financeiras participam de um papel importante para o desenvolvimento, 
28 
 
 
fomentando o capital em comunidades regionalizadas, inclusive pelas 
características e missões do modelo da instituição bancária cooperativa como a 
missão de maximizar o bem-estar dos cooperados que estão inseridas, ou seja, 
na comunidade. 
Soma-se a importância do cooperativismo de crédito, como meio de 
acesso a serviços financeiros a populações carentes, a função de competir com 
os tradicionais bancos e por consequência baratear os juros para atividades 
empresariais, como destacado por Périus: 
O modelo econômico cooperativo não visa a substituir a economia de 
mercado, pelo contrário, serve-se dela, para fortalecê-lo, aprimorá-lo e 
até organizá-lo onde ele inexiste. O cooperativismo apenas visa à 
correção no sentido econômico, social e político-social (PERIUS, 1983, 
p.92). 
Das contribuições do cooperativismo de crédito no desenvolvimento local, 
é destacável a inclusão financeira de áreas esquecidas, muitas vezes rurais, o 
fomento das atividades empreendedoras e microempreendedoras, a cultura da 
poupança, o retorno de lucros e excedentes aos cooperados através da políticas, 
valores e princípios do cooperativismo, que já foram apresentados 
anteriormente, e além disso, contribui com a concorrência, disponibilizando 
crédito ao mercado de forma mais barata, especializada e orientada. 
Se faz necessário um adendo, a respeito da importância de instituições 
que ofereçam soluções financeiras especializadas para empreendedores de 
pequeno porte, através da passagem do Grameen Bank (Banco de Aldeia) criada 
pelo economista Muhammad Yunus, que recebeu em 2006 o prêmio Nobel da 
Paz, pelos esforços que foram realizados na divulgação de idéias e expertise 
compartilhadas, do ramo do microcrédito, na Índia. O recebimento do prêmio 
Nobel da Paz consolida a importância desse instrumento como ferramenta 
mitigadora da pobreza (SOARES; SOBRINHO, 2008). 
 
2.4 ESTUDOS ECONÔMICOS 
 
Jacques e Gonçalves (2016) destacam que as cooperativas de crédito são 
promotoras do desenvolvimento local, visto a intrínseca relação entre 
desenvolvimento financeiro e crescimento econômico. Através do método de 
diferenças em diferenças (dif-in-dif), os autores concluíram que a presença das 
29 
 
 
cooperativas de crédito impacta, em média em R$ 1.825,00 no PIB per capita de 
um município. Em seu estudo sobre o impacto dos bancos cooperativos na Itália, 
através de um estudo em painel, Caporale et al. (2016) concluí que essas 
instituições possuem um efeito não linear no crescimento da economia local em 
que estão instaladas, sendo coerente com os estudos empíricos acerca da 
relação entre finanças e crescimento econômico. Em sua análise, Migliorelli 
(2018) mostra que os bancos de crédito cooperativo ultrapassaram os bancos 
tradicionais após a crise financeira de 2008, em termo de concessão de crédito, 
na Alemanha e no nordeste da zona do euro, enquanto não surgiram diferenças 
significativas no resto do continente europeu, severamente atingido pela crise, 
devendo-se a principal causa para este fenômeno o crédito “não performativo” 
em seu nível de capitalização, das cooperativas de crédito e na possibilidade de 
escolha entre desalavancagem e contenção creditícia. 
 Ao estudar o impacto das cooperativas de crédito no desenvolvimento 
econômico local, Coccorese e Shaffer (2018) identificaram que as cooperativas 
de crédito desenvolvem um importante papel no esforço para o desenvolvimento 
econômico do local em que se encontram inseridas, por meio do aumento da 
taxa de crescimento de empresas e, consequentemente, empregos e renda. A 
partir desse estudo, os autores defendem que a pulverização dessas instituições 
financeiras seria benéfica, especialmente em áreas que sofrem com taxas baixas 
de crescimento econômico, concordando com demais estudos sobre o papel 
decisivo das cooperativas de crédito em apoiar provisões de crédito tradicionais 
com os tomadores de empréstimos locais. Nan, Gao e Zhou (2019) identificaram 
que a concessão de financiamentos e empréstimos por cooperativas de crédito 
rural na China, são de extrema importância para o financiamento das atividades 
rurais, por flexibilizar as restrições ao crédito rural e a intensa concorrência 
fortalece a contribuição das cooperativas de crédito para o crescimento agrícola, 
melhorando a eficiência gerencial e desenvolvendo produtos financeiros 
diversificados para melhor atender as demandas de crédito dos produtores rurais 
da China. 
Silva e Ratzmann (2013) discorrem que no Brasil, embora a participação 
das cooperativas de crédito seja ainda pequena, no cenário agregado do sistema 
financeiro nacional é visível seu crescimento e melhoriade seus resultados, 
30 
 
 
particularmente no século XXI. Evidências dessa melhoria estão no aumento no 
número de estabelecimentos, no crescente número de associados e na 
expansão da participação no total do crédito nacional, variáveis que permitem 
inferir sobre o desempenho das instituições de crédito cooperativo brasileiras. 
 
2.5 DESCRIÇÃO DO MUNICÍPIO SEDE (ITAPIRANGA) E INDICADORES 
DOS MUNICIPIOS COM PONTOS DE ATENDIMENTO 
 
No ano de 1926 colonizadores chegaram a terras que foram chamadas 
de Porto Novo, colonização que foi projetada pela Sociedade União Popular 
(Volksverein), que foi um movimento das colônias Alemãs do Rio Grande do Sul, 
vinculado e coordenado pelos padres jesuítas da região das missões, que tinham 
objetivo de implantar uma fronteira agrícola, cultural e social no extremo Oeste 
Catarinense (FRANZEN; BADALOTTI, 2020). Em seus primórdios, a população 
que ali residia dedicava-se quase que exclusivamente a agricultura de 
subsistência, e a primeira atividade mercantil foi a venda de madeiras nobres, 
através da exploração da mata atlântica, escoadas pelos leitos do Rio Uruguai, 
para o Uruguai e Argentina (Portal da Câmara legislativa de Itapiranga, 2018). 
Pelo decreto n º 213, de 25/02/1932, do então Interventor Estadual 
Ptolomeu de Assis Brasil, o atual município de Itapiranga tornou-se Distrito do 
município de Chapecó. Com as mudanças estruturais acontecendo e as amarras 
burocráticas se desfazendo, intensificou o movimento em prol da organização 
político administrativa, tendo destaque para a criação, fomentada pelos Jesuítas 
Alemães, da Caixa Rural União Popular de Porto Novo, atualmente 
SicoobCredItapiranga, destaca-se na região o primeiro hospital instalado no ano 
de 1937, a primeira central telefônica, no ano de 1951 e por fim, escolas, 
empresas, comerciais, prestadores de serviços e estradas (Portal da Câmara 
legislativa de Itapiranga, 2018). 
Com muita articulação política, no dia 14 de fevereiro de 1954, o município 
de Itapiranga conquista a emancipação de Chapecó. Atualmente o município faz 
divisa com os municípios de Mondaí, São João do Oeste e Tunápolis ao leste, 
em direção Oeste, é encontrada a divisa com a República da Argentina, que 
ocorre por uma fronteira fluvial, o Rio Peperi Guaçu, ao Sul, encontra-se o 
31 
 
 
município de Barra do Guarita no Estado do Rio Grande do Sul, com fronteira 
fluvial do Rio Uruguai, compreendendo um espaço territorial de 286 km2 e de 26 
comunidades interioranas, de solo argiloso, basáltico e de mata atlântica. Com 
uma população estimada em 17000 habitantes e de densidade demográfica em 
54,51 hab/Km2 , 8113 postos de trabalho, ocupando 48,1% da população 
itapiranguense, que detém um salário médio mensal de 2 salários-mínimos e um 
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,775 (IBGE, 2010). 
 
Figura 1 – Município de Itapiranga situado em Santa Catarina 
 
 
Por Raphael Lorenzeto de Abreu - Image:SantaCatarina MesoMicroMunicip.svg, own work, CC 
BY 2.5, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=1150669 
 
 
Atualmente Itapiranga está associada à Associação dos Municípios do 
Extremo Oeste de Santa Catarina, zona em destaque na figura 2 abaixo, que 
hoje conta com 19 municípios, entre esses Itapiranga se destaca com o maior 
movimento econômico. Em decorrência da colonização e cultura de 
subsistência, Itapiranga herdou uma base econômica diversificada entre as 
atividades agrícolas, hoje o município destaca-se na produção de aves, suínos 
32 
 
 
e leite, no entanto, produz também carne, fumo, feijão, mel e milho. É importante 
destacar que existe forte participação econômica da indústria de transformação, 
contando com duas unidades da JBS instaladas no município, a maior delas 
emprega aproximadamente 3500 funcionários da região para o abate, 
processamento e industrialização da carne de aves, que é exclusivamente 
destinada para a exportação, e também a unidade de abate e processamento de 
suínos, empregando em torno de 1000 funcionários. Quanto ao cooperativismo 
de crédito, a cidade possui instalações da Sicredi Raízes RS/SC/MG e da Sicoob 
CredItapiranga. 
 
Figura 2 – Microrregião do Extremo Oeste Catarinense, destacada em verde. 
 
Fonte: Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina, 
https://www.ameosc.org.br. 
 
Quanto aos Pontos de Atendimentos no noroeste do Rio Grande do Sul, 
vamos nos ater principalmente aos dados sociais e econômicos gerais dos 
municípios onde estão instaladas estes pontos de atendimento. 
A caráter explanatório será exibido indicadores econômicos e sociais 
quanto a população, trabalho e rendimento, território e ambiente e a economia 
dos 7 municípios que as unidades, ou pontos de atendimento, da Sicoob 
CredItapiranga se fazem presentes, a fim de observar semelhanças ou então 
vislumbrar apontamentos que a literatura a respeito do cooperativismo de crédito 
https://www.ameosc.org.br/
33 
 
 
apresenta, como a prioridade de atendimento em zonas afastadas dos grandes 
centros urbanos/zonas rurais. 
 
Figura 3 – Indicadores sociais e econômicos dos municípios com unidades da 
cooperativa de crédito Sicoob Creditapiranga em Santa Catarina. 
 
 
Fonte: IBGE, Sistema Agregador de informações do IBGE sobre os municípios; Elaboração 
própria do autor. 
 
34 
 
 
Figura 4 – Indicadores sociais e econômicos dos municípios com unidades da 
cooperativa de crédito Sicoob Creditapiranga no Rio Grande do Sul. 
 
 
Fonte: IBGE, Sistema Agregador de informações do IBGE sobre os municípios; Elaboração 
própria do autor. 
 
Como é observado, podemos perceber que as cidades atendidas pelos 
Postos de Atendimento da Sicoob CredItapiranga são majoritariamente cidades 
pequenas do extremo oeste de Santa Catarina, como Itapiranga, São João do 
Oeste e Tunápolis, e também no noroeste gaúcho nas cidades de Tenente 
Portela e Crissiumal. 
35 
 
 
3 METODOLOGIA DE PESQUISA 
 
Nesta seção será descrito o ferramental utilizado para a elaboração da 
pesquisa em âmbito acadêmico. Na primeira subseção é exposto a 
caracterização do estudo, na segunda subseção os matérias e por fim, o método. 
 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
O estudo em destaque apresenta uma caracterização descritiva por 
“estudar características de determinado grupo”, como destaca Gil (2002, p. 42). 
Nesse âmbito, será estudado as características do cooperativismo de crédito 
como variável imprescindível para o desenvolvimento do município de 
Itapiranga. 
Por fim, esse estudo caracteriza-se por abordar um universo amplo na 
pesquisa, o cooperativismo de crédito, que pertence ainda a uma forma de 
organização de produção. O cooperativismo de crédito pode seguir várias 
tendências de pesquisa, entretanto, podemos entender essa como uma 
pesquisa de estudo de campo no limiar da questão, por demais, se dará 
caracterizada a pesquisa através da metodologia descritiva e histórica, que para 
então através de uma análise qualitativa, responder ao problema da pesquisa. 
 
3.2 MATERIAL 
 
Para entender a profundida da questão, é necessário partir do princípio 
que a conjuntura atual da forma de convívio social, das instituições e costumes 
terem origem no passado, faz-se necessário a compreensão das suas raízes, 
natureza e função através da pesquisa (LAKATOS, P. 107). Verificando a 
influência atual das instituições de crédito cooperativo, o estudo deve abarcar 
aos períodos de sua formação e modificações. 
O estudo em destaque converge para o enquadramento em torno da 
caracterização descritiva, pelo tom do estudo ter a descrição das características 
de determinada população, principalmente, pela problemática a respeito de 
analisar a visão dos gestores da cooperativa. Baseando-se na literatura para 
36 
 
 
fomentar um questionário e conclusões, faz-se necessário o conhecimento e 
entendimento, através da pesquisa a campo com os colaboradoresda 
cooperativa. 
Através da aplicação de um questionário, procura-se a obtenção de dados 
primários que serão tratados pelo autor, para induzir a uma análise comparativa 
entre a literatura e o que é praticado e conhecido pelos gestores da cooperativa 
de crédito. 
Qual o nível de similaridade entre, a percepção dos gestores da 
contribuição da cooperativa de crédito local no desenvolvimento econômico do 
município de Itapiranga e o que aponta a literatura? 
Questionários bem-feitos são capazes de produzir e levantar informações 
valiosas, porém é de elevada complexidade, visto que é necessário acesso aos 
respondentes e a sua cooperação com o pesquisador em responder um 
questionário, que por vezes demanda tempo, exige atenção e reflexão diante 
das questões e orientações apresentadas (VIEIRA, 2009). O questionário é 
apenas um conjunto de questões, elaboradas para levantar e gerar dados 
necessários para atingir os objetivos da pesquisa, especialmente importantes em 
pesquisas cientificas das ciências sociais, por ser uma ferramenta eficiente para 
a forma da coleta de dados (CHAGAS, 2000). 
Embora a vertente acadêmica do curso de ciências econômicas da 
ESAG/UDESC seja a formação de economistas empresariais, o curso pertence 
a grande área das ciências sociais, evidenciando que para levantamento de 
dados e informações sociais e econômicas muitas vezes são materializados por 
meio de questionários e estatística. Dito isso, evidencia-se a necessidade da 
elaboração, aplicação e análise das opiniões e sentimentos dos gestores da 
cooperativa de crédito por meio de um questionário, para o cumprimento com os 
objetivos propostos para este projeto. 
A fim de captar diferentes níveis de intensidade nas respostas dos 
respondentes, o questionário foi construído a partir de afirmações auto 
descritivas e inspiradas na escala Likert, com 5 níveis de respostas para um 
conjunto de perguntas específicas, partindo de “Concordo totalmente” até 
“Discordo totalmente”. Esse tipo de escala para questões fechadas possibilita a 
37 
 
 
combinação da psicologia humana com informações padronizadas, que através 
da estatística traduz a informação desejada ao pesquisador. 
O questionário foi redigido pelo acadêmico do curso de Ciências 
Econômicas Bernardo Melchiors Trebien sob a orientação do Profo Dr. Lisandro 
Fin Nishi, como requisito para a aquisição do título “bacharel em ciências 
econômicas” e conclusão da matéria de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
do curso de Ciências Econômicas do Centro de Escola Superior de 
Administração e Gerência (ESAG) da Universidade do Estado de Santa Catarina 
(UDESC). A estrutura do questionário foi pensada como uma forma de captar 
aspectos como o desenvolvimento sustentável, a responsabilidade Social e de 
governança corporativa da cooperativa de crédito em análise, Sicoob 
CredItapiranga, entre os gestores da cooperativa de crédito. Essa estrutura 
permite analisar as perguntas em aspectos principais de 6 dimensões, social, 
econômico, ambiental, a dimensão dos valores e princípios cooperativistas na 
governança organizacional, o aspecto gerencial e tecnológico e por fim a cadeia 
de valor da cooperativa de crédito. As 6 dimensões foram assim caracterizadas 
em 3 tópicos de perguntas, Econômico e Cadeia de Valor, Gerencial e 
Tecnológico e métricas ESG (Environmental, Social & Governance). 
 
3.3 MÉTODO HIPOTÉTICO DEDUTIVO 
 
O método utilizado para verificar a percepção dos gestores quanto o papel 
do cooperativismo de crédito no desenvolvimento social e econômico da 
cooperativa de crédito Sicoob CredItapiranga e seus Pontos de Atendimento ao 
Cooperado, inicia-se pela percepção de poucos aspectos levantados juntos a 
percepção de quem é responsável pelo direcionamento e execução operacional 
da cooperativa de crédito, os gestores, em artigos científicos, embora 
consolidado temáticas como, o importante vetor que as cooperativas de crédito 
apresentam para o desenvolvimento social e econômico. Nesse sentido, a 
percepção de Marconi e Lakatos (2009) corrobora para que este estudo seja 
definido metodologicamente como hipotético dedutivo, iniciado pela percepção 
de lacunas nos conhecimentos a respeito da percepção e crenças dos gestores, 
acerca da qual formula-se a hipótese de que a visão da organização produtiva e 
38 
 
 
das funções e finalidades que as cooperativas de crédito apresentam na 
literatura, se encaixe com a visão dos gestores. 
Entretanto, para o teste da hipótese, será necessário, através da obtenção 
de dados via questionário capaz de captar a percepção dos gestores, a 
metodologia estatística permitindo obter de conjuntos complexos, 
representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm 
relação entre si. O método estatístico permite reduzir fenômenos sociológicos, 
políticos, econômicos etc. a termos quantitativos e a manipulação estatística 
capacitando o pesquisador comprovar as relações dos fenômenos entre si e 
obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado, através 
deste é possível medir qualquer atributo quantificável que facilite o entendimento 
da pesquisa sendo está a estratégia para o levantamento dos resultados e 
fomento das discussões. 
Ao término da pesquisa busca-se a cooperação com o movimento 
cooperativista de crédito, visando quantificar e analisar a percepção dos 
gestores da Sicoob CredItapiranga quanto ao importante papel do 
cooperativismo de crédito no desenvolvimento social e econômico, dessa forma 
podendo oferecer maiores conhecimentos, possíveis melhorias e constatações 
aos gestores, maior aceitação mediante a população e maior divulgação dos 
princípios cooperativistas. 
39 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
As cooperativas de crédito são constituídas, em forma de uma 
organização empresarial, por uma associação de indivíduos com um mesmo 
objetivo, a fim de promover e ofertar soluções bancárias e financeiras, em áreas 
muitas vezes não capturadas pelos principais bancos, de maneira a possibilitar 
juros mais acessíveis em certos casos, e também a diferenciação em relação ao 
serviço financeiro tradicional, pois oferta seus serviços de forma orientada e 
próxima ao tomador de empréstimo. Guiada pelos princípios cooperativistas, o 
capital para a constituição de uma nova cooperativa de crédito e início de suas 
atividades operacionais é equitativamente requerido entre todos os cooperados, 
concedendo mesmo poder de voto nas assembleias e no direcionamento do 
negócio. 
Como forma de capturar a visão dos gestores através do questionário, 
esse foi dividido em 3 blocos, e de maneira a simplificar a discussão, essa vai 
ser orientada de mesma maneira. O primeiro bloco de perguntas capazes de 
capturar a percepção dos gestores da cooperativa de crédito Sicoob 
Creditapiranga, foi alinhado com a temática e discussão sobre o papel 
econômico e de cadeia de valor da cooperativa, o segundo, os aspectos 
administrativos de governança, sociais e do ambiente e por fim, o terceiro bloco 
gerencial e tecnológico. 
Como primeira pergunta, foi optado por captar a percepção dos gestores 
num caráter mais histórico, visando entender quanto ao conhecimento dos 
diretores, gerentes, coordenadores e supervisores aos primórdios do movimento 
cooperativista de crédito, onde este se originou principalmente como maneira de 
contornar a ausência de instituições financeiras tradicionais, conectando 
poupadores e tomadores de empréstimos de uma economia local e regional. 
Nesse quesito, esse movimento pode ser explicado por relações ainda 
existentes na economia brasileira, como apontado pelos dados de 2015 
fornecidos pelo IBGE, onde uma parcela significativa da população bancária das 
cooperativas de crédito apenas utiliza ou tem acesso aos serviços da cooperativa 
de crédito, ainda assim, como apontado por Soares e Sobrinho (2008) esse é 
um fenômeno, de buscar comunidadesmuitas vezes não atendidas por serviços 
40 
 
 
bancários, intrinsicamente ligado ao surgimento e difusão do sistema 
cooperativista de crédito, no Brasil e pelo mundo. Nesse quesito, com 74% das 
respostas concordando totalmente com a afirmação, entendemos como uma 
visão predominante entre os gestores e em grande concordância com a 
literatura. 
Por sua estrutura organizacional, em forma de uma cooperativa, com 
princípios estabelecidos e bases democráticas, evidências e autores destacam 
as cooperativas de crédito como uma maneira resiliente e eficiente para contorna 
crises financeiras, econômicas, inflação, recessão, estagnação econômica e o 
desemprego, como apontado por Pinho (1982) e observado no estudo de 
Migliorelli (2018). Dessa maneira encontramos uma concordância total de 52% 
do público respondente e 43,5% concordando na segunda pergunta, inferindo 
em uma concordância a respeito do papel resiliente e eficiente em momentos de 
crise da cooperativa de crédito. 
Como forma de complemento a análise da questão 1, a questão 3 visa 
captar se ainda persiste a sensação e percepção entre os gestores, de alguns 
cooperados que usufruem apenas dos serviços financeiros oferecidos pela 
cooperativa de crédito. Mesmo com maior variância entre as respostas, ainda é 
possível ver a predominância de 39% das respostas concordando com a 
afirmação e aproximadamente 35% concordando totalmente, 17% discordando 
e 9% neutro, que ainda existe uma parcela significativa de cooperados que 
utilizam apenas serviços desta, seja por ser a única prestadora de serviços 
financeiros especializados na localidade, ou então por fidelidade do cooperado. 
Como maneira de testar e averiguar a percepção dos gestores quanto aos 
princípios cooperativistas e a própria missão da cooperativa de crédito Sicoob 
Creditapiranga, na quarta pergunta, esta afirma que os objetivos da instituição 
vão além do lucro, alcançando os objetivos firmados pelos princípios 
cooperativista, focando no maior retorno de bem-estar para a comunidade e 
cooperados, como destaca Mckillop et al. (2020). Nessa questão, 87% dos 
gestores concordam totalmente e 13% apenas concordam com a afirmação, 
sugerindo uma percepção em total concordância com os princípios 
cooperativista, missão da cooperativa de crédito em análise e da literatura 
apresentada. 
41 
 
 
Na afirmativa cinco e seis, respectivamente corroboram para os 
apontamentos de Soares e Sobrinho (2008), onde esse destaca que as 
cooperativas de crédito tomaram força e são de suma importância para o 
Sistema Financeiro Nacional por fomentarem o segmento das micro finanças, 
através das micro e pequena instituições financeiras, financiando micro e 
pequenos empreendimentos, mitigando o desemprego, a pobreza e por fim, 
gerar riquezas. Além do mais, revela que pela proximidade entre as micro e 
pequenas instituições financeiras em relação aos tomadores de empréstimos, 
possibilitam juros mais acessíveis aos tomadores de empréstimo. 
Na amostragem, a afirmativa cinco obteve 61% dos gestores 
respondentes concordando totalmente e 39% concordando que no Brasil o 
cooperativismo de crédito tornou-se importante segmento por fomentar o ramo 
das micro finanças, com consequências mitigadoras da pobreza e gerador de 
riqueza. Na asseveração seis, aproximadamente 70% dos gestores percebem e 
concordam totalmente que a instituição Sicoob Creditapiranga é facilitadora de 
empréstimos pelo seu vínculo com a localidade e permite ainda, juros mais 
acessíveis a comunidade. 
Na afirmação sete, busca-se analisar diante todos os pontos de 
atendimento da cooperativa de crédito se, na percepção dos gestores a 
instituição financeira pela sua proximidade com o tomador de empréstimo 
possibilita melhor orientação, supervisão e coordenação dos serviços ofertados. 
Nesta, encontramos uma concordância total de aproximadamente 74% dos 
respondentes e 26% apenas concordando com a afirmação, sendo assim, pode 
ser dito que de fato, na visão dos gestores, a(s) cooperativa(s) desempenham 
diferente papel em relação as instituições financeiras tradicionais, mas ainda 
competindo com essa, ofertando crédito melhor especificado e orientado às 
necessidades dos cooperados. 
Das assertivas oito a dez, optou-se por capturar a visão dos gestores 
basicamente quanto ao papel da cooperativa de crédito no Sistema Financeiro 
do país. Para a questão oito, onde afirma-se que essas instituições são vetores 
para a bancarização do país, 52% dos entrevistados concordaram totalmente 
com essa e 43,5% apenas concordaram. Já na afirmativa nove, capta-se 
aproximadamente 96% dos respondentes concordando totalmente que a 
42 
 
 
instituição Sicoob Creditapiranga e seus Pontos de Atendimento, assim como 
outras cooperativas de crédito, são instrumentos que disseminam a importância 
da poupança e da educação financeira na localidade onde estas estão inseridas, 
ou seja, municípios de Santa Catarina e do noroeste do Rio Grande do Sul. E 
por último a questão dez, fechando este primeiro bloco de perguntas, obteve-se 
maior alternância nas percepções dos gestores quanto ao principal negócio da 
cooperativa, financiamentos empresariais na localidade inserida, entretanto, 
43,5% dos gestores concordam totalmente com a afirmativa. 
No segundo grande bloco, intitulado por Environmental, Social & 
Governance, agregou-se características da estrutura hierárquica, de princípios 
sociais e a preocupação com o desenvolvimento sustentável do movimento 
cooperativista de crédito. Como afirmativa de número onze, auto descreve-se 
que o movimento voluntário e democrático, em forma de organização 
empresarial cooperativa, interligadas em princípios, e segmentadas em ramos 
de atuação, aproxima-se a uma filosofia de vida, de cooperar para crescer, de 
certa forma na organização de união estatutária. Dessa afirmação, de que o 
movimento cooperativista, pelo seu princípio de cooperação, pode ser visto 
como uma filosofia de vida, obteve-se aproximadamente 83% dos respondentes 
concordando totalmente com esta e 17% concordando, apenas. 
De forma similar, na assertiva de número doze, aproximadamente 70% 
dos gestores concordam totalmente que o cooperativismo em sua essência 
preza pela soma de esforços, não apenas a competição, e também 30% apenas 
concordam. Dos princípios abarcados pelas questões onze e doze, podemos 
evidenciar o interesse pela comunidade, o ato de cooperar e crescer juntos e 
também pelo princípio da intercooperação. Ainda como forma de perceber se os 
princípios cooperativistas estão na visão dos gestores, dessa vez na sua forma 
estruturante de negócio, a asseveração treze retrata que os cooperados são 
donos do negócio de forma igualitária e democrática, observando-se 82,6% dos 
respondentes concordando totalmente com a afirmação e apenas 17,4% 
concordando. 
Ainda sob sua forma organizacional, vinculados aos princípios 
cooperativistas, a afirmativa quatorze remete sob os investimentos que a 
instituição Sicoob Creditapiranga despende em seu quadro de funcionário para 
43 
 
 
a formação técnica e humana, com bolsas de estudo e auxílio estudo continuado; 
tendo como resultado, cerca de 61% dos gestores concordam totalmente e 39% 
concordam com essa. No apontado pela questão quinze, pode se entender como 
empate técnico entre concordo totalmente e apenas concordo, quanto ao papel 
da cooperativa de crédito no desenvolvimento sustentável da localidade, com 
investimentos em educação, geração de empregos e renda. Sob a afirmativa 
dezesseis, constata-se 4 diferentes respostas dos gestores da cooperativa, mas 
ainda predominantemente 56% dos gestores concordam, onde essa afirma que 
as cooperativas de crédito surgiram do esquecimento do setor financeiro 
tradicional, em zonas periféricas a grandes centros urbanos e econômicos, 
sendo a variância entre as respostas, possivelmente respondida pelo cunho 
históricoda questão. 
Para findar o segundo bloco sob questões administrativas, de gerência, 
sociais e ambiental, buscou-se averiguar a sensação do gestor quanto a 
persistência dos esforços da cooperativa de crédito Sicoob Creditapiranga em 
alcançar e buscar pessoas, empresas e comunidades que não tem acesso a 
serviços bancários especializados e adequados a demanda da localidade. Pode 
ser averiguado cerca de 52% dos gestores concordando totalmente com esta, 
43,5% apenas concordando e uma resposta neutra. Esse cenário, de localizar, 
especificar seus serviços à demanda e integrar pessoas ao sistema bancário, 
está intrinsicamente ligado a sua expansão do movimento cooperativista de 
crédito, primordialmente na Alemanha, e no caso brasileiro, é evidenciado como 
um dos fatores para o surgimento da primeira cooperativa de crédito em 1902, 
hoje SICREDI Raízes, a exclusão financeira da região, assim como no caso de 
Itapiranga e Sicoob Creditapiranga. 
Como último grande bloco, a afirmativa dezoito capta-se a sensação dos 
gestores quanto a alternativa gerencial e de direcionamento de negócio, se o 
princípio de independência e autonomia possibilita que a cooperativa de crédito 
em questão adeque se a demanda e as legislações em constantes 
transformações, de modo orgânico. Nessa foi tido um empate em 47,8% das 
respostas entre concordando totalmente e apenas concordando, e 4,3% 
indiferente. De mesma maneira a assertiva dezenove obteve um resultado 
similar, onde 56% concordaram totalmente e 43,5% apenas concordaram, em 
44 
 
 
que as, como apontado por Mckillop (2020), as cooperativas de crédito 
continuam sendo formadas e moldadas por avanços e reformas estruturantes no 
Sistema Financeiro, no caso nacional evidencia-se o internet banking e o sistema 
de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil, o PIX. 
Como adendo, a afirmação de número vinte, testa a percepção dos 
gestores quanto a interferência e competição por cooperados em relação ao 
princípio da adesão livre e voluntária, no âmbito das cooperativas de crédito. 
Teve como resultado uma grande distinção entre as respostas obtidas, porém 
ainda uma predominância de aproximadamente 50% dos gestores concordando 
com esta, a caráter de discussão, com a redução dos custos de transação com 
o internet e open banking e as cooperativas tendo de se adaptar, talvez 
enfrentem maior competição entre as próprias cooperativas. 
Como última questão, afirmou-se que através dos estatutos e assembleis 
as cooperativas de crédito tornam-se eficientes e concorrenciais com outras 
formas de organização financeira ou empresarial, onde 60% dos respondentes 
apenas concordaram, 34,8% concordaram totalmente e 4.3% discordam. 
Embora em circunstâncias sazonais as cooperativas de crédito possam enfrentar 
problemas, essas já se mostraram historicamente resilientes e eficientes, como 
destacado por Soares e Sobrinho (2008), onde as cooperativas de crédito no 
Canadá e Irlanda ocupam, com bastante eficiência, espaços deixados pelas 
instituições bancárias, conseguindo ainda manter os empregos nas pequenas 
comunidades e ofertar serviços mais adequados às necessidades locais. 
45 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente estudo teve por objetivo levantar informações sobre o setor 
cooperativista de crédito, assim como a percepção interna dos gestores da 
cooperativa Sicoob Creditapiranga a respeito do papel desta para com o 
desenvolvimento econômico, social e cultural onde suas unidades estão 
instaladas. Mediante a aplicação do questionário, foi possível padronizar essa 
percepção e contextualiza-la, com debates e motivações apontados pela 
literatura. 
É perceptível e notória a visibilidade e crescimento que tem tido o 
movimento cooperativista de crédito, no mundo e no Brasil. Entretanto, um 
grande dilema vai ser sobre a eficiência das cooperativas de crédito, visto a 
intensa competição no sistema bancário e a sua sustentabilidade. Por fim 
conclui-se que sua integridade se dá por diversos fatores, os negócios das 
cooperativas de crédito são melhor especificados e orientados, conforme a 
demanda local e regional, seus excedentes são revertidos aos cooperados, 
intenso investimento em educação e formação e principalmente o interesse pela 
comunidade, empregando, gerando renda e riqueza. 
Soma-se as características das cooperativas de crédito aos princípios 
cooperativistas, foi encontrado não somente um negócio sustentável e que 
agrega valor à comunidade e seus cooperados, mas também uma forma 
competitiva de remunerar os credores da cooperativa através da distribuição de 
sobras dos lucros e resultados da cooperativa de crédito, remunerando seus 
cooperados de acordo com critérios estabelecidos em assembleis, muitas vezes 
relacionado à movimentação e giro de capital conjuntamente com a instituição. 
Oferecendo dos mais diversos tipos de serviços, é destacável a capilaridade dos 
serviços oferecidos pela instituição de crédito Sicoob Creditapiranga e demais 
cooperativas de crédito, como os cartões de crédito e débito, operação de 
maquininhas para cartão de crédito, conta corrente, saques, depósitos, 
empréstimos, serviços de internet banking e concessão de capital em geral, ou 
seja, praticamente uma instituição financeira tradicional. 
A adesão livre e voluntária de cooperados permite o indivíduo se associar, 
ou buscar se associar a uma cooperativa de crédito que lhe remunere em 
46 
 
 
maiores quantidades, atenda melhor aos serviços requisitados e até que consiga 
uma melhor gerência e conhecimento sobre financiamentos e o mercado de 
capitais, considerando um cenário de internet banking, aonde a localização 
geográfica não interfere para alguns tipos de serviços, ou um grande número de 
cooperativas num mesmo município, por exemplo. Sem dúvidas, o 
cooperativismo de crédito é uma área do mercado financeiro brasileiro que 
continuará em expansão, entretanto, em constante mudança e adaptação. 
Como observação, os motivos apontados pelos autores Franzen, 
Badalotti e Chaves (2019), de que o movimento vinculado as missões Jesuíticas, 
o Volksverein, protagonista da primeira Cooperativa de crédito de Santa 
Catarina, que por sua vez, também fora financiada e protagonizadas pela 
cooperativa de crédito chamada de Sparkasse, tiveram como missão, 
estabelecer uma nova fronteira cultural, econômica e agrícola na região de 
fronteira com a Argentina, interligando o movimento do desenvolvimento cultural, 
social e econômico local ao cooperativismo de crédito de forma histórica, de 
maneira similar a uma doutrina ou filosofia. A organização cooperativa de crédito, 
não visa a substituir a economia de mercado e os serviços bancários, pelo 
contrário, serve-se dela, para fortalecê-lo, aprimorá-lo e até organizá-lo onde ele 
inexiste. 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
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50 
 
 
GLOSSÁRIO 
 
Gestores: Os gestores da cooperativa de crédito são todos aqueles cooperados 
que trabalham no operacional da empresa, assumindo os cargos de diretoria, 
gerência, coordenação e supervisão. 
 
Internet Banking: O Internet Banking é o ambiente bancário na internet. 
 
Open Banking: O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade 
de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de 
suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e 
a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e 
não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente. 
 
Expertise: Competência, comprovação, especialista em determinado assunto. 
 
51 
 
 
APÊNDICE A – RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO 
 
 
 
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53 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
 
 
58

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