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MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO - MEP II

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1 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
Estudos epidemiológicos 
↠ Conhecer as características pessoais, hábitos ou 
aspectos do ambiente em que as pessoas vivem e sua 
associação com a doença/evento. Muitas vezes a 
pergunta é feita de modo a relacionar as características 
da pessoa com o risco de desenvolver a doença/evento. 
↠ Familiaridade com termos básicos utilizados na 
investigação epidemiológica, como desfecho e fator de 
risco. 
➢ DESFECHO: Evento de interesse em uma pesquisa 
Pode ser o surgimento de uma doença, de um 
determinado sintoma, o óbito ou outro evento 
qualquer que aconteça do processo saúde-
doença. 
➢ FATOR DE RISCO (Fator em estudo): Variável que 
se supõe possa estar associada ao desfecho. 
Indivíduos que apresentam o suposto fator de 
risco são chamados de expostos → fator de 
exposição. 
➢ RISCO: Probabilidade de um indivíduo apresentar 
o desfecho em um determinado período de 
tempo. 
↠ Existem várias derivações do conceito de risco na 
epidemiologia, mas as duas mais importantes são as 
seguintes medidas de associação: Risco Relativo ou Razão 
de Risco (RR) e Razão de Chances ou Odds Ratio (OR) 
(GOMES, 2015). 
Medidas de Associação 
↠ Mensurar a magnitude da associação entre exposição 
(fator de risco) e desfecho (doença). 
↠ São medidas através de razões, diferenças e ajustes 
de modelo 
Efeito vs Associação 
➢ Efeito: ideia de causa; 
➢ Associação: ideia de concomitância. 
MEDIDAS RELATIVAS 
↠ Quantas vezes a ocorrência da doença é maior no 
grupo de expostos em relação ao grupo de não 
expostos 
Razão = 1 → não existe associação 
 
MEDIDAS ABSOLUTAS 
↠ Quanto que a ocorrência de uma doença no grupo 
dos expostos excede em relação ao grupo de não 
expostos. 
Diferença = 0 → não existe associação. 
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO - RAZÃO 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
➢ Risco Relativo ou Razão de Riscos (RR); 
➢ Razão de Prevalências (RP); 
➢ Razão de Chances ou Odds Ratio (OR); 
➢ Risco Atribuível (RA); 
➢ Redução de Risco Relativo (RRR); 
➢ Número Necessário a Tratar (NNT); 
Obs.: Foco da maior parte dos estudos epidemiológicos 
devido a possibilidade de interpretação. 
RISCO RELATIVO (RR) 
↠ Magnitude da associação entre a exposição ao fator 
de risco e o desfecho → quantas vezes a ocorrência do 
desfecho nos expostos é maior ou menor do que aquela 
entre os não expostos. 
↠ RR → razão entre a incidência do desfecho nos 
expostos e a incidência do desfecho nos não expostos. 
↠ O risco relativo responde à seguinte pergunta: 
“Quantas vezes é maior o risco de desenvolver a doença 
entre os indivíduos expostos em relação aos indivíduos 
não expostos?” (GOMES, 2015). 
↠ Em outras palavras, o RR “é a razão de dois riscos; a 
razão entre duas taxas de incidência ou de mortalidade. 
Corresponde ao risco da doença entre os indivíduos que 
tenham tido uma dada exposição dividida pelo risco da 
doença entre aqueles que não tenham tido esta 
exposição (GOMES, 2015). 
↠ Essa medida de associação é normalmente utilizada 
nos estudos de Coorte e pode ser calculada com base 
na fórmula abaixo: (GOMES, 2015). 
2 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
↠ A interpretação do resultado da razão ou do RR é a 
seguinte: (GOMES, 2015). 
 
 
RAZÃO DE PREVALÊNCIAS (RP) 
↠ Magnitude da associação entre a exposição ao fator 
de risco e o desfecho → quantas vezes a ocorrência do 
desfecho nos expostos é maior ou menor do que aquela 
entre os não expostos. 
↠ .RP → razão entre a prevalência do desfecho nos 
expostos e a prevalência do desfecho nos não expostos. 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
 
 
INTERPRETAÇÃO 
RP = 1 → indica a não existência de associação entre a 
exposição e o desfecho 
.RP > 1 → implica a prevalência aumentada do desfecho 
entre os expostos 
➢ .Em número de vezes → 1,75 vezes 
➢ Em proporção → 1,75 – 1,00 = 0,75 x 100 = 
75% maior 
RP < 1 → implica a prevalência reduzida do desfecho 
entre os expostos 
➢ .Em número de vezes → 0,75 vezes 
➢ .Em proporção → 1,00 – 0,75 = 0,25 x 100 = 
25% menor 
RAZÃO DE CHANCES (ODDS RATIO) 
↠ Magnitude da associação entre a exposição ao fator 
de risco e o desfecho → quantas vezes a chance de 
desenvolver o desfecho nos expostos é maior ou menor 
do que aquela entre os não expostos. 
↠ OR→ razão entre as chances do desfecho nos 
expostos e as chances do desfecho nos não expostos. 
.Risco e Chance são conceitos diferentes 
➢ Chance: medida do tipo razão, onde o numerador não está 
contido no denominador 
➢ Risco: medida de frequência tipo proporção, onde o 
numerador está contido no denominador (probabilidade). 
↠ Esta medida de associação é bastante utilizada em 
estudos de caso-controle e pode ser calculada da 
seguinte forma: (GOMES, 2015). 
3 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
↠ A interpretação do resultado da OR é semelhante à 
do RR, a diferença é que estamos nos referindo à 
“chance”, e não ao “risco/probabilidade”: (GOMES, 2015). 
 
ESCOLHA DA MEDIDA DE ASSOCIAÇÃO 
TIPO DE ESTUDO OCORRÊNCIA DO 
DESFECHO 
MEDIDA DE 
ASSOCIAÇÃO 
Transversal Prevalência Razão de 
prevalências 
Coorte Incidência Risco Relativo’ 
Caso-controle Não há – a 
frequência do 
desfecho é 
pesquisada pelo 
pesquisador 
Odds Ratio 
 
RISCO ATRIBUÍVEL (RA) 
↠ Mede o excesso da ocorrência do desfecho entre os 
expostos em comparação com os não expostos. 
 
Risco Atribuível na população (RAp) 
 
Fração Atribuível na População (FAp) 
 
 
 
REDUÇÃO DE RISCO RELATIVO (RRR) 
↠ Determina, em termos percentuais, que redução o 
tratamento provoca na ocorrência do desfecho no grupo 
tratado quando comprado com o grupo controle. 
NÚMERO NECESSÁRIO A TRATAR (NNT) 
↠ Informa quantos indivíduos devem ser tratados para 
que se possa evitar a ocorrência de um evento → quanto 
melhor o tratamento, menor o NNT. 
 
 
Referências 
Gomes, Elainne Christine de Souza. Conceitos e 
ferramentas da epidemiologia. Recife: Ed. Universitária da 
UFPE, 2015.

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