Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NOÇÕES DE LÓGICA M VALIDADE DE ARGUMENTO No início deste roteiro, mencionamos que nosso principal objetivo é a investigação da validade de ARGUMENTOS: conjunto de enunciados dos quais um é a CONCLUSÃO e os demais PREMISSAS. Vamos verificar como podemos proceder na investigação de certos argumentos de modo formal . DEFINIÇÃO: Chamamos ARGUMENTO uma seqüência A1 , A2 ,A3 ,... , An , B (n 0) de fórmulas onde os Ai (0 i n) chamam-se premissas e a última fórmula B, conclusão. DEFINIÇÃO: Um ARGUMENTO A1 , A2 ,A3 ,... , An , B é VÁLIDO se e somente se, sendo as premissas verdadeiras a conclusão B também é verdadeira, ou ainda, se e somente se, a fórmula A1 A2A3 ... An B é uma tautologia que será indicado como segue A1 , A2 , A3 ,... , An | B que se lê : "A1 , A2 , A3 ,... , An acarretam B" ou, "B decorre de A1 , A2 , A3 ,... , An " ou, "B se deduz de A1 , A2 , A3 ,... , An" ou ainda, "B se infere de A1 , A2 , A3 ,... , An ." VALIDADE DE UM ARGUMENTO: VERIFICAÇÃO POR TABELA VERDADE. Com o uso das tabelas verdade é suficiente verificar se a fórmula A1 A2A3 ... An B é tautologia. Exemplo: O argumento p, q r, r, q é válido pois a fórmula (p (q r) r ) q é uma tautologia. O que verificamos nas linhas onde as premissas são verdadeiras que a conclusão também é verdadeira (tabela verdade abaixo, linha 4). p q r p q r r q V V V V V F F V V F V F V F V F V V V F V V F F V V V V F V V F V F F F V F F F V F F F V F V F V F F F F V V V VALIDADE DE UM ARGUMENTO: DEMONSTRAÇÃO Podemos verificar a validade de um argumento através de métodos de demonstração : 1. DEMONSTRAÇÃO DIRETA 2. DEMONSTRAÇÃO INDIRETA - CONDICIONAL 3. DEMONSTRAÇÃO INDIRETA - POR ABSURDO 4. DEMONSTRAÇÃO INDIRETA – ÁRVORE DE REFUTAÇÃO 1. DEMONSTRAÇÃO DIRETA Consiste em demonstrar ou deduzir a conclusão B a partir das premissas A1 , A2 , A3 ,... , An , aplicando as EQUIVALÊNCIAS TAUTOLÓGICAS e as REGRAS DE INFERÊNCIA . Exemplo : Demonstrar a validade do argumento p, q r , r , q Demonstração : 1. p premissa 2. q r premissa 3. r premissa 4. q Conclusão (2 e 3 : Modus Tollens) Exemplo :Demonstrar a validade do argumento p q , q r , r s , s p Demonstração : 1. p q premissa 2. q r premissa 3. r s premissa 4. p r 1.2. Silogismo Hipotético 5. r s 3. Def. de implicação 6. p s 4.5. Silogismo Hipotético 7. s p 6. Contraposição 8. s p Conclusão 7. Negação 2. DEMONSTRAÇÃO INDIRETA - CONDICIONAL Para demonstrar a validade de argumentos cuja conclusão é uma fórmula condicional do tipo B C , considera-se o antecedente B, como uma premissa adicional e o conseqüenteC será a conclusão a ser demonstrada. De fato, sendo: 1. A1 , A2 , A3 ,... , An , B , C válido então 2. A1 , A2 , A3 ,... , An , B | C isto é, 3. ((A1 A2 A3 ... An ) B ) C é tautologia 4. (A1 A2 A3 ... An ) (B C) é tautologia (Importação e Exportação) e portanto 5. A1 , A2 , A3 ,... , An | B C ou ainda, 6. A1 , A2 , A3 ,... , An, B C é válido Exemplo : Demonstrar a validade do argumento p q , q r , r s , s p Demonstração : 1. p q premissa 2. q r premissa 3. r s premissa 4. s premissa adicional 5. r 3.4. Silogismo Disjuntivo 6. p r 1.2. Silogismo Hipotético 7. r p 6. Contraposição 8. p Conclusão 5.7. Modus Ponens 3.DEMONSTRAÇÃO INDIRETA - POR ABSURDO Para demonstrar, por absurdo, um argumento A1 , A2 , A3 ,..., An, B considera-se a negação da conclusãoB como premissa adicional e conclui-se uma fórmula F (fórmula falsa do tipo ) De fato, sendo: 1.A1 , A2 , A3 ,..., An , B | F válido, temos 2.A1 , A2 , A3 ,..., An | B F isto é, 3.A1 , A2 , A3 ,..., An | B F (Def. implicação) 4.A1 , A2 , A3 ,..., An | B F (Negação) 5.A1 , A2 , A3 ,..., An |B (Propriedade de F) ou ainda, 6.A1 , A2 , A3 ,... , An , B é válido. Exemplo : Demonstrar, por absurdo, a validade do argumento p q , q r , r s , s p 1.p q premissa 2. q r premissa 3. r s premissa 4. ( s p) premissa adicional 5.p r 1.2. Silogismo Hipotético 6. r s 3. Def. de implicação 7. p s 5.6. Silogismo Hipotético 8. s p 7. Contraposição 9. ( s p) ( s p) 4. 8. Conjunção 10. F
Compartilhar