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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO CIVIL
Obrigações – Parte II
Livro Eletrônico
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Obrigações – Parte II
DIREITO CIVIL
Carlos Elias
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Obrigações – Parte II ...................................................................................................................... 4
1. Noções Gerais .............................................................................................................................. 4
2. Cessão de Crédito ....................................................................................................................... 5
2.1. Definição .................................................................................................................................... 5
2.2. Cessão de Crédito e Cessão de Direito ................................................................................ 6
2.3. Importância no Sistema Econômico .................................................................................... 6
2.4. Cabimento ................................................................................................................................. 7
2.5. Notificação ao Devedor .......................................................................................................... 8
2.6. Cessão Pro Soluto e Cessão Pro Solvendo ......................................................................... 9
2.7. Evicção e Cessão de Crédito ................................................................................................ 10
2.8. Pluralidade de Cessão do mesmo Crédito ........................................................................ 11
2.9. Penhora de Crédito .................................................................................................................12
2.10. Caso Especial: Pagamento com Cheque de Terceiro .....................................................12
3. Assunção de Dívida .................................................................................................................. 14
3.1. Definição .................................................................................................................................. 14
3.2. Consentimento do Credor .....................................................................................................15
3.3. Efeitos da Assunção ...............................................................................................................16
3.4. Extinção das Garantias Dadas pelo Devedor Primitivo .................................................16
3.5. Extinção das Exceções Pessoais do Devedor Primitivo ................................................. 17
3.6. Espécies de Assunção de Dívida ......................................................................................... 17
3.7. Invalidade da Assunção: Efeitos ......................................................................................... 18
3.8. Caso Especial: Assunção de Dívida no Caso de Alienação de Estabelecimento 
Comercial .........................................................................................................................................19
4. Cessão de Contrato ...................................................................................................................19
5. Contratos de Gaveta.................................................................................................................20
Questões de Concurso ..................................................................................................................21
Gabarito ........................................................................................................................................... 32
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Obrigações – Parte II
DIREITO CIVIL
Carlos Elias
ApresentAção
Olá, pessoal!! Vamos tratar hoje de transmissão das obrigações. Não é um assunto que cai 
em grande quantidade em concurso, mas isso não lhe retira a importância.
O assunto é relevante, porque, se cair em alguma prova, a maior parte dos candidatos erra-
rá a questão, salvo você, que faz Gran Cursos Online!
Vamos lá!
E repito: tenho procurado aprofundar nas aulas, porque quero que você esteja preparado 
para as questões mais difíceis.
Resumo
Amigos e amigas, quem tem pressa deve ler, ao menos, este resumo e, depois, ir para os 
exercícios. É fundamental você ver os exercícios e ler os comentários, pois, além de eu apro-
fundar o conteúdo e tratar de algumas questões adicionais, você adquirirá familiaridade com 
as questões. De nada adianta um jogador de futebol ter lido muitos livros se não tiver familia-
ridade com a bola.
Seja como for, o ideal é você ler o restante da teoria, e não só o resumo, para, depois, ir 
às questões.
O resumo desta aula é este:
• Cessão de crédito e assunção de dívida são hipóteses de transmissão das obrigações, e 
não de extinção (arts. 296 ao 303, CC). Por elas, mudam-se o credor ou o devedor, sem 
extinguir a obrigação. Não se pode confundi-las com a novação, que é uma hipótese de 
extinção da obrigação em razão da criação de uma nova;
• Na cessão de crédito, muda-se o credor;
• Para a cessão de crédito, dispensa-se o consentimento do devedor. Basta que este seja 
notificado para ser eficaz contra ele, que doravante terá de pagar a dívida ao novo credor;
• A cessão de crédito é, em regra, pro soluto (cedente não responde pela solvência do 
devedor. Se, porém, houver pacto em contrário, a cessão será pro solvendo (cedente 
responderá pela insolvência do devedor). É o art. 296 do CC;
• Na assunção de dívida, muda-se o devedor;
• Para a assunção de dívida, é necessário o consentimento do credor (art. 299, CC);
• Sem o consentimento do credor, a assunção de dívida é ineficaz em relação ao credor, 
que poderá continuar cobrando a dívida do devedor originário;
• A expressão “contrato de gaveta” diz respeito a contratos sem eficácia jurídica total em 
razão de alguma irregularidade. Um caso comum de contrato de gaveta diz respeito a 
assunções de dívida sem o consentimento do credor.
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Obrigações – Parte II
DIREITO CIVIL
Carlos Elias
OBRIGAÇÕES – PARTE II
1. noções GerAis
Transmissão das 
obrigações
Mudança de 
credor 
Cessão de 
crédito
Mudança de 
devedor
Assunção de 
dívida
NÃO implica 
extinção da 
obrigação
Não confundir 
com a NOVAÇÃO
Começo te pedindo para fazer uma questão.
001. (FCC/DEFENSOR/DPE-BA/2016/ADAPTADA) Na cessão de crédito há novação subjeti-
va passiva em relação à relação obrigacional originária.
É diferente de cessão de crédito. Vamos explicar.
Errado.
Ao tratar de transmissão das obrigações, está-se a cuidar de hipóteses de mudanças de 
credor e de devedor em uma obrigação, o que ocorre por meio da cessão de crédito e da assun-
ção de dívida. Atenta-se para este fato: a transmissão das obrigações não implica extinção da 
obrigação, mas apenas acarreta a migração da condição de credor ou de devedor em proveito 
de outra pessoa. Por isso, não se pode confundir a cessão de crédito e assunção de dívida 
com a novação, pois esta última é hipótese de extinção da obrigação em razão dacriação 
de uma nova.
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Obrigações – Parte II
DIREITO CIVIL
Carlos Elias
2. Cessão de Crédito
2.1. definição
Cessão de 
crédito
Regra: abrange o crédito e seus 
acessórios
Espécies
Convencional
Legal
Judicial
Onerosa ou gratuita
Amigos e amigas, resolva a questão.
002. (FCC/2014) Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos 
os seus acessórios.
O principal, em regra, abrange os acessórios. Se o crédito é cedido, os seus acessórios tam-
bém serão abrangidos. Vamos detalhar mais.
Certo.
A cessão de crédito consiste na mudança do credor na obrigação. Não implica extinção da 
obrigação1, mas mera transferência da condição de credor para outra pessoa.
Como regra, o crédito inteiro, com inclusão dos seus acessórios, como os juros, cláusulas 
de multas e as garantias (pessoais ou reais), são abrangidos pela cessão, salvo disposição em 
contrário (art. 287, CC). É nesse sentido que, se o crédito estiver garantido por uma hipoteca 
(crédito hipotecário), o cessionário tem o direito de exigir a averbação dessa cessão na matrí-
cula do imóvel, conforme art. 289 do CC. Entendemos que, se a hipoteca incidir sobre imóvel 
de valor superior a 30 salários mínimos, a cessão do crédito hipotecário deverá ser feito por 
escritura pública por força do art. 108 do CC.
1 Se fosse uma novação subjetiva ativa, haveria a extinção de uma obrigação pela criação de uma nova que se distingue da 
anterior por envolver um novo credor (art. 360, CC).
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Obrigações – Parte II
DIREITO CIVIL
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A cessão pode ser: (1) convencional, quando decorre de vontade do credor e do cessioná-
rio; (2) legal, quando procede de lei, a exemplo do caso do art. 40, § 1º, da Lei n. 6.766/1979, 
que determina a transmissão, para o Município, dos créditos que o loteador tinha perante os 
compradores dos lotes na hipótese de o Município ter completado as obras de infraestrutura 
diante da omissão do loteador; e (3) judicial, quando procede de ordem judicial, a exemplo dos 
créditos do de cujus que, por sentença de partilha, é transmitida para algum herdeiro.
A cessão pode ser onerosa ou gratuita, conforme o cedente exija ou não alguma retribuição.
2.2. Cessão de Crédito e Cessão de direito
Para efeito de regência normativa, cessão de crédito e cessão de direito devem ser consi-
deradas similares. Quem tem um direito é credor por poder exigir uma prestação de dar, fazer 
ou não fazer de outrem. No caso de alguém que é titular de um direito real, de uma posse, de 
um direito autoral, ele pode exigir uma prestação de não fazer de toda a coletividade, que é 
obrigada a abster-se de violar o direito real do titular (aí há uma obrigação real).
Desse modo, as regras do art. 286 e seguintes do CC devem ser aplicadas para as hipóte-
ses usualmente conhecidas como cessão de direito, salvo quando houver norma expressa ou 
houver incompatibilidade. Nesse sentido, há situações de leis que vedam a cessão de alguns 
direitos, a exemplo do direito real de usufruto (art. 1.393, CC).
2.3. importânCiA no sistemA eConômiCo
A finalidade econômica da cessão de crédito é viabilizar a circulação do crédito enquanto 
um bem com valor financeiro. É muito comum isso na atualidade. Por exemplo, incorporadoras, 
ao vender apartamentos “na planta” a preço parcelado, costumam ceder esse crédito perante o 
consumidor para instituições financeiras por um preço menor. Se, por exemplo, a incorporado-
ra iria receber R$ 3.000,00 do consumidor a daqui um ano, ela cede esse crédito para um banco 
em troca de R$ 2.800,00 em espécie. Com isso, a incorporadora transforma em dinheiro um 
mero crédito. Por outro lado, o banco terá um lucro de R$ 200,00 por poder cobrar o valor total 
da dívida perante o consumidor. Essas formas de negócios são muito comuns e são uma das 
formas de efetivação do que se conhece como factoring ou como antecipação de recebíveis2.
A cessão de crédito possui inúmeras utilidades práticas. Relatamos um caso genericamen-
te de que tivemos ciência. Uma empresa, após celebrar um contrato de locação na modalidade 
built-to-suit (art. 54-A, Lei n. 8.245/91) para, após construir um prédio encomendado pelo inqui-
lino, receber um valor de aluguel mensal pela quantidade de anos pactuada, conseguiu vender 
esses seus recebíveis (rectius, ceder onerosamente esses créditos) para uma empresa securi-
tizadora, a qual, com fundamento na Lei n. 9.514/97, emitiu Certificados de Recebíveis Imobili-
ários (CRI) a serem vendidos na Bolsa de Valores para investidores. Com isso, a empresa 
2 Há várias outras formas de efetivar esses negócios, como, por exemplo, endosso de título de créditos.
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locadora conseguiu antecipar todo o dinheiro necessário para edificar o prédio, de modo que, 
ao final do contrato de locação, terá um terreno com um prédio construído “de graça”.
A repercussão desse cenário de propriedades virtuais assentadas em crédito é muito 
maior. Países “quebram” por problemas nesse mercado proprietário virtual. Os sistemas fi-
nanceiros da maior parte dos países estão assentados no tráfego de créditos, envolvendo 
inúmeras operações envolvendo esses ativos virtuais, desde negócios mais simples (como 
os de mera cessão de crédito, que é um instituto de direito civil) até arranjos negociais mais 
complexos envolvendo temas de Direito Empresarial e Financeiro.
Aqui, ao estudar cessão de crédito, estamos a tratar apenas de um grão de areia no mar 
de institutos jurídicos que respaldam esse mercado invisível do crédito que respalda a econo-
mia mundial.
2.4. CAbimento
Cabimento da 
cessão de 
crédito
Regra Independe de consentimento de outrem
Exceção
Natureza da 
obrigação
Ex: obrigações 
personalíssimas
Vedação em lei
Por pacto 
expresso
Em regra, a cessão de crédito é admitida e independe de consentimento de outrem. Excep-
ciona-se essa regra quando houver (1) contrariedade à natureza da obrigação; (2) vedação em 
lei; e (3) pacto expresso pelas partes. Di-lo o art. 286, CC.
A natureza da obrigação pode ser incompatível com a circulação do crédito, como sucede 
em obrigações personalíssimas. Ex.: quem contrata um advogado não pode ceder o seu crédi-
to (direito à prestação de serviço) para um terceiro diante do caráter personalíssimo. O advo-
gado não é obrigado a prestar serviço a terceiros. Seria absurdo, porém, permitir que o cliente 
cedesse o crédito a um inimigo do advogado, obrigando este a prestar serviço a um desafeto. 
Há caráter personalíssimo.
A lei também pode proibir a cessão de crédito. Por exemplo, quem financia um imóvel pe-
rante o banco e aliena fiduciariamente o imóvel como garantia do pagamento desse empréstimo 
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passa a ter um crédito: o direito a receber de volta a propriedade após o pagamento da dívida 
(direito de reaquisição do bem). Esse crédito não pode ser cedido a terceiros sem consenti-
mento expresso do banco por força do art. 29 da Lei n. 9.514/1997.
A vontade das partes também pode vedar a cessão de crédito. Essa cláusula proibitiva, 
porém, tem de estar prevista no instrumento da obrigação expressamente para ser oponíveis 
a terceiros cessionários de boa-fé (art. 286, CC). Trata-se da cláusula batizada como “pacto 
de non cedendo”. Companhias aéreas, por exemplo, costumam proibir que o consumidor cede 
o seu crédito (direito a exigir a prestação do serviço de transporte aéreo) para terceiros. E há 
motivos econômicos razoáveis para isso: a cessão de crédito pelos consumidores criaria um 
mercado secundário indesejável para as companhias aéreas.
2.5. notifiCAção Ao devedor
A cessão de crédito não depende de consentimento do devedor, salvo natureza da obriga-
ção, lei ou pacto (art. 286, CC). O motivo é claro: devedor não tem direito a caprichos e, se não 
quer outro credor, cumpre-lhe pagar a dívida.
Todavia, para que a cessão de crédito seja eficaz contra o devedor, de modo a que ele pas-
se a ser obrigado a pagar para o novo credor, é essencial que ele seja notificado da cessão de 
crédito (art. 290, CC). A notificação se aperfeiçoa quando o devedor, por escrito, declara ter 
ciência da cessão (art. 290, CC).
Sem essa notificação, a cessão só é eficaz entre o cedente e o cessionário. Daí decorre 
duas consequências importantes: (1) o devedor poderá pagar a dívida para o cedente, que, 
perante ele, ainda é o credor, consoante art. 292, CC; e (2) o cessionário – por ter interesse jurí-
dico no crédito – poderá praticar atos destinados a conservar o seu direito, como, por exemplo, 
promover um protesto para interromper a prescrição ou reivindicar medidas judiciais cautela-
res para bloquear bens do devedor que esteja dilapidando o seu patrimônio abusivamente tudo 
conforme art. 293, CC.
A falta de notificação do devedor não configura invalidade da cessão, e sim ineficácia re-
lativa. Se o devedor não cientificado pagar ao cedente, o pagamento é válido e eficaz, mas 
caberá ao cedente repassar a prestação ao cessionário.
No tocante ao modo de aperfeiçoamento da notificação, é preciso que o próprio cedente 
faça a notificação, pois isso inspira mais confiança na fidedignidade da cessão. Nada, porém, 
impede que o cessionário o faça, desde que a comprovação da cessão de crédito inspire, no 
caso concreto, confiança no devedor acerca de sua veracidade. E tudo isso em respeito aos 
primados da boa-fé objetiva.
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2.6. Cessão Pro Soluto e Cessão Pro Solvendo
Classificação quanto à 
responsabilidade do 
cedente pela solvência 
do devedor
Cessão pro soluto
Não responde
É a regra
Cessão pro solvendo
Responde
Cedente é espécie de 
garantidor do crédito
É exceção: depende de 
previsão expressa
Amigos e amigas, quero que vocês resolvam a questão.
003. (CESPE/2015) Na cessão de crédito, como regra, o cedente responde pela solvência 
do devedor.
A regra é o contrário: o cedente não responde pela solvência, salvo disposição em contrário. 
Vamos explicar.
Errado.
Quanto à responsabilidade do cedente pela solvência do devedor, a cessão de crédito pode 
ser pro soluto ou pro solvendo.
A cessão pro soluto exonera o cedente da responsabilidade pela solvência do devedor. O 
cessionário assume o risco. De regra, as cessões de crédito são pro soluto, salvo expressa 
previsão contratual diversa (art. 296, CC). O motivo é claro: quem compra um recebível (ou 
seja, um adquire um crédito por cessão) presumidamente calculou os riscos de o devedor efe-
tivamente ter condição de pagar a dívida no vencimento e, com base nesse cálculo, pagou o 
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DIREITO CIVIL
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cedente pelo crédito cedido. A expressão pro soluto envolve a ideia de que o cedente, ao trans-
ferir o crédito, quitou, solveu a sua obrigação de transferir: a dívida dele está solvida (soluto).
Já a cessão pro solvendo não exonera o cedente da responsabilidade pela solvência do 
devedor. O cedente é uma espécie de garantidor de que o crédito cedido será pago. Trata-se de 
situação excepcional, razão por que a cessão pro solvendo depende de previsão expressa (art. 
296, CC). Essa espécie de cessão não caracteriza propriamente uma cessão (assim entendida 
a transferência efetiva do crédito), e sim uma espécie de consignação. A expressão pro solven-
do decorre do fato de que o cedente, após transferir o crédito, ainda não quitou totalmente essa 
sua obrigação, pois ela só se completará com o pagamento da dívida pelo devedor: ao transfe-
rir o crédito, ele está em processo de pagamento, ele está solvendo (pro solvendo) a sua dívida.
Na cessão pro solvendo, o cedente responderá caso o devedor não pague a dívida (insol-
vência). Essa responsabilidade envolverá, no máximo, o valor que ele recebeu do cessionário (e 
não o valor da dívida), acrescido de juros, além das despesas que este teve com a cessão (ex.: 
taxas de registro da cessão de crédito, se for o caso) ou com a cobrança da dívida (ex.: custas 
judiciais e honorários pagos para a contratação de advogado), tudo conforme o art. 297, CC.
2.7. eviCção e Cessão de Crédito
Evicção e cessão de 
crédito
Regra: cedente é 
obrigado a garantir a 
existência do crédito
Exceção
Cessão de crédito 
GRATUITA (só 
responde por má-fé)
Pacto contrário
Antes de explicar, vamos para a questão.
004. (FCC/2017) Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, 
fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mes-
ma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
Essa questão trata de uma aplicação da evicção no caso de cessão de crédito e a afirmação 
é “correta”. Vamos explicar.
A cessão de crédito é um negócio jurídico pelo qual se transmite a titularidade de um crédito. 
Equipara-se, pois, no que couber, a qualquer outro tipo de negócio translativo de propriedade.
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Se a cessão de crédito for onerosa, ou seja, se o cedente cobrar algum preço pela transmissão 
do crédito, aplicar-se-ão as regras usuais que vigoram para contratos onerosos, como a regra 
pela qual o transferente é obrigado a garantir a existência da coisa transferida. Em outras pala-
vras, o cedente é obrigado a garantir a existência do crédito; ele não pode transferir um “crédito 
frio” e, se o fizer, deve responder, independentemente de prova de culpa. Trata-se do art. 295 doCC, que espelha a regra similar prevista no art. 447 do CC para os contratos onerosos.
Se, porém, a cessão de crédito for gratuita, já diz o ditado: “a cavalo dado não se olham os dentes”. 
O cessionário não pode punir o cedente generoso pela inexistência do crédito, salvo se houver 
dolo. Nem mesmo a culpa pode chancelar. Trata-se de mais uma aplicação da lógica de justiça da 
tutela da gratuidade (proteção, sem prestígio, do beneficiário de liberalidade). Por isso, o art. 295 
do CC só responsabiliza o cedente generoso pela inexistência do crédito (crédito frio) no caso de 
má-fé. Essa regra guarda sintonia com o art. 392 do CC, que só responsabiliza o generoso por dolo.
Certo.
2.8. plurAlidAde de Cessão do mesmo Crédito
Pluralidade de 
cessão do mesmo 
crédito
Prevalece quem portar o documento 
comprovando a dívida
Há uma situação interessante que merece nossa atenção. Olha a questão.
(FCC/2010) Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a primeira cessão formal-
mente e legalmente realizada independentemente da tradição.
O gabarito é “errado”, conforme explicaremos mais abaixo.
Errado.
Se o credor cede o mesmo crédito a mais de uma pessoa, independentemente do motivo (má-
-fé, lapso etc.), haverá um conflito entre os vários cessionários para definir quem, enfim, terá direito 
efetivamente a receber o crédito. Nesse caso, prevalecerá o direito do cessionário que portar o do-
cumento que comprova a dívida (ou seja, o título representativo da obrigação), conforme exposto 
pelo art. 291 do CC. Assim, se o adquirente de um imóvel cede o seu crédito (o de receber o imóvel) 
para mais de uma pessoa, prevalecerá a cessão que se tenha aperfeiçoado com a entrega do con-
trato de aquisição do imóvel: quem apresentar o contrato será o novo credor. Só sobrará aos outros 
cessionários trapaceados reivindicar indenização contra o cedente fraudulento ou relapso.
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Quando o art. 290 do CC alude a “título do crédito cedido”, ele está se referindo ao docu-
mento que comprova a dívida, e não a títulos de crédito tratados no Direito Cambial, como letra 
de câmbio, cheque etc. O Direito Cambial tem regras próprias para a circulação das cártulas, 
de modo que não se lhes aplica a disciplina de cessão de crédito. Ex.: para a circulação, as cár-
tulas só dependem de endosso, o qual não exige notificação do devedor para ser eficaz, o que 
se distingue da cessão de crédito, cuja eficácia depende da notificação do devedor.
2.9. penhorA de Crédito
Penhora de crédito
Aperfeiçoamento
Intimação do credor 
para não dispor do 
crédito
Intimação do devedor 
para depositar em juízo
Penhora sobre direito 
do executado discutido 
em juízo
Penhora no rosto dos 
autos
O crédito é um bem. Ele é um direito pessoal ou real e se enquadra como bens móveis ou 
imóveis por determinação legal nos termos dos arts. 80 e 83 do CC. Tem conteúdo patrimonial, 
portanto. É por essa razão que ele é bem que pode ser penhorado, salvo lei.
Segundo o art. 855 do CPC, a penhora de crédito se aperfeiçoa com a intimação do credor 
para não dispor do crédito e do devedor para não pagar ao credor, e sim para depositar em 
juízo. Caso a penhora recaia sobre direito do executado discutido em juízo, a penhora se efe-
tua mediante comunicação ao juízo respectivo a fim de averbar a penhora nos autos, o que se 
conhece na praxe forense como “penhora no rosto nos autos” (art. 860, CC).
De fato, uma vez penhorado o crédito, o credor não pode mais cedê-lo por força do art. 298 
do CC e do art. 855, II, do CPC. Trata-se de cautela legal para dar efetividade à penhora.
Se, porém, o devedor não for intimado, a penhora não terá eficácia perante ele. Isso signifi-
ca que o devedor ficará livre da obrigação se pagar ao credor originário ou a outrem a quem o 
credor originário indevidamente ceder o crédito. Só restará ao exequente pleitear indenização 
contra o credor que indevidamente cedeu o crédito.
2.10. CAso espeCiAl: pAGAmento Com Cheque de terCeiro
Questão recorrente no dia a dia a ser enfrentada é a seguinte: o pagamento com cheque de 
terceiro extingue a obrigação, se, posteriormente, houver sua devolução por falta de provisão 
de fundos? Há duas correntes.
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Para a primeira corrente, se o credor recebeu cheque de terceiro e não fez ressalva de que 
a quitação da obrigação só ocorrerá após liquidação do cheque, tem-se dação em pagamento 
pro soluto (por aplicação da regra da cessão pro soluto) a extinguir essa obrigação. A obriga-
ção terá sido extinta com a entrega do cheque, por se tratar de dação em pagamento. De fato, 
se a coisa entregue em pagamento for título de crédito (expressão que abrange não apenas as 
cambiais mas também os documentos relativos a créditos de índole obrigacional, e não cam-
bial), a transferência atrai as regras da cessão de crédito (art. 358 do CC). Nesse caso, o credor 
assumiu o risco da solvência do terceiro e só deste poderá exigir o valor. Assim já decidiu o 
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG, AI 353.225-0).
Para a segunda corrente, a extinção da obrigação só ocorre com o pagamento em dinheiro, 
em moeda corrente (art. 315, CC). O cheque, a seu turno, só prova o adimplemento após liquida-
ção (art. 28, parágrafo único, da Lei n. 7.357/85). Logo, a relação contratual se mantém hígida 
contra o devedor, enquanto o cheque de terceiro não for compensado. Ademais, não haveria 
falar em substituição do devedor pelo terceiro emitente do cheque, pois a condição do devedor 
decorre de uma relação contratual ainda hígida, ao passo que a condição do terceiro emitente 
sustenta-se em uma relação cambial. Descabe, ainda, falar em novação, à míngua de animus 
novandi. Outrossim, não se falaria em cessão de crédito pro soluto ou pro solvendo, porquanto 
a entrega do cheque de terceiro configuraria, por endosso, um ato de direito cambial, não extin-
tiva da relação contratual existente, que só se extingue com o pagamento em dinheiro à luz do 
art. 315 do CC. A propósito, recorde-se que a cessão de crédito é classificada como forma de 
transmissão das obrigações, e não como hipótese de extinção da obrigação, consoante o CC, 
de maneira que a cessão de crédito onerosa pro soluto não configuraria pagamento enquanto li-
quidado em dinheiro. Nesse sentido, parece ter-se inclinado o TJDFT (Ap. n. 2007.0710368989). 
Em concursos públicos, o CESPE se posicionou nesse sentido (concurso de Agente de Polícia/
PA, de 20073), à semelhança do 27º concurso de promotor do MPDFT, de 20054.
3 O CESPE reputou errado este enunciado: “Considere-se que tenha sido firmado um contrato e que o devedor 
tenha efetuado o pagamento da quantia devida ao outro contratante, mediante a entrega de um cheque, ao por-
tador, de emissão de terceiro, que foi posteriormente devolvido por falta de provisão de fundos. Nessa situação, 
o devedor se libera da dívida, com a entrega do mencionado título ao credor, passando o emitente do cheque a 
assumir a condição de devedor, ou seja, ocorrendo a substituição da parte devedora da relação jurídica”.
4 O MPDFT reputou errado este enunciado: “Suponha que foi firmado um contrato de prestação de serviço e venda de merca-
dorias, tendo o devedor efetuado o pagamentoda quantia devida ao outro contratante, mediante a entrega de um cheque, 
ao portador, de emissão de terceiro devolvido por falta de provisão de fundos. Nessa situação, o devedor se libera da dívida, 
com a entrega do mencionado título ao credor, passando o emitente do cheque a assumir a condição de devedor, ou seja, 
ocorrendo a substituição da parte devedora da relação jurídica”.
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3. Assunção de dívidA
Assunção de 
dívida
Vale para qualquer dívida, salvo as PERSONALÍSSIMAS
Consentimento 
do credor
Regra: expresso
Exceção: tácito Ex.: crédito hipotecário
Liberação 
(assunção 
liberatória)
Devedor originário de boa-fé 
Garantias dadas por ele
Exceções pessoais dele
Assunção de 
dívida 
cumulativa
Sem previsão no CC
Não há efeito liberatório para devedor primitivo
3.1. definição
Amigos e amigas, antes de tudo, olhe a questão.
005. (CESPE/2015) O consentimento do credor é requisito para que um terceiro possa assu-
mir determinada obrigação, exonerando o devedor primitivo e resultando em alteração subje-
tiva na relação-base.
A questão trata da assunção de dívida e faz uma afirmação “correta”. Vamos explicar.
Certo.
A assunção de dívida também é chamada de cessão de débito. Consiste na transmissão 
da condição de devedor para outrem, o assuntor5. É a substituição do devedor. É uma suces-
são a título singular do débito.
5 Neologismo utilizado por civilistas, como Antunes Varela, Nelson Rosenvald, Cristiano Chaves, Carlos Roberto Gonçalves 
(Gonçalves, 2011, p. 228).
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Não há extinção da obrigação, mas mera mudança da pessoa do devedor. Essa é a prin-
cipal diferença entre a assunção de dívida e novação subjetiva passiva prevista no art. 360, II, 
do CC. Na novação, há extinção da obrigação originária, com o consequente desaparecimento 
de seus acessórios, como os juros, multas etc., e de suas exceções comuns (as relacionadas 
ao próprio débito – como a prescrição). Não sucede o mesmo com a assunção de dívida, que 
não enseja a extinção da obrigação nem de seus acessórios (salvo as garantias especiais, na 
forma do art. 300 do NCC), nem das exceções comuns (como a prescrição6).
A assunção de dívida não era previsto no CC/16, mas era admitido pela doutrina e jurispru-
dência com base no princípio da autonomia da vontade.
Historicamente, a assunção de dívida nasceu apenas no final do século XIX, no direito 
alemão. É que a concepção personalista7 da obrigação do direito romano impediu o desenvol-
vimento da matéria.
Qualquer dívida pode ser objeto de assunção de dívida, salvo as personalíssimas (intuitu 
personae), como a obrigação alimentar. De fato, ante a natureza personalíssima do débito ali-
mentar, jamais se admitiria a sujeição de terceiros às prerrogativas desse tipo de obrigação, 
como a prisão civil. Daí porque a sua intransmissibilidade inter vivos.
3.2. Consentimento do Credor
O devedor só pode ceder a dívida a outrem com consentimento expresso do credor (art. 
299, CC). Esse consentimento decorre do princípio da boa-fé objetiva: o credor tem o direito de 
escolher o devedor, avaliando, por exemplo, a sua condição de solvência.
Sem o consentimento do credor, a assunção de dívida não é eficaz perante o credor, mas 
apenas entre as partes. Não se trata de invalidade, e sim de eficácia. Ter-se-á aí o que, no popu-
lar, chama-se de “contrato de gaveta”. Caso o credor, posteriormente, consinta, esse consenti-
mento deve surtir efeito ex tunc por se tratar de uma sanação no plano da eficácia, à semelhan-
ça do que sucede no caso de aquisição superveniente de bem objeto de alienação fiduciária 
por quem não era dono (art. 1.361, § 3º, CC).
Se o credor for notificado para apresentar o seu consentimento, o seu silêncio presumirá 
recusa, conforme art. 299, parágrafo único, CC. Afasta-se aí o princípio do silêncio conclusivo 
previsto no art. 111 do CC.
Essa é a regra geral, mas há exceção no art. 303 do CC, que determina que o silêncio do 
credor por 30 dias após a notificação equivalerá a consentimento se o seu crédito era garanti-
do por hipoteca. É que, nesse caso, não há prejuízo ao credor, que possui uma garantia real à 
solvabilidade da dívida.
6 Alerte-se que exceções pessoais não se transmitem à luz do art. 302 do CC; só as exceções comuns.
7 Essa concepção personalista subjaz à própria etimologia do verbete credor. Credor vem de credere, que é aquele que confia. 
O credor confia em determinada pessoa, e não em outras, por suas qualidades e capacidade patrimonial. “Por isso, qualquer 
idéia de substituição no polo passivo era apenas admitida como novação subjetiva, com a conseqüente extinção da obriga-
ção que incidia sobre o devedor originário, constituindo-se um segundo vínculo obrigacional com o novo credor” (Rosenvald 
e Farias, 2010, p. 302).
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Entendemos que, por analogia, o art. 303 do CC deve ser estendido também para casos de 
créditos garantidos por alienação fiduciária em garantia, pois a propriedade fiduciária é um di-
reito real que concede uma garantia muito mais eficiente do que a hipoteca, de modo a inexistir 
motivos para não lhe estender uma regra voltada para a créditos hipotecários.
Essa exceção do art. 303 do CC não se aplicará em financiamentos imobiliários feitos 
pela Caixa Econômica Federal no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação, pois, nesses 
casos, o seu silêncio será interpretado como recusa em razão do fato de que o art. 3º da Lei 
n. 8.004/90 exige consentimento expresso do financiador. Na verdade, à luz do art. 3º, § 1º, 
da Lei n. 8.004/90, a transferência da dívida deve ocorrer por meio de nova contratação, o que 
significa que a assunção de dívida é vedada e que a única forma de uma nova pessoa assumir 
a dívida é por meio de uma novação subjetiva passiva (celebra-se novo contrato para extinguir 
o anterior).
3.3. efeitos dA Assunção
A assunção de dívida libera o devedor da obrigação, salvo se o credor ignorava o estado de 
insolvência do assuntor (art. 299, CC). Entendemos que essa ignorância deve ser interpretada 
em conjunto com a boa-fé objetiva: somente poderá o antigo devedor ser responsabilizado 
pela dívida se ele tiver, de má-fé, induzido o credor a erro quanto à condição de insolvência do 
assuntor. Ex.: se o devedor contribui para que o assuntor aparentasse ter riqueza com base em 
documentos falsos, ambos devem manter-se responsáveis pelo adimplemento da dívida. Não 
havendo contribuição dolosa do devedor originário, entendemos que ele jamais poderá vir a ser 
responsabilizado pela dívida, pois o risco de insolvência do devedor deve ser suportado pelo 
credor que consentiu com a assunção.
Em nome do princípio da autonomia da vontade, é plenamente admissível pacto expresso 
afastando a responsabilidade do devedor originário no caso de desconhecida insolvênciado 
assuntor: a regra do art. 299 do CC é de ordem privada (norma dispositiva ou supletiva), e não 
de ordem pública (norma cogente), de modo que admite pacto em contrário.
3.4. extinção dAs GArAntiAs dAdAs pelo devedor primitivo
Como decorrência lógica da exoneração do devedor primitivo com a assunção de dívida, 
todas as garantias dadas por ele, como uma hipoteca, se extinguem com a assunção, salvo 
consentimento expresso dele (art. 300, CC). O contrato de cessão de dívida devidamente as-
sinado pelo credor e sem previsão de consentimento do devedor quanto à manutenção da 
hipoteca é, por exemplo, título idôneo para averbar o cancelamento do registro da hipoteca na 
matrícula do imóvel no cartório8.
8 Evidentemente há de observarem-se os requisitos formais de registros públicos, como a descrição do bem (princípio da 
especialidade objetiva), a necessidade de firma reconhecida se o contrato se formalizar por instrumento particular (arts. 
221, II, e 250, II e III, da Lei n. 6.015/73) etc.
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3.5. extinção dAs exCeções pessoAis do devedor primitivo
Meus amigos e minhas amigas, veja a questão.
006. (CESPE/2015/ADAPTADA) Na assunção de dívida, o novo devedor pode opor ao credor 
as exceções, de qualquer natureza, que competiam ao devedor primitivo.
O gabarito é “errado”. Vamos explicar.
Novo devedor, novas exceções. Daí decorre que o assuntor obviamente não pode opor as exce-
ções pessoais do devedor primitivo (art. 302).
Errado.
Exceções significa defesa. Exceções pessoais são defesas que uma pessoa especifica-
mente possui, a exemplo da exceptio non adimpleti contractus (art. 476, CC), vício de consen-
timento etc. Não poderia, por exemplo, o assuntor se recusar a cumprir a obrigação alegando 
que o negócio jurídico é anulável diante de um erro sofrido pelo antigo devedor, pois aí se tem 
uma exceção pessoal. É acaciano dizer: exceção “pessoal” é “pessoal”.
Exceções comuns, porém, vinculam-se objetivamente à prestação, e não à pessoa do deve-
dor, razão por que podem ser alegados pelo assuntor. Ex.: prescrição, pagamento, etc.
A nosso sentir, o devedor primitivo pode transmitir ao assuntor todos os seus direitos pes-
soais e as suas respectivas ações, por estes constituírem bens móveis (art. 83, III, do NCC). 
Havendo essa alienação mobiliária, o assuntor poderá invocar as exceções pessoais do deve-
dor primitivo contra o credor. Ex.: poderá invocar a exceptio non adimpleti contractus, pleitear 
judicialmente indenização por perdas e danos etc.
3.6. espéCies de Assunção de dívidA
3.6.1. Liberatória e Cumulativa
Há duas espécies de assunção de dívida: a liberatória e a cumulativa.
A assunção liberatória ou simples é a prevista no CC, que exime o devedor primitivo da obri-
gação, pois o assuntor passa a ser o único devedor.
A assunção cumulativa é aceita por parte da doutrina9 e não possui previsão expressa no 
CC. Nesse caso, a assunção de dívida não exonera o devedor primitivo, mas apenas amplia o 
polo passivo da obrigação com o ingresso do assuntor. Só haverá solidariedade entre o assuntor e o 
9 Há quem, na doutrina, não admita a assunção cumulativa como uma assunção de dívida, em virtude de não haver exonera-
ção do antigo devedor e, portanto, não haver transmissão a título singular do dever.
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outro devedor originário se houver lei ou pacto, conforme art. 265, CC. Temos que a assunção 
cumulativa é mero aditivo contratual, ou seja, uma mera modificação de suas cláusulas por 
vontade das partes e, portanto, não configura novação.
Sob essa perspectiva, a assunção cumulativa não se confundiria com a fiança, pois o fiador 
assume uma obrigação própria, diversa da principal. O fiador não se torna parte do contrato, 
mas apenas se torna um terceiro interessado em razão do seu contrato acessório.
Entendemos que essa espécie de assunção de dívida (a cumulativa) mais obscurece do 
que esclarece, razão por que preferimos não a considerar como uma assunção de dívida.
3.6.2. Por Expromissão ou por Delegação
Espécies de assunção 
de dívida
Por expromissão Sem anuência do devedor
Por delegação
Negociação trilateral 
com a participação do 
credor, do assuntor e 
do devedor
O credor é o senhor do crédito; logo, o devedor não tem direito a opor-se a eventual cessão 
de crédito. Daí decorre que o devedor não pode transmitir o débito a terceiros, sem o consen-
timento do credor. Também decorre daí que, mesmo sem anuência do devedor, o credor pode 
mudar o devedor. Sob essa ótica, a doutrina aponta a existência de duas espécies de assunção 
de dívida: a por expromissão ou por delegação.
A assunção de dívida por expromissão, na modalidade expropriatória ou Assunção externa 
ocorre quando não há anuência do devedor, mas apenas de ajuste feito entre o credor e o as-
suntor. Metaforicamente, o devedor é expulso (expromissão) do polo passivo.
Já a assunção de dívida por delegação, na modalidade delegatória (ou da delegação) ou 
Assunção interna provém de um negócio trilateral, dada a participação do credor, devedor e 
assuntor. Há, por assim dizer, uma delegação da dívida pelo devedor originário ao assuntor, 
delegação essa cujo aperfeiçoamento depende do consentimento do credor.
3.7. invAlidAde dA Assunção: efeitos
Invalidade da 
assunção de dívida
Retorno ao status 
quo ante
Retorno à dívida 
originária com todas 
as suas garantias
Exceção: garantias 
dadas por 3º, salvo se 
esse conhecia o vício
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Invalidada a assunção de dívida, segue-se a regra geral do retorno ao status quo ante do 
art. 182 do CC. Daí decorre que é restaurada a dívida originária, com todas as suas garantias 
prestadas pelo devedor originário.
Todavia, por não se poder atingir terceiros, esse retorno ao status quo ante não restaurará 
garantias dadas por terceiros (ex.: fiança), salvo se estes conheciam o vício. A boa-fé objetiva 
é o guia para vincular ou não o terceiro, pois, se ele sabia do vício, era seu dever informar isso 
ao credor por força do dever anexo de informação, como lembra Rosenvald e Farias.
3.8. CAso espeCiAl: Assunção de dívidA no CAso de AlienAção de 
estAbeleCimento ComerCiAl
Conforme art. 1.146 do CC, o adquirente de estabelecimento comercial responde por dí-
vidas anteriores ao trespasse (alienação do estabelecimento), desde que tenham sido regu-
larmente contabilizadas, ao mesmo tempo em que o devedor primitivo fica solidariamente 
responsável pelo prazo de um ano. Nesse caso, há, por determinação legal, uma mescla de as-
sunções cumulativa e liberatória. No primeiro ano, há uma assunção cumulativa da dívida por 
parte do adquirente do estabelecimento, com previsão legal de solidariedade passiva. Após 1 
ano, tem-se uma assunção liberatória, dada a exoneração do devedor primitivo do polo passivo.
4. Cessão de ContrAto
Cessão de contratoTransmissão da 
posição contratual de 
uma pessoa a outrem
Não tem previsão 
expressa no CC
Consiste em cessão de 
crédito + assunção de 
dívida
Necessidade de 
consentimento para a 
assunção da dívida
Comum em negócios 
de "venda do ágio"
A cessão de contrato é a transmissão da posição contratual de uma pessoa a outrem. Não 
tem previsão expressa no CC por constituir um contrato atípico (art. 425, CC). O CC português 
optou por disciplinar expressamente essa matéria sob o título de “Cessão da posição contra-
tual” nos seus arts. 424º ao 427º, cuidando dessa situação nos contratos bilaterais, ou seja, 
quando as partes são credoras e devedoras (ex.: no contrato de compra e venda, vendedor tem 
dever de transferir bem, mas tem o direito a receber o preço). Em suma, o CC exige o consenti-
mento expresso da outra parte para a cessão de contrato.
O CC brasileiro acertou em não dedicar dispositivos específicos para esse negócio, pois, 
na realidade, a cessão de contrato nada mais é do que uma cessão de crédito aliada a 
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uma assunção de dívida. Se o comprador de um imóvel a preço parcelado decide ceder a sua 
posição contratual a outrem, ele está, na verdade, praticando dois negócios jurídicos: uma 
cessão de crédito (o direito a receber o imóvel) e uma assunção de dívida (transferindo o dever 
de pagar as parcelas do preço). Aplica-se aí as regras de cessão de crédito e de assunção de 
dívida para cada crédito ou dívida cedidos. Daí decorre que, na referida hipótese, haverá neces-
sidade de o vendedor consentir, ao menos, com a assunção da dívida pelo terceiro. Sem o seu 
consentimento, o comprador só poderá ceder o seu direito de crédito (o de receber o aparta-
mento), mas continuará, no polo contratual, com o dever de pagar o preço parcelado.
A figura é extremamente usual no cotidiano especialmente em negócios conhecidos como 
“venda do ágio”, assim entendido os negócios pelos quais o proprietário de veículos ou de 
imóveis financiados pretendem transferir para terceiros o bem juntamente com o ônus de as-
sumir a dívida do financiamento. Em suma, o terceiro paga um valor ao titular do bem a fim de 
adquirir o direito sobre a coisa e de assumir a condição de devedor em relação às prestações 
pecuniárias restantes do parcelamento.
5. ContrAtos de GAvetA
A informalidade é uma característica marcante no mercado brasileiro ainda hoje. No cam-
po contratual, há a figura popularmente conhecida como “contratos de gaveta”, que se referem 
genericamente a contratos que não possuem eficácia plena, mas apenas entre as partes que 
o celebraram (daí a metáfora da expressão “de gaveta”: é um contrato que está na gaveta, que 
só tem eficácia entre as partes). Como exemplo, podem-se citar as famosas “vendas do ágio” 
de modo informal, como as assunções de dívidas sem consentimento do credor. Outro modo 
recorrente de contrato de gaveta se dá por meio do emprego de mandato em causa própria 
(art. 685, CC) outorgado por quem financiou um bem e deseja vender “o ágio”.
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QUESTÕES DE CONCURSO
007. (VUNESP/ASSESSOR JURÍDICO/CÂMARA DE NOVA ODESSA-SP/2018/ADAPTADA) 
Em regra, a cessão de crédito corresponde apenas à obrigação principal.
Contraria art. 287 do CC:
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus aces-
sórios.
Errado.
008. (IADES/PROCURADOR/AL-GO/2019/ADAPTADA) O direito brasileiro não tolera a ces-
são de crédito para terceiros.
A regra é que ela é permitida, salvo lei, pacto ou incompatibilidade com a natureza da obriga-
ção (art. 286, CC). Veja o art. 286 do CC:
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou 
a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário 
de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
Errado.
009. (UEM/ADVOGADO/UEM/2018/ADAPTADA) O credor pode ceder o seu crédito, se a isso 
não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibi-
tiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento 
da obrigação.
É o art. 286, CC.
Certo.
010. (IADES/PROCURADOR/AL-GO/2019/ADAPTADA) Salvo disposição em contrário, na 
cessão de um crédito não são abrangidos os respectivos acessórios.
É o contrário. É o art. 287 do CC:
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus aces-
sórios.
Errado.
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011. (IESES/OFICIAL/CARTÓRIO/TJ-AM/2018/ADAPTADA) Na cessão de crédito não se 
abrangem os seus acessórios, salvo disposição em contrário.
É o contrário (art. 287, CC).
Errado.
012. (QUADRIX/ANALISTA/CODHAB-DF/2018/ADAPTADA) A cessão de crédito é modali-
dade de transmissão de obrigação que importa em alteração objetiva da relação obrigacional.
Trata-se de alteração subjetiva da relação obrigacional, porque se altera um dos sujeitos (o 
credor), ao contrário do exposto na questão. Alteração objetiva é quando se altera o objeto ou 
as condições da obrigação (prazo, preço etc.), o que não é o caso.
Errado.
013. (VUNESP/ASSESSOR JURÍDICO/CÂMARA DE NOVA ODESSA-SP/2018/ADAPTA-
DA) Na cessão de crédito, salvo estipulação em contrário, o cedente responde pela solvência 
do devedor.
Contraria art. 296 do CC:
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
Errado.
014. (FUNDEP/PROCURADOR/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/2019/ADAPTADA) Como 
regra geral, não havendo manifestação expressa, a cessão de crédito dá-se na modalidade pro 
soluto, isto é, o cedente não responde pela solvência pelo devedor.
A cessão de crédito pode ser pro soluto (quando o cedente não responde pela solvência do 
devedor) ou pro solvendo (quando o cedente responde pela solvência). Conforme exposto na 
questão, a regra geral é a de que a cessão seja pro soluto, salvo pacto em contrário, conforme 
art. 296 do CC:
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
Certo.
015. (IESES/OFICIAL/CARTÓRIO/TJ-AM/2018/ADAPTADA) Na cessão de crédito o cedente 
não responde pela solvência do devedor, salvo estipulação em contrário.
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É o art. 296, CC.
Certo.
016. (VUNESP/PROCURADOR/PREFEITURA DA EST. TURÍSTICA DE GUARAINGUE-
TÁ/2019/ADAPTADA) Roberto, proprietário de um imóvel no litoral do estado de São Paulo, 
decidiuvender o apartamento para Maria, informando que atualmente existe um inquilino no 
imóvel e que o valor mensal do aluguel é de R$ 3.000,00 (três mil reais). Buscando extinguir 
uma dívida antiga, decide ceder os créditos da venda a Maria para Pedro mediante instrumento 
particular simples. Diante da situação hipotética, julgue o item:
Em regra, Roberto responde pela solvência de Maria.
É o contrário: a regra é que a cessão de crédito seja pro soluto (art. 296, CC).
Errado.
017. (IADES/PROCURADOR/AL-GO/2019/ADAPTADA) De regra, o cedente responde perante 
o cessionário pela solvência do devedor.
É o contrário (art. 296, CC).
Errado.
018. (VUNESP/PROCURADOR/PREFEITURA DA EST. TURÍSTICA DE GUARAINGUE-
TÁ/2019/ADAPTADA) Roberto, proprietário de um imóvel no litoral do estado de São Paulo, 
decidiu vender o apartamento para Maria, informando que atualmente existe um inquilino no 
imóvel e que o valor mensal do aluguel é de R$ 3.000,00 (três mil reais). Buscando extinguir 
uma dívida antiga, decide ceder os créditos da venda a Maria para Pedro mediante instrumento 
particular simples. Diante da situação hipotética, julgue o item:
A cessão de créditos realizada entre Roberto e Pedro é eficaz em relação a terceiros.
Conforme art. 288 do CC, para ter eficácia contra terceiros, a cessão de crédito tem de ser feita 
ou por instrumento público, ou por instrumento particular contendo os requisitos formais do 
§ 1º do art. 654 do CC (ou seja, a indicação do lugar, a data e a extensão da cessão). Como a 
questão fala de um “instrumento particular simples”, e não de um instrumento particular que 
tenha observado esses requisitos formais, deve-se marcar errado o gabarito. Veja os precei-
tos citados:
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Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se median-
te instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1º do art. 654.
Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento particu-
lar, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.
§ 1º O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a qualificação do 
outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos po-
deres conferidos.
§ 2º O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que a procuração traga a firma reconhecida.
Errado.
019. (UEM/ADVOGADO/UEM/2018/ADAPTADA) É ineficaz, em relação a terceiros, a trans-
missão de um crédito, se não celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento parti-
cular, que deverá ser revestido das solenidades previstas em lei, ou seja, a indicação do lugar 
onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga 
com a designação e a extensão dos poderes conferidos.
É o art. 288 do CC.
Certo.
020. (VUNESP/PROCURADOR/PREFEITURA DA EST. TURÍSTICA DE GUARAINGUE-
TÁ/2019/ADAPTADA) Roberto, proprietário de um imóvel no litoral do estado de São Paulo, 
decidiu vender o apartamento para Maria, informando que atualmente existe um inquilino no 
imóvel e que o valor mensal do aluguel é de R$ 3.000,00 (três mil reais). Buscando extinguir 
uma dívida antiga, decide ceder os créditos da venda a Maria para Pedro mediante instrumento 
particular simples. Diante da situação hipotética, julgue o item:
Se Roberto penhorar o crédito, este pode ser transferido por Pedro, se tiver conhecimento 
da penhora.
Não se pode ceder o crédito se o credor tiver ciência da penhora, conforme art. 298 do CC:
Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhe-
cimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsis-
tindo somente contra o credor os direitos de terceiro.
Errado.
021. (IBFC/ADVOGADO/PREFEITURA DE DIVINÓPOLIS-MG/2019/ADAPTADA) O crédito, 
uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da 
penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo 
somente contra o credor os direitos de terceiro.
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É o art. 298, CC.
Certo.
022. (VUNESP/PROCURADOR/PREFEITURA DA EST. TURÍSTICA DE GUARAINGUE-
TÁ/2019/ADAPTADA) Roberto, proprietário de um imóvel no litoral do estado de São Paulo, 
decidiu vender o apartamento para Maria, informando que atualmente existe um inquilino no 
imóvel e que o valor mensal do aluguel é de R$ 3.000,00 (três mil reais). Buscando extinguir 
uma dívida antiga, decide ceder os créditos da venda a Maria para Pedro mediante instrumento 
particular simples. Diante da situação hipotética, julgue o item:
A cessão do crédito não tem eficácia em relação a Maria, senão quando a esta notificada.
Realmente, a cessão de crédito só tem eficácia em relação ao devedor quando este for notifi-
cado, conforme art. 290 do CC:
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notifi-
cada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente 
da cessão feita.
Certo.
023. (IADES/PROCURADOR/AL-GO/2019/ADAPTADA) O devedor que, antes de ter conheci-
mento da cessão, paga ao credor primitivo fica desobrigado.
Antes da notificação ao devedor, a cessão de crédito é ineficaz contra ele, de modo que, se ele 
pagar ao credor primitivo, o seu pagamento será plenamente eficaz. É o art. 290 do CC.
Certo.
024. (IBFC/ADVOGADO/PREFEITURA DE DIVINÓPOLIS-MG/2019/ADAPTADA) A cessão do 
crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notifi-
cado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita.
É o art. 290, CC.
Certo.
025. (VUNESP/PROCURADOR/PREFEITURA DA EST. TURÍSTICA DE GUARAINGUETÁ/2019/
ADAPTADA) Tício cedeu onerosamente um crédito que tinha contra Mélvio para Caio, constan-
te de um instrumento particular de confissão de dívida. No instrumento de cessão, constou que 
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o cedente não se responsabiliza pela solvência do devedor, mas era omisso acerca da respon-
sabilidade pela existência do crédito. Apesar de notificado da cessão do crédito, Mélvio não se 
manifestou. No dia do vencimento da dívida, entretanto, Mélvio alegou que o crédito foi obtido 
mediante coação realizada por Tício. A suposta coação ocorreu há exatamente três anos e um 
dia. Acerca do caso hipotético, pode-se corretamente afirmar que
a) caso provada a coação, não responderá Tício a Caio pelo valor devido, tendo em vista que 
somente se responsabilizaria se houvesse previsão expressa no termo de cessão.
b) caso provada a coação, responderá Tício a Caio pelo valor devido, mesmo não havendo pre-
visão expressa no termo de cessão.
c) somente seria oponível a Caio a alegação de coaçãose este soubesse ou devesse saber 
acerca da existência do vício do consentimento.
d) a alegação da ocorrência de coação não é oponível a Caio, tendo em vista que Mélvio deve-
ria ter, imediatamente após tomar conhecimento da cessão do crédito, alegado a existência do 
vício de consentimento.
e) decorreu o prazo decadencial para que Mélvio pudesse pleitear a desconstituição do crédito 
em razão do vício de consentimento.
a) Errada. Na cessão onerosa, o cedente responde pela existência do crédito e aí se inclui a 
situação de eventual invalidação do crédito (afinal de contas, com a invalidação, desaparece a 
possibilidade de cobrar o crédito). É o art. 295 do CC:
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável 
ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe 
cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
b) Certa. É o art. 295 do CC, conforme exposto nos comentários à letra “a”.
c) Errada. O devedor pode por ao cessionário todas as exceções que tinha contra o cedente 
(como a alegação de coação). Não importa se o cessionário tinha ciência. É o art. 294 do CC:
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, 
no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
d) Errada. Não há, no art. 294 do CC, obrigação de que o devedor alegar a exceção logo ao to-
mar ciência da cessão, ao contrário do exposto na questão.
e) Errada. O prazo decadencial da coação é de 4 anos. No caso, só transcorreram 3 anos. Veja 
o art. 178, I, do CC:
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, 
contado:
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I – no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o 
negócio jurídico;
III – no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Letra b.
026. (IADES/PROCURADOR/AL-GO/2019/ADAPTADA) O devedor pode opor ao cessionário 
as exceções que lhe competirem, porém não poderá opor aquelas que, no momento em que 
veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente (eficácia inter partes da cessão).
É o contrário do exposto na parte final da questão, conforme art. 294 do CC:
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, 
no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
Errado.
027. (IBFC/ADVOGADO/PREFEITURA DE DIVINÓPOLIS-MG/2019/ADAPTADA) O devedor 
pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em 
que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
É o art. 294 do CC.
Certo.
028. (IBFC/ADVOGADO/PREFEITURA DE DIVINÓPOLIS-MG/2019/ADAPTADA) O cessioná-
rio de crédito hipotecário não tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do imóvel.
É o contrário. É o art. 289 do CC:
Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do 
imóvel.
Errado.
029. (VUNESP/PROCURADOR/FAPESP/2018) Determina o art. 292 do Código Civil: “Fica de-
sobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo, ou 
que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o 
título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevale-
cerá a prioridade da notificação.”
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Nesse caso, a lei aplica
a) o princípio do contraditório.
b) a teoria do adimplemento substancial.
c) a teoria da aparência.
d) a aplicação da pena convencional.
e) o princípio da conservação dos negócios jurídicos.
Pela teoria da aparência, é eficaz o ato praticado perante aquele que, de acordo com as cir-
cunstâncias do caso concreto, aparenta o titular de um direito. No caso do art. 292 do CC, ao 
prestigiar o devedor que paga àquele que aparenta ser o credor, está-se aplicando a teoria da 
aparência.
Letra c.
030. (IESES/OFICIAL/CARTÓRIO/TJ-AM/2018/ADAPTADA) O cessionário somente po-
derá exercer os atos conservatórios do direito após o conhecimento da cessão de crédito 
pelo devedor.
É o contrário. É o art. 293 do CC:
Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer 
os atos conservatórios do direito cedido.
Errado.
031. (VUNESP/ASSESSOR JURÍDICO/CÂMARA DE NOVA ODESSA-SP/2018/ADAPTADA) 
A assunção de dívida necessita de consentimento expresso do credor, sendo o seu silêncio 
interpretado como recusa.
É o art. 299 do CC:
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do 
credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolven-
te e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção 
da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
Certo.
032. (FCC/JUIZ/TJ-AL/2019/ADAPTADA) Por conta de mútuo oneroso, João devia a Teresa 
a importância de cem mil reais. No intuito de ajudar o amigo em dificuldade, Leopoldo assumiu 
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para si a obrigação de João, para o que houve expressa anuência de Teresa. Nesse caso, João 
ficará exonerado da dívida, salvo se Leopoldo, ao tempo da assunção, fosse insolvente e Tere-
sa ignorasse essa sua condição.
É a parte final do art. 299 do CC:
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do 
credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolven-
te e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção 
da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
Certo.
033. (UEM/ADVOGADO/UEM/2018/ADAPTADA) Na assunção de dívida, é facultado a ter-
ceiro assumir a obrigação do devedor, sem o consentimento expresso do credor, ficando exo-
nerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor 
o ignorava.
É necessário o consentimento expresso, ao contrário do dito na questão (art. 299, CC).
Errado.
034. (FUNDEP/PROCURADOR/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/2019/ADAPTADA) É fa-
cultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, sem o consentimento expresso do credor, 
ficando exonerado o devedor primitivo.
Para a assunção de dívida, é necessário consentimento do credor, ao contrário do exposto na 
questão (art. 299 do CC).
Errado.
035. (FCC/JUIZ/TJ-AL/2019/ADAPTADA) Por conta de mútuo oneroso, João devia a Teresa 
a importância de cem mil reais. No intuito de ajudar o amigo em dificuldade, Leopoldo assu-
miu para si a obrigação de João, para o que houve expressa anuênciade Teresa. Nesse caso, 
João responderá apenas pela metade da dívida, ainda que Leopoldo não cumpra a obrigação 
assumida perante Teresa.
O devedor primitivo fica totalmente exonerado da dívida, salvo pacto contrário, conforme art. 
299 do CC. Não tem de pagar nem metade, ao contrário do dito na questão.
Errado.
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036. (CESPE/PROCURADOR/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/2019) Tanto no caso de as-
sunção de dívida quanto no caso de novação de dívida, enquanto a obrigação original não for 
totalmente adimplida, o devedor originário manterá sua responsabilidade com o credor e a 
obrigação permanecerá inalterada.
Ao contrário do dito na questão, o devedor originário fica exonerado da dívida tanto na assun-
ção de dívida (art. 299, CC). Além disso, na novação, a obrigação originária é extinta com a 
novação, que é exatamente a criação de uma nova obrigação para extinguir a anterior, de modo 
que o devedor da dívida extinta (o devedor originário) já está quite e, portanto, não tem respon-
sabilidade pela nova obrigação (art. 360, II, CC). Veja o art. 360 do CC:
Art. 360. Dá-se a novação:
I – quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
II – quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III – quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor 
quite com este.
Errado.
037. (FCC/JUIZ/TJ-AL/2019/ADAPTADA) Por conta de mútuo oneroso, João devia a Teresa 
a importância de cem mil reais. No intuito de ajudar o amigo em dificuldade, Leopoldo assumiu 
para si a obrigação de João, para o que houve expressa anuência de Teresa. Nesse caso, Leo-
poldo poderá opor a Teresa as exceções pessoais que competiam a João.
Leopoldo, ao assumir a dívida, não pode tentar valer-se das exceções que o devedor primitivo 
tinha, conforme art. 302 do CC:
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor 
primitivo.
Errado.
038. (IESES/OFICIAL/CARTÓRIO/TJ-AM/2018/ADAPTADA) Na assunção de dívida, o novo 
devedor pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo.
Não pode opor (art. 302, CC).
Errado.
039. (FCC/JUIZ/TJ-AL/2019/ADAPTADA) Por conta de mútuo oneroso, João devia a Teresa 
a importância de cem mil reais. No intuito de ajudar o amigo em dificuldade, Leopoldo assumiu 
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para si a obrigação de João, para o que houve expressa anuência de Teresa. Nesse caso, se a 
substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito de João, sem nenhuma garan-
tia, independentemente de quem a tenha prestado.
Ao contrário do dito na questão, restauram-se também as garantias, salvo as dadas por tercei-
ros, conforme art. 301 do CC:
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas 
garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava 
a obrigação.
Errado.
040. (FCC/JUIZ/TJ-AL/2019/ADAPTADA) Por conta de mútuo oneroso, João devia a Teresa 
a importância de cem mil reais. No intuito de ajudar o amigo em dificuldade, Leopoldo assu-
miu para si a obrigação de João, para o que houve expressa anuência de Teresa. Nesse caso, 
preservam-se as garantias especiais originariamente dadas a Teresa por João, independente-
mente do assentimento dele.
Só se preservam as garantias especiais (como uma hipoteca) se o devedor originário consentir 
expressamente, conforme art. 300 do CC:
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da 
assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.
Errado.
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GABARITO
7. E
8. E
9. C
10. E
11. C
12. E
13. E
14. C
15. C
16. E
17. E
18. E
19. C
20. E
21. C
22. C
23. C
24. C
25. b
26. E
27. C
28. E
29. c
30. E
31. C
32. C
33. E
34. E
35. E
36. E
37. E
38. E
39. E
40. E
Carlos Elias
Consultor Legislativo do Senado Federal em Direito Civil, Processo Civil e Direito Agrário (único aprovado no 
concurso de 2012). Advogado. Professor em cursos de graduação, de pós-graduação e de preparação para 
concursos públicos em Brasília, Goiânia e São Paulo. Ex-membro da Advocacia-Geral da União (Advogado 
da União). Ex-Assessor de Ministro do STJ. Ex-técnico judiciário do STJ. Doutorando e Mestre em Direito 
pela Universidade de Brasília (UnB). Bacharel em Direito na UnB (1º lugar em Direito no vestibular da UnB 
de 2002). Pós-graduado em Direito Notarial e de Registro. Pós-Graduado em Direito Público. Membro do 
Conselho Editorial da Revista de Direito Civil Contemporâneo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VIVIANE SUELEN DE OLIVEIRA - 08283064606, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
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	Apresentação
	Obrigações – Parte II
	1. Noções Gerais
	2. Cessão de Crédito
	2.1. Definição
	2.2. Cessão de Crédito e Cessão de Direito
	2.3. Importância no Sistema Econômico
	2.4. Cabimento
	2.5. Notificação ao Devedor
	2.6. Cessão Pro Soluto e Cessão Pro Solvendo
	2.7. Evicção e Cessão de Crédito
	2.8. Pluralidade de Cessão do mesmo Crédito
	2.9. Penhora de Crédito
	2.10. Caso Especial: Pagamento com Cheque de Terceiro
	3. Assunção de Dívida
	3.1. Definição
	3.2. Consentimento do Credor
	3.3. Efeitos da Assunção
	3.4. Extinção das Garantias Dadas pelo Devedor Primitivo
	3.5. Extinção das Exceções Pessoais do Devedor Primitivo
	3.6. Espécies de Assunção de Dívida
	3.7. Invalidade da Assunção: Efeitos
	3.8. Caso Especial: Assunção de Dívida no Caso de Alienação de Estabelecimento Comercial
	4. Cessão de Contrato
	5. Contratos de Gaveta
	Questões de Concurso
	Gabarito
	AVALIAR 5: 
	Página 33:

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