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Concurso Farmacêutico Hospitalar Estrutura, Organização e Planejamento Gerenciamento de medicamentos e produtos de uso hospitalar Daniel Luiz Boff Farmacêutico Hospitalar CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS De forma genérica: – Hospital Geral • Pode ser limitado por grupo etário, grupo comunitário ou finalidade. – Hospital Especializado • Ex. Hospital Psiquiátrico Quanto à administração: – Hospital Público – Hospital Privado • Hospital conveniado. CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS Quanto ao aspecto financeiro: – Hospital Filantrópico • Hospital particular, não lucrativo, que destina parte da sua capacidade para atendimento gratuito à população carente. – Hospital Beneficente • Hospital particular, não lucrativo, destinado a manter grupo de pessoas. – Hospital não lucrativo • Não tem o objetivo de lucro; os administradores não são remunerados. Não há distribuição a qualquer título, todo o lucro é revertido para a manutenção e desenvolvimento dos objetivos sociais. CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS Quanto à estrutura física: – Hospital Pavilhonar • Os serviços estão distribuídos em edificações isoladas de pequeno porte, interligadas ou não. – Hospital Monobloco • Os serviços estão concentrados em um único edifício. – Hospital Multibloco • Os serviços estão distribuídos por edificações de médio ou grande porte, interligadas ou não. – Hospital Horizontal • Edifício com predominância horizontal sobre a vertical. – Hospital Vertical • Edifício com predominância vertical sobre a horizontal. CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS Quanto ao porte: – Hospital de pequeno porte – até 50 leitos – Hospital de médio porte – de 51 a 150 leitos – Hospital de grande porte – de 151 a 500 leitos – Hospital de porte especial ou extra – acima de 500 leitos Quanto ao corpo clínico: – Aberto – não há vínculo empregatício com a instituição (prestador de serviço) – Fechado – o corpo clínico é efetivo da instituição (característico de hospital público) CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS Quanto ao atendimento ou complexidade: - Primário: atendimento das clínicas básicas - Secundário: básico + especializado - Terciário: Hospitais referenciados - Quaternário: Hospitais altamente especializados. Cuidado para não confundir com os níveis de complexidade do MS para serviços de saúde: - Primário – UBS (Centros de Saúde) - Secundário – Unidades Mistas e Políclínicas - Terciário - Hospitais FARMÁCIA HOSPITALAR “Unidade clínica de assistência técnica e administrativa, dirigida por Farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente às atividades hospitalares.” (Res.300/97-CFF) “Unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por profissional Farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção do Hospital e Integrada funcionalmente com as demais unidades de assistência ao paciente.” (SBRAFH) Questão de Concurso UNIFAP – 2008 - QUESTÃO 28 - Pode-se definir Farmácia hospitalar como: (a) Unidade tecnicamente aparelhada para prover as clínicas e demais serviços, dos medicamentos e produtos afins de que necessitam para seu normal funcionamento. (b) É uma unidade clínica administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente à Secretaria de Estado da Saúde. (c) Farmácia hospitalar é uma unidade do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades de assistência farmacêutica. (d) É unidade tecnicamente aparelhada para prover às clínicas e Unidades Básicas de Saúde dos medicamentos. (e) É uma unidade clínica administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente à Secretaria Municipal da Saúde. Questão de Concurso UNIFAP – 2008 - QUESTÃO 28 - Pode-se definir Farmácia hospitalar como: (a) Unidade tecnicamente aparelhada para prover as clínicas e demais serviços, dos medicamentos e produtos afins de que necessitam para seu normal funcionamento. (b) É uma unidade clínica administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente à Secretaria de Estado da Saúde. (c) Farmácia hospitalar é uma unidade do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades de assistência farmacêutica. (d) É unidade tecnicamente aparelhada para prover às clínicas e Unidades Básicas de Saúde dos medicamentos. (e) É uma unidade clínica administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente à Secretaria Municipal da Saúde. Objetivo da FH “Contribuir no processo de cuidado à saúde, visando melhorar a qualidade da assistência prestada ao paciente, promovendo o uso seguro e racional de medicamentos e produtos para a Saúde.” SBRAFH,2007. Funções Básicas da Farmácia Hospitalar • Seleção de Medicamentos, germicidas e produtos para saúde • Aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados • Manipulação/produção de medicamentos – Farmacotécnica • Estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medicamentos • Implantação de um sistema de informação sobre medicamentos. MS, 1994 Funções Básicas da Farmácia Hospitalar Seleção de Medicamentos, Germicidas e Correlatos Objetivo: Definir a relação de Medicamentos e Produtos para Saúde que estarão disponíveis no Hospital, possibilitando a realização das atividades fins do serviço de saúde. Aquisição, Armazenamento e Conservação de Medicamentos e Produtos para Saúde Objetivo: Garantir o provimento de Medicamentos e Produtos para Saúde, dentro dos preceitos legais e de qualidade, contribuindo para o sucesso das atividades fins do serviço de saúde. Funções Básicas da Farmácia Hospitalar Manipulação/Produção de Medicamentos Objetivo: Complementar o arsenal terapêutico do hospital ou contribuir para a redução de custos. Não obstante a observância dos quesitos legais e sanitários. Estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medicamentos e produtos para saúde Objetivo: Otimização da Terapêutica e Uso Racional dos Medicamentos Funções Básicas da Farmácia Hospitalar Informação sobre medicamentos Objetivos: •Selecionar, avaliar, interpretar, classificar, organizar e centralizar informações sobre medicamentos. •Gerar informações atualizadas sobre medicamentos aos membros da equipe de saúde, aos pacientes e comunidade para obter segurança, eficácia e economia no uso de medicamentos •Servir de local de ensino para farmacêuticos e demais membros da equipe de saúde, estimulando o uso efetivo de fontes de informação idôneas. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Depende do tipo de atendimento assistencial da instituição, do número de leitos, das atividades de farmácia e da disponibilidade dos recursos financeiros, materiais e humanos. Localização Livre acesso e circulação, tanto para recebimento quanto para distribuição de medicamentos e produtos para saúde. Questão de Concurso Pref Santos – FCC – 2005 - 43. A Farmácia deve manter eqüidistância dos setores de atendimento aos pacientes, bem como dos demais setores que têm suas atividades a ela ligadas. Tal localização favorece (A) o poder de vigilância dos produtos em circulação no hospital, bem como a observação da devida conservação e utilização dos produtos dispensados pela farmácia. (B) a liderança, a assiduidade, o treinamento de funcionários, a qualificação de fornecedores e a aquisição de medicamentos. (C) a falta de diálogo com os médicos. (D) a formação de barreiras aos profissionais e às informações. (E) a organização e o controle das atividades técnico- administrativas da farmácia. Questão de Concurso Pref Santos – FCC – 2005 - 43. A Farmácia deve manter eqüidistância dos setores de atendimento aos pacientes, bem como dos demais setores que têm suas atividades a ela ligadas. Tal localização favorece (A) o poder de vigilância dos produtos em circulação no hospital, bem como a observação da devida conservação e utilização dos produtos dispensados pela farmácia. (B) a liderança, a assiduidade, o treinamento de funcionários, a qualificação de fornecedores e a aquisição de medicamentos. (C) a falta de diálogo com os médicos. (D) a formação de barreiras aosprofissionais e às informações. (E) a organização e o controle das atividades técnico- administrativas da farmácia. Área Física Deve ter espaço suficiente para o desenvolvimento das diferentes atividades, estando condicionada: 1. Tipo do hospital (geral ou especializado) 2. Número de leitos 3. Localização geográfica 4. Tipo de Assistência prestada 5. Tipo de regime de compras 6. Número e tipo de atividades desenvolvidas no hospital CAF – Central de Abastecimento Farmacêutico Tem por objetivo garantir a correta conservação dos materiais armazenados, dentro das especificações técnicas para assegurar a qualidade Condições: • Localização: Facilidade para suprimento • Acesso: Tanto interno como externo e a circulação devem ser otimizados, facilitando o recebimento e a distribuição. • Água e eletricidade: Suficiente para o desempenho das atividades CAF – Central de Abastecimento Farmacêutico Condições: • Comunicação: Sistema eficiente de comunicação entre todas as dependências do hospital • Circulação Interna: Disposição em um só plano, com portas e divisões que favoreçam a circulação de funcionários e carrinhos de carga. Os corredores devem obedecer a RDC 50/2002. Tráfego intenso de material – largura mínima de 2,00 m, não podendo ser utilizados como área de estacionamento de carrinhos. Tráfego de cargas não volumosas - largura mínima de 1,20 m. No caso de desníveis de piso superiores a 1,5 cm, deve ser adotada solução de rampa unindo os dois níveis. • Portas: Todas as portas utilizadas para a passagem de camas/macas e de laboratórios devem ter dimensões mínimas de 1,10 (vão livre) x 2,10 m, exceto as portas de acesso as unidades de diagnóstico e terapia, que necessitam acesso de maca. • Iluminação: Aproveitar iluminação natural • Condições ambientais: Não permitir a incidência da luz solar diretamente sobre os medicamentos e produtos para saúde e controlar ao máximo a temperatura e umidade CAF - CONDIÇÕES CAF - CONDIÇÕES • Ventilação: Não permitir que haja solução de continuidade do exterior para o interior, uso de dispositivo para impedir entrada de roedores, insetos, poeira e outros (usar condicionadores de ar). • Conservação: De fácil conservação, possuindo pisos, paredes e teto laváveis, não umidificáveis. • Piso: Liso, em um só plano e de fácil limpeza (não devem ter cantos arredondados com as paredes) • Lixeiras: com tampa e pedal (definir rotina de coleta do lixo que evite o acúmulo) • Drenagem: Eficiente para evitar inundações CAF - CONDIÇÕES • Segurança: Preocupação dupla: Pecuniária e Laboral (equipamentos contra incêndio e acidentes ocupacionais). • Disposição dos produtos: Permitir uma localização sistemática, que facilite a localização e evite trocas na separação - Organizar os estoques de forma a aproveitar a área disponível - Corredores entre as estantes e pallets (permitir circulação) - Manter distância mínima do estoque para o piso, paredes e teto. CAF – ÁREA (RDC 50) UNIDADE/AMBIENTE QUANT DIMENSÃO Área para Recepção/Inspeção 1 10% da área dearmazenagem Área para armazenagem e controle (CAF) 1 0,6m² por leito - Matéria prima: - Inflamáveis - Não inflamáveis - Material de embalagem e envase - Quarentena - Medicamentos - Termolábeis (23º à 25º no máximo) - Imunobiológicos (4ºC à 8ºC e – 18ºC à – 20ºC) - Controlados - Outros - Materiais e artigos médicos descartáveis - Germicidas - Soluções parenterais - Correlatos CAF – ÁREA (RDC 50) UNIDADE/AMBIENTE QUANT DIMENSÃO Área de distribuição 1 10% da área dearmazenagem Área para dispensação ( farmácia satélite) 4,0 m². Pode ser substituída por carrinhos ou armários específicos. - Farmacotécnica - Sala de manipulação, fracio. de doses e reconstituição de medicamento 1 12 m² - Área de dispensação 1 6 m² - Sala para preparo e diluição de germicidas 1 9 m² - Laboratório de controle de qualidade 6 m² - Centro de informação sobre medicamento 1 6 m² - Sala de limpeza e higenização de insumos (assepsia de embalagens) 1 4,5m² Questão de Concurso SEMA Pref Manaus – CESGRANRIO 2005 – 19 A Central de Abastecimento Farmacêutico tem como objetivo: (A) fracionar os medicamentos e correlatos para fornecê-los a pacientes internados. (B) dispensar os medicamentos após analise da prescrição médica. (C) garantir a correta conservação dos medicamentos, germicidas e correlatos dentro dos padrões e normas técnicas específicas. (D) preparar soluções parenterais de grande volume de acordo com a legislação vigente. (E) difundir informações relativas a medicamentos, germicidas e correlatos ao corpo clínico de um hospital. Questão de Concurso SEMA Pref Manaus – CESGRANRIO 2005 – 19 A Central de Abastecimento Farmacêutico tem como objetivo: (A) fracionar os medicamentos e correlatos para fornecê-los a pacientes internados. (B) dispensar os medicamentos após analise da prescrição médica. (C) garantir a correta conservação dos medicamentos, germicidas e correlatos dentro dos padrões e normas técnicas específicas. (D) preparar soluções parenterais de grande volume de acordo com a legislação vigente. (E) difundir informações relativas a medicamentos, germicidas e correlatos ao corpo clínico de um hospital. RECURSOS HUMANOS A Farmácia Hospitalar deve estar sob a responsabilidade de um Farmacêutico habilitado e especialmente preparado em FH. – O número de Farmacêuticos deve estar relacionado as atividades ofertadas. – RH composto de Farmacêuticos e Técnicos de 1º ou 2º grau. – Educação Continuada (epidemiologia e análise de custos tangíveis e intangíveis sobre IH) Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar, SBRFH, 2017, 3ª ed. RECURSOS MATERIAIS As necessidades de recursos materiais: equipamentos, material de acondicionamento, matéria-prima e material administrativo INFORMÁTICA A informatização é de suma importância na atualização e consolidação dos dados, com redução de tempo de trabalho, maior confiabilidade e rapidez na produção da informação. INFORMÁTICA Objetivos: • Melhorar a qualidade da assistência ao paciente, através de uma rápida e precisa transmissão de informações, favorecendo as atividades clínicas. • Facilitar a gestão dos serviços, através de estatísticas de aquisição, dispensação e dimensionamento de estoque. • Avaliar a carga de trabalho nas diferentes áreas, para distribuir os recursos e conseguir a máxima eficácia ao menor custo. INFORMÁTICA UTILIZAÇÃO NA FARMÁCIA HOSPITALAR 1. Administração 2. Aquisição e distribuição de medicamentos e produtos para saúde. 3. Informações sobre medicamentos 4. Prática clínica 5. Educação e Pesquisa DOCUMENTOS ORIENTADORES - Guia Básico para a Farmácia Hospitalar, MS, 1994. - Política Nacional de Medicamentos, Portaria MS 3916/1998. - Política Nacional de Medicamentos, Resolução MS 338/2004. - Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar, SBRFH, 2017, 3ª ed.
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