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ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS

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FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS
Sandro Mabel
Presidente 
DIRETORIA SENAI
Paulo Vargas
Diretor Regional do SENAI
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA SESI SENAI GO
Claudemir José Bonatto
Diretor de Educação e Tecnologia 
Weysller Matuzinhos de Moura
Gerente de Educação Profissional
Osvair Almeida Matos
Gestor do Núcleo Integrado de Educação a Distância
Paulo de Sá Filho
Coordenador do Núcleo Integrado de Educação a Distância
Revisão da apostila de Modelagem Industrial Básico Tecido Plano / FIEG, SENAI: D. R – Goiás.
Revisão na FATEC – Ítalo Bologna. Coordenação: Nilza Maria Alves Naves.
Organização e ilustração: Nilza Maria Alves Naves. 
Participação na Revisão de conteúdo: Terezinha Martinho
Apoio: Hélia Maria de Faria.
SÉRIE VESTUÁRIO
ANÁLISES 
MICROBIOLÓGICAS
2021.SENAI - Departamento Nacional
2021.SENAI - Departamento Regional de Goiás
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, 
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia 
autorização, por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do 
SENAI de Goiás.
SENAI Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica - UNIEP
SENAI Departamento Regional de Goiás
Núcleo Integrado de Educação a Distância - NIEaD
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
Sede
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional 
Sumário
1.1 INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA ...................................................................................................9
1.2 TEORIAS DE GERAÇÃO DA VIDA .......................................................................................................10
1.3 HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA ......................................................................................................11
1.3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS .................................................................12
1.3.1.1 CARACTERÍSTICAS DOS VÍRUS......................................................................12
1.3.1.2 CARACTERÍSTICAS DAS ALGAS ....................................................................13
1.3.2 NANOTECNOLOGIA NATURAL ........................................................................................14
1.3.3 PRODUÇÃO DE ETANOL DE ALGAS ...............................................................................14
1.3.3.1 BIOCOMBUSTÍVEL DE ALGAS ........................................................................15
1.3.3.2 ENERGIA QUE VEM DAS ALGAS ....................................................................15
1.3.4 CARACTERÍSTICAS DOS PROTOZOÁRIOS ...................................................................16
1.3.4.1 DOENÇA DE CHAGAS .......................................................................................17
1.3.5 CARACTERÍSTICAS DOS FUNGOS ..................................................................................17
1.3.6 DESCOBERTA DA PENICILINA ..........................................................................................17
1.3.7 INDÚSTRIA DE ALIMENTOS ..............................................................................................18
1.3.8 DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ........................................................................................18
1.3.9 CARACTERÍSTICAS DAS BACTÉRIAS .............................................................................19
1.3.9.1 BACTÉRIAS PRODUZEM FITAS MAGNÉTICAS .........................................20
1.3.9.2 BACTÉRIAS PRODUTORAS DE PLÁSTICO .................................................20
1.3.9.3 INDÚSTRIA DE ALIMENTOS ............................................................................20
1.3.10 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA ..........................................................................................21
1.3.10.1 BACTÉRIAS BIORREMEDIAÇÃO ..................................................................21
1.3.10.2 BACTÉRIAS DECOMPOSITORAS .................................................................21
2.1 AMOSTRAGEM .........................................................................................................................................23
2.1.1 COLETA DE AMOSTRAS ......................................................................................................23
2.1.2 INSPEÇÃO DE AMOSTRAS .................................................................................................23
2.1.2.1 INSPEÇÃO POR VARIÁVEIS ..............................................................................23
2.1.2.2 INSPEÇÃO POR ATRIBUTOS ............................................................................24
2.1.3 PLANO DE AMOSTRAGEM ................................................................................................24
2.1.4 AS NORMAS TÉCNICAS A SEREM SEGUIDAS .............................................................25
2.1.4.1 TRANSPORTE E ESTOCAGEM DE AMOSTRA ............................................26
2.1.4.2 ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO ................................................................27
2.1.5 PREPARO DE MATERIAIS: ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS .....................................29
3.1 COLORAÇÃO DE GRAM.........................................................................................................................33
4.1 CULTIVO MICROBIOLÓGICO ...............................................................................................................37
4.1.1 MEIOS DE CULTURA – ESTADOS FÍSICOS ....................................................................38
4.1.2 MEIOS DE CULTURA – COMPOSIÇÃO QUÍMICA .......................................................38
4.1.3 MEIOS DE CULTURA – FUNÇÕES ....................................................................................39
4.1.4 MEIOS DE CULTURA .............................................................................................................43
4.1.5 MICROSCOPIA ........................................................................................................................44
5.1 ANTIBACTERIANOS ................................................................................................................................45
5.1.1 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA ........................................................................................45
5.1.1.1 ANTIBIOGRAMA ..................................................................................................46
1.1 INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
Cerca de metade da biomassa do planeta é constituída por microrganismos, sendo os 50% 
restantes distribuídos entre plantas (35%) e animais (15%).
• Sobrevivência dos seres humanos, plantas e animais;
• Infecções primárias e secundárias; Reciclagem de resíduos;
• Produção de antibióticos, vitaminas, outras substâncias;
• Industria de alimentos e combustíveis;
• Engenharia genética, etc.
Microbiologia é o estudo de organismos microscópicos. Tal denominação deriva de três pa-
lavras gregas:
Mikros = pequeno
Bios = vida
Logos = ciência
Assim, a microbiologia signifi ca o estudo da vida microscópica.
Microrganismos originaram-se 4 bilhões de anos  material orgânico complexo presente 
em águas oceânicas ou de nuvens que circundavam a primitiva Terra.
Como os primeiros indícios de vida na Terra  são considerados ancestrais de todas as outras 
formas de vida.
O primeiro ser vivo do nosso planeta foi o coacervado, observado somente há 300 anos.
Introdução à Microbiologia
1
10 QUÍMICA
Somente após 200 anos ocorreu o reconhecimento de sua importância.
Demonstração do experimento de Miller-Urey.
1.2 TEORIAS DE GERAÇÃO DA VIDA
ABIOGÊNESE: Geração Espontânea (Jan Baptist van Helmont).
(a = prefixo de negação; bíos = vida; génesis = origem, formação).
BIOGÊNESE: geração da vida a partir de outro ser vivo já existente (Francesco Redi).
(bíos = vida; génesis = origem, formação)11ANÁLISES INSTRUMENTAIS
1.3 HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA
1674 - Antony van Leeuwenhoek (1632-1723) 
• dono de armazém, zelador da prefeitura e provador de vinhos (Holanda).
• Familiarizado com lentes de aumento 
• inspecionava tecidos e polia lentes de vidro e as montava entre finas placas para formar simples 
microscópicos
• Considerado fundador da Microbiologia.
1836 - Louis Pasteur (biogenista)
Contribuições para teoria Biogênese e Pasteurização.
Indústria de vinhos franceses e a função dos micróbios na produção de álcool.
Outros fatos importantes...
1796 - Edward Jenner cria uma vacina para varíola;
12 QUÍMICA
1847 - Ignaz Semmelweiss estabelece a causa da febre puerperal;
1865 - Joseph Lister introduz técnicas antissépticas;
1876 - Albert Koch prova que microrganismos específicos causam doenças específicas;
1881 - Albert Koch usa ágar para obter uma cultura pura;
1910 - Carlos Chagas isolou e caracterizou o protozoário Trypanossoma cruzi;
1929 - Alexander Fleming descobre a penicilina;
1983 - Luc Montaigner e Robert Gallo anunciam a descoberta do HIV;
1.3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS
Os seres vivos são constituídos de unidades microscópicas: CÉLULAS.
CÉLULA: conjunto de estruturas organizadas, composta por núcleo e citoplasma.
Robert H. Whittaker: classificou os organismos vivos em 5 reinos: reino Monera, reino Protista, reino 
Plantae, reino Animalia e reino Fungi.
Os microrganismos pertencem a três dos cinco reinos:
• as bactérias são do reino Monera;
• os protozoários e algas microscópicas são Protistas;
• os fungos microscópicos como leveduras e bolores pertencem ao reino Fungi;
E os vírus?
1.3.1.1 CARACTERÍSTICAS DOS VÍRUS
• Acelulares, menores e mais simples, em estrutura que as bactérias;
• Contém geralmente apenas um tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA), protegido por uma capa pro-
teica;
13ANÁLISES INSTRUMENTAIS
• Podem multiplicar-se apenas dentro das células vivas. Porém, poucos vírus de DNA (citomegalovírus 
e o vírus da hepatite B), podem iniciar a síntese de moléculas de RNA enquanto ainda estão se for-
mando, de modo que a partícula viral contém os dois tipos de ácidos nucléicos (DNA e RNA).
Estrutura do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
1.3.1.2 CARACTERÍSTICAS DAS ALGAS
São eucariontes;
Contém clorofila (realizam fotossíntese);
Podem ser uni ou pluricelulares;
Apresentam parede celular rígida;
Crescem em diversos ambientes, maioria é aquática.
14 QUÍMICA
1.3.2 NANOTECNOLOGIA NATURAL
Cientistas manipularam geneticamente algas minúsculas para matar até 90% das células cancerosas 
em laboratório, deixando as saudáveis ilesas.
O tratamento se mostrou eficaz nos tumores de camundongos, sem causar danos ao resto do corpo 
dos animais.
As diatomáceas (organismos unicelulares) são compostos de dióxido de silício hidratado ou sílica (ma-
terial poroso usado em medicamentos fabricados de nanopartículas).
Muita atenção tem sido dada ao desenvolvimento de fármacos naturais, biocompatíveis e biodegradá-
veis.
1.3.3 PRODUÇÃO DE ETANOL DE ALGAS
As cianobactérias, também chamadas de algas azuis, são uma das matérias primas de interesse comer-
cial para produção de etanol.
Pesquisa conduzida pelo Professor Pengcheng Patrick Fu, do Departamento de Bioengenharia e Bioci-
ência Molecular da Universidade do Havaí.
Obtenção do combustível em um biofotorreator a partir de cianobactérias geneticamente modificadas, 
técnica já patenteada.
15ANÁLISES INSTRUMENTAIS
1.3.3.1 BIOCOMBUSTÍVEL DE ALGAS
São ricas em lipídeos (chegam a 80% do peso seco), produzem 200 vezes mais óleo do que o açúcar e 
não necessitam da utilização de terras férteis.
Elas crescem rápido e duplicam sua biomassa várias vezes por dia, podem ser colhidas rapidamente. 
Segundo dados do MIT (Japão), um hectare de soja, gera 400 litros de óleo, enquanto que o equivalente a 
mesma superfície, com algas, gera 100.000 litros.
O biodiesel de algas libera menos gás carbônico do que os derivados do petróleo, combatendo o efeito 
estufa.
1.3.3.2 ENERGIA QUE VEM DAS ALGAS
Edifício BIQ – Hamburgo, Alemanha.
16 QUÍMICA
1.3.4 CARACTERÍSTICAS DOS PROTOZOÁRIOS
São eucariontes;
Unicelulares, não apresentam parede celular rígida, não contém clorofila;
Alimentam-se por ingestão;
Alguns movem-se por meio de flagelos ou cílios e são amplamente distribuídos na natureza.
Contribuem para o metabolismo de ambientes aquáticos e terrestres;
Vivem no organismo de animais herbívoros, e auxiliam na digestão da celulose (Ex: gênero Trichonym-
pha que vive no interior de cupins).
Utilizados em lodos ativados para Tratamento de Esgotos na decomposição de matéria orgânica morta 
(Ex: Aspidisca costata, Coldopa, Opercularia coarctata, Vorticella, Lionotus).
Trichonympha Coldopa
17ANÁLISES INSTRUMENTAIS
1.3.4.1 DOENÇA DE CHAGAS
1.3.5 CARACTERÍSTICAS DOS FUNGOS
• São eucariontes, uni ou pluricelulares;
• Parede celular rígida, desprovidos de clorofila;
• Alimentam-se por absorção.
• São conhecidos como bolores, leveduras e cogumelos.
Bolores
• São fungos multicelulares e produzem estruturas filamentosas (hifas e micélios).
Leveduras
• São fungos unicelulares e apresentam formas variadas (esférica a ovóide; elipsóide a filamentosos).
1.3.6 DESCOBERTA DA PENICILINA
1928 – Alexander Fleming
Sequências imprevistas e surpreendentes levam a descoberta de um dos mais potentes antibióticos.
Fungo: Penicillium notatum
18 QUÍMICA
1.3.7 INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Contribuem na produção de alimentos e bebidas, nas atividades fermentativas ou secreção de
substâncias e toxinas.
1.3.8 DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA
Auxiliam no controle de biológico (biopesticidas) e não decomposição de matéria orgânica, auxiliando 
no ciclo de nutrientes.
Aproximadamente 8000 espécies são causadoras de doenças.
19ANÁLISES INSTRUMENTAIS
1.3.9 CARACTERÍSTICAS DAS BACTÉRIAS
Procariontes;
• São divididas em dois grupos: Eubactérias e Arqueobactérias.
• Eubactérias: Apresentam várias formas (esférica, bastonete e espirilo), aparecem isoladas ou em for-
mas de colônias; variam de 0,2 – 5,0 µm; são unicelulares e algumas apresentam flagelos.
• Arqueobactérias: São semelhantes às eubactérias, mas apresentam diferenças importantes quanto 
a sua composição química, habitam ambientes extremos como os de altas concentrações salinas, 
os de acidez e os de temperatura.
Morfologia das Bactérias
20 QUÍMICA
1.3.9.1 BACTÉRIAS PRODUZEM FITAS MAGNÉTICAS
Algumas bactérias acumulam inclusões óxido de ferro (Fe3O4) no citoplasma, os quais atuam como 
magnetos. Inclusões são denominados magnetossomos.
Cientistas querem desenvolver meios de cultura dessas bactérias a fim de se obter grandes quantidades 
de magnetita para utilizar na produção de fitas magnéticas, empregadas na gravação de som e imagem.
1.3.9.2 BACTÉRIAS PRODUTORAS DE PLÁSTICO
Bactérias acumulam inclusões de polímeros de carbono que dão origem a alguns tipos de plásticos.
Burkholderia sacchari está presente no solo de plantações de cana. Se alimenta de açúcar (sacarose) e 
transforma o excedente de seu metabolismo em um plástico biodegradável (polihidroxibutirano – PHB).
1 Kg plástico = 3 Kg de açúcar
PHB – utilizado na medicina, em implantes, próteses e fios de sutura que possam ser absorvidos pelo 
organismo.
PLÁSTICO BACTÉRIAS – até 10 anos decomposição
PLÁSTICOS PETROQUÍMICO – até centenas de anos de decomposição
1.3.9.3 INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Metabolismo fermentativo das bactérias são úteis na fabricação de alguns alimentos.
21ANÁLISES INSTRUMENTAIS
1.3.10 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Bactérias do gênero Streptomyces são utilizadas na produção do antibiótico neomicina.
1.3.10.1 BACTÉRIAS BIORREMEDIAÇÃO
Limpezas de áreas aquáticas com vazamento de óleo.
São introduzidos compostos ricos em nitrogênio e fósforo, propiciando o crescimento de bactérias que 
ocorrem naturalmente em ambientes marinhos e são capazes de degradar óleo  LIMPEZA RÁPIDA.
1.3.10.2 BACTÉRIAS DECOMPOSITORAS
• Degradaçãomatéria orgânica morta.
• Responsáveis pela decomposição e reciclagem de matéria orgânica nos diferentes ambientes.
• Fundamentais na manutenção do equilíbrio ecológico.
• Causa prejuízos econômicos (deterioração carnes, verduras, frutas).
22 QUÍMICA
A bactéria Xylella fastidiosa, causadora da clorose variega-
da dos citros (CVC), o popular amarelinho, teve a sequência 
do seu material genético sequenciado propiciando medidas 
de manipulação dos genes da bactéria, reduzindo sua ação 
patogênica.
2.1 AMOSTRAGEM
2.1.1 COLETA DE AMOSTRAS
Conclusões Exatas -> Coleta de Amostras feita corretamente.
Se as amostras forem coletadas de maneira inapropriada: os resultados do laboratório não 
terão validade.
Qualquer unidade representa o lote, porém, pode não representar adequadamente.
• Quanto maior o “n”, melhor é a representatividade do lote;
• Quanto mais aleatória é a coleta, melhor é a representatividade do lote.
2.1.2 INSPEÇÃO DE AMOSTRAS
2.1.2.1 INSPEÇÃO POR VARIÁVEIS
Na inspeção/ensaio o resultado é uma medida.
A precisão da medida depende da precisão do instrumento de medição.
Amostragem
2
24 QUÍMICA
Os resultados são representados por um número dentro de uma escala contínua.
2.1.2.2 INSPEÇÃO POR ATRIBUTOS
O item inspecionado / ensaiado é classificado como Conforme ou Não Conforme.
Na microbiologia de alimentos:
Salmonella: presença / ausência
Mesófilos: menor que / maior que
2.1.3 PLANO DE AMOSTRAGEM
25ANÁLISES INSTRUMENTAIS
BRASIL: MAPA – Portaria N° 146 de 07 de março de 1996 (Produtos Lactéos). ANEXO III – Reg. Técnico de 
Identidade e Qualidade de Manteiga
Critérios Microbiológicos e Tolerância
Dos cuidados especiais tomados na coleta de amostra para análise microbiológica, dependem a
validade e a interpretação dos resultados laboratoriais.
2.1.4 AS NORMAS TÉCNICAS A SEREM SEGUIDAS
• Planejamento para um perfeito sincronismo entre a coleta/remessa e a capacidade do laboratório 
em executar as análises.
• Coleta das amostras, sempre que for possível, em suas embalagens originais e em quantidade nunca 
inferior a 100g ou 100ml.
• Na impossibilidade de atender o item anterior, a coleta da amostra deve ser feita em condições as-
sépticas.
• Deve-se proceder a limpeza e a desinfecção da embalagem do alimento a ser analisado, com solu-
ção de álcool iodado ou outro desinfetante, abrangendo uma área que alcance pelo menos 10cm 
da extremidade da abertura.
• Para recipiente hermeticamente fechado (borda não codificada posicionada para cima), na qual se 
faz a assepsia. Usa-se um abridor de latas previamente esterilizado.
• Acondicionamento da amostra, quando retirada da embalagem original, deve ser feito em recipien-
te íntegro, previamente esterilizado e identificado, capaz de resguardar de qualquer alteração utili-
zando fechamento que não pode ser violado.
• Sempre que possível e/ou necessário, a amostra deve está acompanhada de um relatório consigna-
do local, hora e método da coleta, lote da partida e número que as constitui, bem como informações 
que possam orientar a execução e interpretação dos resultados.
• Providências especiais deverão ser tomadas para que o tempo decorrido entre a coleta da amostra 
e a execução das análises seja o menor possível.
26 QUÍMICA
06 h - Ostras, mexilhões, mariscos (moluscos de concha) - Não devem ser congeladas.
30 h - Amostras de água, em geral, devem ser mantidas sob refrigeração - Não devem ser congeladas.
24 h - Urina, em geral, manter sob refrigeração – Não deve congelar.
• As amostras devem ser mantidas em condições que impeçam o desenvolvimento de microrganis-
mos, sem contudo impedir que estes continuem viáveis até o momento da análise. Assim, os ali-
mentos deterioráveis devem ser mantidos sob refrigeração e os desidratados em lugar fresco e seco.
2.1.4.1 TRANSPORTE E ESTOCAGEM DE AMOSTRA
Alimentos: Deve-se transportar e estocar as amostras da mesma forma como o produto é transportado 
e estocado na sua comercialização.
Água: Deve ser transportada em caixa térmica com bolsas de gelo.
Alimentos comercialmente estéreis em embalagens herméticas podem ser transportados e estocados 
à temperatura ambiente, devendo ser protegido contra exposição a temperaturas superiores a 45ºC.
Latas estufadas devem ser transportadas e mantidas sobre refrigeração.
Alimentos com baixa atividade de água (desidratados, secos ou concentrados) podem ser transporta-
dos e estocados a temperatura ambiente e protegidos contra a umidade.
Recomenda-se que a estocagem seja nas mesmas condições de coleta e no caso dos refrigerados o 
tempo decorrido entre a coleta e a análise não deve ultrapassar 36 horas.
27ANÁLISES INSTRUMENTAIS
2.1.4.2 ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO
• Limpeza: remoção de sujidade (matéria orgânica);
• Desinfecção: uso de agentes químicos germicidas para destruição da infecciosidade potencial de 
um dado material, não implicando, portanto, na eliminação total dos organismos vivos.
• Esterilização: uso de agentes físicos e/ou químicos para eliminar totalmente os organismos vivos de 
um material.
• Podem ser utilizados agentes físicos e agentes químicos.
28 QUÍMICA
Agentes Físicos
Calor úmido: técnica preferencial para esterilização de todo o material, com exceção daqueles que por 
qualquer razão poderiam sofrer alterações (por exemplo: soluções de açúcares). Recomenda-se o uso de 
autoclave a 121°C por 15 minutos.
Calor seco: a esterilização segura pelo calor seco requer uma temperatura de 160°C por 1 ou 2 horas. A 
esterilização por calor seco é usada de uma maneira geral para materiais de vidro ou metal.
Radiação UV: o efeito bactericida muito conhecido da luz solar deve-se na realidade às irradiações 
ultravioletas que é um desnaturante proteico. Quanto menor o comprimento de onda, maior sua ação 
bactericida
29ANÁLISES INSTRUMENTAIS
Agentes Químicos
• Dissolução dos lipídios da membrana celular (detergentes lipossolubilizantes).
• Alterações irreversíveis das proteínas (mediante o uso de desnaturalizantes, quelantes, etc.).
• Soluções de álcool 70%;
• Uso de produtos clorados;
Calculo para preparo de solução alcoólica 70%?
2.1.5 PREPARO DE MATERIAIS: ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Todos os materiais para uso em análises microbiológicas devem encontrar-se totalmente limpos, esté-
reis e isentos de resíduos químicos e orgânicos no momento das análises.
As etapas de preparo desse material incluem a descontaminação, descarte de resíduos contaminados, 
lavagem, acondicionamento e esterilização.
A esterilização de vidrarias deve ser feita, preferencialmente, em estufa, porque ao final da esterilização 
o material encontra-se completamente seco.
Pipetas com capacidade menor que 1,0ml nunca devem ser esterilizadas em estufas, pois as altas tem-
peraturas provocam alterações significativas nas medidas de volume.
Descontaminação e descarte de resíduos contaminados
• Todo material resultante das análises microbiológicas é altamente contaminado.
• Toda vidraria e demais utensílios que tenham entrado em contato com os microrganismos, para a 
descontaminação deve ser submetido à esterilização em autoclave a 121°C por 30 minutos.
• Portanto, antes se deve afrouxar as tampas de todos os frascos com detergente para amolecerresídu-
os em pipetas e facilitar a remoção, durante a etapa seguinte de lavagem.
Lavagem
• Na lavagem de vidrarias e demais utensílios, os detergentes mais utilizados são os que contêm com-
postos alcalinos como silicatos, carbonatos ou fosfatos.
30 QUÍMICA
• Quando é necessária a aplicação de agentes mais fortes, no caso por exemplo, de pipetas que não 
permitam a introdução de escovas usa-se, frequentemente, solução sulfocrômica (constituída de 
ácido sulfúrico, dicromato de potássio e solução alcoólica 1N de hidróxido de sódio).
• O bom resultado analítico depende de todos os cuidados higiênicos no laboratório, com a amostra, 
a área física, os materiais de análises e com o laboratorista.
Acondicionamento
• Placas de petri– devem ser acondicionadas em estojos de alumínio ou aço inoxidável ou embrulha-
das em papel Kraft em grupos de até 10 placas.
• Pipetas – preencher o bocal com algodão e acondicionar em porta pipetas com as pontas viradas 
para baixo. Na extremidade oposta a da tampa é prudente proteger o fundo do estojo com gaze ou 
algodão. Pode-se também embrulhar individualmente em papel Kraft, identificando-se a extremi-
dade que deve ser aberta no momento da análise.
• Tubos de ensaio vazios – fechar com tampão de algodão ou com as respectivas tampas. Acondicio-
nar em grupos, em cestas apropriadas, cobrir a parte superior dos tubos com papel Kraft e amarrar 
com barbante. Deve-se proceder da mesma forma com frascos de homogeneização e outros frascos 
vazios.
Laboratório de Microbiologia
• Laboratório de análises microbiológicas - obedecer normas que visam eliminar ou minimizar os ris-
cos de contaminação.
• SEGURANÇA: Alimentos a serem analisados e Manipuladores (material contaminado por patóge-
nos).
• A observação destas normas visa também, além do acima exposto, assegurar a exatidão dosresulta-
dos das análises efetuadas.
• Laboratório de análises microbiológicas - obedecer normas que visam eliminar ou minimizar os ris-
cos de contaminação.
• SEGURANÇA: Alimentos a serem analisados e Manipuladores (material contaminado por patóge-
nos).
• A observação destas normas visa também, além do acima exposto, assegurar a exatidão dos resulta-
dos das análises efetuadas.
• Não participar dos trabalhos, se portador de algum ferimento nas mãos;
• Deixar fora do laboratório roupas, agasalhos, carteiras, pastas, livros, ou qualquer outro pertence 
que não será utilizado no laboratório;
• Lavar sempre as mãos ao entrar e antes de sair do laboratório;
• Usar avental, luvas e protetor capilar;
31ANÁLISES INSTRUMENTAIS
• Não fumar, comer ou ingerir líquidos no laboratório;
• Não tocar os olhos, boca e nariz com as mãos;
• Não umedecer etiquetas com a língua.
• Não usar avental para limpar objetos ou instrumentos de trabalho.
• Tratar imediatamente qualquer ferimento provocado durante o trabalho (cortes e arranhões).
• Comunicar imediatamente ao chefe imediato, qualquer suspeita de haver contraído uma enfermi-
dade indicando o material ou o microrganismo com o qual estava trabalhando no momento.
• Planeje! Mantenha ordem!
• Seja tranquilo, constante e metódico!
• Limpar e desinfetar a superfície da bancada de trabalho, antes e após a tarefa de cada dia!
• Anote:
• tipo de amostra;
• data e hora da chegada ao laboratório;
• qualquer outra observação prévia à análise;
• Use instrumentos estéreis!
• Todo o material deve seguir preferencialmente a sequência abaixo:
• Esterilização 
• Lavagem
• Secagem 
• Esterilização 
• Armazenamento.
• Os cultivos, após a leitura, devem ser esterilizados.
• Deixar todo o laboratório limpo e ordenado para o dia seguinte.
32 QUÍMICA
3.1 COLORAÇÃO DE GRAM
É uma coloração amplamente empregada na microbiologia para identifi car alguns grupos 
bacterianos.
A defi nição para a coloração de Gram pode ser dita como uma técnica que permite identi-
fi car grupos específi cos bacterianos através da sua estrutura.
Método proposto pelo médico dinamarquês, Hans Christian Joachim Gram (1853-1938), em 
1884.
Método Coloração de Gram.
A parede celular -> estrutura rígida que está presente em quase todas as bactérias e locali-
za-se acima da membrana citoplasmática.
Contém polímeros complexos conhecidos como peptidioglicanos, que são responsáveis 
pela sua rigidez.
As bactérias podem ser divididas em dois grandes grupos, com base na capacidade de suas 
paredes celulares fi xarem o corante violeta cristal:
• Gram-positivas (que coram em roxo/violeta)
• Gram-negativas (que coram em vermelho/rosa)
A parede celular de bactérias Gram-positivas é composta basicamente por peptideoglicano, 
ácidos lipoteicóicos e polissacarídeos, que constitui uma espessa camada ao redor da célula.
Nas bactérias Gram-negativas,o peptideoglicano constitui uma camada basal delgada, so-
bre a qual se encontra outra camada, denominada membrana externa que é composta por 
lipoproteínas, fosfolipídios, proteínas e lipopolissacarídeos.
Coloração de Gram
3
34 QUÍMICA
Gram-positivas Gram-negativas
O processo de coloração de Gram consiste basicamente em tratar bactérias sucessivamente com cristal 
violeta, lugol, álcool e fucsina.
O cristal violeta e o lugol penetram tanto nas bactérias Gram-positivas quanto nas Gram-
negativas, formando um complexo de cor roxa.
O tratamento com álcool é a etapa diferencial; nas Gram-positivas, o álcool não retira o complexo cristal 
violeta+lugol, pois a sua ação desidratante faz com que a espessa camada de peptideoglicano torne-se 
menos permeável, retendo o corante.
Nas Gram-negativas, devido à pequena espessura da camada de peptideoglicano, o complexo corado 
é extraído pelo álcool, deixando as células descoradas.
O tratamento com fucsina não altera a cor roxa das Gram-positivas, ao passo que as Gram-
negativas descoradas pelo álcool tornam-se avermelhadas.
A coloração de Gram é amplamente utilizada para identificar e classificar bactérias.
35ANÁLISES INSTRUMENTAIS
• Espécie: Staphylococcus aureus
• Forma: cocos
• Doenças: Espinha, furúnculo, celulite, pneumonia, meningite.
• Espécie: Shigella dysenteriae
• Forma: bacilo
• Doenças: desinteria bacteriana.
• Espécie: Streptococcus pyogenes
• Forma: estreptococos
• Doenças: Faringite, celulite, erisipela.
• Espécie: Neisseria gonorrhoeae
• Forma: diplococos
• Doenças: gonorreia, faringite.
36 QUÍMICA
4.1 CULTIVO MICROBIOLÓGICO
Células vivas de Escherichia coli, adicionados ao meio de cultura -> Inóculo.
A Adição do Inóculo ao meio estéril -> Inoculação.
Após a inoculação, o meio de cultura é incubado em condições ideaisonde ocorrerá 
a multiplicação dos microrganismo dando origem a cultura.
• Meio de cultura: substrato nutritivo que permite o crescimento de microrganismos in 
vitro (fora de seu ambiente natural).
• Textura:
• Sólidos;
• Semi-sólido;
• Líquido.
• Composição Química:
• Quimicamente defi nidos ou sintéticos;
• Quimicamente complexos ou naturais;
• Função:
• Simples ou básicos;
• Ricos ou enriquecidos;
• Seletivos (sólido) ou de enriquecimento (líquido);
• Diferenciais;
Cultivo Microbiológico
4
38 QUÍMICA
• Simultaneamente Seletivos e Diferenciais;
• Meios de triagem;
• Dosagem;
• Contagem;
• Estocagem e Manutenção.
4.1.1 MEIOS DE CULTURA – ESTADOS FÍSICOS
Sólido: adição de agentes solidificante (1,5 - 2%)  ágar, gelatina, sílica gel.
Vantagens: permitem observar a morfologia das colônias, isolar culturas puras, conservar e armazenar 
estirpes bacterianas e observar reações bioquímicas específicas.
Semi-sólido: pequena quantidade de agente solidificante (0,1 - 0,5%). 
Vantagens: usados no estudo da mobilidade ativa dos microrganismos e crescimento anaeróbico.
Líquido: sem adição de agentes solidificantes (Caldos Nutritivos).
Vantagens: estudo da morfologia bacteriana, aumentodo número de microrganismos e provas bioquí-
micas (ex: atividade fermentativa)
Meio de Cultura Sólido Meios de Cultura Líquidos
4.1.2 MEIOS DE CULTURA – COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Quimicamente definidos ou sintéticos: constituídos por quantidades conhecidas de substâncias orgâni-
cas e/ou inorgânicas quimicamente puras e bem definidas, ou seja, a sua composição química é conhecida.
Suprem as exigências nutritivas dos microrganismos, em fontes de carbono, nitrogênio, vitaminas, ener-
gia, sais minerais, dentre outros, quando então são conhecidas as necessidades nutricionais específicas
39ANÁLISES INSTRUMENTAIS
Quimicamente complexos ou artificiais: uso de substratos ou substâncias naturais de composição quí-
mica pouco definida a um meio sintético, ou seja, a composição química exata não se conhece.
Simular e até melhorar o ambiente natural dos microrganismos a ser estudados.
Ex: extratos de vegetais (malte, tomate,amido de tubérculos, peptona de soja, etc.) de animais (carne, 
cérebro, fígado, caseína, etc.)
4.1.3 MEIOS DE CULTURA – FUNÇÕES
Simples ou Básicos
Possuem os nutrientes básicos ou essenciais, por isso só crescem microrganismos pouco exigentes que 
tenham grande capacidade de síntese.
Como são meios pobres em nutrientes são insuficientes para suportar o crescimento de microrganis-
mos mais exigentes.
Ex.: Água Peptonada (contém água, peptonas e cloreto de sódio).
Ricos ou Enriquecidos
Adição de outros nutrientes, produzindo meios complexos e ricos.
Usados para a cultura de microrganismos exigentes que têm necessidades nutricionais altamente ela-
boradas e específicas.
Estes microrganismos não crescem ou crescem com dificuldade em meios básicos e por isso requerem 
a adição de fatores de crescimento (são substâncias essenciais para o seu metabolismo, mas que eles não 
são capazes de sintetizar).
Estes meios permitem o crescimento generalizado de todos os microrganismos da amostra.
Um meio rico contém uma grande variedade de substâncias orgânicas: extrato de carne, extrato de 
levedura, sangue, soro, líquido ascítico, infusão de coração e cérebro, etc.
Agar Sangue
Add sangue: 45 - 48°C
Agar Chocolate
Gênero Neisseria.
Brain-Heart infusion
Infusão de cérebro e coração de 
vitela.
Gênero Streptococcus e Neisseria.
40 QUÍMICA
Seletivos (sólidos) ou de Enriquecimento (líquidos)
Contêm um ou mais compostos químicos que são essenciais devido à sua especificidade funcional.
Usados para isolar grupos específicos de microrganismos, pois selecionam um determinado microrga-
nismo de um produto polimicrobiano (expectoração, fezes, saliva, etc.).
Existem meios de cultura 100% seletivos, podendo crescer eventualmente outros microrganismos.
Os agentes de seleção podem ser produtos químicos, corantes (eosina, verde de malaquita, azul de me-
tileno, violeta cristal, verde brilhante, etc.), antimicrobianos, sais minerais (tetrationato de sódio, nitrato de 
potássio, telurito de potássio, cloreto de sódio, etc.), sais biliares, asparagina (promove o crescimento), etc.
Agar Sabouraud
Fungos
pH baixo (5,6), alta concentração 
de glicose, e antibacteriano.
Caldo Verde Brilhante
cocos Gram positivo e bacilos Gram negativos
⇒ Família Enterobacteriaceae
sais biliares e do corante verde brilhante.
41ANÁLISES INSTRUMENTAIS
Diferenciais
Permitem distinguir grupos de microrganismos através da sua aparência no meio (características
morfológicas ou bioquímicas).
Contém substâncias químicas (indicadores) que, após a inoculação e a incubação, assinalam alterações 
características na aparência do crescimento microbiano (colônias) e/ou no meio que rodeia as colônias 
(geralmente por mudança de cor do meio onde existe a colônia) o que permite a sua diferenciação e iden-
tificação.
Meio de Simmons
Citrato - fonte de carbono + azul de 
bromotimol
Metabolizado - ↑pH
α-hemólise β-hemólise γ-hemólise
Agar Sangue
Glóbulos vermelhos intactos fornece informação acerca da capacidade 
hemolítica dos microrganismos.
α-hemólise – lise parcial das hemácias
β-hemólise – lise total das hemácias
γ-hemólise – hemácias permanecem integras
42 QUÍMICA
Simultaneamente Seletivos e Diferenciais
Agar MacConkey
Meio seletivo, pois contém sais biliares e o corante violeta de cristal para inibir o crescimento de bacté-
rias Gram positivo permitindo que as Gram negativo cresçam.
Meio diferencial, pois contém lactose e um indicador de pH (vermelho neutro) permite distinguir entre 
as bactérias Gram negativo que fermentam (ex. E.coli) e as que não fermentam (ex. Salmonella e Shigella) 
esse hidrato de carbono. As colónias das bactérias fermentadoras de lactose aparecem rosadas enquanto 
as outras ficam incolores e até transparentes.
Agar Manitol Sal
Meio seletivo: possui uma grande concentração salina (7,5% NaCl) que inibe a maior parte dos micror-
ganismos permitindo o crescimento das bactérias da família Micrococcaceae (cocos Gram positivo).
Meio diferencial: pois tem presente o álcool manitol e um indicador de pH (vermelho de fenol) que 
passa de vermelho a amarelo se o microrganismo fermentar o manitol.
43ANÁLISES INSTRUMENTAIS
Agar SS (Salmonella-Shigella)
Meio Seletivo: presença de sais biliares e do corante verde brilhante, pois inibem muitas bactérias
Gram positivo. É bom para o isolamento de Salmonella e Shigella.
Meio diferencial: presença de lactose e de um indicador de pH (vermelho neutro) que permite distinguir 
os microrganismos fermentadores da lactose (colónias rosa) dos não fermentadores (colónias da cor do 
meio).
Agar EMB (Eosine Methylene Blue)
Meio seletivo: parcialmente inibidor para microrganismos Gram positivo devido ao azul de metileno, e 
por conseguinte o crescimento dos Gram negativo é mais abundante.
Meio diferencial: presença de lactose e do corante eosina permite diferenciar as bactérias fermentado-
ras das não fermentadoras da lactose.
• Microrganismos fermentadores da lactose: pH (verde metalizado).
• Não fermentadores de lactose: colônias incolores (cor do meio – púrpura).
4.1.4 MEIOS DE CULTURA
• Meios de triagem: avaliam determinadas atividades metabólicas permitindo caracterização e iden-
tificação presuntiva de muitos microrganismos (ágar tríplice açúcar e ferro, meio Instituto Adolfo 
Lutz, uréia, etc.);
• Dosagem: empregados nas determinações de vitaminas, antibióticos e aminoácidos;
• Contagem: empregados para a determinação quantitativa da população microbiana (Agar de Con-
tagem em Placas, TSC, Agar Batata Dextrose, Ágar Baird-Parker, etc.);
• Estocagem ou manutenção: conservação de microrganismos no laboratório, garantindo a viabilida-
de de microrganismos (Ágar Sabouraud, Meios com leite, Ágar suco de tomate, Ágar sangue, Ágar 
Simples, meio semi-sólido, etc.).
44 QUÍMICA
4.1.5 MICROSCOPIA
O microscópio é um instrumento indispensável para os trabalhos laboratoriais, tornando possível a ob-
servação de estruturas invisíveis a olho nu.
• Microscópio Óptico: empregam dois sistemas de lentes, ocular e objetiva, através das quais a ima-
gem ampliada é obtida.
• Microscópio Eletrônico: empregam um feixe de elétrons para produzir a imagem ampliada.
• O microscópio óptico é utilizado para observar células procariotas e eucariotas, e o eletrônico, de-
talhes celulares e vírus.
5.1 ANTIBACTERIANOS
5.1.1 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
Os agentes antimicrobianos, utilizados para o tratamento de infecções,podem ser classifi -
cados, também, de acordo com o principal mecanismo de ação.
Existem cinco principais modos de atuação:
• inibição da síntese da parede celular;
• inibição da síntese de proteínas;
• desestabilização da membrana da célula bacteriana;
• interferência na síntese de ácido nucleico;
• inibição da síntese de folato;
Antibacterianos
5
46 QUÍMICA
Podem também ser usados outros termos como:
• antiinfecciosos: significando os produtos que agem contra a infecção;
• bacteriostáticos: agem contra os bactérias inibindo o crescimento e a duplicação mas não provoca a 
destruição, podendo o microrganismo voltar a crescer com a suspensão do uso do antibiótico;
• bactericidas: agem com efeito letal e irreversível sobre os microrganismos sensíveis;
• fungistáticos: inibindo o crescimento e duplicação dos fungos mas não provoca a destruição, poden-
do o microrganismo voltar a crescer com a suspensão precoce do uso do antibiótico;
• fungicidas: agem com efeito letal e irreversível sobre os fungos sensíveis.
5.1.1.1 ANTIBIOGRAMA
Teste laboratorial realizado para verificar por meios de análise microbiológica, qual o efeito antibiótico 
de um medicamento sob uma espécie de bactéria.
Para inicio tem-se o meio de cultivo que são denominados de Agar, e o Agar utilizado para a realização 
do teste de antibiograma é o Agar Mueller Hinton, que é adicionado à placa de Petri.
Acrescenta-se discos umedecidos com o medicamento avaliado e aguarda-se o crescimento dos mi-
crorganismos. Quanto maior o halode inibição, melhor é o efeito antibacteriano.
47ANÁLISES INSTRUMENTAIS
SENAI– DEPARTAMENTO REGIONAL DE GOIÁS
Sandro Mabel
Presidente da FIEG
Paulo Vargas
Diretor Regional do SENAI de Goiás
Claudemir José Bonatto
Diretor de Educação e Tecnologia SESI e SENAI (DET)
Osvair Almeida Matos
Gestor do Núcleo Integrado de Educação a Distância
Paulo de Sá Filho
Coordenador do NIEaD
Alessandro Guimarães Andrade
Waléria Corrêa de Oliveira Teixeira
Diagramação e Projeto Gráfico
2021
SESI-GOIÁS
Avenida Araguaia, nº1.544 - Edifício Albano Franco, Vila 
Nova. Goiânia - GO, CEP: 74.645-070.
Telefone: (62) 3219-1040

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