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Material Produzido e Desenvolvido por CEBESA www.cebesa.com.br Simulados comentados www.youtube.com/canalcebesa Facebook www.facebook.com/cebesa.brasil Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 2 CEBESA Curso Preparatório CEA - Certificação de Especialista ANBIMA Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 3 Indice INDICE .........................................................................................................................................................................................3 MÓDULO 1 – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES DO MERCADO (ATÉ 15%) ...............................................6 1.1 COMPOSIÇÃO DO SFN. ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO. .................................................................................... 8 1.2 CÓDIGOS ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS .......................................................................................... 18 1.3 PREVENÇÃO E COMBATE A LAVAGEM DE DINHEIRO OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E VALORES...................................... 19 1.4 NORMAS E PADRÕES ÉTICOS .................................................................................................................................... 22 MÓDULO 2 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA E FINANÇAS (ATÉ 15%)..........................................................................26 2.1 CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA ........................................................................................................................... 27 2.2 FUNDAMENTOS DE FINANÇAS ................................................................................................................................... 31 MÓDULO 3 - INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA, RENDA VARIÁVEL E DERIVATIVOS (ATÉ 25%) ...........................................32 3.1 RENDA FIXA ........................................................................................................................................................... 33 3.2 RENDA VARIÁVEL ................................................................................................................................................... 66 3.3 CONTRATOS DERIVATIVOS ........................................................................................................................................ 86 3.4 COE – CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS ................................................................................................. 108 3.5 TRIBUTAÇÃO PARA PESSOAS FÍSICAS E PESSOAS JURÍDICAS RESIDENTES NO BRASIL ........................................................ 109 3.6 CLEARING HOUSES - SISTEMAS DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA ........................................................................................ 116 MÓDULO 4 – FUNDOS DE INVESTIMENTO (ATÉ 20%) ..........................................................................................................118 4.1 FUNDOS DE INVESTIMENTOS – CONCEITOS, FUNÇÕES, REGULAMENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS ......................................... 119 4.2 CLASSIFICAÇÃO CVM ............................................................................................................................................ 130 4.3 DEMAIS FUNDOS DE INVESTIMENTOS ....................................................................................................................... 133 4.4 PERCENTUAIS DOS FUNDOS ................................................................................................................................... 135 4.5 CLASSIFICAÇÃO FUNDOS INVESTIMENTO ANBIMA ...................................................................................................... 136 4.6 CÓDIGO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS (FUNDOS DE INVESTIMENTO ................................................................ 139 4.7 CARTEIRA ADMINISTRADA ..................................................................................................................................... 142 4.8 TRIBUTAÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS E CARTEIRA ADMINISTRADA ................................................................... 143 MÓDULO 5 – PRODUTOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (ATÉ 15%) ...........................................................................148 5.1 PLANOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 149 5.2 AGENTES REGULADORES E LEGISLAÇÃO .................................................................................................................... 149 5.3 PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL) ...................................................................................................... 150 5.4 VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (VGBL) ........................................................................................................ 150 5.5 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ................................................................................................................................... 150 5.6 ADEQUAÇÃO DOS PRODUTOS ................................................................................................................................. 154 5.7 CLASSIFICAÇÃO ANBIMA ........................................................................................................................................ 155 5.8 TRIBUTAÇÃO PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 157 5.9 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO UTILIZANDO PLANOS DE PREVIDÊNCIA: LIMITES DE APLICAÇÃO EM FUNÇÃO DO PLANO .......... 160 5.10 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS DE PREVIDÊNCIA; ESCOLHA E DIMENSIONAMENTO DE UM PLANO DE PREVIDÊNCIA .................... 161 MÓDULO 6 – GESTÃO DE CARTEIRAS E RISCOS (ATÉ 20%) .................................................................................................163 6.1 PRINCÍPIOS DE ESTATÍSTICA .................................................................................................................................... 164 6.2 RISCO, RETORNO E MERCADO ................................................................................................................................ 173 6.3 SELEÇÃO DE CARTEIRAS E MODELO DE MARKOWITZ .................................................................................................. 174 6.4 MODELO DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS – CAPM ....................................................................................................... 183 6.5 ALOCAÇÃO DE ATIVOS ........................................................................................................................................... 189 6.6 ACORDO DE BASILÉIA – CONCEITO INTERNACIONAL E SUAS APLICAÇÕES NO BRASIL (NORMAS E REGULAÇÃO – RELAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA NO BRASIL). .............................................................................................................................................................. 192 6.7 GESTÃO DE RISCOS EM FUNDOS E CARTEIRAS ADMINISTRADAS .................................................................................... 194 MÓDULO 7 – PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTOS (ATÉ 25%) ...........................................................................................200 7.1 API (CÓDIGO ANBIMA / INST. CVM 539) .................................................................................................................201 7.2 DECISÕES DO INVESTIDOR NA PERSPECTIVA DE FINANÇAS COMPORTAMENTAIS ............................................................... 203 7.3 PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTO .......................................................................................................................... 210 Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 4 AVISOS IMPORTANTES Objetivo do Curso: englobar o conteúdo exigido no exame online de CERTIFICAÇÃO CEA ANBIMA. Conforme ARTIGO 59 do Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas Para o Programa de Educação Continuada, isenta-se a INSTITUIÇÃO ANBIMA de qualquer responsabilidade, utilização, elaboração, bem como publicação ou qualquer meio de divulgação deste curso. Serão apresentados de maneira clara e objetiva todos os tópicos para a devida preparação na certificação ao aluno. Segundo a Anbima, autorizada pela CVM, a CERTIFICAÇÃO CEA se destina a certificar Profissionais das Instituições Participantes que assessoram os gerentes de contas de investidores pessoas físicas em investimentos, podendo indicar produtos dos mercados financeiro, de capitais e de previdência complementar aberta, disponíveis em sua instituição. Considera-se "investimentos": os títulos, valores mobiliários, incluindo os derivativos, disponíveis no mercado financeiro e de capitais brasileiro, e os produtos de previdência complementar aberta disponíveis no mercado, conforme legislação em vigor. Não são considerados como especialistas de investimento os Profissionais que apenas executam ordens e os Profissionais que assessoram os gerentes de contas de investidores pessoas físicas exclusivamente uma única modalidade de investimento. Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 5 PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO CONTINUADA ANBIMA A ANBIMA é a principal entidade representante das instituições financeiras que atuam no mercado financeiro brasileiro, certificando profissionais para atuação com produtos financeiros junto ao público investidor em geral. Em conformidade com a Resolução 3.158 e 3.309 do Conselho Monetário Nacional houve, por meio de autorização da CVM e por iniciativa da ANBIMA (união da ANDIMA e da antiga ANBID) em conjunto com a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), estabelecimento de exame de certificação (objeto deste curso preparatório) destinado a elevar significativamente a qualidade no conhecimento e propagação do mercado financeiro e seus produtos de investimento. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Neste curso serão abordados os módulos abaixo relacionados (percentual de composição do conteúdo no Exame de Certificação CEA 1º Módulo: Sistema Financeiro Nacional e Regulação dos Mercados (Proporção: de 5% a 15%) 2º Módulo: Fundamentos de Economia, Finanças e Estatística (Proporção: de 5% a 10%) 3º Módulo: Produtos de Renda Variável, Renda Fixa e Contratos Derivativos (Proporção: de 15% a 25%) 4º Módulo: Fundos de Investimento e Produtos de Previdência Complementar (Proporção: de 25% a 35%) 5º Módulo: Gestão de Carteiras e Riscos (Proporção: de 10% a 20%); 6º Módulo: Planejamento de Investimento (Proporção: de 20% a 30%) Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 6 Módulo 1 – Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado (até 15%) Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 7 Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 8 1.1 Composição do SFN. Órgãos de Regulação e Fiscalização. 1.1.1 Órgãos de Regulação, Autoregulação e Fiscalização Conceito de Sistema Financeiro Nacional Conjunto de instituições públicas e privadas. O SFN se divide em dois grupos: Normativo e Operativo. Possui como principais objetivos viabilizar, intermediar, regular e coordenar a relação geral nos mercados financeiros entre os Agentes Poupadores (Superavitários em Recursos) e os Agentes Tomadores (Deficitários em Recursos). CMN – Conselho Monetário Nacional (Min. Fazenda / Min. Planejamento / Presidente Bacen) • Normatizar a constituição e regulamento das instituições financeiras; • Determinar/Estabelecer a Política Economica em geral • Aprovar as emissões de papel moeda (R$ - reais); • Estabelecer as medidas e políticas necessárias para o equilíbrio econômico (Redesconto e Compulsório); *****DEFINE A META DE INFLAÇÃO – IPCA***** BACEN – Banco Central do Brasil Autarquia Federal. Principal órgão executor da economia onde sua principal função é de praticar as disposições da legislação em curso do CMN. • Controlar o Crédito! • Executar as políticas econômicas estabelecidas no CMN (Fiscal, Monetária e Cambial); • Efetuar as emissões de papel moeda (R$ - reais); • Compra e venda de Títulos Públicos Federais (Open Market); • Fiscalizar as Instituições Financeiras CMN x BACEN (competências) CMN é um órgão unicamente NORMATIVO, Verbos: Determinar, Disciplinar, Limitar, Definir, Estabelecer e Regular. BACEN é o órgão executor da POLÍTICA ECONÔMICA. Verbos: Regular, administrar, emitir, receber, autorizar, fiscalizar, controlar e exercer. Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 9 Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP Órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; é composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da Previdência Social, Superintendente da Superintendência de Seguros Privados, representante do Banco Central do Brasil e representante da Comissão de Valores Mobiliários. Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor. Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) – Supervisor Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. Responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. Dentre suas atribuições estão: fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. Conselho Nacionalde Previdencia Complementar - CNPC Órgão com a função de regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar. O CNPC é presidido pelo ministro da Previdência Social e composto por representantes da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas entidades. Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 10 Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC (Supervisor) A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). A Previc atua como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar. O Decreto nº 7.123, de 03 de março de 2010, dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) e dá outras providências. CVM – Comissão de Valores Mobiliários A CVM é uma autarquia subordinada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de órgão normativo que executa as diretrizes definidas para o mercado de valores mobiliários. Neste mercado, são negociados diversos - Valores Mobiliários e Títulos – tais como: Ações, Debêntures e Fundos de Investimento (cotas). Os principais objetivos da CVM são: Medidas de incentivo aos investimentos junto ao mercado de valores mobiliários; Regular e coordenar o funcionamento das bolsas de valores; Garantir a legalidade e procedimentos transparentes na negociação dos títulos e valores mobiliários; Fiscalização de emissão de títulos, ofertas de distribuição, registro, e demais atividades de negociação utilizadas nas Bolsas pelas firmas de capital aberto (S/A’s) e Corretoras e Distribuidoras de Valores Mobiliários. 1.1.2 Instituições Financeiras: Bancos Múltiplos, Bancos Comerciais, Bancos de Investimento Viabilizam a transferência de recursos dos Agentes Superavitários (poupadores) aos Agentes Deficitários (captadores) da economia. As Instituições Financeiras realizam “operações ativas” (ex: empréstimos, financiamentos, CDC) e/ou “operações passivas” (poupança, CDB, aplicações). Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 11 O Mercado Financeiro é o ambiente em que os agentes econômicos tramitam os recursos financeiros de acordo com suas necessidades e disponibilidades. Essa negociação é intermediada por instituições financeiras. O Mercado Financeiro pode ser dividido em quatro mercados distintos: Crédito: onde é realizada a intermediação financeira direta via empréstimos bancários aos agentes deficitários. Monetário: onde são transacionadas operações entre as instituições financeiras, como os Bancos Comerciais e o Tesouro Nacional, funcionando como eficiente mecanismo de controle de liquidez de Open Market1. Grande volume de valores diariamente. Cambial: em que se realizam operações de compra e venda de moeda estrangeira. Capitais: agentes poupadores adquirem valores mobiliários emitidos diretamente pelos agentes deficitários da economia, capitalizando-os. Bancos Comerciais São as instituições financeiras mais comuns do sistema financeiro operativo. Realizam a intermediação financeira quando adquirem recursos financeiros numa ponta, e em outra, lançam empréstimos de curto a médio prazo destinados a pessoas físicas e jurídicas (comerciais, de serviços e da indústria). Captam $$ recursos por meio de depósitos à vista em contas correntes; à prazo em CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou RDB (Recibo de Depósito Bancário). Ofertam $$ recursos através de empréstimos gerando moeda escritural, na forma de operações de ativos financeiros como CDC (Crédito Direto ao Consumidor) Bancos de Investimento Instituições Financeiras que ofertam crédito em prazo médio a longo (mínimo de 1 ano) por meio de financiamentos e capital de giro. Pela Resolução 2624/99, estas IF’s podem ter contas correntes, desde que não tenham remuneração, não ofertem depósitos a vista, nem serviços com emissão de cheques pelos Titulares. **NÃO POSSUEM CONTAS CORRENTES C/ CHEQUES** Bancos Múltiplos Efetuam a conjunção de diversas carteiras em um mesmo conglomerado financeiro. Trata- se de uma mesma instituição que possui mais de um CNPJ com diferentes (CARTEIRAS) atividades Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 12 de intermediação. Algumas carteiras principais são: comercial, investimento, crédito imobiliário, crédito, financiamento e investimento, desenvolvimento e leasing. Para ser denominada como banco múltiplo, a instituição financeira deve possuir pelo menos (2) carteiras distintas, sendo uma delas obrigatoriamente, ou comercial ou de investimento. 1.1.3 Outros Intermediários: Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários; Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários. Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários São as instituições financeiras do sistema operativo, fiscalizadas pela CVM, que operam no mercado acionário de bolsas de valores e mercadorias. Efetuam a compra, venda e distribuição de ações, títulos e valores mobiliários, e derivativos diversos (contratos, mini-índices, opções). Funções: Emitir ordens de própria titularidade; Atuar em operações de câmbio; Gerir fundos de investimento. Homebroker – serviço de compra e venda de ações on line, via internet, pelo próprio titular. Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários Instituições Financeiras que facilitam a liquidez dos mercados. Possuem como finalidade a intermediação de valores mobiliários. Também são fiscalizadas pela CVM, e até 2009, se distinguiam das corretoras por não poderem operar no recinto das bolsas de valores. Por decisão do BACEN e da CVM as distribuidoras já podem atuar nos mercados organizados das Bolsas. Funções: Participar de ofertas públicas de ações; Operar nos mercados financeiro e de capitais por conta e ordem de terceiros; Intermediar operações de câmbio. 1.1.4 Bolsas de Valores Sociedades Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários atuam neste mercado. Existem 4 formas de negociação no ambiente das bolsas: mercado à vista; mercado a termo; mercado de opções e mercado futuro de ações. As partes que negociam em bolsa permanecem no anonimato, e os contratos são pré-estabelecidos e padronizados. Maior liquidez com maior número de participantes. Curso Preparatório Certificação CEA Anbimawww.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 13 Investimentos Comercializados em Bolsa de Valores Ações BDRs Debêntures CRI’s (Certificados de Depósito Imobiliário) Notas Promissórias Fundos Inv. Imobiliários Bônus de Subscrição PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa) FIDC (Fundos Inv. Direitos Creditórios) Mercado de Balcão Organizado Negociações de títulos e contratos de origem particular onde estes parâmetros são menos rígidos e estabelecidos entre os próprios agentes (customizados). A negociação de títulos e valores mobiliários é de forma eletrônica. A Sociedade Operadora do Mercado de Ativos S/A – SOMA é uma instituição auto-reguladora responsável por administrar o mercado de balcão organizado. Investimentos Comercializados em Balcão Organizado Ações Debêntures CRIs Notas Promissórias Fundos Inv. Imobiliários Bônus de Subscrição FIDC (Fundos Inv. Direitos Creditórios) Mercado de Balcão Não-organizado Não há local físico próprio. Não existe a coordenação de uma bolsa de valores, nem da SOMA, sendo negociadas ações de empresas não registradas e outras espécies de títulos. As transações são normalmente conduzidas pelo telefone. Participam deste mercado corretoras, distribuidoras, alguns bancos e pessoas físicas. Não há supervisão nem registro de liquidação dos ativos. BM&F Bovespa Instituição Financeira na forma de sociedade anônima, resultante da fusão em 2008 da Bolsa de Mercadorias e Futuros (antiga BM&F) com a Bolsa de Valores de São Paulo. Fiscalizada pela CVM, a Bolsa de Valores coordena diversas operações no mercado de balcão organizado à vista ou futuro de compra e venda de: ações, derivativos, commodities, entre outros títulos e contratos. 1.1.5 Tipos de Investidores Investidor Profissional Conforme instrução CVM 554, consideram-se investidores profissionais: I. instituições financeiras e demais autorizadas pelo BACEN; Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 14 II. companhias seguradoras e sociedades de capitalização; III. entidades abertas e fechadas de previdência complementar; IV. pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 10.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio; V. fundos e clubes com carteira gerida por profissional autorizado pela CVM; VI. agentes de investimento, administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios; VII. investidores não-residentes Investidor Qualificado Conforme instrução CVM 554, consideram-se investidores qualificados: I. Investidores profissionais; II. pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio; III. clubes de investimento geridos por investidores qualificados. Investidor Não-Residente Considera-se investidor não residente, individual ou coletivo, as pessoas físicas ou jurídicas, os fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência, sede ou domicílio no exterior. As movimentações financeiras com o exterior, decorrentes das aplicações de não- residentes somente podem ser efetuadas mediante câmbio. O investidor não-residente deve: Constituir um representante legal no Brasil; Obter registro junto à Comissão de Valores Mobiliários. Nomear instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central, caso não seja instituição financeira. Registrar os recursos financeiros oriundos das aplicações no Banco Central do Brasil, na forma da regulamentação. Compete ao representante constituído: Responder pelo Investidor Não-Residente junto à CVM e Bacen. Manter sob sua guarda o contrato de representação e demais registros necessários a atividade de representação. Manter atualizados os registros do não-residente. Comunicar imediatamente ao Banco Central do Brasil e à Comissão de Valores Mobiliários o cancelamento do contrato de representação observadas as Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 15 respectivas competências, e a ocorrência de qualquer irregularidade de seu conhecimento. Os ativos financeiros e os valores mobiliários negociados devem: I - ser registrados, custodiados ou mantidos em conta de depósito em instituição ou entidade autorizada à prestação desses serviços pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários; ou II - estar devidamente registrados em sistemas de registro, liquidação e custódia reconhecidos pelo Banco Central do Brasil ou autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários, em suas respectivas esferas de competência. Ficam vedadas quaisquer transferências ou cessões de titularidade, no exterior, de investimentos ou de títulos e valores mobiliários pertencentes a investidor não residente. 1.1.6 EFPC – Entidade Fechada de Previdência Complementar São os fundos de pensão. São constituídos como sociedades limitadas ou como Fundações, sem fins lucrativos, o propósito de formar planos privados de ofertas de rendas, de pecúlio (indenizações) e benefícios semelhantes como os da previdência social, mediante aportes de seus participantes e de seus empregadores. Dependem de prévia autorização do Conselho Nacional de Previdência Complementar, vinculado ao Governo Federal, através da PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar. Os recursos das carteiras de investimentos das EFPC devem ser alocados em: IV. renda fixa (baixo ou médio e alto risco de crédito); V. renda variável (carteira de ações em mercado, carteira de participações ou carteira de renda variável – outros ativos); VI. investimentos estruturados; VII. investimentos no exterior; VIII. imóveis; IX. Operações com Participantes RENDA FIXA (art.18 Res. CMN 3792) I. os títulos da dívida pública mobiliária federal; II. os títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais; III. os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen; IV. os depósitos em poupança em instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen; Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 16 V. os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão de companhias abertas, incluídas as Notas de Crédito à Exportação (NCE) e Cédulas de Crédito à Exportação (CCE); VI. as obrigações de organismos multilaterais emitidas no País; VII. os certificados de recebíveis de emissão de companhias securitizadoras; VIII. as cotas de fundos de investimento em direitos creditórios e as cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios; IX. as debêntures de infraestrutura emitidas na forma disposta no art. 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011, por sociedade por ações, aberta ou fechada, cuja oferta pública tenha sido registrada na CVM, ou que tenhasido objeto de dispensa, e que possuam garantia de títulos públicos federais que representem pelo menos trinta por cento do principal na data de vencimento dos compromissos estipulados na escritura de emissão, observadas as normas da CVM; e X. as cotas de fundos de investimento admitidas à negociação no mercado secundário por intermédio de bolsa de valores, na forma regulamentada pela CVM, cujas carteiras visem refletir as variações e rentabilidade de índices de referência de renda fixa e que apresentem prazo médio de repactuação igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias, (Fundo de Índice de Renda Fixa), conforme regulamentação estabelecida pela CVM. § 1º Os títulos ou valores mobiliários de emissores não relacionados nos incisos deste artigo somente podem ser adquiridos se observadas as seguintes condições: I. com coobrigação de instituição financeira autorizada a funcionar pelo Bacen; II. com cobertura de seguro que não exclua cobertura de eventos relacionados a casos fortuitos ou de força maior e que garanta o pagamento de indenização no prazo máximo de 15 (quinze) dias após o vencimento do título ou valor mobiliário; III. com coobrigação de instituição financeira, no caso de cédula de crédito imobiliário (CCI); ou IV. com emissão de armazém certificado, no caso de warrant agropecuário (WA). § 2º Os títulos e valores mobiliários recebidos como lastro em operações compromissadas são classificados no segmento de renda fixa e devem ser considerados no cômputo dos limites estabelecidos nesta Resolução RENDA VARIÁVEL (art.19 Res. CMN 3792) I. as ações de emissão de companhias abertas e os correspondentes bônus de subscrição, recibos de subscrição e certificados de depósito; II. as cotas de fundos de índice, referenciado em cesta de ações de companhias abertas, admitidas à negociação em bolsa de valores; III. os títulos e valores mobiliários de emissão de sociedades de propósito específico (SPE), com ou sem registro na CVM, excetuando-se as debêntures de infraestrutura mencionadas no inciso IX do art. 18; IV. as debêntures com participação nos lucros; V. os certificados de potencial adicional de construção (CEPAC), de que trata o art. 34 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001; VI. os certificados de Reduções Certificadas de Emissão (RCE) ou de créditos de carbono do mercado voluntário, admitidos à negociação em bolsa de valores, de mercadorias e futuros ou mercado de balcão organizado, ou registrados em sistema de registro, custódia ou liquidação financeira devidamente autorizado pelo Bacen ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de competência; e Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 17 VII. os certificados representativos de ouro físico no padrão negociado em bolsa de mercadorias e de futuros. Parágrafo único. A SPE, mencionada no inciso III deste artigo, deve: I. ser constituída para financiamento de novos projetos; II. ser constituída para financiamento de novos projetos, incluindo aqueles decorrentes de concessões e permissões de serviços públicos; III. ter prazo de duração determinado e fixado na data de sua constituição; IV. ter suas atividades restritas àquelas previstas no objeto social definido na data de sua constituição Embora seja considerado Investidor Profissional, o Fundo de Previdência deverá respeitar os critérios aplicados aos Fundos de Varejo caso exista taxa de performance (COBRANÇA SEMESTRAL / LINHA DE ÁGUA E MÍN 100% BENCHMARK). Podem ainda realizar investimentos estruturados, investimentos no exterior, investimentos em imóveis e financiar seus participantes. Rentabilidade das EFPC: Taxa Selic, a taxa DI-Cetip, o IMA e seus sub-índices . Os índices de referência admitidos para as carteiras de renda fixa são a taxa Selic, a taxa DI-Cetip, o IMA (Índice de Mercado Anbima) e seus sub-índices ou outros índices aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social e da CVM. Taxa Performance das EFPC A taxa de performance, está condicionada a que o pagamento da referida taxa atenda às seguintes condições: I - rentabilidade do investimento superior a valorização de, no mínimo, cem por cento do índice de referência; II - montante final do investimento superior ao capital inicial da aplicação ou ao valor do investimento na data do último pagamento; III - periodicidade, no mínimo, semestral; IV - forma exclusivamente em espécie; e V - conformidade com as demais regras aplicáveis a investidores que não sejam considerados qualificados, nos termos da regulamentação da CVM. Limites de Carteiras das EFPC Segmento de Aplicação Limite Mínimo Limite Máximo Renda Fixa 0% 100% Renda Variável 0% 70% Investimentos Estruturados 0% 20% Investimentos no Exterior 0% 10% Imóveis 0% 8% Operações com Participantes 0% 15% Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 18 Itens VEDADOS às EFPC: Aquisição de ações de companhias fechadas (exceto as que integram o Bovespa Mais). Utilização de estratégia de alavancagem em derivativos. Efetuar operações Day trade. Concessão de operações de crédito aos patrocinaores 1.2 Códigos ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas 1.2.1 Atribuições da ANBIMA: Condução dos Processos de Regulação e Melhores Práticas das Instituições e dos Mercados. A ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais é a representante das instituições que atuam nos mercados financeiro e de capitais. A Associação representa mais de 340 instituições, dentre bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Atuando como agente regulador privado, a ANBIMA criou e supervisiona o cumprimento das regras de sete Códigos de Regulação e Melhores Práticas, atuando conjunta e construtivamente com as instituições públicas brasileiras para regular as atividades das entidades que atuam nos mercados financeiro e de capitais Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários Estabelece as melhores práticas a serem adotadas pelo mercado (coordenadores de ofertas), quando de uma oferta pública de valores mobiliários. Os principais documentos a serem analisados são os prospectos da oferta; anúncios legais e publicidade; e carta de conforto (auditoria independente). Regulação e Melhores Práticas de Fundos de Investimento Sua função é estabelecer parâmetros pelos quais as atividades das instituições participantes abaixo definidas, relacionadas à constituição e funcionamento de fundos de investimento, devem se orientar e definir: I. A concorrência leal; II. A padronização de seus procedimentos; III. A maior qualidade e disponibilidade de informações sobre fundos de investimento, especialmente por meio do envio de dados pelas instituições participantes à ANBIMA; e IV. A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado. Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 19 Programa de Certificação Continuada Determina os princípios e regras que devem ser observados pelas instituições participantes e pelos profissionais que atuam no mercado financeiro, no que diz respeito a sua conduta no desempenho das atividades. Distribuiçãode Produtos de Investimento no Varejo As instituições participantes seguirão os parâmetros relativos à atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo - oferta de Produtos de Investimento, de forma individual ou coletiva, resultando ou não em aplicação de recursos. Deverão estar habilitadas para distribuir Produtos de Investimento, nos termos da regulamentação em vigor. 1.3 Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores. Dos crimes precedentes (Lei 9613/98) - antiga Tráfico de drogas Terrorismo e seu financiamento Contrabando e tráfico de armas Corrupção Seqüestro Crime contra o sistema financeiro Praticado por organização criminosa (quadrilha) (Lei 12683/12) - nova “Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de INFRAÇÃO PENAL.” ***Prestem atenção. Dentre os crimes acima (lei 9613), furto ou assalto (apenas 1 delinqüente) não estava qualificado como crime precedente. Se a prova estiver atualizada, a nova Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 20 lei que rege a lavagem é a 12.683/12 deste ano, onde qualquer crime que gere infração penal poderá ser considerado como precedente de lavagem de dinheiro. Pena (leis 9613/98 e 12683/12) Pena de 3 a 10 anos E multa. (***cuidado, na prova colocam OU, e se marcar como correta você poderá perder a questão). Obs: Nova lei (A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.) Princípio da Boa Fé e Transparência no inquérito de Lavagem “§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o AUTOR, COAUTOR OU PARTÍCIPE (funcionários das instituições financeiras e agentes certificados pela Anbima) colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.” Sonegação Fiscal Conforme a lei 9613/98, NÃO se caracteriza como crime precedente. Cuidado! Responsabilidade pelo processo de Lavagem Todos os envolvidos. Os agentes certificados e as instituições financeiras também. Cuidado com algumas questões “sem ônus para as IF’s”. Isto é falso. Fases (Ciclo da Lavagem) 1º. Colocação – inserir dinheiro do crime / infração penal no sistema financeiro, compra de bens negociáveis (apartamentos, jóias, ouro, VALORES MOBILIÁRIOS, abertura de conta com depósito de valores oriundos “dinheiro sujo”) 2º. Ocultação – efetuar movimentações para numerosas contas que em sua soma total gerem significativas quantias. A ocultação serve para distorcer o rastreamento. Diversos valores transacionados abaixo do limite estabelecido (atualmente R$ 10.000,00) que em sua habitualidade e soma total configurem uma burla deste mesmo limite. Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 21 3º. Integração – a última fase onde se consegue “esquentar o dinheiro”, pois após a ocultação estes valores que retornam podem ser utilizados para declaração de IR parecendo dinheiro “limpo”. Indícios • Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio/atividade do cliente; • Resistência em facilitar informações; • Numerosos depósitos em pequeno valor a um mesmo cliente; • Câmbio sem causa plausível; • Praças de fronteiras. Prevenção e controle Anti-Lavagem Princípio KYC – Conheça seu Cliente (Distribuidores de Investimentos e Agentes Certificados): Cada instituição é responsável dentro de um sistema próprio de controle anti-lavagem. Operações suspeitas acima do limite estabelecido deverão ser reportadas ao SISCOAF / SISBACEN (órgãos competentes). O Cadastro dos clientes sempre deverá estar atualizado. Este mesmo cadastro e as transações dos clientes deverão estar armazenadas até 5 ANOS após o encerramento da conta e/ou última movimentação ocorrida. Deverão comunicar ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras – órgão subordinado também ao Ministério da Fazenda) as suspeitas, ABSTENDO-SE DE DAR CIÊNCIA DE TAL ATO A QUALQUER PESSOA, inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou realização. Ou seja CUIDADO!! NUNCA DEVEREMOS INFORMAR O CLIENTE QUE ELE ESTÁ SENDO ALVO DE INVESTIGAÇÃO! IF’S que não observarem as regras: “...II - multa pecuniária variável não superior: a) ao dobro do valor da operação; b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 22 IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou funcionamento. § 2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art. 9o, por culpa ou dolo: II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10; III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição formulada nos termos do inciso V do art. 1;... Valores da Comunicação Anti–Lavagem a) Transações acima de R$ 10.000,00 (inclusive) e não suspeitas deverão ficar registradas internamente na instituição financeira. b) Transações acima de R$ 10.000,00 (inclusive) e suspeitas deverão ficar registradas internamente, assim como enviadas ao conhecimento do SISCOAF / SISBACEN c) Transações acima de R$ 100.000,00 (inclusive) independentemente de aparente idoneidade ou suspeita, deverão ser comunicadas ao SISCOAF/SISBACEN 1.4 Normas e Padrões Éticos 1.4.1 Controles Internos O Conselho Monetário Nacional estabeleceu que as instituições financeiras e demais autorizadas a funcionar pelo BACEN devem possuir sistemas internos de controle e compliance para as atividades desenvolvidas, a fim de mantê-las em conformidade com os procedimentos pré- definidos e normas legais aplicáveis. Estes controles internos são definidos pela Diretoria das Instituições Financeiras, e devem compreender: I. Definição das responsabilidades dentro da instituição; II. Segregação das atividades a fim de evitar o conflito de interesses na organização; III. Existência de adequados canais de comunicação que assegurem o acesso confiável às informações; IV. Monitoramento e medidas necessárias e cabíveis em desvios. Os relatórios devem estar disponíveis ao Banco Central do Brasil por um período de 5 anos. Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 23 Segregação de Atividades (Chinese Wall) - uma das medidas utilizadas pelas Instituições a fim de ser evitado o conflito de interesses é a separação das atividades das organizações em departamentos ou diretorias diferentes, ou até mesmo a separação das áreas em empresas distintas. Esta prática se denomina “muralha da China”. As resoluções que determinam estaseparação são (2451, 2486 e 2616). Política de Segurança da Informação - os colaboradores das Instituições Financeiras não devem expor nenhuma informação da Empresa ou de seus Clientes sem o seu prévio consentimento, salvo sob determinação da justiça, inclusive, mas não limitado a, defender-se contra acusações de má prática de sua parte e/ou em relação a uma disputa civil entre o Agente Certificado e o cliente. Este principio vai ao encontro da Lei Complementar nº105/01 que trata do Sigilo Bancário. Das atividades de Política de Informação: Procedimentos que garantam a segurança física dos dados; Procedimentos que garantam a correta classificação das informações (Confidenciais, Uso Interno, Pública); Controles e níveis de acesso a fim de manter a segurança, integridade e confidencialidade das informações. 1.4.2 Utilização indevida de informações privilegiadas e ética no mercado financeiro Informações Privilegiadas - também conhecida como “insider information” a informação privilegiada tende a gerar benefícios somente aquele que a utiliza. Porém, esta informação utilizada em benefício próprio ou para benefício de terceiros representa prejuízo de outra parte. Diante disto, como boa conduta ética se recomenda: Manter as informações em nível de confidencialidade até que possam ser levadas a domínio público. Informações Relevantes sejam divulgadas como tal. Não utilizá-las em benefício próprio ou de terceiros. Insider Trading - vedada pela CVM a prática do “insider trading” na qual o investidor se posiciona de acordo com informações privilegiadas a fim de obter ganhos em benefício próprio ou de terceiros. Por exemplo, se o alto executivo de uma companhia XYZ sabe que ela está prestes a ser adquirida por sua concorrente. Isto é um fato que irá elevar os preços da XYZ, pelo aumento da Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 24 procura e alta dos papéis. Este executivo vende ou revela esta informação a um grupo de amigos, recomendando a compra destes papéis. Front Running - prática relacionada também a informações de cunho confidenciais, na qual são utilizadas em benefício próprio ou de terceiros. Por exemplo, um operador recebe uma ordem de compra de volume expressivo, que gera alta de preços deste ativo, porém se antecipa e adquire estes ativos antes de sua solicitação. Irá se beneficiar pela alta de preços. Esta prática também é vedada conforme as normas da CVM. Confidencialidade - o Agente Certificado não deve expor nenhuma informação do cliente sem o seu prévio consentimento, salvo sob determinação da justiça, inclusive, mas não limitado a, defender-se contra acusações de má prática de sua parte e/ou em relação a uma disputa civil entre o Agente Certificado e o cliente. Este principio vai ao encontro da Lei Complementar nº105/01 que trata do Sigilo Bancário. Conflito de Interesses – o profissional de finanças deve ser objetivo na prestação de serviços profissionais aos clientes., tendo como foco a necessidade do cliente. Na oferta diária e recomendações de carteiras e produtos de investimentos é exigido do profissional que este seja imparcial. Trata-se de uma qualidade essencial a qualquer profissional. Isoladamente ao serviço prestado ou da competência aplicada em seu trabalho, deve-se agir de acordo com o interesse do cliente. O profissional não deve: Tolerar o conflito de interesses nas negociações; Ofertar produtos que não atendam a vontade do cliente. Evitar possuir atividades paralelas Realizar suas operações financeiras de forma aberta 1.4.3 Código de Varejo As instituições participantes seguirão os parâmetros relativos à atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo - oferta de Produtos de Investimento, de forma individual ou coletiva, resultando ou não em aplicação de recursos. Deverão estar habilitadas para distribuir Produtos de Investimento, nos termos da regulamentação em vigor. Os Produtos de Investimento de mesma natureza podem ser comparados, desde que sejam informadas simultaneamente as datas, os períodos, a fonte das informações utilizadas, os critérios de comparação adotados e demais informações consideradas relevantes para adequada avaliação pelo Investidor dos dados comparativos divulgados. O objeto do código de varejo se refere a: I. Cliente (“Investidor ou Investidores”): pessoas físicas, não atendidas, exclusivamente, pelo segmento de Private Banking de Instituição aderente ao Código ANBIMA de Regulação e Melhores Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 25 Práticas para a Atividade de Private Banking, e pessoas jurídicas atendidas pelo segmento Varejo, conforme definição de cada instituição, exceto pessoa jurídica de direito pú- blico; II. Produtos de Investimento: todos os valores mobiliários e ativos financeiros regulados pela Comissão de Valores Mobiliários e/ou pelo Banco Central do Brasil, respectivamente. Não são considerados Produtos de investimentos, para fins deste Código, a Caderneta de Poupança e os Fundos de Investimento de Previdência Complementar Aberta e Fechada; A IF participante deve prestar informações adequadas com padrões mínimos de informações aos Investidores, e adotar procedimentos formais que possibilitem verificar a adequação dos Produtos de Investimento ao perfil do Investidor (API), e ainda: I. manter os mais elevados padrões éticos e das práticas equitativas no mercado, e estimular o adequado funcionamento da atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; II. manter transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal utilizado e as características do produto; III. promover a qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na atividade; e IV. comprometer-se com a qualidade da atuação na distribuição de produtos e serviços; V. Adotar práticas que promovam a transparência na relação com o Investidor; VI. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas; VII. Efetuar prévia e criteriosa análise quando contratar serviços de terceiros; e VIII. Evitar práticas que possam vir a prejudicar o mercado de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo. Importante: É vedada a divulgação de comparativo entre Produtos de Investimento de diferentes instituições, diferentes naturezas e/ou categoria diversa. Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 26 Módulo 2 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (até 15%) Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 27 2.1 Conceitos Básicos de Economia 2.1.1 Principais Indicadores Econômicos BENCHMARKS: ÍNDICES E TAXAS Palavra ÍNDICE na prova: indicará INFLAÇÃO (variação percentual do preço de produtos e serviços, em um período de tempo, que influencia o nosso poder aquisitivo de compra).Palavra TAXA na prova: indicará JUROS (variação percentual do custo do dinheiro de quem está emprestando) Lembre-se! Quanto maiores os JUROS, mais caras as parcelas, menos consumo, reduzindo a INFLAÇÃO. Taxa SELIC Meta A taxa de juros SELIC Meta fixada na reunião do Copom regula todas as outras taxas do Brasil. Expressas de forma anual (252 dias úteis). Regime de Metas da Economia: 1º CMN – IPCA (anual) 2º COPOM - Taxa Selic Meta (45 dias) Taxa SELIC Over (diária) Formada no financiamento interbancário para operações compromissadas de um dia, ou overnight, com garantia de TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS, listados e negociados no SELIC (COISA DO GOVERNO>TPF). Expressa de forma anual em dias úteis – 252 dias. Taxa DI CETIP - CDI Os Certificados de Depósito Interbancário são Títulos Privados de emitidos pelos Bancos, nas operações de final de dia. Empréstimos entre Bancos (prazo de 1 dia apenas), com objetivo de cobrir o caixa negativo que o banco possa vir a apresentar. Taxa Média Mensal das transações envolvendo o CDI. Expressa de forma anual em dias úteis – 252 dias. Chama-se CETIP, pois o CDI é Título Privado Utilizada também como parâmetro para analisar a rentabilidade de fundos, como os DI, por exemplo. Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 28 TAXAS REFERENCIAL e BÁSICA FINANCEIRA – TR e TBF CALCULADAS pelo BACEN TR – Taxa com redutor sobre a TBF. Índice da Poupança, FGTS, Capitalização. TBF (taxa básica financeira – média da taxa CDB’s de 30 IF’s maiores e selecionadas pelo BACEN). IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) Índice oficial da inflação no Brasil. Calculado de forma SETORIAL pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A colheita dos dados para o cálculo se desenvolve em nove capitais. É o índice estabelecido como parâmetro para meta de inflação definida pelo CMN desde 1999. IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) Índice Geral de Preços - Inflação do Aluguel IGP-M/FGV é composto pelos índices: 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA) – MAIS AFETA O IGPM 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC) 10% Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 29 PIB Representa a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país em determinado período. O PIB Anual Brasileiro leva em consideração somente bens e serviços finais (agregados). Por exemplo, quando somamos no PIB um leite longa vida, a etapa de ordenha animal (intermediário e custos) já está embutida no preço final. INDEPENDE DA NACIONALIDADE DOS AGENTES – Ex. Produção da Bosch e Volkswagen no Brasil é somada no PIB!! Consumo: totalidade dos bens e serviços adquiridos no consumo das famílias, entre bens duráveis, bens não-duráveis e serviços. Investimento: totalidade adquirida pelas empresas de bens de capital e de ativos financeiros que geram recursos. Gastos Governamentais: despesas do Estado (consumo público). (X) Exportações: total dos produtos e serviços nacionais consumidos por outros países (M) Importações: total dos produtos e serviços estrangeiros consumidos no país. PTAX - Taxa de Câmbio PTAX (Reais/Dólar). Divulgada pelo BACEN e calculada pela média das negociações praticadas durante o dia, com liquidação das operações em até (D+2). As operações de câmbio devem manter registros atualizados no SISBACEN pelas instituições financeiras. A taxa de câmbio é determinada pelo mercado através do equilíbrio entre a demanda e a oferta da moeda estrangeira. ***POLÍTICA ATUAL – CÂMBIO FLUTUANTE LIVRE ou FLUTUAÇÃO SUJA *** Política Fiscal Política Fiscal é a forma como o governo efetua seu fluxo de caixa através de diversas medidas que suprem as despesas públicas. A política fiscal determina qual ajuste será feito entre PIB = CIGEI Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 30 suas receitas com impostos arrecadados e as despesas e gastos do setor público. *POLÍTICA FISCAL EXPANSIVA X RESTRITIVA* Política Expansiva - Gera déficit primário, ou seja, quando os gastos superam as receitas. Essa política é adotada quando há uma diminuição de demanda em geral. Redução de impostos e da arrecadação pública. Elevação das despesas do governo com injeção de liquidez. Apoio às exportações (redução da carga tributária). Política Restritiva - Política utilizada nos casos em que o consumo e a demanda estiverem superando capacidade produtiva da economia, podendo gerar um indesejado efeito inflacionário. Gera superávit primário, quando o governo arrecada mais do que gasta. As providências tomadas neste caso seriam: Corte de gastos do governo; Aumento da tributação sobre os bens de consumo. Incentivo às importações, reduzindo barreiras e tarifação. Política Cambial Política federal que orienta o comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio. O Brasil adota um regime de Política Cambial Flutuante SUJA sem Banda Cambial. Em um regime de taxas perfeitamente flutuantes o Bacen não intervém no mercado, permanecendo inalterado as reservas internacionais. Em regimes de câmbio fixo, as reservas internacionais correm risco cambial. Cupom Cambial Utilizado pelo governo para proteger por meio de hedge em operações que estejam atreladas à variação do Dólar. 1 + Variação da Taxa de Juros (SELIC ou DI) 1 + Variação da PTAX (Câmbio) Cupom Cambial = Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 31 Balanço de Pagamentos e Contas Externas São as negociações que ocorrem entre o Brasil e os outros Países. Toda a contabilização destas Contas e Transações Externas é realizada em moeda norte-americana. Duas grandes contas formam o Balanço de Pagamentos. Transações Correntes ou Conta Corrente Balança comercial: Disponibiliza a diferença entre os registros das exportações e das importações de bens entre o Brasil. Superávit (Exportação supera Importação). Déficit (Importação supera Exportação) Conta de Serviços: Os itens mais representativos neste cálculo são as despesas relacionadas com o pagamento dos títulos da dívida externa, remessas externas de proventos de capital estrangeiro (lucros de multinacionais). Transferências Unilaterais: contabilizado pela diferença entre recebimentos e remessas relacionadas com a manutenção de residentes estrangeiros, tais como doações e salários. Conta de Capitais Contabilização da diferença entre a entrada de capitais estrangeiros e a saída de capitais nacionais, relacionados à aquisição de bens e direitos no Brasil ou no Exterior respectivamente. Reservas Internacionais As reservas internacionais, que ficam mantidas junto ao FMI, são formadas após sucessivos superávits na Balança de Pagamentos. Caso o País apresente saldo negativo na Balança, recorrerá a suas Reservas para fechar a conta. Quanto mais expressivas forem as Reservas mantidas, melhorserá o controle de um País em épocas de recessão. 2.2 Fundamentos de Finanças *Ver apostila: MATEMÁTICA FINANCEIRA Balança de Pagamentos Conta Corrente Balança Comercial Contas de Serviços Transferências Unilaterais Contas de Capitais+= Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 32 Módulo 3 - Instrumentos de Renda Fixa, Renda Variável e Derivativos (até 25%) Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 33 3.1 Renda Fixa 3.1.1 Política Monetária e Formação de Taxas de Juros Metas de Inflação A meta para a inflação é determinada de acordo com o IPCA. Responsável por este cálculo é o IBGE. A opção de um Índice que reflete a variação de preços ao consumidor é habitual na maioria dos demais regimes de metas em outros países. Este regime de metas demonstra melhor correspondência para calcular o poder aquisitivo frente o aumento da renda da população. *Meta alcançada – IPCA dentro do viés* Em caso de descumprimento deste viés, o Presidente do BACEN deverá relatar o ocorrido por meio de carta aberta ao CMN - Conselho Monetário Nacional dando explicativas das causas deste descumprimento. Pronunciando quais serão as medidas tomadas para devida correção e o tempo de seu efeito, a fim de retornar à meta estabelecida. COPOM – Comitê de Política Monetária Executa as diretrizes da Política Monetária. Define a taxa de juros básica (TAXA SELIC META) da economia. A cada 45 dias têm reunião. Cumpre a meta da inflação do CMN. (Quanto maiores os JUROS, mais caras as parcelas, menos consumo, reduzindo a INFLAÇÃO.) Política Monetária Básica: Conselho Monetário Nacional (CoMandaN) define a Meta da Inflação (IPCA). COPOM (cumprem a inflação) e definem a Taxa Selic Meta (“Coisa do Governo”). IPCA é a referência utilizada (Inflação Oficial). Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 34 Instrumentos utilizados na Política Monetária Depósito Compulsório - Valor recolhido diretamente ao BACEN sobre os depósitos a vista, à prazo ou poupanças das Instituições Financeiras, de acordo com percentual definido pelo CMN. Open Market - O Open Market (mercado aberto) é a forma que o BACEN utiliza para atuar diretamente na liquidez do sistema econômico brasileiro. O open market é o mercado secundário dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. No mercado primário (geração de caixa para o governo), o Tesouro Nacional realiza leilões toda quarta. O BACEN tem duas alternativas no mercado secundário: Comprar estes Títulos Públicos emitindo meios de pagamento em papel-moeda e aumentando a liquidez do sistema. (quantidade de $$ no Sistema Financeiro). Vender estes Títulos Públicos aos Agentes Superavitários da Economia, “retirando” o papel- moeda anteriormente emitido. Redesconto de Liquidez - Situação na qual o BACEN “empresta dinheiro” a uma Instituição Financeira que esta necessitando de liquidez ($). Cobra neste empréstimo a taxa de redesconto (geralmente a Selic Meta – limitadora das taxas over). Trata-se de outra medida que influencia a liquidez. Política Monetária x Resultados Expansionista (Aumento de Liquidez) Resultado Juros Consumo e Inflação Compulsório Diminuição de % recolhido nos Bancos REDUZ ELEVA Open Market Aquisição de Títulos Públicos c/ Emissão de Moeda REDUZ ELEVA Redesconto Aumento de Prazo das operações e/ou redução da taxa REDUZ ELEVA Contracionista (Redução de Liquidez) Resultado Juros Consumo e Inflação Compulsório Aumento de % recolhido nos Bancos ELEVA REDUZ Open Market Venda de Títulos Públicos (Recolhe moeda dos Bancos) ELEVA REDUZ Redesconto Redução de prazo das operações e/ou aumento da taxa ELEVA REDUZ Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 35 3.1.2 Caderneta de Poupança É a modalidade de investimento mais difundida entre as pessoas. As poupanças mantidas por prazo inferior a um mês (aniversário) não recebem rendimento, que se torna a carência de sua rentabilidade. Possui a garantia do FGC frente insolvência da instituição, até o valor estipulado. Rentabilidade igual para qualquer if: Caso Taxa Selic seja maior que 8,5% ano: (6,17% ano + TR) Caso Taxa Selic esteja igual ou menor que 8,5% ano: (TR + 70% Selic) FGC – Fundo Garantidor de Créditos Entidade sem fins lucrativos. Administrada pelo BACEN é um mecanismo de proteção de créditos contra instituições financeiras. Criado pela Resolução 2.211/95 com personalidade jurídica de direito privado, estabelecendo-se o sistema de garantia de depósitos no Brasil. FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS: Valor de Cobertura Até R$ 250.000,00 por CPF ou CNPJ O que o fundo garante? Depósitos a vista; Depósitos de poupança; Depósitos a prazo (com CDB) ou depósitos sem certificado; Letras de Crédito Imobiliário Demais Produtos da Tesouraria do Banco 3.1.3 Principais características de Títulos Públicos e Privados Títulos de renda fixa são títulos de crédito, ou de emissão de dívida, os quais circulam no mercado financeiro e de capitais, destinados a captar recursos na forma de empréstimos. Os emissores destes títulos podem ser: Governo (Títulos Públicos). Instituições Financeiras e Demais Empresas (Títulos Privados). Formas de Pagamento - títulos geralmente são amortizados no vencimento. Existem Títulos que pagam Cupom de Juros (entre períodos determinados subseqüentes) até o vencimento. Título Zero Cupom é aquele que paga a remuneração e a amortização somente no vencimento (Ex. LTN). Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 36 Resgate Antecipado – Caso o Título permita, o emissor poderá efetuar antecipadamente o pagamento do título, efetuando o resgate antecipado. Títulos Privados, como por exemplo, as Debêntures e os CDB’s, poderão possuir cláusulas relativas. Opção de Compra – o emissor poderá adquirir seu próprio Título. Difere-se de resgate, pois o Título recomprado junto ao credor poderá ser comercializado novamente a outro investidor (mercado secundário) pelo próprio emissor. Vencimento – Assim como os Fundos Fechados, existem Títulos que não possuem vencimento específico. É o caso das Debêntures Perpétuas. Convenants – cláusulas e condições acessórias na emissão de um Título que determinam limitações ao Emissor na condução de sua gestão financeira. A quebra destas cláusulas propicia os credores a tomarem ações preventivas ou corretivas e podem gerar o vencimento antecipado de um Título. Cross Default – Torna o Emissor automaticamente inadimplente ou em atraso caso descumpra pagamentos em quaisquer outros Títulos por ele emitidos. Também pode gerar Vencimento Antecipado de um título. Diagrama Instrumentos de Renda Fixa Curso Preparatório Certificação CEA Anbimawww.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 37 Precificação de Títulos Públicos e Privados e Retorno do Investimento Marcação a Mercado Diariamente os títulos são negociados em mercado secundário e sofrem processo chamado de marcação a mercado (MaM). Neste caso a precificação é feita de acordo com a taxa exigida pelos compradores (mercado). Este processo encontra o PU (Preço Unitário) de determinado título. Muitas vezes nos confundimos, achando que os Títulos Pré-Fixados não possuem variações de preços devido a sua nomenclatura. Título Pré-fixado se comercializa com ágio ou deságio no mercado financeiro e deve ter seu valor calculado diariamente. TÍTULOS DE RENDA FIXA - CARACTERÍSTICAS GERAIS: TÍTULO – INSTRUMENTO (CONTRATO) QUE FORMALIZA A CAPTAÇÃO $$ DE RECURSOS. EMISSOR – FICA COM O DINHEIRO E IRÁ PAGAR PELO TÍTULO – (DEVEDOR - AGENTE DEFICITÁRIO). TITULAR – FICA COM O TÍTULO E IRÁ RECEBER O DINHEIRO – (CREDOR/INVESTIDOR - AGENTE SUPERAVITÁRIO). DATA DE EMISSÃO – DATA DE INÍCIO DO TÍTULO E DOS CÁLCULOS DA REMUNERAÇÃO. DATA DE VENCIMENTO – DATA EM QUE O TÍTULO SERÁ INTEGRALMENTE RESGATADO (AMORTIZADO). PRAZO (DURATION) – PERÍODO ENTRE A EMISSÃO E O VENCIMENTO DO TÍTULO. VALOR DE EMISSÃO – PREÇO PAGO PELO CREDOR (INVESTIDOR NO MERCADO PRIMÁRIO) VALOR NOMINAL OU VALOR DE FACE – VALOR FUTURO DO TÍTULO NO RESGATE (VENCIMENTO). PU (PREÇO UNITÁRIO) – VALOR PRESENTE DO TÍTULO, DESCONTANDO A REMUNERAÇÃO DO VALOR NOMINAL. FORMA DE REMUNERAÇÃO – PRÉ (VALOR DE FACE DETERMINADO) OU PÓS (VALOR DE FACE INDETERMINADO). FORMA DE PAGAMENTO – AMORTIZAÇÃO E JUROS DURANTE O PRAZO OU SOMENTE NO VENCIMENTO. MERCADO PRIMÁRIO – ONDE HÁ A PRIMEIRA TRANSAÇÃO (O TÍTULO VIRA RECURSOS PARA O EMISSOR). MERCADO SECUNDÁRIO – ONDE OS DIFERENTES INVESTIDORES PODEM NEGOCIAR UM TÍTULO, ANTES DO VENCIMENTO, GERANDO LIQUIDEZ DESTES TÍTULOS NO MERCADO FINANCEIRO. Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 38 “A VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS DO MERCADO ATUA DE FORMA INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO PU DE UM TÍTULO PRÉ-FIXADO”. Marcação pela Curva De Juros Anteriormente, alguns Fundos de Investimento adotavam o cálculo da marcação pela curva de juros, que significa precificar o Título descontando o juro inicial embutido na emissão (mercado primário) ao prazo restante (duration) até o vencimento. Ocorre que este tipo de precificação não condiz com a realidade, pois quem põe preço é quem paga (mercado secundário). Hoje esta prática é proibida pela CVM. PU de LTN’s: PU = Valor Nominal / (1+i)n/252, onde: PU: valor da LTN a mercado Valor Nominal: Valor de Resgate i: taxa de mercado anual (base 252 d. Úteis) n: número de dias úteis Exemplo: Em 25-03-15 a LTN 010117 estava a 449 dias úteis do vencimento (01/01/17) e com 13,00% de taxa de juros ao ano. Calcule o PU: Botões Utilizados Tela HP Processo Interno HP ( / ) 0,0000 Limpar o registro (13 / /) 13,0000 Registrar a taxa (1000 / ) 1000,0000 Registrar o valor do resgate (449 / / 252 / / ) 1,7817 Registrar o prazo em anos -804,13 Calcula o PU PU de LFT’s: O preço unitário deste ativo será o um produto entre a COTAÇÃO do ativo com ágio ou deságio, e o do VNA mediante as seguintes fórmula: PU = Cotação/100 x (VNA) Cotação = [100 / 1 + i (deságio) ou - i (ágio)n] O cálculo do PU de LFT leva em conta 2 fatores: VNA: É o cálculo do valor nominal atualizado do investimento. O VNA varia diariamente de acordo com tabela http://www.bcb.gov.br/?SELICLFTLBC com base de R$ 1.000,00 iniciado em 01/07/2000 (trata-se do correção diária da Selic Over de forma fatorial) Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 39 Cotação (ao par, ágio ou deságio): Deságio (aumenta a taxa de desconto) gerando um percentual menor relativo (PU menor). Ruim para o investidor e Bom para o mercado. Ágio (reduz a taxa de desconto) gerando um percentual maior relativo e aumenta o preço unitário. Bom para o investidor que está vendendo título. Ágio (ganho ou especulação do Investidor) e Deságio (ganho ou especulação do mercado). Ao par a cotação sempre se mantém em 100% e não interfere no PU. Exemplo: Em 12/01/2010 a LFT foi adquirida por R$ 4.112.41 e estava a 787 dias úteis do vencimento (13/02/2013) quando foi resgatada por 5.514,90. Calcule o ganho anual: TIR = (Valor Nominal Atualizado / PU)1/n - 1 PU (Preço Unitário) = 4.112,41 i = ? Valor Resgate (VNA) = R$ 5.514,90 Prazo (n) = 787 dias (pediu em anos, cuidado!) = 787/252 (n. dias úteis ao ano) Na HP 12c modo financeiro: Botões Utilizados Tela HP Processo Interno HP ( / ) 0,00 Limpar o registro (4.112,41 / / ) -4.112,41 Registrar o Capital Investido (5.514,90 / ) 5.514,90 Registrar o valor do resgate (787 / / 252 / / ) 3,12 Registrar o prazo em anos 9,85 Calcula os juros Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 40 Suponha agora que o investidor tenha decidido vender o título antecipadamente, ou seja, antes de sua data de vencimento, 583 dias após a aquisicão, em 24/04/2012. No caso da venda antecipada, o Tesouro Nacional recompra todos os títulos emitidos, todos os dias, pelo mesmo valor que ele é negociado no mercado secundário no momento. Sabe-se também que houve ágio de 0,01% nesta recompra. Dado VNA fornecido pelo governo, de 24/04/2012 era de R$ 5.115,27; vamos calcular o PU: PU = Cotação/100 x (VNA) HP 12c: 1º) Calcular a cotação do dia: Cotação = [100 / 1 + i (ágio ou deságio)n] Ágio de 0.01% deduz a taxa: 100 / (1 - 0.01%)583/252 Limpe Calculadora: ( / ) e deixe com 4 casas ( / 4) Pressione (100 / / 1 / / 0 / / 01 / / / 583 / / 252 / / / ) VISOR: 100,0231 (Cotação da LFT) 2º) Calcular o PU: PU = Cotação/100 x (VNA) com VNA: R$ 5.115,27 Pressione ( / 100 / / 5115,27 / ) VISOR: 5.116,4536 (PU da LFT) A LFT adquirida por R$ R$ 4.112.41 agora a 583 dias após em 24/04/2012 foi vendida por PU de R$ 5.116,45. Qual foi a rentabilidade adquirida no período? Botões Utilizados Tela HP Processo Interno HP ( / ) 0,0000 Limpar o registro (4112,41 / / ) -4.112,4100 Registrar o Capital Investido (5116,45 / ) 5.116,4500 Registrar o valor do resgate (583 / / 252 / / ) 2,3135 Registrar o prazo em anos 9,9027 Calcula os juros Curso Preparatório Certificação CEA Anbima www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 41 Note que, mesmo no caso de venda antecipada, a rentabilidade obtida seria muito próxima à variação registrada pela taxa SELIC entre a data de compra e a de venda, 9,85%. Isso ocorre porque o indexador deste título é uma taxa diária e os ajustes em seu preço de mercado ocorrem rapidamente, o que implica baixa volatilidade em seu preço. Como resultado o ágio do período na venda antecipada elevou o PU beneficiando a venda (investidor). Preço de Mercado: Ágio e Deságio e Retorno do Investimento Cotações de títulos pré-fixados não apresentam Ágio (pois sempre são negociados abaixo do Valor Nominal). O Deságio do Tesouro Selic é uma taxa acrescida à variação da SELIC