Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fernanda Raposo - Odontologia UFPE RECEPTORES E FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA → Na atualidade costumamos utilizar receptores de imagens digitais ou filmes radiográficos. → 1895 - Depois da descoberta dos raios X, passou a ser utilizado um filme fotográfico com uma base de vidro. → 1913 - Posteriormente, os filmes radiográficos foram desenvolvidos utilizando uma base de nitrato de celulose. → 1919 - A adição da lâmina de chumbo nos filmes possibilitou a diminuição de uma radiação secundária. → 1924 - Substituição da base por acetato de celulose. → 1925 - Filme mais sensível aos raio X (Radia Tized). → 1941 - Lançamento do filme de sensibilidade D e substituição da base por uma de poliéster (plástico). → 1981/1994 - Lançamento do filme de sensibilidade E e a versão plus. → 2000 - Lançamento do filme de sensibilidade F, mais sensível a radiação, possibilitando um menor tempo de exposição. “Para formação da imagem radiográfica é necessário um material sensível que se modifique pela passagem dos raios X”. EVOLUÇÃO DOS RECEPTORES DE IMAGEM → 1987 - Lançamento de um sensor digital intrabucal direto (tecnologia CCD). → 1994 - Lançamento das placas de fósforo intra e extrabucais. → 1998 - Lançamento de um sensor digital direto (tecnologia CMOS). Obs: os receptores digitais possuem uma superfície que se modifica pela passagem de feixe de radiação e registra/capta toda informação do objeto para sensibilizar o receptor da imagem. CLASSIFICAÇÃO DOS FILMES QUANTO À UTILIZAÇÃO: → Filmes intrabucais. → Filmes extrabucais. FILMES INTRABUCAIS → Estrutura: - Base de poliéster (plástico): 0,2mm de espessura; translúcida (verde ou azul); flexível. - Camada adesiva: para fixação da emulsão. - Emulsão: os sais halogenados de prata (iodetos e brometos) e a matriz (gelatinosa) onde se encontram os sais suspensos; são responsáveis pela formação da imagem. - Camada protetora: camada adicional de gelatina, da mesma que compõe a emulsão. - Embalagem: papel preto (opaco a luz); lâmina de chumbo (previne radiação secundária, ajuda a identificar (através de marcas) o posicionamento errado do filme para a incidência e diminui o velamento); envelope (a prova d’água). → Tamanho: - Existem três formatos de filmes intrabucais: periapical, interproximal e oclusal. → Quantidade: - Simples: quando sua embalagem possuir apenas um filme. - Duplo: quando possuir dois filmes. Obs: Com o uso do filme duplo tem-se a finalidade de se obterem em apenas uma exposição, duas imagens radiográficas em filmes diferentes, possibilitando o arquivamento de um dos filmes, o intercâmbio entre as especialidades e a comparação futura no decorrer do tratamento. → Sensibilidade: - D - menos sensível (12,0 - 24,0). - E - reduz 50% da dose D para gerar a sensibilidade (24,0 - 48,0). - F - reduz de 20 a 25% a dose de radiação em relação a E (48,0 - 96,0). Obs: D-F: Aumento da superfície dos cristais pelo achatamento, e não pelo aumento de tamanho. FILMES EXTRABUCAIS → Podem ser utilizados em telerradiografias ou em panorâmicas. → CHASSI PORTA-FILMES: - Suporte composto por duas placas com dobradiças entre si. Pode ser de plástico, ferro ou metal. → TELAS/PLACAS INTENSIFICADORAS: - Emitem luz em conjunto com o feixe de raio-X irradiado para a formação da imagem do filme. - Redução da quantidade de radiação necessária para a formação da imagem do filme. - Menor dose de tempo e exposição. Composição: - Base: poliéster (plástico); 0.25mm de espessura; refletoras ou não refletoras: sensibilidade x nitidez. - Camada de fósforo: composta por cristais fluorescentes, que emitem uma luz verde, azulada ou ultravioleta, dependendo da exposição. Dividido em elementos de terra rara (60% absorvidos e 18% convertidos em luz). - Camada protetora: plástico; proteção; limpeza sem prejudicar a formação da imagem. CLASSIFICAÇÃO → Tamanho: - 13 x 18 cm - 18 x 24 cm (radiografias de crânio). - 15 x 30 cm (panorâmicas) - 24 x 30 cm (radiografias de crânio). ARMAZENAMENTO DAS IMAGENS RADIOGRÁFICAS → Evitar: calor, umidade, químicos, raio x. —���������� IMAGEM LATENTE —����������� → Imagem invisível formada no receptor da imagem. → Aparece no filme após o processamento radiográfico. → Nem toda radiação x que penetra no objeto o atravessa, alguns são absorvidos e aqueles que conseguem ultrapassá-lo formam a imagem radiográfica. Quando o feixe de raios-x atinge o cristal de pratas, ele libera elétrons. O cristal de prata é organizado com íons de prata no interior e íons de iodo e bromo no exterior. - Quando o feixe de radiação atinge o iodo e o bromo, estes liberam elétrons que percorrem a superfície do cristal buscando maior estabilidade. - Esta área de estabilidade atrai os elétrons que depositam prata metálica na região. - Durante o percurso na superfície do cristal, os elétrons provocam o deslocamento de mais elétrons, ocorrendo maior deposição de prata na área de sensibilidade. - Área estável e sensível com grande deposição de prata é chamada de centro de desenvolvimento, porta de entrada dos agentes redutores da solução reveladora. —���������� IMAGEM DIGITAL —����������� → Pequenos quadradinhos com um número que corresponde a diferentes tons de cinza. - Pixels: menor unidade de informação de imagem. → Quanto maior o aumento, menor a qualidade da imagem e a definição das estruturas. → O olho humano é limitado, sendo capaz de distinguir até 100 tons de cinza. → Preto = 0; branco= último número. → MAtriz: - Esses pixels são organizados em fileiras, chamadas de matriz. - Quanto maior a matriz, maior a magnificação da imagem no monitor e maior a necessidade de memória do computador. TIPOS DE AQUISIÇÃO DA IMAGEM DIGITAL → Indireta - filmes digitalizados. - Vantagens: possibilidade de manipulação digital das imagens; pode recuperar radiografias subexpostas. - Desvantagens: maior tempo de trabalho; não recupera radiografias superexpostas; alto custo dos scanners e da câmera digital. → Semidirecta - sistemas de placas de armazenamento de fósforo. - A imagem radiográfica digital é obtida por meio de placas de armazenamento de fósforo, que ao serem expostas aos raios X, armazenam uma imagem latente, sendo necessário o escaneamento da placa, leitura, para a visualização da imagem no monitor do computador. - As dimensões são as dos filmes convencionais; são flexíveis; têm scanner apropriados; ampola de escala dinâmica. - A placa é colocada em um scanner em que será varrida por um feixe de luz vermelha, estimulando a produção da imagem na cor verde; o sistema capta a luz verde e a converte em imagem digital. - Para reutilizar a placa é necessária uma exposição por uma luz intensa, para tirar a imagem latente que foi fixada nela. → Direta – Sistemas CCD/CMOS - O filme convencional é substituído por sensores sólidos que apresentam um chip, podendo ser do tipo CCD ou CMOS, eles são conectados ao computador, produzem uma imagem quase que instantânea; são rígidos; possuem maior espessura; tem uma escala dinâmica reduzida (pouco tempo de exposição aos raios para produção da imagem) . - Sistema CDR Wireless: sensor intrabucal do tipo CMOS. Transmite as imagens por radiofrequência, sem cabo de fibra óptica; visualização das imagens em poucos segundos. - Sistema Wirelless System Myray: Tecnologia bluetooth. O USB/Pendrive funcionava como uma antena receptora da imagem. O sensor intrabucal capta a imagem e converte em onda de bluetooth e envia diretamente para o computador por meio da “antena”. OBS.: o sensor não pode ser exposto ao autoclave nem a substâncias limpantes; então o sensor deve ser coberto por plástico.
Compartilhar