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Imunologia - Resumo 2 Bimestre

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IMUNOLOGIA – 2º BIMESTRE 
 
HIPERSENSIBILIDADES 
 
De modo geral, hipersensibilidade é uma resposta exagerada dos tecidos 
São divididos em 4: 
- tipo I (imediata); sinais e sintomas aparecem logo após o contato – IgE 
- tipo II (citotóxica) – IgG, IgM 
- tipo III (mediada por imunocomplexos) – IgG, IgM 
- tipo IV (tardia ou celular); ocorre aparecimento de sintomas 48hrs – 72hrs após o contato com o antígeno 
 * dermatite de contato; 
 * H. tuberculínica; 
 * H. granulomatosa (21-28 dias após contato com antígeno) 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I – IMEDIATA 
 
É o tipo de resposta mediada pelo anticorpo IgE e possui um surgimento imediato, manifestando sinais e sintomas, assim que o 
antígeno entra em contato com o organismo. 
Os antígenos podem ser chamados de alérgenos e pode possuir uma resposta tanto sistêmica, quanto localizada. 
Os principais exemplos são: choque anafilático sistêmico, urticária aguda, rinite alérgica, alergia a alimentos. 
O diagnóstico desse tipo de hipersensibilidade se dá pelo teste de pele, em que é colocado na pele a substância a qual se desconfia 
de gerar tal resposta e também pelo teste imunológico como ELISA 
 
Tratamento: 
- anti-histaminicos para inibir a ação de processos inflamatórios mediados pela histamina 
- adrenalina diante choque anafilático para induzir a broncodilatação 
- corticoides para retardar surgimento de sinais e sintomas 
 
 CHOQUE ANAFILÁTICO ou ANAFILAXIA SISTÊMICA 
 
Pode ser provocada por respostas alérgicas frente a veneno, alimentos ou fármacos. 
É uma resposta imediata que pode ser direta (inoculado o alérgeno por via endovenosa) ou indireta (alérgeno é metabolizado no 
TGI). Ou seja, a via de absorção pode ser intravenosa ou pelo TGI 
Provoca sinais e sintomas como aumento da permeabilidade dos vasos (causa edema), fechamento de glote e oclusão de traqueia, 
colapso circulatório e até mesmo morte. 
 
 URTICÁRIA AGUDA 
 
É a resposta provocada a antígenos provenientes de pelos de animais, picadas de insetos e testes de alergia. 
A entrada é pela camada subcutânea e provoca sinais e sintomas como aumento da permeabilidade vascular local, aumento do fluxo 
sanguíneo, prurido e sinais logísticos como calor, rubor e edema. 
Além disso aparenta pápula. 
 
 RINOCONJUNTIVITE SAZONAL 
 
É a resposta provocada por fezes de ácaros e polén. 
O meio de entrada é pela mucosa nasal e conjuntiva ocular. 
Provoca edema de conjuntiva ocular e mucosa nasal e espirros 
 
 ASMA 
 
É provocada por pelos de animais, fezes de ácaros e pólen. 
A entrada é pela via aérea e promove irritação da mucosa da via aérea inferior. 
É responsável pela promoção de broncoconstrição, aumento de produção de muco e inflamação da via aérea 
 
 ALERGIA A ALIMENTOS 
 
Antígenos geralmente são nozes, amendoins, crustáceos, leites e derivados, corantes, conservantes, ovos, soja e trigo. 
A absorção ocorre no TGI e promove de sinais e sintomas: vômitos, diarreia, prurido e urticária 
 
 
MECANISMO IMUNOPATOLÓGICO 
 
Dividido em dois momentos: 
1- fase de sensibilização 
2- fase de ativação 
1- FASE DE SENSIBILIZAÇÃO 
 
Não aparece sinais e sintomas 
 
O antígeno penetra por uma mucosa que é capturado por uma APC ou CAA (célula apresentadora de antígeno), é fragmentado no 
seu interior em peptídeos com tamanho de encaixe no MHC de classe II. 
São expressos na superfície dessa APC para a apresentação de linfócitos TH que produzem IL-4 para a ativação da resposta imune 
humoral, ou seja, ativação de LTh-2, que estimula linfócito B, que vai se diferenciar em plasmócitos produtores de IgE. 
Toda essa resposta é coordenada por IL-4 e vão se encaixando em receptores de mastócitos 
 
Resumindo: 
Ocorre com a entrada o antígeno no organismo e é mediada pela IL4, o antígeno penetra a mucosa da sua via de entrada e promove 
um recrutamento de linfócitos Th que, vão induzir a resposta dos linfócitos Th2 e promover o recrutamento de linfócitos B e ativar 
a produção de IgE. 
 
2- FASE DE ATIVAÇÃO 
 
O que aparece sinais e sintomas 
 
O mesmo alérgeno ao adentrar a mucosa vai se ligar cruzadamente por epítopos diferentes em dois IgE ligados em receptores para 
Fc da IgE dos mastócitos, tornando essas células ativadas. 
 
A célula (mastócitos) fica ativada, liberando o principal mediador químico, a histamina, que é responsável pelo aparecimento de 
sinais e sintomas, principalmente a permeabilidade celular. 
Após algum tempo, (pelo menos 30 minutos), aso liberados também outros mediadores químicos que vão aumentando esse quadro 
(prostaglandinas e leucotrienos). É fácil de reverter. 
 
OBS: 
Após algumas horas (pelo menos 4 horas), são recrutados no local, neutrófilos e eosinófilos responsáveis pela reação inflamatória 
no local. 
 
Resumindo: 
Após a produção maciça de IgE, ao entrar em contato com o alérgeno na mucosa alvo, dois IgE irão se ligar ao antígeno e, 
consequentemente, as regiões Fc dos anticorpos irão se ligar a mastócitos que, irão liberar grande quantidade de histamina, 
responsável por promover uma reação alérgica imediata e intensa. 
Após 6 a 24h, os mastócitos irão degranular prostaglandinas e leucotrienos, que promoverão uma reação inflamatória menos intensa, 
e mais tardia e duradoura. 
Nesse momento são recrutados outros leucócitos como neutrófilos e eosinófilos, que irão intensificar a resposta inflamatória 
 
PREVENÇÃO 
 
Evitar contato com o alérgeno ou realizar um mecanismo de dessensibilização (são inoculados pequenas quantidades de alérgeno 
no paciente e, seu organismo irá uma hora deixar de produzir IgE e produzirá IgG. O IgG é incapaz de ativar mastócitos). 
 
Anafilaxia Sistêmica – Choque Anafilático: TGI e Intravenosa 
- veneno, fármacos, alimentos 
 
Urticária Aguda: subcutânea 
- pelos de animais, picadas de mosquito, edema, rubor, purpuras 
 
Asma: 
- via nasal, mucosa do trato respiratório inferior, broncoconstruição, edema, muco, fezes de ácaros, pelos de animais, pólen 
 
Rinoconjuntivite Sazonal: Mucosa Nasal e Conjuntiva 
- edemas, espirros, fees de ácaros, pólen 
 
Alergia a Alimentos: TGI 
- diarreia, vomito, prurido, urticaria, nozes, castanhas, crustáceos, leite, soja, trigo, ovo 
 
 
HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO II – CITOTÓXICA 
 
O principal mecanismo é o citotóxico, mas o complemento pode aparecer 
O processo citotóxico da hipersensibilidade II envolve NK, que faz CCDA, pelo receptor para FC de anticorpo e neste caso é o IgG. 
O IgM participa da ativação do complemento 
Ou seja, é mediada por IgM e IgG e os sintomas surgem a partir de 48hrs a 72hrs após o contato com o antígeno. 
Principais Doenças: 
- DHRN: doença hemolítica do RN (doença hemolítica fetal) 
- transfusões sanguíneas (reações pós transufusão) 
- anemia hemolítica 
- miastenia gravis 
- pênfigo (purpura trombocitopenica) 
 
MECANISMO IMUNOPATOLÓGICO 
 
Após serem identificadas alterações em membranas de células do próprio organismo, são produzidos anticorpos IgG e IgM que irão 
se unir a essas células e recrutar células NK que irão ligar a região Fc do anticorpo e promover CCDA (citotoxicidade de célula 
dependente de anticorpo) em que é liberado granzima B e perforina para tentar destruir a célula. 
Além disso, são recrutados células do sistema complemento que irão promover a opsonização e lise osmótica e, além disso, induzir 
a fagocitose. 
 
 DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM NASCIDO - IgG 
 
1º gestação com Rh- e filho Rh+ 
No momento do parto, as hemácias Rh+ do filho adentram no organismo da mae e contra essas hemácias que são antígenos nessa 
mãe, ocorre a produção de anticorpos IgG por via linfócito T-dependente. 
Essas IgG efetuam a função de CCDA nas hemácias Rh+ do filho que se encontram no organismo da mãe, ocorrendo lise dessas 
hemácias 
Nesse momento, não acontece nada. 
 
Outra gestação igual 
Nesta mãe Rh- com filho Rh+, essa mãe tem também agora IgG que realiza CCDA,os anticorpos IgG atravessam a placenta e no 
filho ocorrerá também CCDA, dando lise em suas hemácias durante a gestação. No momento do parto, a criança nasce com DHRN, 
cujo principais sinais e sintomas são edema generalizado, pele escura (roxa) e choque tóxico. 
 
Para evitar que isso aconteça. Fazer a profilaxia de Rhesus, que consiste na administração de IgG artificial que realiza CCDA na 
mãe até 48hrs – 72hrs após o parto. Essas IgG artificiais produzem citotoxicidade nas hemácias Rh+ do filho, dando sua destruição 
antes da ativação linfocitária, não havendo assim, produção de IgG da mãe. 
 
Resumindo: 
A DHRN está relacionada com o nascimento de um bebê do tipo sanguíneo Rh+ em uma mãe Rh-. 
No momento do parto, ao haver o contato do sangue da mãe com o do bebê, o sistema imunológico da mãe irá ativar linfócitos Th2 
que irá induzir linfócitos B a sintetizar IgG anti-Rh que induz CCDA das hemácias Rh+ presentes no sangue da mãe. 
A mãe, ao engravidar de outro bebê Rh+, anticorpos IgG anti-Rh serão transmitidos por via placentária para o feto, fazendo com 
que haja destruição de suas hemácias. 
Ao nascer o bebê, ele sofrerá da doença hemolítica do recém-nascido que promove o escurecimento de sua pele e edema. 
Profilaxia de Rhesus: durante as primeiras 48horas após o parto, se administra IgG artificial na mulher para que seu corpo evite a 
produzir e ela seja sensibilizada. 
 
 TRANSFUSÕES SANGUINEAS – REAÇÕES PÓS TRANSFUSIONAIS 
 
Ocorre ativação de complemento. 
Envolve IgM e o processo de lise da hemácia, ativação do complemento e acontece com o grupo ABO. 
 
Nestes casos o receptor recebe do doador bolsa de sangue de grupo ABO diferente. 
Ex: receptor: A; doador: B 
A hemácia tipo B da bolsa do doador no receptor (sangue tipo A), ativa as IgM contra microbiota normal do indivíduo que, neste 
caso, consegue ativar complemento produzindo lise destas hemácias. 
Se ocorrer lise em grande quantidade, o indivíduo pode ir a óbito por choque tóxico. 
 
Resumindo: 
Um indivíduo de sangue tipo A recebe uma transfusão de sangue do tipo B, o sangue tipo B acaba por atuar como um antígeno e 
promove a produção de anticorpos do tipo IgM anti-B que irão induzir a fagocitose dessas hemácias por ativação do sistema 
complemento. 
A lise de um grande número de hemácias faz com que o grupo heme (tóxico) do interior das hemácias seja liberado e pode levar a 
um choque tóxico. 
 
 MIASTENIA GRAVIS 
 
IgG se liga a receptores colinérgicos dos músculos e provocam a sua destruição, impedindo a realização da sinapse e o controle da 
contração muscular. 
 
 ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE 
 
IgG anti-hemácias são produzidas e se ligam a essas células, promovendo a lise dessas hemácias por ativação do sistema 
complemento e de células fagocitárias mononucleares. 
A púrpura trombocitopênica ocorre o mesmo mecanismo, porém são produzidos IgG anti-plaquetas e são atacadas as plaquetas. 
 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO III – MEDIADA POR IMUNOCOMPLEXOS 
 
Imunocomplexos = Ic, do qual é a ligação de Ag (antígeno) e Ac (anticorpo) 
 
MECANISMO IMUNOPATOLÓGICO DE LESÃO ou PATOGÊNESE 
IC (pequeno) deposita-se em certos tecidos ou órgãos e ativam o sistema complemento. C3a e C5a se une ao tecido e traz fagócitos 
(neutrófilos). 
Os fagócitos não conseguem inibir o processo de lesão pois o tecido é grande e a fagocitose é frustrada. Os fagócitos degranulam e 
liberam NO que provoca reação tóxica ao tecido. 
 
DITADO: 
Imunocomplexos (Ic) de tamanho pequeno não conseguem ser fagocitados e ficam circulantes, após o determinado tempo se 
depositam em certos tecidos ou órgãos e assim conseguem ativar complemento. O complemento sofre clivagem e a fração c3b fica 
fixada na superfície desse tecido e as frações c3a e c5a recrutam do soro o fagocito neutrófilo, e assim os neutrófilos chegam ao 
tecido com o depósito de IC e pelo seu receptor FrC3 (para complemento) liga, mas como alvo agora é grande demais não consegue 
fazer fagocitose, portanto degranula substâncias toxicas e lesivas ao tecido, principalmente óxido nítrico (NO). 
 
DOENÇAS AUTOIMUNES (DAI) 
 
 LÚPUS ERITEMATOSO SISTEMICO (LES) 
 
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune na qual complexos constituídos de antígenos nucleares e anticorpos 
depositam-se nos vasos sanguíneos dos glomérulos renais, pele e muitos outros tecidos. 
Atinge principalmente mulheres de idade fértil, de cor negra. 
Doença Crônica: Afecção, não tem um microorganismo, é um exagero da respota. 
Quadro Sistêmico: fadiga, febre, emagrecimento 
Patogênese: é a da hipersensibilidade tipo III com Ag sendo o DNA celular ou proteína nuclear e Ac sendo o IgG 
Locais mais envolvidos: - lúpus brando: pele e mucosas; articulações; membranas serosas 
 - lúpus moderado: células sanguíneas 
 - lúpus grave: rins; sistema nervoso central 
Manifestações Clínicas: 
ESPECIFICAS 
- pele e mucosas: lesões 
- especificas: agudas (rash malar; fotossensibilidade e lúpus bolhoso); subagudas (lúpus subagudo); crônicas (lúpus discoide) 
INESPECIFICAS 
- pele e mucosas: lesões 
- alopecia; vasculite; fenômeno de Raynaud; ulceras mucosas 
 
Diagnostico Laboratorial: 
Exames que se alteram: 
- VHS (velocidade de sedimentação das hemácias), 
- PCR (proteína C reativa), 
- FAN (Fator AntiNúcleo) 
- IFI (Imunofluorescência indireta – determina o tipo de lúpus, avalia padrões). 
 
 ARTRITE REUMATÓIDE ou ARTRITE REUMATICA 
 
Antígeno: IgG (normal) 
Anticorpo: IgM (fator reumatoide) 
 
Artrite reumatoide é uma doença crônica autoimune sistêmica que envolve principalmente as articulações. A artrite reumatoide 
produz lesões mediadas por citocinas, quimiocinas e metaloproteases. 
As articulações periféricas (ex: punhos) encontram-se simetricamente inflamadas, quase sempre resultando na destruição 
progressiva das estruturas articulares, geralmente acompanhada de sintomas sistêmicos 
 
Acomete principalmente indivíduos juvenis com até 15 anos e adultos acima de 45 anos. 
Patogênese: é um mecanismo de lesão por imuunocomplexos onde o antígeno é IgG normal e anticorpo é IgM (fator reumatoide) 
Locais Acometidos: principalmente articulações e casos mais graves em ossos e cartilagem. Geralmente aparece nódulo de artrite 
em que há perda de movimento. 
Diagnóstico Laboratorial: 
Reação de aglutinação indireta: pesquisam os fatores reumatoides. Os testes são: 
- látex FR (maior sensibilidade) 
- Waaler Rose (maior especificidade) 
 
 FEBRE REUMÁTICA 
 
A febre reumática aguda resulta de uma resposta imune aos estreptococos do grupo A, que têm reação cruzada com os tecidos do 
hospedeiro. Ou seja, há um mimetismo molecular entre proteínas do hospedeiro e do estreptococo. Anticorpos do hospedeiro 
dirigidos contra antígenos streptocócicos também reconhecem estruturas do hospedeiro, iniciando o processo de auto-imunidade. 
Assim, como acontece o reconhecimento cruzado humoral, também acontece a reação cruzada celular, com linfócitos T ativados 
com epítopos estreptocócicos passando a reconhecer epítopos próprios, causando uma agressão celular a tecidos próprios. Além 
disso, também há produção de citocinas inflamatórias que exacerbam a reação autoimune, sendo responsáveis pela progressão e 
manutenção da lesão valvar crônica. 
 
A febre reumática (FR) ocorre através de um mecanismo de hipersensibilidade do tipo III. Após 15 dias a 1 ano do quadro de 
amigdalite ou escarlatina (infecção por S. pyogenes), o indivíduo pode desenvolver a doença não-supurativa de fundo autoimune. 
O mecanismo de lesão ocorre pelo depósito de imunocomplexos, formados durante a fase supurativa da doença (amigdalite), nas 
articulações, onde causam inflamação local. Imunocomplexos de tamanho pequeno não são fagocitados, então ficam circulantes no 
sangue e irão se depositar em vasos em determinados locais. Quando se depositam,por estarem ligados aos tecidos, passam de 
pequenos a grandes demais para serem fagocitados, então os neutrófilos não conseguem fagocitá-los, mas irão degranular, lançando 
substâncias que são tóxicas aos tecidos, decorrendo na lesão tecidual na região das articulações 
 
 CARDITE AUTOIMUNE 
 
É uma hipersensibilidade III por mimetismo molecular 
 
Doença Supurativa: 
Infecções bacterianas do tipo Streptococcus pyogenes, causador principalmente de amigdalites, faringites, escarlatina, são bactérias 
que possuem na parede celular a estrutura chamada proteína M, indutora da formação de anticorpos IgG para realizar a destruição 
antigênica. Estes anticorpos IgG ficam circulantes e pode aparecer de 15 dias a 1 ano. 
 
Doença Não Supurativa ou Sequela Não Supurativa 
Estes anticorpos IgG circulantes conseguem se ligar em estruturas, nas válvulas do coração, semelhantes a proteína M da parede da 
bactéria e, assim desenvolve o mecanismo da hipersensibilidade III, gerando lesão tecidual intensa. 
 
Obs: a substituição da válvula pode ser uma forma de tratamento. 
 
Resumindo: 
As bactérias (doença supurativa – com bactéria que possui de sequela a doença não supurativa – sem bactéria) possuem proteína M 
que vão induzir a formação de anticorpos (IgG – opsonização) e irá induzir a fagocitose. 
Existem indivíduos que, por fator genético, há uma produção excessiva de IgG e irá passar pelo coração em que, na válvula cardíaca 
há uma proteína semelhante a proteína M e irá ativar a hipersensibilidade III e irá chegar neutrófilo e, ocasionará lesão de válvula, 
podendo a levar falência e necessidade de transplante. 
 
 GLOMERULONEFRITE DIFUSO AGUDO (GNDA) 
A doença supurativa (com presença de bactéria e pus), principalmente amigdalites e faringites por S. pyogenes, tem a produção de 
uma toxina chamada estreptolisina O que induz a formação de anticorpos IgG neutralizantes que vão induzir a fagocitose. Certos 
indivíduos formam imunocomplexos (estreptolisina O e IgG) e após 15 dias a 1 ano desta infecção produzem imunocomplexos de 
tamanho pequeno que ficam circulantes que se depositam em tecidos como rim, provocando GNDA. 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV – CELULAR OU TARDIA 
 
São envolvidos principalmente: células como macrófagos e Th1 
 
 DERMATITE DE CONTATO 
Mecanismo de Lesão (Patogenese) 
Tipos de antígenos: hapteno e pequenos íons metálicos 
Anticorpo: para haptenos é ativado o Th1 via apresentação de Ag, que acaba ativando CD8 e ocorre citotoxicidade e isso é o que 
causa a lesão por hipersensibilidade IV. 
 
Os pequenos íons metálicos penetram por uma mucosa, se aclopam as proteínas do organismo e são capturados pelas células de 
Langerhans. Ocorre a apresentação de antígeno para CD4, por meio de Th1 e ocorre produção e liberação de intérferon que vão 
ativas os ceratinócitos (queratinócitos), estas células por sua vez produzem e liberam TNF, IL1 e IL8 que vão promover a atração 
de fagócitos sanguíneos do tipo monócitos e essas células liberam substancias toxicas e lesivas aos tecidos (principalmente oxido 
nítrico – NO) 
 HIPERSENSIBILIDADE TUBERCULÍNICA – REAÇÃO DE MANTOUX 
 
É um teste laboratorial, no qual é inoculado intradermicamente no paciente a tuberculina. A tuberculina é uma substância tratada 
com formol, retirada do bacilo da tuberculose para que o paciente não desenvolva a doença, mas apenas faça a reação local. 
Após 48 a 72 horas do teste, faz-se a leitura do nódulo no laboratório, representando uma resposta positiva a tuberculina. O nódulo 
é medido com uma régua para que haja a liberação do laudo. Essa reação é chamada de PPD: derivado proteico purificado ou Reação 
de Mantoux. 
 
Mecanismo de Lesão (Patogênese) 
Após a inoculação da tuberculina na derme é capturada por APCs, apresentada por Th1, que introduz e libera interferon que ativa 
citocina e que atuam no endotélio local e recruta leucócitos do tipo monócito que degranula e libera NO e provoca a lesão tecidual 
(nódulo endurecido avermelhado e dolorido). 
A reação de mantoux positiva: dá o nódulo e indica a presença de resposta imune celular mediada por Th1. 
A reação de mantoux negativa: ausência do nódulo. 
Não determina diagnóstico, apenas auxilia se o paciente teve contato prévio com o bacilo da tuberculose ou com a vacina BCG. 
 
 HIPERSENSIBILIDADE GRANULOMATOSA (GRANULOMA) 
 
Formação do Granuloma: 
Após a entrada do antígeno, o processamento e a apresentação demoram em torno de 21 a 28 dias, ocorre a ativação de Th1 que vai 
ativar macrófagos já infectados, e agora por ação da citocina TNF (fator de necrose tumoral), vai ocorrer a formação da fusão de 
macrófagos, formando células gigantes e ainda a formação de células epitelioides e as duas caracterizam o granuloma. 
Auxiliando a lesão tecidual local, por tais antígenos serem intracelulares, Th1 acaba ativando CD8 que vai fazer citotoxicidade, 
ajudando aumentar a lesão e também ocorre desvio de resposta de Th2, por ação de IL1, IL4 e IL5, vão ativar eosinófilo que 
degranulam oxido nítrico (NO) e aumentam a lesão. 
 
VACINAS 
 
Imunização: 
É o processo para tornar o indivíduo imune e que se baseia na adequada e suficiente resposta do sistema imunológico contra a ação 
de um agente infeccioso 
 
Imunização Ativa Natural: 
É aquela decorrente da exposição/contato com o patógeno; 
 
Imunização Adquirida - Artificial: 
É aquela em que não há exposição/contato com o patógeno, ou seja, é realizada por meio da vacinação, que estimula o sistema 
imune a produzir anticorpos específicos sem causar a doença no indivíduo; é considerado o método mais eficaz para controle de 
infecções; 
 
Imunização Passiva: 
É aquela que decorre da administração ou transferência de anticorpos contra antígenos ou agente infeccioso específico e que, por 
não haver o reconhecimento do Ag pelo organismo (consequentemente não ativação das células de memória), possui caráter 
temporário 
Ex: soro antiescorpiônico contra veneno de escorpião; profilaxia de Rhesus 
 
EFEITOS DA VACINA: 
O gráfico de uso de vacina x casos de adoecimento é inversamente proporcional 
 
VACINA IDEAL 
* Ótimo nível de proteção: > 60% 
 
* Eficácia da Vacina: 
- determinada pelo laboratório e testada em uma população controlada e assistida, portanto, é determinável 
- 70% de eficácia demonstra de a cada 100 pessoas vacinadas, 70 são protegidas contra a doença. 
 
* Efetividade Vacinal: 
- após estágio III da criação da vacina, em que há administração na população geral, portanto, é indeterminável e se baseia nos níveis 
de hospitalização. 
- é o que é visto na pratica. É a observação, na pratica, da queda de quantidade de pessoas adoecidas após a introdução da doença. 
 
* Prevenir infecção: devem possuir caráter esterilizante. 
 
* Vacina Esterilizante: 
Tem capacidade de prevenir a infecção, ou seja, impede que o indivíduo contraia a doença 
Ex: contra difteria 
* Vacina Não Esterilizante: 
Não previne a infecção, mas previne as formas graves, ou seja, impede a progressão da infecção, então pode até contrair a doença, 
mas não pode haver a evolução no organismo. 
Ex: vacina BCG (preveni a tuberculose miliar) 
 
* Devem gerar memoria imunológica (T dependente: células de memoria) 
* Resposta duradoura em dose uunica (ex: vacina contra febre amarela) 
* Segurança: não podem gerar danos ou outras doenças ou óbitos 
* Baixo custo. 
 
PRINCIPIOS DAS VACINAS: 
- precisa estimular a resposta imune adaptativa e produzir tanto linfócitos B, quanto T. O antígeno precisa apresentar característica 
proteica (caso não tiver, o adjuvante deve conter proteína na sua composição) para induzir uma resposta linfócito T dependente. 
- Antigenicidade: capacidade dos produtos da resposta imune adaptativa de se ligar ao antígeno. 
- A vacina deve ser altamente imunogênica. 
- Quanto maior a complexidade do microrganismo, mais difícil de se produzir uma vacina efetiva. Por isso fungo e protozoário nãopossuem vacina. 
 
DESVANTAGENS DAS VACINAS: 
- Período de latência: tempo entre vacinação e geração da RI; 
- Custo para pesquisa e produção; 
- Nem toda vacina é viável, ou seja, não ideal 
 
TIPOS DE VACINAS 
* Organismo Atenuado (vivo, não patogênico): 
- febre amarela; pólio (sabin); rubéola; sarampo; caxumba; catapora; tuberculose 
 
* Organismo Inativado ou Morto: 
- hepatite A; raiva; cólera; gripe; pólio (salk) febre tifoide; coqueluche 
 
* Vacinas de Subunidades (proteínas recombinantes. LPS, VLPS): 
- hepatite B; pneumonia causada por Strptococcus pneumoniae; HPV; pneumococo; meningite 
 
* Vacinas Conjugadas: 
- haemophillus influenza tipo B; pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae 
 
* Vacinas de DNA/RNAm 
- Sars-Cov-2; outras em testes clínicos 
 
* Vacinas recombinantes (adenovírus, poxvírus) 
- em testes clínicos. 
 
Vacinas ideais não deveriam desencadear um processo inflamatório. Entretanto se eles não conseguirem induzir o processo 
inflamatório, eles não conseguem induzir a resposta imune adaptativa pois o processo inflamatório induz as APCs e promove a 
resposta imune celular e humoral 
 
Vacinas que não são de vetores, induzem a resposta de MHCII (Th2): resposta imune humoral. 
Vacinas que possuem vetor (porção de antígeno), induz a resposta do MHCI (intracelular  padrão Th1): induz resposta imune 
celular. 
Vacinas de vetores não geram IgG e IgM em exames imunológicos, por serem vacinas que estimulam a resposta imune celular e 
não humoral. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS 
Quanto ao número de Ag: 
* vacina simples: 
- BCG 
 
* vacina polivalente: 
- patógenos + sorotipos 
- HPV 6 – 11 – 16 – 18 
 
* vacina mista: 
- vários patógenos na mesma vacina 
- tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) 
ADJUVANTES EM VACINAS 
- Quando adicionadas a uma formulação vacinal, são substâncias que aumentam sua imunogenicidade. 
- Tipos de adjuvantes: 
 
1) imunoestimuladores; 
- estimulam o antígeno vacinal para que ele estimule/gere um processo inflamatório e isso estimule/gere a imunogenicidade 
- saponinas (QS21); citocinas (IL2, IL12); GM-CSF; LPS; lipopeptídeos; DNA bacteriano 
 
2) particulados (sais minerais, partículas lipídicas, micropartículas); 
* lipídicos: lipossomos; emulsões (esqualeno); SAF (MF59); virossomos 
 
* sais minerais: sais minerais; hidróxido de alumínio; fosfato de alumínio; fosfato de cálcio 
 
3) mucosa. 
- heat labile enterotoxin (LT); cholera toxin (CT); mutante toxins 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
- oral; subcutânea; intradérmica; intramuscular 
 
SABIN (zé gotinha): via oral, composta pelo vírus atenuado. Oral → estômago e TGI → absorvida por enterócitos → estimula 
resposta imune nas placas de Payer → estimula resposta de IgA de mucosa, IgA monomérica e IgG 
 
SALK: administração IM, composta pelo vírus lisado/morto. Não estimula Ac de mucosa, apenas IgA sorológica e IgG 
 
Existe diferença de imunidade entre paciente que recebe SABIN e SALK 
- SABIN é mais efetiva, entretanto pode gerar problemas em pacientes imunossuprimidos 
 
FALHAS VACINAIS 
- Pacientes imunossuprimidos: é necessária uma avaliação clínica antes de receberem uma vacina atenuada, mesmo apenas com o 
RNA; 
- Estocagem e transporte inadequados: diz respeito a problemas com a adequação da temperatura ideal para conservação das vacinas; 
- Inativação da vacina por álcool: o álcool utilizado para antissepsia, se em excesso, pode inativar a vacina por desnaturação proteica, 
portanto, o ideal é não realizar a higienização do local de aplicação ou, se muito sujo, lavar com água e sabão; 
- Subdoses e falha na aplicação: faz menção a vacinas com mais de uma dose e à forma de administração falha pelo profissional de 
saúde. 
- Em todas as vacinas pelo menos 5% da população não apresenta resposta. 
 
REAÇÕES ADVERSAS AS VACINAS 
- Paciente previamente doente: é ideal que o paciente esteja hígido; 
- Vacinas com problemas: é necessária a avaliação dos lotes de vacinas para que não haja problemas, como vacinas vencidas, 
precipitadas, violadas etc., casos em que todo o lote deve ser desprezado; 
- Reações de hipersensibilidade: choque anafilático (principal); 
- Reações inflamatórias: trombose, tromboflebite 
 
VACINA CONTRA POLIOMELITE: 
Salk (vetor inativado): administrada por via intramuscular, induz a produção de anticorpo IgA no sangue. 
Sabin (atenoado): via oral, efeito superior e mais eficaz por estimular a produção de IgA na mucosa do TGI e no sangue. Indivíduos 
imunossuprimidos não podem receber esse tipo de vacina devido a possibilidade de reversibilidade do microrganismo atenoado. 
 
 
3º SEMANA INTEGRADORA 
 
FEBRE REUMÁTICA 
A causa da febre reumática se deve à frequentes infecções bacterianas por Streptococcus pyogenes. 
 
PATOGENIA DA FEBRE REUMATICA 
A febre reumática aguda resulta de uma resposta imune aos estreptococos do grupo A, que têm reação cruzada com os tecidos do 
hospedeiro. Ou seja, há um mimetismo molecular entre proteínas do hospedeiro e do estreptococo. Anticorpos do hospedeiro 
dirigidos contra antígenos streptocócicos também reconhecem estruturas do hospedeiro, iniciando o processo de auto-imunidade. 
Assim, como acontece o reconhecimento cruzado humoral, também acontece a reação cruzada celular, com linfócitos T ativados 
com epítopos estreptocócicos passando a reconhecer epítopos próprios, causando uma agressão celular a tecidos próprios. Além 
disso, também há produção de citocinas inflamatórias que exacerbam a reação autoimune, sendo responsáveis pela progressão e 
manutenção da lesão valvar crônica. 
 
A febre reumática (FR) ocorre através de um mecanismo de hipersensibilidade do tipo III. Após 15 dias a 1 ano do quadro de 
amigdalite ou escarlatina (infecção por S. pyogenes), o indivíduo pode desenvolver a doença não-supurativa de fundo autoimune. 
O mecanismo de lesão ocorre pelo depósito de imunocomplexos, formados durante a fase supurativa da doença (amigdalite), nas 
articulações, onde causam inflamação local. Imunocomplexos de tamanho pequeno não são fagocitados, então ficam circulantes no 
sangue e irão se depositar em vasos em determinados locais. Quando se depositam, por estarem ligados aos tecidos, passam de 
pequenos a grandes demais para serem fagocitados, então os neutrófilos não conseguem fagocitá-los, mas irão degranular, lançando 
substâncias que são tóxicas aos tecidos, decorrendo na lesão tecidual na região das articulações 
 
Diagnóstico Laboratorial: 
- PCR: proteína-C reativa 
- ASO: antiestreptolisina O 
Ambas são reações do tipo aglutinação indireta; Ambas demoram 2 minutos para ser realizadas 
 
o PROTEINA-C REATIVA (PCR) 
A PCR é uma proteína que aparece na fase aguda da doença 
O princípio ocorre a partir da mistura do soro do paciente com o reagente que contem anti-PCR, ou seja, um funciona como antígeno 
e o outro como anticorpo. 
Se a prova der positiva, é possível observar a PCR ligada ao anti-PCR, caracterizando grumos na placa. 
Na prova negativa, não se encontra o anticorpo e por isso sobra apenas o reagente. Na leitura observa-se ausência de grumos. 
Essa prova é quantitativa, sendo possível quantificar os anticorpos contido na amostra. 
Portanto, é possível identificar o nível de lesão e a evolução da doença ao longo do tempo 
O resultado reagente indica lesão dos hepatócitos. 
O resultado não reagente indica cura. 
 
o ASO 
A ASO é um anticorpo neutralizante formado contra a toxina chamada estreptolisina O, formada pelo Streptococcus pyogenes. 
Então, pode-se afirmar que a ASO é positivada em doença que tiveram como causador o Streptococcus. 
Esses anticorpos possuem a ação de neutralizar a Estreptolisina O durante a doença supurativa. Passados 
15 dias a mais ou menos 1 ano, o indivíduo pode desenvolver dor articular representando clinicamente a febre reumática. 
Laboratorialmente o ASO é positivado na febre reumática, mesmo sem que a infecção por Streptococcusesteja ativa, porque existe 
ainda a presença de imunocomplexos, formados por anticorpos contra a estreptolisina O (ocorre lesão por depósito de 
imunocomplexo pela hipersensibilidade do tipo III). 
O princípio do teste é o mesmo do PCR, a única mudança é que no soro pesquisa-se os anticorpos anti-estreptolisina O da classe 
IgG 
 
VALORES DE REFERENCIA 
Como as técnicas são quantitativas, ao invés de liberarem o laudo como reagente, é liberado o resultado laboratorial com o valor de 
cada uma delas em relação ao valor de referência. 
 
PADRÃO DA FEBRE REUMÁTICA 
* Febre Reumática Ativa 
PCR: ≥ 8 mg/L 
ASO: ≥ 500 UI/L 
 
* Remissão da Crise 
PCR: < 8 mg/L 
ASO: ≥ 200 UI/L e < 500 UI/L 
 
* Período Assintomático que Antecede uma Crise 
PCR: ≥ 8 mg/L 
ASO: elevam 30% 
 
HIV 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
Infecção letal se não tratada de 2 a 10 anos. Possui predomínio de HIV I do grupo M nas Américas e Europa ocidental, prevalência 
de HIV II na África e Ásia. 
Em 2 anos o paciente evolui para AIDS com falência da resposta imunológica e infecções oportunistas 
HIV 1: é mais agressivo. 
- M (main): vírus mais agressivo, com clados A e K. 
- O (outlier) 
- N 
- P: gorila infecta o humano 
HIV 2: Menos prevalente no Brasil. Subgrupos de A a H. 
 
ESTRUTURA DO HIV 
Espícula Viral: 
Composta pela glicoproteína Gp120 (comum em todos HIV), ancorada na Gp41 (especifica do HIV-1), funciona como uma base 
para sustentar o Gp120. A espicula é externa ao envelope viral. Essas Gp’s são fundamentais para que o vírus consiga fazer a 
infecção. 
Envelope Viral: 
Ancora as espiculas e juntamente com a Gp120 e Gp41 formam a região ENV. O envelope é constituído por uma bicamadas 
fosfolipidica, semelhante as nossas células 
No momento da infecção, toda região ENV se funde à membrana celular do hospedeiro. A região ENV não adentra a célula, ficando 
exteriorizada e podendo estimular RIH, pois as células são altamente imunogênicas 
 
GAG 
Estrutura proteica que tem com função proteger e dar conformação ao vírus 
 
POL 
Região central que aloja o RNA e enzimas essenciais para o vírus (transcriptase reversa, proteases). Esse material é inoculado na 
célula e a partir disso há a transcrição do DNA viral incorporado ao DNA celular 
 
GENOMA do HIV 
Nef: efeito negativo na p24 
- promove diminuição da expressão de CD4 e MH I (evasão da resposta TCD8+) na superfície 
- bloqueia apoptose 
- estimula infectividade do virion 
- altera o estado de ativação celular 
 
TROPISMO CELULAR DO HIV 
* HIV-1 R5 
- receptor CD4+ e correceptor CCR5 
- macrófagos, células dendriticas e LT ativado 
 
Caso na pratica, ocorra o contato com o sangue de um individuo que possua o HIV, esse individuo irá contrair o HIV?? 
Resposta: NÃO. 
É necessário que tenha células específicas para que ocorra a infecção pelo HIV e essas células específicas não estão no epitélio, elas 
estão protegidas pelas camadas de queratina. 
As células que são permissivas à infecção do HIV estão em todas as células que expressão o CD4+ (essas células são os linfócitos 
TCD4+). Além disso, também temos que o CD4+ também pode ser expresso em macrófagos e células dendríticas. 
Logo, as células permissivas para a infecção por HIV são: macrófagos, células dendríticas e linfócitos TCD4+. 
Todas as outras células não são permissivas, pois não apresenta o receptor do HIV que é a proteína CD4+. 
 
O HIV SEMPRE irá utilizar o receptor CD4+ e como correceptor utiliza receptor de quimiocina que garantem a comunicação entre 
as células. 
Logo, o HIV precisa ter um sistema chave e fechadura que é por meio da proteína CD4+ e a “maçaneta” que ajuda ele adentrar à 
célula, seria seu correceptor. 
 
OBSERVAÇÃO: Temos o TCR e acoplado ao TCR temos a proteína CD4+ que é ela que dará ao TCR a afinidade pelo MHC de 
classe II. Então por que ela está presente em macrófagos e em células dendríticas? Não se sabe ainda. 
- Diante disso, podemos classificar esse HIV de acordo com seu receptor: 
Podemos então ter o HIV-1 R5 ou ainda, podemos ter o HIV-1 X4. 
 
*HIV-1 X4 
- mais agressivo pois tem 2 correceptores 
- receptor CD4+ e correceptores CCR5 e CXCR4 
- LT naive e celular dendríticas 
 
A função da proteína CD4+ em macrófagos e células dendríticas é desconhecida. 
A presença de CD4+ nessas células as tornam suscetíveis a serem infectadas pelo HIV 
A ligação do domínio de fusão a Gp120 permite a abertura da membrana fosfolipidica da célula permissiva e, consequentemente, a 
entrada do material genético no citoplasma 
A Gp120 é a proteína mais importante para fazer a infecção. Ela tem um domínio distal, o qual se liga ao receptor CXR4 
(geralmente), domínio em braço que se liga ao CCR5 
 
ENTRADA VIRAL 
A Gp120 do vírus se comunica primeiro com o receptor CD4 e depois com os correceptores CCR5 e CXCR4 e após isso o RNA se 
comunica com o DNA da célula permissiva e irá sofrer ação da transcriptase reversa e a célula se tornará infectada. 
O domínio distal da glicoproteína 120 irá se ligar ao CXCR4, o domínio em V se ligará com a proteína CD4 e o braço da gp120 se 
ligará com a CCR5. Não precisa ter os 3 simultaneamente, mas sim o CD4 e um correceptor. Depois da ligação haverá a fusão do 
material genético (capsídeo da região env – RNA) na célula permissiva. 
 
 
 
 
TRASMISSÃO 
No ato sexual há a presença de microlesões do endotélio e com isso, os vírus conseguem alcançar tecido conjuntivo e encontrará 
macrófago, células dendríticas que vão de encontro com o PAMP do patógeno e não vão conseguir destruir o vírus, mas sim ser 
fagocitadas por ele. Existem receptores SINGs que faz com eles sejam levados para os linfonodos. Ao chegar nos linfonodos, os 
vírus conseguem se estabelecer no hospedeiro pela presença de células permissivas e com isso há a presença de viremia (vírus em 
todo o corpo). 
Objetivo: manter carga viral indetectável 
 
Historia Natural da Doença 
As partículas virais entram em contato com o individuo a partir do sexo sem preservativo. Elas vão em direção ao epitélio e se não 
houver lesão nesse epitélio elas não conseguem adentrar. 
Porém, durante o ato sexual, devido ao movimento de atrito há formação de microlesões provocadas nesse epitélio que fazem com 
que as partículas virais adentrem por elas e alcancem por exemplo os macrófagos, células dendríticas por exemplo. 
Quando isso acontece, o objetivo dessas células é realizar a fagocitose, porém essas células podem fazer a fagocitose ou ainda, 
carrear o vírus diretamente em direção ao linfonodo. O objetivo seria estimular a resposta adaptativa por meio dos linfócitos T, mas 
ao contrario disso, acaba levando o vírus para a região onde ele conseguirá realizar a infecção. 
Dentro de um prazo de 2-3 semanas há HIV circulando por todo o organismo. O problema é que o HIV consegue adentrar em 
diversas regiões como por exemplo a barreira hematoencefálica e muitas drogas (antirretrovirais) não conseguem alcançar de forma 
efetiva essas regiões e é como se o SNC fosse uma forma desse vírus de proteger da ação desses fármacos. 
 
Fase Aguda: 
Infecção das células TCD4+ de memória (em 2 semanas, a memória imunológica de vacinações será destruída), viremia fica elevada, 
liberação de citocinas pró-inflamatórias (individuo fica inchado), RIC e RIH limpam a viremia em 12 semanas (fica indetectável, 
problema do HIV que gera confusão imunológica), sintomatologia inespecífica 50-70%. 
 
- Temos a infecção por TCD4+ de memória dos órgãos linfoides periféricos. 
- Em torno de duas semanas, temos a destruição da maioria desses TCD4 de memória e o paciente começa a ficar comprometido 
devido baixa de linfócito T. 
- Há a viremia estabelecida, ou seja, a presença do vírus no sangue e isso estimula a resposta imune inata e a resposta imune 
adaptativa. 
- As células dendríticas podem fazer a fagocitose ou podem capturar o HIV por meio de estruturas na membrana fosfolipídica 
externa como por exemploo DC-SIGN que captura o HIV pela região ENV e leva para o linfonodo no intuito que ele seja destruído, 
porém acaba perpetuando a infecção. 
- Além disso, há a resposta imune celular mediada por TCD4+ e a resposta imune humoral com a produção de IgM e de IgG. Essas 
duas respostas, possuem a capacidade de “limpar” a viremia em até 12 semanas. 
Logo, se o infectologista solicitar o exame de carga viral, será observado que praticamente não haverá mais vírus no sangue. Porém, 
esse paciente NÃO estará curado, o paciente continua infectado pois as células teciduais foram infectadas, então mesmo que não 
tenha a carga viral no sangue, eu tenho as células infectadas por esse vírus. 
- O paciente apresenta sintomatologiainespecífica nesse caso. Pode ter quadro de cefaleia, dor muscular, sudorese noturna, mal estar 
geral, linfonodomegalia, entre outros. 
 
Fase Crônica: 
- “Turn over” equilíbrio entre a replicação e morte dos vírions 
- 10% TCD4+ dos linfonodos e baço infectadas 
- Menos de 0,1% TCD4+ infectados circulantes 
- Assintomático, variável ao hospedeiro 
 * HLA-B57 e HLA-B27 evolução lenta 
 * HLA-B35 evolução mais rápida 
 
- Depende do TURN OVER que funciona como uma “balança” que equilibra a produção de partículas virais e a capacidade de 
resposta imune. Quando está equilibrado, mantem o paciente na fase crônica. 
Os fatores determinantes para esse TURN OVER são as características idiossincráticas desse paciente, como por exemplo a idade, 
as comorbidades associadas, fatores genéticos, fatores imunes, entre outros. 
Quando houver um desequilíbrio evolui para a fase aguda. 
- Nessa fase cerca de 10% dos linfócitos TCD4+ dos linfonodos e do baço já estão infectados. 
- Há uma quantidade muito pequena desses linfócitos infectados circulantes, cerca de 0,1%. 
- Esses pacientes, nessa fase, são assintomáticos em muitas vezes. 
 
Fase Sintomática (Imunodeficiencia) 
- Deficiência RIC adaptativa e inata 
- LT infectadas fundem-se: células gigantes multinucleadas –sincício 
- Citotoxicidade 
 * CD8+ destroem TCD4+ infectadas 
 * Anticorpos 
- Anergia (iTreg) 
- Apoptose LT CD4+ não infectados 
- Nessa fase há uma deficiência na resposta imune celular, ou seja, há uma baixa significativa de linfócitos TCD4+. Há também 
deficiência na resposta imune inata por meio da anergia da resposta mediada por NK, isso significa que a célula deixa de funcionar 
por alguma razão, geralmente por citocinas imunossupressoras. 
- Os linfócitos T infectados vão se fundir gerando sincício que são células gingantes multinucleadas (isso acontece devido a perca 
da membrana fosfolipídica por conta do brotamento e fusão de uma célula em outra, sendo característico de HIV) 
- Há uma citotoxicidade provocada pelas células TCD8+ que podem reconhecer e destruir os TCD4+ infectadas: 
O linfócito TCD8+ nas células que apresentem MHC de classe I e que não foram inibidas pela proteína nef, irá reconhecer os 
linfócitos TCD4+ que possuem em seu interior os epítopos virais e dessa forma, destroem eles por meio de citotoxicidade. 
- Além disso, há também ação dos anticorpos que irão fazer a opsonização de células infectadas e consequentemente, a neutralização. 
- Diante disso tudo que dura em média 2-4 anos, chega um momento que o sistema imune decide não mais responder ao HIV por 
vários fatores produzidos pelo vírus e o sistema imunológico passa a ter a imunidade Treg (iTreg). Linfócito Treg produz a IL-10, 
que por sua vez, irá bloquear a ação da resposta imune celular e causa a anergia dos linfócitos TCD4+ e inibe os plasmócitos a 
produzirem anticorpos. Assim, de forma abrupta haverá uma queda da resposta imune contra o HIV de maneira geral. 
 
A evolução da aids está relacionada também com as características genéticas do hospedeiro. 
Anticorpos não possuem função contra o vírus pois, maior parte são direcionados a gp120 e ela sofre mais de 1000 mutações por 
dia. 
AIDS – LABORATORIAL 
- TCD4+ < 200 cel/mm3 sangue 
- altos níveis de carga viral HIV 
 
AIDS – MANIFESTAÇÕES 
- monilíase oral 
- aftas 
- hespes zoster 
- sarcoma de kaposi 
- erupção papulopruriginosa 
 
Complicações mais frequentes: 
- pneumonias bacterianas 
- neurotoxoplasmose 
- pneumonia fungica (Pneumocystis carinii) 
- sinusite 
- diarreia 
- neurocriptococose (fungo Cryptococcus neoformans) 
 
 
IMUNIDADE AOS TRANSPLANTES 
As respostas imunológicas contra os transplantes são uma barreira ao sucesso do empreendimento, e saber como suprimir essas 
respostas é o objetivo principal dos imunologistas que trabalham com transplantes. A rejeição resulta de reações inflamatórias que 
lesam os tecidos transplantados. 
 
TIPOS DE TRANSPLANTES – TIPOS DE ENXERTOS 
 
Autoenxerto: 
Autólogo; do indivíduo para ele mesmo, por isso não há possibilidade de rejeição, por não ter antígeno estranho. Se houver 
inflamação, se deve à cirurgia 
 
Isoenxerto: 
Singênico; geneticamente iguais, embora a expressão de proteínas ainda seja diferente pelo splicing alternativo 
 
Aloenxerto: 
Homólogo; indivíduos da mesma espécie, mas geneticamente diferentes 
 
Xeroenxerto: 
Heterólogo; indivíduos de espécies diferentes. 
Quanto mais diferença entre as espécies, maior a chance de rejeição. 
 
Os linfócitos e anticorpos que reagem com aloenxertos ou xenoenxertos são chamados de alorreativos ou xenorreativos. 
 
A maior parte dos transplantes clínicos são aloenxertos e, o mais comum, é a transfusão sanguínea. 
Deve-se realizar uma prova cruzada para grupos sanguíneos para definir a compatibilidade. 
 
 
 
 
BASES DOS TRANSPLANTES 
 Linfócitos T do receptor reconhecem como Ag as células do doador. 
Aloantigeno é tudo que for imunogênico (principalmente proteínas) no tecido do doador. 
Quanto mais diferentes forem as moléculas HLA doadoras (MHC), maior será a rejeição 
Pode desenvolver resposta imune celular, com células alorreativas e RIH com aloanticorpos. 
Escala de compatibilidade de enxertos vai de 0 a 11, quanto mais próximo de 11, mais compatível é. 
 
TRANSPLANTE AUTÓLOGO 
Usado para produzir retalhos cutâneos retirados de regiões como peitoral, coxa e glúteo, para ser transplantado na região. 
O grande risco é a ligação incorreta dos vasos vasculares, o que pode resultar em uma má perfusão, consequentemente uma isquemia 
e necrose. 
Não existe expressão de antígenos estranhos. 
 
TRANSPLANTE HOMÓLOGO 
São os que mais acontecem na medicina 
Características clinicas do doador e receptor 
Comorbidades 
Tipagem ABO (Rh) e HLA 
Prova Cruzada (Cross-Match) 
Prova Cruzada (Cross-Match): 
Um teste que se faz com o soro do doador e receptor que, se aglutinar, é um indicativo de rejeição. Sem a realização desse exame, 
possui um maior risco de não compatibilidade e a % de sobrevivência pode chegar a 20%. 
 
COMPLEXO DE GENES DO SISTEMA HLA/MHC 
Cada gene possui inúmeros alelos 
 
* Classe I: HLA-A; HLA-B; HLA-C 
* Classe II: HLA-DP; HLA-DQ; HLA-DR 
* Classe III: não está envolvida no processo de rejeição. 
 
Ainda que os HLA sejam da mesma classe, haverá 30% de variação na expressão de HLA devido aos subtipos. Por isso, não há 
indivíduos 100% compatíveis, sendo necessário a terapia imunossupressora para o transplante ter sucesso. 
 
REJEIÇÃO 
É um fenômeno imunológico. 
São reações inflamatórias que lesão o tecido transplantado. Isso se deve pela presença de variações dos genes compostos no MHC 
(chamados de HLA) de diferentes indivíduos e, com isso, os linfócitos T encaram essa alteração como um antígeno que deve ser 
combatido, devido a falta de compatibilidade com os genes de MHC composto naquele organismo. Induz resposta imune celular e 
humoral. 
Indivíduos que previamente rejeitaram um enxerto, ao ser implantado um de mesmo tipo, pode haver aceleração da rejeição, 
indicando a memória imunológica do primeiro contato 
 
TIPOS DE REJEIÇÃO 
Ato de inflamar o enxerto ou o enxerto inflamaro paciente 
É classificado com base no tempo de ocorrência 
 
Rejeição Hiperaguda: 
Resposta inflamatória já pronta antes do implante. 
Ocorre após alguns minutos e resulta de anticorpos preexistentes contra o órgão doado. 
Nesse tipo de rejeição, os anticorpos logo se ligam ao endotélio do vaso sanguíneo transplantado  ativam a via clássica do sistema 
complemento  iniciam a cascata de coagulação  vasos obstruídos por plaquetas agregadas  neutrófilos são recrutados  dano 
endotelial, inflamação e trombose. 
 
Rejeição Aguda: 
RI produzida após transplante 
Vários dias ou semanas após o transplante e é mediada por linfócitos. 
Nesse tipo de rejeição, ocorre a sensibilização do paciente após o transplante. Haverá a ativação de linfócitos T alorreativos e 
anticorpo alorreativo, com padrão Tc1. Além disso, pode haver a ativação do linfócito TCD8+ que, por indução de Th1, promoverá 
a citotoxicidade contra o tecido enxertado. 
 
Rejeição Crônica: 
Leva meses ou anos para se manifestar e, envolve mecanismos ainda desconhecidos. 
Todos os pacientes enxertados terão esse tipo de rejeição, entretanto ele pode ser controlado através de medicamentos 
imunossupressores. 
Nesse tipo de rejeição, a apoptose de células endoteliais do tecido enxertado irão recrutar APCs (como células dendríticas, 
monócitos, macrófagos) que irão migrar, com o aloantígeno fagocitado, para os órgãos linfoides secundários. A partir disso, há a 
apresentação para os linfócitos TCD4+ alorreativos que irá gerar um padrão de resposta de hipersensibilidade IV, e estimulará a 
resposta imune celular. Com isso, há a liberação de citocinas pelo linfócito, a destruição ativa do endotélio desse órgão enxertado e 
a ativação de maior número de APCs. Nesse sentido, os vasos desse tecido terão lesões que, na tentativa de reparação irá sofrer 
fibrose e, consequentemente necrose. De fato, a luz do vaso irá ser obstruída e desencadear um processo isquêmico. 
 
OBS: A rejeição aguda e hiperaguda se tornou evitável graças a inúmeras pesquisas e medicamentos imunossupressores hoje 
existentes. A rejeição crônica ainda é um embate a ser definido 
 
DOENÇAS DO ENXERTO 
Acontece principalmente no transplante de medula óssea 
A medula óssea é responsável pela hematopoiese (produção de células sanguíneas e, consequentemente, do sistema imunológico) 
e, ao ser transplantada em outro organismo, ela continuará produzindo linfócitos TCD4+ e TCD8+ que eram compatíveis com as 
moléculas de MHC I e II do doador e, agora, incompatíveis com essas moléculas do receptor. Com isso, esses linfócitos reconhecem 
os APCs do receptor do órgão como antígenos, por expressarem diferentes MHCs e, com isso, há o combate imunológico contra as 
células do receptor. 
 
Ativação de linfócitos T 
1° sinal de ativação: TCR do linfócito entra em contato com o antígeno e expressa a proteína de acordo com seu MHC. Caso não 
houver definição do tipo de MHC (I ou II), ele entra em apoptose. 
2° sinal de ativação: interação da molécula co-estimulatória da APC (como B7) com o ligante dos linfócitos para induzir a expansão 
clonal. 
3° sinal de ativação: o próprio linfócito T ativado irá liberar IL2 (via autócrina) que irá estimular a expansão clonal e mitose, ou 
seja, haverá a proliferação desses linfócitos T ativados específicos para combater tal antígeno (enxerto). 
 
As drogas Imunossupressoras utilizadas por indivíduos enxertados atuam ou nos receptores de IL2 dos linfócitos T, para impedir a 
expansão clonal (3° sinal de ativação) e, consequentemente, o ataque aos aloantígenos ou na via de expansão clonal que inibem a 
ação de enzimas que levam a expansão clonal de acordo com o 2° sinal de ativação. 
 
CAUSAS DA REJEIÇÃO 
- Incompatibilidade de HLA: isso geralmente vai acontecer pois não existe indivíduos com HLA 100% compatível. 
- Reativação de processos infecciosos: pode haver no órgão transplantado, um antígeno infeccioso silenciado que, com o uso de 
drogas imunossupressoras, acabam se tornando ativos e reagudizando a doença. Nesse sentido, haverá resposta imunológica contra 
o antígeno e o órgão transplantado. 
 
COMO CONTROLAR A REJEIÇÃO 
Imunossupressão 
 
Imunossupressão Específica: anticorpos monoclonais (mAB) 
Os anticorpos monoclonais é um tipo de imunoterapia que, irá atuar inibindo os receptores de IL2 de linfócitos T ativados contra o 
enxerto. Com isso, haverá a inibição da expansão clonal de linfócitos T específicos contra os aloantígenos e, consequentemente, a 
redução da destruição do órgão transplantado. 
 
Imunossupressão Inespecífica: 
Bloqueiam todas as vias de resposta, ou seja, tanto imune quanto adaptativa. 
- Corticosteroides (reduzem a afinidade de linfócitos contra antígenos e a quantidade de leucócitos circulantes) 
- Ciclosporina (inibe a transcrição de IL2, tanto da resposta imunológica contra o aloenxerto, quanto em respostas imunológicas 
normais) 
 
 
NEOPLASIA 
Neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento excede e é não coordenado quando comparado com o tecido normal 
equivalente. Este crescimento é persistente mesmo após o estímulo que deu origem. O defeito celular adquirido é permanente e 
transmitido às células-filhas. 
 
TIPOS DE TUMORES 
Tumores sólidos 
Tumores hematológicos 
As leucemias (tumores hematológicos) não fazem metástase, mas sim infiltração, porque não são sólidos. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS 
 
TUMOR BENIGNO: 
Forma = crescimento simétrico; 
Limite = bem delimitado; encapsulado; não faz infiltração 
Consistência = igual as células normais; 
Viabilidade = consegue sustentar a angiogenese, garantindo que todas as regiões tumorais sejam nutridas 
 
Tumores Benignos não expressam antígenos tumorais que sejam impactantes no ponto de vista imunológico. 
 
TUMOR MALIGNO 
Forma = crescimento assimétrico; 
Limite = mal delimitado; limites imprecisos, que não podem ser delimitados. Se infiltra nos órgãos adjacentes 
Consistência = totalmente diferente do tecido equivalente ao normal (mais mole ou endurecido); 
Viabilidade = a angiogenese não acompanha a velocidade de crescimento do tumor, decorrendo em nutrição inadequada do tecido 
 
Diante disso, o crescimento elevado e a nutrição ineficiente de certas regiões do tumor maligno resulta em hipóxia (falta de oxigênio) 
e anóxia (carência total de oxigênio). Como consequência, o tecido entrará em necrose, com destruição dos vasos sanguíneos e 
posterior hemorragia 
 
Tumores Malignos podem ser: 
- carcinoma epidermoide; melanoma melanotico maligno 
 
VEGF = fator de crecimento endotelial vascular; proteína de sinalização que promove o crescimento de vasos sanguíneos 
 
HALLMARCKS OF CANCER 
O que é possível encontrar em uma célula para afirmar que é cancerígena: 
- induzir angiogênese; evasão dos sinais supressores de crescimento; evitar destruição imune; possibilitar imortalidade replicativa; 
promover inflamação tumoral; ativas invasão e metástase; instabilidade genômica; resistência a apoptose; desregulação do 
metabolismo celular; sinalização continua da atividade proliferativa 
 
O critério mais importante é que o tumor tenha capacidade de evitar destruição imune. O sistema imune desempenha papel 
fundamental na fisiopatologia do câncer, e sua capacidade de evitar a destruição imunológica já foi reconhecida como um marco 
que ganha importância no câncer. 
 
CRITÉRIOS PARA CELULA SE TORNAR MALIGNA 
- A célula sempre estar em proliferação 
- Consumo de O2 e glicose. Desregulação do metabolismo celular. 
- Resistência à morte celular programada 
- Instabilidade genômica 
- Ativar a invasão e metástase 
- Promover a inflamação tumoral 
- Possibilidade de imortalidade replicativa 
- Evitar destruição imune (tem capacidade de evitar a ação do sistema imunológico sobre ele) 
- Indução de angiogênese 
- Evasão dos sinais supressores de crescimento 
 
O critério mais importante é que o tumor tenha capacidade de evitar destruiçãoimune. O sistema imune desempenha papel 
fundamental na fisiopatologia do câncer, e sua capacidade de evitar a destruição imunológica já foi reconhecida como um marco 
que ganha importância no câncer. 
 
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DOS ANTIGENOS TUMORAIS 
 
1) Os tumores são causados por mutações somáticas cumulativas 
Processo mutacional intrínseco do envelhecimento + Exposição a fatores carcinogênicos pelo estilo de vida e exposição ambiental 
= Aquisição de um fenótipo suscetível a mutações. 
A maioria das mutações ocorrem em protoncogenes e em genes supressores de tumor 
 
2) Mutações podem levar a modificações na tradução proteica 
O DNA ira ser transcrito em um RNAm defeituoso que levara a tradução de uma proteína defeituosa, o que resulta em produção de 
antígenos tumorais. Isso levara a produção de resposta imune no hospedeiro, não necessariamente contra o tumor. 
 
3) Proteínas alteras podem ser antigênicas 
Ag tumorais: são proteínas produzidas pelos tumores, que determina resposta imune no hospedeiro. São proteínas do citosol, o 
padrão de RI seria intracelular – Th1/Tc1 
Essas proteínas mutadas funcionam como antígenos tumorais 
 
TIPOS DE ANTIGENOS TUMORAIS 
Os antígenos tumorais são proteínas produzidas pelos tumores que determinam uma resposta imune pelo hospedeiro. São produzidas 
na maioria das vezes no citosol, porém não significa que ficarão contidas nesse local durante toda a vida celular. Podem migrar para 
a membrana. 
 
 
o TATA 
* Antigenos Oncofetais: 
- são expressões nas células normais durante a embriogenese, pois no desenvolvimento fetal o sistema imune é imaturo e não há 
resposta imune 
- podem ser expressos por reativação de genes embrionários em células tumorais por muta~çoes genéticas ou epigeneticas. 
Ex: BHCG 
 
Por quê existe cerca de 25% de material viral nas células humanas de indivíduos com mais de 60 anos?? 
Porque uma parte de células infectadas serão removidas por ação do sistema imune, porém uma outra parte desse material genético 
do vírus estava dormente. Ou seja, silenciado. 
 
* Proteinas Normalmente Expressas 
- são expressas em quantidades muito pequenas, mas estão superexpressadas em células tumorais 
Ex: P53 (gene supressor tumoral) – geralmente tem duração de 20 minutos e quando se acumulam é em reação de mutação 
 
A resposta imune adaptativa no ser humano inicia aproximadamente a partir de 180 dias de vida (6 meses), assim, conclui-se que o 
sistema imune é imaturo desde a concepção até os 6 meses. 
 
o TSTA 
TSTA são antígenos decorrentes de mutações que geram um novo peptídeo de MHC classe I. se o antígeno neoplásico alterado é 
apresentado pelo MHC de classe I, será reconhecido pelo TCD8+. Porém, se a célula tumoral suprimir o MHC de classe I, quem irá 
reconhece-la são as células Natural Killer. 
- Esses antígenos são exclusivos de células tumorais e nunca ocorrem em células normais. 
- São produzidos em resposta a mutagênicos físicos, químicos ou virais. 
- A mutação leva a proteínas celulares anômalas. O processamento no citosol resulta em novos peptídeos (antígenos tumorais). 
- Estes AT induzem uma resposta imune de células T tumorespecíficas (CTLs) 
- Os antígenos tumorais na superfície celular fazem com que o sistema imune reconheça e elimine as células tumorais (ideal). 
 
REAÇÃO DE DESMOPLASIA: A célula tumoral estimula o fibroblasto a produzir colágeno no seu entorno para produzir uma 
proteção que impeça a chegada de células que vão destruí-la. 
É como se ela protegesse o seu redor para não permitir a passagem de células do sistema imune chegando até ela e destruindo-a 
 
SINAIS ATIVADORES E INIBIDORES DE RESPOSTA IMUNE 
TIL: 
- linfócitos infiltrantes de tumores 
- evidenciam processo inflamatório peritumoral 
 
Respostas Ativadoras: 
No caso das respostas ativadoras, há a expressão da célula tumoral ou da APC como as representadas na imagem acima. O linfócito 
T reconhece todas as moléculas, sendo ativado e gerando uma resposta imune efetora, seja mediada por citocinas ou outras anti-
tumorais. 
CD70 + CD27 = ativa o linfócito T 
B7.1 – CD28; MHC – TCR 
 
Respostas Inibidoras: 
Já as interações inibidoras, irão inibir a resposta mediada pelo linfócito T. A célula tumoral pode produzir por exemplo PD-L2; PD-
L1; entre outras. Essas moléculas se ligam ao PD-1 ou ao B7.1. Quando elas se ligam, inativam a ação do linfócito T 
PD-L2 + PD-1 = inativa o linfócito T 
B7.2 – CTLA-4; MHC – LAG-3 
 
Os anticorpos, como o PD-L1, interagem com os receptores inibitórios e promovem uma anergia da resposta imune, ou seja, fazem 
com que o sistema imune “tolere” as células tumorais. Portanto os linfócitos T não irão agir contra as células tumorais. 
 
INIBIDORES DE CHECHPOINT 
São anticorpos que irão bloquear o checkpoint e consequentemente desativar a resposta inibitória que estava sendo causada na 
resposta imunológica. 
Anti-CTLA-4 
Anti-PD-1 
Anti-PD-L1 
Esses anticorpos são a última fronteira para o tratamento de câncer e trazem maior sobrevida e qualidade de vida para os pacientes 
oncológicos 
 
Essas moléculas são moléculas de imuno-regulação que estão relacionadas a tolerogênese, ou seja, servem para tolerar um antígeno 
próprio. 
Exemplo: O macrófago faz fagocitose de uma célula própria que está morta, apresenta para o MHC de classe II. Porém, também 
pode acontecer de o linfócito TCD8 também reconhecer a célula, mas reconhecer como um corpo estranho e emitir um sinal de 
ativação, com isso, ocorre autoimunidade. 
Logo os mecanismos de autoimunidade consistem na APC expressar moléculas inibitórias – checkpoint inibitório para evitar que 
tenha desenvolvimento de autoimunidade, ou seja, evitar que eu ative o linfócito T ao reativo e conhecer antígenos próprios como 
sendo estranhos. 
- No caso do tumor, quem ta expressando essas moléculas inibitórias agora é ele mesmo. E isso acontece, pois o tumor também é 
uma célula própria, então ele precisa fazer isso. Com isso, ele consegue desenvolver esse checkpoint inibitórioe evita que ele seja 
percebido 
 
IMUNOHISTOQUIMICA 
A imunohistoquímica é uma reação que serve para determinar o antígeno de interesse. No caso, o interessante seria o linfócito 
TCD8. 
A presença de PD-L1 nas células tumorais, indica que não está havendo resposta imune de TCD8+ contra os antígenos tumorais, 
ou seja, anergia da resposta imune. 
 
IMUNOTERAPIA 
“Moléculas que foram descobertas nos tumores e possuem grande importância clínica pois podem ser utilizadas para tratamento e 
apresentam excelentes resultados nos pacientes com câncer. São anticorpos que irão desativar a resposta inibitória que estava 
causando anergia da resposta imunológica” 
 
Imunoterapia para PD-L1 
- PD-L1 é normalmente expressa por um subconjunto de macrófagos. No entanto, a instabilidade genômica pode causar uma 
mutação celular, ocasionando a transcrição de genes antes não transcritos como a PD-L1. Assim, a PD-L1 acaba sendo expressa 
também por células tumorais. 
- PD-L1 pode ser induzida como parte de um processo fisiológico para modular o bloqueio de respostas imunes em andamento no 
hospedeiro em tecido periférico. 
- PD-L1 pode ser induzida em linfócitos ativados (T, B e NK), células endoteliais e outros tipos de células não malignas. 
- Células tumorais e células estromais peritumorais também podem expressar PD-L1, desligando as células T efetoras. 
 
4º SEMANA INTEGRADORA 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL - DENGUE 
No inicio da dengue atera-se neutrófilo e bastonete, após 6º dia já típico deste caso: 
- Leucocitos vao estar diminuídos, por isso terá uma leucopenia, porque colheu no 6º dia de sintoma e já esta no estagio avançado 
e porque o vírus destrói leucócitos na medula, ou seja, não libera para circulação 
- Neutrofilos vao estar diminuídos porque aumentou linfócitos 
- Bastonetes estará ok porque é vírus 
- Linfocitos atípicos terá o vírus dentro dele, e os vírus são de tamanhos aumentados, oque e característica da dengue. 
 
SOROLOGIA DA DENGUE 
A partir do 6º dia de sintomas realiza o teste ELISA, porque é quando tem Ac aumentado e vai ser identificado. 
Hemograma não da diagnostico da dengue, é preciso do teste. 
 
Pesquisa de Anticorpos IgM – ELISA (técnica de captura de IgM) 
 
Valores de Referência: 
Reação Reativa > 0,220 – presença de anticorpos IgM 
Reação Não Reativa < 0,180 – ausência de anticorpos IgM 
Reação Indeterminada 0,180 – 0,220 – sorologia não conclusiva 
 
DENGUE: TESTE RAPIDO (imunocromatografia) 
* dengue NS1 
- pedir no 3 ou 4 dia de sintoma 
- pesquisa Ag NS1 
- Ac anti-NS1 
 
Interpretação dos resultados: 
2 riscos = positivo 
1 risco = negativo 
 
DENGUE: SOROLOGIA (IgM e IgG) 
- pesquisa IgM (5 ao 8 dia) 
- pesquisa IgG (por volta do 14 dia) 
- Ag recombinantes (DEN 1,2,3,4) 
 
Intepretação dos resultados: 
Não reagente: 1 risco 
Reagente IgM: fase aguda passada (2 riscos juntos) 
Reagente IgG: fase crônica (2 riscos separados) 
Reagente IgG e IgM: fase paciente aguda (3 riscos) 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL – HIV 
 
HIV – TESTE RAPIDO (imunocromatografia) 
É o teste solicitado 
- pesquisa Acs (Anti-HIV-1 e/ou Anti-HIV-2) contra proteínas gp41 e gp36 
 
Os testes rápidos para HIV e dengue são diferentes. 
No HIV, vê IgG e IgM juntos. 
Na dengue, vê separado, esta escrito a ordem no próprio teste. 
Dessa forma, é melhor para o medico conseguir tratar o seu paciente sabendo em qual fase em que ele se encontra na doença. 
 
DESCREVER A IMUNOTERAPIA E SEUS TIPOS 
Imunoterapia é qualquer forma de tratamento que busque recuperar a capacidade do sistema imunológico de reconhecer e 
controlar/destruir a célula tumoral, ou seja, utiliza fatores do sistema imune do próprio paciente para tratar o câncer. 
Dentre suas vantagens, a imunoterapia tende a poupar as células normais, causando menos efeitos colaterais. 
Para que a imunoterapia seja bem-sucedida é essencial que a carga tumoral seja inicialmente reduzida por meio de cirurgia, 
radioterapia ou quimioterapia, visto que a imunoterapia não seria razoável esperar que o sistema imune enfrente uma grande massa 
tumoral. Além disso, as quantidades consideráveis de antígenos liberados por disseminação tenderiam a impedir a produção de 
qualquer resposta significativa em alguns casos, em virtude da estimulação das células T reguladoras. Isso deixa os pequenos 
depósitos secundários como alvos apropriados para a imunoterapia. 
Para que haja sucesso na imunoterapia é necessário que o SI consiga formar quantidades suficientes de células T com capacidade 
de reconhecimento altamente ávido de antígenos tumorais, além da capacidade dessas células circularem até o local do tumor e 
invadir o estroma associado ao tumor. Por fim, esses LT devem ser ativados no local do tumor e devem ser capazes de atuar sobre 
o tumor com grânulos citotóxicos. 
 
As abordagens à base de imunoterapia para o tratamento do câncer podem ser classificadas em categorias distintas: 
 
 Imunoterapia passiva com anticorpos monoclonais 
1. Anticorpos dirigidos contra marcadores tumorais de superfície celular: 
Em geral, os anticorpos que reagem com antígenos na superfície das células tumorais também podem proteger o hospedeiro por 
opsonização e lise (modificada por proteínas reguladoras do complemento do hospedeiro) mediadas pelo complemento e por 
recrutamento de macrófagos e da função de ADCC das células NK. 
 
2. Imunoconjugados terapêuticos: consiste em um anticorpo dirigido contra tumor ligado a um componente efetor tóxico, que pode 
ser um radioisótopo, uma toxina ou uma pequena molécula de fármaco. 
 
3. Ataque ao suprimento sanguíneo do tumor mediado por anticorpos: usado em tumores sólidos, nos quais são encontrados dois 
alvos principais: metástases residuais mínimas na medula óssea e tecido reativo produzido pelo processo maligno (fibroblastos do 
estroma e vasos sanguíneos recém-formados). O tumor promove a formação desses vasos sanguíneos pela secreção de fatores 
angiogênicos, como VEGF. Esforços consideráveis têm sido envidados no desenvolvimento de inibidores de angiogênese, como 
anticorpos monoclonais humanizados contra o VEGF e o seu principal receptor, VEGF-R2. 
 
 Exposição de respostas latentes das células T tendo como alvo moléculas de pontos de controle imunes 
Os tumores exibem presença de linfócitos infiltrantes anérgicos, de modo que a reativação dessas células pode ser possível por meio 
do bloqueio de proteínas de ponto de controle. 
1. Bloqueio do CLTA-4 
2. Bloqueio da PD-1 
3. Bloqueio de outras proteínas de pontos de controle imunes 
 
 Terapia com citocinas independentes de antígeno 
1. Tratamento com interleucinas: Administração de altas doses de IL-2 leva à estimulação das células T preexistentes reativas ao 
tumor ou à ativação das células NK. 
 
2. Terapia com interferonas: INF em alguns tumores podem atuar principalmente como agentes antiproliferativos; em outros 
tumores, a ativação das células NK e dos macrófagos pode ser importante, enquanto o aumento da expressão de moléculas do MHC 
da classe I pode tornar os tumores mais suscetíveis ao controle por mecanismos efetores imunes. Em algumas circunstâncias, o 
efeito antiviral também pode contribuir. 
 
3. Fatores estimuladores de colônias: tratamento direcionado para induzir a diferenciação das células tumorais indica que a 
maturação celular diminui e suprime a capacidade de divisão do clone maligno 
 Vacinação para estimular respostas imunes contra antígenos tumorais ou a vasculatura do tumor 
Vacinação com antígenos virais 
 
 Transferência adotiva de células T (ACT), NK ou células dendríticas expandidas ex vivo 
Consiste em isolar células T dos pacientes e expandi-las in vitro, na presença de altas concentrações de IL-2. Essas células T CD8 
expandidas in vitro são então transferidas de volta ao paciente, mas podem desaparecer rapidamente se a carga tumoral for grande. 
A ACT dos linfócitos expandidos in vitro em hospedeiros com depleção de linfócitos pode resultar em até 75% das células T 
circulantes com atividade antitumoral, ou seja, bem acima dos níveis observados com vacinas peptídicas. 
 
 Transferência adotiva de células T com receptor de antígeno quimérico (CAR) gerado ex vivo. 
Atua fortalecendo as células T, a partir da coleta de células T citotóxicas infiltrantes, seu cultivo em laboratório e posterior reinjeção 
no paciente. Após a coleta, essas células são modificadas geneticamente para expressar proteínas híbridas denominadas receptores 
quiméricos de antígenos (CAR´s). Isso permite que as células modificadas se fixem na superfície das células tumorais, fazendo com 
que as LT não modificadas as ataquem.

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