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11.FITOTERÁPIA

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FARMACOGNOSIA 
APLICADA 
Annaline Stiegert Cid
Fitoterapia e fitoterápicos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Explicar a utilização de fitoterápicos como recurso terapêutico de 
interesse à saúde pública.
 � Conceituar fitoterápicos, fitofármacos, marcadores fitoquímicos e 
marcadores farmacológicos obtidos de plantas.
 � Descrever o emprego de fitoterapia no tratamento de doenças.
Introdução
A utilização de plantas medicinais no tratamento de enfermidades é tão 
antiga quanto a humanidade. Existem evidências de que o ser humano 
utiliza plantas para o tratamento de doenças desde a era paleolítica, na 
pré-história. Relatos mais contundentes contendo descrições do uso 
medicinal de espécies vegetais foram encontrados na Índia, na China e no 
Egito, e estima-se que tenham sido elaborados a partir do ano 2500 a.C. 
(SAAD et al., 2016). 
Com o passar dos anos, o desenvolvimento da ciência, especialmente 
da química orgânica, levou ao isolamento e, posteriormente, à síntese 
de vários fármacos oriundos de plantas. Aos poucos o uso medicinal de 
plantas medicinais foi assumindo um papel secundário. Elas passaram a 
ser vistas, principalmente, como fonte de substâncias isoladas para serem 
utilizadas na terapêutica. No entanto, nos últimos anos, pesquisadores 
e especialistas têm indicado um retorno da fitoterapia como uma tera-
pêutica de importância fundamental para a promoção da saúde e do 
bem-estar da população (SAAD et al., 2016; SIMÕES et al., 2017). 
Neste capítulo, você vai entender porque a promoção do uso racional 
e seguro de plantas medicinais tem ganhado destaque em todo o mundo, 
inclusive no Brasil. Discutiremos a importância na fitoterapia para a saúde 
pública, os conceitos mais importantes para entender o contexto dessa 
terapêutica na atualidade e traremos exemplos de aplicações terapêuticas 
de plantas medicinais e seus fitoterápicos. 
1 Relevância da fitoterapia na saúde pública
As plantas medicinais representam, ainda hoje, os únicos recursos terapêu-
ticos de diversas comunidades, especialmente aquelas consideradas mais 
pobres. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 85% da 
população dos países em desenvolvimento depende da utilização de plantas 
medicinais para suprir cuidados básicos de saúde. Além disso, mesmo em 
países desenvolvidos, uma grande parcela da população utiliza a fitoterapia 
para o tratamento de doenças. Considerando esses aspectos, discutidos na 
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde que aconteceu 
em Alma-Ata, no Paquistão, em 1978, a OMS passou a recomendar que os 
países membros incentivassem o uso racional de plantas medicinais e fitote-
rápicos, orientação acatada por muitos países, inclusive o Brasil (OMS, 1979; 
SAAD et al., 2016; SIMÕES et al., 2017). 
O nosso país é considerado megadiverso, o que significa que o território 
brasileiro abriga uma infinidade de organismos vivos, que representam uma 
parcela significativa de toda a biodiversidade mundial. Isso já seria motivo 
suficiente para incentivar pesquisadores e especialistas a aproveitarem toda essa 
riqueza natural para a promoção da saúde e do bem-estar da nossa população, 
mas, além disso, o Brasil apresenta uma enorme diversidade cultural que, asso-
ciada a nossa biodiversidade, resultou em um rico conhecimento sobre o uso e 
manejo das plantas medicinais, que tem enorme potencial para ser explorado. 
Reconhecendo isso e seguindo as orientações da OMS, o Ministério da Saúde 
lançou em 2006 a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, 
que tem como objetivo principal: “garantir à população brasileira o acesso 
seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o 
uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da 
indústria nacional” (BRASIL, 2016a, documento on-line). A fim de cumprir 
esse objetivo, dois anos depois da implementação da política nacional, foi 
formulado o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que 
reúne diversas ações visando à regulação e à disseminação do uso medicinal 
de espécies vegetais e seus derivados (BRASIL, 2016a). 
Fitoterapia e fitoterápicos2
Tanto a política quanto o programa nacional reconhecem a necessidade de haver 
ações de incentivo à pesquisa de plantas medicinais e fitoterápicos; capacitação 
de profissionais de saúde; ampliação do acesso da população a esses produtos, de 
forma segura e efetiva; e regulação de todas as etapas da cadeia produtiva de plantas 
medicinais e fitoterápicos. Isso deve ser feito levando-se em conta o conhecimento 
tradicional associado à fitoterapia no Brasil e ao uso sustentável na nossa biodiversi-
dade, promovendo, inclusive, a inclusão da agricultura familiar para cultivo de plantas 
medicinais. Para tanto, o governo acredita que é necessário uma interação entre os 
setores público e privado, universidades, institutos de pesquisa e organizações não 
governamentais (KLEIN et al., 2009; BRASIL, 2016a). 
Desde 2006, quando a política nacional foi implementada, várias ações já 
foram conduzidas e têm contribuído para a ampliação da fitoterapia no país. 
A partir de 2007 houve a inclusão de fitoterápicos no elenco de referência de 
medicamentos e insumos complementares para a assistência farmacêutica na 
atenção básica em saúde; atualmente, a Relação Nacional de Medicamentos 
Essenciais (Rename) conta com 12 fitoterápicos, além das isoflavonas de 
soja obtidas da espécie Glycine max. Os medicamentos da Rename podem 
ser solicitados pelas prefeituras municipais para serem incluídos em suas 
Relações Municipais de Medicamentos Essenciais (Renume). Nesse caso, 
esses medicamentos podem ser distribuídos gratuitamente à população pelo 
Sistema Único de Saúde (Sus). 
Os fitoterápicos, em geral, têm um custo de produção menor do que medica-
mentos convencionais, porque sua obtenção não envolve etapas de isolamento 
ou síntese. Sendo assim, é muito importante a inclusão desses produtos no 
SUS, os quais podem atender um grande número de pessoas forma efetiva e 
segura a um custo relativamente baixo (KLEIN et al., 2009; SIMÕES et al., 
2017; BRASIL, 2020).
O menor custo da produção de fitoterápicos também é um incentivo à 
inovação e ao desenvolvimento das indústrias farmacêuticas nacionais, que, 
em geral, limitam-se à produção de medicamentos genéricos e similares. 
Dessa forma, o valor dos produtos repassados ao consumidor também deve 
ser menor em comparação com medicamentos convencionais. Mesmo que o 
tratamento não seja realizado pelo Sus, a fitoterapia, em geral, custa menos 
para o paciente, até porque existe a opção de que ele cultive as plantas medi-
3Fitoterapia e fitoterápicos
cinais em casa, o que, é claro, deve ser realizado com o acompanhamento de 
um profissional habilitado (KLEIN et al., 2009). 
A importância das plantas medicinais para a saúde pública não se limita a 
uma redução de custos. Investigações dos efeitos terapêuticos e da segurança de 
plantas medicinais e fitoterápicos mostram que eles podem ser muito úteis para 
o tratamento de várias doenças. Destacam-se condições de saúde complexas 
que envolvem diversas vias, uma vez que esses produtos apresentam diversas 
substâncias em sua composição que podem agir sinergicamente de diferentes 
formas e tratar o paciente de uma forma mais integral. Estudos mostram ainda 
que algumas substâncias são inativas quando estão isoladas, mas, no extrato, 
apresentam atividade porque os demais compostos presentes aumentam a 
sua biodisponibilidade, estabilidade ou solubilidade. É muito comum em 
pesquisas na área de produtos naturais que os extratos de plantas apresentem 
efeitos mais interessantes do que as substâncias isoladas (SAAD et al., 2016). 
Um exemplo de sinergismo é o caso da planta medicinal uva-ursina, ou uva-de-urso. 
Seu principal componente ativo é a arbutina. Estudos científicos mostraram que o 
extrato da planta mostrou maior eficácia do que asubstância isolada, porque, segundo 
alguns autores, o ácido gálico presente no extrato aumenta a biodisponibilidade da 
arbutina (SAAD et al., 2016; EUROPEAN MEDICINES ANGENCY, 2018a). 
Adicionalmente, estudos mostram que, em geral, fitoterápicos apresentam 
menos efeitos adversos do que os medicamentos convencionais. Isso não quer 
dizer que a crença popular de que plantas medicinais não fazem mal seja 
verdade. Existem plantas muito tóxicas, assim como outras podem ter efeitos 
adversos leves a moderados. Mas, quando comparadas a medicamentos con-
vencionais, a grande maioria das plantas medicinais e fitoterápicos apresenta 
reações adversas mais leves e menos frequentes. Isso porque a maioria dos 
princípios ativos presentes em plantas tem baixa toxicidade, além de estarem 
presentes em quantidade relativamente pequenas nos extratos (SAAD et al., 
2016). 
Fitoterapia e fitoterápicos4
Outro fato que deve ser considerado e que, muitas vezes, é esquecido tanto 
pelos profissionais de saúde quanto pelos agentes públicos é o conhecimento 
popular ou tradicional associado ao uso de plantas medicinais. A fitoterapia 
representa uma parte da cultura de algumas comunidades e grupos, às vezes 
repassada de geração em geração. Isso altera a percepção dessas pessoas em 
relação à utilização de plantas medicinais e fitoterápicos quando comparados 
a terapias convencionais. Uma grande parcela da população prefere utilizar 
fitoterápicos, e essa preferência é relevante no contexto da saúde pública 
(KLEIN et al., 2009; SAAD et al., 2016; BRASIL, 2014a).
É claro que, para que a gente possa oferecer plantas medicinais e fitote-
rápicos à população é necessário demonstrar a sua efetividade e segurança. 
Esse é um grande problema no incentivo à fitoterapia, porque, a despeito do 
seu enorme potencial, ainda precisamos estudar mais as plantas medicinais, 
especialmente aquelas que são encontradas no Brasil. 
Por esse motivo, o Ministério da Saúde elaborou em 2009 a Relação Nacio-
nal de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (Renisus). 
Trata-se de uma lista de 71 espécies vegetais, nativas ou adaptadas no Brasil, 
amplamente utilizadas pela população, que o Ministério da Saúde considerou 
que têm potencial para gerar produtos para o Sus, mas que ainda necessitam 
de mais estudos em relação a sua segurança, eficácia e/ou efetividade. O ob-
jetivo da elaboração dessa lista é auxiliar na condução de estudos que possam 
embasar a elaboração de uma relação de plantas medicinais e fitoterápicos 
seguros e eficazes para o uso da população (BRASIL, 2014b).
Essa é uma ação de extrema importância, porque a maioria das plantas 
medicinais brasileiras, embora tenha um amplo uso pela população e, aparen-
temente, tenha grande potencial terapêutico, ainda não tem estudos suficientes 
que embasem seu uso racional. Assim, o incentivo ao estudo dessas plantas 
pode contribuir de forma relevante para a promoção do uso racional e seguro 
de espécies vegetais nativas ou adaptadas ao nosso país. 
5Fitoterapia e fitoterápicos
Não basta apenas ter estudos que comprovem a segurança e efetividade das 
plantas medicinais e fitoterápicos, é necessário que os profissionais de saúde 
sejam capacitados para prescrever esses produtos assim como acompanhar e 
manejar pacientes que os utilizam. Atualmente, é evidente o desconhecimento 
da maioria dos profissionais a respeito do assunto. Observamos que, em geral, 
quando esses profissionais se encontram em situações nas quais o paciente 
faz uso ou quer utilizar esses produtos, acabam optando por ignorar essa 
informação e/ou não oferecerem tais opções terapêuticas, o que pode gerar 
prejuízos para o paciente (BRASIL, 2012; SAAD et al., 2016). 
Ações do Ministério da Saúde que têm contribuído para a capacitação de 
profissionais incluem as publicações do Formulário Fitoterápico e do Memento 
Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. O Formulário Fitoterápico apresenta 
monografias em que são descritos o modo de preparo, a indicação de uso, os 
efeitos adversos e as contraindicações de plantas medicinais e fitoterápicos. 
Farmácias de manipulação podem dispensar os produtos descritos no for-
mulário considerando as informações apresentadas. O documento auxilia, 
portanto, no trabalho dos farmacêuticos que atuam nesses estabelecimentos. 
Já o Memento Fitoterápico tem o objetivo de orientar prescritores em relação 
às indicações terapêuticas, formas farmacêuticas, posologia, efeitos adversos 
e contraindicações desses produtos. As monografias das plantas apresentam 
ainda dados de estudos pré-clínicos e clínicos já conduzidos com a planta 
medicinal (BRASIL, 2011; BRASIL, 2016b). Em 2012, foi publicado ainda 
o Caderno de Atenção Básica que trata da fitoterapia, trazendo informações
valiosas sobre a promoção do uso racional e seguro de plantas medicinais e
fitoterápicos na atenção primária (BRASIL, 2012).
Fitoterapia e fitoterápicos6
Em 2010, o Ministério da Saúde, por meio da portaria da Portaria n.º 886/
GM/MS, instituiu a Farmácia Viva no âmbito do Sus. Farmácias Vivas são 
unidades de saúde onde são realizadas todas as etapas da cadeia produtiva 
de fitoterápicos, isto é, cultivo, coleta, processamento, armazenamento e 
manipulação. Após a fabricação, os fitoterápicos e plantas medicinais são 
dispensados à população. Para que a Farmácia Viva cumpra seu objetivo, que 
é justamente aumentar o acesso da população à fitoterapia, os profissionais 
prescritores dos munícipios que abrigam a Farmácia Viva devem ser capaci-
tados e sensibilizados em relação ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos 
(BRASIL, 2010; BRASIL, 2017). 
A implementação das Farmácias Vivas tem sido muito importante para o 
crescimento da fitoterapia no Brasil, e seus números são animadores. No ano 
de 2016 foram registrados quase 90 mil atendimentos de fitoterapia segundo 
dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). Além 
das consultas, mais de 45.000 atividades coletivas sobre plantas medicinais 
foram conduzidas no país (BRASIL, 2017)
Todas as questões discutidas aqui demonstram o papel fundamental que 
a fitoterapia pode exercer na saúde pública, embora mais ações ainda sejam 
necessárias para o crescimento da fitoterapia no país e a promoção do uso 
racional e seguro das plantas medicinais e fitoterápicos. 
7Fitoterapia e fitoterápicos
2 Conceitos importantes em fitoterapia
Muitos conceitos importantes no âmbito da fitoterapia geram confusões tanto 
na população em geral quanto em profissionais de saúde, por isso é muito 
importante que você compreenda bem cada um deles para orientar adequa-
damente seus futuros pacientes. 
Fitoterapia, segundo consta na Política Nacional de Plantas Medicinais e 
Fitoterápicos, é o método de tratamento que, sob orientação de um profissional 
habilitado, utiliza plantas medicinais em suas preparações sem usar substâncias 
ativas isoladas, ainda que de origem vegetal. Isso significa que a fitoterapia 
é a prática terapêutica que utiliza plantas medicinais ou seus derivados, que 
são chamados de fitoterápicos (BRASIL, 2016a). 
A definição de fitoterapia considerada pelo Ministério da Saúde ressalta que a prática 
deve ser acompanhada de um profissional capacitado. 
A definição de fitoterapia traz outros dois conceitos fundamentais: plantas 
medicinais e fitoterápicos. Segundo a OMS, planta medicinal é uma espécie 
vegetal utilizada com propósitos terapêuticos. Essa é a definição aceita pelo 
Ministério da Saúde. Fitoterápicos, segundo a legislação brasileira, são medi-
camentos obtidos exclusivamente a partir de matérias-primas ativas vegetais, 
que incluem drogas vegetais ou derivados vegetais. 
Uma droga vegetal é obtida quando submetemos a planta ou a parte dela 
que tem o efeito terapêutico a processos de estabilização e secagem. De maneira 
simples, a droga vegetal é a planta medicinal seca, podendo estar íntegra ou 
triturada. Derivados vegetais são produtos obtidos por meio de processos 
extrativos da plantamedicinal ou da droga vegetal, podendo ser extratos, 
óleos essenciais, tinturas, entre outros. Isso significa que fitoterápicos não 
podem apresentar em sua composição substâncias ativas isoladas, mesmo 
que elas sejam obtidas de fontes naturais, porque elas não são consideradas 
matérias-primas ativas vegetais; do contrário são denominados fitofármacos 
(BRASIL, 2014a BRASIL, 2016a). 
Fitoterapia e fitoterápicos8
Segundo a legislação brasileira, a definição completa de fitofármaco é a 
de que se trata de uma substância altamente purificada, com estrutura química 
e atividade farmacológica definida, isolada a partir de matéria-prima vege-
tal. Fitofármacos devem ser registrados na Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa), de acordo com as normas preconizadas na Resolução da 
Diretoria Colegiada (RDC) n.º 24, de 14 de junho de 2011, que dispõe sobre 
o registro de medicamentos específicos (BRASIL, 2011).
Já em relação aos fitoterápicos, a Anvisa exige, por meio da RDC n.º 26,
de 13 de maio de 2014, que, para fins de registro, esses produtos apresentem 
qualidade e segurança, além de eficácia ou efetividade demonstradas, assim 
como qualquer outro medicamento. A avaliação de sua eficácia ou a efetividade 
e a segurança desses produtos podem ser comprovadas por estudos pré-clínicos 
e clínicos ou por dados de uso tradicional seguro e efetivo publicados na 
literatura técnico-científica. Já o controle da qualidade deve ser realizado 
por meio da identificação e quantificação de marcadores (BRASIL, 2014a).
Os marcadores são substâncias ou classes de substâncias presentes no 
fitoterápico utilizadas como referência para seu controle de qualidade. Es-
ses compostos podem ou não ter relação com a atividade terapêutica, mas é 
desejável que tenham — caso em que são denominados marcadores ativos. 
Quando o marcador selecionado não é responsável pelo efeito medicinal do 
medicamento, ou a sua relação com esse efeito ainda não foi demonstrada, 
ele é considerado um marcador analítico (BRASIL, 2014b)
Para que você possa compreender melhor o conceito de marcador é im-
portante entender como ocorre o desenvolvimento de um novo fitoterápico. 
Durante esse processo, pesquisadores investigam os efeitos farmacológicos, 
assim como a composição química do fitoterápico em desenvolvimento. Vários 
estudos pré-clínicos são conduzidos com o fitoterápico e seus constituintes 
isolados, para definir quais compostos são responsáveis por essa atividade, os 
quais são chamados de marcadores farmacológicos. Após determinação da 
composição química do medicamento, verificam-se quais são as substâncias 
presentes em maior quantidade ou que são muito características daquela 
espécie vegetal ou fitoterápico, que são consideradas marcadores químicos. 
Com todas essas informações, serão definidas as substâncias que serão 
utilizadas para o controle de qualidade do fitoterápico. Essa decisão envolve, 
principalmente, o fato de alterações na quantidade dessas substâncias indicarem 
possíveis problemas na fabricação do medicamento. Um bom marcador é aquele 
cuja variação indica possíveis falhas no processo de obtenção do fitoterápico 
e, idealmente, deve ser fácil de ser identificado e quantificado, além de ter 
relação com o efeito terapêutico (BRASIL, 2014a; SIMÕES et al., 2017).
9Fitoterapia e fitoterápicos
Eficácia e efetividade são conceitos diferentes relacionados à demonstração do efeito 
terapêutico de um medicamento. O termo eficácia se refere à confirmação da atividade 
de um medicamento em estudos clínicos controlados. Já quando afirmamos que um 
produto é efetivo, significa que o efeito terapêutico foi verificado em condições reais, 
ou seja, ele foi distribuído para a população e os resultados observados foram positivos 
em relação ao efeito terapêutico.
Por meio de RDC n.º 26/2014 foram criados dois tipos de fitoterápicos: 
os medicamentos fitoterápicos (MF) e os produtos tradicionais fitoterá-
picos (PTF). A diferença entre eles é a forma como sua segurança e efeitos 
terapêuticos são comprovados. Fitoterápicos que foram submetidos a estudos 
clínicos e demonstraram eficácia e segurança podem ser registrados como 
MF, enquanto PTF são registrados ou notificados com base em dados de uso 
seguro e efetivo por mais de 30 anos. Esses dados devem estar descritos na 
literatura técnico-cientifica, ou seja, livros, artigos, documentos oficiais, entre 
outros (BRASIL, 2014a).
Um fitoterápico, independentemente de ser um MF ou PTF, pode ser 
constituído da droga vegetal ou de um derivado vegetal acompanhados ou 
não de excipientes. Quando a droga vegetal é comercializada sem adição de 
excipientes, ela é denominada de chá medicinal. Na Figura 1 você encontra um 
esquema que ilustra os principais conceitos para fitoterápicos industrializados. 
A RDC n.º 26/2014 trata dos fitoterápicos industrializados, que devem 
ser registrados ou notificados na Anvisa. É possível também a comercialização 
de fitoterápicos magistrais ou manipulados. Farmácias de manipulação podem 
produzir e comercializar fitoterápicos medicante prescrição médica, aqueles 
que estão descritos no Formulário Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. 
Nesse caso, o preparo deve atender o que o documento oficial descreve, in-
cluindo indicações de uso e demais orientações (BRASIL, 2018a). 
Fitoterapia e fitoterápicos10
Figura 1. Possibilidades de registro de fitoterápicos no Brasil.
Fonte: Adaptada de Brasil (2014c).
Todas essas informações estão explicadas de forma didática e acessível na Instrução 
Normativa n.º 4, de 11 de setembro de 2014, um guia orientativo sobre o registro de 
MF e PTF. Consulte para saber mais (BRASIL, 2014c). 
Produtos fitoterápicos são considerados medicamentos alopáticos, embora muitas 
pessoas acreditem que não sejam. Tanto as plantas medicinais quanto seus derivados 
têm substâncias em sua composição que têm mecanismos de ação semelhantes aos 
fármacos convencionais. Elas apresentam atividade anti-inflamatória, antioxidante, 
antiviral, ou seja, têm um efeito contra o agente agressor, seja ele qual for. Isso caracteriza 
as plantas medicinais e os fitoterápicos dentro da medicina alopática.
11Fitoterapia e fitoterápicos
É muito importante ter uma boa compreensão de todos esses conceitos, 
porque as plantas medicinais e os fitoterápicos têm características próprias, que 
fazem com que sua prescrição e o manejo de pacientes que os utilizam sejam 
diferentes de medicamentos compostos de fármacos isolados e sintéticos, ou 
mesmo de medicamentos homeopáticos. 
3 Fitoterapia aplicada à saúde humana
A prescrição de plantas medicinais e fitoterápicos, ou mesmo o manejo de 
pacientes que já utilizam esses produtos, o que é uma realidade constantemente 
vivida por profissionais da saúde, exige um conhecimento sólido em relação 
às potencialidades e também às limitações da fitoterapia. 
Em geral, plantas medicinais e fitoterápicos são indicados para quadros 
patológicos leves a moderados, e são caracterizados por apresentarem mais 
de um mecanismo de ação, devido às várias substâncias que os constituem. 
Ao mesmo, embora não estejam isentos de efeitos adversos, esses medicamen-
tos, em geral, são mais bem tolerados em relação aos fármacos sintéticos ou 
mesmo substâncias naturais isoladas. Nesse sentido, existe um grande número 
de doenças para as quais os fitoterápicos, além de úteis, podem ser até mesmo 
preferíveis em detrimento de outros medicamentos. 
O Caderno de Atenção Básica n.º 31, publicado pelo Ministério da 
Saúde, traz uma classificação de categorias de indicações para fitoterápicos, 
incialmente proposta por Fintelmann e Weiss (2010), que é apresentada 
no Quadro 1. 
A classificação apresentada no Quadro 1 pode auxiliar profissionais de 
saúde na tomada de decisão sobre a indicação ou não de fitoterápicos para 
diversas condições de saúde dos pacientes. Para exemplificar as possibi-
lidades que a fitoterapia pode ter para a saúde humana, vamos trabalhar 
alguns exemplos de aplicação prática,tomando por base a classificação 
apresentada. 
Fitoterapia e fitoterápicos12
Fonte: Adaptado de Brasil (2012).
Categoria 1
Indicações para as quais os fitoterápicos são a opção terapêu-
tica de primeira escolha e, para as quais, como alternativa, 
não existiriam medicamentos sintéticos, ou, se existirem, não 
seriam tão eficientes quanto o fitoterápico. Exemplos: hepati-
tes tóxicas, hiperplasia benigna de próstata, entre outros.
Categoria 2
Indicações para as quais os medicamentos sintéticos podem 
ser substituídos por fitoterápicos. Exemplos: estados leves 
de ansiedade e/ou depressão reativa, dispepsia não ulcerosa 
neoplásica, infecções urinárias inespecíficas, entre outros.
Categoria 3
Indicações nas quais os fitoterápicos podem ser usados como 
coadjuvantes para uma terapia básica. Exemplo: outras doen-
ças hepáticas e das vias respiratórias, entre outras.
Categoria 4
Indicações nas quais o uso dos fitoterápicos não é adequado, 
caracterizando até mesmo erro médico, pela possibilidade de 
retardar ou impedir uma terapia racional com medicamentos 
sintéticos, mais adequados. Exemplo: tratamento primário do 
câncer.
Quadro 1. Categorias terapêuticas para fitoterápicos
Exemplo 1
João, 50 anos, diagnosticado há 6 meses com hiperplasia 
benigna da próstata (HBP). Como sintomas apresenta 
diminuição do jato urinário e dor durante a micção. Para o 
tratamento, inicialmente o médico prescreveu finasterida 
5mg, diariamente. Porém, o paciente relata diminuição 
do libido e dificuldade de manter relações sexuais, além 
de crescimento das mamas. Devido aos efeitos adversos, 
o paciente decidiu parar de tomar o medicamento.
Para o caso descrito existe uma opção terapêutica que poderia ser pre-
ferível em relação à finasterida e demais aos medicamentos convencionais? 
Sim. Fitoterápicos à base de Serenoa repens, popularmente conhecido como 
saw palmetto, são considerados uma alternativa efetiva e segura nesses quadros. 
A espécie é recomendada pela OMS e pela Agência de Medicamentos Europeia 
para HBP. No Brasil foi incluída na Instrução Normativa (IN) n.º 2, de 13 de 
13Fitoterapia e fitoterápicos
maio de 2014, para tratamento da HBP e sintomas associados (BRASIL, 2014d). 
Esse documento é uma lista de espécies vegetais que a Anvisa considera que 
já tem relatos suficientes na literatura de eficácia, segurança ou efetividade, 
e, por isso, estão sujeitos a registro simplificado, ou seja, não é necessário que 
apresentem comprovações adicionais desses critérios. 
Uma metanálise que avaliou a eficácia de extratos de saw palmetto concluiu 
que o fitoterápico é capaz de diminuir a noctúria (micção noturna frequente) 
e aumentar a velocidade do fluxo da urina. Alguns autores sugerem que 
fitoterápicos à base da espécie são tão ou mais efetivos quanto medicamentos 
convencionais, mas são mais seguros, o que faria desses medicamentos agentes 
de primeira escolha para o tratamento da doença. Assim, a HPB seria uma 
indicação de Categoria 1 para a utilização de fitoterápicos.
Essa afirmação pode ser questionada porque alguns estudos demonstraram 
que o saw palmetto apresenta efeito semelhante ao da finasterida. Mas o 
importante é que, considerando o caso apresentado, a prescrição de 320mg de 
extrato padronizado da espécie contendo entre 272 e 304mg de ácidos graxos 
por via oral em comprimidos ou cápsulas seria uma excelente alternativa para 
o tratamento. O paciente provavelmente seria beneficiado com a redução dos
efeitos adversos observados (BRASIL, 2014d; EUROPEAN MEDICINES
ANGENCY, 2015; SAAD et al., 2016; BRASIL, 2016a).
Você pode consultar mais informações o uso medicinal do saw palmetto no Memento 
Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira.
Outras indicações terapêuticas em que os fitoterápicos podem ser con-
siderados como primeira escolha são casos de hepatites tóxicas, conforme 
descrito no Quadro 1. Extratos da espécie Silybum marianum são indicados 
oficialmente no Brasil como hepatoprotetores e são considerados efetivos e 
seguros para tratamentos dessas doenças, sendo que não existem medicamentos 
convencionais que demonstrem a mesma utilidade terapêutica apresentada 
para a espécie (BRASIL, 2014a, BRASIL, 2014c; EUROPEAN MEDICINES 
ANGENCY,2018b). 
Fitoterapia e fitoterápicos14
Exemplo 2
Antônia, 36 anos, apresentada quadros de infecção urinária 
recorrente, por isso tem apresentado dor e desconforto 
ao urinar, que não cessa devido à irritação da mucosa do 
trato urinário inferior, gerada pelas infecções sucessivas. 
A fim de melhorar os sintomas e prevenir novas recidivas, 
a ginecologista que acompanha a paciente prescreveu a 
utilização diária de um comprimido de 600mg de extrato 
padronizado das folhas de uva-ursina, contendo 400mg de 
derivados de hidroquinonas calculados como arbutina. 
A prescrição apresentada pode ser considerada uma ótima alternativa 
para o caso. Entre as plantas indicadas para quadros de infecções urinárias 
de repetição, destaca-se a uva-ursina — Arctostaphylos uva-ursi (L.) Spreng 
—, espécie recomendada pela European Medicines Agency (EUROPEAN 
MEDICINES ANGENCY, 2018a) e pela WHO (2004). No Brasil foi incluída na 
IN n.º 2/2014 para o tratamento de infecções do trato urinário (BRASIL, 2012). 
Quadros de infecção urinária de repetição, com três ou mais episódios 
ao ano, são indicações adequadas para fitoterápicos. Antibióticos devem ser 
utilizados para combater as infecções, mas, em casos de recidivas frequentes, 
a utilização dos fitoterápicos substitui prescrições adicionais de antibióticos 
para profilaxia, o que é altamente recomendado para prevenir o surgimento 
de resistência bacteriana. 
Este seria um exemplo da Categoria 2, que também inclui o tratamento 
de quadros leves de ansiedade e insônia, em que medicamentos convencio-
nais psicoativos podem ser substituídos por fitoterápicos à base de valeriana 
(Valeriana officinalis) e espécies de maracujá como Passiflora edulis, Passi-
flora incarnata e Passiflora alata (BRASIL, 2018a; BRASIL, 2016b). 
Exemplo 3
Daniel, 18 anos, apresenta episódios de asma desde a 
infância. Quando está em crise, apresenta muita tosse 
e dificuldade para respirar, com a presença de secreção 
amarelo-esverdeada. Há algum tempo o quadro tem evoluído 
e o paciente tem apresentado esses menos sintomas de 
forma mais leve entre as crises. A fim de evitar a evolução 
da doença, o médico que acompanha Daniel decidiu 
15Fitoterapia e fitoterápicos
pela prescrição de tintura de alho, preparada conforme 
recomendado no 1º Suplemento do Formulário Fitoterápico 
da Farmacopeia Brasileira, que pode ser obtida em farmácias 
de manipulação. Segue a descrição da fórmula e orientações.
Tintura de alho (Allium sativum) 
20g dos bulbos secos para 100mL de álcool etílico 
70%. Diluir 10mL da tintura em 75mL de água. 
Administrar duas vezes ao dia (BRASIL, 2018b).
Neste exemplo, verificamos a utilização de uma espécie presente na nossa 
rotina de alimentação diária como coadjuvante para o tratamento de um 
quadro de asma, um exemplo de indicação da Categoria 3. O alho, segundo 
o Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira (2016) é indicado ainda
como coadjuvante no tratamento de hiperlipidemia e hipertensão arterial leve a 
moderada e dos sintomas de gripes e resfriados, além de auxiliar na prevenção 
da aterosclerose. Assim como o alho, vários medicamentos fitoterápicos são
uteis para auxiliar os tratamentos convencionais de um grande número de
doenças, destacando-se problemas respiratórios, cardiovasculares e sintomas 
do climatério (BRASIL, 2016b).
Exemplo 4
Maria Eduarda, 25 anos, foi diagnosticada com leucemia. 
O tratamento quimioterápico tem gerado bastante 
desconforto, incluindo enjoo, perda de apetite e mucosite 
oral, uma inflamação dolorosa da mucosa da boca. 
No caso de Maria Eduarda, plantas medicinais ou fitoterápicos podem 
ajudá-la? A resposta é sim, mas não em relação ao tratamento primária do 
câncer. Atualmente, o câncer é uma das indicações para os quais os fitoterá-
picos não sãoindicados. Plantas medicinais são fontes de quimioterápicos, 
como a vimblastina, isolado da vinca (Catharanthus roseus), e, embora muitos 
estudos sejam feitos com espécies vegetais que mostram potenciais efeitos 
antitumorais, atualmente, a utilização de fitoterápicos para o tratamento do 
câncer em si não é considerada (BRASIL, 2012; SIMÕES et al., 2017).
Fitoterapia e fitoterápicos16
Entretanto muitas plantas medicinais têm auxiliado na promoção do bem-
-estar de pacientes em tratamento quimioterápico, ajudando na redução dos
efeitos adversos gerados por esses fármacos. As inflamações da mucosa do
trato gastrointestinal, por exemplo, as mucosites, são achados comuns em
pacientes em tratamento do câncer, e muitas plantas têm se mostrado úteis no
combate a esse efeito adverso. Para Maria Eduarda, por exemplo, uma opção
seria a utilização de fitoterápicos à base de camomila (Matricaria chamomilla)
ou babosa/aloe vera (Aloe vera) aplicados topicamente na mucosa oral. Essas
espécies mostraram efeitos positivos em estudos clínicos para quadros como
o da paciente em questão (ALMEIDA et al., 2020).
Este exemplo, assim como os demais, representa uma pequena parte de
toda a potencialidade terapêutica de fitoterápicos na promoção da saúde e do 
bem-estar de paciente com diferentes condições de saúde. É importante que, 
cada vez mais, os profissionais da saúde aprofundem seus conhecimentos 
acerca dessa prática, que pode ajudar tantas pessoas. 
Consulte os documentos oficiais, artigos e livros citados ao longo deste capítulo para 
conhecer outras plantas medicinais que podem ser úteis no tratamento de diferentes 
doenças. 
ALMEIDA, E. M. de et al. Therapeutic potential of medicinal plants indicated by the bra-
zilian public health system in treating the collateral effects induced by chemotherapy, 
radiotherapy, and chemoradiotherapy: a systematic review. Complementary Therapies 
In Medicine, v. 49, p.1–38, mar. 2020. 
BRASIL. Formulário de fitoterápicos farmacopeia brasileira. Brasília: Anvisa, 2018a. Dispo-
nível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259456/Suplemento+FFFB.
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BRASIL. Formulário fitoterápico da farmacopeia brasileira: primeiro suplemento. Brasília: 
Anvisa, 2018b. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259456/
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17Fitoterapia e fitoterápicos
BRASIL. Memento fitoterápico: farmacopéia brasileira. Brasília: Anvisa, 2016b. Disponível 
em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/2909630/Memento+Fitoterapico/
a80ec477-bb36-4ae0-b1d2-e2461217e06b. Acesso em: 2 mar. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instrução normativa nº 02 de 13 de maio de 2014. Publica 
a “Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado” e a “Lista de produtos 
tradicionais fitoterápicos de registro simplificado”. Diário Oficial da União, Brasília, 14 
maio de 2014d. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Instrução normativa nº 4, de 18 de junho de 2014. Deter-
mina a publicação do Guia de orientação para registro de Medicamento Fitoterápico 
e registro e notificação de Produto Tradicional Fitoterápico. Diário Oficial da União, 
Brasília, 20 jun. 2014c. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 886, de 20 de abril de 2010. Institui a Farmácia 
Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, 20 abr. 2010. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt0886_20_04_2010.html. 2010. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução da diretoria colegiada – RDC n°. 26, de 13 de 
maio de 2014. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a 
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em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf. 
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Fitoterapia e fitoterápicos18
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19Fitoterapia e fitoterápicos

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