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Resumo- Corrupcao Ativa e Corrupção Passiva

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De acordo com o caput do artigo 317 do Código Penal Brasileiro - “solicitar ou 
receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou 
aceitar promessa de tal vantagem” configura o tipo penal CORRUPÇÃO 
PASSIVA, já o caput do artigo 333 do mesmo texto vem definindo da seguinte 
maneira a CORRUPÇÃO ATIVA: “Oferecer ou prometer vantagem indevida a 
funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de 
ofício”. 
A corrupção passiva ocorre quando o agente público pede uma propina ou 
qualquer outra coisa para fazer ou deixar de fazer algo. Por exemplo, o juiz que 
pede um ‘cafezinho’ para julgar um processo mais rapidamente ou o senador 
que pede uma ajuda para a campanha em troca de seu voto. Não importa que 
a outra parte dê o que é pedido pelo corrupto: o corrupto comete o crime a 
partir do momento que pede a coisa ou vantagem. A outra parte, inclusive, 
pode/deve chamar a polícia para prender o criminoso. 
 
Já a corrupção ativa ocorre quando alguém oferece alguma coisa 
(normalmente, mas não necessariamente, dinheiro ou um bem) para que um 
agente público faça ou deixe de fazer algo que não deveria. Por exemplo, o 
motorista que, parado por excesso de velocidade, oferece uma ‘ajuda para o 
leitinho das crianças’ ao policial. Reparem que, nesse caso, o criminoso é 
quem oferece a propina e não o agente público – que provavelmente irá 
prender o criminoso. Para que o crime esteja configurado, não importa que o 
agente aceite a propina: o crime se consuma no momento em que o motorista 
tenta corromper o policial, ou seja, no momento em que ele ofereceu a propina. 
 
Mas é possível também que ambas as partes cometam o crime. Se o motorista 
oferece e o policial aceita, ambos cometeram crimes. O policial cometeu o 
crime de corrupção passiva, e o motorista de corrupção ativa. Mas reparem 
que os crimes foram cometidos em momentos distintos: o motorista cometeu a 
corrupção ativa quando ofereceu, mas o policial só cometeu a corrupção 
passiva quando aceitou. Se não tivesse aceito, não teria cometido o crime.

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