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Filosofia do Direito - Contratualismo no Pensamento Kantiano

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Filosofia do Direito no Tempo: Contratualismo no
Pensamento Kantiano
O contratualismo é uma corrente de pensamento que segue a ideia de que o
Estado é resultado de um pacto social de indivíduos que estavam em um
estado de natureza anterior, destaca-se que esse pacto é teórico, não há fatos
empíricos que se possa encontrar na história da humanidade. 
Busca-se explicar o porquê da necessidade de um Estado. 
A ideia de um Estado legítimo, que está presente em Hobbes, Locke e
Rousseau, é a ideia de um Estado constituído pelos próprios indivíduos na sua
formatação, surgindo a ideia de pacto social, porque o pacto é para a
celebração desse Estado, cujo objetivo é fornecer os elementos para que a
instituição atue em prol de determinados objetivos, razão pela qual os atos do
Estado vão ser reconhecidos pelos indivíduos submetidos a ele. 
Deve-se considerar todos os fatores presentes no século XVIII e XIX: as
mudanças que estavam acontecendo nos estados. 
O Contratualismo pressupõe a fundação/criação do: 
Estado: instituição que estabelece a ideia de controle e ordem. 
Direito: conjunto de normas criadas para definir a ordem e a atuação do
próprio Estado.
Com a criação do Estado, há o chamado direito positivo, que pode buscar
abstração no próprio direito natural. 
Kant bebe na fonte de Hobbes e Locke. 
No que se refere a Hobbes, ele concorda que o contrato se justifica para garantir a
paz e o estado de natureza seria o hobbesiano. Mas, ele entende que aquele
modelo hobbesiano de Estado não pode ser nesse formato e colocaria o Estado
como superior e gerando muitas injustiças. 
Logo, ele acredita no direito de resistência de J. Locke. No entanto, para Kant, o
direito de resistência não pode estar previsto na própria norma para evitar que o
povo utilize esse direito sob a justificativa de que o governante foi arbitrário para se
livrar do pacto social.
Filosofia do Direito no Tempo: Contratualismo no
Pensamento Kantiano
Contrato (Cria o Estado e o Direito) 
Originário: Funda/cria o Estado e o direito, tem como objetivo a paz
interna. 
Esse contrato originário tira os indivíduos do estado de natureza.
A ideia é tirar os indivíduos dessa condição para fundar o Estado. 
Porém, no âmbito internacional, ainda se teria uma situação caótica,
já que cada Estado seria livre para fazer o que quisesse.
Entre estados soberanos: Federação dos Estados, tem como objetivo a paz
internacional. 
No século XX, há a criação de uma organização internacional que
tem como objetivo garantir a paz internacional (ONU).
Direito 
Estatal: Direito interno de cada Estado. 
Das gentes: Cuida das relações dos Estados entre si e dos indivíduos de
um Estado com outro. 
Ex.: Estado A se relaciona com Estado B ou Estado A se relaciona com
indivíduos do Estado B. Isso é chamado, hoje, de direito internacional. 
Cosmopolita: Direito dos cidadãos do mundo. 
As fronteiras internacionais são mais flexíveis e não estão vinculados
a Estados específicos.
Racionalismo: concepção que entende que o conhecimento advém da razão.
Tudo que não vem da razão não seria confiável. Platão e Descartes trabalham
nessa concepção. 
Empirismo: o conhecimento vem da empiria. A atividade empírica é que
permite o conhecimento. 
Kant entende que as duas concepções possuem limitações. 
Analisa isso a partir de juízos sintéticos e juízos analíticos. 
Diz que existe uma forma de pensamento que leva em conta os elementos
do racionalismo e da empiria chamados de juízos sintéticos a priori.
Filosofia do Direito no Tempo: Contratualismo no
Pensamento Kantiano
Ética do dever: princípio da liberdade e da razão. Um ato só pode ser
considerado moral se for praticado de maneira autônoma e consciente. O ato
moral precisa ser disposto como livre, autônomo e sendo fruto da razão
humana. A capacidade de discernir entre o certo e o errado vem da razão. 
Para Kant, todos têm o discernimento para fazer a avaliação do que é certo e o
que é errado. 
No entanto, o conteúdo de determinado ato que define se aquilo vai ser
certo ou errado depende também da empiria e do momento. 
Um ato que é certo de um ponto de vista legal tem um aspecto racional e
um aspecto empírico, se a pessoa não conhece o elemento jurídico por
trás da norma, fica difícil definir pura e simplesmente pela razão se o
conteúdo é efetivamente certo ou não. 
O imperativo categórico estaria enquadrado em uma espécie de juízo sintético
a priori.
Imperativos: trata-se do agir humano
Categórico: Agir moral racional que não busca um fim egoístico ou um
resultado técnico, a humanidade é o fim (universal). 
Ex.: dignidade humana.
Hipotético: Ação técnica, pragmática, busca um fim, um resultado, é
capaz de usar a humanidade como meio para alcançar seus próprios fins. 
Ex.: boa parte das ações. Age-se com uma finalidade específica. 
Uma das críticas dirigidas a Kant é a dificuldade do agir conforme o imperativo
hipotético
 Para Kant ele seria um agir totalmente voltado para a humanidade como
fim. 
A ação que se enquadraria aqui é tida como uma ação boa em si mesma.
É uma ação correta.
Filosofia do Direito no Tempo: Contratualismo no
Pensamento Kantiano
Na perspectiva kantiana, o que se entende como agir moral é sempre um agir
correto, para a comunidade como fim, nunca usando a humanidade como
meio para alcançar fins egoístas. 
Se a ação não é boa ou voltada para o humano, ela não se enquadra como
uma ação moral.
Ex.: sujeito que sofreu uma sentença penal, houve uma transação
penal e ele vai pagar a pena por meio de trabalho em um lar de
idosos. 
Ele se identifica com o trabalho, mas tem que fazer o trabalho
para pagar a sua dívida com a justiça.
O ato, em uma leitura kantiana, não é moral, mas um imperativo
hipotético já que responde a um fim específico.
Ex.2: pessoa cumpre horas em um lar de idosos como voluntário e
visa a dignidade das pessoas que estão no local. 
Esse ato é um ato moral, sendo um imperativo categórico.
Para Kant, quando a pessoa faz a coisa certa, ela não precisa de justificativa.
Quando é preciso se justificar, provavelmente, há um ato que fugiu de uma
ética do dever.
Direito e Moral Kantinianos
A ideia de lei universal é objeto da razão. 
Ela não está pensada como uma lei jurídica propriamente dita, mas pode
se traduzir, eventualmente, em uma lei jurídica. 
Cada pessoa tem o seu próprio livre arbítrio e interesses. 
O Direito é o que permite que a convivência coletiva se torne possível sem
que haja uma desarmonia generalizada. 
O Direito indica as regras que se deve cumprir para estar no espaço
coletivo e dispõe de uma previsão para atuar contra aqueles que não
observam as normas estabelecidas.
Filosofia do Direito no Tempo: Contratualismo no
Pensamento Kantiano
Direito e Moral Kantinianos
O Direito depende do elemento de coercitividade, age externamente. 
Já a moral está no âmbito da consciência do próprio indivíduo e não
depende do elemento de coercitividade para se impor. 
O agir humano permite que se estabeleça o encontro entre o direito e a
mora, já que uma série de condutas humanas no cotidiano estão
absorvidas como condutas corretas e são tidas, ao mesmo tempo, como
condutas morais e jurídicas. 
No final das contas, o dever de fazer a coisa certa devem parecer mais
como um elemento moral do que como um dever jurídico. 
Se as pessoas sempre dependem do dever jurídico para fazer a coisa certa,
sempre haverá a coercitividade estatal para que se faça a coisa certa. 
Quando se age a partir da moral, não é necessária a coercitividade.
Interioridade 
Não pressupõe reciprocidade
 Gratuidade da ação
Moral
Exterioridade 
Contrato 
Sanção/coercitividade
No direito, há o elemento de reciprocidade, pensado em uma
noção genérica de contrato. Nem todas as relações do direito
estão associadas a ideia de contrato no sentido do Direito Civil. 
É mais a noção que envolve reciprocidade, uma troca. 
Responde-se de acordo com as trocas que estão disponíveis
na relação.
Direito
Caráter universal
Advém da razão 
Justifica-se em si mesmo
Há o imperativo categórico presente em ambos. 
Aproximaçãoentre Direito e Moral:
A noção de liberdade do pensamento kantiano pressupõe a noção de que estar
sob a égide estatal é o espaço coletivo que permite exercer a liberdade civil,
regulada pela lei. 
Quando o sujeito descumpre a ordem jurídica e contra ele vem uma força
estatal, é o próprio indivíduo que tira a sua liberdade. 
O Estado é como se fosse o meio, já que o indivíduo é racional, possui livre
arbítrio e ele decide ir para o caminho errado. 
Nesse caso, é ele que abre mão da liberdade e autoriza que a coerção aja sobre
ele. 
Filosofia do Direito no Tempo: Contratualismo no
Pensamento Kantiano

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