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AULA 4 COACHING E NEUROCOACHING Prof. Fernando Santos 2 CONVERSA INICIAL Quando investigam por que a evolução da espécie humana deu à emoção um papel tão essencial em nosso psiquismo, os sociobiólogos verificam que, em momentos decisivos, ocorreu uma ascendência do coração sobre a razão. São as nossas emoções, dizem esses pesquisadores, que nos orientam quando diante de um impasse e quando temos de tomar providências importantes demais para que sejam deixadas a cargo unicamente do intelecto – em situações de perigo, na experimentação da dor causada por uma perda, na necessidade de não perder a perspectiva apesar dos percalços, na ligação com um companheiro, na formação de uma família. Cada tipo de emoção que vivenciamos nos predispõe para uma ação imediata; cada uma sinaliza para uma direção que, nos recorrentes desafios enfrentados pelo ser humano ao longo da vida, provou ser a mais acertada. À medida que, ao longo da evolução humana, situações desse tipo foram se repetindo, a importância do repertório emocional utilizado para garantir a sobrevivência da nossa espécie foi atestada pelo fato de esse repertório ter ficado gravado no sistema nervoso humano como inclinações inatas e automáticas do coração. Considerado o “pai da inteligência emocional”, Daniel Goleman é um psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Esse especialista foi o responsável por popularizar o conceito de inteligência emocional em todo o mundo por meio do livro Inteligência emocional, lançado em 1986 e que já vendeu mais de 5 milhões de cópias. Goleman ensina que o controle das emoções é essencial para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo. Não há uma loteria genética que define vitoriosos e fracassados no jogo da vida e, embora existam pontos que determinem o temperamento, muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são maleáveis e podem ser trabalhados. De acordo com Goleman, portanto, temperamento não é destino (Goleman, 2014) CONTEXTUALIZANDO A definição de inteligência emocional, segundo a psicologia, é o fato de identificarmos nos outros e em nós mesmos as emoções e podermos modificar comportamentos a fim de conquistar novos resultados. A pessoa que possui IE 3 (inteligência emocional) possui uma capacidade de controlar impulsos, consegue manter-se motivada, geralmente é mais otimista, gosta de ajudar quem precisa, apresentando, portanto, elementos como calma, paciência e resiliência diante de dificuldades. O pai da inteligência emocional, o psicólogo PhD Daniel Goleman, divide a IE em cinco pilares. Os três pilares iniciais estão vinculados ao que chamamos de inteligência intrapessoal, que é a capacidade de autocompreensão. Os dois pilares restantes estão ligados à Inteligência Interpessoal, que é a capacidade de compreender os outros em sua essência. A seguir, temos os 5 pilares da inteligência emocional: Autoconhecimento: quando o indivíduo distingue uma emoção à medida que ela se manifesta; Controle emocional: tem o dom de se ocupar dos seus sentimentos, adaptando-se a cada situação. Automotivação: capacidade de direcionar seus pensamentos para um propósito fundamental para alcançar objetivos. Observação: capacidade de identificar sentimentos nos outros. Associação: habilidades de relacionamento entre pessoas. TEMA 1 – O QUE É A MENTE? E O CÉREBRO? Contamos com um cérebro único, formado por uma única rede interligada de neurônios e células. Já em relação ao funcionamento cerebral, existem cinco diferentes etapas em razão de sua evolução genética e da sua capacidade autônoma de produzir fenômenos psicológicos diferentes. São elas: Mente instintiva; Mente emocional; Mente intuitiva; Mente analítica; Mente estratégica. 4 Cada um dos cinco sistemas de funcionamento cerebral tem seu potencial e suas limitações. Dependendo da situação em concreto que estivermos vivendo, cada um dos sistemas terá uma capacidade diferente. É nisso que consiste a riqueza de nosso acúmulo de capacidades/inteligências por meio da evolução. O desafio está em utilizar cada funcionamento bem harmonizado e coordenado do conjunto todo do complexo das mentes. 1.1 As principais capacidades mentais 1. As emoções são reações fisiológicas desencadeadas pelos instintos e têm também um elevado grau de automatismo, mas nos permitem um maior grau de controle do que o dos instintos; 2. Os instintos são automáticos e de reação involuntária, mas são a causa das emoções e contribuem como um alerta sobre o qual deve atuar o raciocínio; 3. As intuições originam-se entre as emoções e os raciocínios e recebem contribuições de ambas as camadas cerebrais; 4. Os raciocínios constituem a capacidade que é alimentada pelos estímulos gerados pelas outras três mentes anteriores. É considerada uma capacidade superior por dispor da possibilidade de assumir demonstrações lógicas; 5. O planejamento estratégico é a capacidade de mais alto nível: a capacidade de organizar o restante das capacidades e de distribuir as operações fundamentais que são necessárias para cada uma delas. 5 Figura 1 – Inter-relações vitais Fonte: Elaborado pelo autor. TEMA 2 – O QUE SÃO EMOÇÕES? Goleman defende que uma emoção pode causar alterações fisiológicas em nosso corpo, por exemplo, alterar a pressão sanguínea, a temperatura, produzir lacrimejamento, saliva etc. Quando estudamos o significado da palavra emoção, percebemos que esta faz referência ao movimento, ao impulso da ação. Segundo Aristóteles (citado por Carvalho, 2012), “Qualquer um pode zangar-se — isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa — não é fácil”. 2.1 A consciência das emoções Quando vemos que uma fera de grande porte se aproxima de nós, com gestos ameaçadores, corremos porque temos medo ou temos medo porque corremos? A realidade é que temos medo porque corremos. O estímulo, o alerta sobre o perigo, é detectado pela mente instintiva, a camada de cérebro mais primitiva e veloz, e o instinto gera automática e inconscientemente a reação de fugir. A crença popular diz que corremos porque temos medo, mas é uma crença equivocada que, já em 1884, foi questionada pelo grande psicólogo norte- americano William James. 6 William James (1890) fez perceber que primeiro temos a reação sensorial e motora e, depois, como consequência dela, temos a consciência da emoção. Segundo James (1890), não corremos porque temos medo nem choramos porque estamos tristes; temos medo porque corremos e temos tristeza porque choramos. Primeiro vem a ação e depois (nem sempre) vem a consciência do comportamento emocional. 2.2 O que é inteligência emocional? A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e modificar sentimentos e, consequentemente, os seus respectivos comportamentos. Trata- se de uma capacidade que podemos melhorar mediante a introspecção e a prática. Segundo Sternberg (2000), a inteligência emocional está relacionada a habilidades, tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns. No passado, um dos métodos de avalição individual era o seu raciocínio lógico, matemático, psicomotor, habilidades cognitivas e espaciais, também conhecido como Quociente de Inteligência (QI). Mas Goleman (2014), em seu livro Inteligência emocional, traz o conceito de quociente emocional (QE). Saiba mais QI e QE Os defensores da inteligência emocional destacam que não podemos falar de verdadeira inteligência se nos esquecermos da correta gestão das emoções, avaliadaspelo quociente emocional (QE) O modelo da inteligência emocional afirma que o QI não deve ser o único fator para indicar a capacidade do indivíduo, visto que existe toda uma séria de habilidades, tanto ou mais importantes, baseadas nos sentimentos e nas emoções: o autocontrole, o entusiasmo, a automotivação, a empatia, etc. Essas capacidades emocionais não são registradas pelos testes que medem o QI, mas são acessíveis com a bateria de testes que medem o QE. 7 Para Goleman, a competência emocional – que é medida indiretamente pelo QE – determina o grau de destreza que somos capazes de alcançar no domínio de nossas faculdades afetivas. As pessoas que atingiram uma maturidade psicológica neste aspecto são aquelas que sabem dominar seus sentimentos e relacionar-se efetivamente com os sentimentos dos outros. Fonte: Inteligência..., 2017. 2.3 Como aumentar a sua competência emocional? Motive a si mesmo (a) Tenha vontade para prosseguir, apesar dos fracassos Controle seus impulsos Regule seus estados de ânimo Procure ter empatia com os outros Demonstre confiança nos seus colaboradores Procure criar um bom ao seu redor Procure ser amável e atencioso (a) TEMA 3 – A IMPORTÂNCIA DA IE Uma pesquisa realizada em 1994, na Universidade de Berkeley, com estudos mostrando a eficácia do QE como indicador de sucesso ou fracasso profissional, comprovou que as habilidades próprias da inteligência emocional são quatro vezes mais importantes que as da inteligência analítica na hora de determinar o prestígio e o sucesso profissional. A maioria das situações acadêmicas e de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Dessa forma, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso. 3.1 A IE é dividida em quatro domínios 1. Percepção das emoções: Capacidade de perceber e adequar as emoções em nós e nos outros. Em um 8 nível mais avançado, inclui perceber se as expressões emocionais dos outros são verdadeiras ou falsas. 2. Uso das emoções Capacidade de gerar certos estados emocionais que facilitam o próprio desempenho. Por exemplo, algumas pessoas se sentem melhor escutando certo tipo de música enquanto trabalham, por isso, têm melhor desempenho. 3. Entendimento das emoções Capacidade de nomear e identificar como as emoções podem se misturar ou transitar, ao longo do tempo, de um estado para outro. Por exemplo, uma notícia desagradável e inesperada pode gerar decepção, que é uma mistura de surpresa + tristeza, e momentos mais tarde pode gerar raiva por não ter recebido a notícia que achava que merecia. 4. Controle e transformação das emoções Capacidade de utilizar as informações anteriores de maneira integrada, a fim de se adaptar melhor às próprias emoções e aos relacionamentos com os outros. TEMA 4 – O FAMOSO TESTE DE MARSHMALLOW E A GRATIFICAÇÃO INSTANTÂNEA Leia, a seguir, um comentário sobre o Teste do marshmallow, criado por Walter Mischel na Universidade de Stanford. Mischel chegou à conclusão de que as crianças que conseguiram resistir ao marshmallow apresentaram uma estratégia de atenção. Ao fechar os olhos, esconder-se debaixo da mesa ou cantar uma canção, essas crianças estariam tirando o foco da tentação. Elas eram capazes de distrair-se pensando em outra coisa, ou praticavam outra atividade como forma de adiar a recompensa por mais tempo. Mischel estava inicialmente interessado nos vários estilos cognitivos que as crianças iriam usar para adiar a gratificação e obter mais sucesso. O que podemos concluir, tomando como base esse estudo, é que algumas crianças apresentaram melhores estratégias e eram mais capazes de controlar seus impulsos imediatos para uma recompensa de longo prazo. As crianças que, aos 4 anos de idade, conseguiram atrasar a 9 recompensa, tornaram-se adolescentes mais competentes tanto cognitivo quanto socialmente, alcançaram maior desempenho escolar e evidenciaram lidar melhor com a frustração e o estresse. Também se observou que, mais tarde, estas crianças foram mais bem- sucedidas na escola, nas suas carreiras, nos seus casamentos e na vida de um modo geral (Teste..., 2013). Saiba mais Para conhecer o Teste de marshmallow, acesse o link a seguir: THE MASHMALLOW test. Mensagens visuais, 7 ago. 2010. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=77XIyD0YTqU>. Acesso em: 26 nov. 2018. 4.1 O que é ter/ser sucesso? As habilidades de desenvolvimento da inteligência emocional para alcançar o sucesso estão dispostas basicamente em 5 pilares: 1. Autoconhecimento emocional; 2. Controle emocional; 3. Automotivação; 4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas; 5. Habilidade em relacionamentos interpessoais. Essas três primeiras áreas de habilidades referem-se à inteligência intrapessoal. 1. Autoconhecimento emocional: habilidade de reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre. 2. Controle emocional: habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação. 3. Automotivação: habilidade de dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca. Essas duas últimas áreas de habilidades referem-se à inteligência interpessoal. 1. Reconhecimento de emoções em outras pessoas: habilidade de reconhecer necessidades e desejos nos outros, permitindo relacionamentos mais eficazes. 10 2. Habilidade em relacionamentos interpessoais: é a base de sustentação da popularidade, da liderança e da eficiência interpessoal. Inteligência intrapessoal – é a habilidade voltada para si mesmo. É a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma efetiva e construtiva. Inteligência interpessoal – é a habilidade de entender os outros: o que as motivam, como trabalhar cooperativamente com elas, como incitar para o resultado • Organização de grupos: é a habilidade essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança, a cooperação espontânea. • Negociação de soluções: o papel do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos. • Empatia/sintonia pessoal: é a capacidade de, identificando e entendendo os desejos e sentimentos das pessoas, responder (reagir) de forma apropriada de modo a canalizá-los ao interesse comum. • Sensibilidade social: é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas. De acordo com Goleman (2014), “Não há loteria genética que define vitoriosos e fracassados no jogo da vida”. TEMA 5 – INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO AMBIENTE DE TRABALHO Saiba mais O lugar das emoções no trabalho e no desenvolvimento da sua carreira Algumas pessoas pensam que as emoções desempenham um papel importante apenas na vida pessoal e, quanto menos emocional você for no trabalho, melhor. No entanto, as emoções são importantes na prática profissional também: eles influenciam nossas decisões, nos ajudam a compreender o mundo à nossa volta e são cruciais em qualquer interação com os outros. Por isso, o controle das emoções é essencial para o sucesso no trabalho em equipe, para a liderança e para criação de oportunidades e parcerias. A falta de inteligência emocional pode inclusive colocar o seu emprego em 11 risco. Se todos perceberem quando você está entediado ou irritado, ou que você acha que algo que um colega está dizendo é estúpido, isso irá prejudica-lo. Explosões emocionais, atitude agressiva ou indiferente com os colegas de trabalho são algumas formas que demonstram falta de inteligência emocional. Todo mundo sabe que você pode até ser demitido se for incapaz de trabalhar bem com os outros. Habilidade para trabalhar em equipe e capacidade de colaboração é parte essência da lista de habilidades mais importantese desejadas pelas empresas. Por isso, a inteligência emocional é vista e descrita como fundamental para o desenvolvimento de ‘habilidades interpessoais’ (soft skills) como, por exemplo, habilidade de comunicação, tomada de decisão, automotivação, etc. Importância da inteligência emocional para a liderança O desenvolvimento da inteligência emocional no trabalho é essencial para a criação de líderes realmente eficazes. Isso porque um líder precisa não só saber lidar com os próprios sentimentos, mas também com os dos integrantes de sua equipe. Tenha em mente que um dos papéis desse profissional é justamente servir de mediador em várias situações. Seja em uma reunião ou em uma discussão entre colaboradores. Por conta disso é que a inteligência emocional no trabalho é tão importante. É por meio dela que um verdadeiro líder saberá conduzir determinadas situações do a dia a dia, de modo a evitar prejuízos tanto para a empresa, como, também, para os funcionários. De modo geral, os indivíduos podem desenvolver diferentes níveis de inteligência emocional, mas, no caso dos líderes, esse grau precisa ser muito alto. Isso porque ele lida com uma quantidade maior de sentimentos alheios, o que demanda mais esforço e compreensão. O desenvolvimento dessa capacidade acaba trazendo uma série de benefícios não só para os funcionários e empresas, como, também, para quem está na liderança. Como aprendemos que a inteligência emocional pode levar a uma vida realizada, agora você pode perguntar se é possível aumentá-la. A resposta é sim, e uma série de exercícios podem ajudá-lo a alcançar isso. Se você quiser melhorar sua autoconsciência e autocontrole você pode praticar usando diálogos internos que fortaleçam sua Mindset. Isso irá ajudá-lo a 12 identificar e nomear seus sentimentos. Se você quiser melhorar sua empatia, você pode tentar espelhar a linguagem corporal de outra pessoa. Isso é útil porque a linguagem corporal não expressa apenas emoções – também as evoca. Então, por exemplo, ao espelhar a postura tensa de outra pessoa, você pode induzir tensão em você mesmo. Se você quiser melhorar a sua capacidade de se automotivar e pensar de forma mais positiva, siga este conselho: entenda que o fracasso é parte do processo de evolução, e que pessoas que se convencem de que as falhas são devidas a algo que podem mudar, não desistem tão facilmente. Eles continuam tentando porque acreditam que um resultado bem-sucedido depende de suas próprias ações. Em contraste, aqueles que atribuem um revés a algum déficit pessoal permanente provavelmente desistirão em breve. Eles estão convencidos de que não há muito o que eles podem fazer sobre seu sucesso de qualquer maneira. Se você quer ser bem-sucedido, tente evitar esse tipo de pensamento. Para aumentar seu controle emocional você pode desenvolver o hábito de meditar. Meditação reduz a intensidade de emoções negativas. Outras técnicas para eliminar pensamentos e emoções negativas e cultivar sentimentos positivos como, por exemplo, o cultivo da gratidão pode ser aprendidos e utilizados para nos ajudar a aumentar nosso controle emocional. O conselho para desenvolver a empatia é aprender a dar feedbacks construtivos. Se você tem que criticar alguém, seja específico e ofereça uma solução. Escolha um incidente e aponte exatamente o que deveria ter sido feito de forma diferente e o que foi feito com sucesso, se você for claro o destinatário não se sentirá desvalorizado e confuso. Fonte: Silva, 2017a. 13 Teste, agora, sua inteligência emocional Legenda: - Valor 1 = Nunca - Valor 2 = Raras vezes - Valor 3 = Às vezes - Valor 4 = Com frequência - Valor 5 = Sempre PERGUNTAS PONTUAÇÃO Você tem dificuldades na hora de tomar decisões? 1 2 3 4 5 Você demonstra os seus sentimentos autênticos na frente dos outros? 1 2 3 4 5 Você desfruta das atividades sociais? 1 2 3 4 5 Você duvida dos seus sentimentos? 1 2 3 4 5 Você evita as pessoas que querem que você se sinta inferior, culpado e com vergonha? 1 2 3 4 5 Você se dá conta com facilidade do que os outros esperam de você? 1 2 3 4 5 Você fica mal porque alguns temas sem importância insistem em ficar “dando voltas” na sua cabeça? 1 2 3 4 5 Você fica inquieto na presença de gente estranha? 1 2 3 4 5 Você procura desculpas para fugir de situações que lhe causam mal-estar? 1 2 3 4 5 Você se assusta com facilidade? 1 2 3 4 5 Você costuma levar com humor as suas falhas? 1 2 3 4 5 14 Você é alegre e divertido? 1 2 3 4 5 Você tem muitas mudanças de humor ao longo do dia 1 2 3 4 5 Você demora a recuperar-se dos maus momentos? 1 2 3 4 5 Você fica com vergonha quando comete um erro? 1 2 3 4 5 RESULTADO De 0 a 20 pontos – Inteligência emocional não é o seu forte. Você se deixa levar muito facilmente pelas emoções dos outros e perde o controle com facilidade. Procure manter o equilíbrio nas situações mais difíceis e não se envolver tanto com as emoções alheias. De 21 a 40 pontos – Você está trabalhando a sua inteligência emocional, mas ainda se perde em alguns momentos. Respire fundo e procure manter mais a calma nos momentos de tensão. Preocupe-se mais com você mesmo e faça atividades que lhe deem equilíbrio. De 41 a 60 pontos – Parabéns, IE é o seu diferencial. Sabe lidar com suas emoções e manter o equilíbrio nos momentos difíceis, portador de segurança, motivação, energia, não se abala por qualquer coisa e sabe demonstrar suas emoções sempre que achar necessário FINALIZANDO A inteligência emocional é a base para o desenvolvimento da maior parte das habilidades interpessoais exigidas para o sucesso no mercado de trabalho. E, por isso, é muito importante aprender como gerenciar as suas emoções e a das pessoas à sua volta no ambiente profissional. Mas, desenvolver a inteligência emocional no trabalho é uma tarefa que demanda esforço e dedicação. Isso porque as emoções e sentimentos estão em constante mudança e também devido ao nível de estresse e tensão dos ambientes profissionais que podem dificultar seu gerenciamento. 15 Saiba mais 7 maneiras de desenvolver sua inteligência emocional no trabalho 1. Análise seu próprio comportamento Avalie suas próprias atitudes durante o dia a dia. Autoconhecimento é o primeiro passo para o controle emocional. Veja como você lida com os próprios sentimentos e com situações que exigem o controle sobre eles. 2. Domine as suas emoções Não deixe que os seus sentimentos te dominem. Controle-os! Evite tomar decisões impulsivas das quais irá se arrepender. Uma forma de preservar a calma e o equilíbrio é desenvolver o hábito de meditar no trabalho. 3. Aprenda a lidar com as emoções negativas A vida é feita de bons e maus momentos. Saber lidar com as emoções negativas é essencial para que você não se deixe abalar por elas facilmente. Aprenda a lidar com fracasso e decepções de forma positiva e desenvolva a sua resiliência. 4. Aumente sua autoconfiança A autoconfiança é essencial. Isso porque é preciso que você acredite em si mesmo para vencer desafios do dia a dia. 5. Aprenda a lidar com a pressão O estresse e a pressão são coisas inevitáveis dentro do ambiente de trabalho. Por conta disso, é essencial que você saiba lidar com essas situações de muita pressão de maneira eficaz e sadia. 6. Não tenha medo de se expressar Não confunda controle de emoções com repreensão de emoções. Expressar o que você está sentindo ou pensando é essencial. Isso porque, quanto mais você segura esses sentimentos dentro de si, maior será o estrago quando eles vierem à tona de uma única vez. 7. Desenvolva a empatia Tão importante quanto compreender os próprios sentimentos, é essencial que você se coloque no lugar dos outros. As pessoas ao seu redor também possuem emoções, e cabe a vocêtentar compreendê-las para melhorar seus relacionamentos interpessoais. Essas técnicas devem ser colocadas em prática todos os dias para que você consiga desenvolver a inteligência emocional no trabalho de maneira eficaz. Lembre-se, essa é uma tarefa complexa, que exige foco, dedicação e 16 cuidado contínuo, mas que vale a pena pois contribui para o fortalecimento das suas relações profissionais, ajuda-o a colaborar melhor com sua equipe de trabalho e a fortalecer a mindset da empresa em que você trabalha. Fonte: Silva, 2017b. Lute pelas coisas que fazem sentido para você. Assim, tudo o que você fizer pode ser muito mais leve, o sacrifício será menor, a recompensa será maior, e muitas pessoas serão beneficiadas com a sua escolha, desde que você faça a escolha certa. Escute seus instintos tanto quanto sua mente racional. Sua intuição tem informações valiosas. A ciência diz que sim. Isso tem a ver com os circuitos do cérebro. Vale lembrar o que dizia Saint-Exupéry (2016): “É com o coração que se vê corretamente; o essencial é invisível aos olhos”. 17 REFERÊNCIAS CARVALHO, M. C. N. de. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2012. DANIEL Goleman e a inteligência emocional. SBIE, 4 fev. 2016. Disponível em: <http://www.sbie.com.br/blog/daniel-goleman-e-a-inteligencia-emocional/>. Acesso em: 26 nov. 2018. GOLEMAN, D. Inteligência emocional. São Paulo: Objetiva, 2014. INTELIGÊNCIA emocional. Instituto Action Mind, 2017. Disponível em: <https://www.institutoactionmind.com.br/oqueeinteligenciaemocional>. Acesso em: 26 nov. 2018. JAMES, W. The principles of psychology. New York: Holt, 1890. MISCHEL, W. The Marshmallow Test. New York, NY, US: Litle Brow, 2014. SAINT-EXUPÉRY, A. O pequeno príncipe. Porto Alegre: LP&M, 2016. SANTANA, A. L. Inteligência emocional. Infoescola, 2006. Disponível em: <https://www.infoescola.com/psicologia/inteligencia-emocional/>. Acesso em; 26 nov. 2018. SILVA, B. R. Inteligência emocional: o que é e como desenvolvê-la para alcançar uma vida pessoal e profissional de sucesso. Mentalidade de crescimento, 15 out. 2017a. Disponível em: <https://mentalidadedecrescimento.com.br/inteligencia-emocional/>. Acesso em: 26 nov. 2018. _____. 7 técnicas para desenvolver a inteligência emocional no trabalho. Mentalidade de crescimento, 9 nov. 2017b. Disponível em: <https://mentalidadedecrescimento.com.br/inteligencia-emocional-no-trabalho/>. Acesso em; 26 nov. 2018. STERNBERG, R. J; Practical intelligence. Nova York. Cambridge University, 2000. TESTE de Marshmallow. Neuropsicopedagogia na sala de aula, 20 mar. 2013. Disponível em: <http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2013/03/teste-de- marshmallow.html>. Acesso em: 26 nov. 2018.