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Inteligência Emocional e as Capacidades Mentais

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AULA 4 
COACHING E 
NEUROCOACHING 
Prof. Fernando Santos 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Quando investigam por que a evolução da espécie humana deu à emoção 
um papel tão essencial em nosso psiquismo, os sociobiólogos verificam que, em 
momentos decisivos, ocorreu uma ascendência do coração sobre a razão. São as 
nossas emoções, dizem esses pesquisadores, que nos orientam quando diante 
de um impasse e quando temos de tomar providências importantes demais para 
que sejam deixadas a cargo unicamente do intelecto – em situações de perigo, na 
experimentação da dor causada por uma perda, na necessidade de não perder a 
perspectiva apesar dos percalços, na ligação com um companheiro, na formação 
de uma família. 
Cada tipo de emoção que vivenciamos nos predispõe para uma ação 
imediata; cada uma sinaliza para uma direção que, nos recorrentes desafios 
enfrentados pelo ser humano ao longo da vida, provou ser a mais acertada. 
À medida que, ao longo da evolução humana, situações desse tipo foram 
se repetindo, a importância do repertório emocional utilizado para garantir a 
sobrevivência da nossa espécie foi atestada pelo fato de esse repertório ter ficado 
gravado no sistema nervoso humano como inclinações inatas e automáticas do 
coração. 
Considerado o “pai da inteligência emocional”, Daniel Goleman é um 
psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Esse 
especialista foi o responsável por popularizar o conceito de inteligência emocional 
em todo o mundo por meio do livro Inteligência emocional, lançado em 1986 e que 
já vendeu mais de 5 milhões de cópias. 
Goleman ensina que o controle das emoções é essencial para o 
desenvolvimento da inteligência de um indivíduo. Não há uma loteria genética que 
define vitoriosos e fracassados no jogo da vida e, embora existam pontos que 
determinem o temperamento, muitos dos circuitos cerebrais da mente humana 
são maleáveis e podem ser trabalhados. De acordo com Goleman, portanto, 
temperamento não é destino (Goleman, 2014) 
CONTEXTUALIZANDO 
A definição de inteligência emocional, segundo a psicologia, é o fato de 
identificarmos nos outros e em nós mesmos as emoções e podermos modificar 
comportamentos a fim de conquistar novos resultados. A pessoa que possui IE 
 
 
3 
(inteligência emocional) possui uma capacidade de controlar impulsos, consegue 
manter-se motivada, geralmente é mais otimista, gosta de ajudar quem precisa, 
apresentando, portanto, elementos como calma, paciência e resiliência diante de 
dificuldades. 
O pai da inteligência emocional, o psicólogo PhD Daniel Goleman, divide a 
IE em cinco pilares. Os três pilares iniciais estão vinculados ao que chamamos de 
inteligência intrapessoal, que é a capacidade de autocompreensão. Os dois 
pilares restantes estão ligados à Inteligência Interpessoal, que é a capacidade de 
compreender os outros em sua essência. A seguir, temos os 5 pilares da 
inteligência emocional: 
 Autoconhecimento: quando o indivíduo distingue uma emoção à medida 
que ela se manifesta; 
 Controle emocional: tem o dom de se ocupar dos seus sentimentos, 
adaptando-se a cada situação. 
 Automotivação: capacidade de direcionar seus pensamentos para um 
propósito fundamental para alcançar objetivos. 
 Observação: capacidade de identificar sentimentos nos outros. 
 Associação: habilidades de relacionamento entre pessoas. 
TEMA 1 – O QUE É A MENTE? E O CÉREBRO? 
Contamos com um cérebro único, formado por uma única rede interligada 
de neurônios e células. 
Já em relação ao funcionamento cerebral, existem cinco diferentes etapas 
em razão de sua evolução genética e da sua capacidade autônoma de produzir 
fenômenos psicológicos diferentes. São elas: 
 Mente instintiva; 
 Mente emocional; 
 Mente intuitiva; 
 Mente analítica; 
 Mente estratégica. 
 
 
4 
Cada um dos cinco sistemas de funcionamento cerebral tem seu potencial 
e suas limitações. 
Dependendo da situação em concreto que estivermos vivendo, cada um 
dos sistemas terá uma capacidade diferente. 
É nisso que consiste a riqueza de nosso acúmulo de 
capacidades/inteligências por meio da evolução. 
O desafio está em utilizar cada funcionamento bem harmonizado e 
coordenado do conjunto todo do complexo das mentes. 
1.1 As principais capacidades mentais 
1. As emoções são reações fisiológicas desencadeadas pelos instintos e têm 
também um elevado grau de automatismo, mas nos permitem um maior 
grau de controle do que o dos instintos; 
2. Os instintos são automáticos e de reação involuntária, mas são a causa das 
emoções e contribuem como um alerta sobre o qual deve atuar o raciocínio; 
3. As intuições originam-se entre as emoções e os raciocínios e recebem 
contribuições de ambas as camadas cerebrais; 
4. Os raciocínios constituem a capacidade que é alimentada pelos estímulos 
gerados pelas outras três mentes anteriores. É considerada uma 
capacidade superior por dispor da possibilidade de assumir demonstrações 
lógicas; 
5. O planejamento estratégico é a capacidade de mais alto nível: a capacidade 
de organizar o restante das capacidades e de distribuir as operações 
fundamentais que são necessárias para cada uma delas. 
 
 
 
5 
Figura 1 – Inter-relações vitais 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
TEMA 2 – O QUE SÃO EMOÇÕES? 
Goleman defende que uma emoção pode causar alterações fisiológicas em 
nosso corpo, por exemplo, alterar a pressão sanguínea, a temperatura, produzir 
lacrimejamento, saliva etc. 
Quando estudamos o significado da palavra emoção, percebemos que esta 
faz referência ao movimento, ao impulso da ação. Segundo Aristóteles (citado por 
Carvalho, 2012), “Qualquer um pode zangar-se — isso é fácil. Mas zangar-se com 
a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira 
certa — não é fácil”. 
2.1 A consciência das emoções 
Quando vemos que uma fera de grande porte se aproxima de nós, com 
gestos ameaçadores, corremos porque temos medo ou temos medo porque 
corremos? A realidade é que temos medo porque corremos. 
O estímulo, o alerta sobre o perigo, é detectado pela mente instintiva, a 
camada de cérebro mais primitiva e veloz, e o instinto gera automática e 
inconscientemente a reação de fugir. 
A crença popular diz que corremos porque temos medo, mas é uma crença 
equivocada que, já em 1884, foi questionada pelo grande psicólogo norte-
americano William James. 
 
 
6 
William James (1890) fez perceber que primeiro temos a reação sensorial 
e motora e, depois, como consequência dela, temos a consciência da emoção. 
Segundo James (1890), não corremos porque temos medo nem choramos 
porque estamos tristes; temos medo porque corremos e temos tristeza porque 
choramos. 
Primeiro vem a ação e depois (nem sempre) vem a consciência do 
comportamento emocional. 
2.2 O que é inteligência emocional? 
A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e modificar 
sentimentos e, consequentemente, os seus respectivos comportamentos. Trata-
se de uma capacidade que podemos melhorar mediante a introspecção e a 
prática. 
Segundo Sternberg (2000), a inteligência emocional está relacionada a 
habilidades, tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustações; 
controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar 
gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores 
talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns. 
No passado, um dos métodos de avalição individual era o seu raciocínio 
lógico, matemático, psicomotor, habilidades cognitivas e espaciais, também 
conhecido como Quociente de Inteligência (QI). Mas Goleman (2014), em seu livro 
Inteligência emocional, traz o conceito de quociente emocional (QE). 
Saiba mais 
QI e QE 
Os defensores da inteligência emocional destacam que não podemos falar 
de verdadeira inteligência se nos esquecermos da correta gestão das emoções, 
avaliadaspelo quociente emocional (QE) 
O modelo da inteligência emocional afirma que o QI não deve ser o único 
fator para indicar a capacidade do indivíduo, visto que existe toda uma séria de 
habilidades, tanto ou mais importantes, baseadas nos sentimentos e nas 
emoções: o autocontrole, o entusiasmo, a automotivação, a empatia, etc. 
Essas capacidades emocionais não são registradas pelos testes que 
medem o QI, mas são acessíveis com a bateria de testes que medem o QE. 
 
 
7 
Para Goleman, a competência emocional – que é medida indiretamente 
pelo QE – determina o grau de destreza que somos capazes de alcançar no 
domínio de nossas faculdades afetivas. 
As pessoas que atingiram uma maturidade psicológica neste aspecto são 
aquelas que sabem dominar seus sentimentos e relacionar-se efetivamente com 
os sentimentos dos outros. 
Fonte: Inteligência..., 2017. 
2.3 Como aumentar a sua competência emocional? 
 Motive a si mesmo (a) 
 Tenha vontade para prosseguir, apesar dos fracassos 
 Controle seus impulsos 
 Regule seus estados de ânimo 
 Procure ter empatia com os outros 
 Demonstre confiança nos seus colaboradores 
 Procure criar um bom ao seu redor 
 Procure ser amável e atencioso (a) 
TEMA 3 – A IMPORTÂNCIA DA IE 
Uma pesquisa realizada em 1994, na Universidade de Berkeley, com 
estudos mostrando a eficácia do QE como indicador de sucesso ou fracasso 
profissional, comprovou que as habilidades próprias da inteligência emocional são 
quatro vezes mais importantes que as da inteligência analítica na hora de 
determinar o prestígio e o sucesso profissional. 
A maioria das situações acadêmicas e de trabalho é envolvida por 
relacionamentos entre as pessoas. 
Dessa forma, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como 
afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso. 
3.1 A IE é dividida em quatro domínios 
1. Percepção das emoções: 
Capacidade de perceber e adequar as emoções em nós e nos outros. Em um 
 
 
8 
nível mais avançado, inclui perceber se as expressões emocionais dos 
outros são verdadeiras ou falsas. 
2. Uso das emoções 
Capacidade de gerar certos estados emocionais que facilitam o próprio 
desempenho. Por exemplo, algumas pessoas se sentem melhor escutando 
certo tipo de música enquanto trabalham, por isso, têm melhor 
desempenho. 
3. Entendimento das emoções 
Capacidade de nomear e identificar como as emoções podem se misturar ou 
transitar, ao longo do tempo, de um estado para outro. Por exemplo, uma 
notícia desagradável e inesperada pode gerar decepção, que é uma 
mistura de surpresa + tristeza, e momentos mais tarde pode gerar raiva por 
não ter recebido a notícia que achava que merecia. 
4. Controle e transformação das emoções 
Capacidade de utilizar as informações anteriores de maneira integrada, a fim 
de se adaptar melhor às próprias emoções e aos relacionamentos com os 
outros. 
TEMA 4 – O FAMOSO TESTE DE MARSHMALLOW E A GRATIFICAÇÃO 
INSTANTÂNEA 
Leia, a seguir, um comentário sobre o Teste do marshmallow, criado por 
Walter Mischel na Universidade de Stanford. 
Mischel chegou à conclusão de que as crianças que conseguiram resistir 
ao marshmallow apresentaram uma estratégia de atenção. Ao fechar os 
olhos, esconder-se debaixo da mesa ou cantar uma canção, essas 
crianças estariam tirando o foco da tentação. 
Elas eram capazes de distrair-se pensando em outra coisa, ou 
praticavam outra atividade como forma de adiar a recompensa por mais 
tempo. 
Mischel estava inicialmente interessado nos vários estilos cognitivos que 
as crianças iriam usar para adiar a gratificação e obter mais sucesso. 
O que podemos concluir, tomando como base esse estudo, é que 
algumas crianças apresentaram melhores estratégias e eram mais 
capazes de controlar seus impulsos imediatos para uma recompensa de 
longo prazo. 
As crianças que, aos 4 anos de idade, conseguiram atrasar a 
 
 
9 
recompensa, tornaram-se adolescentes mais competentes tanto 
cognitivo quanto socialmente, alcançaram maior desempenho escolar e 
evidenciaram lidar melhor com a frustração e o estresse. 
Também se observou que, mais tarde, estas crianças foram mais bem-
sucedidas na escola, nas suas carreiras, nos seus casamentos e na vida 
de um modo geral (Teste..., 2013). 
Saiba mais 
Para conhecer o Teste de marshmallow, acesse o link a seguir: 
THE MASHMALLOW test. Mensagens visuais, 7 ago. 2010. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=77XIyD0YTqU>. Acesso em: 26 nov. 
2018. 
4.1 O que é ter/ser sucesso? 
As habilidades de desenvolvimento da inteligência emocional para alcançar 
o sucesso estão dispostas basicamente em 5 pilares: 
1. Autoconhecimento emocional; 
2. Controle emocional; 
3. Automotivação; 
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas; 
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais. 
Essas três primeiras áreas de habilidades referem-se à inteligência 
intrapessoal. 
1. Autoconhecimento emocional: habilidade de reconhecer um sentimento 
enquanto ele ocorre. 
2. Controle emocional: habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, 
adequando-os para a situação. 
3. Automotivação: habilidade de dirigir emoções a serviço de um objetivo é 
essencial para manter-se caminhando sempre em busca. 
Essas duas últimas áreas de habilidades referem-se à inteligência 
interpessoal. 
1. Reconhecimento de emoções em outras pessoas: habilidade de reconhecer 
necessidades e desejos nos outros, permitindo relacionamentos mais 
eficazes. 
 
 
10 
2. Habilidade em relacionamentos interpessoais: é a base de sustentação da 
popularidade, da liderança e da eficiência interpessoal. 
Inteligência intrapessoal – é a habilidade voltada para si mesmo. É a 
capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de 
forma efetiva e construtiva. 
Inteligência interpessoal – é a habilidade de entender os outros: o que as 
motivam, como trabalhar cooperativamente com elas, como incitar para o 
resultado 
• Organização de grupos: é a habilidade essencial da liderança, que envolve 
iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, habilidade de obter do 
grupo o reconhecimento da liderança, a cooperação espontânea. 
• Negociação de soluções: o papel do mediador, prevenindo e resolvendo 
conflitos. 
• Empatia/sintonia pessoal: é a capacidade de, identificando e entendendo 
os desejos e sentimentos das pessoas, responder (reagir) de forma 
apropriada de modo a canalizá-los ao interesse comum. 
• Sensibilidade social: é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e 
motivos das pessoas. 
De acordo com Goleman (2014), “Não há loteria genética que define 
vitoriosos e fracassados no jogo da vida”. 
TEMA 5 – INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO AMBIENTE DE TRABALHO 
Saiba mais 
O lugar das emoções no trabalho e no desenvolvimento da sua carreira 
Algumas pessoas pensam que as emoções desempenham um papel 
importante apenas na vida pessoal e, quanto menos emocional você for no 
trabalho, melhor. No entanto, as emoções são importantes na prática profissional 
também: eles influenciam nossas decisões, nos ajudam a compreender o mundo 
à nossa volta e são cruciais em qualquer interação com os outros. 
Por isso, o controle das emoções é essencial para o sucesso no trabalho 
em equipe, para a liderança e para criação de oportunidades e parcerias. 
A falta de inteligência emocional pode inclusive colocar o seu emprego em 
 
 
11 
risco. Se todos perceberem quando você está entediado ou irritado, ou que você 
acha que algo que um colega está dizendo é estúpido, isso irá prejudica-lo. 
Explosões emocionais, atitude agressiva ou indiferente com os colegas de 
trabalho são algumas formas que demonstram falta de inteligência emocional. 
Todo mundo sabe que você pode até ser demitido se for incapaz de 
trabalhar bem com os outros. Habilidade para trabalhar em equipe e capacidade 
de colaboração é parte essência da lista de habilidades mais importantese 
desejadas pelas empresas. 
Por isso, a inteligência emocional é vista e descrita como fundamental para 
o desenvolvimento de ‘habilidades interpessoais’ (soft skills) como, por exemplo, 
habilidade de comunicação, tomada de decisão, automotivação, etc. 
Importância da inteligência emocional para a liderança 
O desenvolvimento da inteligência emocional no trabalho é essencial para 
a criação de líderes realmente eficazes. Isso porque um líder precisa não só saber 
lidar com os próprios sentimentos, mas também com os dos integrantes de sua 
equipe. 
Tenha em mente que um dos papéis desse profissional é justamente servir 
de mediador em várias situações. Seja em uma reunião ou em uma discussão 
entre colaboradores. 
Por conta disso é que a inteligência emocional no trabalho é tão importante. 
É por meio dela que um verdadeiro líder saberá conduzir determinadas situações 
do a dia a dia, de modo a evitar prejuízos tanto para a empresa, como, também, 
para os funcionários. 
De modo geral, os indivíduos podem desenvolver diferentes níveis de 
inteligência emocional, mas, no caso dos líderes, esse grau precisa ser muito alto. 
Isso porque ele lida com uma quantidade maior de sentimentos alheios, o que 
demanda mais esforço e compreensão. 
O desenvolvimento dessa capacidade acaba trazendo uma série de 
benefícios não só para os funcionários e empresas, como, também, para quem 
está na liderança. 
Como aprendemos que a inteligência emocional pode levar a uma vida 
realizada, agora você pode perguntar se é possível aumentá-la. A resposta é sim, 
e uma série de exercícios podem ajudá-lo a alcançar isso. 
Se você quiser melhorar sua autoconsciência e autocontrole você pode 
praticar usando diálogos internos que fortaleçam sua Mindset. Isso irá ajudá-lo a 
 
 
12 
identificar e nomear seus sentimentos. 
Se você quiser melhorar sua empatia, você pode tentar espelhar a 
linguagem corporal de outra pessoa. Isso é útil porque a linguagem corporal não 
expressa apenas emoções – também as evoca. Então, por exemplo, ao espelhar 
a postura tensa de outra pessoa, você pode induzir tensão em você mesmo. 
Se você quiser melhorar a sua capacidade de se automotivar e pensar de 
forma mais positiva, siga este conselho: entenda que o fracasso é parte do 
processo de evolução, e que pessoas que se convencem de que as falhas são 
devidas a algo que podem mudar, não desistem tão facilmente. Eles continuam 
tentando porque acreditam que um resultado bem-sucedido depende de suas 
próprias ações. 
Em contraste, aqueles que atribuem um revés a algum déficit pessoal 
permanente provavelmente desistirão em breve. Eles estão convencidos de que 
não há muito o que eles podem fazer sobre seu sucesso de qualquer maneira. Se 
você quer ser bem-sucedido, tente evitar esse tipo de pensamento. 
Para aumentar seu controle emocional você pode desenvolver o hábito de 
meditar. Meditação reduz a intensidade de emoções negativas. Outras técnicas 
para eliminar pensamentos e emoções negativas e cultivar sentimentos positivos 
como, por exemplo, o cultivo da gratidão pode ser aprendidos e utilizados para 
nos ajudar a aumentar nosso controle emocional. 
O conselho para desenvolver a empatia é aprender a dar feedbacks 
construtivos. Se você tem que criticar alguém, seja específico e ofereça uma 
solução. Escolha um incidente e aponte exatamente o que deveria ter sido feito 
de forma diferente e o que foi feito com sucesso, se você for claro o destinatário 
não se sentirá desvalorizado e confuso. 
Fonte: Silva, 2017a. 
 
 
 
13 
Teste, agora, sua inteligência emocional 
 Legenda: 
 - Valor 1 = Nunca 
 - Valor 2 = Raras vezes 
 - Valor 3 = Às vezes 
 - Valor 4 = Com frequência 
 - Valor 5 = Sempre 
 PERGUNTAS PONTUAÇÃO 
Você tem dificuldades na hora de tomar decisões? 1 2 3 4 5 
Você demonstra os seus sentimentos autênticos na frente 
dos outros? 
1 2 3 4 5 
Você desfruta das atividades sociais? 1 2 3 4 5 
Você duvida dos seus sentimentos? 1 2 3 4 5 
Você evita as pessoas que querem que você se sinta 
inferior, culpado e com vergonha? 
1 2 3 4 5 
Você se dá conta com facilidade do que os outros esperam 
de você? 
1 2 3 4 5 
Você fica mal porque alguns temas sem importância 
insistem em ficar “dando voltas” na sua cabeça? 
1 2 3 4 5 
Você fica inquieto na presença de gente estranha? 1 2 3 4 5 
Você procura desculpas para fugir de situações que lhe 
causam mal-estar? 
1 2 3 4 5 
Você se assusta com facilidade? 1 2 3 4 5 
Você costuma levar com humor as suas falhas? 1 2 3 4 5 
 
 
14 
Você é alegre e divertido? 1 2 3 4 5 
Você tem muitas mudanças de humor ao longo do dia 1 2 3 4 5 
Você demora a recuperar-se dos maus momentos? 1 2 3 4 5 
Você fica com vergonha quando comete um erro? 1 2 3 4 5 
 
RESULTADO 
 De 0 a 20 pontos – Inteligência emocional não é o seu forte. Você se deixa 
levar muito facilmente pelas emoções dos outros e perde o controle com 
facilidade. Procure manter o equilíbrio nas situações mais difíceis e não se 
envolver tanto com as emoções alheias. 
 De 21 a 40 pontos – Você está trabalhando a sua inteligência emocional, 
mas ainda se perde em alguns momentos. Respire fundo e procure manter 
mais a calma nos momentos de tensão. Preocupe-se mais com você 
mesmo e faça atividades que lhe deem equilíbrio. 
 De 41 a 60 pontos – Parabéns, IE é o seu diferencial. Sabe lidar com suas 
emoções e manter o equilíbrio nos momentos difíceis, portador de 
segurança, motivação, energia, não se abala por qualquer coisa e sabe 
demonstrar suas emoções sempre que achar necessário 
FINALIZANDO 
A inteligência emocional é a base para o desenvolvimento da maior parte 
das habilidades interpessoais exigidas para o sucesso no mercado de trabalho. 
E, por isso, é muito importante aprender como gerenciar as suas emoções e a das 
pessoas à sua volta no ambiente profissional. 
Mas, desenvolver a inteligência emocional no trabalho é uma tarefa que 
demanda esforço e dedicação. Isso porque as emoções e sentimentos estão em 
constante mudança e também devido ao nível de estresse e tensão dos ambientes 
profissionais que podem dificultar seu gerenciamento. 
 
 
 
15 
Saiba mais 
7 maneiras de desenvolver sua inteligência emocional no trabalho 
1. Análise seu próprio comportamento 
Avalie suas próprias atitudes durante o dia a dia. Autoconhecimento é o 
primeiro passo para o controle emocional. Veja como você lida com os próprios 
sentimentos e com situações que exigem o controle sobre eles. 
2. Domine as suas emoções 
Não deixe que os seus sentimentos te dominem. Controle-os! Evite tomar 
decisões impulsivas das quais irá se arrepender. Uma forma de preservar a calma 
e o equilíbrio é desenvolver o hábito de meditar no trabalho. 
3. Aprenda a lidar com as emoções negativas 
A vida é feita de bons e maus momentos. Saber lidar com as emoções 
negativas é essencial para que você não se deixe abalar por elas facilmente. 
Aprenda a lidar com fracasso e decepções de forma positiva e desenvolva a sua 
resiliência. 
4. Aumente sua autoconfiança 
A autoconfiança é essencial. Isso porque é preciso que você acredite em si 
mesmo para vencer desafios do dia a dia. 
5. Aprenda a lidar com a pressão 
O estresse e a pressão são coisas inevitáveis dentro do ambiente de 
trabalho. Por conta disso, é essencial que você saiba lidar com essas situações 
de muita pressão de maneira eficaz e sadia. 
6. Não tenha medo de se expressar 
Não confunda controle de emoções com repreensão de emoções. 
Expressar o que você está sentindo ou pensando é essencial. Isso porque, quanto 
mais você segura esses sentimentos dentro de si, maior será o estrago quando 
eles vierem à tona de uma única vez. 
7. Desenvolva a empatia 
Tão importante quanto compreender os próprios sentimentos, é essencial 
que você se coloque no lugar dos outros. As pessoas ao seu redor também 
possuem emoções, e cabe a vocêtentar compreendê-las para melhorar seus 
relacionamentos interpessoais. 
Essas técnicas devem ser colocadas em prática todos os dias para que 
você consiga desenvolver a inteligência emocional no trabalho de maneira eficaz. 
Lembre-se, essa é uma tarefa complexa, que exige foco, dedicação e 
 
 
16 
cuidado contínuo, mas que vale a pena pois contribui para o fortalecimento das 
suas relações profissionais, ajuda-o a colaborar melhor com sua equipe de 
trabalho e a fortalecer a mindset da empresa em que você trabalha. 
Fonte: Silva, 2017b. 
 
Lute pelas coisas que fazem sentido para você. Assim, tudo o que você 
fizer pode ser muito mais leve, o sacrifício será menor, a recompensa será maior, 
e muitas pessoas serão beneficiadas com a sua escolha, desde que você faça a 
escolha certa. 
Escute seus instintos tanto quanto sua mente racional. Sua intuição tem 
informações valiosas. A ciência diz que sim. Isso tem a ver com os circuitos do 
cérebro. 
Vale lembrar o que dizia Saint-Exupéry (2016): “É com o coração que se vê 
corretamente; o essencial é invisível aos olhos”. 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
CARVALHO, M. C. N. de. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 
2012. 
DANIEL Goleman e a inteligência emocional. SBIE, 4 fev. 2016. Disponível em: 
<http://www.sbie.com.br/blog/daniel-goleman-e-a-inteligencia-emocional/>. 
Acesso em: 26 nov. 2018. 
GOLEMAN, D. Inteligência emocional. São Paulo: Objetiva, 2014. 
INTELIGÊNCIA emocional. Instituto Action Mind, 2017. Disponível em: 
<https://www.institutoactionmind.com.br/oqueeinteligenciaemocional>. Acesso 
em: 26 nov. 2018. 
JAMES, W. The principles of psychology. New York: Holt, 1890. 
MISCHEL, W. The Marshmallow Test. New York, NY, US: Litle Brow, 2014. 
SAINT-EXUPÉRY, A. O pequeno príncipe. Porto Alegre: LP&M, 2016. 
SANTANA, A. L. Inteligência emocional. Infoescola, 2006. Disponível em: 
<https://www.infoescola.com/psicologia/inteligencia-emocional/>. Acesso em; 26 
nov. 2018. 
SILVA, B. R. Inteligência emocional: o que é e como desenvolvê-la para alcançar 
uma vida pessoal e profissional de sucesso. Mentalidade de crescimento, 15 
out. 2017a. Disponível em: 
<https://mentalidadedecrescimento.com.br/inteligencia-emocional/>. Acesso em: 
26 nov. 2018. 
_____. 7 técnicas para desenvolver a inteligência emocional no trabalho. 
Mentalidade de crescimento, 9 nov. 2017b. Disponível em: 
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STERNBERG, R. J; Practical intelligence. Nova York. Cambridge University, 
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TESTE de Marshmallow. Neuropsicopedagogia na sala de aula, 20 mar. 2013. 
Disponível em: 
<http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2013/03/teste-de-
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