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SUMÁRIO 1. Conceitos básicos e sua importância ............................................................................ 3 2. Conhecimento versus comportamento .......................................................................... 11 3. Inteligência Emocional .................................................................................................. 22 4. Teoria das Inteligências Múltiplas ................................................................................. 41 5. Comunicação assertiva ................................................................................................. 46 6. Conclusão ..................................................................................................................... 51 Referências Bibliográficas …………………………………….............................................. 54 1. Conceitos básicos e sua importância 1. Conceitos básicos e sua importância 1.1. Breve histórico e conceitos sobre Inteligência Emocional Daniel Goleman é um psicólogo PhD conhecido mundialmente por ser considerado o pai da Inteligência Emocional. O profissional se perguntou sobre algo tradicionalmente utilizado por contratadores, sejam eles de empresas grandes ou pequenas, para admitir seus funcionários. O Quociente de Inteligência (QI) é extremamente conhecido como o requisito inquestionável para verificar a excelência de alguém. Mas seria esta a melhor maneira de verificar a competência de uma pessoa? Goleman afirma que não, o mundo de hoje não aceita mais que a capacidade do indivíduo reter informações seja capaz de predizer o seu sucesso. Ele defende a ideia de que o modo como uma pessoa lida com suas emoções e as dos outros é muito mais importante do que o QI. 1. Conceitos básicos e sua importância Daniel foi um dos grandes precursores no assunto de Quociente Emocional (QE), o qual já vinha sendo estudado por Thorndike. A QE acaba sendo mais relevante nos dias de hoje quando comparado ao QI, sendo visto como o principal causador do sucesso ou a sua falta na vida das pessoas. Em suas palavras “A inteligência acadêmica pouco tem a ver com a vida emocional. As pessoas mais brilhantes podem se afogar nos recifes de paixões e dos impulsos desenfreados; pessoas com alto nível de QI podem ser pilotos incompetentes de sua vida particular”. Além disso, em seu livro de 1995, ele também revela que o QE representa 80% das aptidões necessárias para se tornar uma pessoa bem sucedida, evidenciando que QE é superior ao QI em diversas maneiras. O quociente emocional é formado por diferentes fatores da inteligência emocional (IE). Ele define a IE como “a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”. Ele ainda afirma que é a união de dois pilares: o das competências emocionais sociais, o qual diz sobre a sua capacidade de se conectar com as pessoas com que se relaciona e com a sociedade como um todo, e as competências emocionais pessoais, que se refere à capacidade de se conectar de forma simétrica e amorosa consigo mesmo. Ou seja, a inteligência emocional diz respeito ao equilíbrio produtivo positivo, aquele que faz você produzir sempre de maneira favorável, para que sua vida como um todo não se desgaste. 1. Conceitos básicos e sua importância Atualmente, Daniel caracteriza a IE em quatro pilares principais, os quais são compostos por diferentes competências que serão mencionadas mais à frente: 1. autoconhecimento 2. gestão das emoções 3. empatia 4. sociabilidade Antigamente, em seu livro lançado em 1995, as categorias da IE eram cinco: autoconhecimento emocional, automotivação, controle emocional, reconhecimento das emoções das outras pessoas e a habilidade em relacionamentos interpessoais. Agora, resume-se nestes quatro pilares que estão interligados e complementares um do outro. É a partir do autoconhecimento que se conhece e compreende emoções próprias, possibilitando o desenvolvimento de uma gestão consciente delas, evitando reações automáticas e tornando suas interações sociais muito mais empáticas. 1. Conceitos básicos e sua importância Segundo Mayer e Solovey, pesquisadores que também se aprofundaram no tema, a inteligência emocional pode ainda ser definida como a habilidade de perceber e expressar emoções, assimilá-las em pensamento, entender e racionalizar com emoção e compreender, não somente suas emoções, como a das outras pessoas. Estes pesquisadores dividiram a IE em quatro domínios: a) percepção das emoções: capacidade de identificar sentimentos por meio de estímulos, como voz e expressões faciais b) uso das emoções: capacidade facilitar raciocínio lógico e pensamentos empregando informações emocionais c) entender emoções: captar variações emocionais mesmo que estas não estejam explícitas d) controle (e transformação) das emoções: é a mais conhecida – habilidade de lidar com os próprios sentimentos. 1. Conceitos básicos e sua importância 1.2. Uso da inteligência emocional no mundo atual e sua importância As pesquisas de Goleman seguiram tendo como foco o mundo dos negócios. Executivos de grandes empresas foram analisados para que pudesse constatar quais habilidades faziam com que se destacassem, tendo como resultado a inteligência emocional. Grandes líderes e administradores possuem altos índices de IE, sendo extremamente aptos para reconhecerem e entenderem a necessidade dos outros, retendo mais talentos e tendo melhores relações com seus colegas de trabalho, bem como seus superiores. Se você deseja inspirar e engajar pessoas, melhorar o desempenho do seu time e se destacar como líder, precisa estar preocupado em desenvolver sua IE. Em estudos, o psicólogo demonstra que a inteligência emocional chega a ser duas vezes mais importante em pessoas com altos índices de produtividade quando comparado às suas capacidades técnicas e QI, sem ter relação direta com o cargo que esses indivíduos ocupam na empresa. Além disso, o QE é importante porque um líder com estas características consegue sempre estar aberto a sugestões, delegando tarefas aos seus funcionários para que eles também tomem decisões importantes, mesmo não ocupando cargos maiores. 1. Conceitos básicos e sua importância Atualmente, este âmbito é o que mais aplica o conceito apresentado pelo psicólogo em 1995. O impacto da IE no mundo dos negócios foi tão grande que o conceito se tornou um maneira de educação para adultos, fazendo com que funcionários desenvolvam suas habilidades intrínsecas de liderança. A Harvard Business Review aclamou a inteligência emocional como “uma ideia inovadora, capaz de destruir paradigmas”, uma das ideias empresariais mais influentes da década. O QE está se tornando uma das principais ferramentas em contratação, promoção e desenvolvimento de trabalhadores, empresas como Johnson & Johnson já utilizam esta ferramenta para tal fim. Com isso, fica evidente que precisamos cada vez mais nos inovar a aprofundar nossos conhecimentos não somente nas informações, dados concretos e fatos. Também é necessário que saibamos reconhecer emoções e controlar nossos próprios sentimentos, afinal de nada adianta possuir QE elevado se o temperamento pessoal não está controlado. Por esse motivo, é extremamente importante desenvolvermos nossa inteligência emocional e o primeiro passo para isso é o autoconhecimento. O autocontrole emocional e empatia podem ser habilidades mais poderosas e benéficas quando comparadas às competências mentais e cognitivas. Saber balancear os pilares descritos pelo psicólogo em junção com o aperfeiçoamento da sua IE faz com que o indivíduo se torne uma pessoa melhor em todos os campos da sua vida, seja ele o profissional ou o particular. 1. Conceitos básicos e sua importância As vantagens de se ter inteligência emocional são profundamente amplas, dentre elas podemos destacar: 1. Consciência emocional: conhecendo suas emoções e como elas são expressas, é possíveldeterminar como elas afetarão aqueles à sua volta 2. Autorregulação: regular suas atitudes antes que elas aconteçam, tomando decisões mais assertivas 3. Gerenciamento das emoções de uma equipe: perceber e gerenciar suas próprias emoções faz com que seja mais fácil para identificar os sentimentos dos outros, permitindo que conflitos sejam antecipados e resolvidos antes que eles possam acontecer de fato 4. Desenvolvimento de uma comunicação rápida e eficiente: a facilidade na comunicação faz com que esta seja realizada de forma mais assertiva, possibilitando avaliar as respostas das outras pessoas envolvidas na situação 2. Conhecimento versus comportamento 2. Conhecimento versus comportamento 2.1. Modelo Kirkpatrick Por mais que você possa conhecer suas emoções e saiba lidar com elas, é preciso colocar todo esse conhecimento em prática para que seja possível ter um efeito positivo em sua vida. Ao aplicarmos todo esse fundamento em nossas rotinas, inserindo-os em nossos comportamentos é possível que haja um grande impacto não só em si mesmo e em pessoas ao seu redor, mas sim na sociedade como um todo. Mas como saber se isso realmente acontece? Em 1956, o professor Donald L. Kirkpatrick criou um modelo de avaliação de aprendizagem, focado em treinamentos corporativos, denominado Modelo Kirkpatrick. Em 2005, junto com James D. Kirkpatrick, foi lançado o livro “Transformando Conhecimento em Comportamento”, no qual afirmavam que a transformação dos conhecimentos em comportamento se dá efetivamente por meio de treinos constantes, possibilitando o desenvolvimento de habilidades, incorporando-as ao comportamento pessoal do indivíduo. 2. Conhecimento versus comportamento Com o passar dos anos este modelo foi aprimorado, mas continua seguindo seus princípios básicos, ganhando cada vez mais importância nos processos de treinamento e desenvolvimento em organizações do mundo todo. O professor responsável pelo seu desenvolvimento, dizia que um colaborador satisfeito com um treinamento (reação) faria melhor proveito daquele conteúdo passado (aprendizagem). Portanto, aplicaria e disseminaria o que aprendeu na rotina de trabalho (comportamento) e, como consequência, produziria um efeito positivo em cadeia, resultando em maior produtividade e retorno para a empresa (resultados). Desta forma, este processo acontece em quatro níveis: 2. Conhecimento versus comportamento ● Nível 1 - Reação: tem como base o engajamento, relevância e satisfação do cliente, tendo como função medir a percepção dos treinados a respeito da aprendizagem. ● Nível 2 - Aprendizagem: até que ponto o indivíduo foi capaz de aprender de modo efetivo? Isso é verificado por meio de conhecimento, habilidades e, principalmente, atitudes daquele que recebeu o treinamento, uma vez que, se ele de fato aprendeu, sua produtividade e motivação para trabalhar será maior do que antes. ● Nível 3 - Comportamento: é aplicação do conhecimento em atitudes – o comportamento mudou em consequência disso? quanto mudou? - processos e sistemas que reforçam, apoiam, monitoram e recompensam a demonstração de mudança no comportamento durante o trabalho indicam o sucesso do treinamento ● Nível 4 - Resultados: por meio da classificação das mudanças comportamentais em função do novo conhecimento e treinamento adquirido chegamos ao resultado: a transformação foi eficaz? Para isso é preciso observar quais são os principais indicadores durante o treinamento para que possam ser alcançados os resultados esperados. Com isso é possível perceber em quais áreas ainda é necessário aprimoramento. 2. Conhecimento versus comportamento 2. Conhecimento versus comportamento Treinamento é um ato intencional de fornecer os meios para possibilitar a aprendizagem. Aprendizagem é um fenômeno que surge dentro do indivíduo como resultado de seus esforços. Esta, por sua vez, propicia uma mudança no comportamento e ocorre no dia a dia de todos os indivíduos. Quando esse procedimento acontece, atitudes se tornam mais favoráveis em diversas situações. Por mais que seja um processo realizado em empresas, está relacionado com a inteligência emocional de diversas maneiras. Ao dispormos de mudanças comportamentais que nos possibilitam sermos empáticos (lembrando que empatia é um dos pilares de Goleman), presenciamos ocasiões em que, por exemplo, pessoas em cargos superiores em uma empresa se sensibilizam com os sentimentos e reações dos seus funcionários, tomando atitudes que provavelmente não tomariam caso o treinamento não tivesse ocorrido. 2. Conhecimento versus comportamento 2.2. Aplicação do modelo na IE O comportamento no trabalho é afetado diretamente pelos estados emocionais dos empregados. Aqueles que possuem inteligência emocional são sempre mais motivados em suas atividades. Isso acontece porque, por conhecer suas emoções e possuírem a habilidade de controlá-las, não permitem que seus sentimentos atrapalhem no decorrer da sua rotina, consequentemente têm maior produtividade e motivação do que pessoas com um QE mais baixo. Empatia, como já mencionado, é um dos pilares de Goleman mas também é um tipo de comportamento de pessoas que possuem QE elevado. Elas não são capazes de desvalorizar os sentimentos alheios, na verdade se importam com eles. 2. Conhecimento versus comportamento Ainda em seu livro “Inteligência Emocional” (1995), Daniel exibe o seguinte exercício, o qual relata fazer parte de um teste psicológico criado por Suzanne Miller, psicóloga da Universidade Temple: “Imagine por um instante que você está num avião voando de Nova York para São Francisco. É um vôo tranqüilo mas, quando se aproxima das montanhas Rochosas, o piloto fala pelo altofalante: - Senhoras e senhores, vamos entrar numa área de turbulência. Por favor, retornem às suas poltronas e apertem os cintos. Aí, o avião entra em turbulência, a mais forte pela qual você já passou, jogando para cima e para baixo, para um lado e para outro, como uma bola nas ondas do mar. O que você faz numa situação dessas? É daquelas pessoas que metem a cara num livro ou revista, ou continuam vendo o filme que está passando, desligando-se da turbulência? Ou é mais provável que pegue o manual que dá as instruções de emergência para rever as precauções, que observe a equipe de bordo para detectar sinais de pânico, ou que apure o ouvido para os motores, para ver se há alguma coisa digna de preocupação?” 2. Conhecimento versus comportamento As respostas para essas perguntas são devidamente caracterizadas por uma situação de apuro, na qual você não tem certeza do que irá acontecer em seguida. Além disso, essa situação propõe dois prováveis modelos de reações em circunstâncias em que se faz necessário desenvolver uma atividade nova, que exige que você se reinvente: ▪ MODELO REATIVO: por ter autoconsciência das suas emoções, você pode ir para uma zona de medo e pânico, que gera uma zona de reação com muito estresse e ansiedade com nostalgia, ou seja, uma reação negativa que gera bloqueio com novas oportunidades e conhecer novas pessoas que pensam diferentes de você. A zona de reação gera uma zona de superação com desgaste emocional, na qual você lamenta não ter feito de maneira diferente. Este modelo acontece geralmente com aqueles que se fixam em uma situação de apuros, acabam tendo reações exageradas que levam a um intenso desgaste emocional justamente por reagirem de forma mais intensa, o que ocorre muitas vezes pela falta de controle dos próprios sentimentos, mesmo que tenha consciência deles. 2. Conhecimento versus comportamento ▪ MODELO ANTIFRÁGIL: neste modelo você vai para uma zona de curiosidade que leva a uma zona de preparação, na qual você está em uma zona de aprendizado. Isso se assemelha, de certa forma, ao Modelo de Kirkpatrick, se essa situação for vista como se fosse um treinamento. Você pode errar, mas aprende com os erros, expande as novas habilidades, isso gera uma zona de superação e resultado que dá crescimento. Nestemodelo, o desafio é superado diariamente, mas para que isso aconteça é preciso experimentar, validar, verificar e melhorar todos os dias. Aqui é onde se tem controle das suas emoções, sem permitir que elas o desgastem. Geralmente pode ser observado em pessoas com alto QE, uma vez que ao permitirem o autoconhecimento de suas emoções, podem antecipar prováveis reações, o que faz com que tenham mais autocontrole, sem que uma nova situação leve ao cansaço mental. Caso isso aconteça em uma empresa, um líder com estas características é capaz de trazer certa tranquilidade aos funcionários em um momento que seria de desespero. 2. Conhecimento versus comportamento Uma pessoa antifrágil também se diferencia de uma pessoa resiliente. Este último irá mudar e se transformar diante a uma situação de mudança e estresse, e superar essa fase voltando a neutralidade. Um exemplo disso é o bambu, que se transforma com o vento, mas volta para sua forma neutra, sendo que com o passar do tempo ele enrijece. O antifrágil consegue superar a questão da mudança e da crise com aprendizados e evolução pessoal, é como o músculo do corpo humano, que quebra a rigidez e cresce com o tempo. Sendo assim, podemos destacar que pessoas com inteligência emocional elevada são capazes de controlar suas emoções. Isso acaba interferindo no modo como se comportam, já que o conhecimento é aplicado em suas atitudes diárias, como quando possuem empatia por outra pessoa. A empatia é um ato de extrema importância, afinal ela auxilia em uma melhor relação com quem está ao seu redor, sendo possível uma sociabilidade ainda mais impactante e superior. 3. Inteligência Emocional 3. Inteligência Emocional 3.1. Os 4 pilares da inteligência emocional A maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Assim, aqueles que possuem virtudes de qualidade de relacionamento humano, como compreensão e gentileza, têm mais chances de obter sucesso. Ao domínio e equilíbrio de seu emocional é dado o nome de Inteligência Emocional (IE). Segundo Gilberto Vitor, esta é relacionada a habilidades como motivar a si mesmo e persistir mesmo que se encontre em situações de frustações, controlar impulsos, canalizar emoções para situações apropriadas, praticar gratificação prorrogada, motivar pessoas fazendo com que elas liberem seus melhores talentos e, por fim, conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns. Refletir sobre os benefícios reais que a IE pode agregar a uma organização, como as empresas de grande porte, fez com que estas passassem a valorizar mais o QE em relação ao QI, o que não acontecia antigamente. Quando você tem uma capacidade desenvolvida de gerir pessoas, é mais provável que a liderança em seu negócio seja tamanha que permita o verdadeiro sucesso do seu produto. Investir nesta área, visando a excelência do capital humano vêm se tornando prioridade no mundo coorporativo, partindo da percepção que é sim possível lidar com os sentimentos da mesma forma que lidamos com matemática, por exemplo. 3. Inteligência Emocional Como dito anteriormente, Daniel Goleman atualmente divide a inteligência emocional em quatro pilares: autoconhecimento, gestão das emoções, empatia e sociabilidade. O autoconhecimento faz com que você seja capaz de ter autocontrole das suas emoções, sendo um verdadeiro gestor delas. Ao passo que você conhece e sabe lidar com seus sentimentos, torna-se mais fácil fazer isso com as pessoas ao seu redor, ou seja, você possui a consciência social do que está acontecendo, tendo empatia com o próximo. Logo, permite-se que a sociabilidade seja muito mais descomplicada de acontecer, sendo possível gerir não apenas as suas emoções como as das outras pessoas, realizando verdadeiramente uma gestão de relacionamentos. Tudo isso leva o indivíduo a ter uma automotivação extremamente elevada, melhorando sua performance em todos os ambientes, tanto o de trabalho, onde isto é mais perceptível, quanto o pessoal, dentro de sua própria casa. 3. Inteligência Emocional 3.2. As 12 competências da inteligência emocional Os quatro pilares formam o QE de uma pessoa, caso eles estejam bem desenvolvidos, isso confere um QE elevado, o contrário também é verdadeiro. Mas como é possível desenvolver a inteligência emocional? Você deve analisar cada uma das doze habilidades (também chamadas de competências) que a compõe. Para que o pilar do autoconhecimento seja desenvolvido é necessário saber identificar gatilhos emocionais. Isso concede a si mesmo a autoconsciência daquilo que é capaz de ocasionar desgaste mental, permitindo que caso essas situações, que normalmente são caracterizadas por estresse, pressão ou euforia, ocorram você saiba assumir controle delas, lidando da melhor maneira possível (modelo antifrágil). A gestão das emoções é o próximo pilar descrito por Goleman. Para que aconteça, é preciso saber se autogerir, ter controle emocional. Logo, tem-se a adaptabilidade a circunstâncias adversas sem precedentes, permitindo que você se oriente para realização de atividades desafiadoras rumo ao aprimoramento e excelência, tendo crescimento em diversos âmbitos. Além disso, o otimismo é fundamental sendo também uma das competências deste pilar, porque viabiliza ver o lado bom de qualquer coisa, seja qual for o contexto, portanto você busca seus objetivos apesar dos obstáculos à sua frente. 3. Inteligência Emocional Com esses dois pilares, temos plena capacidade de estabelecer nosso relacionamento com nós mesmos, ou seja, nossa competência pessoal, que é a base de toda inteligência emocional. Lembre-se que cada pilar se interliga e se completa. Já a empatia é a capacidade de verdadeiramente se colocar no lugar do outro, sabendo identificar os seus interesses e preocupações a fim de extrair pistas sobre o que ele pode estar sentindo e pensando. É uma das principais habilidades em relacionamentos interpessoais. Além disso, a consciência organizacional, permite que você compreenda e assimile as correntes de um grupo, sempre pensando no macro, sendo muito funcional no ambiente empresarial, no qual você enxerga a empresa como nós, como sendo sua. Por fim, a sociabilidade é o pilar mais complexo, e que, portanto, mais possui competências, afinal os relacionamentos interpessoais nunca foram nada além de complexos. Nele, a habilidade de gerenciar seus relacionamentos é o que se destaca. 3. Inteligência Emocional a) Ser influente é uma das competências deste pilar, sendo capaz de gerar impacto positivo, colocar seu ponto de vista e fazer com que os demais entendam é extremamente significante para ser capaz de se sociabilizar. b) Ser coach, mentor e realizar treinamento também é uma característica importante, ainda mais no mundo do trabalho, porque são atividades que propiciam a ativação das nossas emoções positivas. Compartilhar conhecimento, promover a aprendizagem ou o desenvolvimento de longo prazo de outras pessoas oferecendo feedbacks, suporte e orientações compõem esta competência. É aquela pessoa que acompanha o seu progresso, cobra resultados e te orienta a realizar suas tarefas. c) Ser gestor de conflitos é aquele capaz de superar momentos difíceis e sempre tirar algo bom de momentos desafiadores. Deste modo, tem-se a habilidade de auxiliar as pessoas a superar momentos emocionalmente desgastantes, utilizando da sensibilidade e do bom-senso para que isso seja possível. Ser empático é essencial para saber como você pode e deve gerenciar os conflitos que lhe aparecem. 3. Inteligência Emocional d) Saber trabalhar em equipe é uma habilidade que permite sempre o desenvolvimento em forma de grupo, propondo e alcançando metas tanto individuais quanto coletivas. Assim, responsabilidades e recompensas são sempre compartilhadas. É uma característica essencial em um líder, ele precisa saber delegar tarefas e realizá-las de modo coletivo. e) Líder é uma pessoa na qual você se inspira, sendo assim a liderança inspiracional também é uma competênciadeste pilar. É aquele indivíduo que deixa um legado onde quer que ele vá, possui admiradores do seu trabalho. Ser um líder inspiracional é também ser capaz de transmitir senso de propósito, utilidade e unidade. Transmite também confiança a quem está ao seu redor, o que se dá muitas vezes através de uma comunicação assertiva, que é altamente necessária. 3. Inteligência Emocional Deste modo, desenvolvemos o que Goleman chama de competência social. Juntos, todos os pilares e cada uma de suas aptidões compõe a inteligência emocional de uma pessoa. O desenvolvimento destas habilidades é constante, reconhecê-las e colocá-las em prática diariamente permite ser mais motivado e ter uma elevada performance em sua vida 3. Inteligência Emocional 3.3. A abordagem de Gardner As competências e pilares descritos por Daniel Goleman podem ainda ser aprofundadas, renomeadas ou divididas de outra forma, que talvez seja mais conhecida. O psicólogo e professor Howard Gardner, da Universidade de Harvard, compreende que os dois primeiros pilares de Goleman (autoconhecimento e gestão de emoções) compõe o que chama de Inteligência Intrapessoal, que nada mais é do que a habilidade de compreender a si mesmo, construindo um modelo verdadeiro e preciso de si e usá-lo de forma efetiva e construtiva durante toda a sua vida em tudo que realiza. Em seu livro de 1995, o também psicólogo define a inteligência intrapessoal como “o acesso ao sentimento da própria vida, à gama das próprias emoções, à capacidade de discriminar essas emoções e, eventualmente, rotulá-las e utilizá-las como uma maneira de entender e orientar o próprio comportamento”. Zenhas (2005) diz ainda que a característica principal é a facilidade de compreender e identificar as suas próprias emoções e em lidar com elas de forma adequada às várias situações e aos seus objetivos pessoais. Implica a necessidade de refletir e de autoavaliar. Conhecer seus pontos fracos e fortes é essencial para definir objetivos e desafios adequados, não alimentando expectativas irrealistas. 3. Inteligência Emocional A inteligência intrapessoal possui como passos fundamentais o autoconhecimento, gerenciamento de sentimentos, autocontrole e assertividade porque quando se está bem consigo mesmo é mais fácil possui diálogos e relacionamentos construtivos. Nossas emoções em todas as áreas das nossas vidas e nos permite acessar diversas experiências. Elas são extremamente importantes para nossa sobrevivência, se fazem presentes em todas as tomadas de decisões que realizamos, e para que estas possam ser as melhores possíveis é preciso saber lidar com os nossos sentimentos e conhecê-los profundamente. Além disso, se nós aprendermos a confiar em não somente nossas emoções, mas também nas nossas sensações, seríamos capazes de ajustar nossos limites que são necessários para proteger nossa saúde física e mental. Na área da comunicação, expressões faciais e tom de voz, por exemplo, são características determinadas pelas nossas emoções do momento. 3. Inteligência Emocional Por outro lado, Gardner classifica como Inteligência Interpessoal como a habilidade de compreender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham e, mais importante, como trabalhar cooperativamente com elas. Dentro deste conceito, estaria os últimos dois pilares de Goleman: empatia e sociabilidade. Em seu livro já mencionado, é a inteligência interpessoal é definida como “capacidade nuclear de perceber distinções entre os outros; em especial, contrastes em seus estados de ânimo, temperamento, motivações e intenções (...) permite que um adulto experiente perceba as intenções e desejos de outras pessoas, mesmo que elas os escondam”. Cabral (2010) propõe o conjunto de características que compõe o indivíduo que a possui. Ele diz que o fato de sermos emocionais, nos colocarmos no lugar do outro, ter aptidões sociais como ser prestativo, humildes, atenciosos, dentre outras coisas faz com que tenhamos este tipo de inteligência. Um exemplo de profissional que realmente possui os dois tipos aqui citados são os professores, muito bem desenvolvidos por dentro, sabendo sempre lidar com as emoções do outro. 3. Inteligência Emocional A inteligência interpessoal é contínua, quanto mais capaz você é de olhar para si e para outro, mais simples e descomplicado ficará a busca de compreender o contexto ou determinados comportamentos e atitudes, diminuindo assim a possibilidade de gerar conflitos. Estes dois tipos de inteligência que Gardner explica fazem parte da sua Teoria de Inteligências Múltiplas que será explicada em outro momento. No entanto, por mais que Gardner e Goleman classifiquem de maneira diferente, ambos chegam sempre às mesmas conclusões. O que podemos absorver disso é que, não importa qual visão dos psicólogos você conheça, a base de tudo é o autoconhecimento. 3. Inteligência Emocional 3.4. Inteligência Emocional e o autoconhecimento Autoconhecimento é uma virtude que deve ser desenvolvida diariamente e é um pilar que vêm crescendo no mundo atual. Fazer isso sozinho é possível, porém muito mais difícil, o que leva pessoas a recorrerem aos profissionais que realmente podem ajudar no assunto, que são os psicólogos. Ansiedade e depressão são alguns dos transtornos mentais mais frequentes dentre os brasileiros que costumam a procurar por ajuda dos profissionais da área. A ansiedade é um dos sabotadores pessoais mais frequentes. Reconhecer sua existência e como ele é capaz de atrapalhar a sua rotina é o primeiro passo para que você possa alcançar seus objetivos com mais facilidade. Para que ela se torne menos presente em seu dia a dia, é necessário realizar um treinamento mental para que você foque no que está acontecendo naquele momento em específico, pensando no futuro apenas quando ele chegar. Pare e reflita sobre que aconteceu no agora, aprenda com isso. Outra característica do autoconhecimento é saber quem são os seus estressores. É importante saber que estes não podem ser eliminados da sua vida, você precisa reconhecê-los e lidar com eles no decorrer da sua existência. Aprender a ser o protagonista da própria vida é essencial diante de um cenário de caos, é necessário que você aprenda e cresça com a situação. 3. Inteligência Emocional Além disso, temos que saber escolher nossas batalhas, isso é fundamental. Definir em quais ocasiões depositaremos nossa energia e inteligência emocional é quando se prioriza as questões que estão acontecendo agora e que estão sob meu controle e que posso influenciar tomada de decisão. Caso não esteja sob seu controle você pode aceitar este fato ou mudá-lo. Uma técnica bastante utilizada para que seja possível lidar com suas emoções e fazer o gerenciamento delas é o PROR, que tem como objetivo final não reagir de imediato a alguma situação. Pare Reflita Observe Responda = NÃO REAJA Quando uma situação nova e inusitada aparece devemos, em um primeiro momento parar para que o cérebro seja capaz de processar a informação. Em seguida reflita sobre o que está acontecendo e avalie se esta é uma batalha na qual você deve lutar. As emoções são contagiosas, observe como elas estão sendo expressas e por fim responda da melhor maneira possível. Quando temos autoconhecimento e autogestão, o PROR é algo que se coloca em prática diariamente, mesmo que não seja percebido. É uma maneira de lidar com novas circunstâncias. 3. Inteligência Emocional A autogestão, mesmo que desenvolvida, conta com diversos sabotadores, mas a questão não é se você os tem, mas quais tem e o quão fortes são. Dez sabotadores que são mais frequentes e conhecidos são: insistência, ser prestativo, hipervigilante, inquieto, controlador, esquivo, hiper-realizador, vítima, hiper-racional e crítico. Ter esses sabotadores e reconhecê-los é o primeiro passo para saber lidar com eles e combatê-los. 1. Insistente: perfeccionismo e necessidade de ordem e organização levadas longe demais 2. Prestativo: tentativa indireta de conseguir aceitação e afeiçãopor meio de ajuda, agrado, resgate ou elogio a outros. 3. Hiper-realizador: dependente de desempenho e realizações constantes para respeito próprio e auto validação. Altamente concentrado em sucesso externo, o que leva a tendências workaholic insustentáveis e perda de contato com necessidades emocionais e de relacionamento mais profundas. 4. Vítima: emocional e temperamental para conquistar atenção e afeição. Foco extremo em sentimentos internos, principalmente os dolorosos. 3. Inteligência Emocional 5. Hiper-racional: foco intenso e exclusivo no processamento racional de tudo, incluindo relacionamentos. Pode ser percebido como frio, distante e intelectualmente arrogante. 6. Hipervigilante: ansiedade contínua e intensa quanto a todos os perigos da vida e grande foco no que pode dar errado. Vigilância que nunca pode descansar. 7. Inquieto: em constante busca de maior excitação na próxima atividade ou se ocupando constantemente. 8. Controlador: necessidade baseada em ansiedade de assumir a responsabilidade e controlar situações, forçando as ações das pessoas à sua própria vontade. Resulta em alta ansiedade e impaciência quando não é possível. 9. Esquivo: foco no positivo e no agradável de uma forma extrema. Fuga de tarefas e conflitos difíceis e desagradáveis. 10. Crítico: acha defeitos em si mesmo, nos outros e nas circunstâncias. Provoca a maior parte da nossa decepção, raiva, arrependimento, culpa, vergonha e ansiedade. Estes sabotadores são, no início, como guardiões que nos ajudam a vencer ameaças reais e imaginárias à nossa sobrevivência física e emocional quando crianças. Quando chegamos à idade adulta, esses sabotadores não são mais necessários, mas se tornaram habitantes invisíveis da nossa mente, portanto precisamos saber lidar com eles. 3. Inteligência Emocional 3.5. Inteligência emocional no mercado de trabalho O mercado de trabalho influencia, de forma geral, nas emoções do trabalhador e nos demais contextos sociais na medida que se mostra mais exigente e demanda mais tempo de dedicação. Pessoas com IE desenvolvida possuem QE alto o suficiente para guiar seu comportamento com o outro, afinal é importante possui a habilidade de reconhecer as emoções neles para que assim seja possível construir e manter relacionamentos. No entanto, não existem processos unilaterais na interação humana. Por causa disso, empresas modernas estão cada vez mais procurando profissionais que possuam alto QE. Estes serão aqueles capazes de gerar conflitos dentro de um ambiente de trabalho, dispondo sempre de altas performances porque sua automotivação se faz presente diariamente. Isso acontece justamente porque são capazes de gerir suas emoções impedindo que elas atrapalhem na execução de tarefas e interação com colegas, buscando sempre ter relações positivas. 3. Inteligência Emocional RELAÇÃO POSITIVA: tem-se mais interação, cooperação, e impacto positivo no ambiente de trabalho RELAÇÃO NEGATIVA: antipatia, menos interações, levando ao afastamento, prejudicando comunicação e favorecendo o surgimento de conflitos. Ter saúde emocional é o primeiro passo para se relacionar bem com as pessoas, sendo quase impossível se relacionar bem com as pessoas se você não estiver bem consigo mesmo. Segundo pesquisa realizada pelo Dr. Travis Bradberry (co-autor do best-seller Emotional Intelligence 2.0), inteligência emocional é a habilidade que corresponde a cerca de 58% da nossa performance profissional. Por causa disso, ela vem sido considerada a principal competência que um profissional do século XXI deve ter. Para que se tenha inteligência emocional no ambiente de trabalho é preciso não ser impulsivo. Essa qualidade diminui as chances de enfrentarmos conflitos que podem levar ao desgaste emocional de diversas formas. Sempre analise o seu próprio comportamento, porque nem sempre nos expressamos da melhor maneira possível diante de uma situação. Sendo assim, é necessário que tudo seja dito e expresso da forma mais clara possível para que a compreensão seja absoluta. Lembre-se sempre do ABC da comunicação: abordar o outro de forma positiva, buscar canais de compreensão, customizar sua comunicação para que o outro compreenda melhor o que eu expresso. O outro precisa entender a mensagem que eu de fato quero transmitir. 3. Inteligência Emocional Responsabilizar-se por suas ações também é um passo importantíssimo. A partir do momento que você se coloca nessa posição de assumir seus erros e lidar com as consequências, gradativamente as pessoas ao seu redor vão te respeitar ainda mais e começam a não sentir mais tanto medo, nem vergonha, de assumir suas falhas. Isso colabora para um melhor ambiente de trabalho. Como a inteligência emocional vem ganhando cada vez mais destaque, empresas tem investido em testes de I.E. estão cada vez mais populares, vindo à frente para declará-los “salvadores de custo”, porque além de ajudarem a economizar dinheiro, estão economizando tempo e aumentando a produtividade e moral dos funcionários. As empresas utilizam o teste para determinar os três elementos mais críticos do sucesso na vida profissional: competência, ética profissional e inteligência emocional. Pesquisas sugerem que esses três elementos são essenciais para o sucesso de qualquer profissional. Especialistas concordam que aproximadamente 90% das empresas vão usá-los para verificar o potencial total dos funcionários, em especial, a liderança. Aproximadamente 82% das empresas globais, utilizam esses testes para as posições executivas, 72% dessas entregam os testes para os gestores abaixo dos executivos, e só 59% dão o teste para os funcionários recém contratados. Claramente, quanto maior o cargo em uma empresa, mais provavelmente o teste será usado. 4. As Inteligências Múltiplas 4. As Inteligências Múltiplas Howard Gardner não somente trouxe uma nova abordagem para a inteligência emocional, o psicólogo também foi responsável pela criação da Teoria das Inteligências Múltiplas. Nela, ele propõe “uma visão pluralista da mente”, ampliando o conceito de inteligência única para o de um feixe de capacidades. Define inteligência como a habilidade de resolver problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitário. Nesta teoria, o professor apresenta sete tipos de competências, na qual a inteligência humana seria dividida. Estas são complementares umas as outras e se interpenetram, porque quando resolvemos algum problema nunca colocamos em prática apenas uma habilidade e sim a junção de várias. Por mais que existam predominâncias, as inteligências se integram, sendo elas: Inteligência Lógico-Matemática: diz respeito à capacidade de realizações operacionais de uma pessoa. Ou seja, operações numéricas e dedutivas. Inteligência Linguística: está diretamente relacionada à habilidade de aprender idiomas variados. Além disso, também está ligada à capacidade de usar a fala e a escrita para um fim, como a comunicação interpessoal, por exemplo. Inteligência Espacial: essa diz respeito à capacidade de compreensão, reconhecimento e manipulação de situações que estejam considerando a visão como fator determinante. 4. As Inteligências Múltiplas Inteligência Físico-Cinestésica: podemos entendê-la como uma “inteligência corporal”. Está relacionada à capacidade de utilizar os movimentos corporais para resolução de algo. Vai desde montar um brinquedo até contribuir na construção de um carro ou uma casa. Inteligência Interpessoal: está ligada ao entendimento das intenções e desejos das pessoas. Reflexo direto na relação social do indivíduo em grupo. Inteligência Intrapessoal: diretamente ligada ao desenvolvimento de uma compreensão de si. Essa é a inteligência que é trabalhada para se conhecer e poder agir para alcançar objetivos pessoais. Inteligência Musical: é o que muitos chamam de talento musical. É aquela aptidão por compor, tocar ou estar inserido no universo dos padrões musicais. Em um segundo momento, Gardner também adicionouà essa lista as seguintes inteligências: Inteligência Natural: aquela que está relacionada ao reconhecimento e classificação de uma espécie da natureza. Inteligência Existencial: ligada a reflexão sobre temas que estão presentes na nossa vida. 4. As Inteligências Múltiplas 4. As Inteligências Múltiplas Gardner afirma que essa teoria é extremamente importante. Em um artigo de 2013, o psicólogo e professor propõe que é como se elas funcionassem como um grande computador, capaz de determinar o quão bem você vai performar em cada setor da sua vida. Nesse sentido, as inteligências múltiplas são interfaces que abrangem informações linguísticas, informações espaciais, informações musicais, informações sobre outras pessoas, dentre outras. A teoria das inteligências múltiplas pode ainda ser aplicada na área da educação. É a partir dela que escolas no mundo todo começaram a questionar sua metodologia de ensino. As instituições de ensino têm considerado propor atividades que vão além de aprender matemática, química, português, por exemplo, ou seja que vão além de características que componham o QI de um indivíduo. Com uma forma de ensino que leva em consideração muito mais do que testes de QI, os alunos conseguem desenvolver suas diferentes inteligências e descobrir quais são suas verdadeiras aptidões. Desta forma, é por meio da teoria de Gardner que a inteligência emocional de Goleman está ganhando espaço na vida de crianças desde o princípio do seu aprendizado. Com isso, se torna muito mais rápido, por exemplo, a transformação de conhecimento em comportamentos durante a vida adulta. Além disso, com atividades que tragam as ideias de inteligência inter e intrapessoal de Gardner, os alunos poderão aprender os quatro pilares da inteligência emocional de Goleman. 5. Comunicação assertiva 5. Comunicação assertiva Assertividade é a habilidade social que auxilia o sujeito a lidar com as situações de conflito em sua vida, desenvolvendo relações pessoais. Ela deve caminhar junto com a percepção, comunicação e a capacidade de ouvir. Ser assertivo ajuda a me relacionar, comunicar (permite que seja de maneira clara, objetiva, transparente e honesta) e expressar (melhora a capacidade de expressão). Pode ser entendida como um comportamento direto, verdadeiro e dinâmico. Pessoas com essa característica transmitem informações dizendo exatamente aquilo que pretendem dizer. Basicamente é fazer o que tem que ser feito e dizer o que tem que ser dito, respeitando o direito e o espaço do outro A inteligência emocional é o primeiro passo para se ter uma comunicação assertiva. Com ela, é possível passar as informações que deseja de forma clara, mas, ao mesmo tempo, ouvindo atentamente e de forma calma quando o outro estiver falando, deixando de lado as emoções que venham a ser sabotadoras para o momento. Entretanto, a IE não é uma característica exclusiva para que se tenha assertividade. Dentre tantas outras coisas, ela também pede que se tenha atenção aos seus gestos, pois estes devem acompanhar aquilo que está sendo transmitido verbalmente. 5. Comunicação assertiva A comunicação assertiva é uma das principais habilidades de profissionais de sucesso. Na prática, profissionais assertivos se diferenciam no mercado, pois têm mais capacidade de transmitir informações de forma clara, possuem bom relacionamento interpessoal, executam os processos da empresa de forma mais rápida e alcançam metas e objetivos com muito mais produtividade e efetividade. Este tipo de comunicação também pode ser visto como uma consequência daquele que possui inteligência emocional. Para gerenciar conflitos, uma das competências do pilar de sociabilidade, é assertivo analisar todo o contexto da situação podendo solucionar o problema da melhor maneira possível. Conflitos podem ser evitados quando você conhece as variáveis que levam o outro a agir de determinada maneira, podendo agir de modo mais assertivo. O pilar da empatia também é necessário para que tenhamos uma comunicação assertiva. Empatia é inata, mas precisa ser desenvolvida. Com ela, é possível evitar julgamentos, ainda mais julgamentos prévios de uma atitude ou comportamento sem considerar o que está por trás disso, é preciso aceitar como o outro é sem julgar. Quanto mais eu observar e pensar sem julgar, mais assertivo eu me torno. 5. Comunicação assertiva Ser assertivo é diferente de ser simpático por causa da profundidade das relações, a simpatia não envolve se colocar no lugar do outro. Ações empáticas são aqueles em que entendemos o ponto de vista do outro sem julgamentos e reconhecemos a sua emoção, respeitando-a. Posicionar-se desta maneira é a principal estratégia usada no mundo empresarial, pois cria ligação de respeito e de confiança mútua. Para desenvolver assertividade é necessário registrar, sondar e testar toda informação recebida. É uma sentença de três partes, na qual você ouve o desejo do outro, informa como se sente diante tal situação e expressa o que quer. Não é incomum que confundam assertividade com agressividade, pois as pessoas entendem que adotar uma postura clara, objetiva e coerente é o mesmo que falar o que quiser sem se preocupar com o próximo, mas é exatamente o contrário. Para ser assertivo é preciso ter empatia, adaptabilidade, autocontrole, tolerância, sociabilidade. O que faz com que isso ocorra é, principalmente, o autoconhecimento e autoestima. Com isso, fica claro que os pilares descritos por Goleman vão muito além de se ter automotivação e uma performance agradável, eles também permitem melhores estratégias de comunicação, sendo assertiva. Além disso, a assertividade não é apenas um modo de se comunicar é também um comportamento. Este por sua vez, caso não aconteça, impede que os objetivos e metas sejam alcançados. Há possibilidade de ocorrer falhas que resultam na queda da produtividade e retrabalho, além de causar transtornos no relacionamento entre os colegas de trabalho e os clientes, prejudicando os negócios. 5. Comunicação assertiva 6. Conclusão 6. Conclusão A inteligência emocional, é a combinação de emoção, razão e cérebro, e conforme demonstrado chegamos à definição de que ela contribui efetivamente para o mundo empresarial. Para que isso aconteça o primeiro passo é se autoconhecer. Uma pessoa que está de bem consigo mesma, pode render muito mais a uma empresa do que uma pessoa que traz todos os seus problemas para o seu ambiente de trabalho, fazendo com que sua produção caia, e consequentemente atrapalhando a todos os outros que dividam tarefas e responsabilidades com essa pessoa. A partir disso é possível desenvolver todos os outros pilares de Goleman. Logo, trabalhando-se essa inteligência, é possível canalizar as emoções para os momentos apropriados, lidando com seus sentimentos e deixando a razão sobressair sempre que fosse necessário. 6. Conclusão · Fluxograma geral: Referências Bibliográficas: Referências Bibliográficas: As Origens da Empatia. In: GOLEMAN, Daniel. Inteligencia Emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 133-167. AGUIARI, Vinicius. Inteligência Emocional: as 12 competências chaves para o sucesso. 2020. 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