Buscar

Inteligencia Emocional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O que é e para que serve a Inteligência Emocional? 
Para Goleman, a inteligência emocional é a capacidade de reconhecer 
os nossos próprios sentimentos e os dos demais, de nos motivarmos 
e de manejar adequadamente as relações. Para que ela serve? 
Principalmente, para tirar mais partido da nossa própria informação 
emocional e da dos demais porque a emoção é a expressão física 
da nossa mente e nunca mente. As emoções nos informam sobre 
como a nossa mente processa o que vivemos e isto é muito útil tanto 
na nossa vida pessoal quanto profissional porque permite, por 
exemplo, sermos conscientes do que dizemos e como dizemos as 
coisas. 
Gerenciar adequadamente as emoções pode nos levar à felicidade? 
A inteligência emocional ajuda a superar atitudes, crenças e hábitos 
negativos que nos condicionam e limitam, impedindo que 
aproveitemos todo o nosso potencial. Timothy Gallwey, autor de 
numerosos livros para o desenvolvimento da excelência pessoal e 
profissional, dizia neste sentido que o rendimento nas nossas vidas 
pode ser representado por uma simples equação: R (rendimento) = 
P (potencial) - I (interferências). Ou seja, quanto menos 
interferências emocionais negativas tivermos, maior potencial 
teremos. 
 
A única diferença entre você poder ou não andar sobre brasas ou 
vencer qualquer desafio é sua capacidade de comunicar−se consigo 
2 
mesmo, de uma forma que o faça agir, apesar de toda sua 
programação passada de medo do que poderia lhe acontecer. 
Precisamos aprender é que as pessoas podem fazer virtualmente 
qualquer coisa, desde que desenvolvam as ferramentas e reúnam 
os meios para acreditar que podem e se utilizem destas ferramentas 
de forma sistêmica. 
Tudo isso leva a um fato simples e inexorável: “O sucesso não é um 
acidente”. 
A diferença entre pessoas que conseguem resultados positivos e 
aquelas que não conseguem não é um tipo de acaso, como o rolar 
dos dados. Há padrões consistentes e lógicos de ação, caminhos 
específicos para a superioridade, que podem estar ao alcance de 
todos nós. 
Todos podemos amplificar a nossa inteligência emocional. Só temos 
de aprender como mudar e usar nossa mente e nosso corpo da 
maneira mais eficiente e vantajosa possível. 
Veja agora esta pequena palestra do Prof. Pedro Calabrez que explica um pouco mais o 
que é a Inteligência Emocional: 
 
2ºTipos de Inteligência 
Howard Gardner, um psicólogo americano, lançou livro “Frames of Mind: The Theory of 
Multiple Intelligences” o qual apresentou a Teoria das Múltiplas Inteligências. 
Na teoria, um ser humano pode possuir 7 tipos diferentes de inteligência, cada uma 
com a mesma importância, porém com elementos diferentes. 
As inteligências possíveis são a inteligência lógico-matemática, a inteligência 
linguística, inteligência visual-espacial, inteligência corporal-cinestésica, inteligência 
musical, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal. 
Depois, ele ainda adicionou mais dois novos tipos: a inteligência naturalista e a 
inteligência existencial. 
A principal conclusão extraída da teoria de Gardner é que não há um tipo de 
inteligência melhor que a outra e que cada pessoa deve saber encontrar qual ela é 
melhor e qual é pior a fim de aperfeiçoá-las, vejamos os tipos: 
1º) Inteligência lógico-matemática: Um indivíduo com a inteligência lógico-matemática 
possui a capacidade de solucionar problemas matemáticos e lógicos com facilidade 
através habilidade de identificar padrões e tendências rapidamente. 
https://youtu.be/r8OuSQbOoz4
3 
Envolve raciocinar de forma lógica e sequencial percebendo dessa forma a relações 
e conexões entre elementos. 
Apesar de todos os tipos de inteligência possuírem a mesma importância, a lógica-
matemática termina sendo uma das mais requisitadas na sociedade e por 
consequência, termina resumindo o conceito de inteligência somente nela. 
Pode-se dizer que um indivíduo tem essa inteligência quando: 
- Identifica padrões, operações e problemas matemáticos 
- Tem facilidade com números 
- Prefere comprovar hipóteses a partir de experimentos 
- É um tipo de inteligência comum entre engenheiros, cientistas, astronautas, físicos 
e matemáticos. 
2º) Inteligência linguística: É a capacidade de utilizar as palavras e a linguagem de uma 
forma efetiva. Ela envolve a organização e transmissão de palavra de modo claro e 
direto atingindo objetivos por meio da fala ou simplesmente somente transmitindo 
uma mensagem. 
Normalmente, é encontrada em jornalistas, redatores, escritores, poetas e em 
políticos ou em qualquer profissão que envolva expressar ideias complicadas de 
forma simples. 
Além disso, esse tipo de inteligência também tem uma facilidade de interpretação de 
textos e discursos. 
Pode-se dizer que um indivíduo tem essa inteligência quando: 
- Tem um bom vocabulário 
- Usa muito bem as palavras para transmitir uma mensagem ou alcançar um objetivo 
- Consegue persuadir alguém com facilidade 
- Gosta de ler 
- Aprende idiomas com facilidade 
3º) Inteligência visual-espacial: A maioria das pessoas pensam em apenas um ponto 
de vista quando imaginam um objeto, já as pessoas com esse tipo de inteligência 
conseguem ver e compreender o mundo em três dimensões. 
Em geral, é encontrada em indivíduos com a imaginação muito ativa. 
Quem possui esse tipo de inteligência consegue projetar as coisas em vários ângulos 
mentalmente, além disso é capaz também de imaginar objetos ou situações 
corretamente, mesmo que sejam baseadas em muita pouca informação. 
A inteligência visual-espacial também é acompanhada da capacidade de imaginar 
fielmente a representação do mundo físico, mesmo a partir de memórias distantes. 
Também inclui o processamento de imagem, dando ao indivíduo a habilidade de 
visualizar claramente os resultados das alterações que podem ter sido feitas. 
4 
Além disso, é composta também de habilidades artísticas através da capacidade de 
usar o espaço visual para desenvolver uma arte, como uma pintura. 
Você encontra esse tipo de inteligência em arquitetos, pintores, designers, etc. 
Pode-se dizer que um indivíduo tem essa inteligência quando: 
- Gosta de criar trabalhos artísticos 
- Tem um alto senso de espaço 
- Sonha acordado com frequência 
4º) Inteligência corporal-cinestésica: Esse tipo de inteligência está relacionado a 
utilização eficiente do corpo. Geralmente, é expressa através da coordenação motora 
e sincronia entre corpo e mente. 
Indivíduos com a inteligência corporal-cinestésica normalmente gostam de praticar 
exercícios físicos e de criar objetivos que incluam o seu corpo. 
Através de sua alta sincronia entre corpo e mente, as pessoas com essa inteligência 
se dispõem a realizar atividades que exigem melhoria e tempo, por exemplo, um 
dançarino treina dias, às vezes, até meses para uma apresentação. 
Pode ser facilmente encontrada em dançarinos, lutadores, artesãos e até cirurgiões. 
Pode-se dizer que um indivíduo tem essa inteligência quando: 
- Tem um alto grau de consciência física e reconhece suas habilidades e limitações 
físicas; 
- Gosta de atividades manuais e arquitetura; 
- Tem uma boa disciplina em relação às atividades físicas 
5º) Inteligência musical: São existentes hoje, diversos tipos de inteligência. Sem 
dúvida, a teoria de Gardner, criador das inteligências múltiplas mostra que não é 
benéfico classificar nenhuma pessoa de modo estereotipado quando existem 
diversos talentos diferentes que podem ser potencializados. E um dos talentos mais 
importante é o musical. 
A inteligência musical é definida como a capacidade de compreender e identificar 
tons, timbres, ritmos e outros elementos relacionados ao som. A inteligência musical 
é facilmente notável em músicos, compositores, cantores, condutores, DJ’s, etc. 
Ela permite que o indivíduo crie, reconheça e reproduza elementos sonoros sem 
dificuldades, além de captar sons que outras pessoas não notariam. 
Um indivíduo possui alta inteligênciamusical quando: 
- É sensível a sons em geral; 
- Consegue discernir tons, timbres e ritmos; 
- Aprecia música e gosta de compor, cantar ou tocar. 
6º) Inteligência interpessoal: Pode ser conceituada como a aptidão para compreender 
e interagir com outras pessoas de forma fatual, mais desenvolvida naqueles com 
especial competência em lidar com as outras pessoas. 
5 
Esse tipo de inteligência implica diretamente na facilidade em se fazer entender 
perante outros. A inteligência interpessoal está ligada a atenção e sensibilidade na 
hora de notar o humor, sentimentos e temperamento de outras pessoas, bem como 
a facilidade em entender os outros. 
A inteligência interpessoal pode ser notada em professores, assistentes sociais, 
políticos, vendedores, atores, figuras públicas, etc. 
- Um indivíduo possui alta inteligência interpessoal quando: 
- Possui aptidão para liderança; 
- É sensível ao humor e sentimentos de outros; 
- Possui grande número de amigos. 
- Tem facilidade para analisar questões através de diversos pontos de vista; 
- Consegue entender pessoas com facilidade, incluindo suas tendências e 
características sutis. 
7º) Inteligência intrapessoal: A habilidade ou inteligência intrapessoal é definida como 
a capacidade de conhecer a si mesmo, respeitando seus próprios desejos, 
sentimentos, limitações e motivações, utilizando plenamente suas próprias 
competências. 
Consiste no autoconhecimento que está apto a direcionar planejamentos para a vida, 
implicando também em uma apreciação e respeito pela condição humana e seus 
ciclos. 
A inteligência intrapessoal é naturalmente encontrada em psicólogos, líderes 
espirituais e filósofos. 
Um indivíduo é tido com alta inteligência intrapessoal quando: 
- Possui grande força de vontade e independência; 
- Possui forte ciência dos seus sentimentos e age em conformidade; 
- Aprecia reflexões existenciais e busca o autoconhecimento constantemente; 
- Tende a ser tímido, introvertido ou ter poucos amigos. 
8º) Inteligência Naturalista: A inteligência naturalista é a oitava da teoria de Gardner, é 
definida como a facilidade em compreender a natureza e seus respectivos elementos, 
vivos ou não vivos. Nisso se tem a compreensão de animais, plantas, chuva, mar, 
terra, etc. 
A inteligência naturalista possui um grande papel na evolução do homem de forma 
que as noções de caça, plantio e colheita foram essenciais para a sobrevivência da 
espécie humana. 
Gardner propôs a inteligência naturalista em 1995, ou seja, 12 anos após a 
apresentação dos sete tipos originais de inteligência. 
Alguns profissionais se destacam de modo evidente por sua inteligência naturalista. 
Os biólogos, botânicos e veterinários são um exemplo disso. 
6 
- Um indivíduo possui alta inteligência naturalista quando: 
- Possui facilidade em lidar com animais; 
- Possui gosto pela natureza; 
- Possui interesse e aptidão para entender fenômenos naturais como a chuva, 
ventanias, neve, etc. 
9º) Inteligência existencial: Proposta por Gardner em 1999, a inteligência existencial é 
pontuada como a sensibilidade e capacidade na abordagem de questões reflexivas 
sobre a existência humana, tais como o sentido da vida, por que morremos e como 
chegamos aqui. Consiste na habilidade de entender essas questões e temas 
espirituais. 
Esse tipo de existência é manifestado através de um intenso interesse por buscar 
respostas sobre esse tipo de assunto. A inteligência existencial é muito comum em 
líderes espirituais, teólogos e filósofos. Um indivíduo possui alta inteligência 
existencial quando: Possui forte interesse por questões relacionadas à existência, 
como a morte, o universo, à origem da vida, etc. 
Veja também este vídeo com uma explicação mais aprofundada dos 9 tipos de 
inteligência conforme Gardner: 
 
QUAIS OS 9 TIPOS DE INTELIGÊNCIA E QUAL É A SUA? 
 
 
 
https://youtu.be/M0p1-B0fjpA
https://youtu.be/M0p1-B0fjpA
7 
3ºConhecimento X Comportamento 
Por mais que você possa conhecer suas emoções e saiba lidar com elas, é preciso 
colocar todo esse conhecimento em prática para que seja possível ter um efeito 
positivo em sua vida. Ao aplicarmos todo esse fundamento em nossas rotinas, 
inserindo-os em nossos comportamentos é possível que haja um grande impacto não 
só em si mesmo e em pessoas ao seu redor, mas sim na sociedade como um todo. 
Mas como saber se isso realmente acontece? 
Em 1956, o professor Donald L. Kirkpatrick criou um modelo de avaliação de 
aprendizagem, focado em treinamentos corporativos, denominado Modelo 
Kirkpatrick. Em 2005, junto com James D. Kirkpatrick, foi lançado o livro “Transformando 
Conhecimento em Comportamento”, no qual afirmavam que a transformação dos 
conhecimentos em comportamento se dá efetivamente por meio de treinos 
constantes, possibilitando o desenvolvimento de habilidades, incorporando-as ao 
comportamento pessoal do indivíduo. 
Com o passar dos anos este modelo foi aprimorado, mas continua seguindo seus 
princípios básicos, ganhando cada vez mais importância nos processos de 
treinamento e desenvolvimento em organizações do mundo todo. O professor 
responsável pelo seu desenvolvimento, dizia que um colaborador satisfeito com um 
treinamento (reação) faria melhor proveito daquele conteúdo passado 
(aprendizagem). Portanto, aplicaria e disseminaria o que aprendeu na rotina de 
trabalho (comportamento) e, como consequência, produziria um efeito positivo em 
cadeia, resultando em maior produtividade e retorno para a empresa (resultados). 
Desta forma, este processo acontece em quatro níveis: 
Nível 1 - Reação: tem como base o engajamento, relevância e satisfação do cliente, 
tendo como função medir a percepção dos treinados a respeito da aprendizagem. 
Nível 2 - Aprendizagem: até que ponto o indivíduo foi capaz de aprender de modo 
efetivo? Isso é verificado por meio de conhecimento, habilidades e, principalmente, 
atitudes daquele que recebeu o treinamento, uma vez que, se ele de fato aprendeu, 
sua produtividade e motivação para trabalhar será maior do que antes. 
Nível 3 - Comportamento: é aplicação do conhecimento em atitudes – o comportamento 
mudou em consequência disso? quanto mudou? - processos e sistemas que 
reforçam, apoiam, monitoram e recompensam a demonstração de mudança no 
comportamento durante o trabalho indicam o sucesso do treinamento 
Nível 4 - Resultados: por meio da classificação das mudanças comportamentais em 
função do novo conhecimento e treinamento adquirido chegamos ao resultado: a 
transformação foi eficaz? Para isso é preciso observar quais são os principais 
indicadores durante o treinamento para que possam ser alcançados os resultados 
esperados. Com isso é possível perceber em quais áreas ainda é necessário 
aprimoramento. 
8 
 
Treinamento é um ato intencional de fornecer os meios para possibilitar a 
aprendizagem. Aprendizagem é um fenômeno que surge dentro do indivíduo como 
resultado de seus esforços. Esta, por sua vez, propicia uma mudança no 
comportamento e ocorre no dia a dia de todos os indivíduos. 
Quando esse procedimento acontece, atitudes se tornam mais favoráveis em diversas 
situações. Por mais que seja um processo realizado em empresas, está relacionado 
com a inteligência emocional de diversas maneiras. Ao dispormos de mudanças 
comportamentais que nos possibilitam sermos empáticos (lembrando que empatia é 
um dos pilares de Goleman), presenciamos ocasiões em que, por exemplo, pessoas 
em cargos superiores em uma empresa se sensibilizam com os sentimentos e 
reações dos seus funcionários, tomando atitudes que provavelmente não tomariam 
caso o treinamento não tivesse ocorrido. 
Aplicação do modelo na IE 
O comportamento no trabalho é afetado diretamente pelos estados emocionais dos 
empregados. Aqueles que possuem inteligência emocional são sempre mais 
motivados em suas atividades. Isso acontece porque, por conhecer suas emoções e 
possuírem a habilidade decontrolá-las, não permitem que seus sentimentos 
atrapalhem no decorrer da sua rotina, consequentemente têm maior produtividade e 
motivação do que pessoas com um QE mais baixo. Empatia, como já mencionado, é 
um dos pilares de Goleman mas também é um tipo de comportamento de pessoas 
que possuem QE elevado. Elas não são capazes de desvalorizar os sentimentos 
alheios, na verdade se importam com eles. 
Ainda em seu livro “Inteligência Emocional” (1995), Daniel exibe o seguinte exercício, 
o qual relata fazer parte de um teste psicológico criado por Suzanne Miller, psicóloga 
da Universidade Temple: 
“Imagine por um instante que você está num avião voando de Nova York para São Francisco. É 
um vôo tranqüilo mas, quando se aproxima das montanhas Rochosas, o piloto fala pelo 
altofalante: 
- Senhoras e senhores, vamos entrar numa área de turbulência. Por favor, retornem às suas 
poltronas e apertem os cintos. 
Aí, o avião entra em turbulência, a mais forte pela qual você já passou, jogando para cima e para 
baixo, para um lado e para outro, como uma bola nas ondas do mar. O que você faz numa situação 
9 
dessas? É daquelas pessoas que metem a cara num livro ou revista, ou continuam vendo o filme 
que está passando, desligando-se da turbulência? Ou é mais provável que pegue o manual que 
dá as instruções de emergência para rever as precauções, que observe a equipe de bordo para 
detectar sinais de pânico, ou que apure o ouvido para os motores, para ver se há alguma coisa 
digna de preocupação?” 
As respostas para essas perguntas são devidamente caracterizadas por uma situação 
de apuro, na qual você não tem certeza do que irá acontecer em seguida. Além disso, 
essa situação propõe dois prováveis modelos de reações em circunstâncias em que 
se faz necessário desenvolver uma atividade nova, que exige que você se reinvente: 
MODELO REATIVO: por ter autoconsciência das suas emoções, você pode ir para uma 
zona de medo e pânico, que gera uma zona de reação com muito estresse e 
ansiedade com nostalgia, ou seja, uma reação negativa que gera bloqueio com novas 
oportunidades e conhecer novas pessoas que pensam diferentes de você. 
A zona de reação gera uma zona de superação com desgaste emocional, na qual 
você lamenta não ter feito de maneira diferente. Este modelo acontece geralmente 
com aqueles que se fixam em uma situação de apuros, acabam tendo reações 
exageradas que levam a um intenso desgaste emocional justamente por reagirem de 
forma mais intensa, o que ocorre muitas vezes pela falta de controle dos próprios 
sentimentos, mesmo que tenha consciência deles. 
MODELO ANTIFRÁGIL: neste modelo você vai para uma zona de curiosidade que leva 
a uma zona de preparação, na qual você está em uma zona de aprendizado. Isso se 
assemelha, de certa forma, ao Modelo de Kirkpatrick, se essa situação for vista como 
se fosse um treinamento. Você pode errar, mas aprende com os erros, expande as 
novas habilidades, isso gera uma zona de superação e resultado que dá crescimento. 
Neste modelo, o desafio é superado diariamente, mas para que isso aconteça é 
preciso experimentar, validar, verificar e melhorar todos os dias. Aqui é onde se tem 
controle das suas emoções, sem permitir que elas o desgastem. Geralmente pode 
ser observado em pessoas com alto QE, uma vez que ao permitirem o 
autoconhecimento de suas emoções, podem antecipar prováveis reações, o que faz 
com que tenham mais autocontrole, sem que uma nova situação leve ao cansaço 
mental. Caso isso aconteça em uma empresa, um líder com estas características é 
capaz de trazer certa tranquilidade aos funcionários em um momento que seria de 
desespero. 
Uma pessoa antifrágil também se diferencia de uma pessoa resiliente. Este último irá 
mudar e se transformar diante a uma situação de mudança e estresse, e superar essa 
fase voltando a neutralidade. Um exemplo disso é o bambu, que se transforma com 
o vento, mas volta para sua forma neutra, sendo que com o passar do tempo ele 
enrijece. 
O antifrágil consegue superar a questão da mudança e da crise com aprendizados e 
evolução pessoal, é como o músculo do corpo humano, que quebra a rigidez e cresce 
com o tempo. 
Sendo assim, podemos destacar que pessoas com inteligência emocional elevada 
são capazes de controlar suas emoções. Isso acaba interferindo no modo como se 
comportam, já que o conhecimento é aplicado em suas atitudes diárias, como quando 
10 
possuem empatia por outra pessoa. A empatia é um ato de extrema importância, 
afinal ela auxilia em uma melhor relação com quem está ao seu redor, sendo possível 
uma sociabilidade ainda mais impactante e superior. 
Veja neste vídeo uma reflexão sobre o tema: 
Você é resiliente ou antifrágil? 
 
 
4ºPodemos Mudar o Comportamento das Outras Pessoas? 
Sim, porém devemos lembrar que cada um de nós é único e nossas experiências no 
decorrer da vida não são iguais. Também sabemos que o conhecimento das técnicas, 
aqui descritas podem não ter chegado ainda a todas as pessoas com as quais nos 
relacionamos. 
 
https://youtu.be/ScJ9r0OSt24
https://youtu.be/ScJ9r0OSt24
11 
Portanto é mais coerente que nós possamos aprender a flexibilizar nossos filtros 
comportamentais antes de promovermos qualquer mudança no comportamento 
alheio, pois toda ação pede uma reação e os iguais se atraem. Ex.: só posso ter um 
ambiente de trabalho em equipe, bem-sucedido, se eu aprender a trabalhar em 
equipe tão bem que o meu comportamento contagie o comportamento dos meus 
companheiros, ou seja, é através dos meus estímulos sinceros que posso promover 
todas as mudanças desejadas no mundo. Aliás, relacionamentos podem se dividir em 
dois tipos: os do tipo tênis e os do tipo frescobol. 
O objetivo do jogo de tênis é o de derrotar o adversário. Joga−se tênis para fazer o 
outro errar. Nele o bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do 
outro. O adversário, incapaz de devolver a bola, conclui a sua derrota. 
O prazer do tênis enfim, é quando um dos dois jogadores é colocado fora do jogo; um 
está alegre porque ganhou, o outro está triste porque perdeu. 
O frescobol no entanto, muito parecido com o jogo de tênis, se diferencia por não ter 
adversário. 
É preciso que nenhum dos jogadores perca para o jogo ser bom, ou os dois ganham 
ou ninguém ganha. O que se deseja é que ninguém erre, pois não há adversário a 
ser derrotado. 
Quando um erra fica chateado, e o que provocou o erro também, mas não tem 
importância: começa−se de novo o jogo onde ninguém marca pontos. 
Nos relacionamentos do tipo tênis é assim: um recebe as palavras, os sonhos do 
outro, e com críticas os destroem. 
Nos relacionamentos do tipo frescobol é diferente: um recebe do outro as palavras 
como ensinamentos, os sonhos como algo delicado que vem do coração. Ninguém 
ganha e se deseja então estar sempre junto, para que o jogo nunca tenha fim... 
“Fabricar álibis, ou desculpas, com as quais justificamos os fracassos, é um passatemponacional.” 
O hábito é tão velho quanto à raça humana e fatal para o sucesso na vida! 
Porque as pessoas se apegam as suas desculpas favoritas? A resposta é clara. 
Defendem−nas porque foram elas que as criaram! A desculpa é filha da imaginação 
do homem − é próprio da natureza humana defender os filhos de nossa mente. 
Se tivermos a coragem de nos vermos como realmente somos, descobriríamos o que 
há de errado conosco e corrigiríamos. 
Em seguida, poderíamos ter a oportunidade de aproveitar os nossos erros, para 
aprender alguma coisa com a experiência dos outros... Pois se nada estivesse errado 
conosco, estaríamos agora onde deveríamos estar se tivéssemos passado mais 
tempo analisando nossas fraquezas e menos tempo inventando desculpas para elas. 
 
12 
5ºUso da Inteligência Emocional no Mundo Atual e sua Importância 
Daniel Goleman é um psicólogo PhD conhecido mundialmente por ser considerado o 
pai da Inteligência Emocional. O profissional se perguntou sobrealgo 
tradicionalmente utilizado por contratadores, sejam eles de empresas grandes ou 
pequenas, para admitir seus funcionários. O Quociente de Inteligência (QI) é 
extremamente conhecido como o requisito inquestionável para verificar a excelência 
de alguém. Mas seria esta a melhor maneira de verificar a competência de uma 
pessoa? Goleman afirma que não, o mundo de hoje não aceita mais que a capacidade 
do indivíduo reter informações seja capaz de predizer o seu sucesso. Ele defende a 
ideia de que o modo como uma pessoa lida com suas emoções e as dos outros é 
muito mais importante do que o QI. 
As pesquisas de Goleman seguiram tendo como foco o mundo dos negócios. 
Executivos de grandes empresas foram analisados para que pudesse constatar quais 
habilidades faziam com que se destacassem, tendo como resultado a inteligência 
emocional. Grandes líderes e administradores possuem altos índices de IE, sendo 
extremamente aptos para reconhecerem e entenderem a necessidade dos outros, 
retendo mais talentos e tendo melhores relações com seus colegas de trabalho, bem 
como seus superiores. Se você deseja inspirar e engajar pessoas, melhorar o 
desempenho do seu time e se destacar como líder, precisa estar preocupado em 
desenvolver sua IE. 
Em estudos, o psicólogo demonstra que a inteligência emocional chega a ser duas 
vezes mais importante em pessoas com altos índices de produtividade quando 
comparado às suas capacidades técnicas e QI, sem ter relação direta com o cargo 
que esses indivíduos ocupam na empresa. Além disso, o QE é importante porque um 
líder com estas características consegue sempre estar aberto a sugestões, delegando 
tarefas aos seus funcionários para que eles também tomem decisões importantes, 
mesmo não ocupando cargos maiores. 
Atualmente, este âmbito é o que mais aplica o conceito apresentado pelo psicólogo 
em 1995. O impacto da IE no mundo dos negócios foi tão grande que o conceito se 
tornou uma maneira de educação para adultos, fazendo com que funcionários 
desenvolvam suas habilidades intrínsecas de liderança. A Harvard Business Review 
aclamou a inteligência emocional como “uma ideia inovadora, capaz de destruir 
paradigmas”, uma das ideias empresariais mais influentes da década. O QE está se 
tornando uma das principais ferramentas em contratação, promoção e 
desenvolvimento de trabalhadores, empresas como Johnson & Johnson já utilizam 
esta ferramenta para tal fim. 
Com isso, fica evidente que precisamos cada vez mais nos inovar a aprofundar 
nossos conhecimentos não somente nas informações, dados concretos e fatos. 
Também é necessário que saibamos reconhecer emoções e controlar nossos 
próprios sentimentos, afinal de nada adianta possuir QE elevado se o temperamento 
pessoal não está controlado. 
Por esse motivo, é extremamente importante desenvolvermos nossa inteligência 
emocional e o primeiro passo para isso é o autoconhecimento. O autocontrole 
emocional e empatia podem ser habilidades mais poderosas e benéficas quando 
13 
comparadas às competências mentais e cognitivas. Saber balancear os pilares 
descritos pelo psicólogo em junção com o aperfeiçoamento da sua IE faz com que o 
indivíduo se torne uma pessoa melhor em todos os campos da sua vida, seja ele o 
profissional ou o particular. 
As vantagens de se ter inteligência emocional são profundamente amplas, dentre elas 
podemos destacar: 
1º) Consciência emocional: conhecendo suas emoções e como elas são expressas, 
é possível determinar como elas afetarão aqueles à sua volta; 
2º) Autorregulação: regular suas atitudes antes que elas aconteçam, tomando 
decisões mais assertivas; 
3º) Gerenciamento das emoções de uma equipe: perceber e gerenciar suas próprias 
emoções faz com que seja mais fácil para identificar os sentimentos dos outros, 
permitindo que conflitos sejam antecipados e resolvidos antes que eles possam 
acontecer de fato; 
4º) Desenvolvimento de uma comunicação rápida e eficiente: a facilidade na 
comunicação faz com que esta seja realizada de forma mais assertiva, possibilitando 
avaliar as respostas das outras pessoas envolvidas na situação 
Saiba mais com a aula abaixo, com algumas dicas e benefícios do uso da inteligência 
emocional: 
 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: O que é, Benefícios e Como 
Desenvolver | Daniel Goleman 
 
 
https://youtu.be/mgGpIMaPAKQ
https://youtu.be/mgGpIMaPAKQ
https://youtu.be/mgGpIMaPAKQ
14 
6ºNeurofisiologia das Emoções 
Emoções: A palavra “emoção” tem origem no latim: movere (mover, 
pôr em movimento). A ideia de emoção como conceito traz um 
movimento de externalizar as necessidades internas mais 
importantes que uma pessoa tem. As emoções constituem parte 
daquilo que consideramos serem os principais motivos 
provocadores dos comportamentos humanos. As emoções, por 
muitas vezes, desencadeiam ações do ser humano de maneira tão 
espontânea que a pessoa em questão raramente percebe que foi 
uma emoção que despertou um pensamento, uma ação ou uma 
atitude. As emoções possuem duas qualidades que as determinam: 
são reações psicológicas incontroláveis e possuem reações físicas. 
Quando uma pessoa sente uma emoção, a maneira como ela o faz 
é subjetiva e, além de acontecer de uma maneira única e 
incomparável para cada pessoa poderá ter diversos níveis de 
intensidade diferentes, podendo, muitas vezes, ser de tamanha 
intensidade a ponto de a pessoa em questão ser, temporariamente, 
completamente tomada pela emoção. Como exemplo disso, basta 
pensar em uma pessoa que enfrenta uma situação na qual perde o 
controle de si mesma, realizando coisas das quais se arrepende, e, 
imediatamente após reencontrar certa tranquilidade, argumenta não 
ter sido ela mesma ou ter sido tomada por algo. Até mesmo no 
Código Penal do Brasil temos a figura legal de “calor do momento”, 
na qual se reconhece que, dependendo do limiar emocional ao qual 
um indivíduo é levado, ele poderá agir de maneira atípica e sem dolo 
ou culpa no acontecimento. 
O psicólogo Paul Ekman (1934-) afirma que o ser humano possui 
cinco emoções básicas: felicidade, tristeza, nojo, medo e raiva. 
Ekman afirma, também, que a surpresa seria uma espécie de sexta 
emoção, pois, afinal, também possui a característica de ser uma 
reação psicológica incontrolável e de resultar em reações físicas. 
Vale dizer que cada uma das emoções é tanto desencadeada como 
vivida de maneiras diferentes por cada pessoa em cada momento. 
FELICIDADE 
Dentro do conjunto das emoções às quais o ser humano tem acesso, 
a felicidade é a que a maior parte das pessoas persegue e deseja 
15 
ao máximo. A felicidade é tida como prazerosa e satisfatória, 
dizendo respeito à possibilidade de nela encontrar contentamento, 
diversão e alegria. 
Basicamente, a felicidade faz com que a pessoa se sinta bem. Ao 
experienciar momentos de felicidade, a linguagem corporal tende a 
trazer à tona um estado mais relaxado, o sorriso e, também, um tom 
de voz mais animado e agradável. Suas variações estão entre a 
serenidade e o êxtase. A felicidade costuma deixar as pessoas com 
um prisma mais bonito sobre a vida e, constantemente, é associada 
à saúde individual e coletiva. A felicidade também é vinculada à 
produtividade e à capacidade de as pessoas lidarem com frustração 
e momentos de desamparo. 
TRISTEZA 
Ao contrário da felicidade, a tristeza não é uma emoção muito 
desejada pelas pessoas. É considerada uma emoção transitória, ou 
seja, ela geralmente é uma reação emocional a um conjunto de 
acontecimentos e tende a se dissipar conforme esses eventos são 
resolvidos ou esquecidos. Muitas vezes, a tristeza está ligada a 
sentimentos de desapontamento, desilusão, luto, e desinteresse. As 
reações mais comuns que a tristeza traz ao indivíduo são quietude, 
mágoa, choro, irritabilidade, letargia e isolamento. O nível em que 
essas reações se apresentam varia e, no geral, está completamente 
ligado ao motivo que originou a emoção e ahabilidade com a qual a 
pessoa em questão lida com frustrações, problemas e tragédias. 
NOJO 
É considerado, também, uma emoção transitória, ou seja, ele 
geralmente é uma reação emocional a um acontecimento, um objeto 
ou um conjunto de acontecimentos e, conforme eles são 
solucionados ou esquecidos, a emoção tende a se dissipar. A reação 
mais comum ao nojo, no geral, consiste na tentativa de evitar aquilo 
que desencadeia tal emoção. O nojo traz uma sensação de que algo 
não é agradável ou mesmo de que algo é desprezível. A reação de 
se afastar daquilo que traz a sensação frequentemente ocorre junto 
de sensações como a ânsia de vômito ou com o próprio ato de 
vomitar, afastar-se fisicamente do objeto, torcer o nariz, tampar o 
nariz, fechar os olhos etc. Os objetos de atenção que desencadeiam 
16 
o nojo podem ter as mais diversas naturezas. Podem dizer respeito 
a um gosto ou cheiro ruim ou algo desagradável aos olhos daquele 
que observa. Pode ser um alimento, algo ou alguém que pareça ter 
pouca higiene, corpos, sangue, fungos, coisas em decomposição, 
alguns animais, coisas que podem transmitir doenças, coisas ou 
pessoas mortas. O nojo é algo bastante subjetivo e pode vir a ser 
bem específico em cada pessoa. Algumas pessoas podem ter nojo 
das coisas mais inesperadas para outros, como o nojo de usar 
sandálias nas ruas. Outras pessoas podem ter nojo vinculado a 
questões raciais e racistas. O nojo é algo extremamente diferente 
para cada ser humano tanto em relação àquilo que o desencadeia 
como à reação que o indivíduo terá perante ele. É importante atentar 
para o fato de que o nojo é uma emoção que traz consigo caráter de 
sobrevivência, colocando o indivíduo em uma disponibilidade para 
afastar-se daquilo que sente que é ruim, prejudicial, nocivo ou até 
mesmo perigoso, contudo, seu excesso pode o privar de diversas 
experiências, tornar-se formas de preconceito ou até mesmo de 
mania, obsessão ou paranoia. 
MEDO 
É uma emoção intensa e com papel muito importante no que diz 
respeito à sobrevivência do ser humano. Quando uma pessoa sente 
essa emoção, ela entra naquilo que chamamos de estado de luta ou 
estado de sobrevivência. Seus músculos ficam rígidos e tensos, a 
frequência de seus batimentos cardíacos e de sua respiração 
aumenta e sua mente e seus órgãos sensoriais ficam em estado de 
alerta, dando a sustentação para que o seu corpo reaja à situação, 
seja ficando para lutar, seja correndo. Os níveis de hormônios e 
respostas neurológicas também reagem ao medo com a mesma 
finalidade, a de evitar riscos e sobreviver a qualquer custo. 
O medo traz diversas características presentes na linguagem 
corporal e na expressão facial, tais como uma abertura maior ou 
mesmo exagerada dos olhos, busca de fuga, esconder-se ou lutar, 
abertura da boca ou ranger dos dentes, tremores, aumento da 
sudorese e diversas outras. Sentir medo varia desde ter pequenas 
apreensões diante de alguns fatores até o próprio terror. O medo 
pode também levar à completa paralisação de um indivíduo perante 
17 
uma situação de risco, quando o terror o domina e ele fica sem 
reação, o que dificulta sua capacidade de protagonismo na situação 
e, por consequência, na sobrevivência do evento em questão. O 
medo em excesso pode levar a uma diversidade de quadros 
patológicos, tais como ansiedade, síndrome do pânico, paranoia e 
depressão. 
RAIVA 
Pode se tornar uma emoção bastante intensa, poderosa e perigosa. 
Ela, no geral, é caracterizada por sentimentos de hostilidade, 
agressividade, agitação, frustração e antagonismo ao próximo. 
Assim como no caso mencionado anteriormente, o do medo, a raiva 
pode desenvolver um papel fundamental para a sobrevivência tendo 
ligação com o estado de luta/sobrevivência. Quando algo coloca 
uma pessoa em risco, a raiva pode ser um fator que traz a 
possibilidade de defesa e proteção da vida através de, até mesmo, 
atos violentos e intensos como maneira de eliminar o perigo. A raiva 
também traz diversas alterações hormonais, endócrinas e 
neurológicas. Manifesta-se através da linguagem corporal e da 
expressão facial de diversas formas, tais como o ato de encarar ou 
ficar com o rosto carrancudo, gritar, enrubescer, aumento da 
sudorese, olhos arregalados, ranger dos dentes e comportamentos 
típicos das extremidades do corpo, como socar e chutar. Sua 
variação está entre a irritação e a fúria e sua principal qualidade 
positiva é que ela coloca a pessoa em movimento, pois é na raiva 
que alguém tende a ter mais ímpeto e iniciativa para resolver aquilo 
que ameaça ou frustra. 
Uma maneira divertida e interessante de entrar em contato com a 
ideia de emoções e como elas acabam por orientar muitas de nossas 
atitudes, posturas, ações e pensamentos é assistir ao filme 
DivertidaMente, da Pixar. 
É uma caricatura bastante simples da influência e das variações na 
forma como a emoção atinge a vida do ser humano. 
A figura a seguir apresenta uma correlação de emoções mais 
complexas resultantes da combinação de duas emoções mais 
básicas, apenas como um modelo ilustrativo sobre as múltiplas 
emoções e a complexidade com a qual o campo emocional atua em 
18 
nossas vidas, já que é possível estar feliz e triste ao mesmo tempo, 
com raiva e nojo ao mesmo tempo e, também, todas as demais 
combinações. 
 
Ekman define surpresa como uma emoção básica e não como uma 
combinação de felicidade e medo. Isso porque a surpresa deriva de 
uma reação a algo inesperado. 
Traz a comum reação de abertura de olhos e bocas, saltos para trás 
e gritos, sensação de choque ou, às vezes, de paralisia. As 
surpresas, assim como as demais emoções, podem ser boas e ruins 
e são elas que facilitam a construção e a permanência de memórias 
afetivas. 
Sua variação pode ser desde uma pequena distração até um grande 
maravilhamento. A surpresa pode se dar diante de um susto que 
desencadeia um comportamento destinado à sobrevivência. A 
19 
surpresa pode acontecer quando alguém faz algo maravilhoso ou 
terrível sem que isso fosse esperado. 
De toda maneira, emoções são bases do comportamento humano e, 
no geral, são automáticas. Reconhecer a maneira como elas se 
manifestam e usar esse conhecimento de forma racional é o que a 
psicologia chama de sentimento. Saber que uma situação deixou a 
pessoa melhor ou pior do que ela estava anteriormente pressupõe 
uma atribuição de valor para a situação e o sentimento é a aplicação 
racional desse valor estabelecido. Fazer coisas (ou não fazer outras 
coisas) para que o próximo se sinta bem, acolhido, querido, cuidado, 
respeitado e/ou apreciado tem muito a ver com isso. Toda cultura 
tem diversos padrões e rituais com a finalidade de trazer bons 
sentimentos ao próximo. Desde oferecer um copo d’água para 
aquele que vem à sua porta até amparar o desconhecido que se 
encontra em intenso sofrimento e/ou desamparo. 
Lidar com as emoções e favorecer um processo de 
autoconhecimento e autoconsciência acerca de suas próprias 
emoções é fundamental, como mencionado no primeiro capítulo do 
presente trabalho. 
• É fundamental para que não sejamos escravos de nossas emoções 
e sentimentos. 
• É fundamental para que possamos ter empatia. 
• É fundamental para que possamos compreender o outro e entrar 
em contato com ele. 
• É fundamental para aumentar o êxito em nossa sobrevivência e 
vida. 
• É fundamental para nos relacionarmos com os outros e sermos 
queridos por eles. 
• É fundamental para o autocontrole. 
• É fundamental para tudo aquilo que diz respeito ao 
desenvolvimento e ao cuidado consigo mesmo e com os outros. 
Saiba mais com esta aula que aprofunda a explicação da Fisiologia 
das Emoções: 
Aula 12 - Fisiologia das Emoções 
https://youtu.be/SfF0e-O7su0
20 
 
 
7º12 Estratégias para ter mais Inteligência Emocional 
Não sabe por que ficou tão chateado depois da última conversa com 
o seu chefe? Ficou perplexo com o mauhumor do seu colega 
durante o almoço? Talvez a sua rotina seja marcada por menos 
“mistérios” se você desenvolver sua inteligência emocional. 
Mas, se você fica confuso com os altos e baixos emocionais do seu 
ambiente de trabalho, não se preocupe: você não está sozinho, a 
deficiência na interpretação e na gestão de sentimentos é 
epidêmica. 
Apenas 36% das pessoas conseguem identificar suas próprias 
emoções, segundo um estudo feito por Travis Bradberry e Jean 
Greaves, autores do livro “Emotional Intelligence 2.0” (Inteligência 
emocional 2.0), da TalentSmart. 
Feita com mais de 500 mil pessoas ao longo de uma década, a 
pesquisa demonstra que essa competência, além de rara, é muito 
valiosa. O chamado QE, ou quoeficiente emocional, está ligado a 
58% do sucesso profissional em qualquer carreira. 
21 
A boa notícia, é que esse tipo de inteligência pode ser treinado. “É 
possível trabalhá−la em quatro eixos: autopercepção, percepção 
social, autogestão e gestão de relacionamentos”, afirma. 
Seguem algumas estratégias para se desenvolver em cada um 
desses âmbitos: 
AUTOPERCEPÇÃO 
1º) Identifique os “gatilhos” das suas emoções. Se você tem alguma 
reação a um evento, pare e procure descobrir por que você está se 
sentindo tão nervoso ou tão aliviado, por exemplo. 
2º) Visite os seus valores. Saber o que é importante para você 
contribui para o seu autoconhecimento e ajuda a prever as suas 
próprias reações. 
3º) Procure feedback dos outros. Saber o que as pessoas pensam 
das suas atitudes − e estar aberto a essas opiniões − ajuda a 
conhecer melhor o seu próprio modo de ser. 
AUTOGESTÃO 
4º) Conte até dez. Para “esfriar o sistema” e elevar o nível das suas 
respostas, a dica é esperar um tempo antes de agir. Atrasar a sua 
reação emocional pode evitar desgastes desnecessários causados 
por uma “explosão”. 
5º) “Durma sobre o problema". Deixar uma decisão difícil para o dia 
seguinte, após uma noite de sono restauradora, pode arejar as 
ideias e garantir um comportamento mais tranquilo. 
6º) Saiba que as mudanças estão “na esquina”. A consciência de que 
os vínculos e os conflitos são passageiros aumenta a sua resiliência. 
Você aguenta melhor o impacto dos problemas se sabe que eles vão 
ter fim. 
PERCEPÇÃO SOCIAL 
7º) Chame as pessoas pelo nome. O hábito desarma e faz o outro 
“baixar a guarda”. Com esse vínculo criado, você terá um acesso 
mais fácil às emoções alheias. 
8º) Limpe a mente de distrações ao interagir socialmente. Esqueça o 
resto das suas preocupações e fixe a sua atenção na outra pessoa. 
22 
Isso porque é impossível perceber as emoções do outro se você não 
é capaz de ouvi−lo. 
9º) Observe as pessoas. Quando você não estiver participando de 
uma cena, assista a ela. Estudar o modo como os outros falam, riem 
e interagem pode dar dicas valiosíssimas sobre como se relacionar 
com eles. 
GESTÃO DE RELACIONAMENTOS 
10º) Seja curioso a respeito dos outros. Se você demonstra interesse 
em conhecer uma pessoa, cresce exponencialmente a sua 
capacidade de influenciá−la no ambiente de trabalho. 
11º) Explique as suas decisões, não apenas tome−as. Comunicar 
frequentemente os motivos das suas atitudes contribui para que os 
outros compreendam você e se tornem seus aliados. 
12º) Use expressões para a correção de conflitos. Pedir desculpas 
nunca é demais. Outra dica é trazer para si o motivo da briga no 
discurso. É melhor dizer uma frase como “eu fiz algo que afetou 
você” do que “você fez algo que me afetou”. Se o outro entende que 
você não o culpa pelo problema, aumentam as chances de 
reconciliação. 
Veja esta interessante palestra com algumas técnicas para 
aumentar a sua inteligência emocional: 
COMO TER INTELIGÊNCIA EMOCIONAL (6 passos) 
https://youtu.be/hC4H2q5u_4k
23 
 
 
8ºImportância das Emoções 
Sobrevivência: Nossas emoções foram desenvolvidas naturalmente 
através de milhões de anos de evolução. Como resultado, nossas 
emoções possuem o potencial de nos servir como um sofisticado e 
delicado sistema interno de orientação. Nossas emoções nos 
alertam quando as necessidades humanas naturais não são 
encontradas. Por exemplo, quando nos sentimos sós, nossa 
necessidade é encontrar outras pessoas. Quando nos sentimos 
receosos, nossa necessidade é por segurança. 
Quando nos sentimos rejeitados, nossa necessidade é por 
aceitação. 
Tomadas de Decisão: Nossas emoções são uma fonte valiosa da 
informação. Nossas emoções nos ajudam a tomar decisões. Os 
estudos mostram que quando as conexões emocionais de uma 
pessoa estão danificadas no cérebro, ela não pode tomar nem 
mesmo as decisões simples. Por que? Porque não sentirá nada 
sobre suas escolhas. 
24 
Ajuste de limites: Quando nos sentimos incomodados com o 
comportamento de uma pessoa, nossas emoções nos alertam. Se 
nós aprendermos a confiar em nossas emoções e sensações isto 
nos ajudará a ajustar nossos limites que são necessários para 
proteger nossa saúde física e mental. 
Comunicação: Nossas emoções ajudam-nos a comunicar com os 
outros. Nossas expressões faciais, por exemplo, podem demonstrar 
uma grande quantidade de emoções. Com o olhar, podemos 
sinalizar que precisamos de ajuda. 
Se formos também verbalmente hábeis, juntamente com nossas 
expressões teremos uma possibilidade maior de melhor expressar 
nossas emoções. Também é necessário que nós sejamos eficazes 
para escutar e entender os problemas dos outros. 
União: Nossas emoções são talvez a maior fonte potencial capaz de 
unir todos os membros da espécie humana. Claramente, as 
diferenças religiosas, cultural e política não permitem isto, apesar 
dar emoções serem "universais". 
Veja também o vídeo 'O que são emoções?' 
O QUE SÃO EMOÇÕES? 
 
 
https://youtu.be/GyFQj64amhY
25 
 
9ºInteligência Interpessoal 
É a habilidade de entender outras pessoas: o que as motiva, como 
trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. 
 
Nós vivemos em sociedade, e como tal devemos ter habilidade de 
conviver bem com outras pessoas. A inteligência interpessoal está 
ligada justamente às nossas habilidades sociais e de 
relacionamento. 
Uma pessoa de forte inteligência interpessoal tem maior habilidade 
para entender as outras pessoas, suas emoções, necessidades, 
motivações e intenções. Sabe como se relacionar com elas de forma 
que se cria um ambiente favorável para a relação. 
Dessa forma, é uma pessoa que consegue gerenciar suas relações 
com mais efetividade. Tem facilidade para conquistar amigos e 
habilidade para lidar com pessoas difíceis. É geralmente uma 
pessoa extrovertida e que consegue trabalhar bem com diversos 
outros tipos de pessoas. Tem bom relacionamento interpessoal. 
Alguém com habilidade interpessoal consegue expressar seus 
desejos e vontades com clareza e sem ofender ou conquistar 
antipatia dos outros. 
26 
Algumas das principais características de pessoas com inteligência 
interpessoal são: 
- Têm empatia 
- São extrovertidas 
- Compreendem as emoções alheias 
- São simpáticas 
- Entendem as normas sociais 
- Gostam de conhecer novas pessoas 
- Possuem facilidade de interação com os outros 
- Têm carisma 
- São bem-humoradas 
- Conseguem estabelecer uma relação de confiança com rapidez 
- São bons comunicadores 
- Têm habilidade de liderança 
- Possuem habilidade de conectar-se com outras pessoas 
- São socialmente influentes 
- Possuem habilidade de entender tanto a comunicação verbal como 
a não verbal 
- Têm grande poder de resolução de conflitos. Conseguem reduzir a 
tensão e promover harmonia. 
- Têm um bom relacionamento com pessoas de todos os tipos 
- Sabem utilizar-se de tato e diplomacia nas relações 
- Praticam escuta ativa para compreender as demais pessoas 
As carreiras que mais demandam inteligência interpessoal são 
aquelas que exigem maior relacionamento entre pessoas. Alguns 
exemplos são: 
- Gerentes e diretores 
- Professores 
- Médicos 
27 
- Advogados- Psicólogos 
- Políticos 
- Vendedores 
- Diplomatas 
- Atores 
Pessoas com capacidade interpessoal se dão bem com a interação 
social e costumam ter bastante autenticidade. Rapidamente 
conseguem estabelecer uma relação de confiança com outros. 
Geralmente são pessoas com muitos amigos e outros gostam de 
estar à sua volta. 
Seguidamente as pessoas buscam sua ajuda e conselhos. 
Para quem tem interesse em cargos de liderança numa empresa, 
deve-se trabalhar fortemente o aprendizado da psicologia 
interpessoal. 
Como desenvolver inteligência interpessoal? 
Inteligência interpessoal requer que você tenha uma ampla gama de 
habilidades interpessoais para saber qual usar em qual momento e 
com quem. A inteligência pode ser desenvolvida. Com exercício 
regular intencional a tendência é melhorar. 
Para desenvolvê-la é necessário que você se coloque em situações 
em que essas habilidades sociais sejam exigidas. 
Segue algumas sugestões de como fazer isso. 
1. Force-se a interagir mais com as pessoas:Quanto mais você conversar e 
mais interagir com os demais, maior se fortalecerá a sua capacidade 
de se relacionar com os outros. 
2. Participe de trabalhos em equipe:Trabalhos em equipe exigem 
comunicação e colaboração. Uma excelente forma de estimular 
interação e troca. 
3. Procure se relacionar com pessoas de diferentes tipos (introvertidos e 
extrovertidos, humildes e arrogantes, chatos e carismáticos etc.): 
Isso irá ajudá-lo a entender e conhecer diferentes tipos de pessoa. 
28 
Quanto melhor conseguir se relacionar com uma maior variedade de 
perfis pessoais, mais estará compreendendo o conceito de 
relacionamento interpessoal e aprimorando sua habilidade nesse 
sentido. 
4. Assuma a liderança de alguma iniciativa onde você trabalha ou em algum outro 
local:Por exemplo, você pode se oferecer para tomar a frente em um 
novo projeto da empresa em que trabalha. Pode se candidatar a ser 
Síndico do seu prédio ou liderar uma iniciativa de trabalho voluntário. 
Pode ainda organizar uma viagem com amigos, por exemplo. 
5. Ensine:Ajude as outras pessoas compartilhando o seu 
conhecimento. Pode ser simplesmente mostrando à um colega de 
trabalho como fazer alguma atividade que você domina. Ou pode ser 
algo mais avançado como ministrar um treinamento ou mesmo dar 
aulas em alguma instituição de ensino. 
6. Faça apresentações para audiências:Numa empresa que trabalhei existia 
um grupo que se chamava toastmasters. Essa é uma iniciativa 
mundialmente difundida onde as pessoas se reúnem para praticar a 
habilidade de falar em público. Você pode participar de um grupo 
desse tipo ou simplesmente oferecer uma palestra para colegas ou 
outros locais do seu círculo de relacionamentos. 
7. Organize uma festa:Não precisa ser uma festança. Pode ser uma 
pequena festinha para celebrar uma conquista importante da sua 
equipe de trabalho, por exemplo. 
8. Pratique empatia:Coloque-se no lugar do outro e tente entender suas 
necessidades e porque se comporta de determinada maneira 
9. Tenha bom humor:Uma das melhores formas de criar conexão com as 
pessoas é pelo humor. Relaxa e abre as pessoas para ficarem mais 
receptivas. 
10. Utilize escuta ativa:Procure entender o outro e suas questões ouvindo 
genuinamente o que eles têm para dizer. 
11. Seja flexível nas interações com os outros:Procure entender a opinião dos 
outros e seja flexível nas interações em vez de fincar o pé na sua 
forma de pensar. Dessa forma, conseguirá melhor encontrar um 
ponto de vista conciliador e que atenda da maneira mais adequada 
possível as diferentes opiniões e necessidades. 
29 
Nós seres humanos somos seres sociais. Conviver e interagir com 
outras pessoas faz parte da nossa natureza. 
Algumas pessoas têm maior facilidade de rapidamente estabelecer 
conexão com outras. Mas essa é uma habilidade que pode ser 
desenvolvida. Pode até parecer um pouco difícil, porém não 
subestime sua capacidade. 
Cultivá-la traz muitos ganhos para nossa vida profissional e para a 
qualidade das nossas relações pessoais. Isso pode resultar em 
experiências muito mais ricas na sua vida. 
Veja também esta aula com 3 dicas de relacionamento interpessoal 
no trabalho: 
3 dicas de relacionamento interpessoal no trabalho para alavancar 
seu crescimento 
 
 
10ºOs 5 Fatores da Inteligência Emocional 
1º) AUTOCONHECIMENTO EMOCIONAL: Capacidade de reconhecer as 
próprias emoções e sentimentos. A ausência desta habilidade de 
https://youtu.be/V9LjLAn_C14
https://youtu.be/V9LjLAn_C14
30 
reconhecer os sentimentos nos deixa à mercê das emoções. 
Pessoas com esta habilidade são melhores “pilotos” das suas vidas. 
2º) CONTROLE EMOCIONAL (AUTOGERENCIAMENTO): É a habilidade de lidar 
com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida. 
Tendo consciência das emoções negativas que nos bloqueiam, 
podemos nos libertar delas por meio de um processo dirigido pela 
razão. 
Se estamos tristes, podemos escolher pensar de maneira otimista, 
da mesma forma que um passeio pode nos acalmar quando estamos 
furiosos. Porém, se não conseguimos reconhecer as emoções que 
estamos vivendo, dificilmente poderemos fazer algo a respeito delas. 
3º) AUTOMOTIVAÇÃO: Trata-se da capacidade de dirigir as emoções a 
serviço de um objetivo ou realização pessoal. Se nos deixarmos 
levar pela ansiedade e pelos aborrecimentos, dificilmente 
conseguiremos nos concentrar na tarefa que estamos realizando. 
Por outro lado, se estivermos motivados, encontraremos prazer no 
trabalho e não perderemos a calma durante o período de espera 
pela gratificação. 
4º) RECONHECIMENTO DAS EMOÇÕES EM OUTRAS PESSOAS (CONHECIMENTO DO 
OUTRO): Diz respeito à habilidade de reconhecer emoções no outro e 
ter empatia de sentimentos. Empatia é outra habilidade que constrói 
o autoconhecimento emocional. Ela permite às pessoas 
reconhecerem necessidades e desejos nos outros, permitindo-lhes 
a construção de relacionamentos mais eficazes. 
5º) RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS (GERENCIAMENTO DO OUTRO – EMPATIA): 
Habilidade de interação com outros indivíduos, utilizando 
competências sociais. O relacionamento é, em grande parte, a 
habilidade de gerir sentimentos de outros. É a base de sustentação 
da popularidade, da liderança e da eficiência interpessoal. Pessoas 
com esta capacidade são mais eficazes em tudo o que diz respeito 
às interações interpessoais. 
Aprenda no vídeo abaixo os 5 Domínios da INTELIGÊNCIA 
EMOCIONAL: 
Aprenda os 5 Domínios da INTELIGÊNCIA EMOCIONAL| DANIEL 
GOLEMAN | SejaUmaPessoaMelhor 
https://youtu.be/xrQl9D2jVw4
https://youtu.be/xrQl9D2jVw4
31 
 
 
11ºAutoconsciência 
O Fator Determinante no Desenvolvimento da Inteligência Emocional: Segundo 
Weisinger (2001), se ficarmos atentos às nossas emoções, 
poderemos obter informações muito importantes acerca de nós 
mesmos e das pessoas com quem convivemos. Quando um 
indivíduo no trabalho explode com seu colega é muito provável que 
este seja um sinal de cansaço obtido por excesso de trabalho; 
quando somos invadidos por ondas de ansiedade antes de 
apresentarmos algum projeto, esta sensação pode estar nos 
avisando que precisamos nos preparar mais a respeito do assunto 
e, até mesmo o sentimento de frustração que sentimos depois de 
um contato não satisfatório com um cliente, pode ser um alerta para 
encontrarmos uma forma diferente de abordá-lo numa próxima vez. 
32 
 
Weisinger (2001) diz que nossos sentimentos são responsáveis por 
uma parte muito importante no nosso desempenho no trabalho e, 
conseguir usá-los de forma inteligente, de modo que as nossas 
emoções trabalhem a nosso favor, fará com que consigamos 
melhorar nosso desempenho como profissional. Para conseguir isso 
é preciso desenvolver e ampliar a Inteligência Emocional através do 
autoconhecimento. 
Conforme Weisinger (2001) o autoconhecimento ou autoconsciência 
é o fator determinante para o desenvolvimento da InteligênciaEmocional, pois saber previamente como agiremos em 
determinadas situações limites, pode nos dar a percepção do que 
nos afeta e, assim, poderemos trabalhar antecipadamente nossas 
reações. O autor exemplifica a explicação da seguinte forma: 
“[...] para conseguir controlar a raiva, você tem que ter consciência daquilo que a provoca e de 
como essa poderosa emoção o afeta – então poderá aprender a reduzi-la e usá-la acertadamente; 
pra driblar o desânimo e conseguir se motivar precisa ter consciência do modo como você permite 
que afirmações negativas a respeito de si mesmo sabotem seu trabalho; pra ajudar os outros a 
se ajudar precisa ter consciência de seu envolvimento emocional na relação.” WEISINGER 
(2001, p. 26). 
Para Weisinger (2001), quando o indivíduo consegue ter a 
autoconsciência aguçada, ele pode avaliar suas ações 
constantemente o que lhe permite entender o que o faz agir desta 
33 
ou daquela maneira e, assim, pode de uma forma mais tranqüila, 
alterar algum comportamento previamente, o que lhe proporcionará 
melhores resultados no convívio com as pessoas. É preciso 
entender a autoconsciência como um instrumento de controle que 
pode manter o profissional alerta e no caminho certo para alcançar 
seus objetivos. 
Ampliando a Autoconsciência: Segundo Weisinger (2001), a 
autoconsciência é algo que pode ser trabalhada e ampliada, para 
isso é necessário comprometimento do indivíduo ao disponibilizar 
tempo para uma séria introspecção, além de coragem para enfrentar 
as reações às pessoas e momentos de sua vida profissional. O autor 
vai além e determina cinco passos específicos para fazer este 
exercício interno: 
- Examinar como se faz avaliações: Avaliações são as diferentes 
interpretações que fazemos de algo ou alguém, elas são 
influenciadas por nossos valores e personalidade. Ao estarmos 
cientes de como isso ocorre internamente conosco, é possível 
determinar como nossos pensamentos influenciam nossos 
sentimentos, ações e reações e, desta forma, podemos alterá-los 
previamente. 
- Estar atento aos sentidos: Por diversas vezes deixamos que 
nossos sentidos sejam influenciados por nossos sentimentos, ou 
seja, com um pré julgamento ouvimos o que queremos e vemos 
coisas onde não há. É importante que se consiga manter os sentidos 
limpos de forma que possamos enxergar, ouvir e ver somente a 
realidade. 
- Dar atenção aos sentimentos: Tanto os sentimentos positivos 
quanto os negativos devem ser levados em conta pela pessoa 
emocionalmente inteligente, pois ambos devem ser trabalhados de 
modo a trazer benefícios em suas ações. Ao ignorar sentimentos o 
indivíduo perde a chance de reconhecê-los e controlá-los para seguir 
em frente. 
- Identificar suas intenções: Consideramos como intenções nossos 
desejos imediatos e os de longo prazo e, assim como nossos 
sentimentos, elas podem se tornar conflitantes e trazer confusões ao 
nosso dia a dia, por isso, é muito importante identificá-la e tê-las 
34 
muito claras para si, para que desse modo consiga tomar sempre a 
atitude mais acertada em cada situação. 
- Estar atento a seus atos: Os atos podem dizer muito sobre a 
pessoa, por isso, é primordial prestar atenção na forma que agimos 
em determinadas situações. Essa análise pode nos preparar para 
novos acontecimentos e assim conseguir nos controlar e ter uma 
atitude mais condizente com nossos objetivos. 
O Instinto do Sucesso por Renato Grinberg: Em seu livro O Instinto do Sucesso 
o escritor e especialista em desenvolvimento profissional Renato 
Griberg, faz uma alusão à forma que agimos em nossas carreiras 
nos dias atuais aos tempos primitivos, onde o homem, ainda não 
muito evoluído, tinha seus atos dominados única e exclusivamente 
pelos seus instintos de sobrevivência. 
Grinberg (2013) diz que, o homem durante o longo período de sua 
evolução, aprendeu a dar valor a seus instintos para se proteger e, 
até hoje, de alguma forma, ainda mantemos inconscientemente esse 
mecanismo de sobrevivência, ou seja, sempre que nos sentimos 
ameaçados ou em perigo, automaticamente nossos sentidos de 
autoproteção são acionados e é aí que devemos tomar mais 
cuidado. 
Ele afirma que o mundo em que vivemos hoje é muito diferente dos 
nossos ancestrais, porém como ainda carregamos em nossos genes 
aquela mesma programação de reação ao perigo e ameaças, por 
vezes o ser humano se deixa levar por seus impulsos primitivos e 
isso, especialmente no mundo profissional, pode trazer grandes 
problemas. 
Conforme Grinberg (2013), mesmo que o mundo corporativo 
aparente ser objetivo e racional, os sentimentos são responsáveis 
por uma grande parcela do resultado final que a empresa alcança. 
Por isso, a importância de reconhecer esses instintos e usá-los em 
favor próprio direcionando-os de forma à obtenção do sucesso 
profissional. O autor destaca em seu livro algumas feras que 
podemos entender como sendo as mais perigosas e existentes 
dentro do profissional, e que, quando este permite que seus instintos 
falem mais alto, dominam totalmente suas atitudes. 
35 
“Essas feras são seus instintos primitivos que se manifestam sem controle. Elas são famintas e 
ávidas por sair em busca de algo que alimente sua natureza. Quando essas feras ficam soltas em 
um ambiente de trabalho, sem direcionamento positivo, grandes estragos podem acontecer.” 
GRINBERG (2013 p. 19). 
Conforme Grinberg (2013), as feras podem ser nossas ou de nossos 
companheiros de trabalho e é importante que o profissional as 
reconheça e esteja alerta para que a partir disso, aja com cuidado e 
saiba como lidar com cada uma delas, de modo que, não se torne 
uma presa fácil na grande selva que é o mundo corporativo. Ele 
explica as sete feras da seguinte forma: 
Fera 1: A obsessão destrutiva: Muitas vezes, na ânsia de alcançar seus 
objetivos, os profissionais ficam obcecados e se tornam 
protagonistas de disputas ferozes para destruir seus adversários 
sem levar em conta valores e ética e isso traz como resultado final 
prejuízos para ambas as partes. 
Fera 2: A insegurança: A insegurança paralisa o profissional não 
permitindo que este se desenvolva. Outro problema que a 
insegurança apresenta é a ansiedade, profissionais inseguros 
tendem a ser mais ansiosos e isso pode ser muito perigoso quando 
o assunto é a tomada de decisões, pois a pessoa age pelo pânico e 
isso pode acarretar danos irreparáveis. 
Fera 3: A agressividade: Uma das feras mais comuns no mundo 
corporativo e isso acontece por conta da pressão, cobranças e 
estresses sofridos no dia a dia profissional. O importante é ressaltar 
que atitudes agressivas podem ter conseqüências desastrosas para 
o clima organizacional, o que refletirá negativamente na 
produtividade. 
Fera 4: A arrogância e a subserviência: Esta fera de duas cabeças é composta 
por um lado de profissionais considerados prepotentes e arrogantes, 
os conhecidos como os donos da verdade que não aceitam críticas 
e não são capazes de ouvir ninguém, por vezes a arrogância é tanta 
que nem mesmo o que os clientes ou o mercado diz tem relevância 
para este tipo de pessoa. Do outro lado, mas não menos perigosos, 
estão aqueles que aceitam tudo e são incapazes de dizer não, são 
profissionais que, na ânsia de agradar a todos, são levados ao 
estresse extremo e se tornam improdutivos. 
36 
Fera 5: A impulsividade: Uma fera muito perigosa pois o profissional 
dominado por ela pode ter atitudes capazes de destruir a sua 
carreira e a empresa em que trabalha pelo simples fato de agir sem 
pensar. Quando o profissional age por impulso é dominado única e 
exclusivamente por suas emoções e isso é capaz de cegá-lo para 
partes relevantes do problema, essas atitudes fazem com que as 
outras pessoas se distanciem de profissionais assim. 
Fera 6: A ganância: O problema desta fera é o extremo, ou seja, quando 
a ambição toma proporções inadequadas e se torna dominante em 
um profissional.Neste momento o indivíduo não é capaz de observar 
nada que não seja o seu objetivo, ele é capaz de qualquer coisa para 
alcançá-lo e, agindo assim, se torna perigoso pra si e para a 
organização em que trabalha. 
Fera 7: A obsolescência: É o medo do novo, é a vontade de permanecer 
em sua zona de conforto. Profissionais assim querem sempre 
manter as coisas como estão e são avessas a inovações. O 
problema é que pessoas dominadas por esta fera se tornam 
obsoletas, desnecessárias, pois não se renovam e têm a utopia de 
que o mundo tem que aceitá-las como são. Na realidade, quem 
permite que essa fera domine sua carreira faz um grande mal para 
si, muitas vezes até sem perceber. 
Grinberg (2013), explica que mesmo que sejamos muito 
influenciados por nossos instintos, o ambiente em que vivemos 
também deve ser encarado com bastante relevância em nossas 
atitudes. O que nos possibilita as escolhas, ou seja, mesmo que 
tenhamos conhecimentos das feras que podem surgir durante nossa 
trajetória profissional, cabe a nós a escolha de como reagiremos ao 
nos defrontarmos com cada uma delas. Ele concluiu que o 
profissional comprometido com o sucesso deve valorizar seus 
pontos positivos e ser capaz de usar a razão para domar suas feras 
interiores. É dessa forma que ele será capaz de superar seus medos 
e inseguranças, se tornando um ser humano realmente evoluído 
aprendendo a cada dia ser melhor no que se propõe a fazer 
Veja também esta mini-palestra: 
Ep. 12 - O que é a autoconsciência? 
https://youtu.be/h13qkT9q-J0
37 
 
 
 
12ºAutomotivação 
Todos gritamos aos 4 cantos o quanto estamos desmotivados e sem 
inspiração. Chame do que quiser – você sabe o sentimento. Você 
fica preso e incapaz de progredir sobre o que importa para você. 
Você sente preguiça, cansaço – e diminuído. Bem, é hora de 
levantar-se e fazer o máximo para sua vida. É tempo de sair de seu 
medo motivacional. 
38 
 
Lembre-se que a sua motivação é você quem faz. Seu chefe, seu 
parceiro, seu cônjuge, seus amigos, parentes ou analistas não são 
responsáveis por isso. Você é o único responsável por isso. Se você 
concorda que a motivação é um problema para você, aqui estão 
algumas dicas que vão ajudar você a criar uma rotina diária para 
fomentar a sua motivação. 
Veja algumas dicas: 
1º) Encontre o seu mantra: A primeira de nossas dicas motivacionais tem 
um lado um tanto místico. Um mantra não precisa ser longo – ele só 
precisa te deixar animado. Todo mundo tem sua própria vida para 
viver e, eu não posso dizer qual é o seu mantra – mas eu aposto que 
você provavelmente já tem alguma coisa em mente. Tenha um 
mantra para manter você na linha da motivação. 
2º) Lembre-se dos seus momentos de pico: Essa é uma daquelas técnicas de 
automotivação que não são difíceis de aplicar. Podemos chamar 
isso também de “estar na área” ou “no clima”. Mas os momentos de 
pico significam encontrar o seu melhor momento de trabalho. São 
momentos de triunfo e eles nos lembram de quem somos, o que 
estamos fazendo – e por que estamos perseguindo nossos objetivos 
únicos de vida. Um momento de pico é um momento em que você 
sente que está no auge de seu momento de produtividade. E 
continuar assim é uma ótima maneira de como se manter motivado. 
Em seu momento de pico você se conecta com o tempo em que você 
se sentiu mais realizado, mais disposto, mais presente. 
39 
Um momento de introspecção em que você diz: 
“Sim isso é algo para se lembrar, esse é um momento na minha maior essência, meu momento 
mais autêntico e melhor“. 
Se você não está no seu melhor momento – tente lembrar-se das 
vezes em que você estava e, use isso para recarregar as baterias e 
entrar na dinâmica da motivação. 
3º) Seja ativo: Há tantas pesquisas por aí que falam sobre os benefícios 
do exercício – e inúmeras pesquisas que mostram como ele pode 
melhorar. Quando você não faz exercício, não é só a sua forma física 
que sofre, mas seus outros objetivos sofrem também. O seu trabalho 
depois de uma sessão de exercícios, após uma corrida e um banho 
refrescante se torna um dia muito produtivo e, você deveria fazer 
isso todos os dias. Certamente você vai sentir a diferença. É uma 
das melhores maneiras de como se motivar todos os dias. Você não 
precisa entender toda a ciência: o que você precisa saber é se você 
está com medo e realmente batendo a cabeça na parede com o seu 
trabalho – você pode ficar melhor afastando-se por um momento e 
cuidando do seu corpo. Isso vai se refletir na sua mente. 
Faça uma pausa e corra, caminhe ou se estique por meia hora – 
você vai voltar revigorado e pronto para trabalhar. 
Acredite, os exercícios físicos podem ajudar você a ter a dose de 
motivação que você precisa. 
4º) Motive-se diariamente: A motivação reside em você mesmo. 
O que você acha que é mais fácil: 
Motivar-se após um dia improdutivo, semana ou mês. 
Motivar-se depois de uma série de sucessos, um melhor que outro? 
É claro que é mais fácil estar motivado quando as coisas já estão 
vindo em sua direção. Então por que não começar o dia com algum 
impulso? 
Comece o seu dia com uma dose de inspiração. Você será lembrado 
diariamente sobre a sua motivação e seguir em frente em direção 
aos seus objetivos. 
40 
5º) Lembre-se que esse momento é precioso: Às vezes, quando não estamos 
motivados para fazer o que precisa ser feito, precisamos nos lembrar 
que, se perdermos essa oportunidade, essa chance pode ser única 
e nunca vamos conseguir outra igual. 
Nossos minutos, horas e dias veem em torno de um tempo – e cabe 
a nós mesmo viver a vida que queremos, nesse momento. Saber 
administrar o tempo! 
Cada momento de nossa vida é importante – lembre-se disso e sinta 
a construção da motivação dentro de você. 
6º) Não deixe a energia acabar: São as pequenas coisas que levam a uma 
queda motivacional. É pular um treino para sair com os amigos, 
depois 2, e assim por diante. 
Na semana seguinte, na parte de trás da mente você já está 
racionalizando que hoje é um dia ruim para a academia – há tanto 
ímpeto trabalhando contra mim que é difícil começar de novo. 
Não caia nessa armadilha. Assim, não há como criar motivação! 
Quando você se vê caindo nas mesmas velhas rotinas, tome uma 
atitude imediatamente, não importa quão pequena seja a vitória, use 
esse impulso para novas tarefas. 
Não deixe que o desânimo tome conta de você. 
7º) Saia da esteira da falha: A última de nossas dicas motivacionais é para 
aumentar também sua confiança. A falta de motivação é uma das 
maiores razões para as pessoas falharem. Sabe do que mais? 
Uma vez que as pessoas começam a falhar, fica mais difícil de se 
motivar – muitas vezes, até atingirem o fundo do poço e não terem 
para onde ir. 
Então, se você se encontra em um ciclo tóxico de fracasso – você 
tem que sair dele. Você precisa começar a ter algumas pequenas 
vitórias – assim você pode sentir os benefícios de tomar alguma 
ação em sua vida. 
Não deixe que a falta de motivação vença você: aprenda a como se 
motivar todos os dias! 
41 
Muitas vezes parece impossível vencer a falta de motivação: 
estamos desanimados, desligados e parecemos vencidos. 
Mas, existe uma saída e uma luz no fim do túnel. Se você cria uma 
rotina de produtividade e que ajuda você a manter o seu equilíbrio 
em dia e sua energia em alta, você começa a vencer a falta de 
motivação e, passa a ter mais energia para as tarefas do dia a dia. 
Essa é a melhor maneira de como se manter motivado. 
Quando você criar uma rotina voltada para a motivação, a falta de 
motivação fica cada vez mais distante e, assim você tem mais gás e 
energia. 
Veja abaixo mais dicas para se automotivar: 
 
COMO SE AUTOMOTIVAR e Encarar Seus Problemas: 07 Dicas 
Incríveis 
 
 
13ºEmpatia 
No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se 
identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o 
que ela quer. Em resumo,poderíamos dizer que ter empatia é se 
https://youtu.be/AjEID5q0MFk
https://youtu.be/AjEID5q0MFk
42 
colocar no lugar do outro. No entanto, ser empático envolve saberes 
diversos e mais profundos. 
 
Com a empatia, a sensação é de ser aquela pessoa e, por isso, 
compreender escolhas, alegrias, medos, arrogância, agressividade 
e ignorância, ou seja, o que há de bom e de ruim em alguém. É 
acreditar que faria exatamente a mesma coisa. 
Mas como abandonar as próprias emoções, crenças ou expectativas 
para viver a empatia em sua totalidade? Para caminhar por essa 
estrada de aprendizado é necessário entender que ninguém é 
perfeito. Segundo a especialista em autoconhecimento e inteligência 
comportamental Heloísa Capelas, não é possível chegar ao amor 
sem empatia, por isso, essa é uma capacidade tão importante. 
"Eu preciso primeiro me abrir, olhar para o outro do ponto de vista dele, renunciar aos meus 
julgamentos, minhas verdades e minhas crenças. Poder me abrir para poder compreender o que 
o outro está vivendo é empatia, e ela vem muito antes do amor", afirma. 
Como melhorar a empatia? 
A empatia é uma competência que só se desenvolve na prática. Por 
mais que as leituras, as conversas e as reflexões ajudem a 
compreender a vida e as dificuldades do outro, a melhor maneira de 
ser uma pessoa empática é na vida real. O lado bom é que, enquanto 
43 
se tenta ter empatia com alguém, esse mesmo alguém pode estar 
neste processo com você, o que deixa as tentativas mais 
verdadeiras. Saiba como começar com estes exercícios diários para 
você melhorar sua empatia, vamos lá: 
1º) Não julgue: esse talvez seja o primeiro mandamento para ter 
empatia. Quando escolhe não fazer julgamentos, é capaz de ouvir, 
acreditar e se aprofundar sem procurar pelas falhas. Em vez de 
julgar, indique caminhos possíveis para dias melhores. 
Abra-se para as histórias: prestar atenção nos detalhes, questionar 
menos, superar os próprios preconceitos, tudo isso envolve 
compreensão e aceitação. "Ser empático não é concordar com tudo, mas 
compreender do seu ponto de vista", indica Elizângela Barbosa, consultora 
especialista em assessoria para Recursos Humanos. 
2º) Pratique a escuta atenta: "Caso não possa ouvir a pessoa naquele momento, seja gentil em 
dizer que não pode e o procure assim que possível", completa Elizângela. Essa é 
uma decisão inteligente, pois ter empatia significa se envolver com 
o que se está escutando. Preste atenção no tom de voz e à 
linguagem corporal. 
3º) Esteja disposto: não só a ouvir, mas a ajudar, colocar a mão na 
massa. Procurar viver situações desconhecidas para entender o que 
as pessoas que estão inseridas naquele contexto enfrentam faz 
parte dessa disposição. 
4º) Reconheça as diferenças: somos iguais em nossa humanidade, mas, ao 
mesmo tempo, completamente diferentes uns dos outros. Esse 
reconhecimento nos coloca no lugar de vulnerabilidade necessário 
para nos deixar enxergar cada pessoa de uma maneira. 
5º) Trate bem as pessoas: cuide de sua postura nos momentos de estresse 
e, durante os conflitos, seja gentil. Lembre-se de que o momento 
passa, os problemas serão resolvidos e sua postura diante deles, 
caso seja ruim, nunca será esquecida. 
6º) Demonstre confiança: fofocas, críticas e exposição desnecessária 
estão no lado oposto da empatia. Isso afasta as pessoas, provoca 
insegurança e ansiedade, por isso, mostrar-se alguém sincero e de 
confiança torna as relações empáticas. 
44 
Para além das relações pessoais, existe a crença de que a empatia 
é um tipo de faculdade a ser desenvolvida em âmbito profissional. É 
o caso de Fabiana Gutierrez, cofundadora da Carlotas, uma 
empresa com propósito social, que tem como objetivo espalhar 
empatia e respeito à diversidade, contribuindo para desenvolver 
relações humanas mais harmoniosas. 
"Não apenas lutamos e defendemos isso, por meio de oficinas e programas em empresas e 
escolas, mas investimos 10% do nosso faturamento bruto nacausa. Esse investimento é o 
Programa Explore Carlotas, que objetiva levar gratuitamente o diálogo e o desenvolvimento das 
competências socioemocionais para instituições de educação e assistência públicas", explica 
Gutierrez. 
A atuação da empresa se dá em diferentes frentes. Entre elas, estão 
os programas de desenvolvimento humano e responsabilidade 
social para empresas e organizações, e parcerias com escolas 
públicas e particulares para a formação de educadores e alunos por 
meio de suas competências socioemocionais. 
Outro exemplo de como a empatia pode extrapolar —de um jeito 
bom — as relações pessoais é o trabalho desenvolvido por 
Fernanda Guerra, advogada pioneira na abordagem de Contratos 
Conscientes. "A proposta é termos um documento vivo que sirva de guia para a relação que 
as partes trouxeram para o contrato. O contrato passa a ser baseado em valores e cria ações, e 
não regras, para gerar sustentabilidade aos negócios e aos relacionamentos", diz. 
Segundo a advogada, por meio da vulnerabilidade e da empatia, é 
possível que as partes desistam de ter razão e passem a se 
reconhecer como seres humanos, capazes de errar e acertar. 
Dicas para ter mais empatia 
Às vezes, as coisas não são ditas e aquilo que se queria dizer fica 
guardado por muito tempo. Por isso, a capacidade de identificar nas 
atitudes e no comportamento o que alguém deseja falar, mas ainda 
não consegue, é um exercício positivo para quem está em busca de 
melhorar essa competência. Outro ponto é tentar reconhecer em si 
mesmo essa dificuldade. Por exemplo: no dia a dia de um casal, uma 
pia de louças sujas pode ser motivo para uma grande briga. É 
possível que dizer "Eu sou o único a cuidar da casa" tenha um impacto 
diferente de "Eu me sinto triste quando você não vê que estou cansado". Ou seja, 
45 
exercer a comunicação de forma não violenta viabiliza um diálogo 
de mais compaixão, sem acusações. 
O problema, no entanto, é que a paciência com pessoas que não 
conhecemos tende a ser maior. Colocamos as máscaras da 
simpatia, da resiliência, da compreensão e até mesmo da empatia a 
fim de tentar nos adequar às situações e, principalmente, às 
expectativas do outro. Buscamos recursos para moldar socialmente 
os comportamentos aceitáveis, mas essas máscaras não duram o 
tempo o todo e caem no fim do dia. Por isso, a dica especial para 
ser uma pessoa ainda mais empática é treinar essa habilidade com 
os seus: desatar os nós para melhorar os laços. 
De acordo com Capelas, também é importante ter em mente que a 
empatia nunca prejudica os relacionamentos. "Eu só posso ser empático com 
alguém se eu for empática comigo mesmo. Isso significa que eu posso compreender as minhas 
misérias emocionais, posso perdoar as minhas mazelas, fortalecer os meus talentos, me apropriar 
dos meus recursos internos, aprender a ser proprietária de mim e, assim, ser empática com o 
outro", diz. 
Veja também este interessante vídeo com 6 formas de aumentar a 
sua empatia: 
Como ter mais empatia? | 6 formas de aumentar a empatia 
 
 
https://youtu.be/04TTQF5bY3c
46 
14ºIntegrando a Inteligência Emocional na sua Forma de Trabalhar 
A inteligência emocional no trabalho é uma das competências mais 
demandadas pelas empresas atualmente, sobretudo quando as 
tarefas mais repetitivas e rotineiras se automatizam. De fato, 
conforme um recente estudo da empresa de consultoria CapGemini 
denominado Emotional Intelligence: The Essential Skillset For The Age Of AI, 76% dos 
executivos consideram que os funcionários devem desenvolver 
estas competências, dado que terão que se adaptar a mais funções 
relacionadas com o tratamento pessoal e do cliente. 
Seguindo com o relatório, a mesma porcentagem indica que os 
funcionários terão que assumir mais tarefas que exigem 
competências emocionais e não podem ser automatizadas, como é 
o caso da empatia, da persuasão e do trabalho em equipe. Em geral, 
83% das empresas indicam que

Continue navegando