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Escuta Flutuante e Associação Livre


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Escuta Flutuante e Associação Livre
Na clínica se atende o sujeito, e isso não depende da idade.
Conseguir colocar os pais em um lugar, são eles que trazem as crianças, ouvir eles sem deixar de ouvir as crianças, e não ouvir eles impossibilita que eles tragam a criança.
A queixa é o sofrimento, a demanda é a cura.
Não existe cura, sempre vamos oferecer um objeto incompleto. A demanda aponta para receber um objeto sempre incompleto, sempre impossível, quando você o alcança já é outra coisa.
Freud diz que o paciente sofre e ama. Lacan diz que é o gozo.
O paciente chega se queixando de um sofrimento que ele não quer abrir mão.
O tratamento começa com a queixa, com a demanda que é o desejo de cura, há um jogo de forças de resistência e transferência -> ‘Eu acho que você pode me curar, eu duvido que você possa me curar’.
Transferência sozinha é sugestão, resistência sozinha o sujeito nem começa a falar. A resistência tem que ficar até o final do tratamento.
Paciente psicótico não se deve fazer interpretações, ele surta. 
Cobrar os horários que o paciente reservou e depois não foi, se não for cobrado há o aumento das resistências. E isso impossibilita o tratamento. Tempo e dinheiro podem ser organizadores do tratamento. 
Tempo de ver, tempo de elaborar e tempo de concluir -> Lacan.
Jogo de forças de resistência e transferência: ficar ou sair da análise?
Nada na vida é tão caro quanto a doença – e a estupidez – Freud.
Para fazer um tratamento há um custo, sempre há uma perda, no caso das crianças o que se retira? Quando se tira férias das aulas, a criança tira férias da terapia também, é como se fosse uma obrigação, é um tempo que elas não podem ficar jogando ou no celular. Há um preço para as crianças também. 
Antes de iniciar o tratamento é preciso ver se é uma psicose ou não. Pode ser que exista uma psicose encapsulada e que dependendo as intervenções feitas ela possa se manifestar.
Combinar tempo e dinheiro antes do início. Se eu não digo quanto tempo a terapia vai durar eu não posso impedir o paciente de sair – jogo de forças.
Regra fundamental é a associação livre. Associação livre é você sentado na janela de um trem descrevendo o que você vê à sua frente para o analista que está longe da janela e não vê o mesmo que você. Descreve o que está vendo para que o analista possa participar com você.
O discurso do sujeito é basicamente o que o sujeito já sabe sobre si e pode contar.
O sujeito do discurso é o foco da análise.
Constatar que se sente algo pelo paciente é o primeiro passo para fazer uso desse sentimento para a técnica psicanalítica – a transferência. Não devolver isso que se sente do mesmo modo que se sente. Não fazer espelhamento.
Associação livre é falar sem amarras com os outros. Palavrões seguidos de desculpas, são desnecessários, podem ser falados de forma livre.
A associação livre é o desamarrar da identificação, ser atendido por pessoas que não são iguais ao paciente, se não ficaria só trans atendendo trans e assim por diante.
Acordo com os pais: com os filhos vão ser falados temas que os filhos podem ou não contar para os pais, também poderão ser falados palavrões. Geralmente quando os pais são avisados dessa forma a tendencia é que dê menos conflitos pois não são pegos de surpresa.
Segundo Freud quando a criança faz uma pergunta, ela já supõe uma resposta, quando o analista responde a pergunta ele está abrindo campo para a próxima pergunta. É bom responder o que a criança pergunta para não perder o vínculo. É necessário haver o jogo de forças, sarcasmos, piadas, chistes, responder, devolver a pergunta. Fazer de um modo que a criança não saiba a reação do analista perante a pergunta. Jogo de presença e ausência. Fort da.
Atenção flutuante é ouvir sem entender, quando eu entendo eu paro de ouvir, quando eu entendo eu julgo. Por isso é importante ouvir sem julgar, sem inferir, sem prever, sem entender.
Ter cuidado para não tentar encaixar o paciente na teoria que já sabemos, para não usar dados estatísticos como inferência.
Não se preocupar com a memorização do discurso, vai ser lembrado o que for necessário lembrar.