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DOENÇAS DA GESTAÇÃO PATOLOGIA DA GESTAÇÃO · Inversão e prolapsos vaginais Sutura de vagina · Histerocele gravídica Presença parcial ou total do útero gravídico como conteúdo em hérnias inguinais, umbilicais, perianais, diafragmáticas e ventrais Etiologia: hereditariedade; hidropsia; atropelamentos Sintomas: aumento de volume; edema em área localizada; contrações parto improdutivas Diagnostico diferencial: edemas; hematomas ou abcessos; neoplasia de mama Tratamento: cesariana; OSH · Mumificação fetal 2º terço da gestação Causas: comprometimento do fluxo sanguíneo; deficiência na placentação; infecções transplacentárias; traumatimos; hereditariedade (porcas) Morte do feto e ausência de abortamento, com absorção de fluidos placentários, desidratação da placenta e feto e involução uterina obedecendo aos contornos fetais Sintomas: desconforto abdominal; prolongamento da gestação; perda das características gestacionais Diagnostico: palpação abdominal; raio-x; ultrassom; nascimento de fetos viáveis e de mumificados Tratamento: cesariana; OSH · Maceração fetal É um processo séptico de destruição do feto retido no útero, com amolecimento e liquefação dos tecidos moles fetais, levando-os a esqueletizaçao (não há putrefação), ocorre próximo a metade da gestação 2º terço da gestação Causas + abertura cervical Etiologia: secundaria a mumificação; abertura cervical; utilização de contraceptivos Sintomas: desconforto abdominal; corrimento vaginal; apetite caprichoso; emagrecimento; dispneia Diagnostico: palpação abdominal; vaginoscopia; raio-x; abortamento Tratamento: OSH; antibioticoterapia; fluidoterapia · Reabsorção embrionária e abortamento Causas: genéticas; hormonais; nutricionais; físicas; infecciosas; produtos químicos e fármacos; plantas toxicas; gestação gemelar ou sobrecarga · Hidropsias Caracteriza-se pelo acumulo de liquido alantoide e amniótico isolado ou associado Dos envoltórios fetais (hidroamnio e hidroalantoide) Do feto Da placenta Etiologia: em associação com distocias de origem fetal como: ascite; anasarca; hicrocefalia Sintomas: aumento do perímetro abdominal; compressão e deslocamento de órgãos abdominais; distúrbios digestivos e respiratórios e cardíacos; dificuldade de locomoção; decúbito Diagnostico: aumento anormal do abdômen; hipertensão uterina; exames radiográficos; diagnostico diferencial; ascite Complicações: hérnia ventral; ruptura do útero; prolapso vaginal e retal; paraplegia; parto distocico Tratamento: cesariana; OSH – HIDROALANTOIDE Placenta com áreas necróticas, edemaciadas e pontos de calcificação Poliúria fetal Distúrbios hepáticos no feto Torções uterinas e do cordão umbilical Infecções uterinas anteriores Disfunção placentária Estados de desnutrição Enfermidades cardíacas e renais da femea – HIDROAMNIO Anomalias genéticas ou hereditárias Anomalias congênitas Anormalidades cranianas HIDROALANTOIDE HIDROAMINIO Distinção 5 a 20 dias Difícil palpação placentomas Liquido – transudato Fetos normais – fracos Placenta – poucos placentomas Prognostico – reservado a mau Distensão lenta Fácil palpação de placentomas Liquido – viscoso e mecônio Fetos anômalos Placenta normal Prognostico – reservado a mau HIDROPSIA FETAL – 3 CATEGORIAS – Efusão peritoneal, ascite – Anasarca ou Síndrome do filhote Morsa, que é o edema generalizado do tecido subcutâneo – Hidrocefalia, que é um acumulo de liquido no sistema ventricular ou entre o encéfalo e a duramater comumente encontrado em suínos, bezerros e mais raro em cães. · Anasarca Genes autossômicos recessivos e anomalias hipofisária Resultam em edema generalizado do subcutâneo Excesso de liquido nas cavidades peritoneal e pleural Dilatação dos anéis umbilicais e inguinal, hidrocele e edema das membranas fetais Os fetos acometidos chegam a termo, porem devido ao excesso de liquido no tecido subcutâneo Causam distocias, sendo necessária, nestes casos, uma intervenção cirúrgica através de cesariana · Gestação ectópica ou extra-uterina É a condição patológica onde o feto se desenvolve primaria ou secundariamente fora do útero Evolução: primaria > embrião na cavidade abdominal secundaria > ruptura uterina; feto na cavidade; involução uterina; morte fetal; mumificação; nova gestação ou morte da femea Diagnostico: perda das características de gestação Tratamento: cirúrgico; OSH · Rupturas uterinas É a condição patológica onde ocorre ruptura da parede uterina, sendo que o conteúdo cai na cavidade abdominal Etiologia: distocias; torção uterina; hidropsias; traumatismos; aderências; manobras obstétricas inadequadas Sintomas: sinais agudos de distúrbios digestivos; desconforto abdominal; compressão de alças; aderências graves; peritonite; hemorragias; evisceração via vaginal; choque Diagnostico: sintomas; anamnese; palpação transabdominal; raio-x Tratamento: fluidoterapia; transfusão de sangue; antibiótico; extração dos fetos da cavidade; OSH · Torção uterina Consiste na rotação do útero sobre seu próprio eixo, pode ocorrer em um corno, ambos ou no colo do útero, a circulação pode ser alterada comprometendo a integridade do tecido Ocorrência: frequente nos pródomos do parto; em gatas é mais comum do que em cadelas Etiologia: posição do útero na cavidade abdominal; assimetria dos cornos uterinos; diminuição dos líquidos fetais; contrações uterinas pré-parto; hipermotilidade fetal; flacidez da musculatura abdominal Sintomas: inquietação; cólica; abdômen distendido e tenso; dificuldade de locomoção; dispneia e taquipneia; hipertermia e inapetência Diagnostico: difícil; sensibilidade abdominal intensa; exames laboratoriais Diagnostico diferencial: intussuscepção/vólvulo/pielonefrite Tratamento: laparotomia; cesariana; OSH · Enfisema de putrefação Caracteriza-se por apresentar alterações enfisematosas do feto morto e retido no útero Etiologia: morte fetal da gestação ou durante o parto; contaminação por germes anaeróbicos; produção de gases nos tecidos fetais Sintomas: ausência de corrimento vaginal; toxemia; odor fétido; dilatação cervical; aumento do volume fetal, útero e abdômen; dispneia; hipertermia; choque e morte Diagnostico: palpação transabdominal ; exames radiográficos Tratamento: OSH; antibiótico; fluidoterapia CUIDADOS COM A GESTANTE Nutrição Manejo sanitário Local do parto Uso correto de fármacos REFERÊNCIAS 1. BASTOS, C. V.; RABELO, R. C. Abordagem intensiva do paciente. In: RABELO, R. C.; CROWE JR, D. T. Fundamentos de terapia intensiva veterinária em pequenos animais - Condutas no paciente crítico. Rio de Janeiro: LF Livros, 2005. Cap. 30, p.325-327.
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