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Doenças Benignas da Mama 1 Doenças Benignas da Mama A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a realização de mamografia preventiva a partir dos 40 anos, devendo ser realizada anualmente, independente da sintomatologia Tomossíntese —> Diagnóstico mais precoce, porém sem grande acessibilidade, sendo utilizada em casos específicos Pacientes com parentes de 1º grau com diagnóstico de câncer de mama podem realizar 10 anos antes a mamografia Mama, ovário, pâncreas e próstata Origem endócrina US não detecta precocemente Tumores <3 cm pode ter conservação da mama e >3 cm é indicada mastectomia Mastite —> Invasão dos ductos mamários por micro-organismos através de uma fissura mamilar (pega incorreta do RN) Staphylococcus Aureus Tratamento com cefalexina Abscesso subareolar crônico recidivante —> Doença de Zuskaz Sinais de inflamação com formação de abcesso Drenam espontaneamente Causado pelo tabagismo O efeito irritativo do cigarro estimula a proliferação do epitélio dos ductos mamários, obstruindo a luz do ducto Acúmulo de células mortas e debris Recorrente pela manutenção do hábito Em processo agudo —> Cefalexina + AINE Doenças Benignas da Mama 2 Drenagem, se necessário Cessar tabagismo Se não ocorrer o fim do hábito, remover ductos principais —> Dificulta amamentação —> Não é feito no processo agudo Nódulos Benignos Fibroadenoma —> Comum em pacientes jovens, forma-se pelo estímulo do estrogênio 15-35 anos Tumor misto do parênquima (Parte funcional = Lóbulos e ductos) e estroma (Vasos, tecido adiposo…) por estímulo do estrogênio 💡 Não é necessário cessar uso de anticoncepcional, pois o fibroadenoma não se desenvolve pelo estrogênio sintético Não doloroso Móvel à palpação com consistência fibroelástica Geralmente até 3 cm Pode apresentar-se gigante Conduta —> USG da mama Maior eixo do nódulo paralelo à pele Isoecogênico em relação ao parênquima Controle clínico se assintomático Se grande, com crescimento acelerado ou desconfortável —> Remoção cirúrgica PAAF ou Punção Aspirativa com Agulha Grossa (CORE-Biopsy) para confirmar diagnóstico patológico Doenças Benignas da Mama 3 💡 Tumor Phyllodes mais presente em paciente com idade mais avançada (> 35 anos) como diagnóstico diferencial, o qual também é um tumor misto, indolor e de consistência fibroelástica, porém de crescimento rápido —> Pode deformar a mama se não retirado Benigno —> Recorrência local Boderline —> Local com pouco risco de metástase Maligno —> Não é classificado como câncer, porém tem maiores chances de metástase, sendo tratado como câncer Hamartoma ou lipofibroadenoma Pseudotumor com formação no tecido mamário e subcutâneo Cistos —> Mais presente após os 30 anos Lipossubistituição fisiológica: Substituição das glândulas mamárias por tecido adiposo A região onde era o lóbulo origina áreas encapsulada com líquido no interior (Secreção apócrina) Involução dos lóbulos com formação de áreas líquidas encapsuladas Dilatação sacular preenchida Período pré-menopausa e pós-menopausa Doloroso e de crescimento rápido Conduta —> Solicitas ultrassonografia ou mamografia (Não é necessário realizar punção) Margens regulares com aspecto anecoico (Pela presença de líquido) Microcisto < 1 cm —> Conduta conservadora Macrocisto > 1 cm —> Se sintomática, realizar PAAF (Punção Aspirativa com Agulha Fina) Presença de conteúdo hemorrágico ou > 20 cm, tem-se recomendação de cistectomia com remoção da cápsula Doenças Benignas da Mama 4 Derrames papilares —> Saída de secreção mamilar Espontâneo ou provocado? Derrame provocado sem valor clínico —> Comum pela reepitelização das células dos ductos Multicolorido, multiductal e bilateral Se espontâneo —> Excluir galactorreia (Hiperprolactinemia) Buscar nódulo palpável e tipo de secreção Sanguinolento: Geralmente unilateral, uniductal —> Papiloma intraductal (Área verrucosa que forma-se no interior do ducto) Excluir câncer de mama Ressecar ducto terminal (Ductectomia) Esverdeado: Geralmente bilateral —> Dilatação dos ductos terminais (Extasia ductal) Excluir câncer de mama por imagem Ressecar ducto Aquoso: Tipo água de rocha —> Mais chance de câncer Mamografia/USG 💡 Homens com descarga papilar devem ser investigados Eczema Areolar —> Dermatite descamativa Prurido geralmente bilateral Analisar resposta com tratamento de corticoides tópicos —> Se melhorar, sinal de Eczema Se não há melhora, diagnóstico diferencial para carcinoma de Paget Bordas definidas, unilateral e ulcerativa Margens da lesão indefinidas Doenças Benignas da Mama 5 Lesões Papilares ou Papilomas Devem ser retirados, apesar de ser uma lesão benigna Intraductal Eixo vascular revestido por tecido epitelial Centrais Acometem um único ducto com descarga papilar espontânea, uniductal sanguinolente ou serosa Pequeno nódulo no interior do ducto Periféricos Presentes em pequenos ductos proximais, sendo múltiplos e bilaterais Sem descarga papilar Raramente palpáveis Mastalgia 💡 Mamografia em pacientes após os 40 anos independente da mastalgia Cíclica Dor na mama com relação ao ciclo menstrual, sendo bilateral Mais frequente no quadrante superolateral pela maior presença de tecido mamário glandular Resposta anômala dos tecidos mamários as variações hormonais Aumento dos níveis de estradiol Insuficiência lútea Maior sensibilidade dos receptores hormonais Maiores níveis de prolactina Doenças Benignas da Mama 6 Pode ter relação com o uso de ACO —> Relação com a dose de progesterona Tibolona: Relacionada com menor incidência de mastalgia Tranquilizar paciente —> Queixa comum —> Não guarda relação com câncer de mama Evitar estimulantes e tabaco Sutiã apertado diminui a dor por evitar o movimento pendular Se necessário medicar, uso de AINEs, tamoxifeno (10 mg bloqueia o receptor de estrogênio) ou análogo de GnRH Pode-se recorrer à fitoterápicos —> Óleo de prímula ou vit. E 💡 Dopaminérgicos podem ser utilizados em caso de mastalgia por hiperprolactinemia Acíclica Unilateral, localizada, aguda ou em queimação Esteatonecrose —> Causada por traumas recentes Ectasia ductal Macrocistos mamários Dor referida extramamária —> A causa da dor não é mamária, tendo origem de uma outra queixa Musculoesqueléticas de origem torácica Unilateral, piorando com mobilização
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