Buscar

RESUMO GINECOLOGIA 1 (Embriologia genital, propedêutica ginecológica, ciclo reprodutivo, SUA, métodos contraceptivos, amenorreia, infecções, doenças benignas e malignas da mama, câncer de mama e DIP)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
 
embriologia genital 
Prof. Claudio Marcellini 
• GÔNADAS: 
- ovários 
• VIAS GENITAIS: 
- tubas uterinas 
- útero 
- vagina 
- vulva ou pudendo feminino 
 
SUPERIOR → tubas uterinas (ovidutos) 
 corpo uterino 
INFERIOR → colo uterino (cérvix) 
 vagina 
 vulva 
O trato genital feminino superior e inferior é separado pelo óstio interno. Essa estrutura é 
importante porque a vagina possui muitos microrganismos, enquanto o trato superior não possui. 
O colo do útero possui uma série de mecanismos que não permitem que esses microrganismos 
ascendam da vagina para a cavidade do útero e para as tubas uterinas, já que existe essa 
comunicação. 
• MECANISMOS DO COLO DO ÚTERO: 
- pregas palmadas → impedem mecanicamente 
- muco → apresenta enzimas 
Durante a vida sexual ativa se adquire infecções que podem causar uma cervicite muito 
purulenta, como a gonorreia ou clamídia. Tem um momento no ciclo menstrual em que o 
mecanismo de proteção contra a ascensão se perde → na fase menstrual. 
Portanto, durante a fase menstrual a infecção pode ascender à cavidade uterina, podendo 
causar uma endometrite, salpingite (infecção das tubas) e, posteriormente, uma peritonite. 
Logo após o termino da menstruação, na fase proliferativa, essa mulher pode passar a 
apresentar sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
6% dos lactentes com malformações 
20% dos óbitos perinatais 
10% das malformações são genitais e urinárias → 70% causa desconhecida; 20% genética 
hereditária e 10% de fatores ambientais. 
 
I – GENÉTICO OU CROMOSSÔMICO: 
As vezes em uma situação de duvida é necessário fazer o cariótipo. 
 
X e Y são os cromossomos sexuais. 
No braço curto do cromossomo Y tem um gene chamado SRY. Esse gene produz uma proteína 
chamada fator determinante testicular. Portanto, as células que possuem esse gene vão formar 
o testículo como gônada. 
O testículo produz duas substâncias: 
- testosterona (células de Leydig) → faz com que se desenvolva as vias seminíferas (epidídimo, 
ducto deferente, ducto ejaculatório). 
- fator de inibição mulleriana (células de Sertoli) → impede o desenvolvimento do ducto de 
Muller 
Na ausência do testículo: 
Não produzir o fator de inibição mulleriano, desenvolvendo via genital feminina, e não 
desenvolve a via seminífera, porque não vai ter testosterona. 
OBS: pode ter um cariótipo XY, mas com o SRY deletado, translocado ou alterado, dessa forma o 
homem pode ter fenótipo feminino e azoospermia (como na Síndrome de Klinefelter). 
Se tiver testículo e produzir testosterona, o fenótipo será masculino. Portanto, quem determina o 
fenótipo é a testosterona. Contudo, se apresentar um defeito no receptor de testosterona, vai 
apresentar fenótipo feminino. Assim como ter um defeito na enzima que transforma a 
testosterona na sua forma ativa, a hidrotestosterona. 
II – GONADAL E DUCTAL: 
As gônadas são determinadas pela presença ou não da testosterona, que por sua vez depende 
do gene SRY. 
III – SOMÁTICO OU FENOTÍPICO 
IV – CIVIL 
V – PSICOSOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
De início, as células germinativas são diploides (XX ou XY). Quando começa a proliferação das 
células da granulosa forma uma cavidade chamada de antro, até chegar no folículo maduro, 
chegando ao meio do ciclo, onde ocorre a primeira divisão meiótica. Portanto, quando ovula, o 
ovulo é haploide (22X). Sofre uma segunda divisão meiótica quando ocorre a fecundação. 
Portanto, a mulher dá origem a apenas um óvulo. 
Esse óvulo é fecundado e passa a ser chamado de zigoto ou ovo. 
 
 
A fecundação do óvulo ocorre na ampola da tuba uterina. O zigoto é transportado até o útero, 
conforme caminha pela tuba até chegar na cavidade uterina vai sofrendo uma transformação. 
Essa célula que era única vai se dividindo e formando a mórula. 
Depois da mórula, quando chega na cavidade uterina, forma uma massa celular em uma 
extremidade e uma cavidade, passando a ser chamada de blastocisto. 
O blastocisto se implanta no endométrio gravídico, que se chama decídua. Começando o 
desenvolvimento embrionário. 
CAMADAS DA MASSA CELULAR INTERNA: 
- epiblasto 
- hipoblasto 
Quando o ovário está se formando células 
germinativas (oogônias) colonizam a gônada 
em formação. Essas células germinativas 
acabam sendo envolvidas por uma camada de 
células chamadas de células da granulosa, o 
que forma o folículo. 
Na vida intrauterina a mulher apresenta 
aproximadamente 7 mi de células germinativas. 
Quando nasce, apresenta de 1 a 2 milhões. 
Já na puberdade tem de 300 a 400 mil células 
germinativas. 
Portanto, há um processo de redução da 
quantidade de células germinativas. 
Durante a vida a mulher: 
Ovula 12 meses por ano durante 30 anos → 
utiliza 360 óvulos. 
Portanto, de 300 mil oócitos, a mulher utiliza 
apenas cerca de 360. 
 
 
4 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
Essas duas lâminas vão formar os 3 folhetos embrionários: mesoderma, endoderma e ectoderma. 
Na imagem C tem-se o embrião dentro da cavidade amniótica. 
O mesoderma intermediário forma a crista urogenital, que dará origem ao sistema excretor do 
embrião e à gônada. No interior da crista urogenital há células germinativas. Portanto, a crista 
urogenital é formada pelo mesoderma intermediário. 
 
A crista urogenital dará origem à gônada e ao sistema excretor. 
O sistema excretor do embrião passa por 3 fases distintas: 
- pronefro (não é funcionante e dura uma semana) 
- mesonefro 
- metanefro (dará origem ao rim definitivo) 
O embrião tem o desenvolvimento, portanto, de 3 sistemas excretores. 
O desenvolvimento do sistema urinário, das glândulas suprarrenais, do sistema genital e dos 
canais inguinais ocorrem concomitantemente. 
 
 
• DESENVOLVIMENTO DAS GÔNADAS: 
De início as gônadas são indiferenciadas e são formadas na crista urogenital que é de origem 
mesodérmica. 
Para dentro dessa crista urogenital começam a migrar células germinativas. Algumas dessas 
células germinativas são XX, outras são XY. 
Essa fase indiferenciada está em torno da 4/5ª semana embrionária (a semana embrionária é 
contada a partir da fecundação). 
As células germinativas que possuem XY determinam o desenvolvimento do testículo. 
 
As células germinativas estão migrando para a crista urogenital. Essa crista vai formar duas: 
mediana e lateral. 
A mediana vai dar origem à gônada, enquanto a crista lateral vai dar origem ao rim 
intermediário (mesonefro). 
O mesonefro precisa levar essa excreta até a cloaca para ser exteriorizada, o que é feito por 
meio do ducto mesonéfrico (ducto de Wolff). 
A cloaca recebe as excretas do digestório e do mesonefro. 
Posteriormente, ainda na fase indiferenciada, vai aparecer um segundo ducto a partir de uma 
invaginação da crista genital. Assim, a mulher vai apresentar 2 ductos → mesonéfrico e 
paramesonéfrico (de Wolff e Muller). 
O ducto mesonéfrico se degenera e desaparece, assim como o mesonefro, nas mulheres. Em 
homens, o ducto mesonéfrico forma a via seminífera. 
O mesonefro dará origem ao metanefro que é o rim definitivo. 
 
5 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
O ducto paramesonéfrico tem seu desenvolvimento impedido nos homens por causa da 
presença do fator de inibição mulleriano. Enquanto se desenvolve nas mulheres e forma o ducto 
mulleriano. 
 
TESTÍCULO: 
 
OVÁRIO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir da superfície da gônada começam a aparecer cordões 
medulares. Esses cordões vão dar origem aos túbulos seminíferos e a 
rede testicular. 
O ducto mesonéfrico (de Wolff) vai dar origem ao ducto deferente. 
Enquanto o ducto de Muller regride por causa da influência do fator 
de inibição mulleriano. 
Essa gônada começou a se desenvolver porcausa da influência do 
gene SRY, passando a produzir testosterona e fator de inibição 
mulleriano. A testosterona desenvolveu o ducto mesonefrico, 
enquanto o fator de inibição mulleriano fez o paramesonéfrico 
regredir. 
 
 
 
O desenvolvimento do ovário começa semelhante ao desenvolvimento 
do testículo. 
Primeiro apareceram os cordões medulares que desaparecem e ficaram 
apenas resquícios. 
Surgiram posteriormente uma segunda ordem de cordões: os cordões 
corticais. 
Os cordões corticais envolvem as células germinativas → folículos 
primários. 
Como a testosterona está baixa, o ducto mesonéfrico não se desenvolve. 
Por outro lado, como não há fator de inibição mulleriana, vai ter 
desenvolvimento do ducto de muller. 
 
Ao mesmo tempo em que o mesonefro está regredindo, o 
metanefro está se desenvolvendo. 
O septo urorretal vai dividir a cloaca em uma parte anterior e outra 
posterior. 
Na 7ª semana a cloaca sofre uma diferenciação promovida pelo 
septo urorretal, sendo dividida em 2 partes (anterior e posterior). A 
parte anterior dá origem ao seio urogenital (origina uretra, bexiga 
e vagina) e a posterior dá origem ao canal anorretal. 
O septo urorretal encosta na pele e forma o períneo entre a 
vagina e o ânus. 
 
 
6 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESTOS EMBRIONÁRIOS: 
 
 
 
 
 
 
 
ANOMALIAS: 
O ducto paramesonefro vem dos 
dois lados e se unem na linha 
mediana. Podem aparecer 
algumas anormalidades quando 
essa fusão não ocorre 
corretamente, podendo formar um 
útero duplo, útero bicorno, 
unicorno (anomalia de 
desenvolvimento). 
Quando a mulher apresenta um 
útero unicorno pode também 
apresentar uma agenesia renal 
associada. 
• DIVISÃO DA CLOACA E FORMAÇÃO DO SEIO UROGENITAL: 
A cloaca é dividida pelo septo urorretal, formando o seio urogenital na parte anterior e o canal 
anorretal na posterior. 
O ducto paramesonéfrico, que ainda não regrediu, encosta no seio urogenital (origem 
endodérmica), formando um abaulamento dentro do seio, esse abaulamento se chama 
tubérculo de muller. 
Quando encosta, o seio endodérmico reage e empurra o ducto de muller de volta, o que forma 
a lâmina epiteliovaginal. 
Assim, a maior parte da vagina é de origem mulleriana, o terço inferior da vagina e o hímen são 
de origem do seio urogenital. 
 
Na nona semana o ducto de Wolff está se degenerando, enquanto 
o ducto de muller está indo na direção ao seio urogenital, o que vai 
dar origem ao útero, tuba uterina e parte da vagina. 
Nessa fase já tem o rim definitivo. 
Com 12 semanas já está tudo diferenciado. 
 
Há restos embrionários do ducto de Wolff que são importantes 
porque podem formar cistos, como epóoforo, paraooforo e cisto 
de Gartner. 
 
 
7 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
Hoje acredita-se que a maior parte da vagina tem origem do seio urogenital, diferente 
da primeira teoria descrita acima: 
Parte superior da vagina → origem do ducto mulleriano 
Dois terços inferiores da vagina → origem do seio urogenital 
Portanto, do ducto mulleriano se origina a tuba, útero e terço superior da vagina. 
 
• DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA: 
A genitália externa, assim como a interna, apresenta 
uma fase indiferenciada e bipotencial, constituindo-se de 
tubérculo genital, seio urogenital e dobras labioescrotais. 
Acima da membrana cloacal surge o tubérculo genital (dará 
origem ao clitóris na mulher e a glande do pênis no homem) e 
as pregas/eminências labioescrotais (darão origem aos lábios 
maiores na mulher e ao escroto no homem); ao redor na 
membrana cloacal surgem as pregas uretrais (darão origem 
aos lábios menores na mulher e a face ventral do pênis no 
homem). 
A masculinização da genitália indiferenciada é induzida pela 
testosterona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
propedêutica ginecológica 
Prof. Maria Silvia 
- anamnese 
- exame físico geral 
- exame físico específico/ginecológico 
 
• QUEIXA E DURAÇÃO 
• HPMA/ISDA: 
Caracterizar muito bem a queixa do paciente. 
Se for dor → intensidade da dor (0-10), quanto limita o dia a dia da pessoa 
Fatores de melhora e piora 
Sintomas associados 
Tratamentos e exames anteriores 
• ANTECEDENTES PESSOAIS: 
DM ou HAS → não podem utilizar anticoncepcional combinado (opta-se por métodos de 
barreira) – anti-hipertensivo associado a anticoncepcional aumenta o risco de tromboembolismo 
Uso de medicações → a interação medicamentosa (ex: no caso de tomar anticoncepcional e 
antibiótico, deve-se dar um intervalo entre os dois comprimidos, não ingerir os dois ao mesmo 
tempo, para que não diminua a eficácia) – o ideal é que o anticoncepcional não seja tomado 
junto com outros remédios 
Antecedentes cirúrgicos 
Hábitos pessoais (tabagismo) – o cigarro associado ao anticoncepcional aumenta o risco de 
AVC tanto isquêmico como hemorrágico 
• ANTECEDENTES FAMILIARES: 
• Neoplasias malignas → para fazer rastreamento de câncer de mama (perguntar grau de 
parentesco e a idade em que ocorreu) 
• DM/HAS 
• Osteoporose 
• Doenças infecto contagiosas (se a mãe teve hepatite, por exemplo) 
• ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS: 
• Menarca (idade da primeira menstruação) 
• Menopausa (ultima menstruação depois que a mulher fica um ano sem menstruar) → antes 
de ficar um ano inteiro sem menstruar, o ciclo começa a ficar muito irregular. Essa 
irregularidade é chamada de período de climatério, que tem a menopausa como evento 
A menopausa é um evento, não é um período. O período que envolve a menopausa é o 
climatério. 
Os sangramentos que ocorrem após a menopausa devem ser investigados. 
• Dispareunia (dor na relação) → tem dois tipos (de penetração e de profundidade) 
• Sinusiorragia (sangramento durante a relação sexual) → pode ser devido a um câncer de 
colo do útero 
• Cauterizações → pandemia de HPV 
• DST 
• Cirurgias 
 
 
9 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
• ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: 
• Gestações/paridade (_G_P_A) 
• Tipos de partos 
Múltiplos partos normais estão associados a algumas condições 
• Idade do 1º e último parto (mulheres que tiveram filho tardiamente tem risco maior para 
câncer de mama, enquanto jovens tem maior risco de terem câncer de colo de útero) 
A glândula mamária completa sua maturidade após a gestação, portanto, quanto mais tempo 
a mulher demora a engravidar, mais tempo o epitélio mamário imaturo fica exposto à influencias 
oncogênicas. Aquela que engravida mais nova tem seu epitélio mamário se desenvolvendo 
mais cedo. 
• RN termo/prematuro/natimorto 
• Complicações 
No pronto socorro é fundamental avaliar o estado físico geral → BEG/REG/MEG 
Exame de mamas, exame de abdome e exame ginecológico. 
• EXAME DE MAMA: 
- inspeção estática e dinâmica → olhar a mama 
A mama é englobada por 2 fáscias (profunda e superficial), entre elas há fibras de Cooper. 
Quando tem um tumor, esse tumor pode comprimir essas fibras durante o movimento. 
- palpação (sempre palpar os linfonodos axilares e supraclaviculares) 
- expressão (palpar os mamilos) 
Sempre procurar um abaulamento que pode ser nódulo, pele com aspecto em casca de laranja 
(pode ser carcinoma inflamatório), retração de mamilo (tipo de câncer que cresce atrás do 
mamilo e causa retração do mesmo), secreção sanguinolenta. 
 
Consistências possíveis de câncer de mama: 
- cístico 
- endurecida 
- fibroelástica 
Sempre localizar a alteração sentida clinicamente (pode dividir em 4 quadrantes ou em horas). 
• EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS: 
- inspeção e palpação 
- pilosidade 
- formações labiais/simetria 
- meato uretral/glândulas 
- hímen/períneo 
Um ciclo menstrual normal varia de 25 - 32 dias de intervalo. 
Só pode considerar um ciclo irregular se não se encontrar nesse intervalo por 3 meses 
consecutivos.10 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
- prova de esforço (quando a queixa de incontinência urinária ou avaliar prolapso de vagina, 
bexiga ou reto) → Manobra de Valsalva 
Tem exames específicos para avaliar o grau de incontinência urinária. 
As glândulas podem obstruir e formar cistos, mas é muito raro apresentar câncer. 
• EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS: 
- vagina, útero, anexos, ligamentos 
- exame especular: 
Sempre antes do exame de toque. 
Avaliar vagina, colo uterino e fundo de saco. 
Junção escamocolunar → onde se inicia o câncer do colo do útero. 
- toque vaginal: 
Na ginecologia costuma ser unidigital. 
Na obstetrícia deve ser bidigital. 
A avaliação deve ser acima da sínfise púbica. 
- toque retal → somente nos casos de câncer de colo uterino 
 
A colpocitologia ficou conhecida como Papa Nicolau, mas o Papa Nicolau na verdade é o 
nome da coloração. 
Pelo Ministério da Saúde a citologia deve começar a ser feita a partir dos 25 anos em mulheres 
não virgens. 
Conduta do ministério da saúde: fazer 2 vezes (dois anos seguidos), se as duas vierem negativo 
passa-se a fazer de 3 em 3 anos. 
Contudo, após 1 ano da primeira relação sexual é comum ser feito anualmente. 
Colpocitologia: tem o objetivo de avaliar células atípicas para pesquisa de câncer de colo de 
útero. Portanto, quando se quer descobrir qual o fungo ou bactéria que está presente em uma 
secreção, o que deve ser pedido é exame a fresco ou cultura específica. 
• CANDIDIASE: 
Exame a fresco → pegar a secreção, colocar em uma lâmina e pingar soro fisiológico e colocar 
no microscópio. 
Corado pelo gram. 
• VAGINOSE BACTERIANA (Gardnerella): 
Secreção acinzentada com microbolhas. O útero pode ficar um 
pouco avermelhado. 
Odor fétido muito forte. 
Na citologia vem com “clue cells”, que é a célula de útero normal 
com a bactéria presente. 
 
 
 
• TRICOMONÍASE: 
Secreção macrobolhosa, conteúdo não tão cinza. 
O colo do útero fica com uma colpite difusa (aspecto de framboesa). 
Na citologia ou na coloração por gram pode-se identificar o tricomonas 
flagelado. 
• COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA: 
A coleta deve ser adequada. 
Pode coletar o material e colocar em uma lâmina ou na citologia líquida. 
A citologia líquida tem suas vantagens, primeiro porque todo o material coletado consegue ser 
avaliado, enquanto na lâmina a avaliação ocorre apenas do conteúdo que foi colocado na 
 
11 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
mesma. além disso, é possível fazer outras pesquisas desse mesmo conteúdo, como pesquisa 
genética, clamídia, HPV. Contudo, é um exame bem mais caro. 
MÉTODO: ir com a escovinha até o colo do útero, girar 360º para pegar todo a junção 
escamocolunar do colo do útero. 
 
Quando não tem ectopia (exteriorização do epitélio colunar), a junção escamocolunar se 
localiza dentro do útero. Por isso que as vezes pode ter um câncer dentro do colo do útero que 
não aparece no exame. Assim, deve-se ficar atento ao colo de útero sem ectopia, pois nessa 
situação o exame deve ser feito mais a fundo. 
 
Para cada classificação é uma conduta que deve ser gravada. 
• negativo (células normais) 
• inflamatório 
• atipias escamosas (célula com núcleo diferente do normal) → depende de qual célula 
está atípica e o grau dessa atipia 
Atipia escamosa → ASC-US (atipias de significado indeterminado) 
 ASC-H (não se descarta lesão de alto grau) 
Atipia glandular → ASG-US/AGC 
• lesões intraepiteiais de baixo grau (NIC I) → até esse grau, as lesões podem regredir 
• lesões intraepiteliais de alto grau (NIC II e III) → deve ser feita a retirada dessa lesão 
(colposcopia) 
• carcinoma espinocelular in situ/invasivo 
• adenocarcinoma endocervicais/endometriais 
 
• COLPOSCOPIA: 
Avaliar o colo e vagina com aumento (no colposcópio). 
Teste de Schiller: solução com o iodo. Uma célula pobre 
em glicogênio é corada pelo iodo (epitélio pavimentoso 
bem epitelizado, ou seja, normal). 
NORMAL → iodo positivo, teste de Schiller negativo 
Quando se tem uma lesão nesse epitélio, ao passar a 
solução e a região não se corar, indica teste de Schiller 
positivo. Essa área suspeita é direcionada à biopsia. 
OBJETIVO: direcionar o local a ser feito a biópsia. 
 
12 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
OBS: o epitélio colunar também não se cora com o iodo. Apenas o epitélio 
escamoso. Nessa foto ao lado está normal, por exemplo, apenas o epitélio colunar 
que não está corada. 
A área deve ser biopsiada para avaliar, mas não é sinônimo de câncer de colo de 
útero, há outras causas. 
A biopsia deve ser feita no local mais suspeito, caso contrário, vai se chegar a um 
subdiagnóstico. 
• VULVOSCOPIA – teste de Collins (azul de toluidina 1% e ácido acético 1%): 
Passa esse azul de toluidina na vulva e retira esse azul com ácido acético, a área em que estiver 
mais corada é onde deve direcionar a biópsia. 
Portanto, tanto o teste de Collins quanto o de Schiller servem para avaliar a integridade do 
epitélio e direcionar a biópsia. O primeiro da vulva e o segundo no colo de útero e vagina. 
 
mede-se quantos cm tem do fundo do útero até o colo 
 
Toda vez que se está a frente de um sangramento que não se conhece a causa, deve-se 
investigar e avaliar o endométrio. 
Sangramentos após a menopausa devem ser investigados. 
A histeroscopia é o padrão ouro de biópsia de endométrio → câmera de vídeo para avaliar 
dentro da cavidade uterina. 
Também pode ser feito por aspiração (AMIU) ou biopsias ambulatoriais. 
Além disso, quando não há os testes acima pode ser feito uma curetagem. 
 
Quando se tem alguma alteração nos órgãos internos, como miomas, alterações no ovário, 
endometriose etc. 
Podem ser tanto para meio de diagnóstico como para cirurgia. 
 
 
Exame muito utilizado para ver se as trompas estão pérvias ou não (muito utilizado em 
laboratórios para teste de infertilidade). 
Se injeta um contraste dentro do útero e posteriormente é feito um raio-X, se esse contraste 
chega até a trompa indica que o exame está normal, se para no útero indica que a tuba está 
obstruída, podendo indicar a causa de infertilidade. 
Alguns subtipos da clamídia causa uma endometrite, podendo causar obstrução das trompas. 
Além disso, também é possível observar malformações uterinas, como útero bicorno ou 
arqueado. Essa alteração não consegue ser bem identificada no USG. 
No primeiro raio-x o contraste passou, já no segundo não. 
 
13 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
não é exame de rastreamento (nem de mama, nem de ovário, nem de 
endométrio)
• MAMAS: 
Deve ser pedido quando a paciente tem alguma clínica (ao palpar sentiu algum nódulo ou 
abaulamento) ou se teve alguma alteração na mamografia que não pode ser visualizada 
corretamente. 
• PÉLVICA: 
Somente se a paciente possui alguma clínica (irregularidade menstrual, dor, algum achado no 
exame de toque). 
Se quiser fazer um USG para ver se o útero é normal tudo bem, mas não tem necessidade de 
ficar realizando todo ano se não há indicação para tal. 
 
 
Diminui a taxa de mortalidade pelo câncer de mama. 
DE ACORDO COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE: acima dos 50 anos, feito a cada 2 anos, até os 60 
anos. 
Mas no Brasil, a maioria dos casos de câncer ocorrem antes dos 50 anos, então esse protocolo é 
falho, o que não é levado em consideração. 
A mamografia deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos e fazer anualmente. 
Duas incidências em cada mama, uma craniocaudal e outra médio-lateral. 
• BI-RADS: 
 
1 E 2: RISCO MUITO BAIXO PARA CÂNCER 
4 E 5: DEVEM SER ENCAMINHADOS PARA ESTUDO ANATOMO-PATOLÓGICO 
6: FEZ TRATAMENTO E AINDA NÃO OPEROU (já foi biopsiado previamente) 
 
Parte escura na mamografia: gordura 
Parte mais clara: tecido ou nódulos 
Também podem ser observados linfonodos 
 
 
Também não é um exame a ser feito sem indicação, como USG. 
Paciente fica em um campo magnético apóstomar um contraste 
para medir o quanto aquela área está captando ou não esse 
contraste. Quanto mais rápido capta esse contraste indica 
neovascularização e toda área de neovascularização é suspeita para 
câncer. 
 
 
14 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
• INDICAÇÕES: 
EM MAMA → paciente de risco para câncer de mama 
 paciente jovem que tem câncer de mama (avaliar extensão e se há outros focos) 
 ressonância pré-operatória para ver o quanto o câncer está acometendo a mama 
 
PELVE → suspeitas de endometriose (USG simples não consegue identificar focos de 
endometriose simples, apenas USG com preparo de intestino) 
 
Ajuda na conduta cirúrgica, o quanto precisa ser operado no caso de câncer de mama. 
Não deve ser feito como rastreamento, mesmo para câncer de mama → apenas em pacientes 
de alto risco muito jovens que tem a mama muito densa (2 exames por ano, uma mamografia e 
uma ressonância magnética). 
 
Quando é visto mais de um foco de nódulo na RM, essa paciente não é mais candidata a um 
procedimento cirúrgico. Portanto, a RM é importante para auxiliar na conduta cirúrgica. Além 
disso, também tem um custo maior em comparação ao USG e a mamografia. 
A RM também pode visualizar as malformações uterinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
endocrinologia reprodutiva 
• Neurotransmissores (ex: adrenalina e 
noradrenalina) 
• Neurohormônios → são hormônios 
produzidos pelo neurônio 
• Hormônios (secreção endócrina) → 
produzido em glândulas 
• Comunicação parácrina/autocrina/ 
intracrina 
• Receptores de membrana e intracelular 
(lipofílicos/esteroides) 
 
Os hormônios são lançados na corrente 
sanguínea e vão atuar em órgãos distantes. 
Mas nem sempre a ação é só a distância, 
muitas vezes uma célula vizinha da célula 
secretora pode influenciar sua função, a isso 
se dá o nome de comunicação parácrina. 
Além disso, a própria célula secretora pode 
regular sua própria secreção (autócrina). 
Não adianta produzir o hormônio e não ter o 
receptor de membrana específico no órgão 
efetor. 
Exemplo: síndrome de Morris (tem 
testosterona, mas não tem fenótipo 
masculino porque não tem 
 
• Pinel/epífise: é uma glândula que se 
encontra no diencéfalo (área entre os 
hemisférios cerebrais). 
Apresenta algumas estruturas, como os 
talamos (órgãos que regulam a aferência 
sensitiva) e o hipotálamo e a glândula epífise 
ou pinel (produz a melatonina – via neural 
que comunica a retina com a pineal). 
A melatonina bloqueia algumas glândulas 
que tem a ver com os eventos reprodutivos 
(relação com o desenvolvimento puberal). 
A hipófise também tem relação com o ciclo 
menstural 
• Órgão subcomissural 
• Hipófise 
• Hipófise faríngea 
 
 
 
• Tireoide: 
No hipotálamo é produzido uma substância 
TRH. Essa substancia hipotalâmica chega na 
hipófise. Na hipófise tem uma célula 
chamada tireotrófo, que vai produzir os 
hormônios TSH. 
O TSH produzido na hipófise vai agir na 
tireoide, produzindo T3 e T4. À medida que 
aumenta a produção de T3 e T4, é enviado 
a informação ao hipotálamo e hipófise que 
não é mais necessário produzir TRH e TSH 
(feedback negativo). 
Em uma doença autoimune da tireoide, 
como tireoidite de Hashimoto, a produção 
de T3 e T4 sofre uma queda. Com isso, o TRH 
e TSH aumentam. 
O TRH além de estimular o TSH também 
estimula outra célula da hipófise que libera 
prolactina, por isso que a prolactina também 
sobe. Com essa grande liberação de 
prolactina a paciente vai apresentar 
galactorreia e para de menstruar (entra em 
amenorreia). 
Em uma situação que não se sabe da 
tireoidite de Hashimoto e a paciente 
aparece no consultório com galactorreia e 
amenorreia → os possíveis diagnósticos 
pensados são uso de 
ansiolíticos/antidepressivos, tireoidismo ou 
tumor de hipófise. 
• Paratireoides: 
A paratireoide produz paratormônios. 
Paciente na pós-menopausa é pedido 
densitometria óssea que demonstra que ela 
tem perda de massa óssea, o que pode 
ocorrer pela queda de estrogênio, mas pode 
ter um diagnostico diferencial pelo 
hiperparatireodismo. 
• Timo: 
Glândula que se encontra na infância e 
desaparece no adulto. 
Alguns acreditam que a regressão do timo 
tem relação com a puberdade. 
• Coração (hormônio natriurético) 
• Supra-renais: 
Produzem adrenalina e noradrenalina na 
medular. 
Cortisol, aldosterona e esteroides sexuais 
(androgênios) no córtex. 
 
16 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
Paciente com 60 anos que começa a ser 
uma alopecia, desenvolver barba, hipertrofia 
de clitóris e muscular, indica que essa 
paciente está produzindo testosterona, que 
é produzido ou no ovário ou na supra-renais. 
Portanto, a supra-renal está relacionado 
com o hiperandrogenismo, virilização. 
• Placenta 
• Pâncreas 
• Gônadas 
• Estômago 
• Intestino 
• Rins 
 
• HIPOTÁLAMO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local de integração de informações com 
origem no meio ambiente, SN supra-
hipotalâmico e sistemas orgânicos. 
O hipotálamo tem várias funções, uma delas 
é a endócrina, além da neurovegetativa. 
No hipotálamo tem aglomerados de corpos 
celulares (núcleos) que produzem neuro-
hormônios. Além da função endócrina, o 
hipotálamo tem um centro de regulação 
térmica, influenciando na vasodilatação e 
sudorese quando o indivíduo está com calor, 
por exemplo. 
Além disso, também é responsável pela 
fome, sede, desejo sexual, saciedade. 
 
Puérpera vê o bebê, escuta o choro e sente 
o cheiro → a retina, a orelha e o olfato se 
comunicam com o hipotálamo → liberação 
de ocitocina → vai na mama → contrai os 
ductos lactíferos promovendo ejeção do 
leite. 
 
 
 
 
• CIRCULAÇÃO PORTAL HIPOTALAMO-
HIPOFISARIA: 
 
A hipófise se encontra no osso esfenoide, na 
sela túrcica. 
A hipófise é um prolongamento do SNC para 
dentro da sela túrcica. Dessa forma, dentro 
da hipófise vai ser encontrado tecido 
nervoso (neurohipófise). Enquanto a parte 
anterior da hipófise é de origem epitelial, se 
originou da faringe (adenohipofise). 
Nos núcleos hipotalâmicos são formados 
neurônios que vão se depositar na 
neurohipófise, como a ocitocina e a 
vasopressina (hormônio anti-diurético). 
Porém, a adenohipófise não tem 
comunicação com o SNC. Portanto, os 
hormônios do hipotálamo têm que chegar 
na adenohipofise por meio da circulação, 
pelo sistema porta hipofisário. 
 
Os neurohormônios são produzidos no 
hipotálamo e vão até a hipófise através do 
sistema porta hipofisário. 
Na hipófise vão ter varias células produzindo 
diferentes hormônios. 
Esses neurohormônios do hipotálamo 
estimulam ou inibem a liberação de 
hormônios hipofisários. 
• FATORES DE LIBERAÇÃO: 
- GnRH → age no gonadotrofos para liberar 
gonadotrofinas (TSH e LH) 
- TRH → fator que estimula a liberação do TSH 
e prolactina 
- CRH → age na hipófise liberando ACTH 
- GHRH → libera hormônio do crescimento 
• FATRES DE INIBIÇÃO: 
- PIF (dopamina) → inibe a prolactina 
Ex: tumor de hipófise produtor de prolactina 
e o paciente tem um quadro de galactorreia 
 
17 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
e amenorreia, pode ser dado a essa 
paciente uma droga dopaminérgica. 
Obs: a célula que produz prolactina é 
estimulada pelo TRH e é inibida pola 
dopamina. 
- somatostanina → inibe o hormônio do 
crescimento 
 
É um núcleo do hipotálamo que produz 
GnRH, mas está sobre influencia de outros 
fatores. 
O controle desse núcleo é feito por outros 
neurotransmissores. 
O GnRH leva a síntese, armazenamento, 
ativação e secreção das gonadotrofinas. 
 
 
O GnRh é um neuro-hormônio e é um 
polipeptídio com 10 aminoácidos. Tem a 
capacidade de aumentar a secreção e 
reserva de FSH e LH. Portanto, é um fator de 
liberação para 2 hormôniosdiferentes, o FSH 
e o LH. A liberação de FSH no ciclo menstrual 
não é igual à liberação de LH, isso funciona 
assim porque o GnRH é liberado em 
frequências e amplitudes diferentes. 
De acordo com a frequência e amplitude 
pode liberar um hormônio ou o outro. 
O FSH e o LH são liberados no sangue e vão 
para o ovário, onde tem folículos primordiais. 
O FSH vai atuar sobre o folículo fazendo o 
desenvolvimento folicular, pega o folículo 
primordial até desenvolver o folículo maduro, 
que se rompe e faz a mulher ovular. 
FSH → desenvolvimento folicular. 
No meio no mês o folículo está maduro e 
precisa de outro hormônio para ser rompido, 
esse hormônio é o LH. 
Posteriormente, o LH torna o folículo 
luteinizado, formando o corpo 
lúteo/amarelo. 
LH → rompe o folículo já maduro e formação 
do corpo lúteo. 
O ovário começa a produzir hormônios, os 
estrogênios (estradiol e estrona) e 
progesterona. Os hormônios ovarianos são 
responsáveis pelo preparo do endométrio 
para a gravidez (prepara para a nidação). 
Estrogênio → prolifera a endométrio 
Progesterona → torna o endométrio secretor 
O órgão efetor do ovário é o endométrio. 
A produção de hormônios ovarianos faz um 
feedback negativo e inibe a secreção de LH 
e FSH porque o folículo já está maduro. 
Um pouco antes do folículo romper, o 
estrogênio está em grande quantidade, o 
que libera LH (em uma quantidade pequena 
de estrogênio, inibe o LH, mas quando em 
grande quantidade, faz um 
feedbackpositivo). 
 
Gráfico que mostra a frequência e 
amplitude de pulso. Mesmo neurohormônio 
que pode estimular a liberação de dois 
hormônios diferentes. 
 
 
 
 
 
 
18 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
Antagonista: substância parecida com o 
GnRH, ocupa o seu receptor e impede que o 
GnRH se acople ao seu receptor. 
Portanto, na prática medica pode-se utilizar 
uma substância parecida com o GnRH, mas 
que tenha função antagonista. 
O objetivo é inibir o LH e FSH, não produzindo 
esses hormônios. 
Pode ser utilizado para tratar a puberdade 
precoce, mioma uterino, câncer de mama e 
endometriose. 
Ex: menina de 6 anos que chega ao 
consultório com pelos, desenvolvimento 
mamário e menstruando, ou seja, 
puberdade precoce. Se essa menina 
produzir estrogênios vai interromper o 
crescimento dessa criança, nesse caso se 
utiliza o antagonista de GnRH. 
 
✓ FSH (hormônio folículo estimulante) – 
produzido pelo gonadotrofo 
✓ LH (hormônio luteinizante) - produzido 
pelo gonadotrofo 
✓ PRL (prolactina) → produzido pelo 
lactotrofo 
✓ ACTH (hormônio corticotrofo) 
✓ Hormônio tireotrófico 
✓ GH – Hormônio do crescimento 
✓ MSH – Hormônio melanócito estimulante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CRH é secretado pelo hipotálamo (fator 
de liberação da corticotrofina), vai estimular 
a adenohipofise a produzir ACTH, que vai 
agir na córtex da suprarrenal e vai estimular 
a produção de cortisol, que vai agir com 
feedback negativo inibindo o CRH no 
hipotálamo e o ACTH na hipófise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O GHRH é liberado pela hipoglicemia, age 
na hipófise e libera o hormônio do 
crescimento. O hormônio do crescimento vai 
pegar o glicogênio e formar glicose, quando 
a glicose é formada começa a aumentar a 
concentração de glicose. Esse aumento de 
glicose vai fazer um feedback negativo na 
área hipotalâmica. Portanto, o hormônio do 
crescimento é estimulado pela hipoglicemia. 
Em situações de hiperglicemia, começa a 
estimular um hormônio de inibição que atua 
sobre o hormônio do crescimento e o inibe. 
O sono diminui a glicemia. Dessa forma, o 
GHRH quebra o glicogênio e forma glicose, 
dessa forma, quando dorme, cresce. 
O exercício causa uma hipoglicemia, o 
hormônio do crescimento é liberado, 
também ajuda a crescer. 
 
19 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
 
 
 
Pressão osmótica alta → os osmorreceptores identificam que o 
indivíduo precisa aumentar a secreção de hormônio antidiurético 
para reter água 
O hormônio antidiurético age no rim retendo água (aumenta a 
permeabilidade do ducto coletor), diminui a perda por 
transpiração das glândulas sudoríparas e leva à vasoconstrição. 
Quando está diluído, inibe a liberação dos hormônios 
antidiuréticos, assim, estimula a formação de urina, causa 
vasodilatação e perda sudorípara. 
 
Os núcleos hipotalâmicos supraoptico e 
paraventricular levando a ocitocina e 
vasopressina até a neurohipófise onde 
é acumalada. 
A neurohipófise não produz hormônios, 
apenas armazena. 
 
20 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
A ocitocina age no útero. Portanto, no final da gravidez o útero é distendido, e essa distensão 
uterina libera ocitocina. Células neurosecretoras do hipotálamo secretam ocitocina em resposta 
à distensão uterina. Além disso, agem das glândulas mamarias estimulando a ejeção do leite. 
Situação clínica: mãe durante a gravidez produz grande quantidade de prolactina, mas não 
tem leite. E isso ocorre porque o receptor de prolactina está bloqueado pelo estrogênio da 
placenta. Quando ocorre a dequitação (saída da placenta), cai o estrogênio e libera o receptor 
de prolactina. A mãe, após 2-3 dias do parto passa a produzir leite. 
O problema é quando se tem muita produção de leite, fazendo com que a mama fique cheia 
de leite. Pode ser dado um remédio de ocitocina para ajudar na ejeção do leite. 
• OCITOCINA: 
- no final da gravidez aumentam os receptores de ocitocina 
- liberação de ocitocina durante a relação sexual, masturbação 
- papel no organismo (contração da musculatura) 
- sucção 
- ver, ouvir ou sentir cheiro do RN 
INIBIÇÃO → estresse, medo, vergonha, distração 
Ciclo menstrual de 28 dias, no começo do ciclo tem-se um folículo primário que vai crescendo, 
pré-antral, antral e folículo maduro (no meio do ciclo). 
O folículo maduro rompe e forma o corpo lúteo. 
 
A progesterona, que é produzida pelo corpo lúteo, no início do ciclo está muito baixa. Um pouco 
antes de ovular essa progesterona começa a subir, isso porque o folículo está sendo luteinizado 
pelo pico de LH. Esse aumento nos níveis de progesterona causa um pico de FSH. 
O LH forma o corpo lúteo, que produz progesterona em grande quantidade e estrógeno, o que 
vai inibir o LH e FSH. 
Quando o LH cai, o corpo lúteo regride. Com isso, para de produzir progesterona e estrógeno, é 
nesse momento que o endométrio descama e a mulher menstrua. 
 
Beta-HCG, produzido pela placenta, é um hormônio igual ao LH. Portanto, se a mulher 
engravidar, produz beta-HCG. Assim, o corpo lúteo se mantém até a décima semana de 
gravidez. Quer se manter para manter o endométrio e evitar o abortamento. Se a produção de 
beta-HCG for baixa pode causar um abortamento hormonal. 
Começo do ciclo tem FSH alto para estimular 
o desenvolvimento do folículo. Conforme o 
folículo vai se desenvolvendo, inicia a 
secreção de estradiol. Como consequência, 
o FSH começa a cair. Porém, mesmo com a 
queda do FSH o folículo não para de crescer 
porque o folículo aumenta o número de 
receptores para o FSH. 
Quando o folículo está maduro causa um 
pico de estrogênio. O LH está baixo e 
começa a subir até formar um pico. Esse 
pico ocorre porque o estrógeno está muito 
alto, o que promove esse pico de LH 
(feedback positivo). Posteriormente, o LH cai. 
 
 
21 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
 
 
 
Atleta de alta performance entra em 
amenorreia porque quer economizar 
hemácias. 
Para parar de menstruar tem que inibir o 
GnRH. 
O atleta produz grande quantidade de 
opioides endógenos, o que inibe o GnRH. 
O atleta é bem humorado porque esses 
opioides agem sobre os centros nervosos 
comportamentais. 
 
Estrógeno bloqueia o FSH, mas além disso, há 
muitos outros fatores capazes de aumentar 
ou diminuir a secreção de FSH. 
• AUMENTAM: 
- IGFs 
- fator de transformaçãobeta 
- activina 
- FGF (fibroblastos) 
• DIMINUEM: 
- inibina A e B 
- EGF (epidérmico) 
- TGFa 
- IGF 
Precisa saber que a inibina atua como se 
fosse o estrogênio inibindo o FSH e activina 
aumenta o FSH. 
 
 
O ovário possui uma função 
gametogenética e uma função endócrina 
(produz esteroides). 
Esteroides são substancias derivadas do 
colesterol. 
• FUNÇÃO ENDÓCRINA: 
- esteroides 
- peptídeos (activina, inibina e folistatina) 
- fatores de crescimento 
• ESTEROIDES: 
- estradiol 
- estrona 
- progesterona 
- androstenediona 
- testosterona 
Os androgênios na mulher são importantes 
para aumentar a libido, pois não adianta 
ovular e não ter libido. 
• PEPTÍDEOS: 
- inibina 
- activina 
• FATORES DE CRESCIMENTO: 
- GnSAF 
 
22 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
 
Folículo é uma célula germinativa com 
camada da granulosa. Em volta das células 
da granulosa tem uma outra camada de 
cédulas, as células da teca. 
Tem um vaso sanguíneo chegando no 
folículo, se aproximando da teca, que é a 
parte mais externa do folículo. Esse vaso 
sanguíneo leva substrato para a produção 
dos hormônios esteroides, o que nesse caso é 
o colesterol. 
O sangue chega na teca e leva o colesterol 
(LDL). A célula da teca pega o colesterol e 
forma androgênios (testosterona e 
androstenediona). Enquanto isso, na 
membrana celular está agindo o LH, para 
jogar o colesterol para dentro da célula da 
teca. 
A célula da teca joga os androgênios para 
dentro das células da granuloma. A enzima 
aromatase transformar a testosterona em 
estradiol e a androstenediona em estrona. 
Além do FSH fazer o desenvolvimento 
folicular também estimula a aromatização. 
Se tiver LH alto → forma androgênios. 
Se o FSH tiver baixo → não faz a 
aromatização. 
Nessa forma, vai produzir muitos 
androgênios. 
 
✓ Fase folicular 
✓ Ovulação 
✓ Fase lútea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O folículo primordial é uma célula 
germinativa envolta pelas células da 
granulosa. Estão no início da meiose. 
Quando tem FSH, o folículo começa a 
crescer, formando o primário, pré-antral, 
antral e maduro. 
E alguns não formam, são vários folículos que 
regridem, formando apenas um folículo 
maduro. 
O folículo maduro se rompe e forma o corpo 
lúteo por ação do LH. 
Quem mantém o corpo lúteo e impede que 
ele regrida, forma a placenta que secreta 
beta-HCG e impede que o corpo lúteo 
regrida. 
 
✓ Fase descamativa ou menstrual 
✓ Fase proliferativa 
✓ Fase secretora 
 
 
23 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
Os esteroides são responsáveis pelo 
desenvolvimento do endométrio. 
O endométrio prolifera, as arteríolas basais se 
tornam espiraladas. 
 
No meio no ciclo o muco da mulher é 
cristalino e lembra clara de ovo, formando 
fios. 
O muco se prepara para que o 
espermatozoide tenha uma passagem. O 
muco forma como se fossem canais para o 
espermatozoide percorrer. 
Na segunda fase o muco fica amarelado e 
espesso, manchando a calcinha de 
amarelo. 
 
Na primeira fase do ciclo a citologia será 
diferente da segunda fase. 
 
Os ductos mamários também sofrem 
alteração. Na segunda fase do ciclo o 
epitélio ductal está mais proliferado. 
Portanto, o maior risco para câncer de 
mama é o estrógeno combinado com a 
progesterona. 
 
A temperatura corporal da mulher aumenta 
durante a segunda fase do ciclo. 
Cerca de 1,5ºC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
sangramentos uterinos anormais 
 
É uma condição extremamente prevalente 
nos prontos-socorros e ambulatórios médicos. 
É uma condição que ocorre depois da 
menarca (primeira menstruação) e antes da 
menopausa. Se fosse depois da menopausa 
seria sangramento pós-menopausa. 
Portanto, é um sangramento anormal dentro 
do período menacme. 
• CAUSAS: 
- relacionadas à gravidez 
- orgânicas (ginecológica ou não 
ginecológica) 
- hormonal (hemorragia disfuncional) 
Para falar que é hormonal tem que excluir 
gravidez e as causas orgânicas. 
✓ 20% das consultas ginecológicas 
✓ 30% das mulheres tem menorragia 
anualmente (50% com anemia ferropriva) 
✓ 25% das cirurgias ginecológicas 
✓ 2/3 das histerectomias 
✓ Queda na qualidade de vida 
▪ Uso excessivo de absorventes 
▪ Cólicas (contrações uterinas para 
eliminar o conteúdo de dentro, 
principalmente quando tem 
coágulos) 
▪ Absenteísmo no trabalho ou escola 
▪ Predisposição à vulvovaginites 
(quando a condição se cronifica e 
tem-se alteração de flora) 
▪ Odor vaginal 
 
• MENSTRUAÇÃO: 
É um sangramento clínico que se repete a 
cada 25 a 35 dias, com duração de 2 a 7 
dias, que leva a uma perda sanguínea de 20 
a 80 ml por dia. 
O volume sanguíneo de cada menstruação 
é muito difícil de ser mensurado. 
• MENORRAGIA: 
Excessiva quantidade de fluxo menstrual 
(>80ml), normalmente de origem disfuncional 
(hormonal). 
Termo que diz respeito apenas sobre o fluxo. 
• METRORRAGIA: 
Perdas sanguíneas irregulares, fora do 
período menstrual, normalmente de origem 
orgânica. 
• POLIMENORREIA: 
Ciclos com intervalos menores que 25 dias. 
Ciclo curto. 
• OLIGOMENORREIA: 
Ciclos com intervalos maiores que 35 dias. 
Ciclo mais longo (a primeira fase é mais 
longa, porque a segunda fase é sempre 14 
dias). 
• AMENORREIA: 
Ausência de menstruação (>3 meses). 
Menos de 3 meses não pode ser definido 
como amenorreia, deve ser referido como 
atraso menstrual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dr. Guilherme Karam 
 
25 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
 
Perguntar qual a frequência da 
menstruação, quantos dias dura o 
sangramento, se o ciclo mantém uma 
regularidade, se o ciclo é curto ou longe, 
sobre o volume (quantos absorventes usa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso de medicações hormonais não se 
chama o sangramento da pausa de 
menstruação, pois não é algo hormonal, é 
apenas um sangramento por detrimento 
hormonal, não é fisiológico, por isso que não 
pode ser chamada de menstruação. 
Spotting: sangramento na vigência da pílula 
fora do período programado, quando não 
está dentro da pausa (escape). É todo 
sangramento diante do uso de um método 
contraceptivo com ou sem pausa durante o 
uso desse método. Pode traduzir várias 
coisas, desde uma dose insuficiente, 
absorção insuficiente por uma condição 
gastrointestinal, uso concomitante com uma 
outra medicação, esquecimento. 
 
• Origem orgânica 
• Origem disfuncional 
• Relacionada à gravidez 
A primeira coisa a ser feito é se certificar que 
o sangramento é cervical/uterino. 
Sempre que houver sangramento uterino 
fazer o exame físico, porque na maioria das 
vezes a causa do sangramento pode ser 
descoberta apenas com o exame especular. 
 
• CANAL CERVICAL: 
o PÓLIPOS: 
Pode ocorrer em várias mucosas do 
organismo, em epitélios secretores. 
Pólipo tem muitos tecidos conectivos, 
fibroblastos, por isso que tem aspecto 
fibroso/solido. 
É benigno, mas causa muito sangramento. 
 
o ECTRÓPIOS (MÁCULA RUBRA): 
 
por não estar acostumada com aquele 
ambiente. Portanto, pode ser a causa do 
sangramento. 
o NEOPLASIAS: 
 
• ÚTERO: 
o MIOMATOSE UTERINA: 
É uma das patologias mais comuns, mais 
frequentes. 
Prevalência em 20% das mulheres até os 30 
anos e 40% aos 50 anos. 
20 a 50% necessitam de tratamento e na 
maioria das vezes vão precisar de uma 
histerectomia. 
 
O que mais sangra é o mioma submucoso, 
depois o intramural. 
O diagnóstico de carcinoma 
pode ser feito a partir das 
queixas de sangramento. 
 
Mácula rubra: ectrópio, área 
celular de dentro do colo 
que se exteriorizou e formou 
uma área de transição 
celular. 
Essa mácula pode ter um 
sangramento espontâneo 
 
 
26ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
O subseroso praticamente não sangra. 
O pediculado também não sangra, mas 
pode torcer, infartar e causar dor. 
A nova classificação de miomas da FIGO 
classifica os miomas de 1 a 8 (é preciso saber 
essa classificação). 
Classificação da miomatose uterina (FIGO): 
 
2 – 5 → grande que abaúla tanto a serosa 
quanto a mucosa. 
 
SS: subseroso 
IM: intramuscular 
SM: submucoso 
o ADENOMIOSE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Infiltração do endométrio no miométrio. 
Maior espessamento da musculatura, 
assimetria entre as paredes. 
• ENDOMÉTRIO: 
o PÓLIPOS 
o ENDOMETRITE: 
Fazer investigação desse endométrio com 
histeroscopia, realizar biópsia para 
caracterizar a endometrite. 
O tratamento é feito com antibiótico. 
o HIPERPLASIA: 
Crescimento irregular desenfreado das 
células. Pode ser atípico ou não, portanto, é 
uma lesão pré-neoplásica. 
o NEOPLASIA 
• OUTRAS CAUSAS: 
o CORPO ESTRANHO: 
Pode esquecer algo dentro da cavidade, o 
que leva a uma inflamação e pode causar 
sangramento. 
o DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA: 
Doença causada pela clamídia e gonococo 
principalmente. 
Também pode cursar com endometrite. 
o TUMOR OVARIANO: 
Principalmente os tumores produtores de 
estrogênio. 
o DOENÇA SISTÊMICA: 
Ex: discrasia sanguínea (pesquisar quando 
não se acha outra causa para o 
sangramento). 
o COAGULOPATIAS 
o ESTADOS DEBILITANTES: 
Privação de alimentos, estresse muito 
grande. Também por desregulação 
hormonal. 
o ESTADOS PSICOGÊNICOS (bulimia) 
o OBESIDADE EXTREMA 
↑ gordura periférica → aromatase → 
proliferação aumentada de endométrio → 
sangramento de difícil controle. 
 
 
• ABORTAMENTO: 
Muitas mulheres nem sabem que estão 
grávidas porque não tiveram atraso 
menstrual, por isso que beta-HCG faz parte 
do diagnóstico de sangramento uterino 
anormal. 
É a endometriose da 
musculatura uterina, ou 
seja, invasão de 
glândulas na musculatura 
uterina por glândulas e 
células que vão formar 
ilhotas no meio do 
músculo. 
Causa uma hipertrofia do 
miométrio fazendo com 
 que o útero se torne maior, geralmente com 
desproporção entre os dois lados, deixando 
também o útero com um aspecto mais 
glóbulo. 
 
 
27 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
Sempre que houver chance dessa mulher 
com SUA estar grávida, solicitar o beta-HCG. 
• GESTAÇÃO ECTÓPICA: 
Após o beta-HCG apresentar resultado 
positivo. 
Diagnóstico por USG. 
• DOENÇA TROFOBLÁSTICA 
GESTACIONAL (MOLA HIDATIFORME): 
Material gestacional anômalo. Se 
caracteriza pela eliminação de vesículas 
semelhante a sagu junto com o sangue. 
Pode evoluir com coriocarcinoma. 
Beta-HCG positivo também. 
Confirma-se com o USG. 
 
Após excluir as causas orgânicas e 
relacionadas à gravidez começa a se 
investigar sangramento disfuncional. 
Será proveniente da descamação ou da 
reepitelização irregular do endométrio. 
Mais frequentes nos extremos da vida 
menstrual (próximos da menarca e 
menopausa) → por causa do evento 
chamado ANOVULAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Está relacionada aos transtornos dos 
hormônios ovarianos (estrogênio e 
progesterona). 
Quando não ovula, não forma progesterona, 
o que pode causar um ciclo bagunçado. 
Sem a progesterona corre o risco de causar 
um sangramento uterino anormal. 
Alterações do eixo HHO. 
Todo sangramento uterino disfuncional é de 
origem hormonal, portanto, o tratamento 
com hormônios deve ser o suficiente. Dessa 
forma, caso esse sangramento não responda 
à hormônios deve-se revisar as possíveis 
causas, pois não deve ser disfuncional. 
Pode ter causa iatrogênica: hormônios 
exógenos, uso de anticoagulantes, 
anabolizantes, digitálicos, fenitoína etc. 
• TIPOS DE CAUSAS: 
✓ Ovulatório (15%) 
✓ Anovulatório (80%) 
 
A segunda fase do ciclo tem 14 dias (não 
muda os 14 dias da ovulação). 
O evento da ovulação faz com que 
aumente a progesterona, se não engravida 
a progesterona decresce. Se engravidou a 
progesterona sobe. 
 
• SANGRAMENTO DA OVULAÇÃO: 
É a dor do meio do ciclo, que vem 
acompanhado por muita dor. 
Síndrome de Mittelschemerz é um 
sangramento que se dá pelo pico de 
estrogênio (sangramento do meio do ciclo). 
• POLIMENORREIA: 
É um diagnóstico diferencial. 
A mulher menstrua demais, o que leva a 
pensar que tem um sangramento anormal, 
ANOVULAÇÃO 
Significa que a moça mais jovem ainda está 
com seu eixo HHO ainda imaturo, a 
comunicação ainda não é o suficiente para 
conseguir formar o folículo maduro. Se não 
ovula, não tem formação de corpo lúteo. Se 
não tem formação de corpo lúteo não tem 
produção de progesterona. 
O endométrio sobre ação estrogênica e sem 
progesterona não sofre aquela ação 
progestagênica ou decidualizante (efeito 
atrófico), ou seja, o endométrio não se torna 
secretor e não vai ter sua descamação 
regular, vai sangrar, mas não vai ser da 
maneira fisiológica. 
Vai sangrar mais e por mais tempo. 
 
28 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
mas na verdade é apenas o ciclo dela que é 
muito curto. 
Geralmente encurtamento da fase folicular, 
temperatura basal identifica (faz um gráfico 
medindo a temperatura no mesmo horário). 
As vezes essas mulheres vão fazer o método 
da tabelinha e pode acabar engravidando, 
porque tem um ciclo muito curto, 
menstruando e ovulando ao mesmo tempo. 
• DESCAMAÇÃO IRREGULAR: 
Pode acontece porque, embora na teórica 
devesse descamar tudo na menstruação, 
podem ficar pequenas ilhotas no útero, 
descamando posteriormente (quando inicia 
o segundo ciclo e essa mulher volta a 
secretar hormônios). 
Normalmente é bem pontual. Quando a 
mulher faz uso de anticoncepcional oral 
deve fazer uma pausa para deixar descamar 
completamente e posteriormente pode 
retornar. 
• SANGRAMENTO PRÉ-MENSTRUAL: 
Sinal que vem antes da menstruação. 
É mais comum nas mulheres >35 anos, e 
pode ocorrer por endometriose ou 
insuficiência do corpo lúteo (as vezes o 
corpo lúteo já não produz mais a 
quantidade de progesterona que produzia 
antes, passando a descamar antes do 
tempo). 
• HIPERMENORREIA: descartar causas 
orgânicas. 
Aumento do fluxo ao longo do ciclo. 
• PERSISTÊNCIA DO CORPO LÚTEO 
(SÍNDROME DE HALBAN): 
Forma um cisto que causa sangramento 
e dor. 
Atraso do sangramento, perdas 
irregulares e dor, diagnóstico diferencial 
com ectópica ciclo acaba. 
 
Contínuo estado de não oposição da 
progesterona à proliferação endometrial 
estrogênica. 
Oligo-hipermenorréia: poucos ciclos no mês 
e muito sangramento. 
Risco de câncer de endométrio. 
Logo após menarca e na peri-menopausa. 
 
• FISIOLÓGICAS: 
Por imaturidade do eixo ou perda de 
folículos no final da vida reprodutiva. 
• SÍNDROME DOS OVÁRIOS 
POLICÍSTICOS 
• ANOVULAÇÃO CRÔNICA 
NORMOGONADOTROFICA 
• HIPERPROLACTINEMIA 
• HIPERANDROGENISMO 
• OBESIDADE, DISTÚRBIOS DA TIREOIDE 
• DIETAS EXAGERADAS; ESTRESSE; 
EXERCÍCIOS EM EXCESSO 
 
1. De onde vem o sangramento? 
2. Qual é a idade da mulher (a idade pode 
determinar a patologia) 
3. A paciente é sexualmente ativa? Pode 
estar grávida? 
4. Como é o eu ciclo menstrual normal? 
Existem sinais de ovulação? 
5. Qual é a natureza do sangramento 
anormal (frequência, duração, volume, 
relação com coito)? Quando ele ocorre? 
6. Existem sintomas associados? 
7. A paciente está usando medicações ou 
tem doenças associadas? 
8. Existe história pessoal ou familiar de 
desordem de sangramento? 
 
É uma regra para memorizar as principais 
causas de sangramento uterino (principais 
causas). 
 
É fundamental para confirmar a origem 
uterina do sangramento. 
 
29 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
Objetiva afastar as causas orgânicas do 
sangramento (mas a normalidade não exclui 
a possibilidade de ser uma causa orgânica) 
A vigência do sangramento permite 
quantificá-lo.• LABORATORIAIS: 
o beta-HCG 
o hemograma (anemias ou infecções) 
o coagulograma 
o função tireoidiana (a tireoide pode estar 
relacionada) 
o hormônios para avaliar o ciclo hormonal 
dessa mulher (prolactina, androgênios, 
FSH e LH) 
• ECOGRAFIA TRANSVAGINAL: 
É o exame mais importante na ginecologia. 
Excluir ou diagnosticar patologia uterina e 
ovariana. 
• HISTEROSCOPIA: 
Possibilita obter histologia endometrial. 
Em casos de pólipos, endometrite. 
Propedêutica mais avançada. 
• CURETAGEM UTERINA: 
Pode ser diagnóstica e terapêutica. 
Procedimento utilizado para curetagem de 
prova (obtém material para analise). 
É uma opção de emergência (quando o 
sangramento não para). 
• RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: 
Ajuda a elucidar a etiologia de forma de 
mais precisa nas causas orgânicas. 
É o melhor exame para avaliar o trato 
ginecológico. 
 
A tomografia é solicitada na GO apenas 
para fazer diagnóstico diferencial com 
doenças do TGI. 
 
• OBJETIVOS: 
o estabilizar e ou manter a estabilidade 
hemodinâmica nos casos de 
sangramento uterino muito importante 
o corrigir a anemia aguda ou crônica 
(avalia todas as questões, dependo dos 
níveis hematimetricos) 
o uma das missões do tratamento é fazer a 
mulher retornar ao padrão de ciclos 
menstruais normais 
o prevenir a recorrência dos sangramentos 
o prevenir as consequências da 
anovulação a longo prazo → prevenção 
à longo prazo (corrigir a progesterona) 
• FASE AGUDA: 
o Estrogênio alta dose: 
Endovenoso, mas não tem mais porque 
perdeu o interesse econômico da 
fabricação da medicação. 
Mas era um método que resolvia o 
sangramento na mesma hora. 
Hoje em dia, como alternativa a esse 
tratamento é utilizado contraceptivos orais 
combinados em alta dose (3 comprimidos 
por dia durante uma semana, depois vai 
reduzindo). 
o Curetagem uterina: bastante eficaz, mas 
não trata a causa 
o Tamponamento uterino: sonda de foley 
(sonda vesical dentro do colo, insufla 
para parar o sangramento) 
Tamponamento mecânico. 
o Histerectomia: sangramento agudo com 
falhas dos outros métodos (última 
opção). 
Na urgência, em risco de morte, pode ser 
utilizada. 
o Progestágenos em alta dose: 
medroxiprogesterona ou noretindrona (1-
2x/dia) 
O uso de progestágenos de alta dose pode 
ser feito, mas apenas em pacientes que não 
estão mais na fase aguda, precisa fazer o 
controle do sangramento primeiramente. 
Depois de controlar o sangramento o 
progestágeno vai fazer o efeito 
decidualizante e atrofiar bem o endométrio 
dessa mulher. 
o Agentes antifibrinolíticos: 
Muito utilizados na prática. 
Uso de ácido trenexâmico ou ácido 
aminocapróico. 
É um agregador plaquetário, portanto 
corrige o sangramento aumentando a 
coagulação, sem aumentar o risco de 
tromboembolismo. 
Na urgência a paciente vai receber duas 
medicações endovenosas: anti-inflamatórios 
e ácido trenexâmico. 
 
30 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
• FASE CRÔNICA: 
o Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINE): 
A função do anti-inflamatório é reduzir a 
síntese de prostaglandina. 
Reduz síntese de prostaglandina → 
vasoconstrição → redução do sangramento; 
reduz cólica menstrual. 
o Anticoncepcional oral combinado (ACO): 
Corrige o sangramento, pois regula o eixo 
HHO. 
Pacientes sem desejo reprodutivo; diversos 
perfis (depende da fase da menacme); uso 
contínuo. 
o Progestagênios isolados: 
Uso em pacientes na perimenopausa, pois já 
é uma anovuladora por falta de folículo. 
Pode introduzir na segunda fase do ciclo ou 
utilizar de forma contínua. 
o Análogo de GNRH: 
Corrigir anemia; falha de outros 
medicamentos; uso limitado pelos efeitos 
adversos (osteopenia). 
o Sistema uterino liberador de 
levonorgestrel: SIU – Mirena 
É um DIU hormonal que libera a medicação 
diretamente no endométrio, por isso que é 
mais eficaz. 
 
 
• Histerectomia: 
Definitiva; falha dos outros tratamentos; sem 
efeitos adversos, alta satisfação. 
Vaginal, vídeo-laparoscópica e abdominal 
(laparotômica). 
• Ablação endometrial/polipectomia: 
Para mulheres de idade que não 
conseguem parar o sangramento 
Via histeroscópica (ressectoscópio) 
Remove todo o endométrio (faz uma 
ablação), remove até chegar na camada 
muscular. 
É eficaz, mas não tanto quanto a 
histerectomia. 
Não é definitiva; menor satisfação; melhor 
relação custo benefício 
• Miomectomia: 
Reservada para pacientes com desejo 
reprodutivo, que querem preservar o útero. 
Vídeolaparoscopica e histeroscopica. 
Retirada apenas do mioma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
contraceptivos hormonais 
 
 
PRIMEIRA PÍLULA: ENOVID 
Mestranol (tipo de estrogênio) → 150 mcg 
Noretinodrel (progesterona) → 9,85 mg 
Recebeu o nome de “a pílula”. 
• AVANÇOS: 
✓ Redução das dosagens hormonais 
✓ Estrogênios naturais 
✓ Progestagênios mais seletivos 
✓ Novos esquemas de administração 
✓ Novas formas de administração 
 
 
• SEQUENCIAL: nos primeiros 
comprimidos só estrogênio, nos 
sequenciais combinado 
• COMBINADAS: 
- monofásicas (em todo o comprimido eu 
tenho a mesma quantidade de estrogênio e 
progestagênio) 
- bifásicas 
- trifásicas 
• PÍLULA MENSAL 
• MINIPÍLULA 
• MINIÍLULA ANOVULATÓRIA 
 
 
Progestagênio é o mais importante no 
sentido de contracepção. O estrogênio foi 
acrescido apenas para potencializar a 
função anticoncepcional e regular o ciclo. 
O primeiro estrogênio criado continha 
mestranol, que não é mais utilizado. 
A maioria das pílulas hoje contém Etinil-
estradiol. 
A partir de 2011 passaram a incrementar 
estrogênios naturais, mas não são tão 
eficientes como o sintético, precisando de 
uma maior dose. 
2011: valerato de estradiol 
2014: estradiol 
Hoje no mercado, o máximo de estradiol 
que pode se ter na pílula é 50 mcg, por 
causa dos riscos tromboembolíticos. 
ALTA DOSE: > 50 mcg 
BAIXA DOSE: 35, 30 e 20 mcg 
ULTRA BAIXA DOSE: 15 mcg 
REDUÇÃO DA DOSE: para reduzir os riscos de 
tromboembolismo venoso. 
• PROBLEMAS NA REDUÇÃO DA DOSE: 
✓ Hemorragia intermediária 
✓ Risco de gravidez (se houver 
esquecimento é muito mais fácil de 
reativar o eixo HHO, o que vai permitir a 
gravidez). 
Nas adolescentes, a ultra baixa dose para 
começar não é o ideal, porque por ter muito 
risco de spottings a adolescente pode desistir 
do método e ter maior risco de engravidar. 
Nos primeiros meses a pílula de ultra baixa 
dose tem grande chance de spottings. 
 
 
 
Hoje ainda, na grande maioria das pílulas, 
tem-se progestagênio derivados da 19 nor 
testosterona, porque têm um maior controle 
do eixo HHO. 
• DERIVADOS DA 19 NOR TESTOSTERONA: 
GONANA → 
- Noretisterona 
- Linestrenol 
- Dienogeste 
ESTRANA → 
- Levonorgestrel 
- Desogestrel 
- Gestodene 
- Norgestimato 
• DERIVADOS DA 17 ALFA OH-
PROGESTERONA: 
PREGNANA → 
- Ácido medroxiprogesterona 
- Acido ciproterona (importante porque é o 
progestagênio que tem maior ação anti-
androgênica, por isso é uma boa ideia para 
Dr. Luis Roberto Fernandes 
} estrogênios naturais 
orais 
 
32 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
mulheres com problemas manifestações 
androgênicas, como acne e pelos) 
- Megesterol 
- Clormadinona 
• DERIVADO DA ESPIRONOLACTONA: 
Drospirenona (ação natriurética) 
Corresponde a uma dieta sem sal. 
Do ponto de vista do mercado, é uma pílula 
que vende bastante, porque tem um 
marketing de que não engorda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relação entre afinidade do receptor de 
progesterona e receptor de androgênio. 
Levnorgestrel, que é um dos primeiros 
derivados da 19 nor testosterona, é o mais 
androgênico, porque tem baixa afinidade 
ao receptor de testosterona. Enquanto os 
mais recentes,tem maior afinidade. 
Progestagênio Índice de 
seletividade 
Desogestrel 40 
Gestodene 26 
Noretisterona 5 
Levonorgestrel 8,8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
+ : efeito 
(+): insignificante doses terapêuticas 
- : sem efeito 
 
 
Do ponto de vista do estrogênio: etinil 
estradiol ou estrogênios naturais 
Qual progestagênio escolher para a pílula? 
Vai depender da paciente (condições). 
Paciente que retém líquido: dar pílula com 
maior efeito anti mineralo corticoide 
(drospirenona). 
Paciente com SOP, acne, oleosidade: 
escolher aco com maior atividade anti-
androgênica (acetato ciproterona ou 
drospirenona). 
Hipertensa leva: escolher aco com ação 
natriurética (drospirenona). 
Paciente sem acesso financeiro: pílula com 
levo norgestrel (é mais barato). 
 
 
Serve para avaliar a eficácia de qualquer 
método contraceptivo. 
Mostra o número de falhas (gravidez) em 100 
casais utilizando o método durante um ano. 
Exemplo: índice de Pearl 5 indica que a 
cada 100 casais, 5 engravidaram utilizando 
tal método. 
• ÍNDICE DE PEARL TEÓRICO: casal 
utilizando aquele método de maneira 
correta. 
• ÍNDICE DE PEARL USO: falhas por uso 
incorreto 
Existem métodos em que índice teórico e de 
uso são praticamente iguais. 
 
 
• CENTRAL: 
Impede o pico de LH, ou seja, é um método 
anovulatório. 
• PERIFÉRICO: 
✓ Interfere o muco, tornando-o hostil para a 
penetração do espermatozoide. 
✓ Atrofia o endométrio (por isso que as 
mulheres que tomam pílula menstruam 
menos) 
✓ Motilidade tubária 
 
 
 
 
 
DROSPIRENONA 
3 mg = 25 mg espironolactona 
O efeito natriurético é semelhante à uma dieta 
com restrição leve de sal, porque bloqueia o 
receptor mineralocorticoide. 
Também tem uma ação antiandrogênica, mas 
não tão eficaz como o acetato de 
ciproterona. 
 
33 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
 
Ação dos progestagênios e estrogênios. 
• ESTROGÊNIO: 
É benéfico no metabolismo lipídico, porque 
altera a composição intrínseca do HDL 
(aumenta sua síntese e diminui o 
catabolismo). Por isso que mulheres tem 
menor risco de doenças caronarianas em 
relação ao homem. 
• PROGESTAGÊNIO: 
Depende da sua androgenicidade. 
 
 Estrogênio Progestagênios 
HDL ↑ ↓ 
LDL ↓ ↓ 
Risco CV ↓ ↑ 
 
 
• PROGESTAGÊNIOS: 
Pode causar resistência periférica a insulina, 
porque diminui os receptores. 
DM → DM descompensado é uma 
contraindicação absoluta do uso de 
anticoncepcional. Quando ao paciente 
com DM compensada, sempre que der para 
optar por outros métodos, evitar pílula (optar 
por método não hormonal). 
 
 
O estrogênio aumenta a síntese de substrato 
de renina e angiotensinogênio. E os 
progestagênios não interferem. 
A drospirenona tem ação anti-
mineralocorticoides. 
Em pacientes com hipertensão leve, podem 
usar a pílula, mas dar preferencia à uma 
baixa dose de estrogênio com uma pílula 
com drospirenona. 
 
Os estrogênios tem uma ação 
trombogênica: 
o Aumentam os fatores II, V, VII, IX, X, XII 
o Diminuem a antitrombina III 
o Aumentam tromboxane A2 
o Diminuem prostaciclina 
o Aumentam número, adesividade e 
agregação plaquetária 
• PREOCUPAÇÃO: 
Carga genética do indivíduo, porque 
existem doenças que são trombogênicas: 
✓ Fator V de Leiden 
✓ Deficiência proteína S ou C 
✓ Protombina 20210 
Os exames para detectar essa carga 
genética são caros, por isso que não é 
pedido com frequência. Deve-se procurar 
histórico na anamnese (histórico pessoal ou 
familiar). 
 
 
Estrogênio retém sódio e o progestagênio 
elimina, principalmente aqueles com ação 
anti-mineralocorticoide. 
 
Hoje em dia os efeitos são mínimos porque as 
doses são baixas. 
• EFEITOS COLATERAIS DO ESTROGÊNIO: 
✓ Cefaleia 
✓ Náuseas 
✓ Vômitos 
✓ Tonturas 
✓ Irritabilidade 
✓ Ganho de peso 
✓ Ingurgitação venosa 
✓ Mastalgia 
✓ Cloasma 
• EFEITOS COLATERAIS DO 
PROGESTAGÊNIO: 
✓ Fadiga 
✓ Depressão 
✓ Alteração libido → o etinil estradiol 
aumenta a quantidade da globulina 
transportadora de esteroides, portanto, 
tem mais androgênio ligado à globulina 
do que livre. 
✓ Hipo-amenorreia 
✓ Acne 
✓ Apetite 
✓ Hirsutismo 
✓ Seborreia 
✓ Queda de cabelo 
 
 
34 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
 
✓ Neoplasia hormônio dependente (ex: 
câncer de mama) 
✓ Presença ou história de trombose venosa 
ou arterial 
✓ Enxaqueca com sintomas focais 
✓ Sangramento uterino sem diagnóstico 
✓ Gravidez 
✓ Hipertensão arterial grave 
✓ DM com alteração vascular 
✓ Tabagistas acima de 35 anos 
✓ Hepatopatia aguda ou crônica 
✓ Tumores hepáticos benignos ou malignos 
✓ Predisposição hereditária ou adquirida 
para trombose venosa ou arterial: 
• Fator V de Leiden 
• Resistência à proteína C 
• Deficiência de antitrombina III 
• Deficiência de proteína C 
• Deficiência de proteína S 
• Anticorpos antifosfolípides 
 
 
Mulheres que tem mais de 35 anos e fuma 
tem contraindicação absoluta de uso da 
pílula, porque tem risco aumentado para 
fenômenos tromboembólicos. 
 
 
✓ Controle do ciclo menstrual 
✓ Diminui o fluxo do ciclo menstruais 
(melhora os níveis hematimétricos) 
✓ Diminui a cólica menstruação 
✓ Cisto funcional de ovário → cisto que 
surge por estimulo do FSH. Portanto, se 
toma aco inibe o eixo e regride o cisto 
(se não regredir depois de usar aco é 
porque não é um cisto funcional) 
✓ Doença inflamatória pélvica → 
porque o progestagênio age no muco 
impedindo a ascensão de 
espermatozoides e microrganismos. 
✓ Perfil lipoproteico 
✓ Proteção contra câncer: 
Contra o câncer epitelial do ovário e contra 
o câncer de endométrio, pela ação da 
progesterona sobre o estrogênio. 
 
✓ Diminui os sintomas climatéricos: 
Pode-se utilizar em idades mais avançadas 
para diminuir os sintomas climatéricos. 
✓ Osteoporose 
 
Podem diminuir a eficácia da pílula. 
• INDUÇÃO CITOCROMO: 
São drogas que ativam o citocromo P450, 
aumentando o metabolismo hepática dos 
esteroides. 
Exemplos: fenitoína, fenobarbital, ritonavir, 
griseofulvina, carbamazepina, topiramato, 
Hypericum perfuratum. 
• INTERFERÊNCIA NA CIRCULAÇÃO 
ENTERO-HEPÁTICA: 
Penicilina e tetraciclina. 
Portanto, quando for utilizar um desses 
métodos, é preciso utilizar um método de 
barreira associado até 4 semanas após a 
interrupção da droga. 
 
 
São pílulas que contêm o estrogênio natural. 
A quantidade não é mcg, é em mg, tem 
que ser maior dosagem devido à menor 
eficácia. 
• QLAIRA ®: 
Valerato de estradiol 2mg 
Dienogeste 3 mg 
• STEZZA ®: 
Estradiol 2 mg 
Acetato de nomegestrol 2,5 mg 
 
 
São pílulas só de progesterona. 
A mais utilizada hoje é a pílula anovulatória 
de progestagênio (75 mcg de 3-ceto-
desogestrel). 
O mecanismo de ação é que inibe o eixo 
HHO, atua no muco cervical e no 
endométrio. Tomada de maneira continua. 
Alta eficácia (índice de Pearl o,14). 
Contudo, não tem ciclicidade, pode ter 
amenorreia ou sangramentos frequentes. 
Usada muito em pacientes que estão 
amamentando, porque não podem usar 
estrogênio, porque diminui a quantidade e 
 
35 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
qualidade do leite, além de aumentar os 
riscos tromboembólicos. 
 
 
• INÍCIO: sempre no primeiro dia do 
ciclo menstrual 
• INTERVALO: depende 
3 semanas com parada de uma semana. 
As de ultra baixa dose são usadas com 
pausa de apenas 4 dias. 
• PROBLEMA: esquecimento 
É muito maior o risco de gravidez se 
esquecer a pílula na primeira semana, 
porque demora 7 dias para inibir o eixo HHO. 
Atraso menor que 12 horas não interfere na 
eficácia. 
Se esquecer de tomar um comprimido na 
primeira semana, deve-se tomar o 
comprimido esquecido, mas fazer uma 
contracepção adicional (de barreira) 
naquele mês até terminar a cartela. 
Se for esquecido após 2 semanas, tomar o 
comprimido esquecido e terminar a cartela. 
Na terceirasemana pode terminar ou não a 
cartela, intervalo de 7 dias, inicia nova 
cartela. 
• PÍLULAS COM ULTRA BAIXA DOSE (15 
mcg): 
Apresentam maior eficácia no esquema de 
24 comprimidos com 4 dias de intervalo. 
 
 
• DURANTE A PAUSA: 
✓ Aumenta a síntese de prostaglandinas (o 
que vai aumentar os sintomas 
relacionados à menstruação) 
✓ Crescimento folicular 
✓ Esquecimento do reinício 
✓ Eficácia menor quando está controlando 
o sangramento ou tratando 
endometriose 
• SINTOMAS DO INTERVALO SEM PÍLULA: 
✓ Cefaleia 
✓ Dismenorreia 
✓ Edema 
✓ Menorragia 
✓ Labilidade emocional 
✓ Mastalgia 
 
 
Esquema continuo, em que não tem 
interrupção da pílula. 
Hoje sabe-se que não existe interferência 
com o metabolismo lipídico etc. 
O problema é a ocorrência de spottings, 
porque o endométrio cai atrofiando cada 
vez mais, o endométrio atrófico pode 
sangrar um pouquinho. 
Caso isso ocorrer, fazer uma pausa de 7 dias 
e retornar a cartela posteriormente. 
• VANTAGENS: 
✓ Melhora cefaléia 
✓ Melhora dismenorreia 
✓ Melhora produtividade 
✓ Diminui abstenseismo 
✓ Menor perda sanguínea 
✓ Menor foliculogenese 
✓ Menor proliferação endometrial 
✓ Custo absorventes 
✓ Maior eficácia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
contraceptivos hormonais 
 
✓ Evita o metabolismo de primeira 
passagem hepática (sobrecarga 
hepática) → diferente da pílula que vai 
para o intestino é absorvida, vai para o 
fígado, é metabolizada e posteriormente 
vai para a corrente circulatória. 
✓ Evita interferência da absorção 
gastrointestinal 
✓ Possibilidade de uso de método de 
liberação hormonal controlada, 
mantendo níveis séricos constantes (o 
que permite uma menor dose) 
✓ Baixo índice de efeitos colaterais 
✓ Evita a necessidade de tomar a pílula 
diariamente 
 
✓ Injetáveis (mensais ou trimestrais) 
✓ Implantes 
✓ Anel vaginal 
✓ Transdérmicos 
✓ DIU 
 
Associação de estrogênio e progestagênio. 
• MECANISMO DE AÇÃO: 
✓ Impede o pico de LH, 
consequentemente, impede a 
anovulação. 
✓ Muco cervical 
✓ Endométrio 
✓ Mobilidade tubária 
• VANTAGENS: 
✓ Aceitabilidade 
✓ Estrogênio natural 
✓ Preservação do sangramento 
✓ Comodidade (por ser apenas 1 
aplicação mensal) 
✓ Evita sobrecarga hepática 
✓ Aplicação simples 
• DESVANTAGENS: 
✓ Não aceitação da via (injeção) 
✓ Sem padrão de sangramento 
✓ Efeitos colaterais (poucos) 
• CONTRAINDICAÇÕES: 
As mesmas contraindicações das pílulas. 
• INSTRUÇÕES GERAIS: 
✓ Cuidados na aplicação (não pode 
massagear o local da aplicação) 
✓ Uma dose mensal 
✓ Margem de eficácia de 3 dias para mais 
ou menos 
✓ Índice de Pearl de 0,1 a 0,3 (muito eficaz) 
 
 
• DROGA: 
Acetato de medroxiprogesterona de 
depósito. 
É só de progestagênio 
• DOSE: 
150 mg/IM/cada 3 meses 
• MECANISMO DE AÇÃO: 
✓ Anovulação 
✓ Muco cervical 
✓ Atrofia de endométrio 
• EFICÁCIA: 
Índice de Pearl = 0,3 
• VANTAGENS: 
✓ Eficácia 
✓ Seguro 
✓ Fácil utilização 
✓ Ação prolongada 
✓ Reversível 
✓ Privacidade 
• DESVANTAGENS: 
✓ Não aceitação da via 
✓ Padrão de sangramento 
✓ Efeitos colaterais 
✓ Ganho de peso 
 
Implanon® → é o único no mercado 
Bastão com 4 cm de comprimento com 2 
mm de diâmetro. 
68mg etonogestrel (apenas progestogênio), 
misturado com um polímero. 
não orais 
Dr. Luis Roberto Fernandes 
 
37 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
• LIBERAÇÃO: 
60 a 70 mcg/dia semana 5 e 6 
35 a 45 mcg/dia final primeiro ano 
25 a 30 mcg/dia final terceiro ano 
Doses bem baixas por dia, dura 3 anos) 
• VANTAGENS: 
✓ Eficácia prolongada 
✓ Não contém estrogênios 
✓ Amenorreia 
✓ Hipo-oligomereria (aquelas que 
menstruam, menstruam em pequenas 
quantidades) 
✓ Diminui risco de câncer 
✓ Diminui DIP (doença inflamatória pélvica) 
✓ Endometriose 
• DESVANTAGENS: 
✓ Alterações no ciclo menstrual 
✓ Peso 
✓ Custo alto 
✓ Densidade mineral óssea 
✓ Método de aplicação/retirada 
• LOCAL DE APLICAÇÃO: 
Sulco bicipitalis, entre o bíceps e o tríceps do 
braço não dominante. 
 
 
Todo novo método a base de progesterona 
é estudado pela OMS em um período de 90 
dias. 
Amenorreia → sem sangramento 
Sangramento infrequente → 1 ou 2 episódios 
Sangramento frequente → 6 ou mais 
Sangramento prolongado → mais de 14 dias. 
• RESULTADOS DO IMPLANON: 
A grande maioria das mulheres não 
menstruam ou menstruam em pequena 
quantidade, contudo 8% das mulheres 
apresentam sangramento frequente ou 
prolongado, o que causa altas taxas de 
abandono do método. 
5,4 cm de diâmetro. 
NuvaRing ® 
Estrogênio e progestagênio (2,7 mg de 
etinilestradiol + 11,7 mg de etonogestrel). 
Vai liberando o hormônio gradativamente, 
com baixas doses diárias. 
Utiliza-se igual a pílula, 3 semanas utilizando, 
tiro por 7 dias, no 8º recoloco. Mas já tem 
estudos mostrando o uso contínuo do anel. 
A vagina é recoberta com uma extensa 
área de epitélio, o que permite rápida 
absorção das substâncias. Além disso, é 
extremamente vascularizada, absorve e já 
vai direto para a corrente circulatória, sem 
precisar passar pelo fígado. 
• INERVAÇÃO DA VAGINA: 
É improvável que as mulheres sintam a 
presença de um corpo estranho na parte 
superior da vagina, pois nesta região não há 
sensibilidade táctil. 
• NÍVEIS SÉRICOS: 
 
Os níveis séricos da pílula sobem quando 
toma, depois vai caindo até tomar a pílula 
do próximo dia (essa grande variabilidade 
causa muitos efeitos colaterais). 
NuvaRing ® tem níveis séricos constante. 
• EFICÁCIA: 
O índice de Pearl é de 0,65 (muito seguro). 
• ASPECTOS DE SEGURANÇA: 
✓ Produz efeitos mínimos no metabolismo 
lipídico 
✓ Não produz efeitos clinicamente 
relevantes no metabolismo de 
carboidratos 
✓ Produz mínimos efeitos sobre o sistema de 
coagulação 
✓ Não produz efeitos sobre a pressão 
arterial 
✓ Não produz efeitos desfavoráveis no 
cérvice uterino ou na vagina 
• EXPULSÃO DO ANEL: rara, apenas 2,6% 
Quando ocorrer, se ficar menos de 3h fora → 
recolar que terá a mesma eficácia (não vai 
diminuir os níveis séricos) 
Mais de 3 horas → recolocar anel + utilizar 
barreira por 7 dias (pode mudar o dia da 
menstruação). 
• ESQUECIMENTO DA RETIRADA: 
Até 1 semana depois → mesma eficácia 
Mais de 1 semana → possibilidade de 
gravidez 
 
38 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
• CONTRAINDICAÇÕES: mesmas 
relacionadas às pílulas. 
• ARMAZENAMENTO: 
Geladeira (2 a 8ºC) 
Temperatura ambiente dura 4 meses. 
Anotação no cartucho qual a data que saiu 
da geladeira. 
 
É um método combinado. 
Etinilestradiol (0,60 mg) + nortelfestromina (6 
mg). 
EVRA ® → nome do mercado. 
• POSOLOGIA: 
Insere-se no primeiro dia da menstruação. 
Um adesivo por semana, por três semanas, 
fazer pausa de 7 dias. 
• LOCAIS DE APLICAÇÃO: 
Pele integra, seca e sem pelos. 
Pode ser na nádega, dorso, abdome, face 
externa do braço. 
 
 
 
 
O QUE PRECISA SABER DESSA AULA 
A grande vantagem desses métodos é a 
não primeira passagem hepática, a 
absorção vai direto para a corrente 
circulatória, por isso pode-se utilizar doses 
mais baixas, o que garante menos efeitos 
colaterais. 
Possibilidades: 
o injetáveis mensais (P+E) 
o injetáveis trimestrais (P) 
o implanton (P) 
o anel vaginal (P+E) 
o transdérmico (P+E) 
 
 
39 
ANA PAULA – XXII 
GINECOLOGIA – ATD1 
contracepção de urgência 
✓ Relação sexual não planejada e 
desprotegida 
✓ Uso inadequado de métodos 
contraceptivos 
✓ Falha contraceptiva presumida 
(rompeu o preservativo) 
✓ Violência sexual 
 
2,5% seis dias pré-ovulação. 
17,3% pré-ovulatório imediato. 
Decréscimo até 0,5% quarto dia após 
ovulação. 
30% período pré-ovulatório. 
 
FERTILIZAÇÃO: ocorre na ampola da tuba 
uterina 72 horas após intercurso

Outros materiais