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Trabalho do Assistente social

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2
ASPECTOS RELACIONADOS AO TRABALHO DESEMPENHADO POR PARTE DO ASSISTENTE SOCIAL[footnoteRef:1] [1: Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de TCC.] 
Edileuza Viviane Nunes Inerio Miranda[footnoteRef:2] [2: Edileuza Viviane Nunes Inerio Miranda, Curso de Pós- Graduação em Serviço Social na Educação.] 
Declaro que o trabalho apresentado é de minha autoria, não contendo plágios ou citações não referenciadas. Informo que, caso o trabalho seja reprovado duas vezes por conter plágio pagarei uma taxa no valor de R$ 250,00 para terceira correção. Caso o trabalho seja reprovado não poderei pedir dispensa, conforme Cláusula 2.6 do Contrato de Prestação de Serviços (referente aos cursos de pós-graduação latu senso, com exceção à Engenharia de Segurança do Trabalho. Em cursos de Complementação Pedagógica e Segunda Licenciatura a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso é obrigatória).
(Não remover a informação acima, ou o trabalho não será corrigido)
RESUMO
O presente artigo elaborado discorre de algumas reflexões relacionadas sobre as características e componentes do trabalho do Assistente Social (AS), bem como os aspectos direcionados a sua postura e atitude investigativa no que se refere ao seu trabalho exercido mediante os espaços sócio-ocupacionais predominantes do seu campo de atuação, com ênfase na visibilidade vinculadas às suas competências e especificidades. Na elaboração do texto foi realizado uma pesquisa bibliográfica descritiva por meio de pesquisa analítica e reflexiva em livros, revista cientifica e artigos científicos de autores que se destacam relevantes que contribuíram para análise e reflexão acerca do tema abordado, subsidiando a ampliação dos conhecimentos e trazendo embasamento teórico mediante aos assuntos pertinentes e tratados na temática. Na sequência no decorrer dos tópicos apresentados é destacado alguns apontamentos tais como: Concepções relacionadas a função do assistente social; Abordagens direcionadas ao exercício da profissão de assistente social; Espaços socio- ocupacionais de atuação do assistente social; Atuação do serviço social no âmbito educacional. Cabe ressaltar que pleno exercício da atitude investigativa no exercício profissional, sendo proposta que, além da articulação entre investigação/ ação no cotidiano de trabalho, é necessário que os profissionais atuantes nessa área valorizem a integração das práticas interdisciplinares, mediada pela intervenção, com a finalidade de subsidiar as estratégias implantadas no desenvolvimento do trabalho do assistente social no que se refere a diferentes manifestações da questão social com vistas a contribuir com a redução das desigualdades e injustiças sociais, fortalecendo os processos de resistências dos sujeitos, na perspectiva promover a democratização, autonomia dos sujeitos e do seu acesso a direitos.
Palavras-chave: Serviço Social. Atitude investigativa. Espaços sócio-ocupacionais.
ABSTRACT
The present article elaborates on some reflections related to the characteristics and components of the work of the Social Worker (AS), as well as the aspects directed to his posture and investigative attitude with regard to his work carried out through the predominant socio-occupational spaces of its field of activity, with an emphasis on visibility linked to its competencies and specificities. In the elaboration of the text, descriptive bibliographic research was carried out through analytical and reflective research in books, scientific journals and scientific articles by authors who stand out relevant who contributed to the analysis and reflection on the topic addressed, subsidizing the expansion of knowledge and providing a foundation theoretical through the pertinent subjects and treated in the thematic. In the sequence, in the course of the topics presented, some notes are highlighted, such as: Conceptions related to the role of the social worker; Approaches aimed at exercising the profession of social worker; Socio-occupational spaces for the social worker to act; Performance of social service in the educational field. It is worth mentioning that full exercise of the investigative attitude in professional practice, it being proposed that, in addition to the articulation between investigation/action in daily work, it is necessary that professionals working in this area value the integration of interdisciplinary practices, mediated by intervention, with the purpose of to subsidize the strategies implemented in the development of the social worker's work with regard to different manifestations of the social issue with a view to contributing to the reduction of social inequalities and injustices, strengthening the processes of resistance of the subjects, in the perspective of promoting democratization, autonomy of subjects and their access to rights.
Keywords: Social service. Investigative attitude. Socio-occupational spaces.
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo apresentado tem como perspectiva discorre de algumas reflexões relacionadas sobre as características e componentes do trabalho do Assistente Social (AS), bem como os aspectos direcionados a sua postura e atitude investigativa no que se refere ao seu trabalho exercido mediante os espaços sócio-ocupacionais predominantes do seu campo de atuação, com ênfase na visibilidade vinculadas às suas competências e especificidades, sendo pautado no decorrer dos tópicos apresentados, alguns apontamentos relacionados a temáticas como: Concepções relacionadas a função do assistente social; Abordagens direcionadas ao exercício da profissão de assistente social; Espaços socio- ocupacionais de atuação do assistente social; Atuação do serviço social no âmbito educacional.
Cabe ressaltar que pleno exercício da atitude investigativa no exercício profissional, sendo proposta que, além da articulação entre investigação/ ação no cotidiano de trabalho, é necessário que os profissionais atuantes nessa área valorizem a integração das práticas interdisciplinares, mediada pela intervenção, com a finalidade de subsidiar as estratégias implantadas no desenvolvimento do trabalho do assistente social no que se refere a diferentes manifestações da questão social com vistas a contribuir com a redução das desigualdades e injustiças sociais, fortalecendo os processos de resistências dos sujeitos, na perspectiva promover a democratização, autonomia dos sujeitos e do seu acesso a direitos.
A função do assistente social consiste como um ser prático-social dotado de liberdade e teleologia, no qual compete ser capaz de criar e organizar projeções e buscar implementá-las no contexto social, a fim de contribuir para a melhoria das condições sociais nos diversos contextos de atuação do profissional atuante como assistente social, no qual compete a esse profissional a função de realizar em meio sua prática de intervenção profissional uma direção, sendo necessário, após a uma análise da situação- problema, conhecer e problematizar o objeto de estudo de sua ação profissional, a fim de construir seu ponto de vista a partir de informações e análises consistentes, construindo dessa forma uma atitude investigativa.
Para a elaboração do trabalho, foi realizado uma pesquisa bibliográfica descritiva em livros, revista cientifica e artigos científicos de autores que se destacam relevantes que contribuíram para análise e reflexão acerca do tema abordado, nos quais esses recursos e materiais foram fundamentais para nortear os estudos realizados acerca da temática apresentada, subsidiando a ampliação dos conhecimentos e trazendo embasamento teórico mediante aos assuntos tratados aliados com os conteúdos estudados ao longo do curso.
2 CONCEPÇÕES RELACIONADOS A FUNÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL
Através da demanda devida a ampliação exponencial das desigualdades de classe, em relação a densas questões relacionadas ao gênero, etnia, geração e desigual distribuição territorial, tem contribuído para radicalizar aspectos referentes a questão social em suas múltiplasexpressões coletivas ineridas na vida dos indivíduos, situações essas de tensões entre consentimento e rebeldia, na quais encontram-se na base da tendência de ampliação da demanda do mercado de trabalho em razão da profissão relacionada ao Serviço Social na última década.
Partindo disso, a funcionalidade do trabalho realizado por parte do assistente social está voltada para a intervenção nas diferentes manifestações das questões sociais com a perspectiva de contribuir com a redução das desigualdades e injustiças sociais, bem como criar subsídios que venham fortalecer os processos de resistências dos sujeitos, nos quais muitas das vezes são materializados através de organizações sociais, movimentos sociais, conselhos de direitos, no intuito de ampliar a democratização, autonomia dos sujeitos e do seu acesso a direitos.
A função do assistente social consiste como um ser prático-social dotado de liberdade e teleologia, no qual compete ser capaz de criar e organizar projeções e buscar implementá-las no contexto social, a fim de contribuir para a melhoria das condições sociais nos diversos contextos de atuação do profissional atuante como assistente social. 
A produção recente acumulada que tem o Serviço Social como objeto de estudo encontra-se centrada, na proporção da qualidade desse trabalho e até mesmo na sua proposta diversificada de intervir nas situações, identificando seus profissionais como agentes dotados de uma força conjunta de trabalho com capacitação específica nos quais são capazes de criar um tipo trabalho concreto, produtivo, distinto, articulado e particular.
O assistente social deverá realizar em meio sua prática de intervenção profissional uma direção, sendo necessário, após a uma análise da situação- problema, conhecer e problematizar o objeto de estudo de sua ação profissional, a fim de construir seu ponto de vista a partir de informações e análises consistentes, construindo dessa forma uma atitude investigativa.
 Dessa forma, cabe ressaltar a necessidade de pesquisar dados de realidade quantitativos, pois de acordo com Martinelli (1994), as pesquisas quantitativas são imprescindíveis para trazer retratos da realidade, dimensionar os problemas que se investiga e investigar sobre as informações qualitativas da realidade. 
O papel desempenhado por parte do Assistente Social compete em seu exercício profissional de maneira abrangente, no qual sua dimensão de trabalho torna-se peculiar, sendo considerada concreta, útil: em seu valor de uso social, atuando como uma atividade programática na qual o foco de suas finalidades consiste em trazer orientações especificas através de seus conhecimentos e princípios éticos, requisitando suportes materiais e conhecimentos para sua efetivação.
A área de atuação proeminente no assistente social pode levá-lo a um leque de possibilidades, sendo considerada uma profissão de características singulares que abrange diversos contextos sociais, diferentemente das demais áreas de atuação de outros diversos profissionais mais centrados em uma única área específica. Conforme as considerações de Carvalho (2005, p. 52):
Ela não atua sobre uma única necessidade humana (tal qual o dentista, o médico, o pedagogo...) nem tampouco se destina a todos os homens de uma sociedade, sem distinção de renda ou classe. Sua especificidade está no fato de atuar sobre todas as necessidades humanas de uma dada classe social, ou seja, aquela formada pelos grupos subalternos, pauperizados ou excluídos de bens, serviços e riquezas dessa mesma sociedade (CARVALHO, 2005, p. 52).
Para o autor esse profissional em diferentes contextos sociais, abrangendo os diversos conflitos e necessidades relacionadas as classes mais majoritárias formada por grupos existentes no contexto da sociedade, sendo considerados subalternos desprovidos de bens materiais, riquezas, e outros serviços relacionados.
O ponto desafiador do pleno trabalho exercido porte do profissional atuante na área de Assistente Social está em participar de um empreendimento que atua de maneira coletiva, a fim de trazer conceitos pertinentes relacionados as funções desempenhadas por parte desse agente, sendo ponderadas como foco, sendo o centro do debate, mediante seu exercício e/ou trabalho cotidiano como assistente social. 
Diante desse pressuposto é fundamental atribuir a relevância de denotar transparência aos processos e formas pelos quais o trabalho do assistente social é estabelecido e exercido, mediante o que se refere a sociabilidade da sociedade, esclarecendo os aspectos relacionados a sua funcionalidade e de maneira simultânea, no qual o ponto chave é articular o potencial que deve ser articulado para impulsionar a luta por direitos e a democracia em todos os setores evolvendo o contexto da vida social, sendo o esse potencial oriundo das contradições presentes nas relações sociais, atrelados ao peso político dos interesses dos participantes, princípios relacionados ao posicionamento teórico-prático dos profissionais perante aos projetos societários.
Para que ocorra um consenso e por se tratar de uma atividade exercida predominantemente no terreno político e ideológico, tendo como destaque uma mudança de direção ou até um refreamento nas condições materiais da existência dos sujeitos relacionados e participantes das vias serviços como programas e projetos implementados pelas políticas públicas com ênfase no que se refere ao campo da seguridade social, incluindo os conceitos na questão da saúde e assistência que interferem no padrão de consumo e na qualidade de vida das famílias trabalhadoras.
Para aprender a executar um bom trabalho como assistente social é necessário que o indivíduo em formação seja situado no contexto das relações sociais concretas de cada sociedade, pois o que está relacionado ao processo desempenhado de sua ação é um produto humano, ou seja, uma objetivação construída historicamente, requerendo a obtenção de uma postura investigativa sobre a realidade como um todo, pois está "é necessária para descortinar as armadilhas da vida cotidiana, passo crucial e insubstituível para uma intervenção profissional crítica, propositiva e, portanto, não repetitiva" (Silva, 2007, p. 11).
A literatura recente relata sobre os fundamentos eminentes pautados em questões do trabalho profissional, no qual enfatizam a natureza qualitativa dessa demanda de atividade profissional, enquanto essa ação contribui para orientação em resposta às necessidades sociais, materiais ou espirituais, condicionais as múltiplas expressões da questão social, em detrimento dos segmentos sociais das classes de indivíduos e suas famílias, grupos com recortes específicos na singularidade de suas vidas.
Cabe ressaltar que as ações desempenhadas por parte dos assistentes sociais por seres desenvolvidas no contexto do cotidiano, não podem ser executadas de maneia repetitiva, rotineiras e evasivas, ou sem sentido, ao contrário, mas sim precisamente atribuindo a cada uma delas o seu devido valor, objetivos e importância da ação tornando-a única , conforme esclarece Martinelli (1994, p. 13): "uma riqueza de vida que poucas profissões têm, temos uma atividade que se constrói na trama do cotidiano, que se constrói nas tramas do real".
2.1 Abordagens direcionadas ao exercício da profissão de assistente social
Historicamente o Serviço Social foi considerado vocação, habilidade, ocupação, ofício ou até mesmo arte. Atualmente é reconhecido como profissão, uma especialização do trabalho coletivo, inscrita na divisão social e técnica do trabalho, de nível superior, regulamentada no Brasil pela Lei n. 8.662/9, de 7 de junho de 1993. 
A abordagem do Serviço Social como trabalho foi protagonizada por Iamamoto em 1982 (Iamamoto e Carvalho, 1995), corroborada, posteriormente, pela Abepss, a partir do processo de revisão curricular de ensino de graduação em Serviço Social no Brasil, que redundou na proposta de Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social, respondendo a uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Iamamoto, 1998).
As mudançasna concepção que se tem da profissão de assistente social são consequências de processos históricos, e dependem do significado social que se atribui à profissão, que é fruto de movimentos da categoria e da sua relação com a dinâmica e o desenvolvimento do conjunto da sociedade. Atualmente, além de ser uma profissão, o Serviço Social é considerado trabalho.
De acordo com Netto (1999, p. 102),
Enquanto profissão, não dispõe de uma teoria própria, nem é uma ciência; isto não impede, entretanto, que seus profissionais realizem pesquisas, investigações etc. e produzam conhecimentos de natureza teórica, inseridos no âmbito das ciências sociais e humanas (Netto, 1999, p. 102).
O autor destaca que o Serviço Social é uma profissão reconhecida amplamente na sociedade sendo medida necessariamente como uma ação social direcionadas as práticas exercidas por um grupo social específico, sendo considerado uma categoria profissional que compartilha um sentimento de pertencimento e possui uma identidade profissional.
De acordo com Prates (2003), apreender o Serviço Social como trabalho significa considerar os elementos que integram o processo de trabalho8 dos assistentes sociais como partes indissociáveis, reconhecendo que o assistente social é um trabalhador que desenvolve um processo de trabalho. Prates (2003, p. 108), considera “o trabalho do assistente social na sociedade capitalista produz um valor de uso (o serviço oferecido ao usuário, aos grupos, à comunidade, às organizações e às instituições) e um valor de troca (preço pago por este serviço no mercado de trabalho)”.
Segundo Nogueira (2005, p. 185), “a dimensão teórico-metodológica está voltada para o modo, a maneira de ler e interpretar os fenômenos sobre os quais a profissão se debruça”. Na visão de Silva (1999), o consistente conhecimento teórico-metodológico propicia aos profissionais uma compreensão clara da realidade social e a identificação das demandas e possibilidades de ação profissional que esta realidade apresenta.
A questão social, é considerada pela categoria profissional mediante apontamentos engajados como a base de sua fundação no aspecto especializado profissional do trabalho do assistente social, tendo como ênfase a necessidade precisa de ser apreendida na contradição fundamental da sociedade capitalista:
Questão social que, sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem e se opõem. É nesta tensão entre produção de desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados neste terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou fugir deles porque tecem a vida em sociedade. (IMAMOTO, 1998, p. 28).
A capacitação técnico-operativa ou técnico-operacional é a dimensão que possibilita, conforme Silva (1999), “a definição de estratégias e táticas na perspectiva da consolidação teórico-prática de um projeto profissional compromissado com os interesses e necessidades dos usuários, com a defesa dos direitos sociais, com a ampliação da esfera pública e com a construção de uma nova cidadania social, capaz de realizar e impulsionar novos direitos, mediante o fortalecimento da consciência de classe e da organização política, sindical e comunitária”.
Devido os avanços decorrentes ao trabalho exercido por parte dos Assistentes Sociais, especificamente ao que se refere a educação brasileira, torna-se evidente o quão importante e fundamental a intervenção desses profissionais na política educacional e na gestão escolar em especial nos aspectos relacionados a “proposta pedagógica que insere a escola na realidade e a realidade na escola como elemento fundamental para o ensino e aprendizagem” (Alessandrini, 2001, p.55).
2.2 Espaços socio- ocupacionais de atuação do assistente social
Esse arsenal de conhecimentos ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativo do qual o assistente social precisa apropriar-se no seu âmbito de atuação profissional varia, desde os considerados específicos, decorrente da área de Serviço Social propriamente dita, como também apropriações sobre legislações (principalmente a relativa à legislação social voltada para a criança e o adolescente — ECA; idoso — Estatuto do Idoso; SUS — Sistema Único de Saúde; Loas — Lei Orgânica de Assistência Social; Sistema Único de Assistência Social — Suas; Suas/RH; Política Nacional de Pessoas Portadoras de Deficiência — PPD; Lei de Diretrizes e Bases — LDB); políticas sociais, conhecimento e habilidade de trabalhar em equipes, interfaces com poder público local, articulação de redes e com instâncias locais diversas, o que requer, além da formação generalista, apropriações aprofundadas dependendo da inserção sócio-ocupacional.
No que se refere aos espaços sócio-ocupacionais, o assistente social pode atuar em entidades públicas, tais como: prefeituras, Judiciário, Ministério Público, Instituto Nacional de Seguro Social — INSS, escolas, albergues, abrigos, sistema carcerário (presídios e penitenciárias), Fase, hospitais, e em entidades privadas: empresas de serviços, de comércio, de indústria. No denominado terceiro setor, poderá atuar em entidades socioassistenciais, associações de moradores, Organizações Não Governamentais — ONGs. Além disso, poderá atuar também nas áreas de ensino e pesquisa, de maneira autônoma, com assessoria e consultoria em projetos de gestão e planejamento social.
Diante desse amplo leque de possibilidades de atuação profissional, a Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social estabelece as balizas da ação para esses profissionais, de modo a clarificar as atribuições que lhes são privativas, como também competências adquiridas ao longo de sua constituição, deslindando o papel do assistente social para a própria categoria profissional e para seus empregadores. 
As competências previstas ao assistente social estão explicitadas no art. 4º (nos incisos de I a XI) da Lei de Regulamentação da Profissão — Lei n. 8.662/9, de 7 de junho de 1993, que, de maneira sucinta, prevê ao assistente social as atividades pertinentes como:
— Planejar, organizar, administrar: benefícios e serviços sociais; 
— Planejar, executar, avaliar pesquisas (para análise da realidade social e para subsidiar a ação profissional); 
— Assessoria/consultoria: órgãos públicos, empresas privadas, outras entidades;
— Assessoria, apoio, defesa, exercício de direitos (sociais, civis e políticos): movimentos sociais;
— Implementar, elaborar, executar, avaliar: políticas sociais (junto à administração pública, empresas, entidades, organismos populares);
— Elaborar, coordenar, executar, avaliar: planos, programas e projetos juntamente com a sociedade civil;
— Providências: encaminhar, orientar — indivíduos, grupos, populações;
— Orientar: indivíduos e grupos a identificar recursos, fazer uso, atender e defender direitos;
— Realizar estudos socioeconômicos com usuários: benefícios e serviços sociais;
— Planejar, organizar, administrar: serviços sociais/unidades de Serviço Social.
A Lei de Regulamentação da Profissão estabelece os parâmetros legais que asseguram as competências ao assistente social e ampara suas prerrogativas exclusivas a cada profissional que precisa, então, ter ciência de seu teor para lançar mão desse aparato legal, nos diferentes âmbitos de atuação profissional. 
Cabe ressaltar que a referida lei é um instrumento no qual sua sugere sua efetividade autenticidade e alcance no coletivo da categoria, na proporção em que cada assistente social consiga obter clareza da finalidade do exercício do seu trabalho profissional cotidiano, tendo em mente a extensão dos desafios que podem ser encontrados e quais estratégias podem ser cabíveis as diferentes situações apresentadas no contexto social da sociedade.
Mediante os apontamentos de Iamamoto (1998, p. 80), ele considera que:
Uma competência crítica capaz de decifrar a gênese dos processos sociais, suas desigualdades e as estratégias de ação para enfrentá-las. Supõe competência teórica e fidelidadeao movimento da realidade; competência técnica e ético-política que subordine o “como fazer” ou “o que fazer” e, este ao “dever ser”, sem perder de vista seu enraizamento no processo social (IAMAMOTO, 1998, p. 80).
De acordo com os apontamentos da autora, sinaliza a importância de a interação dos profissionais atuantes na área do trabalho social serem aliados, pois os desafios são imensos e sempre renováveis, dificultando assim a execução das tarefas, sendo necessário a inserção de uma competência técnica e ético-política que possua orientações de como conduzir as propostas.
2.3 Atuação do serviço social no âmbito educacional 
O Serviço Social, recentemente, tem sido reconhecido como profissão fundamental na perspectiva curricular da educação sendo ocupado por espaços importantes no processo de execução da política educacional, atuando em diversos contextos sociais pertencentes a sociedade.
Nesse sentido, seu papel tende a deixar o serviço de ações complementares, paliativas e emergenciais, no qual obteve um aprofundamento do seu trabalho voltado a identificar e propor alternativas de enfrentamento aos fatores sociais, políticos, econômicos e culturais que interferem no sistema educacional, a fim de cooperar precisão e efetivação no contexto da educação, sendo atribuído como um direito para a conquista da cidadania.
O Serviço Social consiste atualmente em uma expansão profissional que atua por meio de novos espaços sócio-ocupacionais inseridos no cenário da política educacional, mas em contrapartida tem revelado um grande desafio à profissão, devido ao fato dos assistentes sociais as necessidades de engajamento apresentadas por parte desses profissionais no que se refere a sua inserção nas instituições escolares.
Tais profissionais apresentam algumas dificuldades em relação a elaboração e implementação de projetos de integração e intervenção vinculados aos aspectos sociais e educacionais condizentes a política social, eminentes da profundamente na dinâmica do conhecimento pedagógico e de suas legislações que consistem na construção de políticas educacionais nesse país.
É necessário ressaltar sobre os aspectos relacionados a inserção nas diversas áreas de direitos, no universo da família, no mundo do trabalho, nas políticas sociais públicas e privadas, nas questões ambientais, nos grupos étnicos, em diversos segmentos da sociedade brasileira, sendo esses direitos convenientes como: da criança, do adolescente, do jovem, do idoso e outras formas de violação dos direitos sociais. 
De acordo com os apontem-nos de Baptista (2001, p. 15-16):
O Serviço Social, como as demais profissões, na medida em que se refazem e se constroem as relações na sociedade, vai se reconstruindo e refazendo, muito embora nesse processo não supere os limites das relações postas pelo capitalismo, uma vez que a própria sociedade não os supera. Nesse processo de reconstrução, as ações individuais podem assumir, ao mesmo tempo, as dimensões de síntese resultante do processo coletivo de elaboração de conhecimentos e práticas desenvolvidos pela categoria - e de criação de novas propostas e de novos conhecimentos. (BAPTISTA, 2001, p. 15-16).
Para o autor, tais situações demandam do processo de construir relações na sociedade a fim de desenvolver um trabalho em beneficio as necessidades apresentadas pelos grupos, sendo exigido um bom planejamento administrativo, aliado por meio de assessoria às políticas, a programas e serviços sociais, de análise da realidade social e institucional, a ações incisivas e transformadoras junto à população, desenvolvendo dessa forma essencialmente as relações sociais por meio de uma ação global de cunho socioeducativo e de prestação de serviços.
É necessário que o assistente social obtenha um amplo conhecimento geral sobre a realidade em sua complexidade e por meio de um diagnóstico prévio busque estratégias a fim de criar meios que venham contribuir para resolução dos problemas e necessidades dos grupos sociais com ações direcionadas ao seu projeto político-profissional. Para Pontes (2000, p.43), “é por meio da mediação que o assistente social realiza esse enfrentamento no complexo tecido das organizações sociais em que atua”. 
De acordo com Martinelli (1993, p.136):
Mediações são categorias instrumentais pelas quais se processa a operacionalização da ação profissional. Expressam-se pelo conjunto de instrumentos, recursos, técnicas e estratégias e pelas quais a ação profissional ganha operacionalidade e concretude. São instâncias de passagem da teoria para a prática, são vias de penetração nas tramas constitutivas do real (MARTINELLI, 1993, p. 136).
O autor considera que por meio da mediação é possível que o profissional obtenha condições necessárias de traçar um direcionamento a sua prática de forma crítica e não alienada, sendo consideradas em analise a partir do seu projeto ético-político, possibilitando dessa forma uma ação transformadora através de instrumentos e estratégias que podem contribuir para trazer operacionalidade em sua ação profissional.
A tarefa fundamental ao exercício profissional consiste na reflexão de suas ações direcionadas processo da educação em sua dimensão mais ampla, no intuito de contribuir para o entendimento dessa política social como um exercício vasto e complexo, devido a proporção dele envolver a formação dos cidadãos em seus diversos aspectos como: social, econômico, político, cultural, intelectual e psicológico.
É necessário que o profissional atuante na área de assistente social obtenha clareza de que os saberes adquiridos são sempre incompletos e marcados pela insuficiência nos processos das intervenções, sendo necessário a ocorrência em concordância de um diálogo entre as diferentes áreas de atuação, sendo considerado uma ponte de equilíbrio que venha consolidar as atitudes necessárias à interação aliadas as práticas e ações desempenhadas. 
De acordo com Fazenda (2003, p. 69-70), "a metodologia interdisciplinar parte de uma liberdade científica, alicerça-se no diálogo e na colaboração, funda-se no desejo de inovar, criar, de ir além e exercita-se na arte de pesquisar [...] na qual se desenvolva a capacidade criativa de transformar a concreta realidade".
Desse modo, visto que é necessário ressaltar que o assistente social assim como os demais profissionais atuantes no contexto social da sociedade abrangendo de maneira geral, precisa ter convicção do impacto de suas práticas e ações voltados a divisão e fragmentação de saberes que muitas das vezes refletem no aspecto relacionado ao individualismo dificultando sua performance, mediante o exercício do seu ofício, ou seja, cada um desempenha somente o que compete a sua função e não se dispõe a desenvolver um trabalho mais amplo, coletivo, interligado, em conjunto que venha contribuir para atingir o alvo pretendido fragilizando dessa forma as práticas de suas intervenções: "Todos somos trabalhadores, lutamos por causas comuns e das diferenças de nossas profissões é que devem brotar as possibilidades" (Martinelli, 1998a, p. 150).
Dessa forma, faz-se necessário que o assistente social, ciente de seu papel a ser desenvolvido dentro das instituições educacionais, ou em qualquer outro contexto da sociedade, reflita sobre toda a realidade que consiste pertencentes aos cenários apresentados, a fim de conhecer as forças políticas existentes, as necessidades mais identificadas, no intuito de criar subsídios que contribua para uma intervenção pautada na garantia de direitos àqueles que são rechaçados pelo ideário neoliberal.
Sendo assim, as ações desempenhadas por parte do assistente social precisam ser norteadas através de uma postura investigativa aliado a intervenção profissional e a interdisciplinaridade no qual possibilita o desenvolvimento de uma ação profissional com alcance eficaz no qual será mediada pela intervenção nas diversas manifestações relacionadas as questões sociais.
3 CONCLUSÃO
O tema apresentado consiste em um instrumento aliado a construção de novos conhecimentos, a relevância dessa análise e pesquisasugere uma reflexão, e ampliação acerca da didática aplicada as práticas relacionadas as metodologias desenvolvidas nas ações exercidas pelo profissional que atua como Assistente Social, sendo ele habilitado para intervir nas diferentes manifestações da questão social nos diferentes campos que abrangem sua atuação, especificamente no contexto educacional.
É fundamental que o assistente social tenha a intencionalidade e clareza como prática de finalidade, atreladas as suas ações e práticas consistentes dos princípios éticos construídos pela coletividade da categoria profissional de seu ramo de atuação, sendo essas ações interligadas e condizentes no seu projeto ético-político, no qual esteja vinculado e fortalecido através das estratégias conjuntas aliadas as diversas categorias profissionais da educação e com os usuários em geral.
O assistente social tem uma ação profissional que está diretamente relacionada ao contexto cotidiano da sociedade em contato concreto com os indivíduos, principalmente no âmbito das instituições escolares, atuando na participação da particularidade de suas vidas, na observância das transições das demandas pertinentes aos problemas sociais apresentados, sendo elas carências e necessidades que se constituem de ações múltiplas apresentadas pelos diversos grupos.
Tais observações remetem à conclusão de é de extrema importância a realização do trabalho desempenhado por parte do assistente social, através do desenvolvimento de práticas concretas e abstratas, exigindo de certa forma uma reflexão continua as análises nas específicas condições e relações sociais em que ele ocorre, com foco na qualidade e precisão do trabalho e o seu significado social, atuando por mediações distintas em função ao processo de produção e reprodução das relações sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALESSANDRINI, M. A inserção do assistente social na política educacional e na gestão da escola pública. Debates Sociais. São Paulo, ano 36, n. 59, p. 61, 2001.
BAPTISTA, Myrian Veras. A investigação em Serviço Social CPIHTS - Centro português de Investigação e História e Trabalho Social. São Paulo: Lisboa/Veras, 2001.
CARVALHO, M. C. Brant. O conhecimento da vida cotidiana: base necessária à prática social. In: NETTO, J. P.; CARVALHO, M. C. Brant. Cotidiano: conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. p. 13-63.
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