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1 Universidade Federal De Juiz De Fora Departamento De Farmácia Físico-Química Experimental DANIELLE CRISTINA GOMES PRÁTICA 02 TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE DADOS ESPERIMENTAIS PROF. DR. VICTOR GOMES LIMA FERRAZ Governador Valadares 2021 2 1. INTRODUÇÃO Qualquer medida experimental apresenta erros que precisam ser estimados e compreendidos. Ao realizar duas medidas de uma mesma grandeza sob as mesmas condições é possível observar que os resultados encontrados não apresentam os mesmos valores, isto acontece pelo fato de existirem erros associados á execução da análise, portanto uma única medição não é o suficiente para garantir a comprovação do resultado encontrado. Para alcançar o valor mais próximo ao real, a análise deve ser realizada de forma repetida e os dados obtidos através da média dos valores encontrados nas análises devem ser organizados, interpretados, estudados e comparados a partir de um tratamento estatístico para que possa verificar a eficiência do método e os erros envolvidos no processo, sejam erros sistemáticos associados ao instrumento ou técnica de medida ou aleatórios que ocorre devido a variações desconhecidas. Com o objetivo de identificar a eficácia do processo encontrando parâmetros que se aproximam de pontos experimentais, utiliza-se o método dos mínimos quadrados que consiste em minimizar a soma dos quadrados dos desvios da medida estudada, o valor provável da série de media é chamada de média aritmética. O desvio padrão se dá pela raiz quadrada positiva do valor obtido na variância. Sendo que, a precisão do método será ilustrada pelo desvio padrão de um conjunto de medidas. Quanto mais próximos forem os valores no gráfico, mais preciso é o método. Com o método dos mínimos quadrados obtém-se um gráfico onde é retratado uma reta com coeficiente de correlação linear (r), e os pontos referentes aos resultados das análises seguem esta reta sendo possível observar os desvios das análises. Essas relações podem ser representadas através de um gráfico de função linear, cuja equação é expressa por y=ax+b, onde “a” é a inclinação da reta e “b” o ponto onde a reta corta o eixo y. Dessa forma, é possível encontrar a equação real da reta formada pelos pontos obtidos através dos resultados, encontrando os reais valores para o coeficiente angular (a) e linear (b) e os respectivos desvios e observar de maneira mais eficiente todas as dispersões dos pontos, levando em consideração a posição da reta no gráfico. 2. OBJETIVO Medir e verificar os volumes e alturas da água destilada em cada balão volumétrico, verificando a variação entre eles, sendo possível calcular a massa seguindo uma série de medidas encontradas. Compreender a importância da precisão nos dados experimentais e regressão linear para construir um gráfico a partir dos dados experimentais. 3 3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS MATERIAIS • Balão Volumétrico 10 mL, 25 mL, 50mL, e 100 mL • Água Destilada • Termômetro • Pipeta de Pasteur EQUIPAMENTOS • Balança Analítica 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O experimento foi dividido em duas etapas, na qual a primeira pesou-se separadamente os balões volumétricos vazios e sem tampas na balança analítica devidamente equilibrada. Os valores de massa obtidos foram anotados para o estudo. Em seguida preencheu-se até a metade do balão volumétrico de 100 mL com água destilada, aferiu sua temperatura com o termômetro para verificar o estado do líquido analisado. Para complementar a solução colocou-se água destilada até menisco demarcado na vidraria, pesou-se por três vezes ajustando regularmente a quantidade de água do balão com o auxílio da pipeta de Pasteur, onde os valores obtidos nos processos de pesagens sejam anotados para devidas comparações. Em suma, calcula-se a massa do liquido a partir do material e sua medida seguida do desvio padrão (s) e coeficiente de correlação linear (r). 5. RESULTADOS Após a realização das etapas descritas no tópico anterior, obtém-se os seguintes resultados: Balão Volumétrico Massa do balão vazio Temperatura da água 10 mL 14,201 24°C 25 mL 18,086 24°C 50 mL 43,417 24°C 100 mL 63,665 24°C Tabela I Resultado das três pesagens dos balões com água destilada até o menisco sendo ajustado a cada pesagem: Balão Volumétrico Primeira Pesagem Segunda Pesagem Terceira Pesagem 10 mL 24,082 27,137 21,133 25 mL 43,013 42,997 42,995 50 mL 93,203 93,205 93,205 100 mL 163,180 162,919 162,917 Tabela II 4 A partir disso, calcula-se a massa do líquido, média aritmética e seu desvio padrão, obtendo-se os seguintes resultados: Massa do Líquido: Desvio Padrão: Balão 10 mL 24,082 – 14,201 = 9,881 (Massa 1) 24,137 – 14,201 = 9,936 (Massa 2) 24,133 – 14,201 = 9,932 (Massa 3) = 9,916 Balão 25 mL 43,013 – 18,096 = 21,917 (Massa 1) 42,997 – 18,096 = 24,901 (Massa 2) 42,995 – 18,096 = 24,899 (Massa 3) = 24,905 Balão 50 mL 93,203 – 43,417 = 49,786 (Massa 1) 93,205 – 43,417 = 49,788 (Massa 2) 93,205 – 43,417 = 49,788 (Massa 3) = 49,787 Balão 100 mL 163,180 – 63,665 = 99,515 (Massa 1) 162,919 –63,665 = 99,254 (Massa 2) 162,917 – 63,665 = 99,252 (Massa 3) = 99,340 Balão 10 mL 𝑆 = √(24,082−9,916)2+(24,137−9,916)2+(24,133−9,916)2 3−1 𝑆 = √200,675+202,236+202,12 2 𝑆 = √605,031 2 → 𝑆 = √302,515 𝑺 = 𝟏𝟕, 𝟑𝟗 Balão 25 mL 𝑆 = √(43,013−24,905)2+(42,997−24,905)2+(42,995−24,905)2 3−1 𝑆 = √ 327,899+327,320+327,248 2 𝑆 = √ 491,233 2 → 𝑆 = √245,616 𝑺 = 𝟏𝟓, 𝟔𝟕 5 A partir da tabela e cálculos formados é possível elaborar o gráfico a seguir: Gráfico I Balão 50 mL 𝑆 = √(93,203−49,787)2+(93,205−49,787)2+(93,205 49,787)2 3−1 𝑆 = √1,88+1,885+1,885 2 𝑆 = √5,654 2 → 𝑆 = √2,827 𝑺 = 𝟏, 𝟔𝟖 Balão 100 mL 𝑆 = √(163,180−99,340)2+(162,919−99,340)2+(162,917−99,340)2 3−1 𝑆 = √4,075+4,042+4,042 2 𝑆 = √12,159 2 → 𝑆 = √6,079 𝑺 = 𝟐, 𝟒𝟔 6 Os valores obtidos nas medições realizadas encontram-se na tabela abaixo: i 𝒙𝒊 𝒚𝒊 𝒙𝒊𝟐 𝒚𝒊𝟐 𝒚𝒊𝒙𝒊 1 9,916 10 98,327 100 99,16 2 24,905 25 620,259 625 622,625 3 49,787 50 2478,745 2500 2489,35 4 99,340 100 9868,435 10000 9,934 10 183,948 185 13065,766 13225 3221,069 Tabela III Coeficiente de correlação Linear: → r = 4 . 3221,069 − (183,948)(185) √4 . 13065,766 − (183,948)2) . (√4.13225 − (185)2) r = 12884,276 − 34030,38 (√52263,064 − 33836,866) . (√52900 − 34225) → r = 21146,104 (√18426,198) . (√18675) r = 21146,104 (135,743 . 136,656) → r = 21146,104 18550,095 → Rx, y= 1,139 6. DISCUSSÃO O gráfico gerado pelo programa representa uma correlação entre os pontos e uma linearidade dos dados coletados e cálculos realizados para o experimento. Essa variação deve-se pelo método de medição e execução de cada analise, com isso percebe-se que qualquer estudo está sujeito a erros. Os erros mais comunsna pesagem são resquícios de poeira e vento na balança analítica. Entretanto, os valores de massa se aproximaram fortemente dos volumes, o que indica uma pesagem adequada. 7. CONCLUSÃO Contudo, conclui-se o objetivo desta prática onde relaciona-se a massa do liquido com a massa do instrumento vazio. Para encontrar pontos experimentais que se aproximam é necessário saber quais são os parâmetros sendo possível descobrir pela utilização do método dos mínimos quadrados, desvio padrão, com eles pode-se ajustar os dados observados. Assim o resultado do coeficiente de correlação está próximo de 1. 7 8. REREFÊNCIAS TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE DADOS EM FÍSICA EXPERIMENTAL, O. A. M. Helene e Vito R. Vanin, Ed. Edgar Blücher Ltda, 1981. http://de.ufpb.br/~tarciana/CPEI/Aula4.pdf HOLLER, F.J.; SKOOG, D. A.; CROUCH, S.R. Princípios de análise instrumental. 6a Edição. Porto Alegre: Bookman, 2009. 9. APÊNDICES/ ANEXOS Figura 1- Vidrarias utilizadas no experimento Figura 2- Pesagem balão volumétrico Figura 3- Ajuste com água destilada até o menisco http://de.ufpb.br/~tarciana/CPEI/Aula4.pdf
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