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0001TCC -Training Fight - Emagrecimento e Condicionamento Físico

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TRAINING FIGHT – PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA 
EMAGRECIMENTO E CONDICIONAMENTO FÍSICO 
FIGHT TRAINING - TRAINING PROGRAM FOR WEIGHT LOSS AND 
FITNESS 
 
 
AUTOR: ALESSANDRO DOS SANTOS 
 
ORIENTADOR: Dr. ANTONO COPPI NAVARRO 
 
 
01 - Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho – 
Fisiologia do Exercício: Prescrição do Exercício 
02 – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino de Fisiologia do Exercício 
 
 
 
E-mail: personal@apollotraining.com.br 
Rua Iacaia, 21 – Imirim -São Paulo/SP 
Cep: 02467-002 
São Paulo, Turma 02691 
 
 
São Paulo, Turma 02691 
Entrega dia 30/07/2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
Este estudo constitui-se de uma pessoa do gênero feminino, trinta e três anos 
de idade, residente na cidades de São Paulo/SP. O programa Training Fight 
teve a duração de 03 (três meses), três vezes por semana, totalizando 36 
sessões de 60 (sessenta) minutos cada, complementando com 24 sessões de 
60 (sessenta) minutos de caminhada na esteira com inclinação 2 (dois) em 
ritmo moderado/acelerado. Para este teste foi utilizado os seguintes 
equipamentos, uma balança eletrônica marca Speedo para verificação do peso 
corporal (KG), fit métrica com precisão de 0,1cm, marca Cescorf, para medição 
das circunferências e da estrutura e um monitor cardíaco da marcaPolar. Para 
análise dos dados compararam-se os valores do peso corporal, RC/Q e do IMC 
do indivíduo antes de iniciar o programa Training Fight e no término do mesmo, 
equipamentos como step, halteres, barra de pump, luva de boxe, boby, saco de 
pancada aparadores de soco e chute. Nas condições do presente estudo, o 
acompanhamento dos resultados obtidos, permitiu concluir que o mesmo é 
eficaz para perda de peso apresentando. A composição corporal foi modificada 
de forma positiva, visto que promoveu o aumento da massa magra e a perda 
de gordura corporal, mesmo quando considerado o curto período de aplicação 
do estudo, portanto que o exercício físico associado a uma dieta alimentar com 
ingestão de baixa calorias, é eficiente em virtude deste aumentar a massa 
magra, diminuir o percentual de gordura e favorecer o emagrecimento. O 
método do programa Training Fight, mostrou que o treinamento circuitado com 
exercícios de alta e média intensidade com estímulos intervalados produz um 
dispêndio energético total maior durante a execução e no retorno aos níveis de 
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repouso, e isso é fundamental quando nos referimos ao desequilíbrio 
intencional do balanço energético. 
Palavras-chaves: emagrecimento, perda de peso, treinamento aeróbio, 
anaeróbio. 
 
ABSTRACT: 
This study consists of an individual female, thirty-three years of age, residing in 
the cities of São Paulo / SP. The program Fight Training lasted for 03 (three 
months), three times a week, totaling 36 sessions of sixty (60) minutes each, 
with 24 sessions complementing sixty (60) minutes of treadmill walking with a 
slope of 2 (two) at a moderate pace / pace. For this test we used the following 
equipment, an electronic scale Speedo brand for verification body weight (KG), 
fit measure to the nearest 0.1 cm, brand Cescorf for measuring circumferences 
and structure, and a heart monitor marcaPolar. Data analysis compared the 
values of body weight, RC / Q and BMI of the individual before starting the 
program Fight Training and end the same, equipment such as steppers, 
dumbbells, bar pump, boxing glove, boby, punching bag trimmers punch and 
kick. Under the conditions of this study, monitoring the results, concluded that it 
is effective for weight loss presented. Body composition was changed positively 
since promoted the increase in lean body mass and body fat loss, even when 
considering the short period of implementation of the study, so that exercise 
combined with a diet with low intake of calories, is efficient because this 
increase lean body mass, decrease the percentage of fat and promote weight 
loss. The method Fight Training Program, showed that training exercises 
circuited with high and medium intensity stimuli interval produces a higher total 
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energy expenditure during the execution and return to resting levels, and it is 
essential to refer to the intentional imbalance energy balance. 
Keywords: weight loss, weight loss, aerobic training, anaerobic. 
1 - INTRODUÇÃO 
Ficou comprovado que os brasileiros confundem facilmente estética com 
saúde, principalmente por conta do volume de propaganda de alimentos 
calóricos e pouco nutritivos e ou produtos que prometem emagrecimento rápido 
ou, milagre. 
A necessidade de exibir o corpo ditado pela moda leva muita gente à 
desinformação. Não foram poucas as pessoas respondendo que a melhor dieta 
reduz o peso em pouco tempo. Ora, qualquer médico, de sã consciência 
condena isso ou toda pessoa de bom senso. Cerca de 25% dos brasileiros 
responderam assim contra apenas 6% dos entrevistados.( Dados Publicados 
pela Anvisa / Ministério da Saúde).Sabemos que a perda de peso está 
relacionada ao treinamento e a dieta alimentar, porem se faz necessário saber 
qual é o gasto e o consumo calórico do individuo para que a periodização de 
treino seja eficaz quanto aos resultados. 
Quando se trata de perda de peso não podemos deixar de avaliar as reais 
necessidades deste indivíduo, como também doenças patológicas, visando 
resultados com segurança, saúde e qualidade de vida. 
O objetivo: O presente estudo analisou um novo programa de treinamento 
desenvolvido pela empresa SIGAT SIGAT ESPORTE LUTA LTDA – Training 
Fight, que tem como foco proporcionar emagrecimento e melhorar o 
condicionamento físico geral, procurando verificar valores Antropométricos, 
Perímetros e o IMC antes e após o experimento. 
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SIGAT - SISTEMA GLOBAL APOLLO TRAINING 
CNPJ: 12.965.925/0001-56 
 
O SIGAT ESPORTE LUTA LTDA é uma empresa que ministrada aulas, cursos 
e treinamentos especializados visando rendimento e qualidade de vida. 
O TRAINING FIGHT, é um treinamento que mistura lutas marciais, treino 
resistido, aeróbio e ginástica localizada, em forma de circuito. 
As estações são divididas por tempo, de 30 segundos a 3 minutos, variando 
conforme os exercícios e fazendo que o aluno mantenha durante o circuito FC 
75% 90% da FC max, mantendo a intensidade, propondo resultados excelentes 
para busca de condicionamento físico geral, emagrecimento queima de 
gordura: 
 As respostas ao treinamento aeróbico dependem de vários fatores como: nível 
de aptidão inicial, intensidade, freqüência e duração do treinamento e devem 
ser analisadas longitudinalmente, ou seja, a partir do estado inicial de 
condicionamento aeróbico individual.Já era de conhecimento da fisiologia, que 
o maior percentual de utilização de gordura se situa aproximadamente aos 30% 
do O.V
2 max.
, porém nesta intensidade, o consumo calórico é muito baixo o que 
acarreta um pequeno consumo de gordura. Busquei analisar o Fatmax ideal 
para emagrecimento, onde a intensidade de exercício na qual é observada a 
mais alta taxa de oxidação de gordura e à Zona de Fatmax que é a região com 
margens de 10% acima e abaixo do Fatmax (HOWLEY, 2001 e JEUKENDRUP 
& ACHTEN, 2001 ). 
 
 
 
 
 
 
 
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2 – MATERIAL 
O estudo foi feito com uma pessoa do gênero feminino, trinta e três anos de 
idade, 1,75 de altura, peso corporal de 87,80kg residente na cidades de São 
Paulo/SP Para este teste foi utilizado os seguintes equipamentos, uma balança 
eletrônica marca Speedo para verificação do peso corporal (KG), fit métrica 
com precisão de 0,1cm, marca Cescorf, para medição das circunferências e da 
estrutura e um monitor cardíaco da marca Polar. Para análise dos dados 
compararam-se os valores do peso corporal, RC/Q e do IMC do indivíduo antes 
de iniciar o programa Training Fight e no término do mesmo, para formação do 
circuito de treinamento utilizamos os seguintes equipamentos: step de Eva 
contendo 80x30x14cm, halteres emborrachadomarca Sport line, barra de 
pump Sport line, cama elástica sport line, luva de boxe 12 onças, pneu de 
caminhão de borracha marca Firestone, colchonetes rush sports, cones preto e 
amarelo de sinalização, boby Fight Borracha, bola bosu marca torian saco de 
pancada Rush Sports, aparadores de soco e chute marca Jugui. 
3 – MÉTODO 
Em forma de circuito, a participante passa de uma estação para outra, variando 
os exercícios, hora aeróbio, força, resistência e ou combinado, variando a 
frequência cardíaca conforme a intensidade dos exercícios. 
Cada estação é determinado um tempo entre 30 segundos a 3 minutos, 
variando a intensidade e a frequência cardíaca. Cada circuito tem em média 10 
a 16 exercícios mesclando MMSS e MMII, podendo o aluno fazer de 2 a 3 
voltas no circuito, ou seja repetindo até 3 vezes cada exercício. Não existe 
intervalo inativo, entre uma estação e outra o aluno pode beber água mantendo 
a atividade ativa. 
7 
 
Desta forma procuramos manter a FC cardíaca entre 75% a 90% alterando 
apenas a intensidade e volume de cada exercício. 
Para que chegar no perfil de aula ideal, testei individualmente cada exercício 
vendo intensidade, grupo muscular, FC em exercício e percepção de esforço. 
PERDA DE PESO E EMAGRECIMENTO 
No Brasil, três grandes estudos apuraram a prevalência de excesso de peso e 
de obesidade na população: o Estudo Nacional da Despesa Familiar (Endef), 
realizado em 1975, a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), 
realizada em 1989 e a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF),realizada em 
2002-2003. De acordo com tais estudos fica evidente a tendência de aumento 
tanto para sobrepeso quanto para obesidade. Entre 1975 e 2003, o excesso de 
peso (IMC igual ou superior a 25 kg/m²) aumentou em 120% entre os homens e 
37% entre as mulheres. Podemos observar um comportamento similar na 
tendência à obesidade, a mesma apresentou um crescimento contínuo entre os 
homens e um crescimento de 1975 até 1989 entre as mulheres, seguido de 
uma estabilização até 2003. Entre o primeiro e o último estudo, a obesidade 
aumentou 214% entre a população masculina e 62% entre a população 
feminina. 
Ainda assim, as mulheres apresentam níveis mais elevados do que os homens 
tanto para excesso de peso quanto para obesidade, porém seus determinantes 
são desconhecidos. (Guia Alimentar para a População Brasileira, 2006; 
Gigante, Barros, Post, Olinto, 2007). 
De acordo com o VIGITEL Brasil 2006, a inatividade física atinge 29,2% da 
população brasileira maior de 18 anos e é mais prevalente no gênero 
masculino do que no feminino, sendo o maior número de sedentários, tanto 
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masculino quanto feminino, encontrado na região nordeste do Brasil (Moura e 
colaboradores, 2008). 
Para MCardle, Katch e Katch (2008) o crescimento de índices de obesidade, já 
apresenta um dos principais desafios da saúde pública, as complicações que 
levam ao estado de obesidade podem ser diversos, que incluem a influência 
genética, ambiental, metabólica, fisiológica e comportamental. A obesidade 
refere-se à condição em que o indivíduo apresenta uma quantidade excessiva 
de gordura corporal avaliada em porcentagem do peso total (%G). Embora 
ainda não tenham sido estabelecidos valores exatos consideram-se padrões 
para obesidade excessiva homens acima de 20% e mulheres acima de 30%. 
Mais recentemente, a literatura tem procurado propor valores de custo 
energético para vários tipos de esforços físicos, o que possibilita estabelecer 
estimativas quanto à demanda energética dos programas de exercícios físicos 
(AINSWORTH, 2000). No entanto, o impacto dos exercícios físicos na 
demanda energética não deverá se restringir ao período de realização dos 
esforços físicos em si. Sua realização requer também gasto de energia acima 
dos níveis de repouso por algum período pós-esforço. 
Estudos demonstram que a ênfase no tratamento de perda de peso deve ser 
na redução da gordura corporal, já que apenas a perda de gordura promoverá 
benefícios a saúde. Para conseguir essa diminuição da massa gordurosa é 
necessário um balanço energético negativo, condição na qual o gasto supera o 
consumo de energia, pois os estoques de energia do organismo são 
consumidos para sustentar processos metabólicos, levando a perda de peso 
(Francischi e colaboradores, 2000). 
9 
 
O emagrecimento é um processo multifatorial, no qual dispomos de diferentes 
variáveis que podem contribuir de maneira conjunta, dentre eles alimentação 
saudável e prática regular de atividade física. 
De acordo com diversos autores Dantas (2005), Simão (2007) e Carnevalli Jr. 
(2011), que estudam e relatam sobre a redução do percentual de gordura 
(emagrecimento), podemos afirmar que não basta buscar uma determinada 
atividade física, esquecendo do muitos outros fatores como o balanço 
energético, reeducação alimentar e principalmente uma correta periodização do 
treinamento para um gradual estímulo de intensidade dos exercícios, visando 
não apenas o emagrecimento de imediato, mas uma melhora em diversos 
fatores físicos, clínicos e psicológicos que possam garantir um melhor 
resultado. 
O IMC é a medida recomendada internacionalmente pela Organização Mundial 
de Saúde (2003) para avaliar o estado nutricional, permitindo estimar a massa 
corporal e o risco progressivo de desenvolvimento de doenças crônicas não 
transmissíveis associadas ao excesso de peso. Valores entre 25 kg/m² e 29,9 
kg/m² são considerados excesso de peso e acima de 30 kg/m² são 
considerados obesidade (Organização Mundial de Saúde, 2003). 
Estão descritos na tabela 1 os valores de referência de IMC e suas 
classificações, sugeridos pela Associação Brasileira de Estudo da Obesidade 
(2007). 
Tabela 01- Classificação do IMC 
Categoria IMC
Abaixo do Peso Abaixo de 18,5
Peso normal 18,5 - 24,9 Peso Saudável 
Sopreso 25,0 - 29,9 Equivale 
Obesidade Grau I 30,0 - 34,9 ao Peso Normal
Obesidade Grau II 35,0 - 39,9
Obesidade Grau III 40,0 e acima 
Revista Brasileira de Nutricão Esportiva, São Paulo v. 2, 
 n. 8, p.55-66, Março/Abril, 2008. ISSN 1981-9927 
10 
 
TREINAMENTO E EMAGRECIMENTO 
Segundo Mcardle e colaboradores (1998), o treinamento intervalado (TI) é o 
método de exercícios que utiliza períodos de exercício e períodos de intervalo 
de recuperação. Dependendo da intensidade do treino, a recuperação pode ser 
ativa (estímulos de menor intensidade) ou passiva. A relação 
trabalho/recuperação e suas respectivas demandas fisiológicas determinam o 
sistema energético no qual haverá predominância no treino, por isso é tão 
importante a escolha adequada dos intervalos de recuperação. 
Os principais benefícios dos exercícios de alta intensidade em relação à perda 
de gordura são o aumento da taxa metabólica de repouso (TMR), um tempo 
maior de EPOC e, conseqüentemente, um gasto energético total superior ao 
treinamento de caráter contínuo (Jakicic e colaboradores, 2002). 
Os estudos com relação à intensidade e duração do exercício ainda precisam 
de maiores investigações, pois ainda há divergências entres pesquisas na 
prescrição de intensidade e duração referente ao exercício físico. 
Ainda segundo Campos (2001) o exercício físico aeróbio em torno de 50% da 
capacidade máxima promove até 70% da energia disponibilizada proveniente 
dos lipídios, o mesmo autor também sugere que pessoas destreinadas 
comecem com intensidades ainda mais baixas até adquirir níveis de aptidão 
mais elevados. 
Em um estudo posterior Sabia, Santos e Ribeiro (2004) estudaram 
adolescentes e verificaram que houve uma diminuição de gordura corporal 
(1,5% de perda do total da massa corporal) depois de 13 semanas de 
treinamento aeróbio associado a uma restrição alimentar, ainda Villares, 
Ribeiro e Silva (2003) corroborou com pesquisas salientando que depois de 20 
11 
 
semanas de trabalho aeróbio também associado à restrição alimentar percebeu 
em suas avaliações após o estudo que houvediminuição de aproximadamente 
10% do peso corporal total, sendo que a gordura corporal diminuiu e houve 
aumento e/ou manutenção da massa muscular. 
Para Nardi e colaboradores (2003), Resistência Muscular Localizada é a 
capacidade que permite realizar num maior tempo possível, a repetição de um 
determinado movimento, com a mesma eficiência. Outra definição de 
resistência é a capacidade de resistir ao cansaço por mais tempo, deste modo 
executando a atividade pelo maior tempo possível sem que ocorra a diminuição 
da qualidade do trabalho realizado (Barbanti, 1979). 
Uma outra definição segundo Verkhaskanshi (2001) é a capacidade dos grupos 
musculares de manter a aptidão de trabalho especial no nível necessário 
durante o tempo prolongado, afirmando a definição conforme outros autores. 
Para se efetivar um programa de emagrecimento dentro do treinamento de 
resistência muscular localizada, pode-se aplicar o método de treinamento em 
circuito, alterando o volume do treinamento, aumentando a duração da sessão 
e ativando com maior significância o sistema aeróbico, acarretando em um 
maior gasto energético durante o exercício, porém ainda dentro das 
características dos exercícios de força (Fleck e Kraemer, 2006). 
INTENSIDADE DO EXERCÍCIO 
O gasto energético é o resultado do metabolismo energético de repouso, o 
efeito térmico dos alimentos e da atividade muscular. 
O metabolismo energético de repouso é aproximadamente 1 Kcal por hora por 
quilograma de peso corporal. Contudo, é menor em indivíduos com altas 
quantidades de gordura corporal, pois o tecido adiposo possui menor atividade 
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metabólica do que o tecido magro. A assimilação e a absorção dos alimentos é 
um processo energético conhecido como efeito térmico dos alimentos, e 
representa de 5 a 10% das calorias consumidas. A mais variável fonte de 
consumo energético é a atividade muscular. Indivíduos sedentários podem não 
gastar mais do que 200 a 300 Kcal/dia nas atividades da vida diária, por outro 
lado, indivíduos engajados em programas de exercício estruturado podem 
consumir várias centenas e até milhares de Kcal/dia. Competidores do ciclismo, 
por exemplo, podem necessitar consumir de 6.000 a 8.000 Kcal/dia para 
manter o balanço energético (SWAIN; LEUTHOLTZ, 2002). 
Via Energética Predominante: A duração do estímulo e intensidade estão 
diretamente ligados, portanto o planejamento do estímulo a cada momento da 
aula, permite selecionar o tipo de energia sendo utilizada como mostrado no 
gráfico abaixo. 
 
 
Tabela 02 – Tipos de Desempenhos 
 
Figura extraída do livro Fisiologia do Exercício MCardle, Katch e Katch (2008) p.473. 
 
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Qualquer programa de atividade física deve ser amplamente planejado e 
estruturado dentro dos conceitos fisiológicos dos princípios do treinamento, 
buscando a correta estimulação e adaptações estruturais, progressões de 
estímulos e intensidades funcionais para aprimorar o desempenho das tarefas 
realizadas. Tais programas devem ser cuidadosamente planejados e 
focalizados na frequência e duração das sessões de trabalho, tipo de 
treinamento, estímulo, progressão, recuperação, sempre levando em 
consideração os objetivos e nível de aptidão do aluno. 
Para buscar a melhora do desempenho, podemos fazer uso de vários 
princípios de condicionamento fisiológico em comum, nas diversas 
classificações das seguintes atividades físicas, dentre elas a duração do 
exercício, tipos de desempenho e vias energéticas predominantes. 
Abaixo podemos ver na tabela 3, 4, 5, 6 e 7 os resultados antes e após o treino 
do programa Training Fight. 
 
Tabela 03 - Antropométricos 
Dados 19/04/2013 19/07/2013 Resultado 
Peso Atual 84,8 82,10 - 2,7 
Altura 1,75 1,75 1,75 
IMC 28 26,8 - 1,2 
Peso Gordo 24,86 20,38 - 4,48 
Peso Magro 59,93 61,72 + 1.79 
Gordura Atual 29,32 24,84 - 4,48 
Gordura Ideal 21,0 21,0 21,0 
 
 
Tabela 04 - Perímetros 
Dados 19/04/2013 19/07/2013 Resultado 
Tórax 98,00 96,00 - 2,00 
Cintura 84,5 82,00 - 2,5 
Abdome 95,00 83,00 - 12,00 
Quadril 107,50 99,50 - 8,00 
Antebraço D 26,50 14,50 - 12,00 
Antebraço E 26,50 14,50 - 12,00 
Braço D 30,5 20,0 - 10,50 
Braço E 30,50 29,50 - 10,50 
Coxa D 61,50 47,00 - 14,50 
Coxa E 59,5 44,00 15,50 
Panturrilha D 39,00 30,00 - 9,00 
Panturrilha E 38,50 28,00 10,50 
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Tabela 05 – Capacidade Cardio-Respiratório 
Dados Caminhada Training Fight 
FC Antes Treino 78bpm 78bpm 
FC Média Treino 165bpm 88% FCmax 167bpm 89% FCmax 
FC Após Treino 106bpm 106bpm 
PA Antes Treino 124x83 123x85 
PA Após Treino 142x91 145x91 
% VO² Treino 77,38 78,76 
Para calculo de FC max = (220 – Idade) fornecida pelo sistema do frequêncimentro Marca 
Polar, VO² Treino, utilizamos a FC média de treino fornecida pelo Relógio Marca Polar após o 
treino. Para este estudo utilizamos a Katch: % VO² = [1,388 x % FC] – 44,765. Livro: Avaliação 
e Prescrição de Atividade Física (João C. Bouzas Marins e Ronaldo S. Giannichi pag. 194.) 
 
 
Tabela 06 – Periodização do Treino 
Dados Dias Tempo FC. Média 
Esteira Terça - Quinta 60 minutos 165bpm 
Training Fight Seg- Qua- Sex 60 minutos 167bpm 
Observação: Vídeo aula será apresentado no dia da apresentação oficial 
 
 
Tabela 07 – Média Gasto Calórico 
Atividade 60min Dia Semana Mês 
Caminhada 655 kcal = 2 x 1.310 = 8 x 5.240 
Training Fight 685 kcal = 3 x 1.635 = 12 x 8.220 
Dados fornecido pelo Freqüêncimetro de Marca Polar 
 
Calcula-se que o triglicéride intramuscular contribui com, aproximadamente, 
metade do total de gordura oxidada quando o VO
2 
máx é de 65% e que o total 
de triglicéride intramuscular oxidado se reduz quando a intensidade do 
exercício se eleva para 85% do VO
2 
máx. 
Os hormônios liberadores de AGL (epinefrina, glicocorticóides) permanecem 
ativos 2 ou 3 horas após o exercício. A epinefrina impede que o nível insulínico 
suba muito em resposta à glicemia sangüínea. É por isso que a deposição de 
gordura é pequena consumindo-se muito carboidrato (CHO) até 3h depois do 
exercício, pois a maioria do CHO vai repor o glicogênio. A glicose irá repor o 
glicogênio muscular enquanto que a frutose irá repor o glicogênio hepático. 
Baseado nas formulas dos pesquisadores como Londeree e Anes (1976) e 
Katch (1978) desenvolveram outras formulas que auxiliam na prescrição do 
treinamento ao estabelecer uma relação entre % de FC e % VO² 
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INGESTÃO CALÓRICA 
 
O Estudo teve como foco o programa de treinamento Training Fight, não 
havendo uma dieta específica para o participante, e sim orientação básica de 
reducação alimentar, já que a mesma não tinha hábito de fazer dieta. Desta 
forma orientando-a a digerir em média 1.650 a 1.700Kcal dia. 
Utilizando a 4ª Edição Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação – 
NEPA, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. TACO – Tabela 
Brasileira de Composição de Alimentos – 2011, realização NEPA, fiscalização 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério do Desenvolvimento Social 
e Combate a Fome e Ministério da Saúde, a participante montava seu cardápio 
mantendo a média de Kcal sugerido. Fonte: Site: www.unicamp.br 
3 – DISCUSSÃO 
 
Qualquer programa de atividade física deve ser amplamente planejado e 
estruturado dentro dos conceitos fisiológicos dos princípios do treinamento, 
buscando a correta estimulação e adaptações estruturais, progressões de 
estímulos e intensidades funcionais para aprimorar o desempenho das tarefas 
realizadas. Tais programas devem ser cuidadosamente planejados e 
focalizados na frequência e duração das sessões de trabalho, tipo de 
treinamento, estímulo, progressão, recuperação, sempre levando em 
consideração os objetivos e nível de aptidão do aluno. 
A especificidade do treinamento com exercícios, refere-se às adaptações nas 
funções metabólicas e fisiológicas dependentes do tipo da modalidade de 
sobrecarga aplicada, estresse com exercícios anaeróbios específicos (ex. 
treinamento de força-potência),induz adaptação de força e potência, o 
estresse em exercício do endurance, induz adaptações específicas no sistema 
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aeróbio. No entanto o princípio da especificidade vai muito além de força-
potência ou aeróbio, o sistema aeróbio não requer apenas uma sobrecarga 
cardiovascular, necessita e confia em músculos específicos no desempenho 
desejado para a atividade específica como o ciclismo. 
Princípio da Individualidade (MCARDLE; KATCH e KATCH, 2008). 
Observa-se que o peso diminui de 84,80kg para 82,10kg, equivalente a 3% do 
peso corporal total do indivíduo após 3 meses do programa Training Fight 
O programa foi eficaz na melhoria da composição corporal uma vez que 
verificamos que ouve a diminuição do peso corporal, quer IMC e aumentaram a 
percentagem da massa magra. 
Verifica-se que o programa de treinamento estabelecido, exige o tempo todo de 
MMSS e MMII, hora alternando e em outras simultâneas, aumentando a 
irrigação sanguínea, oxigenação muscular, elevando assim a FC a capacidade 
de Vo². A variação no treinamento é um princípio fundamental que sustenta as 
necessidades de alterações em um ou mais variáveis do programa ao longo do 
treinamento e permite que o estímulo de mantenha ótimo. Foi mostrado que ao 
variar o volume e intensidade torna a progressão mais eficaz a longo prazo 
(ACSM,2002). 
Nota-se que no período de 3 meses a participantes modificou os perímetros 
totais destacando a Cintura de 84,5 para 82,00, Abdome 95,00 para 83,00 e 
Quadril 107,50 para 99,0 referindo risco coronários RC/Q. Onde inicialmente a 
mesma apresentava RISCO ALTO (cintura 84,50 : quadril 107,50) = 0,79 
apresentando RISCO MODERADO (cintura 82,2 : quadril 99,50) = 0,82. (fonte 
de pesquisa Applied Body Compositition Assessment, pagina 82. Ed Humam 
Kinetics, 1996). 
17 
 
O índice de massa corporal (IMC) é outro padrão frequentemente utilizado para 
estimar a obesidade em estudos populacionais, umas das limitações do IMC é 
a dificuldade de interpretação pelas pessoas e a projeção nas mudanças de 
peso corporal real para alterações no IMC. Citando o Painel sobre Energia, 
Obesidade e Padrões de Peso Corporal o ACSM3 (2000) sugere para este 
indicador a classificação que se encontra na Tabela 1. 
As atividades impostas no estudo, ambas tinham treino diário de 60 minutos, 
apresentando assim, resultados cardiorrespiratório bem semelhantes, a 
caminhada propôs um intensidade uniforme e o programa Training Fight 
intensidades variáveis, esse programa contribuiu para uma respostas 
fisiológicas do organismo quando submetidos a um programa de perda de peso 
constituído de controle alimentar e exercício físico. 
Ao Final deste programa de emagrecimento foi observado também ganho 
significativo de massa magra (%). 
Embora a maioria dos estudos tenha examinado o efeito do exercício aeróbio 
sobre a perda de peso, a inclusão do exercício de força mostra vantagens, pois 
é um potente estímulo para aumentar a massa, força e potência muscular, 
podendo ajudar a preservar a musculatura, que tende a diminuir devido à dieta, 
maximizando a redução de gordura corporal. Além disso, parece aumentar o 
gasto de energia no repouso, pelo aumento da massa muscular. Sabe-se que a 
redução do gasto de energia no repouso, após a perda de peso, é o principal 
fator de risco para uma posterior recuperação de peso. Outro motivo pelo qual 
o treinamento com pesos pode ser importante para o controle da obesidade, é 
pela elevação do VO2 residual pós exercício (ACSM, 2001; Volek, VanHeest, 
Forsythe 2005; Hauser, Benetti, Rebelo, 2004). 
18 
 
Porém o exercício físico mostra-se extremamente eficiente para manutenção 
do peso após programas de emagrecimento. Muitos estudos relatam que os 
principais efeitos do treinamento físico no controle do peso corporal são obtidos 
cronicamente. Alguns efeitos de grande importância se referem ao aumento da 
atividade da enzima lipase hormônio sensível - enzima responsável pela maior 
mobilização de lipidios no tecido adiposo (Seip e Colaboradores citado por 
Trombretta, 2003) e ao aumento da densidade mitocondrial, potencializando a 
oxidação de lipidios, favorecendo assim o emagrecimento (van Aggel-Leijssen 
e Colaboradores citado por Trombretta, 2003). 
4 – CONCLUSÃO 
 
Nas condições do presente estudo, o acompanhamento dos resultados obtidos, 
permitiu concluir que o mesmo é eficaz para perda de peso apresentando. A 
composição corporal foi modificada de forma positiva, visto que promoveu o 
aumento da massa magra e a perda de gordura corporal, mesmo quando 
considerado o curto período de aplicação do estudo, portanto que o exercício 
físico associado a uma dieta alimentar com ingestão de baixa calorias, é 
eficiente em virtude deste aumentar a massa magra, diminuir o percentual de 
gordura e favorecer o emagrecimento. 
Fortaleço ainda que os exercícios intermitentes de alta intensidade utilizados 
em programas de treinamento físico com o objetivo de emagrecimento, podem 
auxiliar de maneira importante a redução de gordura corporal em sujeitos com 
sobrepeso e obesidade. 
O método do programa Training Fight, mostrou que o treinamento circuitado 
com exercícios de alta e média intensidade com estímulos intervalados produz 
um dispêndio energético total maior durante a execução e no retorno aos níveis 
19 
 
de repouso, e isso é fundamental quando nos referimos ao desequilíbrio 
intencional do balanço energético. 
Entretanto, existem ainda muitas dúvidas sobre o método, principalmente, por 
ter sido um estudo isolado com uma participante do sexo feminino, assim, 
torna-se importante ressaltar a necessidade de mais estudos relacionados ao 
tema, buscando um modelo ideal do método de treinamento direcionado 
especificamente para o emagrecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DECLARAÇÃO DE FÉ PÚBLICA 
 
 
 
 
Eu, Alessandro dos Santos autor do Artigo Científico produzido como Trabalho 
de Conclusão de Curso (TCC) no Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da 
Universidade Gama Filho, Fisiologia do Exercício: Prescrição do Exercício 
declaro, por FÉ PÚBLICA, assinado e datado, que este documento deste 
estudo que entrego como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi redigido 
em termos de originalidade, conforme instruções acadêmicas e científicas e 
respondo dessa forma sob as penas da lei. 
 
 
 
 
São Paulo, 03 de Agosto de 2013 
LOCAL E DATA 
 
Assinatura:____________________________________

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