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Disciplina: Desenvolvimento Humano I Prof. Rodrigo Luis Souza Silva Francês, 1869 -1962 Filósofo; psiquiatra; pesquisador do desenvolvimento infantil; educador; médico e político. Preocupava-se com a educação, propunha como a psicologia poderia contribuir com a pedagogia e vice e versa Tinha o interesse, como psiquiatra, pelas anomalias motrizes e mentais das crianças; Entre 1908 a 1931 atuava em instituições psiquiátricas onde se dedicava ao atendimento de crianças com deficiências neurológicas e distúrbios de comportamento. Em 1922, inicia um projeto de pesquisa sobre o desenvolvimento psicológico da criança; Investigava adaptação escolar e social por meio de entrevistas e de alguns testes disponíveis da época; Wallon considerava que entre a Psicologia e a pedagogia deveria existir uma relação de contribuição recíproca. A produção de conhecimentos na área da psicologia infantil seria um recurso importante para a melhoria da prática pedagógica. Preocupava-se com as condições de desenvolvimento psíquico e das exigências da sua educação em relação a infância. Estudos filosóficos e políticos; Conhecimentos sociológicos; Conhecimentos antropológicos; Conhecimentos de Medicina, Neurologia, Psiquiatria e Psicologia. O materialismo dialético marxista que forneceu fundamentação epistemológica para a construção da visão de integração organismo-meio e também oferece o princípio metodológico o estudo dos variados processo psíquicos da criança. Assim, a ênfase é para a integração – entre organismo e meio e entre as dimensões: cognitiva, afetiva, e motora na constituição da pessoa. O caminho traçado por Wallon, auxiliado pelo materialismo dialético permitiu-lhe apreender a origem e evolução do psiquismo da criança na sua totalidade indissociável e singularidade, feita de contrastes e conflitos através da diversidade e oposições das crises, elementos estes motivadores da sua evolução. A formação do psiquismo humano depende tanto da espécie, como também da existência do meio físico, social e grupal onde o individuo se encontra. A atividade mental depende da relação entre maturação orgânica e as circunstâncias exteriores. O desenvolvimento psíquico ocorre de sistema em sistema, por superposição de planos. O homem é um ser que constrói a sua individualidade na sua relação com o meio natural e social. A escola juntamente com a família é responsável pela formação da personalidade da criança, Também fornece meios e maneiras de convivência em sociedade necessárias a sua formação cidadã. Seus métodos para análise e coleta de dados são: observação pura, observação provocada (testes), observação da criança no cotidiano, entrevistas e comparação. Sua diferença com relação a outras teorias esta em seu objetivo que foi o de traçar uma psicogênese da pessoa completa. A Psicogênese que estuda a origem e o desenvolvimento dos processos mentais, das funções psíquicas, das causas psíquicas que podem causar uma alteração no comportamento. Os conflitos são considerados importantes por serem fatores que produzem uma dinâmica , são propulsores do desenvolvimento. Os conflitos provocam uma desorganização na relação da criança com o seu meio. A sociedade é que vai oferecer oportunidades para que as aprendizagens ocorram, seja de informal ou formal. Um processo contínuo, constante, prementemente em aberto e inseparável do desenvolvimento sendo ambos dinâmicos. A relação da criança com o seu meio é uma relação de reciprocidade e complementaridade entre fatores orgânicos e fatores do meio. Mesmo com a influência dos fatores internos e externos, INICIALMENTE os fatores biológicos exercem um papel mais determinante sobre o desenvolvimento psíquico. O meio social se torna mais decisivo a medida em que o ser humano vai se distanciando do seu princípio vital e sendo menos influenciado pelos fatores internos. Aquisição de condutas psicológicas superiores, inteligência simbólica. Destaca o papel dos meios e dos grupos na constituição da pessoa, sendo complementos indispensáveis na constituição do ser humano. A integração entre as funções da pessoa, entre os quais vai se distribuir o estudo das etapas que a criança percorre. Inicialmente, todos os domínios se apresentam de forma sincrética (EU E O OUTRO não se separa). De acordo com as solicitações do meio e as condições orgânicas da criança, o domínio vai se diferenciando. É fundamental na afetividade e na cognição; O movimento apresenta-se primeiro com a função afetiva; É indispensável no processo de diferenciação e de aprendizagem, pois somente por meio de gestos apropriados é que as sensações são retidas e diferenciadas; A direção do desenvolvimento é do motor para o mental. O movimento é visto como o resultado da atividade muscular, em que se encontram presentes dois aspectos: aspecto cinético (movimento) e aspecto tônico ou postural. Não é emoção,carinho, paixão A afetividade, corresponde à energia que mobiliza o ser em direção ao ato, enquanto a inteligência corresponde ao poder estruturante que o modela a partir dos esquemas disponíveis naquele momento. A afetividade evolui conforme as condições maturacionais de cada pessoa e com formas de expressões diferenciadas, que se configuram como um conjunto de significados que o indivíduo adquire nas relações com o meio, com a cultura, ao longo da vida. Opera a passagem do mundo orgânico para o social, do plano fisiológico para o plano psíquico. É fundamental na constituição da pessoa, pois é o que dá energia ao ato motor e a cognição constituindo valores, vontades, interesses, necessidades e motivação, que direcionarão escolhas e decisões. É responsável pelas funções que possibilitam a aquisição, a transformação e a manutenção do conhecimento; Possibilita transformar em conhecimento a experiência concreta, fixar e analisar o presente, registrar, rever e reelaborar o passado e elaborar projetos para o futuro possível e imaginário; Se dá segundo o desenvolvimento dos domínios da afetividade e do movimento; Com o surgimento da linguagem, se desenvolve a inteligência discursiva, considerada por wallon o tipo de inteligência que caracteriza a atividade intelectual do adulto. 4 º conceito que advém do ato motor, afetividade e consciência; A pessoa é vista como o conjunto funcional resultante da integração de suas dimensões, cujo desenvolvimento se dá na integração de seu aparato orgânico com o meio, predominantemente o social. A integração dos três subconjuntos funcionais – motor, afetivo e cognitivo – constitui o último e quarto subconjunto funcional, denominado por Wallon pessoa. Para Wallon, em qualquer momento, ou fase do desenvolvimento, a pessoa é sempre uma pessoa completa. 1 Momento impulsivo: ocorre nos três primeiros meses de vida da criança, predominam as atividades de exploração do próprio corpo em relação ás suas sensibilidades internas e externas; Apenas reflexos e movimentos impulsivos; Seu atos mesmo sem intenção produz um efeito no meio; 2 Momento emocional: corresponde a criança de três a doze meses. Nota-se diferenças de emoções como medo, raiva, alegria, iniciando formas de se comunicar com o corpo; Transformação das descargas motoras em formas de expressão e comunicação; São de natureza afetiva porque tem o poder de afetar o adulto; A emoção é considerada por wallon como recurso de comunicação e sobrevivência da espécie humana; Nas trocas com o meio que o bebe vai aprendendo os significados e interpretações dados pelo adulto; Exploração da realidade exterior, A aquisição da aptidão simbólica e O início da representação, distingue-se em dois momentos: -Aquisição da marcha e - Aquisição da linguagem. Sensório-motor: coordenação do campos sensorial e motor faz com que o gesto se ajuste cada vez melhor ao seu efeito e á organização de suas ações, tornando a atividade da criança cada vez mais planejada e organizada voluntariamente. Projetivo: o ato mental se projeta em atos motores; O pensamento se encontra no início necessitando de gestos para se manifestar; Imitação: trata-se de uma recriação, que exige um período de incubação; Simulacro: atos que servem de apoio ás narrativas e permitem á criança lidar com a ficção, a invenção e a imaginação. Momento de construção da personalidade e enriquecimento do eu; Oposição, começa aos três anos de idade, oposição ao outro diferenciação do eu em relação ao outro; Sedução, idade da graça, necessidade da criança de ser admirada para assim se admirar; Imitação, criação de personagens por quem a criança tem admiração; Domínio cognitivo; Relativa estabilidade; Marcado por uma nova capacidade, a autodisciplina mental ou atenção; Progressos no plano motor; Nova estrutura mental dividida em dois momentos: Pré-categorial, de seis a nove de idade, pensamento sincrético (não faz tanto sentido para o adulto); Categorial, de nove até por volta dos onze anos de idade, formação de categorias intelectuais; Surgimento de uma crise, a crise da puberdade; Intensas modificações fisiológicas; As transformações diferenciadas no meninos e nas meninas; Crescimento físico; Agitação emotiva; Tornar-se independente e saber-se independente do adulto; ALMEIDA, Laurinda Ramalho de, (2000). Wallon e a Educação. In: Henri Wallon – Psicologia e Educação. São Paulo: Loyola. WALLON, Henri, (1975). Psicologia e Educação da Infância. Lisboa: Estampa.
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