Buscar

Apol 5 Literatura brasileira

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
Questão 1/10 - Literatura Brasileira
Leia o poema de Gregório de Matos: 
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não por que hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido:
Porque, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada;
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Cia das Letras, 2010, p. 313
A poesia de Gregório de Matos alcançou a síntese das duas tendências centrais da poesia barroca em língua portuguesa: o conceptismo e o cultismo. O primeiro caracteriza-se pelo desenvolvimento silogístico de uma ideia-chave; e o segundo, pelo uso de figuras de linguagem que reforçam o plano da expressão. Tendo como referência os textos e comentários acima, assim como a videoaula e a leitura do livro-base Literatura Brasileira, leia o poema de Gregório de Matos acima e depois assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as afirmativas falsas.
I. ( ) A organização formal do poema aponta para a dimensão cultista da estética barroca, pois há o uso deliberado de metáforas (“ovelha desgarrada”), antíteses (ofendido/lisonjeado), entre outros recursos expressivos.
II. ( ) O ato de contrição desenvolve-se segundo um raciocínio silogístico sobre o ato de pecar e o pedido de perdão. Daí a dimensão conceptista do poema.
III. ( ) Na segunda estrofe, o eu-lírico estabelece a relação de dependência entre pecado e perdão: o pecado que ofende Jesus é o mesmo pecado que permite o perdão solicitado pelo eu-lírico.
IV. ( ) A ironia e o jogo entre a necessidade do pecador existir para que haja a glória de Deus jamais poderia aparecer em um poema barroco. A contradição não faz parte dessa estética literária.
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V– F– V– V
	
	B
	F– V– V– V
	
	C
	V– V– V– F
Você acertou!
As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois o largo uso de figuras de linguagem (metáforas, antíteses) é característico do cultismo barroco; já o desenvolvimento silogístico é característico do conceptismo, que se apresenta na conformação da relação entre pecado e perdão. A afirmativa IV é falsa, pois podemos afirmar que, “no plano do desenvolvimento da ideia, o poema repousa sobre uma tensão muito forte. A relação entre pecado e perdão, pecador e Deus, constrói-se, num primeiro momento, como exercício de humildade do eu-lírico ao pedir absolvição de suas faltas; mas, logo na sequência, lido o poema na íntegra, surge um segundo significado, um bocado irônico, que enfatiza a dependência de Deus em relação ao pecado humano. Sem o pecador, não há a glória de Deus, pois essa glória repousa no gesto de absolvição, na recuperação da ovelha desgarrada. Estamos diante das contradições do mundo barroco. Essa tensão no plano da ideia do poema invade a forma literária: as antíteses, por exemplo, alimentam essa tensão entre pecado e perdão” (livro-base, p. 36-40).
	
	D
	F– V– F– V
	
	E
	F– F– V– V
Questão 2/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida e do pecado, mas também por sua forma”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às convenções literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses dois conceitos são:
Nota: 0.0
	
	A
	visão laica e visão alegórica.
	
	B
	visão literária e visão transfiguradora.
	
	C
	visão religiosa e visão reformista.
	
	D
	visão religiosa e visão transfiguradora.
“O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao serem utilizadas pelos escritores coloniais estabeleceu alguns traços estilísticos e ideológicos que caracterizaram a produção dos primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. Esses traços estão sintetizados nos conceitos denominados visão religiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais visões citadas (literária, alegórica, reformista) não são denominações empregadas no livro-base como conceitos que sintetizam esses traços da literatura barroca no Brasil.
	
	E
	visão reformista e visão alegórica.
Questão 3/10 - Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir: 
“Em literatura, os anos de 1930 a 1945 são os anos do reposicionamento ideológico e do novo compromisso, político e social, que substitui a euforia pan-estética do Modernismo inicial; e, ao mesmo tempo, a institucionalização, na prática literária individual de prosadores e poetas, das conquistas expressivas efetuadas pela primeira geração modernista”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 521. 
Diferentemente do grupo homogêneo reunido em torno de uma mesma proposta como foram os modernistas de 1922, a segunda geração modernista gerou tendências distintas que resultaram em estilos marcantes de seus poetas e prosadores. Apesar das diferenças, elas são de algum modo herança das conquistas expressivas da primeira geração como se lê na passagem acima. Considerando a passagem e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, os dois livros considerados marcos iniciais da segunda geração são...
Nota: 0.0
	
	A
	A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
A bagaceira, de José Américo de Almeida, considerado pelos historiadores como a primeira obra do chamado romance de 30 ou romance regionalista de 30, foi publicado em 1928, no mesmo ano que Macunaíma, obra-síntese do “modernismo heroico”. O livro de estreia de Carlos Drummond de Andrade (o qual, ainda que fortemente influenciado por Mário de Andrade, marca algumas tendências inequívocas de sua obra ao longo da década de 1940) é Alguma poesia, de 1930, ou seja, é contemporâneo de Libertinagem, de Bandeira. (Livro-base, p. 195, 196).
	
	B
	A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Sapato florido, de Mário Quintana.
	
	C
	O quinze, de Rachel de Queiroz, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade.
	
	D
	O quinze, de Rachel de Queiroz, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
	
	E
	Fogo morto, de José Lins do Rego, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade.
 
Questão 4/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O sucesso inicial de Alencar e a primazia literária que assumiu, primazia indisputável, a que Machado de Assis se refere em páginas nítidas, tem sido explicado de muitas maneiras. Há traços, entretanto, apontados por todos os críticos e historiógrafos que se ocuparam do problema. Eles constituem, pois, como que as características do romance alencariano, no consenso geral, as explicações de seu triunfo, os motivos de sua difusão. Em primeiro lugar está, certamente, o romantismo. [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SODRÉ, Nelson W. Prefácio. In: ALENCAR, José de. Sonhos D’Ouro. Rio de Janeiro:Livraria José Olympio Editora, 1953, p. 13. 
Considerando o fragmento acima e os conteúdos abordados no livro Literatura Brasileira sobre as características da obra de José de Alencar, leia as afirmativas a seguir: 
I – Apesar de grande prosador, o romance de José de Alencar emprega mal as técnicas da escrita romanesca e falta complexidade psicológica às suas personagens.
II – Desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema.
III – A maior contribuição de Alencar, entretanto, está no aprofundamento psicológico das personagens, como Paulo, em Lucíola, que oscila entre desejo e nojo por Lúcia.
IV – Em As minas de prata, Alencar praticou o romance histórico, no qual levou adiante seu programa de descoberta do Brasil.
V - A escrava Isaura (1875), seu romance mais conhecido, é um libelo contra a escravidão e traz uma série de lições morais para o leitor. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III.
	
	B
	I, II e IV.
	
	C
	II, III e IV.
Você acertou!
As afirmativas II, III e IV estão corretas, porque Iracema é o romance em que Alencar melhor desenvolveu o que a crítica chamou de indianismo, praticado por meio de um estilo em que a prosa se aproxima da poesia; porque, como escreveu Antonio Candido, uma das características importantes do romance alencariano foi a capacidade de expressar os dilemas humanos por meio da complexificação psicológica das suas personagens, como Paulo (Lucíola), Aurélia (de Senhora), entre outras; porque o plano literário de Alencar era ambicioso, nada mais do que fazer o mapeamento da sociedade brasileira, o que ocorre em As minas de prata, romance histórico. As afirmativas I e V estão incorretas porque, como se viu, a complexidade das personagens é uma das marcas da obra do escritor cearense, que desenvolveu e elevou o emprego das técnicas narrativas no âmbito da literatura brasileira; e porque A escrava Isaura é de Bernardo Guimarães (Livro-base, p. 100 e 101).
	
	D
	III, IV e V.
	
	E
	II, IV e V.
Questão 5/10 - Literatura Brasileira
Leia a seguinte citação:
“Já no caso da nova narrativa brasileira [...] a ornamentação da linguagem é aspecto impossível de ser ignorado na leitura”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ, Gisele Thiel Della. Rota de aprendizagem da aula 6. Prosa Brasileira pós 1945 e Literatura Contemporânea, Curitiba, Intersaberes, Slide 3.
Considerando a citação acima e as informações da Aula 6, Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, da disciplina de Literatura Brasileira, assinale a alternativa que apresenta os escritores que consolidaram a experiência modernista no Brasil:
Nota: 10.0
	
	A
	João Guimarães Rosa e Clarice Lispector.
Você acertou!
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois de acordo com os conteúdos da aula 6, “As obras dos romancistas João Guimarães Rosa e Clarice Lispector são consideradas como aquelas que consolidaram a experiência modernista no Brasil”. (Aula 6, Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, 4’40).
	
	B
	João Cabral de Melo Neto e Machado de Assis.
	
	C
	 Ferreira Gullar e João Cabral de Melo Neto.
	
	D
	Arnaldo Antunes e Clarice Lispector.
	
	E
	Ferreira Gullar e Clarice Lispector.
Questão 6/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto:
“A Semana de Arte Moderna de 1922 é um marco na Literatura Brasileira e é considerada como o início do Modernismo. O evento contou com apresentação de conferências, leitura de poemas, dança e música”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ, Gisele Thiel Della. Rota de aprendizagem da aula 5. Semana de arte moderna de 1922 e Modernismo, Curitiba, Intersaberes, Slide 3.
Considerando o fragmento de texto acima e as informações da Aula 5, Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, da disciplina de Literatura Brasileira, assinale a alternativa que apresneta as vanguardas europeias que inspiraram o modernismo no Brasil:
Nota: 0.0
	
	A
	Sentimentalismo, tragédia, liberdade de expressão.
	
	B
	Tecnologia, industrialização, cientificismo.
	
	C
	Cinema, teatro e música.
	
	D
	Futurismo, expressionismo, cubismo.
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois de acordo com os conteúdos da aula 5, “Então nós temos o futurismo, expressionismo, cubismo, dadaísmo, surrealismo. Essas vanguardas então são movimentos que de alguma maneira inspiraram o processo da Semana de Arte de 1922”. (Aula 5, Videoaula do Tema 2 – Contextualizando, 7’37).
	
	E
	Dadaísmo, concretismo, suprematismo.
Questão 7/10 - Literatura Brasileira
“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada de mulher, cantar em falsete a ‘gentil Carolina era bela’, doutro lado da praça, uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: ‘Fígado, rins e coração!’. Era uma vendedora de fatos de boi. As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada os ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel. Um ou outro branco, levado pela necessidade de sair, atravessava a rua, suado vermelho afogueado, à sombra de um enorme chapéu-de-sol. Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos, movimentos irascíveis, mordiam o ar querendo morder os mosquitos. Ao longe, para as bandas de São Pantaleão, ouvia-se apregoar: ‘Arroz de Veneza! Mangas! Macajubas!’ Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e aguardente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, A. de. O mulato. Domínio Público, p. 2. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00023a.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017.
A passagem acima reproduz parte do segundo parágrafo do romance O mulato, de Aluísio de Azevedo. Publicado no mesmo ano da edição em livro de Memórias póstumas de Brás Cubas, em 1881, foi um sucesso de público. Ligado à estética realista-naturalista no Brasil, no trecho acima é possível perceber algumas das características centrais dessa escola, características que criam efeitos de objetividade e realismo buscados por essa escola literária. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, entre as características da estética realista-naturalista que ajudam a criar o efeito de objetividade e realismo temos:
Nota: 10.0
	
	A
	a descrição e a redução das peripécias.
Você acertou!
Para produzir este efeito de objetividade os escritores da escola realista-naturalista procuravam descrever minuciosamente os espaços e ambientes em que suas personagens desenvolviam suas ações. Estas não deviam encobrir a representação objetiva do real, ou seja, a narração de muitas reviravoltas ou peripécias, base do melodrama e do folhetim, tende a chamar muita atenção e tirar o foco das condições de realidade em que as personagens estão postas: “Em linhas gerais, a prosa buscava a representação de uma realidade em seus detalhes de modo a deslindar as vicissitudes da sociedade contemporânea. [...] O romance realista-naturalista [...] tende a diminuir o papel da peripécia e apostar mais nas descrições da realidade representada – prefere descrever a narrar [...]. O romance, no afã da busca pela objetividade pela realidade, aposta nos detalhes (livro-base, p. 131, 132). O narrador intruso chama a atenção para si e para seu ponto de vista, expresso geralmente pela digressão. O narrador naturalista esconde-se atrás da narrativa. O fluxo de consciência leva o foco da história para os sentimentos e ideias do narrador e também não foi empregado pelos escritores naturalistas.
	
	B
	a narração e grande número de peripécias.
	
	C
	o narrador intruso e a digressão.
	
	D
	grande número de peripéciase a descrição.
	
	E
	redução das peripécias e fluxo de consciência.
Questão 8/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com os sustos da psicologia impressa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. Correio da Manhã, 18 de março de 1924 (ortografia atualizada)
Personalidade polêmica, Oswald de Andrade foi autor de vários manifestos. Os mais conhecidos e importantes são o Manifesto antropófago e o Manifesto pau-brasil. Nesses textos, ao mesmo tempo em que divulgam as ideias modernistas, eles estabelecem os planos e os marcos do modernismo brasileiro. Em grande medida, foi um dos principais responsáveis pela divulgação e concretização do início do modernismo. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, leia as sentenças a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas.
I. ( ) O indígena, na antropofagia, submete-se aos padrões dos heróis de matriz europeia, a fim de legitimá-lo literariamente.
II. ( ) Ao defender um novo mito formador, Oswald retoma muitas discussões iniciadas no romantismo.
III. ( ) Oswald de Andrade propõe a inclusão da lábia brasileira, da malandragem, da língua coloquial na literatura nacional.
IV. ( ) A antropofagia nivela as vanguardas europeias, cujas diferenças são anuladas localmente, misturando-se todas em vista de um projeto de “desidealizar” a representação do Brasil. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	V – F – V – V
	
	B
	F – V – V – V
As afirmativas II, III e IV são verdadeiras, porque Oswald retoma as discussões sobre a língua, por exemplo levantadas pelos românticos, que defendiam uma língua brasileira para representar as coisas locais (livro-base, p. 183); porque as manifestações culturais populares são importantes para o programa modernista, que busca incluir tudo que está “marginalizado em nossa vivência cultural” (livro-base, p. 184); porque as diferenças entre as vanguardas europeias, como entre o futurismo e o surrealismo, aqui eram como que apagadas em nome da afirmação da mistura e do projeto literário nacional (livro-base, p. 185). A afirmativa I é falsa porque a ideia do indígena conformado à matriz europeia é uma ideia romântica, alencariana, e não modernista (livro-base, p. 182).
	
	C
	V – V – V – F
	
	D
	F – V – F – V
	
	E
	F – F – V – V
Questão 9/10 - Literatura Brasileira
Leia os trechos do poema a seguir: 
“............................
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.
............................
Porque o escrever – tanta perícia,
Tanta requer,
Que ofício tal… nem há notícia
De outro qualquer.
Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena Forma!” 
Os versos acima são de  
Profissão de fé, de Olavo Bilac. Certamente é o poeta mais conhecido do Parnasianismo. Os escritores parnasianos em boa parte voltaram-se contra a poética romântica buscando em autores como Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga e Bocage modelos para seus versos. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira, entre as características do Parnasianismo estão:
Nota: 0.0
	
	A
	a melopeia, expansão da subjetividade, preferência pelas redondilhas e os octossílabos.
	
	B
	os versos livres, a ambiguidade, polissemia, ausência de rimas e uso de metáforas e alegorias.
	
	C
	a melopeia, fanopeia, palavras-valise, poemas visuais e abandono do sujeito lírico em prol da forma.
	
	D
	os versos decassílabos, cultismo e conceptismo, uso da alegoria, emprego da figuratização. 
	
	E
	o descompromisso com a realidade, a objetividade, a exatidão das palavras e perfeição formal.
Em reação à melopeia romântica intensificada na década anterior, os poetas parnasianos elaboram uma dicção em que a exatidão das palavras e o desenvolvimento claro das ideias são o princípio básico para a composição do poema. É por conta disso que os poetas parnasianos apostam em certas opções formais. Elege-se por exemplo o verso alexandrino [...] e desqualificam-se em grande medida, as redondilhas menores e maiores ou octossílabos e eneassílabos. [...] a principal preocupação dos parnasianos esteve sempre ligada à correção da linguagem, que está associada, por sua vez, à busca pela palavra exata e à aposta em uma linguagem culta, castiça” (Livro-base, p. 136-137). Por essas razões, estão incorretas as demais alternativas, já que a melopeia, o cultismo, versos livres entre outras características não eram próprias da escola parnasiana.
Questão 10/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento abaixo: 
“O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo: Ubu Editora/Sesc São Paulo, 2016, p. 115. 
O trecho acima faz parte da segunda parte de Os sertões, em que Euclides da Cunha aborda as características do Homem brasileiro do ponto de vista das teorias deterministas da época. De acordo com os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, sobre o ponto de vista de Euclides da Cunha em relação a Canudos, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	Euclides da Cunha apresenta a complexidade do meio e descreve aspectos da natureza e do homem a fim de comprovar a inferioridade dos homens de Canudos.
	
	B
	Euclides escreve Os sertões para defender o exército brasileiro da acusação injusta de ter massacrado a população de Canudos.
	
	C
	Ao testemunhar os acontecimentos da guerra de canudos, Euclides da Cunha, em Os sertões, supera a perspectiva puramente determinista, que defendera até então.
Euclides da Cunha antes de testemunhar diretamente o conflito – esteve na quarta incursão do exército brasileiro a Canudos – reviu suas teorias deterministas em face da força, coragem que viu nos sertanejos de Canudos. Leve-se em conta que ele tinha um profundo conhecimento da geografia, geologia, da flora e da fauna da região, o que o muniu de grande embasamento teórico para compreender, ao final, o que acontecera naquele rincão do país, ainda que de forma contrária a que esperava. Foi com base nisso que escreveu Os sertões, anos depois de ter voltado do conflito. “Munido de uma perspectiva teórica formada no determinismo do século XIX, em que raça, meio e momento histórico seriam capazes de explicar a natureza humana, Euclides da Cunha, ao defrontar-se com a exposição dos acontecimentos ocorridos no sertão baiano, atinge, em Os sertões (1902), uma superação da perspectiva puramente determinista dos fatos (livro-base, p. 167)
	
	D
	Em Os sertões, Euclides da Cunha defende a superioridade dos homens do exército em relação aos sertanejos, por razões tiradas das teorias deterministas.
	
	E
	Euclides da Cunha tinha uma visão limitada do conflito, por isso tirou conclusões apressadas e superficiais sobre a guerra de Canudos.
·

Continue navegando