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APOL História da Literatura e Literatura Brasileira

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Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a citação: 
“As narrativas medievais têm sua primeira manifestação na forma oral, influenciadas pela ideologia daquele período. A canção de gesta 
é um poema épico, típico de abordagens sobre as invasões da Alta Idade Média. Utiliza dados da realidade histórica, dentro do mundo 
cristão, ‘cujo tema respeita aos feitos históricos de povos e heróis, às guerras históricas e aos dramas lendários’. EsSas canções 
relatam sempre o confronto militar entre cristãos e pagãos, com a descrição dos equipamentos e detalhes dos golpes de lanças e de 
espadas, batalhas brutais e sangrentas”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BORGES, Maria do Carmo Faustino. O maravilhoso em a Canção de Rolando. Dissertação (Mestrado). 101p. Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual de 
Maringá, Maringá, 2011, p. 11. 
Entre as canções de gesta mais conhecidas estão a Canção de Rolando. Considerando a citação e os conteúdos do livro-base História 
da Literatura Universal sobre a Canção de Rolando, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A é uma obra dramática, apresentada apenas por um ator que 
interpreta o valente Rolando. 
 
B é um poema épico, escrito em francês antigo, no século XI, 
que narra as últimas aventuras do conde Rolando, sobrinho e 
protegido de Carlos Magno. 
Você acertou! 
Esta é a alternativa correta: “[...] a Canção de Rolando, um poema 
épico composto no século XI em francês antigo, o qual gozou de 
grande prestígio no período medieval por toda a Europa e, tal 
como outras canções do gênero, era cantada pelos jograis e 
exaltava o ‘patriotismo’ no sentido medieval. Sua temática 
versava sobre as últimas aventuras do conde Rolando – sobrinho 
de Carlos Magno e por ele apadrinhado – que, apesar de ter lutado 
bravamente, não conseguiu se salvar durante a invasão da 
Península Ibérica pelos árabes” (livro-base, p. 103). As demais 
alternativas estão erradas, porque a Canção de Rolando não é uma 
obra dramática nem lírica; tampouco narra a guerra contra 
ingleses ou faz parte dos escritos de Shakespeare. 
 
C conta as aventuras da cavalaria francesa, que combateu os 
soldados ingleses na Guerra das Rosas. 
 
D é um poema lírico, em que o “eu lírico” declama amores 
impossíveis à princesa, filha de Carlos Magno. 
 
E é um poema épico, escrito em inglês, e compõe, junto com 
outras obras, a seção épica da obra de Shakespeare. 
 
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Com a democratização, em meados da década de 1980, o processo literário encontrou novos rumos. [...] sua condição principal 
residiria no desenvolvimento de uma economia de mercado que integrou as editoras e profissionalizou a prática do escritor nacional. Um 
novo critério de qualidade surge, resultando em romances que combinam as qualidades de best-sellers com as narrativas épicas 
clássicas, retornando aos clássicos mitos de fundação, como em Tocaia Grande, de Jorge Amado, e Viva o povo brasileiro, de João 
Ubaldo Ribeiro”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2009, p. 28, 29. 
Levando em conta essa afirmação e o livro-base História da Literatura Universal, sobre a literatura contemporânea dos anos 1980, 
leia as afirmativas a seguir: 
I. A temática predominante nesse período é urbana, com ênfase nos estilos pessoais e na exploração de novas técnicas narrativas. 
II. Rubem Fonseca explora os efeitos psíquicos, sociais e estéticos da violência urbana, no gênero policial. 
III. Antonio Callado, com a obra Quarup, tematiza a violência e a tortura durante o Regime Militar. 
IV. A busca é de uma poesia mais reflexiva e intelectualizada, sem se afastar das emoções e das demandas do mundo. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 
A I, II e III 
 
B I, III e IV 
 
C III e IV 
 
D I, II e IV 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque a temática da 
literatura desse período é predominantemente urbana, enfatizando 
estilos pessoais e a exploração de novas técnicas narrativas. Os 
novos poetas da década de 1980 não abriram mão dessas 
características e acrescentaram, ao menos, mais uma: a busca de 
uma poesia mais reflexiva, intelectualizada, embora sem se afastar 
das emoções e das demandas do mundo contemporâneo (livro-
base, p. 324-328) No gênero policial, Rubem Fonseca (1925-) 
explora os efeitos psíquicos, sociais e estéticos da violência 
urbana, sobretudo em A grande arte (livro-base, p. 324). A 
afirmativa III está errada, porque Quarup, de Antonio Callado, 
pertence a outra geração, a dos anos 1960-1970. (livro-base, p. 
314). 
 
E II e III 
 
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia os versos a seguir: 
“Tendo aberto a boca e tomado a palavra 
os anciãos se dirigiram a Gilgamesh: 
‘Não confies, ó Gilgamesh, 
Nem mesmo em tua imensa força! 
Observa com atenção 
Para que teus golpes atinjam o alvo! 
Aquele que vai primeiro 
Salva o seu companheiro! 
Enkidu 
caminhará à tua frente, 
ele conhece a trilha da floresta dos cedros 
...............................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANÔNIMO. L’Epopea di Gilgamesh. L’Eroe che non voleva morire. Trad. Jean Bottéro. Roma: Edizioni Mediterranee, 2008, p. 98. (Traduzido pelo autor do banco para o português) 
O texto citado foi produzido por povos que viveram onde hoje é o Iraque. Eles fundaram as primeiras cidades-Estado e empregaram a 
escrita cuneiforme, forma utilizada nos primeiros registros literários e jurídicos. A Epopeia de Gilgamesh, fruto dessa matriz cultural, é 
considerada o marco inicial da literatura, por ser o texto mais antigo já encontrado. Considerando esses comentários e os conteúdos 
abordados no livro História da Literatura Universal sobre as características da Epopeia de Gilgamesh, analise as afirmativas abaixo: 
I. Gilgamesh narra as aventuras de Gilgamesh, o mais ilustre rei da Suméria. 
II. Gilgamesh desce ao fundo do oceano em busca de uma planta que lhe garantiria a imortalidade. 
III. O conteúdo da Epopeia de Gilgamesh possui muitas semelhanças com o texto da Bíblia judaico-cristã. 
IV. De todas as narrativas bíblicas, apenas os eventos da criação não constam em textos de outras culturas. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 
A I, II e IV 
 
B II e III 
 
C II, III e IV 
 
D III e IV 
 
E I, II, III 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e III estão corretas porque Gilgamesh é um rei 
sumério; ele desce às profundezas do oceano atrás da planta que 
tem a propriedade da imortalidade; e essa narrativa tem 
semelhanças com o texto do Velho Testamento, como o tempo 
das aventuras do personagem, sete dias, igual ao tempo que Deus 
levou para criar o mundo ou a presença da serpente, que rouba a 
planta da imortalidade. A afirmativa IV está errada, porque os 
eventos da criação constam em narrativas de outros povos. Uma 
história do mito da criação, por exemplo, pode ser encontrada 
no Popol Vuh, manuscrito maia (livro-base, p. 33-35). 
 
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com quem havia feito conhecimento na sociedade e cujo nome não 
me acode agora. Em falta de outro, lhe darei o de Cunha. 
Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as ordens de camarotes, que se começavam a encher. É um 
regalo semelhante ao do gastrônomo, que antes de sentar-se à mesa belisca as iguarias que vão se ostentando aos olhos gulosos. A 
comparação me agrada; porque realmente nunca senti essa gula de olhar que devora com uma fome canina, como quando 
contemplava uma multidãode mulheres bonitas. Cada uma delas me emprestava uma forma sedutora, um encanto, um contorno para a 
estátua ideal que a imaginação moldava, aperfeiçoando a capricho”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017. 
É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os diferentes ambientes, espaços e grupos sociais do país 
passaram a ser mapeados por nossos romancistas. No fragmento acima selecionamos um trecho de um dos chamados romances 
urbanos de José de Alencar. A cena se passa num teatro, na cidade, aspecto que se percebe, por exemplo, pela palavra multidão, a 
qual acena para o ambiente da cidade em oposição ao ambiente rural. De acordo com a passagem acima e os conteúdos do livro-base 
Literatura Brasileira, o trecho acima é um fragmento do romance urbano: 
Nota: 10.0 
 
A O Guarani. 
 
B Iracema. 
 
C Lucíola. 
Você acertou! 
O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance 
urbano de José de Alencar. Os demais são: histórico (O Guarani), 
indianista (Iracema), regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito 
por Machado de Assis. No livro-base, lemos: “Do ponto de vista 
temático, José de Alencar [...] desenvolve [o romance] em várias 
frentes. Com O guarani (1857) e As minas de prata (1865-66), ele 
praticou o romance histórico, então em voga em virtude do 
sucesso de Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma 
de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia 
em Iracema (1865); concentrou-se no romance urbano e de 
costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) e Senhora (1875); e 
adentrou o país ao ficcionalizar o interior de São Paulo em O 
tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O 
sertanejo (1876), e os pampas, com O gaúcho (1870), fazendo do 
regionalismo, no plano literário, um programa de descoberta do 
Brasil. Em cada uma dessas frentes, José de Alencar legou, ao 
menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, p. 
101). 
 
D Til 
 
E Dom Casmurro 
 
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“Em seu ensaio machadiano, quase todo voltado a ‘Brás Cubas’ – modelo que segue na maior parte do livro, o da escolha de um 
romance ou até um personagem de cada ‘gênio’ analisado –, ele reforça outra das ‘maestrias’ do escritor. ‘Divirto-me, e não me entedio, 
diante da constatação de que, muito em breve, hei de vivenciar o meu próprio esquecimento [...]. ‘Memórias Póstumas', escritas do 
túmulo, tornam o esquecimento singularmente divertido’[...]”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FOLHA DE S. PAULO. Para Harold Bloom, Machado de Assis é um milagre. Ilustrada, Folha de S. Paulo (versão on-line), 03/05/2003. 
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u32616.shtml>. Acesso em 07 out. 2017. 
Depois que suas obras começaram a ser traduzidas para o inglês, Machado de Assis começou a ser conhecido pela crítica literária 
europeia e norte-americana. Assim como Susan Sontag, Julian Barnes, Woody Allen, o crítico britânico Harold Bloom manifestou a 
admiração pelo escritor brasileiro, que, pouco a pouco, vem sendo lido e colocado lado a lado dos grandes escritores do século XIX. A 
partir do trecho citado e das informações contidas no livro-base História da Literatura Universal sobre a obra de Machado de Assis, 
analise as afirmativas: 
I. Ambivalência, humor e ironia são artifícios recorrentes na obra de Machado, como formas de exercício crítico da sociedade. 
II. Seu estilo sóbrio e convencional o fez ser admirado por seus contemporâneos, que ocuparam as ruas do Rio de Janeiro para 
acompanhar seu funeral. 
III. O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas representa a virada em sua obra, pois, nele, deixa para trás as obras ligadas à 
formação do “eu”. 
São corretas apenas as afirmativas: 
 
Nota: 0.0 
 
A I 
 
B I e II 
 
C II e III 
 
D III 
 
E I e III 
As afirmativas I e III estão corretas, porque Machado de Assis 
“Tentou não ser convencional, encarou as dificuldades de ser 
mulato, gago, epilético e tímido e teve como armas o humor, as 
ambivalências, a oculta sensualidade e a ironia. Memórias 
póstumas de Brás Cubas é o marco divisor de sua obra. O 
defunto-autor Brás Cubas exibe peças de cinismo e indiferença 
com que via montada a história dos homens” (livro-base, p. 247). 
A afirmativa II está errada por essas mesmas razões, uma vez que 
a obra de Machado – sobretudo a da chamada segunda fase – 
fugiu absolutamente do convencional em relação ao contexto de 
sua época (p. 247). 
 
 
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, 
em bloco, a literatura dos jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida e do pecado, mas 
também por sua forma”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio dos ajustes que os escritores da colônia 
procederam em relação às convenções literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano 
ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, é correto afirmar que esses dois conceitos são: 
Nota: 0.0 
 
A visão laica e visão alegórica. 
 
B visão literária e visão transfiguradora. 
 
C visão religiosa e visão reformista. 
 
D visão religiosa e visão transfiguradora. 
“O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao 
serem utilizadas pelos escritores coloniais estabeleceu alguns 
traços estilísticos e ideológicos que caracterizaram a produção dos 
primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. Esses 
traços estão sintetizados nos conceitos denominados visão 
religiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais 
visões citadas (literária, alegórica, reformista) não são 
denominações empregadas no livro-base como conceitos que 
sintetizam esses traços da literatura barroca no Brasil. 
 
E visão reformista e visão alegórica. 
 
Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Do outro lado da cerca, pelos espaços entre as flores curvas, eles estavam tacando. Eles foram para o lugar onde estava a bandeira e 
eu fui seguindo junto à cerca. Luster estava procurado na grama perto da árvore florida. Eles tiraram a bandeira e a tacaram outra vez. 
Então puseram a bandeira de novo e foram até a mesa, ele tacou e o outro tacou. Então eles andaram e eu fui seguindo junto à cerca. 
Luster veio da árvore florida e nós seguimos junto à cerca e eles pararam e nós paramos e eu fiquei olhando através da cerca enquanto 
Luster procurava na grama”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FAULKNER, William. O som e a fúria. Trad. Paulo Henriques Brito. São Paulo: CosacNaify, 2004, p. 5. 
O fragmento reproduz o início do romance de Faulkner, O som e a fúria. Nesse início de romance, o narrador é alguém que sofre de 
deficiência mental. No decorrer do livro, aparecerão outros narradores, cujas histórias não correm linearmente nem em espaços 
comuns. Esses recursos de alguma forma buscavam exprimir a falta de sentido decorrente dos efeitos da Primeira Guerra Mundial, da 
crise econômica, entre outros eventos que abalaram a vida na Europa e nas Américas nas primeiras décadas do século XX. 
 Considerando essas informações, o fragmento de texto e os conteúdos dolivro-base História da Literatura Universal sobre o 
Modernismo, leia as afirmativas a seguir: 
I. O Modernismo buscou negar os padrões e linguagem considerados tradicionais. 
II. O desejo de ruptura com o passado foi uma das marcas do Modernismo 
III. O Modernismo foi marcado pelo sentimento de saudosismo e melancolia em relação ao passado. 
IV. A reinvenção de formas artísticas é uma maneira de expressar novos sentidos para um mundo que se transformara radicalmente. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 
A I, II e III 
 
B I, II e IV 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque a ruptura com os 
modelos literários tradicionais estava no centro das aspirações 
modernistas. Entre essas rupturas, estava o rompimento dos 
padrões usuais da linguagem literária, como no livro de Faulkner, 
que dá a palavra a um narrador com problemas mentais: “Os 
escritores dessa época negavam e evitavam os tipos formais e 
tradicionais. É um momento de revolução e busca de novos 
caminhos e novos formatos literários: a grande onda cultural do 
modernismo, que surgiu na Europa e depois se espalhou para os 
Estados Unidos nos primeiros anos do século XX e expressava 
um desejo de ruptura brusca com o passado” (livro-base, p. 254, 
255). Por essas razões, a afirmativa III está incorreta, já que não 
havia sentimento nostálgico entre os modernistas. 
 
C II, III e IV 
 
D I, III e IV 
 
E I e IV 
 
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
 “Vamos começar com uma pequena aula de imaginação modernista (que, creio, devemos a Lautréamont: um guarda-chuva e uma 
máquina de costura que se encontram numa bancada de anatomia. Dadaísmo, surrealismo, Pound, Eliot e vários outros produziram 
variações incontáveis deste padrão básico que, com certeza, nega ironicamente toda ideia de ‘totalidade’ e toda hierarquia de 
significados, deixando o campo livre para um jogo interpretativo praticamente ilimitado”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORETTI, Franco. Signos e estilos da modernidade. Ensaios sobre a sociologia das formas literárias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 282. 
O modernismo – marcado pela irrupção das chamadas vanguardas artísticas – trouxe uma proposta bastante radical no que se refere 
ao emprego das formas de expressão literária, desde, por exemplo a implosão da lógica e da coerência tradicionais acionada pelos 
surrealistas até a explosão da sintaxe promovida pelos dadaístas. No campo da prosa, muitos escritores, mesmo sem vínculo direto 
com os movimentos de vanguarda, revolucionaram, cada um a seu modo, o ato de narrar e traçaram novos rumos para o romance e o 
conto no século XX. De acordo com os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, relacione, enumerando, os autores 
modernistas mencionados às características de suas obras: 
1. Ernest Hemingway 
2. Franz Kafka 
3. Marcel Proust 
( ) Sua obra é constituída pela temática do absurdo, que amplifica a desesperança e a alienação do homem moderno. 
( ) Sua obra apresenta um painel da sociedade da época, sob uma análise introspectiva e subjetiva do narrador, o qual se confunde 
com a personagem e com o próprio autor. 
( ) Narrativa de estilo claro e objetivo, descartando palavras desnecessárias. Suas personagens não são sonhadores, mas, sim, durões. 
Agora assinale a alternativa que menciona a sequência correta: 
Nota: 0.0 
 
A 2 – 3 – 1 
Esta é a sequência correta porque, na obra de [2] Kafka, “[...] a 
temática do absurdo existencial, marcada pela desesperança e 
alienação, ultrapassa os limites do universo kafkiano (termo até 
hoje empregado ao se referir a algo absurdo ou sem sentido)” 
(livro-base, p. 262); porque a obra de [3] Proust “[...] representa 
um painel da vida social da alta burguesia francesa da [sua] época 
[...], analisada por meio da introspecção subjetiva do narrador, 
que se confunde com o personagem principal e com o próprio 
Proust” (p. 264); e porque os personagens de [1] Hemingway “[...] 
não são sonhadores, mas toureiros, soldados e atletas durões. [...] 
Sua marca registrada é o estilo claro e desprovido de palavras 
desnecessárias” (p. 256). 
 
B 3 – 2 – 1 
 
C 1 – 2 – 3 
 
D 3 – 1 – 2 
 
E 1 – 3 – 2 
 
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A literatura que se escreve no Brasil é já a expressão de um pensamento e sentimento que se não confundem mais com o português e 
em forma que, apesar da comunidade da língua, não é mais inteiramente portuguesa. É isto absolutamente certo desde o Romantismo, 
que foi a nossa emancipação literária, seguindo-se naturalmente à nossa independência política”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Francisco Alves; Paris: Livraria Aillaud e Bertrand, 1916, p. 1. 
Um dos problemas que se impõe ao domínio do estudioso de História da literatura brasileira é definir, primeiramente, quando ela 
começou. Nesse sentido, ao longo dos estudos de literatura do Brasil, que se iniciam com Silvio Romero em 1888, diferentes marcos 
iniciais foram sugeridos. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos abordados no livro-base Literatura Brasileira sobre 
os marcos iniciais da literatura brasileira, leia as afirmativas abaixo: 
I – Silvio Romero escolheu como marco inicial o ano de 1500, embora sugira outras quatro alternativas para delimitar o início de nossa 
literatura. 
II – José Veríssimo escolheu o poema Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira, como o autor que marca o início da literatura brasileira. 
III – José Veríssimo escolhe Prosopopeia como marco inicial da literatura brasileira porque antes desta obra não havia imprensa no 
Brasil, tecnologia que chega aqui em 1601. 
IV – O crítico e historiador da literatura Antonio Candido elege o romantismo e o arcadismo como “momentos decisivos” da formação da 
literatura brasileira. 
V – Para Antonio Candido apenas no arcadismo e no romantismo surgem as condições necessárias para a constituição de um sistema 
literário: autor, obra e público. 
Estão corretas apenas: 
Nota: 0.0 
 
A as afirmativas I, II e III. 
 
B as afirmativas II e III. 
 
C as afirmativas I, II, IV e V. 
As afirmativas I, II, IV e V estão corretas porque “O principal 
problema que se impõe ao estudioso da história literária brasileira 
é delimitar o momento em que nossa literatura começou. Sílvio 
Romero, nosso primeiro historiador literário, optou pelo ano de 
1500, embora tenha oferecido no prefácio à segunda edição 
(1903) de sua História da literatura brasileira (1888) outras quatro 
alternativas de marco inicial. José Veríssimo, autor de 
outra História da literatura brasileira (1916), escolheu o 
poema Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira, como o início da 
literatura brasileira. [...] Antonio Candido elege o arcadismo e o 
romantismo como os momentos decisivos da formação da 
literatura brasileira. Para o crítico literário, é somente nesses 
momentos históricos (ou seja, a partir do século XVIII) que 
surgem as condições necessárias para a constituição de nossa 
literatura. Quais seriam essas condições? [...] O ‘sistema literário’ 
— constituído por autor, obra e público — só toma forma na 
história literária brasileira a partir do arcadismo e do romantismo. 
E a consolidação da literatura brasileira, para continuarmos na 
perspectiva de Antonio Candido, só se realiza completamente com 
Machado de Assis” A questão III está incorreta porque a imprensa 
só chega ao Brasil no século XIX, com a instalação da Corte de D. 
João VI no Brasil, em 1808” (livro-base, p. 15,16,17). 
 
D as afirmativas III e IV. 
 
E as afirmativas I e V. 
 
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O ramomais original da poesia mediterrânea encontra-se na península ibérica, entre os galego-portugueses; três cancioneiros 
famosos, o da Ajuda, o da Vaticana e o Códex Colocci-Brancun, contêm quase 2000 poesias de 200 poetas: entre aquelas, uma 
variedade bastante grande de cantigas de amor, cantigas de amigo, cantigas de maldizer; e entre estes, poetas muito finos, os galegos 
Martin Códax, João Airas e Airas Nunes [...]. Os trovadores portugueses são os únicos que suportariam a comparação com os 
provençais, se tivessem mais originalidade”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARPEAUX, O. M. História da Literatura Ocidental, v. I. 2ª ed. Rio de Janeiro: Alhambra, 1978, p. 172. 
Considerando o fragmento citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Trovadorismo português, leia 
as sentenças abaixo: 
I. Nas cantigas de amigo, o trovador escreve os poemas do ponto de vista masculino. 
II. O Trovadorismo origina-se de “trovador”, que designa o compositor da cantiga (porque o poema era cantado com acompanhamento 
musical). 
III. Nas cantigas de amor galego-portuguesas, é nítida a influência do trovadorismo provençal. 
IV. A música e a poesia não têm relação alguma durante o Trovadorismo. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 0.0 
 
A I e II 
 
B II e IV 
 
C II e III 
As afirmativas II e III estão corretas, porque a palavra trovador é 
que dá origem ao nome do estilo – trovadorismo –, que está 
ligado por sua vez a uma poesia acompanhada de música. As 
cantigas de amor têm origem provençal (livro-base, p. 114). As 
afirmativas I e IV estão erradas, porque, nas cantigas de amigo, o 
trovador escreve os poemas do ponto de vista feminino; e os 
poemas eram cantados com acompanhamento musical (p. 114-
115). 
 
D I e IV 
 
E III e IV 
 
 
Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia os versos a seguir: 
“Tendo aberto a boca e tomado a palavra 
os anciãos se dirigiram a Gilgamesh: 
‘Não confies, ó Gilgamesh, 
Nem mesmo em tua imensa força! 
Observa com atenção 
Para que teus golpes atinjam o alvo! 
Aquele que vai primeiro 
Salva o seu companheiro! 
Enkidu 
caminhará à tua frente, 
ele conhece a trilha da floresta dos cedros 
...............................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANÔNIMO. L’Epopea di Gilgamesh. L’Eroe che non voleva morire. Trad. Jean Bottéro. Roma: Edizioni Mediterranee, 2008, p. 98. (Traduzido pelo autor 
do banco para o português) 
O texto citado foi produzido por povos que viveram onde hoje é o Iraque. Eles fundaram as primeiras cidades-
Estado e empregaram a escrita cuneiforme, forma utilizada nos primeiros registros literários e jurídicos. A 
Epopeia de Gilgamesh, fruto dessa matriz cultural, é considerada o marco inicial da literatura, por ser o texto 
mais antigo já encontrado. Considerando esses comentários e os conteúdos abordados no livro História da 
Literatura Universal sobre as características da Epopeia de Gilgamesh, analise as afirmativas abaixo: 
I. Gilgamesh narra as aventuras de Gilgamesh, o mais ilustre rei da Suméria. 
II. Gilgamesh desce ao fundo do oceano em busca de uma planta que lhe garantiria a imortalidade. 
III. O conteúdo da Epopeia de Gilgamesh possui muitas semelhanças com o texto da Bíblia judaico-cristã. 
IV. De todas as narrativas bíblicas, apenas os eventos da criação não constam em textos de outras culturas. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 
A I, II e IV 
 
B II e III 
 
C II, III e IV 
 
D III e IV 
 
E I, II, III 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e III estão corretas porque Gilgamesh é um rei sumério; 
ele desce às profundezas do oceano atrás da planta que tem a propriedade da 
imortalidade; e essa narrativa tem semelhanças com o texto do Velho 
Testamento, como o tempo das aventuras do personagem, sete dias, igual ao 
tempo que Deus levou para criar o mundo ou a presença da serpente, que 
rouba a planta da imortalidade. A afirmativa IV está errada, porque os 
eventos da criação constam em narrativas de outros povos. Uma história do 
mito da criação, por exemplo, pode ser encontrada no Popol Vuh, manuscrito 
maia (livro-base, p. 33-35). 
 
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a citação a seguir: 
“A consciência literária dos romanos era bilíngue. Os gêneros latinos puramente nacionais, concebidos numa 
linguagem única, definharam e não receberam uma forma literária. A consciência criativa e literária dos romanos 
originou-se, do começo ao fim, no fundo das línguas e das formas gregas. Já nos seus primeiros passos o 
discurso literário latino olhava-se à luz do discurso grego, com os olhos do discurso grego; desde o começo ele 
foi um discurso de tipo estilizante; ele vinha como que encerrado entre aspas especiais, que indicavam uma 
estilização reverente”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BAKHTIN, M. Questões de literatura e estética. A teoria do romance. 3 ed. São Paulo: Hucitec, 1993. p. 379. 
A influência da literatura grega nos textos literários romanos é notória. O crítico literário Otto Maria Carpeaux 
chega a dizer que é uma literatura de segunda mão. Exageros à parte, o que está claro é que os escritores 
romanos tinham na Grécia sua fonte de inspiração. De acordo com a citação e os conteúdos abordados no livro-
base História da Literatura Universal, sobre as características da literatura romana, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A era independente e sem interferência de outras produções literárias. 
 
B a consciência criativa literária dos romanos originou-se das formas 
gregas. 
Você acertou! 
“Embora tenha produzido a sátira e este seja um estilo praticado até hoje [...], 
a literatura romana não tem a mesma relevância da grega, sendo, por vezes, 
mera imitação dela. [...] os escritores da República Romana e do Império 
Romano imitavam os grandes autores gregos, mas, na verdade, eles quiseram 
evitar a inovação a fim de permanecerem fiéis à arte grega” (livro-base, p. 
84). 
 
C foi influenciada pela produção etrusca a partir dos contatos de 
expansão do Império. 
 
D foi uma literatura inexpressiva, visto que suas obras influenciaram 
pouco a literatura ocidental. 
 
E os romanos inovaram nas formas e temas literários, para se 
distanciarem da arte grega. 
 
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a citação a seguir: 
“O romântico não teme as demasias do sentimento nem os riscos da ênfase patriótica, nem falseia de propósito 
a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua forma mental que está saturada de 
projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse 
complexo ideoafetivo que vai cedendo a um processo de crítica na literatura dita ‘realista’. Há um esforço, por 
parte do escritor antirromântico, de acercar-se impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de 
objetividade que responde aos métodos científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1996, p. 167. 
Levando-se em consideração a citação e as informações do livro-base História da Literatura Universal sobre 
as características do Realismo, leia as afirmativas a seguir e assinale (V) para as afirmativas verdadeiras ou (F) 
para as afirmativas falsas: 
I. ( ) O Realismo procura fazer uma análise objetiva da realidade social. 
II. ( ) A linguagem rebuscada e ornamental representa a complexidade com que os escritores realistas 
buscavam retratar a realidade de seu contexto sócio-histórico. 
III. ( ) Correntes científico-filosóficas como o positivismo, o determinismo e o darwinismo influenciam a posturaanalítica e racional dos escritores realistas. 
IV. ( ) O pensamento cientificista que orientou os escritores realistas fez com que estes percebessem o homem 
como produto do seu meio e, por esse motivo, buscaram uma arte mais comprometida com a crítica social. 
V. ( ) O Naturalismo foi uma corrente literária que surgiu juntamente com o Realismo e que se opôs a ele, por 
manter o sentimentalismo romântico na abordagem da realidade. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A F – V – V – V – F 
 
B V – F – F – V – V 
 
C V – F – V – V – F 
Você acertou! 
As afirmativas I, III e IV são verdadeiras porque a perspectiva do realismo é 
objetiva em relação à realidade social; tal objetividade está associada às 
correntes filosóficas da época e à compreensão de que o homem era produto 
do meio fez os realistas se concentrarem nas questões sociais: “Esse contexto 
tem como característica o antirromantismo, antissubjetivo e adepto da 
objetividade, pois o que interessa é o objeto, aquilo que está fora de nós [...]. 
Preferia-se uma busca da verdade universal e impessoal e o interesse por 
fatos observáveis, isto é, o que pressupunha uma base científica, revelando o 
condicionamento do homem ao meio físico e social” (livro-base, p. 229-
230); essa objetividade está associada às correntes filosóficas do período: 
“[...] o positivismo de Auguste Comte [...]; o determinismo, criado por 
Hippolyte Taine [...]; e o darwinismo [...]” (p. 229). As afirmativas II e V são 
falsas porque a linguagem utilizada pelos realistas é objetiva e clara e os 
naturalistas convergiam com os realistas no que se refere à objetividade, 
entre outros aspectos (p. 228, 229). 
 
D V– F – V – V – V 
 
E F – F – V – F – V 
 
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Em literatura, os anos de 1930 a 1945 são os anos do reposicionamento ideológico e do novo compromisso, 
político e social, que substitui a euforia pan-estética do Modernismo inicial; e, ao mesmo tempo, a 
institucionalização, na prática literária individual de prosadores e poetas, das conquistas expressivas efetuadas 
pela primeira geração modernista”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 521. 
Diferentemente do grupo homogêneo reunido em torno de uma mesma proposta como foram os modernistas de 
1922, a segunda geração modernista gerou tendências distintas que resultaram em estilos marcantes de seus 
poetas e prosadores. Apesar das diferenças, elas são de algum modo herança das conquistas expressivas da 
primeira geração como se lê na passagem acima. Considerando a passagem e os conteúdos do livro-base 
Literatura Brasileira, os dois livros considerados marcos iniciais da segunda geração são... 
Nota: 10.0 
 
A A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Alguma poesia, de Carlos 
Drummond de Andrade. 
Você acertou! 
A bagaceira, de José Américo de Almeida, considerado pelos historiadores 
como a primeira obra do chamado romance de 30 ou romance regionalista de 
30, foi publicado em 1928, no mesmo ano que Macunaíma, obra-síntese do 
“modernismo heroico”. O livro de estreia de Carlos Drummond de Andrade 
(o qual, ainda que fortemente influenciado por Mário de Andrade, marca 
algumas tendências inequívocas de sua obra ao longo da década de 1940) 
é Alguma poesia, de 1930, ou seja, é contemporâneo de Libertinagem, de 
Bandeira. (Livro-base, p. 195, 196). 
 
B A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Sapato florido, de Mário 
Quintana. 
 
C O quinze, de Rachel de Queiroz, e Claro enigma, de Carlos 
Drummond de Andrade. 
 
D O quinze, de Rachel de Queiroz, e Alguma poesia, de Carlos 
Drummond de Andrade. 
 
E Fogo morto, de José Lins do Rego, e Claro enigma, de Carlos 
Drummond de Andrade. 
 
 
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“As obras dissolvem as fronteiras da sua época, vivem nos séculos, isto é, no grande tempo, e, além disso, 
levam frequentemente (as grandes obras, sempre) uma vida mais intensiva e plena que em sua atualidade. [...] 
Entretanto, uma obra não pode viver nos séculos futuros se não reúne em si, de certo modo, os séculos 
passados. Se ela nascesse toda e integralmente hoje (isto é, em sua atualidade), não desse continuidade ao 
passado e não mantivesse com ele um vínculo substancial, não poderia viver no futuro. Tudo o que pertence 
apenas ao presente morre juntamente com ele”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BAKHTIN, M. M. Os estudos literários hoje. In: _____. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 362. 
A expressão cunhada por Bakhtin, “diálogo no grande tempo”, permite-nos olhar para um conjunto de obras sem 
restringi-las a seus limites históricos e geográficos. As narrativas da Bíblia judaico-cristã, por exemplo, dialogam 
com as histórias orais e os registros escritos deixados pelos povos da Mesopotâmia. Assim, em parte, a cultura, 
o diálogo travado entre diferentes culturas, torna-se visível nos textos literários. De acordo com os conteúdos 
abordados nas aulas e no livro-base História da Literatura Universal, quanto às semelhanças entre a Bíblia e 
a Epopeia de Gilgamesh, é correto afirmar: 
Nota: 10.0 
 
A Uma semelhança é o número de dias em que Gilgamesh é testado e o 
número de dias que o Deus do Velho Testamento criou o mundo. 
Você acertou! 
Esta é a alternativa correta, porque o teste que Gilgamesh deveria superar 
consistia em ficar acordado durante seis dias e sete noites: número que 
coincide com o tempo que Deus levou para criar o mundo (livro-base, p. 34). 
 
B Uma semelhança é a passagem do dilúvio no Gilgamesh e a abertura 
do Mar Vermelho no Velho Testamento. 
 
C Uma semelhança é o número de dias em que Gilgamesh é testado e o 
tempo em que Noé leva para construir a Arca. 
 
D Uma semelhança é a águia que tenta Gilgamesh e a serpente que seduz 
Adão e Eva no Éden. 
 
E Uma semelhança é a busca pelo conhecimento em que Gilgamesh e 
Adão e Eva se lançaram. 
 
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o trecho de texto a seguir: 
“Não se trata com efeito de ser brasileiro à Chateaubriand, o que é, como vimos há pouco, aceitar uma visão de 
estrangeiro, inclinado a ver o exótico e, confinando a ele os escritores, negar-lhes acesso aos grandes temas 
universais [...]. Trata-se de descrever e analisar os vários aspectos de uma sociedade, no tempo e no espaço, 
exprimindo a sua luta pela autodefinição nacional como povo civilizado, ligado ao ciclo da cultura do Ocidente”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. A formação da literatura Brasileira – momentos decisivos. 10. ed. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 680. 
O trecho acima foi extraído das páginas finais de Formação da Literatura Brasileira, de Antonio Candido. 
Nessa altura do livro, o crítico vê os traços de amadurecimento de nossa literatura, o que vai tomando forma a 
partir do romantismo e do arcadismo. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, para Candido, a consolidação da literatura brasileira se dá com: 
Nota: 0.0 
 
A Machado de Assis 
Alternativa a porque, para Candido, a partir de Machado de Assis “a 
literatura brasileira entra em uma nova etapa. É momento em que toma corpo 
e se complexifica do ponto de vista formal”. Segundo Candido, a literatura 
passa, no final do século XIX, a se aprofundar e se organizar de modo 
programático e consciente. Nesse momento “houve uma reflexão sobre a 
validade dos pressupostos estéticos e ideológicos oitocentistas”. (Livro-base, 
p. 18). 
 
B José de Alencar 
 
C Gonçalves Dias 
 
D Tomás Antônio Gonzaga 
 
E Castro Alves 
 
Questão 7/10 - Históriada Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado por Alceu de Amoroso 
Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir-se à produção literária do primeiro vintênio do 
século XX. A definição e a delimitação mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi 
(1966), já na década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura do 
período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo 
elemento um sentido forte de precedência temática e formal em relação à literatura modernista’”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, p. 167. 
O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. Nessa fase de transição 
coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura deu ênfase às questões da realidade nacional, 
com preocupações socioculturais. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-base 
Literatura Brasileira, relacione os autores pré-modernistas abaixo às suas respectivas obras: 
1) Lima Barreto 
2) Euclides da Cunha 
3) Monteiro Lobato 
4) Graça Aranha 
( ) Clara dos Anjos 
( ) Canaã 
( ) Os sertões 
( ) Urupês 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A 1, 2, 3, 4 
 
B 1, 4, 2, 3 
Você acertou! 
1. Lima Barreto – Clara dos Anjos 
2. Graça Aranha – Canaã 
3. Euclides da Cunha – Os sertões 
4. Monteiro Lobato – Urupês 
As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 4.1 
denominado O pré-modernismo e corresponde às páginas 165 a 173 do livro-
base. 
 
C 2, 3, 4, 1 
 
D 3, 2, 4, 1 
 
E 3, 1, 2, 4 
 
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a passagem de texto: 
“Reunindo condições pessoais e históricas propiciadoras do trabalho intelectual, Eça de Queirós tornou-se dos 
maiores prosadores em Língua Portuguesa, alcançando ser, na esteira de Garret, uma espécie de divisor de 
águas linguístico entre a tradição e a modernidade”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1965, p. 279. 
Considerando a passagem citada e os conteúdos o livro-base História da Literatura Universal, no que diz 
respeito às características da obra de Eça de Queirós, assinale a única alternativa correta: 
 
Nota: 10.0 
 
A Eça de Queiróz escreveu romances históricos que resgataram o 
período medieval português. 
 
B Na perspectiva temática, Eça de Queiróz faz críticas à monarquia, à 
Igreja e à classe burguesa. 
Você acertou! 
Comentário: A afirmativa é verdadeira porque “Eça aderiu aos ideais 
realistas, passando a escrever contra a monarquia, a Igreja e a burguesia. 
Com linguagem original, rigorosa precisão e naturalidade, expôs o quadro 
político dos anos 1870” (livro-base, p. 240). 
 
C A linguagem utilizada por Eça de Queiróz faz uso de uma linguagem 
rebuscada, semelhante à estética barroca. 
 
D Em O primo Basílio, Eça de Queiróz demonstra um clara influência 
romântica, ao retratar uma história de amor entre dois primos. 
 
E Eça de Queiróz foi um dos principais nomes do Romantismo 
brasileiro. 
 
 
 
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia os versos a seguir: 
“A glória de quem tudo o mais comove pelo 
universo penetra e resplende 
e mais, e menos, suas partes move. 
No alto céu onde mais a luz se incende eu 
fui, e vi tais coisas, que dizer 
não sabe ou pode quem de lá descende; 
porque apressurando-se ao querer 
sumo, o intelecto se aprofunda tanto 
que a memória não segue o seu correr”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALIGHIERI, Dante. Canto I. In: CAMPOS, Haroldo. Pedra e luz na poesia de Dante. Rio de Janeiro: Imago, 1998, p. 85 
Os versos citados abrem a última parte da Divina Comédia, de Dante Alighieri. Esta obra é considerada como a 
síntese da mentalidade medieval ao mesmo tempo que já aponta para a visão do mundo renascentista, que 
valoriza o homem e a arte greco-romana da Antiguidade. Tendo como referência o texto e a leitura do livro-
base História da Literatura Universal sobre a Divina Comédia, assinale a única alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 
A A obra é dividida em três livros: Inferno, Purgatório e Paraíso. 
Você acertou! 
Comentário: a afirmativa está correta porque a Divina Comédia é dividida 
em três partes – Inferno, Purgatório e Paraíso. Virgílio conduz Dante pelo 
Inferno e pelo Purgatório e Beatriz, pelo Paraíso. Segundo a autora do livro-
base, o Inferno é a parte mais envolvente: “o sofrimento dos penitentes é 
narrado em um contexto vibrante (daí o termo dantesco) e se tornou mais 
popular que os outros dois livros, o ‘Purgatório’ e o ‘Paraíso’, que contêm 
reflexões mais sofisticadas” (livro-base, p. 109). 
 
B A passagem de Dante pelo Inferno é conduzida por Beatriz, eterna 
amada e inspiração do poeta. 
 
C A divina comédia pode ser considerada a primeira obra cômica da 
História. 
 
D A descrição do Inferno é a menos envolvente, descrita com poucos 
detalhes pelo autor e, por isso, se tornou menos popular que os outros 
dois livros. 
 
E A passagem de Dante pelo Paraíso é conduzida por pelo poeta 
Virgílio. 
 
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; 
Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias 
ensombradas de coqueiros; 
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor 
das águas. 
Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? 
Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano? 
Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora 
Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no 
berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem 
A lufada intermitente traz da praia um eco vibrante, que ressoa entre o marulho das vagas: 
— Iracema!”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José de. Iracema – Lenda do Ceará. In: ALENCAR, J. Obras de ficção de José de Alencar. v. VIII. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 
1957. p. 29. 
O trecho acima é a abertura do romance Iracema, de José de Alencar, lançado em 1865. Junto com O guarani, 
é o romance mais conhecido de Alencar, obras que marcaram uma das fases do romantismo brasileiro. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre as primeiras 
manifestações românticas, leia as sentenças abaixo e depois assinale com V as verdadeiras e F as falsas. 
I. ( ) O indianismo foi uma forma compensatória de encontrar um correspondente aos temas lendários e 
cavalheirescos da literatura romântica europeia. 
II. ( ) O indígena foi retomado por autores como Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães, José de Alencar e 
Teixeira e Sousa. 
III. ( ) Do ponto de vista estético o momento mais alto ficou para Gonçalves Dias. Sua obra, em linhas gerais, 
concilia o rigor formal, derivado da tradição neoclássica, e o sentimentalismo, marca central da estética 
romântica. 
IV. ( ) Poema I-Juca Pirama, organizado em dez partes, conta a história de um jovem branco, que, em viagem 
pelo interior do Brasil, cai prisioneiro da tribo dos Timbiras. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A V– F– V– V 
 
B F– V– V– V 
 
C V– V– V–F 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois o indianismo foi uma 
adaptação do romance histórico romântico usando a matéria local, como fez 
José de Alencar, por exemplo. Os índios foram protagonistas também das 
obras de Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Teixeira de Sousa. 
Entre eles, o poeta mais sofisticado e completo, reconhecido assim por seus 
contemporâneos, foi Gonçalves Dias. A afirmativa IV é falsa, porque o 
poema “I-Juca Pirama”, organizado em dez partes, conta a história de um 
jovem guerreiro tupi que cai prisioneiro da tribo dos Timbiras (livro-base, p. 
83-85). 
 
D F– V– F– V 
 
E F– F– V– V 
 
Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o texto abaixo: 
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as 
coisas e, em consequência, fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da 
vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos 
clássicos dos grandes mestres. [...] A outra espécie é formada dos que veem 
anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a 
sugestão estrábica das escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da 
cultura excessiva”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALAMBERT, F. A semana de 22. A aventura modernista no Brasil. São 
Paulo: Scipione, 1992. 
Esse texto é um marco da crítica ao movimento modernista. Nele o autor faz a 
crítica da exposição da pintora Anita Malfatti, em 1917. Embora reconheça o 
talento da pintora, critica sua adesão aos estilos da pintura de vanguarda 
europeia, julgando serem formas passageiras, que não teriam espaço nem 
continuidade no campo das artes visuais. Considerando a citação acima e os 
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, esse texto e seu autor são, 
respectivamente: 
Nota: 10.0 
 
A Aspectos da Literatura Brasileira - Mário de Andrade 
 
 
B Manifesto Antropofágico - Oswald de Andrade 
 
C Canaã - Graça Aranha 
 
D Instinto de Nacionalidade - Machado de Assis 
 
E Paranoia ou Mistificação - Monteiro Lobato 
Você acertou! 
Em 1917, Anita Malfatti realiza em São Paulo uma exposição. A reação à mostra é comumente identificada como o 
principal antecedente da Semana: Monteiro Lobato redigiu, para o jornal O Estado de S. Paulo, um artigo intitulado 
“A propósito da exposição Malfatti”, mais conhecido como “Paranoia ou mistificação?”. Esse título foi publicado 
no livro Ideias de Jeca Tatu em 1920 (livro-base, p. 177). 
 
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir 
“Pois o que realmente interessa é investigar como se formou aqui uma 
literatura, concebida menos como apoteose de cambucás e morubixabas, de 
sertanejos e cachoeiras, do que como manifestação dos grandes problemas do 
homem do Ocidente nas novas condições de existência. [...] Estas 
considerações sugerem alguns dos modos por que se teria processado o 
ajuste entre a tradição europeia e os estímulos locais, faltando mencionar que 
os padrões estéticos do momento – os do atualmente chamado Barroco – 
atuaram como ingrediente decisivo”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. Letras e ideias no período colonial. In: CANDIDO, A. 
Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 99-101. 
Segundo Antonio Candido, nos dois primeiros séculos da colonização do Brasil, 
a literatura brasileira elaborou duas características principais para ajustar as 
formas de expressão europeia à realidade colonial brasileira: a visão religiosa e 
a visão transfiguradora. Tendo como referência o fragmento acima e os 
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre as visões religiosa e 
transfiguradora, leia as sentenças a seguir, assinalando V para as verdadeiras 
e F paras as falsas. 
I. ( ) A visão religiosa foi, ao mesmo tempo, diretriz ideológica e fundamento 
estético. 
II. ( ) A empresa colonizadora tinha uma espécie de “unidade de intenção”, 
marcada pela propagação da fé cristã. Essas marcas podem ser identificadas 
na Carta de Caminha e na obra de José de Anchieta. 
III. ( ) A visão transfiguradora é o resultado do espanto ante as novidades da 
terra. O mundo desconhecido e novo levou o homem europeu a criar, no plano 
literário, modos de expressar esse lugar desconhecido. 
IV. ( ) A visão religiosa elabora, no plano literário, uma apoteose da realidade 
colonial, calcada na hipérbole, na metáfora, no símile, que tende a uma 
alegoria do mundo natural. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 0.0 
 
A V– F– V– V 
 
B F– V– V– V 
 
C V– V– V– F 
As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois de fato a visão religiosa foi matriz 
ideológica e estética da literatura que se fazia aqui; que o fator de unidade 
ideológica da colonização era a expansão da fé cristã; e a visão transfiguradora 
resultava do espanto em face das novidades encontradas em terras brasileiras. A 
afirmativa IV é falsa, pois a capacidade de criar uma apoteose da realidade, 
criando um alegorização do mundo natural se dá dentro do que Candido definiu 
como visão transfiguradora e não visão religiosa. Podemos identificar essas 
características no exemplo oferecido pelo crítico sobre o abacaxi: “Lembremos 
apenas o caso do mundo vegetal, primeiro descrito, depois retocado, finalmente 
alçado à metáfora. Se em Gabriel Soares de Sousa (1587) o abacaxi é fruta, 
nas Notícias curiosas e necessárias das cousas do Brasil (1668), de Simão de 
Vasconcelos, é fruta real, coroada e soberana; e nas Frutas do Brasil (1702), de 
frei Antônio do Rosário, a alegoria se eleva ao simbolismo moral, pois a régia 
polpa é doce às línguas sadias, mas mortifica as machucadas – isto é, galardoa a 
virtude e castiga o pecado” (livro-base, p. 31-34). 
 
D F– V– F– V 
 
E F– F– V– V 
 
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a citação a seguir: 
“‘Guiomar tivera humilde nascimento; era filha de um empregado subalterno 
não sei de que repartição do Estado, homem probo, que morreu quando ela 
contava apenas sete anos, legando à viúva o cuidado de a educar e manter. A 
viúva era mulher enérgica e resoluta, enxugou as lágrimas com a manga do 
modesto vestido, olhou de frente para a situação e determinou-se à luta e à 
vitória’. 
A madrinha de Guiomar não lhe faltou naquele duro transe, e olhou por elas, 
como entendia que era seu dever. A solicitude, porém, não foi tão constante a 
princípio como veio a ser depois; outros cuidados de família lhe chamavam a 
atenção”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, Machado de. A mão e a luva. In: ASSIS, Machado de A. 
Romances I. Rio de Janeiro: Garnier, 1993. p. 46. 
O trecho de A mão e a luva, romance da primeira fase de Machado de Assis, já 
encontrava um sistema literário razoavelmente consolidado no país. O escritor 
carioca representa o marco desse processo. Livrarias, imprensa e crítica 
possibilitavam a recepção e a institucionalização da literatura nacional, de 
obras como esta de Machado, por exemplo. Símbolo deste movimento 
sociocultural é a criação da Academia Brasileira de Letras, da qual Machado foi 
o primeiro presidente. Considerando a citação acima e os conteúdos 
abordados no livro-base Literatura Brasileira sobre a obra de Machado de 
Assis, leia as sentenças abaixo: 
I – A obra de Machado de Assis é um dos grandes momentos de síntese da 
literatura brasileira. Comparecem na obra machadiana as contribuições, por 
exemplo, de José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo. 
II – Machado de Assis, ao consolidar o sistema literário, teve a oportunidade 
histórica de aprofundar a literatura ao explorar os problemas humanos 
universais a partir da realidade brasileira. 
III – Do ponto de vista formal, há uma intricada elaboração da linguagem 
literária, em que os não ditos, as ambiguidades, as afirmativas enviesadase a 
operação com as técnicas literárias – o foco narrativo, em especial – 
desempenham papel fundamental. 
IV – Machado elabora uma obra que tem em vista questões que se relacionam 
apenas à realidade brasileira e que, por isso, não podem ser compreendidas e 
apreciadas como questões universais. 
V – Um dos temas centrais da obra machadiana é o destino da população 
pobre e livre, que tem uma inserção social precária no século XIX. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 0.0 
 
A I, II e III 
 
B II e III 
 
C I, II, III e V 
As afirmativas I, II, III e V está corretas porque Machado elaborou o que se 
chamou de síntese da literatura brasileira ao incorporar em sua obra traços de 
estilo, conteúdo e forma de seus antecessores; ao mesmo tempo o escritor carioca 
pôde aprofundar e ampliar os temas literários em sua obra, uma vez que as 
questões de formação, ainda que não resolvidas, já estavam assentadas; seu estilo 
está marcado por sofisticada elaboração da linguagem e da narrativa, em especial 
no que diz respeito ao emprego da ambiguidade, da ironia e do uso especioso do 
narrador; e na primeira fase de sua obra tratou da população remediada do XIX, 
ou seja, a população livre mas pobre, como é o caso de Guiomar, presente na 
citação da questão. A afirmativa IV está incorreta porque Machado elabora uma 
obra que tem em vista questões que transcendem a realidade brasileira, sem abrir 
mão dessa mesma realidade, inscrevendo-a nas questões universais (livro-base, p. 
114-116). 
 
D III, IV e V 
 
E II, III, IV e V 
 
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com 
quem havia feito conhecimento na sociedade e cujo nome não me acode 
agora. Em falta de outro, lhe darei o de Cunha. 
Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as 
ordens de camarotes, que se começavam a encher. É um regalo semelhante 
ao do gastrônomo, que antes de sentar-se à mesa belisca as iguarias que vão 
se ostentando aos olhos gulosos. A comparação me agrada; porque realmente 
nunca senti essa gula de olhar que devora com uma fome canina, como 
quando contemplava uma multidão de mulheres bonitas. Cada uma delas me 
emprestava uma forma sedutora, um encanto, um contorno para a estátua ideal 
que a imaginação moldava, aperfeiçoando a capricho”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso 
em 08 ago. 2017. 
É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os 
diferentes ambientes, espaços e grupos sociais do país passaram a ser 
mapeados por nossos romancistas. No fragmento acima selecionamos um 
trecho de um dos chamados romances urbanos de José de Alencar. A cena se 
passa num teatro, na cidade, aspecto que se percebe, por exemplo, pela 
palavra multidão, a qual acena para o ambiente da cidade em oposição ao 
ambiente rural. De acordo com a passagem acima e os conteúdos do livro-
base Literatura Brasileira, o trecho acima é um fragmento do romance 
urbano: 
Nota: 10.0 
 
A O Guarani. 
 
B Iracema. 
 
C Lucíola. 
Você acertou! 
O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance urbano de José 
de Alencar. Os demais são: histórico (O Guarani), indianista (Iracema), 
regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis. No livro-
base, lemos: “Do ponto de vista temático, José de Alencar [...] desenvolve [o 
romance] em várias frentes. Com O guarani (1857) e As minas de prata (1865-
66), ele praticou o romance histórico, então em voga em virtude do sucesso de 
Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao 
trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema (1865); concentrou-se no 
romance urbano e de costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) 
e Senhora (1875); e adentrou o país ao ficcionalizar o interior de São Paulo em O 
tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O sertanejo (1876), e 
os pampas, com O gaúcho (1870), fazendo do regionalismo, no plano literário, 
um programa de descoberta do Brasil. Em cada uma dessas frentes, José de 
Alencar legou, ao menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, 
p. 101). 
 
D Til 
 
E Dom Casmurro 
 
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
 I 
“No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão.” 
........................................................................... 
 IV 
“Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi: 
Sou filho das selvas, 
Nas selvas cresci; 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. 
Da tribo pujante, 
Que agora anda errante 
Por fado inconstante, 
Guerreiros, nasci;” 
.................................... 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas 
românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. 
Nele, o poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de 
harmonia imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base 
Literatura Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa: 
Nota: 0.0 
 
A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os episódios 
relatados no poema. 
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é justamente essa 
técnica que busca conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou 
chamar de harmonia imitativa. O ritmo mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de metrificação 
diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” (Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas 
porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido em qualquer formato. (p. 
85) 
 
B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou sete 
sílabas. 
 
C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente semelhantes a 
outra vogal da mesma palavra. 
 
D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofes de quatro 
versos e duas de três. 
 
E é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de música. 
 
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o trecho de texto a seguir: 
“Não se trata com efeito de ser brasileiro à Chateaubriand, o que é, como 
vimos há pouco, aceitar uma visão de estrangeiro, inclinado a ver o exótico e, 
confinando a ele os escritores, negar-lhes acesso aos grandes temas 
universais [...]. Trata-se de descrever e analisar os vários aspectos de uma 
sociedade, no tempo e no espaço, exprimindo a sua luta pela autodefinição 
nacional como povo civilizado, ligado ao ciclo da cultura do Ocidente”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. A formação da literatura Brasileira – momentos 
decisivos. 10. ed. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 680. 
O trecho acima foi extraído das páginas finais de Formação da Literatura 
Brasileira, de Antonio Candido. Nessa altura do livro, o crítico vê os traços de 
amadurecimento de nossa literatura, o que vai tomando forma a partir do 
romantismo e do arcadismo. Considerando a citação acima e os conteúdos do 
livro-base Literatura Brasileira, para Candido, a consolidação da literatura 
brasileira se dá com: 
Nota:10.0 
 
A Machado de Assis 
Você acertou! 
Alternativa a porque, para Candido, a partir de Machado de Assis “a literatura 
brasileira entra em uma nova etapa. É momento em que toma corpo e se 
complexifica do ponto de vista formal”. Segundo Candido, a literatura passa, no 
final do século XIX, a se aprofundar e se organizar de modo programático e 
consciente. Nesse momento “houve uma reflexão sobre a validade dos 
pressupostos estéticos e ideológicos oitocentistas”. (Livro-base, p. 18). 
 
B José de Alencar 
 
C Gonçalves Dias 
 
D Tomás Antônio Gonzaga 
 
E Castro Alves 
 
Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a passagem de texto: 
“A escola romântica em Portugal comumente é dividida em três momentos que 
representam a evolução e o amadurecimento deste movimento artístico em 
terras lusitanas. Moisés afirma que, no primeiro momento, pode-se perceber 
ainda a influência neoclássica, transcorrendo entre os anos de 1825 e 1838. O 
segundo momento é marcado pelo chamado ultrarromantismo, em que 
características como o pessimismo, a melancolia e a temática da morte surgem 
com mais intensidade, vigorando entre os anos de 1838 e 1860. A terceira fase 
é representada pela transição para o Realismo e vigorou durante a década de 
60”. 
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o texto, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa através dos textos. São 
Paulo: Cultrix, 2010. p. 251. 
Considerando a passagem citada e os conteúdos do livro-base História da 
Literatura Universal sobre o romantismo em Portugal, associe, enumerando, 
as fases do romantismo português às suas respectivas características (autores, 
obras ou descrições): 
1. Primeira fase do Romantismo português 
2. Segunda fase do Romantismo português 
3. Terceira fase do Romantismo português 
( ) João de Deus resgata o lirismo trovadoresco sem submeter-se às 
obrigações estéticas românticas. 
( ) Almeida Garret escreve a obra Viagens na minha terra, que mistura uma 
série de gêneros: jornalismo, literatura de viagens, crítica social e história de 
amor. 
( ) O escritor Alexandre Herculano, estudioso da História de Portugal, produz 
uma obra poética contida em relação ao sentimentalismo e seus romances são 
escritos sob uma moldura histórica, como Eurico, o Presbítero. 
( ) O romance as As pupilas do senhor reitor é a representação do amor vivido 
sem sofrimento, de forma tranquila e equilibrada, privilegiando o modelo de 
heroína representado pela “mulher anjo”. 
( ) Os romances Amor de Perdição e Amor de Salvação tematizam o 
confronto entre os desejos sentimentais e as exigências sociais. 
Agora, marque a alternativa que corresponde à sequência correta: 
Nota: 0.0 
 
A 1 – 3 – 2 – 1 – 3 
 
B 3 – 3 – 1 – 2 – 1 
 
C 2 – 1 – 3 – 1 – 2 
 
D 1 – 2 – 2 – 3 – 1 
 
E 3 – 1 – 1 – 3 – 2 
Esta é a sequência correta, pois João de Deus e Júlio Diniz pertencem à terceira geração romântica [3]: “Quase no 
final da segunda metade do século XIX, surgiram novas correntes ideológicas de origem francesa que se fundiram 
com os remanescentes do ultrarromantismo. João de Deus [...] e Júlio Dinis [...] são as maiores figuras desse 
momento” (livro-base, p. 208); já Almeida Garret e Alexandre Herculano pertencem à primeira geração romântica 
[1]: “Garret, Herculano e Castilho [...] representam o primeiro momento: ‘românticos em espírito, ideal e ação 
política e literária, mas ainda clássicos em muitos aspectos [...]’ (p. 201, 202); na segunda geração [2], destaca-se 
Camilo Castelo Branco, autor de Amor de Perdição e Amor de Salvação (p. 207). 
 
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a citação a seguir: 
“Do outro lado da cerca, pelos espaços entre as flores curvas, eles estavam 
tacando. Eles foram para o lugar onde estava a bandeira e eu fui seguindo 
junto à cerca. Luster estava procurado na grama perto da árvore florida. Eles 
tiraram a bandeira e a tacaram outra vez. Então puseram a bandeira de novo e 
foram até a mesa, ele tacou e o outro tacou. Então eles andaram e eu fui 
seguindo junto à cerca. Luster veio da árvore florida e nós seguimos junto à 
cerca e eles pararam e nós paramos e eu fiquei olhando através da cerca 
enquanto Luster procurava na grama” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FAULKNER, William. O som e a fúria. Trad. Paulo Henriques Brito. São 
Paulo: CosacNaify, 2004, p. 5. 
O fragmento reproduz o início do romance de Faulkner, O som e a fúria. Nesse 
início de romance, o narrador é alguém que sofre de deficiência mental. No 
decorrer do livro, aparecerão outros narradores, cujas histórias não correm 
linearmente nem em espaços comuns. Esses recursos de alguma forma 
buscavam exprimir a falta de sentido decorrente dos efeitos da Primeira Guerra 
Mundial, da crise econômica, entre outros eventos que abalaram a vida na 
Europa e nas Américas nas primeiras décadas do século XX. Considerando 
essas informações, o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base 
História da Literatura Universal sobre o Modernismo, assinale a alternativa 
correta: 
Nota: 0.0 
 
A O Modernismo reforçou o uso de um formato literário muito semelhante ao 
do Romantismo. 
 
B O romance de Faulkner, O som e a fúria, utiliza uma cronologia narrativa 
tradicional, marcada por uma linearidade que busca dar sentido ao caos 
gerado pelas duas grandes guerras mundiais. 
 
C O Modernismo foi marcado pelo sentimento de saudosismo e melancolia 
em relação ao passado. 
 
D As obras modernistas valorizavam a vida no campo (bucolismo) e 
criticavam a vida nos centros urbanos. 
 
E O Modernismo buscou negar os padrões e linguagem considerados 
tradicionais. 
Comentário: A afirmativa está correta porque a ruptura com os modelos literários 
tradicionais estava no centro das aspirações modernistas. Entre essas rupturas, 
estava o rompimento dos padrões usuais da linguagem literária, como no livro de 
Faulkner, que dá a palavra a um narrador com problemas mentais: “Os escritores 
dessa época negavam e evitavam os tipos formais e tradicionais. É um momento 
de revolução e busca de novos caminhos e novos formatos literários: a grande 
onda cultural do modernismo, que surgiu na Europa e depois se espalhou para os 
Estados Unidos nos primeiros anos do século XX e expressava um desejo de 
ruptura brusca com o passado” (livro-base, p. 254, 255). 
 
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom 
grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura 
dos jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção 
trágica da vida e do pecado, mas também por sua forma”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio 
de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou 
por meio dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às 
convenções literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano 
estilístico quanto no plano ideológico, que podem ser resumidos em dois 
conceitos. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base 
Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses dois conceitos são: 
Nota: 0.0 
 
A visão laica e visão alegórica. 
 
B visão literária e visão transfiguradora. 
 
C visão religiosa e visão reformista. 
 
D visão religiosa e visão transfiguradora. 
“O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao serem utilizadas 
pelos escritores coloniais estabeleceu alguns traços estilísticos e ideológicos que 
caracterizaram a produção dos primeiros séculos de colonização portuguesa no 
Brasil. Esses traços estão sintetizados nos conceitos denominados visãoreligiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais visões citadas 
(literária, alegórica, reformista) não são denominações empregadas no livro-base 
como conceitos que sintetizam esses traços da literatura barroca no Brasil. 
 
E visão reformista e visão alegórica. 
 
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia este fragmento de diálogo: 
"Édipo – Que oráculos? 
O Servo – Aquele menino deveria matar seu pai, assim diziam... 
Édipo – E por que motivo resolveste entregá-lo a este velho? 
O Servo – De pena dele, senhor! Pensei que este homem o levasse para sua 
terra, para um país distante... Mas ele o salvou da morte para maior desgraça! 
Porque, se és tu quem ele diz, sabe que tu és o mais infeliz dos homens! 
Édipo – Oh! Ai de mim! Tudo está claro! Ó luz, que eu te veja pela derradeira 
vez! Todos sabem: tudo me era interdito: ser filho de quem sou, casar-me com 
quem me casei e eu matei aquele a quem eu não poderia matar!”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SÓFOCLES. Édipo rei. Domínio Público 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000024.pdf>. Acesso 30 de set. 2017. 
O fragmento de diálogo apresenta o momento em que Édipo descobre ser filho 
de Laio, a quem matou, e de Jocasta, com quem se casou. Com esse 
reconhecimento, inicia-se um processo central da tragédia grega. 
Considerando o fragmento e os conteúdos do livro-base História da Literatura 
Universal, assinale a única alternativa que menciona como esse processo é 
chamado: 
Nota: 0.0 
 
A Canto do bode. 
 
B Paideia. 
 
C Teogonia. 
 
D Catarse. 
Trata-se da catarse. Ela ocorre no momento decisivo da tragédia, logo após o reconhecimento, ou seja, a passagem 
da ignorância para o conhecimento. Nesse momento, a personagem percebe seu erro e aceita a punição que 
decorrerá disso. Essa punição é sentida como um alívio pelo público por não estar no lugar dela: “Quando o 
público se depara com as ações incorretas do vilão e o vê sendo castigado, ao se identificar com esse personagem, 
teme ser punido como ele, sente alívio por não estar em seu lugar e passa por um processo de purificação, que o faz 
querer imitar apenas as ações virtuosas do herói [...]” (livro-base, p. 52). 
 
E Cosmogonia. 
 
 
Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Com a democratização, em meados da década de 1980, o processo literário 
encontrou novos rumos. [...] sua condição principal residiria no 
desenvolvimento de uma economia de mercado que integrou as editoras e 
profissionalizou a prática do escritor nacional. Um novo critério de qualidade 
surge, resultando em romances que combinam as qualidades de bestsellers 
com as narrativas épicas clássicas, retornando aos clássicos mitos de 
fundação, como em Tocaia Grande, de Jorge Amado, e Viva o povo brasileiro, 
de João Ubaldo Ribeiro”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. Rio de 
Janeiro: Civilização brasileira, 2009, p. 28, 29. 
Levando em conta essa afirmação e o livro-base História da Literatura 
Universal, sobre a literatura contemporânea dos anos 1980, assinale a 
alternativa correta: 
Nota: 0.0 
 
A No Brasil, a chamada Geração de 80 é marcada por um encantamento em 
relação aos ideais de engajamento social e político. 
 
B A temática predominante nesse período é urbana, com ênfase nos estilos 
pessoais e na exploração de novas técnicas narrativas. 
Comentário: A alternativa está correta porque a temática da literatura desse 
período é predominantemente urbana, enfatizando estilos pessoais e a exploração 
de novas técnicas narrativas. (livro-base, p. 320, 321) 
 
C O período é marcado por uma poesia mais popular, buscando retratar a 
vida do sertanejo. 
 
D Antonio Callado, com a obra Quarup, tematiza a violência e a tortura 
durante o Regime Militar. 
 
E A homogeneidade entre as produções deste período é uma das 
características mais marcantes da literatura dos anos 1980. 
 
 
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o poema abaixo: 
“Este é o rio, a montanha é esta, 
Estes os troncos, estes os rochedos; 
São estes inda os mesmos arvoredos; 
Esta é a mesma rústica floresta. 
Tudo cheio de horror se manifesta, 
Rio, montanha, troncos, e penedos; 
Que de amor nos suavíssimos enredos 
Foi cena alegre, e urna é já funesta. 
Oh quão lembrado estou de haver subido 
Aquele monte, e às vezes, que baixando 
Deixei do pranto o vale umedecido! 
Tudo me está a memória retratando; 
Que da mesma saudade o infame ruído 
Vem as mortas espécies despertando”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COSTA, C. M. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 32. 
O poema acima é do árcade Cláudio Manoel da Costa, cujos versos marcam o 
início da escola arcadista no Brasil. Considerando o poema acima e os 
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre a estética árcade e a obra 
de Cláudio Manuel da Costa, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A na poesia árcade inicial é forte a presença dos problemas citadinos e políticos de Vila Rica. 
 
B poema acima evoca a tristeza do eu lírico diante de um cenário que no passado foi lugar de um idílio 
amoroso. 
Você acertou! 
A alternativa b está correta porque reflexão do eu lírico trata do desencontro dos sentimentos que eram atribuídos 
àquele cenário revisitado. No passado foi palco de um amor que não mais existe. As demais alternativas estão 
erradas porque a presença da natureza é um traço predominante na poesia inicial árcade, como se vê nas referências 
a florestas, rios, montanhas etc. Outra característica importante do arcadismo é a presença dos elementos locais, 
como a descrição da rústica floresta, que caracteriza melhor a paisagem brasileira em comparação com o ambiente 
bucólico dos poemas das escolas europeias Por fim, não há referência no poema à ideia de felicidade e reencontro 
amoroso, tampouco a elementos ligados ao pecado e afins (livro-base, p. 62-64). 
 
C o eu lírico canta a felicidade do reencontro amoroso e das possibilidades de um amor feliz. 
 
D as convenções árcades revelam elementos religiosos e contritos do pecador, como pode se observar na 
segunda estrofe do poema. 
 
E não há elementos locais no poema, característica do estilo arcadista, que adota as convenções europeias 
integralmente. 
 
 
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Os escritores assumem uma atitude semelhante à dos homens da ciência e 
encontramos em suas obras: preocupação com uma verdade não apenas 
verossímil, mas exata; [...] preocupação com a observação e a análise da 
realidade. Trata-se de uma análise em profundidade, a fim de evitar uma visão 
grosseira e deformada pela visão comum; é necessário assinalar os valores 
morais e estéticos do real”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível 
em: PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de época na literatura. São Paulo, 
Ática, 2002, p. 240. 
 
Em maior ou menor grau, os artistas desse período se aproximam e exercitam 
as particularidades mencionadas no fragmento de texto, como a preocupação 
em chegar a uma verdade mais próxima da verdade científica; em expressar de 
forma mais fiel possível a realidade observada, entre outras. A partir dessa 
reflexão e das informações contidas no livro-base História da Literatura 
Universal, relacione os escritores realistas com as particularidades de suas 
obras. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira: 
 
1. Honoré de Balzac 
2. Charles Dickens 
3. Emily Brontë 
 
( ) Escreveu o romance O morro dos ventos uivantes, que, no momento de 
seu lançamento, recebeu muitas críticas, mas acabou se tornando um clássico 
da literatura ocidental. 
( ) Precursor

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