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Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a citação: “As narrativas medievais têm sua primeira manifestação na forma oral, influenciadas pela ideologia daquele período. A canção de gesta é um poema épico, típico de abordagens sobre as invasões da Alta Idade Média. Utiliza dados da realidade histórica, dentro do mundo cristão, ‘cujo tema respeita aos feitos históricos de povos e heróis, às guerras históricas e aos dramas lendários’. EsSas canções relatam sempre o confronto militar entre cristãos e pagãos, com a descrição dos equipamentos e detalhes dos golpes de lanças e de espadas, batalhas brutais e sangrentas”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BORGES, Maria do Carmo Faustino. O maravilhoso em a Canção de Rolando. Dissertação (Mestrado). 101p. Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2011, p. 11. Entre as canções de gesta mais conhecidas estão a Canção de Rolando. Considerando a citação e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre a Canção de Rolando, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A é uma obra dramática, apresentada apenas por um ator que interpreta o valente Rolando. B é um poema épico, escrito em francês antigo, no século XI, que narra as últimas aventuras do conde Rolando, sobrinho e protegido de Carlos Magno. Você acertou! Esta é a alternativa correta: “[...] a Canção de Rolando, um poema épico composto no século XI em francês antigo, o qual gozou de grande prestígio no período medieval por toda a Europa e, tal como outras canções do gênero, era cantada pelos jograis e exaltava o ‘patriotismo’ no sentido medieval. Sua temática versava sobre as últimas aventuras do conde Rolando – sobrinho de Carlos Magno e por ele apadrinhado – que, apesar de ter lutado bravamente, não conseguiu se salvar durante a invasão da Península Ibérica pelos árabes” (livro-base, p. 103). As demais alternativas estão erradas, porque a Canção de Rolando não é uma obra dramática nem lírica; tampouco narra a guerra contra ingleses ou faz parte dos escritos de Shakespeare. C conta as aventuras da cavalaria francesa, que combateu os soldados ingleses na Guerra das Rosas. D é um poema lírico, em que o “eu lírico” declama amores impossíveis à princesa, filha de Carlos Magno. E é um poema épico, escrito em inglês, e compõe, junto com outras obras, a seção épica da obra de Shakespeare. Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a passagem a seguir: “Com a democratização, em meados da década de 1980, o processo literário encontrou novos rumos. [...] sua condição principal residiria no desenvolvimento de uma economia de mercado que integrou as editoras e profissionalizou a prática do escritor nacional. Um novo critério de qualidade surge, resultando em romances que combinam as qualidades de best-sellers com as narrativas épicas clássicas, retornando aos clássicos mitos de fundação, como em Tocaia Grande, de Jorge Amado, e Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2009, p. 28, 29. Levando em conta essa afirmação e o livro-base História da Literatura Universal, sobre a literatura contemporânea dos anos 1980, leia as afirmativas a seguir: I. A temática predominante nesse período é urbana, com ênfase nos estilos pessoais e na exploração de novas técnicas narrativas. II. Rubem Fonseca explora os efeitos psíquicos, sociais e estéticos da violência urbana, no gênero policial. III. Antonio Callado, com a obra Quarup, tematiza a violência e a tortura durante o Regime Militar. IV. A busca é de uma poesia mais reflexiva e intelectualizada, sem se afastar das emoções e das demandas do mundo. Estão corretas apenas as afirmativas: Nota: 10.0 A I, II e III B I, III e IV C III e IV D I, II e IV Você acertou! As afirmativas I, II e IV estão corretas porque a temática da literatura desse período é predominantemente urbana, enfatizando estilos pessoais e a exploração de novas técnicas narrativas. Os novos poetas da década de 1980 não abriram mão dessas características e acrescentaram, ao menos, mais uma: a busca de uma poesia mais reflexiva, intelectualizada, embora sem se afastar das emoções e das demandas do mundo contemporâneo (livro- base, p. 324-328) No gênero policial, Rubem Fonseca (1925-) explora os efeitos psíquicos, sociais e estéticos da violência urbana, sobretudo em A grande arte (livro-base, p. 324). A afirmativa III está errada, porque Quarup, de Antonio Callado, pertence a outra geração, a dos anos 1960-1970. (livro-base, p. 314). E II e III Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia os versos a seguir: “Tendo aberto a boca e tomado a palavra os anciãos se dirigiram a Gilgamesh: ‘Não confies, ó Gilgamesh, Nem mesmo em tua imensa força! Observa com atenção Para que teus golpes atinjam o alvo! Aquele que vai primeiro Salva o seu companheiro! Enkidu caminhará à tua frente, ele conhece a trilha da floresta dos cedros ...............................................”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANÔNIMO. L’Epopea di Gilgamesh. L’Eroe che non voleva morire. Trad. Jean Bottéro. Roma: Edizioni Mediterranee, 2008, p. 98. (Traduzido pelo autor do banco para o português) O texto citado foi produzido por povos que viveram onde hoje é o Iraque. Eles fundaram as primeiras cidades-Estado e empregaram a escrita cuneiforme, forma utilizada nos primeiros registros literários e jurídicos. A Epopeia de Gilgamesh, fruto dessa matriz cultural, é considerada o marco inicial da literatura, por ser o texto mais antigo já encontrado. Considerando esses comentários e os conteúdos abordados no livro História da Literatura Universal sobre as características da Epopeia de Gilgamesh, analise as afirmativas abaixo: I. Gilgamesh narra as aventuras de Gilgamesh, o mais ilustre rei da Suméria. II. Gilgamesh desce ao fundo do oceano em busca de uma planta que lhe garantiria a imortalidade. III. O conteúdo da Epopeia de Gilgamesh possui muitas semelhanças com o texto da Bíblia judaico-cristã. IV. De todas as narrativas bíblicas, apenas os eventos da criação não constam em textos de outras culturas. Estão corretas apenas as afirmativas: Nota: 10.0 A I, II e IV B II e III C II, III e IV D III e IV E I, II, III Você acertou! As afirmativas I, II e III estão corretas porque Gilgamesh é um rei sumério; ele desce às profundezas do oceano atrás da planta que tem a propriedade da imortalidade; e essa narrativa tem semelhanças com o texto do Velho Testamento, como o tempo das aventuras do personagem, sete dias, igual ao tempo que Deus levou para criar o mundo ou a presença da serpente, que rouba a planta da imortalidade. A afirmativa IV está errada, porque os eventos da criação constam em narrativas de outros povos. Uma história do mito da criação, por exemplo, pode ser encontrada no Popol Vuh, manuscrito maia (livro-base, p. 33-35). Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a passagem a seguir: “Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com quem havia feito conhecimento na sociedade e cujo nome não me acode agora. Em falta de outro, lhe darei o de Cunha. Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as ordens de camarotes, que se começavam a encher. É um regalo semelhante ao do gastrônomo, que antes de sentar-se à mesa belisca as iguarias que vão se ostentando aos olhos gulosos. A comparação me agrada; porque realmente nunca senti essa gula de olhar que devora com uma fome canina, como quando contemplava uma multidãode mulheres bonitas. Cada uma delas me emprestava uma forma sedutora, um encanto, um contorno para a estátua ideal que a imaginação moldava, aperfeiçoando a capricho”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017. É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os diferentes ambientes, espaços e grupos sociais do país passaram a ser mapeados por nossos romancistas. No fragmento acima selecionamos um trecho de um dos chamados romances urbanos de José de Alencar. A cena se passa num teatro, na cidade, aspecto que se percebe, por exemplo, pela palavra multidão, a qual acena para o ambiente da cidade em oposição ao ambiente rural. De acordo com a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, o trecho acima é um fragmento do romance urbano: Nota: 10.0 A O Guarani. B Iracema. C Lucíola. Você acertou! O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance urbano de José de Alencar. Os demais são: histórico (O Guarani), indianista (Iracema), regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis. No livro-base, lemos: “Do ponto de vista temático, José de Alencar [...] desenvolve [o romance] em várias frentes. Com O guarani (1857) e As minas de prata (1865-66), ele praticou o romance histórico, então em voga em virtude do sucesso de Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema (1865); concentrou-se no romance urbano e de costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) e Senhora (1875); e adentrou o país ao ficcionalizar o interior de São Paulo em O tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O sertanejo (1876), e os pampas, com O gaúcho (1870), fazendo do regionalismo, no plano literário, um programa de descoberta do Brasil. Em cada uma dessas frentes, José de Alencar legou, ao menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, p. 101). D Til E Dom Casmurro Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto: “Em seu ensaio machadiano, quase todo voltado a ‘Brás Cubas’ – modelo que segue na maior parte do livro, o da escolha de um romance ou até um personagem de cada ‘gênio’ analisado –, ele reforça outra das ‘maestrias’ do escritor. ‘Divirto-me, e não me entedio, diante da constatação de que, muito em breve, hei de vivenciar o meu próprio esquecimento [...]. ‘Memórias Póstumas', escritas do túmulo, tornam o esquecimento singularmente divertido’[...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FOLHA DE S. PAULO. Para Harold Bloom, Machado de Assis é um milagre. Ilustrada, Folha de S. Paulo (versão on-line), 03/05/2003. <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u32616.shtml>. Acesso em 07 out. 2017. Depois que suas obras começaram a ser traduzidas para o inglês, Machado de Assis começou a ser conhecido pela crítica literária europeia e norte-americana. Assim como Susan Sontag, Julian Barnes, Woody Allen, o crítico britânico Harold Bloom manifestou a admiração pelo escritor brasileiro, que, pouco a pouco, vem sendo lido e colocado lado a lado dos grandes escritores do século XIX. A partir do trecho citado e das informações contidas no livro-base História da Literatura Universal sobre a obra de Machado de Assis, analise as afirmativas: I. Ambivalência, humor e ironia são artifícios recorrentes na obra de Machado, como formas de exercício crítico da sociedade. II. Seu estilo sóbrio e convencional o fez ser admirado por seus contemporâneos, que ocuparam as ruas do Rio de Janeiro para acompanhar seu funeral. III. O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas representa a virada em sua obra, pois, nele, deixa para trás as obras ligadas à formação do “eu”. São corretas apenas as afirmativas: Nota: 0.0 A I B I e II C II e III D III E I e III As afirmativas I e III estão corretas, porque Machado de Assis “Tentou não ser convencional, encarou as dificuldades de ser mulato, gago, epilético e tímido e teve como armas o humor, as ambivalências, a oculta sensualidade e a ironia. Memórias póstumas de Brás Cubas é o marco divisor de sua obra. O defunto-autor Brás Cubas exibe peças de cinismo e indiferença com que via montada a história dos homens” (livro-base, p. 247). A afirmativa II está errada por essas mesmas razões, uma vez que a obra de Machado – sobretudo a da chamada segunda fase – fugiu absolutamente do convencional em relação ao contexto de sua época (p. 247). Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida e do pecado, mas também por sua forma”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às convenções literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses dois conceitos são: Nota: 0.0 A visão laica e visão alegórica. B visão literária e visão transfiguradora. C visão religiosa e visão reformista. D visão religiosa e visão transfiguradora. “O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao serem utilizadas pelos escritores coloniais estabeleceu alguns traços estilísticos e ideológicos que caracterizaram a produção dos primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. Esses traços estão sintetizados nos conceitos denominados visão religiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais visões citadas (literária, alegórica, reformista) não são denominações empregadas no livro-base como conceitos que sintetizam esses traços da literatura barroca no Brasil. E visão reformista e visão alegórica. Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “Do outro lado da cerca, pelos espaços entre as flores curvas, eles estavam tacando. Eles foram para o lugar onde estava a bandeira e eu fui seguindo junto à cerca. Luster estava procurado na grama perto da árvore florida. Eles tiraram a bandeira e a tacaram outra vez. Então puseram a bandeira de novo e foram até a mesa, ele tacou e o outro tacou. Então eles andaram e eu fui seguindo junto à cerca. Luster veio da árvore florida e nós seguimos junto à cerca e eles pararam e nós paramos e eu fiquei olhando através da cerca enquanto Luster procurava na grama”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FAULKNER, William. O som e a fúria. Trad. Paulo Henriques Brito. São Paulo: CosacNaify, 2004, p. 5. O fragmento reproduz o início do romance de Faulkner, O som e a fúria. Nesse início de romance, o narrador é alguém que sofre de deficiência mental. No decorrer do livro, aparecerão outros narradores, cujas histórias não correm linearmente nem em espaços comuns. Esses recursos de alguma forma buscavam exprimir a falta de sentido decorrente dos efeitos da Primeira Guerra Mundial, da crise econômica, entre outros eventos que abalaram a vida na Europa e nas Américas nas primeiras décadas do século XX. Considerando essas informações, o fragmento de texto e os conteúdos dolivro-base História da Literatura Universal sobre o Modernismo, leia as afirmativas a seguir: I. O Modernismo buscou negar os padrões e linguagem considerados tradicionais. II. O desejo de ruptura com o passado foi uma das marcas do Modernismo III. O Modernismo foi marcado pelo sentimento de saudosismo e melancolia em relação ao passado. IV. A reinvenção de formas artísticas é uma maneira de expressar novos sentidos para um mundo que se transformara radicalmente. Estão corretas apenas as afirmativas: Nota: 10.0 A I, II e III B I, II e IV Você acertou! As afirmativas I, II e IV estão corretas porque a ruptura com os modelos literários tradicionais estava no centro das aspirações modernistas. Entre essas rupturas, estava o rompimento dos padrões usuais da linguagem literária, como no livro de Faulkner, que dá a palavra a um narrador com problemas mentais: “Os escritores dessa época negavam e evitavam os tipos formais e tradicionais. É um momento de revolução e busca de novos caminhos e novos formatos literários: a grande onda cultural do modernismo, que surgiu na Europa e depois se espalhou para os Estados Unidos nos primeiros anos do século XX e expressava um desejo de ruptura brusca com o passado” (livro-base, p. 254, 255). Por essas razões, a afirmativa III está incorreta, já que não havia sentimento nostálgico entre os modernistas. C II, III e IV D I, III e IV E I e IV Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto: “Vamos começar com uma pequena aula de imaginação modernista (que, creio, devemos a Lautréamont: um guarda-chuva e uma máquina de costura que se encontram numa bancada de anatomia. Dadaísmo, surrealismo, Pound, Eliot e vários outros produziram variações incontáveis deste padrão básico que, com certeza, nega ironicamente toda ideia de ‘totalidade’ e toda hierarquia de significados, deixando o campo livre para um jogo interpretativo praticamente ilimitado”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORETTI, Franco. Signos e estilos da modernidade. Ensaios sobre a sociologia das formas literárias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 282. O modernismo – marcado pela irrupção das chamadas vanguardas artísticas – trouxe uma proposta bastante radical no que se refere ao emprego das formas de expressão literária, desde, por exemplo a implosão da lógica e da coerência tradicionais acionada pelos surrealistas até a explosão da sintaxe promovida pelos dadaístas. No campo da prosa, muitos escritores, mesmo sem vínculo direto com os movimentos de vanguarda, revolucionaram, cada um a seu modo, o ato de narrar e traçaram novos rumos para o romance e o conto no século XX. De acordo com os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, relacione, enumerando, os autores modernistas mencionados às características de suas obras: 1. Ernest Hemingway 2. Franz Kafka 3. Marcel Proust ( ) Sua obra é constituída pela temática do absurdo, que amplifica a desesperança e a alienação do homem moderno. ( ) Sua obra apresenta um painel da sociedade da época, sob uma análise introspectiva e subjetiva do narrador, o qual se confunde com a personagem e com o próprio autor. ( ) Narrativa de estilo claro e objetivo, descartando palavras desnecessárias. Suas personagens não são sonhadores, mas, sim, durões. Agora assinale a alternativa que menciona a sequência correta: Nota: 0.0 A 2 – 3 – 1 Esta é a sequência correta porque, na obra de [2] Kafka, “[...] a temática do absurdo existencial, marcada pela desesperança e alienação, ultrapassa os limites do universo kafkiano (termo até hoje empregado ao se referir a algo absurdo ou sem sentido)” (livro-base, p. 262); porque a obra de [3] Proust “[...] representa um painel da vida social da alta burguesia francesa da [sua] época [...], analisada por meio da introspecção subjetiva do narrador, que se confunde com o personagem principal e com o próprio Proust” (p. 264); e porque os personagens de [1] Hemingway “[...] não são sonhadores, mas toureiros, soldados e atletas durões. [...] Sua marca registrada é o estilo claro e desprovido de palavras desnecessárias” (p. 256). B 3 – 2 – 1 C 1 – 2 – 3 D 3 – 1 – 2 E 1 – 3 – 2 Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “A literatura que se escreve no Brasil é já a expressão de um pensamento e sentimento que se não confundem mais com o português e em forma que, apesar da comunidade da língua, não é mais inteiramente portuguesa. É isto absolutamente certo desde o Romantismo, que foi a nossa emancipação literária, seguindo-se naturalmente à nossa independência política”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Francisco Alves; Paris: Livraria Aillaud e Bertrand, 1916, p. 1. Um dos problemas que se impõe ao domínio do estudioso de História da literatura brasileira é definir, primeiramente, quando ela começou. Nesse sentido, ao longo dos estudos de literatura do Brasil, que se iniciam com Silvio Romero em 1888, diferentes marcos iniciais foram sugeridos. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos abordados no livro-base Literatura Brasileira sobre os marcos iniciais da literatura brasileira, leia as afirmativas abaixo: I – Silvio Romero escolheu como marco inicial o ano de 1500, embora sugira outras quatro alternativas para delimitar o início de nossa literatura. II – José Veríssimo escolheu o poema Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira, como o autor que marca o início da literatura brasileira. III – José Veríssimo escolhe Prosopopeia como marco inicial da literatura brasileira porque antes desta obra não havia imprensa no Brasil, tecnologia que chega aqui em 1601. IV – O crítico e historiador da literatura Antonio Candido elege o romantismo e o arcadismo como “momentos decisivos” da formação da literatura brasileira. V – Para Antonio Candido apenas no arcadismo e no romantismo surgem as condições necessárias para a constituição de um sistema literário: autor, obra e público. Estão corretas apenas: Nota: 0.0 A as afirmativas I, II e III. B as afirmativas II e III. C as afirmativas I, II, IV e V. As afirmativas I, II, IV e V estão corretas porque “O principal problema que se impõe ao estudioso da história literária brasileira é delimitar o momento em que nossa literatura começou. Sílvio Romero, nosso primeiro historiador literário, optou pelo ano de 1500, embora tenha oferecido no prefácio à segunda edição (1903) de sua História da literatura brasileira (1888) outras quatro alternativas de marco inicial. José Veríssimo, autor de outra História da literatura brasileira (1916), escolheu o poema Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira, como o início da literatura brasileira. [...] Antonio Candido elege o arcadismo e o romantismo como os momentos decisivos da formação da literatura brasileira. Para o crítico literário, é somente nesses momentos históricos (ou seja, a partir do século XVIII) que surgem as condições necessárias para a constituição de nossa literatura. Quais seriam essas condições? [...] O ‘sistema literário’ — constituído por autor, obra e público — só toma forma na história literária brasileira a partir do arcadismo e do romantismo. E a consolidação da literatura brasileira, para continuarmos na perspectiva de Antonio Candido, só se realiza completamente com Machado de Assis” A questão III está incorreta porque a imprensa só chega ao Brasil no século XIX, com a instalação da Corte de D. João VI no Brasil, em 1808” (livro-base, p. 15,16,17). D as afirmativas III e IV. E as afirmativas I e V. Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “O ramomais original da poesia mediterrânea encontra-se na península ibérica, entre os galego-portugueses; três cancioneiros famosos, o da Ajuda, o da Vaticana e o Códex Colocci-Brancun, contêm quase 2000 poesias de 200 poetas: entre aquelas, uma variedade bastante grande de cantigas de amor, cantigas de amigo, cantigas de maldizer; e entre estes, poetas muito finos, os galegos Martin Códax, João Airas e Airas Nunes [...]. Os trovadores portugueses são os únicos que suportariam a comparação com os provençais, se tivessem mais originalidade”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARPEAUX, O. M. História da Literatura Ocidental, v. I. 2ª ed. Rio de Janeiro: Alhambra, 1978, p. 172. Considerando o fragmento citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Trovadorismo português, leia as sentenças abaixo: I. Nas cantigas de amigo, o trovador escreve os poemas do ponto de vista masculino. II. O Trovadorismo origina-se de “trovador”, que designa o compositor da cantiga (porque o poema era cantado com acompanhamento musical). III. Nas cantigas de amor galego-portuguesas, é nítida a influência do trovadorismo provençal. IV. A música e a poesia não têm relação alguma durante o Trovadorismo. Estão corretas apenas as afirmativas: Nota: 0.0 A I e II B II e IV C II e III As afirmativas II e III estão corretas, porque a palavra trovador é que dá origem ao nome do estilo – trovadorismo –, que está ligado por sua vez a uma poesia acompanhada de música. As cantigas de amor têm origem provençal (livro-base, p. 114). As afirmativas I e IV estão erradas, porque, nas cantigas de amigo, o trovador escreve os poemas do ponto de vista feminino; e os poemas eram cantados com acompanhamento musical (p. 114- 115). D I e IV E III e IV Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia os versos a seguir: “Tendo aberto a boca e tomado a palavra os anciãos se dirigiram a Gilgamesh: ‘Não confies, ó Gilgamesh, Nem mesmo em tua imensa força! Observa com atenção Para que teus golpes atinjam o alvo! Aquele que vai primeiro Salva o seu companheiro! Enkidu caminhará à tua frente, ele conhece a trilha da floresta dos cedros ...............................................”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANÔNIMO. L’Epopea di Gilgamesh. L’Eroe che non voleva morire. Trad. Jean Bottéro. Roma: Edizioni Mediterranee, 2008, p. 98. (Traduzido pelo autor do banco para o português) O texto citado foi produzido por povos que viveram onde hoje é o Iraque. Eles fundaram as primeiras cidades- Estado e empregaram a escrita cuneiforme, forma utilizada nos primeiros registros literários e jurídicos. A Epopeia de Gilgamesh, fruto dessa matriz cultural, é considerada o marco inicial da literatura, por ser o texto mais antigo já encontrado. Considerando esses comentários e os conteúdos abordados no livro História da Literatura Universal sobre as características da Epopeia de Gilgamesh, analise as afirmativas abaixo: I. Gilgamesh narra as aventuras de Gilgamesh, o mais ilustre rei da Suméria. II. Gilgamesh desce ao fundo do oceano em busca de uma planta que lhe garantiria a imortalidade. III. O conteúdo da Epopeia de Gilgamesh possui muitas semelhanças com o texto da Bíblia judaico-cristã. IV. De todas as narrativas bíblicas, apenas os eventos da criação não constam em textos de outras culturas. Estão corretas apenas as afirmativas: Nota: 10.0 A I, II e IV B II e III C II, III e IV D III e IV E I, II, III Você acertou! As afirmativas I, II e III estão corretas porque Gilgamesh é um rei sumério; ele desce às profundezas do oceano atrás da planta que tem a propriedade da imortalidade; e essa narrativa tem semelhanças com o texto do Velho Testamento, como o tempo das aventuras do personagem, sete dias, igual ao tempo que Deus levou para criar o mundo ou a presença da serpente, que rouba a planta da imortalidade. A afirmativa IV está errada, porque os eventos da criação constam em narrativas de outros povos. Uma história do mito da criação, por exemplo, pode ser encontrada no Popol Vuh, manuscrito maia (livro-base, p. 33-35). Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a citação a seguir: “A consciência literária dos romanos era bilíngue. Os gêneros latinos puramente nacionais, concebidos numa linguagem única, definharam e não receberam uma forma literária. A consciência criativa e literária dos romanos originou-se, do começo ao fim, no fundo das línguas e das formas gregas. Já nos seus primeiros passos o discurso literário latino olhava-se à luz do discurso grego, com os olhos do discurso grego; desde o começo ele foi um discurso de tipo estilizante; ele vinha como que encerrado entre aspas especiais, que indicavam uma estilização reverente”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BAKHTIN, M. Questões de literatura e estética. A teoria do romance. 3 ed. São Paulo: Hucitec, 1993. p. 379. A influência da literatura grega nos textos literários romanos é notória. O crítico literário Otto Maria Carpeaux chega a dizer que é uma literatura de segunda mão. Exageros à parte, o que está claro é que os escritores romanos tinham na Grécia sua fonte de inspiração. De acordo com a citação e os conteúdos abordados no livro- base História da Literatura Universal, sobre as características da literatura romana, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A era independente e sem interferência de outras produções literárias. B a consciência criativa literária dos romanos originou-se das formas gregas. Você acertou! “Embora tenha produzido a sátira e este seja um estilo praticado até hoje [...], a literatura romana não tem a mesma relevância da grega, sendo, por vezes, mera imitação dela. [...] os escritores da República Romana e do Império Romano imitavam os grandes autores gregos, mas, na verdade, eles quiseram evitar a inovação a fim de permanecerem fiéis à arte grega” (livro-base, p. 84). C foi influenciada pela produção etrusca a partir dos contatos de expansão do Império. D foi uma literatura inexpressiva, visto que suas obras influenciaram pouco a literatura ocidental. E os romanos inovaram nas formas e temas literários, para se distanciarem da arte grega. Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a citação a seguir: “O romântico não teme as demasias do sentimento nem os riscos da ênfase patriótica, nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideoafetivo que vai cedendo a um processo de crítica na literatura dita ‘realista’. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responde aos métodos científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1996, p. 167. Levando-se em consideração a citação e as informações do livro-base História da Literatura Universal sobre as características do Realismo, leia as afirmativas a seguir e assinale (V) para as afirmativas verdadeiras ou (F) para as afirmativas falsas: I. ( ) O Realismo procura fazer uma análise objetiva da realidade social. II. ( ) A linguagem rebuscada e ornamental representa a complexidade com que os escritores realistas buscavam retratar a realidade de seu contexto sócio-histórico. III. ( ) Correntes científico-filosóficas como o positivismo, o determinismo e o darwinismo influenciam a posturaanalítica e racional dos escritores realistas. IV. ( ) O pensamento cientificista que orientou os escritores realistas fez com que estes percebessem o homem como produto do seu meio e, por esse motivo, buscaram uma arte mais comprometida com a crítica social. V. ( ) O Naturalismo foi uma corrente literária que surgiu juntamente com o Realismo e que se opôs a ele, por manter o sentimentalismo romântico na abordagem da realidade. Agora, marque a sequência correta: Nota: 10.0 A F – V – V – V – F B V – F – F – V – V C V – F – V – V – F Você acertou! As afirmativas I, III e IV são verdadeiras porque a perspectiva do realismo é objetiva em relação à realidade social; tal objetividade está associada às correntes filosóficas da época e à compreensão de que o homem era produto do meio fez os realistas se concentrarem nas questões sociais: “Esse contexto tem como característica o antirromantismo, antissubjetivo e adepto da objetividade, pois o que interessa é o objeto, aquilo que está fora de nós [...]. Preferia-se uma busca da verdade universal e impessoal e o interesse por fatos observáveis, isto é, o que pressupunha uma base científica, revelando o condicionamento do homem ao meio físico e social” (livro-base, p. 229- 230); essa objetividade está associada às correntes filosóficas do período: “[...] o positivismo de Auguste Comte [...]; o determinismo, criado por Hippolyte Taine [...]; e o darwinismo [...]” (p. 229). As afirmativas II e V são falsas porque a linguagem utilizada pelos realistas é objetiva e clara e os naturalistas convergiam com os realistas no que se refere à objetividade, entre outros aspectos (p. 228, 229). D V– F – V – V – V E F – F – V – F – V Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a passagem a seguir: “Em literatura, os anos de 1930 a 1945 são os anos do reposicionamento ideológico e do novo compromisso, político e social, que substitui a euforia pan-estética do Modernismo inicial; e, ao mesmo tempo, a institucionalização, na prática literária individual de prosadores e poetas, das conquistas expressivas efetuadas pela primeira geração modernista”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 521. Diferentemente do grupo homogêneo reunido em torno de uma mesma proposta como foram os modernistas de 1922, a segunda geração modernista gerou tendências distintas que resultaram em estilos marcantes de seus poetas e prosadores. Apesar das diferenças, elas são de algum modo herança das conquistas expressivas da primeira geração como se lê na passagem acima. Considerando a passagem e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, os dois livros considerados marcos iniciais da segunda geração são... Nota: 10.0 A A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade. Você acertou! A bagaceira, de José Américo de Almeida, considerado pelos historiadores como a primeira obra do chamado romance de 30 ou romance regionalista de 30, foi publicado em 1928, no mesmo ano que Macunaíma, obra-síntese do “modernismo heroico”. O livro de estreia de Carlos Drummond de Andrade (o qual, ainda que fortemente influenciado por Mário de Andrade, marca algumas tendências inequívocas de sua obra ao longo da década de 1940) é Alguma poesia, de 1930, ou seja, é contemporâneo de Libertinagem, de Bandeira. (Livro-base, p. 195, 196). B A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Sapato florido, de Mário Quintana. C O quinze, de Rachel de Queiroz, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade. D O quinze, de Rachel de Queiroz, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade. E Fogo morto, de José Lins do Rego, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto: “As obras dissolvem as fronteiras da sua época, vivem nos séculos, isto é, no grande tempo, e, além disso, levam frequentemente (as grandes obras, sempre) uma vida mais intensiva e plena que em sua atualidade. [...] Entretanto, uma obra não pode viver nos séculos futuros se não reúne em si, de certo modo, os séculos passados. Se ela nascesse toda e integralmente hoje (isto é, em sua atualidade), não desse continuidade ao passado e não mantivesse com ele um vínculo substancial, não poderia viver no futuro. Tudo o que pertence apenas ao presente morre juntamente com ele”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BAKHTIN, M. M. Os estudos literários hoje. In: _____. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 362. A expressão cunhada por Bakhtin, “diálogo no grande tempo”, permite-nos olhar para um conjunto de obras sem restringi-las a seus limites históricos e geográficos. As narrativas da Bíblia judaico-cristã, por exemplo, dialogam com as histórias orais e os registros escritos deixados pelos povos da Mesopotâmia. Assim, em parte, a cultura, o diálogo travado entre diferentes culturas, torna-se visível nos textos literários. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base História da Literatura Universal, quanto às semelhanças entre a Bíblia e a Epopeia de Gilgamesh, é correto afirmar: Nota: 10.0 A Uma semelhança é o número de dias em que Gilgamesh é testado e o número de dias que o Deus do Velho Testamento criou o mundo. Você acertou! Esta é a alternativa correta, porque o teste que Gilgamesh deveria superar consistia em ficar acordado durante seis dias e sete noites: número que coincide com o tempo que Deus levou para criar o mundo (livro-base, p. 34). B Uma semelhança é a passagem do dilúvio no Gilgamesh e a abertura do Mar Vermelho no Velho Testamento. C Uma semelhança é o número de dias em que Gilgamesh é testado e o tempo em que Noé leva para construir a Arca. D Uma semelhança é a águia que tenta Gilgamesh e a serpente que seduz Adão e Eva no Éden. E Uma semelhança é a busca pelo conhecimento em que Gilgamesh e Adão e Eva se lançaram. Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o trecho de texto a seguir: “Não se trata com efeito de ser brasileiro à Chateaubriand, o que é, como vimos há pouco, aceitar uma visão de estrangeiro, inclinado a ver o exótico e, confinando a ele os escritores, negar-lhes acesso aos grandes temas universais [...]. Trata-se de descrever e analisar os vários aspectos de uma sociedade, no tempo e no espaço, exprimindo a sua luta pela autodefinição nacional como povo civilizado, ligado ao ciclo da cultura do Ocidente”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. A formação da literatura Brasileira – momentos decisivos. 10. ed. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 680. O trecho acima foi extraído das páginas finais de Formação da Literatura Brasileira, de Antonio Candido. Nessa altura do livro, o crítico vê os traços de amadurecimento de nossa literatura, o que vai tomando forma a partir do romantismo e do arcadismo. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, para Candido, a consolidação da literatura brasileira se dá com: Nota: 0.0 A Machado de Assis Alternativa a porque, para Candido, a partir de Machado de Assis “a literatura brasileira entra em uma nova etapa. É momento em que toma corpo e se complexifica do ponto de vista formal”. Segundo Candido, a literatura passa, no final do século XIX, a se aprofundar e se organizar de modo programático e consciente. Nesse momento “houve uma reflexão sobre a validade dos pressupostos estéticos e ideológicos oitocentistas”. (Livro-base, p. 18). B José de Alencar C Gonçalves Dias D Tomás Antônio Gonzaga E Castro Alves Questão 7/10 - Históriada Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado por Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir-se à produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi (1966), já na década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura do período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo elemento um sentido forte de precedência temática e formal em relação à literatura modernista’”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, p. 167. O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. Nessa fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura deu ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações socioculturais. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, relacione os autores pré-modernistas abaixo às suas respectivas obras: 1) Lima Barreto 2) Euclides da Cunha 3) Monteiro Lobato 4) Graça Aranha ( ) Clara dos Anjos ( ) Canaã ( ) Os sertões ( ) Urupês Agora, marque a sequência correta: Nota: 10.0 A 1, 2, 3, 4 B 1, 4, 2, 3 Você acertou! 1. Lima Barreto – Clara dos Anjos 2. Graça Aranha – Canaã 3. Euclides da Cunha – Os sertões 4. Monteiro Lobato – Urupês As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 4.1 denominado O pré-modernismo e corresponde às páginas 165 a 173 do livro- base. C 2, 3, 4, 1 D 3, 2, 4, 1 E 3, 1, 2, 4 Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a passagem de texto: “Reunindo condições pessoais e históricas propiciadoras do trabalho intelectual, Eça de Queirós tornou-se dos maiores prosadores em Língua Portuguesa, alcançando ser, na esteira de Garret, uma espécie de divisor de águas linguístico entre a tradição e a modernidade”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1965, p. 279. Considerando a passagem citada e os conteúdos o livro-base História da Literatura Universal, no que diz respeito às características da obra de Eça de Queirós, assinale a única alternativa correta: Nota: 10.0 A Eça de Queiróz escreveu romances históricos que resgataram o período medieval português. B Na perspectiva temática, Eça de Queiróz faz críticas à monarquia, à Igreja e à classe burguesa. Você acertou! Comentário: A afirmativa é verdadeira porque “Eça aderiu aos ideais realistas, passando a escrever contra a monarquia, a Igreja e a burguesia. Com linguagem original, rigorosa precisão e naturalidade, expôs o quadro político dos anos 1870” (livro-base, p. 240). C A linguagem utilizada por Eça de Queiróz faz uso de uma linguagem rebuscada, semelhante à estética barroca. D Em O primo Basílio, Eça de Queiróz demonstra um clara influência romântica, ao retratar uma história de amor entre dois primos. E Eça de Queiróz foi um dos principais nomes do Romantismo brasileiro. Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia os versos a seguir: “A glória de quem tudo o mais comove pelo universo penetra e resplende e mais, e menos, suas partes move. No alto céu onde mais a luz se incende eu fui, e vi tais coisas, que dizer não sabe ou pode quem de lá descende; porque apressurando-se ao querer sumo, o intelecto se aprofunda tanto que a memória não segue o seu correr”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALIGHIERI, Dante. Canto I. In: CAMPOS, Haroldo. Pedra e luz na poesia de Dante. Rio de Janeiro: Imago, 1998, p. 85 Os versos citados abrem a última parte da Divina Comédia, de Dante Alighieri. Esta obra é considerada como a síntese da mentalidade medieval ao mesmo tempo que já aponta para a visão do mundo renascentista, que valoriza o homem e a arte greco-romana da Antiguidade. Tendo como referência o texto e a leitura do livro- base História da Literatura Universal sobre a Divina Comédia, assinale a única alternativa correta: Nota: 10.0 A A obra é dividida em três livros: Inferno, Purgatório e Paraíso. Você acertou! Comentário: a afirmativa está correta porque a Divina Comédia é dividida em três partes – Inferno, Purgatório e Paraíso. Virgílio conduz Dante pelo Inferno e pelo Purgatório e Beatriz, pelo Paraíso. Segundo a autora do livro- base, o Inferno é a parte mais envolvente: “o sofrimento dos penitentes é narrado em um contexto vibrante (daí o termo dantesco) e se tornou mais popular que os outros dois livros, o ‘Purgatório’ e o ‘Paraíso’, que contêm reflexões mais sofisticadas” (livro-base, p. 109). B A passagem de Dante pelo Inferno é conduzida por Beatriz, eterna amada e inspiração do poeta. C A divina comédia pode ser considerada a primeira obra cômica da História. D A descrição do Inferno é a menos envolvente, descrita com poucos detalhes pelo autor e, por isso, se tornou menos popular que os outros dois livros. E A passagem de Dante pelo Paraíso é conduzida por pelo poeta Virgílio. Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros; Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas. Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano? Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem A lufada intermitente traz da praia um eco vibrante, que ressoa entre o marulho das vagas: — Iracema!”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José de. Iracema – Lenda do Ceará. In: ALENCAR, J. Obras de ficção de José de Alencar. v. VIII. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1957. p. 29. O trecho acima é a abertura do romance Iracema, de José de Alencar, lançado em 1865. Junto com O guarani, é o romance mais conhecido de Alencar, obras que marcaram uma das fases do romantismo brasileiro. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre as primeiras manifestações românticas, leia as sentenças abaixo e depois assinale com V as verdadeiras e F as falsas. I. ( ) O indianismo foi uma forma compensatória de encontrar um correspondente aos temas lendários e cavalheirescos da literatura romântica europeia. II. ( ) O indígena foi retomado por autores como Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães, José de Alencar e Teixeira e Sousa. III. ( ) Do ponto de vista estético o momento mais alto ficou para Gonçalves Dias. Sua obra, em linhas gerais, concilia o rigor formal, derivado da tradição neoclássica, e o sentimentalismo, marca central da estética romântica. IV. ( ) Poema I-Juca Pirama, organizado em dez partes, conta a história de um jovem branco, que, em viagem pelo interior do Brasil, cai prisioneiro da tribo dos Timbiras. Agora, marque a sequência correta: Nota: 10.0 A V– F– V– V B F– V– V– V C V– V– V–F Você acertou! As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois o indianismo foi uma adaptação do romance histórico romântico usando a matéria local, como fez José de Alencar, por exemplo. Os índios foram protagonistas também das obras de Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Teixeira de Sousa. Entre eles, o poeta mais sofisticado e completo, reconhecido assim por seus contemporâneos, foi Gonçalves Dias. A afirmativa IV é falsa, porque o poema “I-Juca Pirama”, organizado em dez partes, conta a história de um jovem guerreiro tupi que cai prisioneiro da tribo dos Timbiras (livro-base, p. 83-85). D F– V– F– V E F– F– V– V Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o texto abaixo: “Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas e, em consequência, fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. [...] A outra espécie é formada dos que veem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALAMBERT, F. A semana de 22. A aventura modernista no Brasil. São Paulo: Scipione, 1992. Esse texto é um marco da crítica ao movimento modernista. Nele o autor faz a crítica da exposição da pintora Anita Malfatti, em 1917. Embora reconheça o talento da pintora, critica sua adesão aos estilos da pintura de vanguarda europeia, julgando serem formas passageiras, que não teriam espaço nem continuidade no campo das artes visuais. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, esse texto e seu autor são, respectivamente: Nota: 10.0 A Aspectos da Literatura Brasileira - Mário de Andrade B Manifesto Antropofágico - Oswald de Andrade C Canaã - Graça Aranha D Instinto de Nacionalidade - Machado de Assis E Paranoia ou Mistificação - Monteiro Lobato Você acertou! Em 1917, Anita Malfatti realiza em São Paulo uma exposição. A reação à mostra é comumente identificada como o principal antecedente da Semana: Monteiro Lobato redigiu, para o jornal O Estado de S. Paulo, um artigo intitulado “A propósito da exposição Malfatti”, mais conhecido como “Paranoia ou mistificação?”. Esse título foi publicado no livro Ideias de Jeca Tatu em 1920 (livro-base, p. 177). Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir “Pois o que realmente interessa é investigar como se formou aqui uma literatura, concebida menos como apoteose de cambucás e morubixabas, de sertanejos e cachoeiras, do que como manifestação dos grandes problemas do homem do Ocidente nas novas condições de existência. [...] Estas considerações sugerem alguns dos modos por que se teria processado o ajuste entre a tradição europeia e os estímulos locais, faltando mencionar que os padrões estéticos do momento – os do atualmente chamado Barroco – atuaram como ingrediente decisivo”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. Letras e ideias no período colonial. In: CANDIDO, A. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 99-101. Segundo Antonio Candido, nos dois primeiros séculos da colonização do Brasil, a literatura brasileira elaborou duas características principais para ajustar as formas de expressão europeia à realidade colonial brasileira: a visão religiosa e a visão transfiguradora. Tendo como referência o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre as visões religiosa e transfiguradora, leia as sentenças a seguir, assinalando V para as verdadeiras e F paras as falsas. I. ( ) A visão religiosa foi, ao mesmo tempo, diretriz ideológica e fundamento estético. II. ( ) A empresa colonizadora tinha uma espécie de “unidade de intenção”, marcada pela propagação da fé cristã. Essas marcas podem ser identificadas na Carta de Caminha e na obra de José de Anchieta. III. ( ) A visão transfiguradora é o resultado do espanto ante as novidades da terra. O mundo desconhecido e novo levou o homem europeu a criar, no plano literário, modos de expressar esse lugar desconhecido. IV. ( ) A visão religiosa elabora, no plano literário, uma apoteose da realidade colonial, calcada na hipérbole, na metáfora, no símile, que tende a uma alegoria do mundo natural. Agora, marque a sequência correta: Nota: 0.0 A V– F– V– V B F– V– V– V C V– V– V– F As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois de fato a visão religiosa foi matriz ideológica e estética da literatura que se fazia aqui; que o fator de unidade ideológica da colonização era a expansão da fé cristã; e a visão transfiguradora resultava do espanto em face das novidades encontradas em terras brasileiras. A afirmativa IV é falsa, pois a capacidade de criar uma apoteose da realidade, criando um alegorização do mundo natural se dá dentro do que Candido definiu como visão transfiguradora e não visão religiosa. Podemos identificar essas características no exemplo oferecido pelo crítico sobre o abacaxi: “Lembremos apenas o caso do mundo vegetal, primeiro descrito, depois retocado, finalmente alçado à metáfora. Se em Gabriel Soares de Sousa (1587) o abacaxi é fruta, nas Notícias curiosas e necessárias das cousas do Brasil (1668), de Simão de Vasconcelos, é fruta real, coroada e soberana; e nas Frutas do Brasil (1702), de frei Antônio do Rosário, a alegoria se eleva ao simbolismo moral, pois a régia polpa é doce às línguas sadias, mas mortifica as machucadas – isto é, galardoa a virtude e castiga o pecado” (livro-base, p. 31-34). D F– V– F– V E F– F– V– V Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a citação a seguir: “‘Guiomar tivera humilde nascimento; era filha de um empregado subalterno não sei de que repartição do Estado, homem probo, que morreu quando ela contava apenas sete anos, legando à viúva o cuidado de a educar e manter. A viúva era mulher enérgica e resoluta, enxugou as lágrimas com a manga do modesto vestido, olhou de frente para a situação e determinou-se à luta e à vitória’. A madrinha de Guiomar não lhe faltou naquele duro transe, e olhou por elas, como entendia que era seu dever. A solicitude, porém, não foi tão constante a princípio como veio a ser depois; outros cuidados de família lhe chamavam a atenção”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, Machado de. A mão e a luva. In: ASSIS, Machado de A. Romances I. Rio de Janeiro: Garnier, 1993. p. 46. O trecho de A mão e a luva, romance da primeira fase de Machado de Assis, já encontrava um sistema literário razoavelmente consolidado no país. O escritor carioca representa o marco desse processo. Livrarias, imprensa e crítica possibilitavam a recepção e a institucionalização da literatura nacional, de obras como esta de Machado, por exemplo. Símbolo deste movimento sociocultural é a criação da Academia Brasileira de Letras, da qual Machado foi o primeiro presidente. Considerando a citação acima e os conteúdos abordados no livro-base Literatura Brasileira sobre a obra de Machado de Assis, leia as sentenças abaixo: I – A obra de Machado de Assis é um dos grandes momentos de síntese da literatura brasileira. Comparecem na obra machadiana as contribuições, por exemplo, de José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo. II – Machado de Assis, ao consolidar o sistema literário, teve a oportunidade histórica de aprofundar a literatura ao explorar os problemas humanos universais a partir da realidade brasileira. III – Do ponto de vista formal, há uma intricada elaboração da linguagem literária, em que os não ditos, as ambiguidades, as afirmativas enviesadase a operação com as técnicas literárias – o foco narrativo, em especial – desempenham papel fundamental. IV – Machado elabora uma obra que tem em vista questões que se relacionam apenas à realidade brasileira e que, por isso, não podem ser compreendidas e apreciadas como questões universais. V – Um dos temas centrais da obra machadiana é o destino da população pobre e livre, que tem uma inserção social precária no século XIX. Estão corretas apenas as afirmativas: Nota: 0.0 A I, II e III B II e III C I, II, III e V As afirmativas I, II, III e V está corretas porque Machado elaborou o que se chamou de síntese da literatura brasileira ao incorporar em sua obra traços de estilo, conteúdo e forma de seus antecessores; ao mesmo tempo o escritor carioca pôde aprofundar e ampliar os temas literários em sua obra, uma vez que as questões de formação, ainda que não resolvidas, já estavam assentadas; seu estilo está marcado por sofisticada elaboração da linguagem e da narrativa, em especial no que diz respeito ao emprego da ambiguidade, da ironia e do uso especioso do narrador; e na primeira fase de sua obra tratou da população remediada do XIX, ou seja, a população livre mas pobre, como é o caso de Guiomar, presente na citação da questão. A afirmativa IV está incorreta porque Machado elabora uma obra que tem em vista questões que transcendem a realidade brasileira, sem abrir mão dessa mesma realidade, inscrevendo-a nas questões universais (livro-base, p. 114-116). D III, IV e V E II, III, IV e V Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a passagem a seguir: “Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com quem havia feito conhecimento na sociedade e cujo nome não me acode agora. Em falta de outro, lhe darei o de Cunha. Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as ordens de camarotes, que se começavam a encher. É um regalo semelhante ao do gastrônomo, que antes de sentar-se à mesa belisca as iguarias que vão se ostentando aos olhos gulosos. A comparação me agrada; porque realmente nunca senti essa gula de olhar que devora com uma fome canina, como quando contemplava uma multidão de mulheres bonitas. Cada uma delas me emprestava uma forma sedutora, um encanto, um contorno para a estátua ideal que a imaginação moldava, aperfeiçoando a capricho”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017. É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os diferentes ambientes, espaços e grupos sociais do país passaram a ser mapeados por nossos romancistas. No fragmento acima selecionamos um trecho de um dos chamados romances urbanos de José de Alencar. A cena se passa num teatro, na cidade, aspecto que se percebe, por exemplo, pela palavra multidão, a qual acena para o ambiente da cidade em oposição ao ambiente rural. De acordo com a passagem acima e os conteúdos do livro- base Literatura Brasileira, o trecho acima é um fragmento do romance urbano: Nota: 10.0 A O Guarani. B Iracema. C Lucíola. Você acertou! O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance urbano de José de Alencar. Os demais são: histórico (O Guarani), indianista (Iracema), regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis. No livro- base, lemos: “Do ponto de vista temático, José de Alencar [...] desenvolve [o romance] em várias frentes. Com O guarani (1857) e As minas de prata (1865- 66), ele praticou o romance histórico, então em voga em virtude do sucesso de Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema (1865); concentrou-se no romance urbano e de costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) e Senhora (1875); e adentrou o país ao ficcionalizar o interior de São Paulo em O tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O sertanejo (1876), e os pampas, com O gaúcho (1870), fazendo do regionalismo, no plano literário, um programa de descoberta do Brasil. Em cada uma dessas frentes, José de Alencar legou, ao menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, p. 101). D Til E Dom Casmurro Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia os fragmentos do poema abaixo: I “No meio das tabas de amenos verdores, Cercadas de troncos – cobertos de flores, Alteiam-se os tetos d’altiva nação; São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, Temíveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extensão.” ........................................................................... IV “Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci;” .................................... Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952. p. 130-131. Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa: Nota: 0.0 A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema. Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” (Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido em qualquer formato. (p. 85) B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas. C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da mesma palavra. D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de três. E é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de música. Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o trecho de texto a seguir: “Não se trata com efeito de ser brasileiro à Chateaubriand, o que é, como vimos há pouco, aceitar uma visão de estrangeiro, inclinado a ver o exótico e, confinando a ele os escritores, negar-lhes acesso aos grandes temas universais [...]. Trata-se de descrever e analisar os vários aspectos de uma sociedade, no tempo e no espaço, exprimindo a sua luta pela autodefinição nacional como povo civilizado, ligado ao ciclo da cultura do Ocidente”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. A formação da literatura Brasileira – momentos decisivos. 10. ed. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 680. O trecho acima foi extraído das páginas finais de Formação da Literatura Brasileira, de Antonio Candido. Nessa altura do livro, o crítico vê os traços de amadurecimento de nossa literatura, o que vai tomando forma a partir do romantismo e do arcadismo. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, para Candido, a consolidação da literatura brasileira se dá com: Nota:10.0 A Machado de Assis Você acertou! Alternativa a porque, para Candido, a partir de Machado de Assis “a literatura brasileira entra em uma nova etapa. É momento em que toma corpo e se complexifica do ponto de vista formal”. Segundo Candido, a literatura passa, no final do século XIX, a se aprofundar e se organizar de modo programático e consciente. Nesse momento “houve uma reflexão sobre a validade dos pressupostos estéticos e ideológicos oitocentistas”. (Livro-base, p. 18). B José de Alencar C Gonçalves Dias D Tomás Antônio Gonzaga E Castro Alves Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a passagem de texto: “A escola romântica em Portugal comumente é dividida em três momentos que representam a evolução e o amadurecimento deste movimento artístico em terras lusitanas. Moisés afirma que, no primeiro momento, pode-se perceber ainda a influência neoclássica, transcorrendo entre os anos de 1825 e 1838. O segundo momento é marcado pelo chamado ultrarromantismo, em que características como o pessimismo, a melancolia e a temática da morte surgem com mais intensidade, vigorando entre os anos de 1838 e 1860. A terceira fase é representada pela transição para o Realismo e vigorou durante a década de 60”. Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o texto, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 2010. p. 251. Considerando a passagem citada e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o romantismo em Portugal, associe, enumerando, as fases do romantismo português às suas respectivas características (autores, obras ou descrições): 1. Primeira fase do Romantismo português 2. Segunda fase do Romantismo português 3. Terceira fase do Romantismo português ( ) João de Deus resgata o lirismo trovadoresco sem submeter-se às obrigações estéticas românticas. ( ) Almeida Garret escreve a obra Viagens na minha terra, que mistura uma série de gêneros: jornalismo, literatura de viagens, crítica social e história de amor. ( ) O escritor Alexandre Herculano, estudioso da História de Portugal, produz uma obra poética contida em relação ao sentimentalismo e seus romances são escritos sob uma moldura histórica, como Eurico, o Presbítero. ( ) O romance as As pupilas do senhor reitor é a representação do amor vivido sem sofrimento, de forma tranquila e equilibrada, privilegiando o modelo de heroína representado pela “mulher anjo”. ( ) Os romances Amor de Perdição e Amor de Salvação tematizam o confronto entre os desejos sentimentais e as exigências sociais. Agora, marque a alternativa que corresponde à sequência correta: Nota: 0.0 A 1 – 3 – 2 – 1 – 3 B 3 – 3 – 1 – 2 – 1 C 2 – 1 – 3 – 1 – 2 D 1 – 2 – 2 – 3 – 1 E 3 – 1 – 1 – 3 – 2 Esta é a sequência correta, pois João de Deus e Júlio Diniz pertencem à terceira geração romântica [3]: “Quase no final da segunda metade do século XIX, surgiram novas correntes ideológicas de origem francesa que se fundiram com os remanescentes do ultrarromantismo. João de Deus [...] e Júlio Dinis [...] são as maiores figuras desse momento” (livro-base, p. 208); já Almeida Garret e Alexandre Herculano pertencem à primeira geração romântica [1]: “Garret, Herculano e Castilho [...] representam o primeiro momento: ‘românticos em espírito, ideal e ação política e literária, mas ainda clássicos em muitos aspectos [...]’ (p. 201, 202); na segunda geração [2], destaca-se Camilo Castelo Branco, autor de Amor de Perdição e Amor de Salvação (p. 207). Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a citação a seguir: “Do outro lado da cerca, pelos espaços entre as flores curvas, eles estavam tacando. Eles foram para o lugar onde estava a bandeira e eu fui seguindo junto à cerca. Luster estava procurado na grama perto da árvore florida. Eles tiraram a bandeira e a tacaram outra vez. Então puseram a bandeira de novo e foram até a mesa, ele tacou e o outro tacou. Então eles andaram e eu fui seguindo junto à cerca. Luster veio da árvore florida e nós seguimos junto à cerca e eles pararam e nós paramos e eu fiquei olhando através da cerca enquanto Luster procurava na grama” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FAULKNER, William. O som e a fúria. Trad. Paulo Henriques Brito. São Paulo: CosacNaify, 2004, p. 5. O fragmento reproduz o início do romance de Faulkner, O som e a fúria. Nesse início de romance, o narrador é alguém que sofre de deficiência mental. No decorrer do livro, aparecerão outros narradores, cujas histórias não correm linearmente nem em espaços comuns. Esses recursos de alguma forma buscavam exprimir a falta de sentido decorrente dos efeitos da Primeira Guerra Mundial, da crise econômica, entre outros eventos que abalaram a vida na Europa e nas Américas nas primeiras décadas do século XX. Considerando essas informações, o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Modernismo, assinale a alternativa correta: Nota: 0.0 A O Modernismo reforçou o uso de um formato literário muito semelhante ao do Romantismo. B O romance de Faulkner, O som e a fúria, utiliza uma cronologia narrativa tradicional, marcada por uma linearidade que busca dar sentido ao caos gerado pelas duas grandes guerras mundiais. C O Modernismo foi marcado pelo sentimento de saudosismo e melancolia em relação ao passado. D As obras modernistas valorizavam a vida no campo (bucolismo) e criticavam a vida nos centros urbanos. E O Modernismo buscou negar os padrões e linguagem considerados tradicionais. Comentário: A afirmativa está correta porque a ruptura com os modelos literários tradicionais estava no centro das aspirações modernistas. Entre essas rupturas, estava o rompimento dos padrões usuais da linguagem literária, como no livro de Faulkner, que dá a palavra a um narrador com problemas mentais: “Os escritores dessa época negavam e evitavam os tipos formais e tradicionais. É um momento de revolução e busca de novos caminhos e novos formatos literários: a grande onda cultural do modernismo, que surgiu na Europa e depois se espalhou para os Estados Unidos nos primeiros anos do século XX e expressava um desejo de ruptura brusca com o passado” (livro-base, p. 254, 255). Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida e do pecado, mas também por sua forma”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às convenções literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses dois conceitos são: Nota: 0.0 A visão laica e visão alegórica. B visão literária e visão transfiguradora. C visão religiosa e visão reformista. D visão religiosa e visão transfiguradora. “O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao serem utilizadas pelos escritores coloniais estabeleceu alguns traços estilísticos e ideológicos que caracterizaram a produção dos primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. Esses traços estão sintetizados nos conceitos denominados visãoreligiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais visões citadas (literária, alegórica, reformista) não são denominações empregadas no livro-base como conceitos que sintetizam esses traços da literatura barroca no Brasil. E visão reformista e visão alegórica. Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia este fragmento de diálogo: "Édipo – Que oráculos? O Servo – Aquele menino deveria matar seu pai, assim diziam... Édipo – E por que motivo resolveste entregá-lo a este velho? O Servo – De pena dele, senhor! Pensei que este homem o levasse para sua terra, para um país distante... Mas ele o salvou da morte para maior desgraça! Porque, se és tu quem ele diz, sabe que tu és o mais infeliz dos homens! Édipo – Oh! Ai de mim! Tudo está claro! Ó luz, que eu te veja pela derradeira vez! Todos sabem: tudo me era interdito: ser filho de quem sou, casar-me com quem me casei e eu matei aquele a quem eu não poderia matar!”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SÓFOCLES. Édipo rei. Domínio Público <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000024.pdf>. Acesso 30 de set. 2017. O fragmento de diálogo apresenta o momento em que Édipo descobre ser filho de Laio, a quem matou, e de Jocasta, com quem se casou. Com esse reconhecimento, inicia-se um processo central da tragédia grega. Considerando o fragmento e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, assinale a única alternativa que menciona como esse processo é chamado: Nota: 0.0 A Canto do bode. B Paideia. C Teogonia. D Catarse. Trata-se da catarse. Ela ocorre no momento decisivo da tragédia, logo após o reconhecimento, ou seja, a passagem da ignorância para o conhecimento. Nesse momento, a personagem percebe seu erro e aceita a punição que decorrerá disso. Essa punição é sentida como um alívio pelo público por não estar no lugar dela: “Quando o público se depara com as ações incorretas do vilão e o vê sendo castigado, ao se identificar com esse personagem, teme ser punido como ele, sente alívio por não estar em seu lugar e passa por um processo de purificação, que o faz querer imitar apenas as ações virtuosas do herói [...]” (livro-base, p. 52). E Cosmogonia. Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia a passagem a seguir: “Com a democratização, em meados da década de 1980, o processo literário encontrou novos rumos. [...] sua condição principal residiria no desenvolvimento de uma economia de mercado que integrou as editoras e profissionalizou a prática do escritor nacional. Um novo critério de qualidade surge, resultando em romances que combinam as qualidades de bestsellers com as narrativas épicas clássicas, retornando aos clássicos mitos de fundação, como em Tocaia Grande, de Jorge Amado, e Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2009, p. 28, 29. Levando em conta essa afirmação e o livro-base História da Literatura Universal, sobre a literatura contemporânea dos anos 1980, assinale a alternativa correta: Nota: 0.0 A No Brasil, a chamada Geração de 80 é marcada por um encantamento em relação aos ideais de engajamento social e político. B A temática predominante nesse período é urbana, com ênfase nos estilos pessoais e na exploração de novas técnicas narrativas. Comentário: A alternativa está correta porque a temática da literatura desse período é predominantemente urbana, enfatizando estilos pessoais e a exploração de novas técnicas narrativas. (livro-base, p. 320, 321) C O período é marcado por uma poesia mais popular, buscando retratar a vida do sertanejo. D Antonio Callado, com a obra Quarup, tematiza a violência e a tortura durante o Regime Militar. E A homogeneidade entre as produções deste período é uma das características mais marcantes da literatura dos anos 1980. Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o poema abaixo: “Este é o rio, a montanha é esta, Estes os troncos, estes os rochedos; São estes inda os mesmos arvoredos; Esta é a mesma rústica floresta. Tudo cheio de horror se manifesta, Rio, montanha, troncos, e penedos; Que de amor nos suavíssimos enredos Foi cena alegre, e urna é já funesta. Oh quão lembrado estou de haver subido Aquele monte, e às vezes, que baixando Deixei do pranto o vale umedecido! Tudo me está a memória retratando; Que da mesma saudade o infame ruído Vem as mortas espécies despertando”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COSTA, C. M. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 32. O poema acima é do árcade Cláudio Manoel da Costa, cujos versos marcam o início da escola arcadista no Brasil. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre a estética árcade e a obra de Cláudio Manuel da Costa, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A na poesia árcade inicial é forte a presença dos problemas citadinos e políticos de Vila Rica. B poema acima evoca a tristeza do eu lírico diante de um cenário que no passado foi lugar de um idílio amoroso. Você acertou! A alternativa b está correta porque reflexão do eu lírico trata do desencontro dos sentimentos que eram atribuídos àquele cenário revisitado. No passado foi palco de um amor que não mais existe. As demais alternativas estão erradas porque a presença da natureza é um traço predominante na poesia inicial árcade, como se vê nas referências a florestas, rios, montanhas etc. Outra característica importante do arcadismo é a presença dos elementos locais, como a descrição da rústica floresta, que caracteriza melhor a paisagem brasileira em comparação com o ambiente bucólico dos poemas das escolas europeias Por fim, não há referência no poema à ideia de felicidade e reencontro amoroso, tampouco a elementos ligados ao pecado e afins (livro-base, p. 62-64). C o eu lírico canta a felicidade do reencontro amoroso e das possibilidades de um amor feliz. D as convenções árcades revelam elementos religiosos e contritos do pecador, como pode se observar na segunda estrofe do poema. E não há elementos locais no poema, característica do estilo arcadista, que adota as convenções europeias integralmente. Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “Os escritores assumem uma atitude semelhante à dos homens da ciência e encontramos em suas obras: preocupação com uma verdade não apenas verossímil, mas exata; [...] preocupação com a observação e a análise da realidade. Trata-se de uma análise em profundidade, a fim de evitar uma visão grosseira e deformada pela visão comum; é necessário assinalar os valores morais e estéticos do real”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de época na literatura. São Paulo, Ática, 2002, p. 240. Em maior ou menor grau, os artistas desse período se aproximam e exercitam as particularidades mencionadas no fragmento de texto, como a preocupação em chegar a uma verdade mais próxima da verdade científica; em expressar de forma mais fiel possível a realidade observada, entre outras. A partir dessa reflexão e das informações contidas no livro-base História da Literatura Universal, relacione os escritores realistas com as particularidades de suas obras. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira: 1. Honoré de Balzac 2. Charles Dickens 3. Emily Brontë ( ) Escreveu o romance O morro dos ventos uivantes, que, no momento de seu lançamento, recebeu muitas críticas, mas acabou se tornando um clássico da literatura ocidental. ( ) Precursor
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