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Programa Nacional de Imunização (PNI) no Brasil

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1 IMSD66, RESUMO, Larissa Alves Fernandes, 2022.1 
 
Professor Laura | Tutoria III 
 
 
 
 
 
 
PNI- PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO: fundado em 
1973, regulado pela Lei Federal nº 6.259, 30 de outubro 
de 1975, e pelo decreto n°78.321, de 12 de agosto de 
1976, que instituiu o Sistema Nacional de 
Vigilância Epidemiológica (SNVE). 
FUNÇÃO: Organizar toda a Política 
Nacional de vacinação da população 
brasileira e tem como missão o controle, 
erradicação e a eliminação de doenças 
imunopreveníveis. 
A gestão das ações é compartilhada 
pela UNIÃO, PELOS ESTADOS, PELO DISTRITO FEDERAL E 
MUNICÍPIOS. 
As ações devem ser pactuadas na Comissão 
Intergestores Tripartite (CIT) e na Comissão 
Intergestores Bipartite (CIB), tendo como base a 
regionalização, a rede de serviços e as tecnologias 
disponíveis. 
RESPONSABILIDADE DAS ESFERAS NACIONAL, ESTADUAL E 
MUNICIPAL: 
1. FEDERAL: 
a) Coordenação do PNI (definição das vacinas 
nos calendários e das campanhas nacionais 
de vacinação), estratégias e as 
normatizações técnicas sobre a utilização; 
b) Provimento dos imunobiológicos; 
c) Gestão do sistema de informação do PNI, 
incluindo a consolidação e a análise dos 
dados nacionais e a retroalimentação das 
informações à esfera estadual. 
2. ESTADUAL: 
a) Coordenação do componente estadual do 
PNI. 
b) Provimento de seringas, agulhas, itens que 
também são considerados 
imunoestratégios; 
c) Gestão do sistema de informação do PNI, 
incluindo a consolidação dos prazos 
estabelecidos e retroalimentação da esfera 
estadual. 
3. MUNICIPAL: 
a) Coordenação da execução das ações de 
vacinação integranes do PNI, incluindo a 
vacinação de rotina, as estratégias 
especiais (campanha de vacinação do 
bloqueio) e a notificação e investigação de 
eventos adversos e óbitos temporalmente 
associados a vacina; 
b) Gerência do estoque municial de vacinas e 
outros insumos, incluindo o armazenamento 
e o transporte, seus locais de uso, de acordo 
com as normas vigentes; 
c) O descarte e a destinação final dos frascos, 
seringas, agulhas, conforme as normas 
técnicas vigentes. 
d) A gestão do sistema de informação do PNI, 
incluindo coleta, processamento e 
consolidação e avaliação da qualidade dos 
dados provenientes das unidades 
notificantes, bem como a transferência dos 
dados em conformidade com os prazos e 
fluxos estabelecidos nos âmbitos nacional, 
estadual e a retroalimentação das 
informações às unidades notificadoras. 
 NA ATENÇÃO BÁSICA: 
A ESF realiza a verificação da caderneta de vacina e a 
situação vacinal e encaminha a população à unidade de 
saúde para iniciar ou completar o esquema vacinal, 
conforme o calendário de vacinação. 
 CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO 
 
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As vacinas adotadas nos serviços de saúde obedecem: 
os tipos de vacina, o número de doses do esquema 
básico e dos reforços, a idade de administração de cada 
dose, o intervalo entre uma dose e outra no caso de 
imunobiológico cuja proteção exija mais de uma dose. 
As vacinas recomendadas para as crianças têm por 
objetivo proteger esse grupo o mais precocemente 
possível, garantindo o esquema básico completo no 
primeiro ano de vida e os reforços e as demais 
vacinações nos anos posteriores. 
O calendário de vacina está regulamentado pela 
portaria n° 1.498, de 19 de julho de 2013, no âmbito do 
Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo 
território brasileiro. 
 SUPRIMENTO DE IMUNOBIOLÓGICOS 
A inserção de um novo imunobiológico no programa e o 
estabelecimento de novos grupos populacionais são 
decisões respaldadas em bases técnicas e científicas, 
tais como: 
a) Evidências epidemiológica; 
b) Eficácia e segurança da vacina; 
c) Garantia de sustentabilidade da estratégia, 
como, por exemplo, pela capacidade de 
produção dos laboratórios públicos nacionais e 
capacidade institucional de armazenamento e 
distribuição. 
Atualmente o PNI disponibiliza mais de 300 milhões de 
doses anuais distribuídas entre 44 imunobiológicos, 
incluindo vacinas, soros e imunoglobulinas. 
• A vacinação tem que ter uma ampla cobertura, 
pois, uma pessoa não vacinada é um perigo 
para as outras, pois ela vai disseminar as 
doenças. 
• Essa imunização vai gerar: 
➔ Proteção através de ANTICORPOS, que 
possuem uma ação específica, que 
combate aquela doença. 
• Dois tipos de imunidade: 
a) Passiva: ela pode ser naturalmente 
adquirida ou adquirida artificialmente; 
b) Ativa: pode ser adquirida naturalmente ou 
artificialmente. A imunidade ativa se 
adquiri através de uma doença ou no caso 
da utilização das vacinas. Os anticorpos são 
os soldados que combatem o antígeno 
(substância estranha), só terá anticorpos 
se tiver algum tipo de imunidade. 
• Naturalmente é aquela imunidade que a mãe 
passa para o filho através dos anticorpos no 
leite, na placenta (na vida intrauterina). 
• Artificialmente é quando recebemos soro, 
imunoglobulinas (com o anticorpo já pronto 
para combater a doença). 
• PNI organizou duas campanhas de vacinação 
no Timor Leste, ajudou nos programas de 
imunizações na Palestina, na Cisjordânia e na 
Faixa de Gasa. Fomos socializados a dar curso 
no Siriname, recebemos técnicos de Angola 
para serem capacitados aqui. 
• As campanhas nacionais de vacinação, voltadas 
em cada ocasião para faixas etárias 
específicas, proporcionaram o crescimento e 
conscientização social a respeito da cultura em 
saúde. 
• O MS em 1980, com a criação do Programa de 
Autossuficiência Nacional em Imunobiológicos 
(Pasnic), acreditou e investiu nos laboratórios 
produtores oficiais. Atualmente o PNI mantém 
uma política de parceria e de incentivo à 
modernização tecnológica do parque produtor 
nacional, visando oferecer produtos que há de 
mais novo, seguro e eficaz no mercado 
internacional. 
• SARAMPO: antes do PNI, em 1970, o registro 
oficial era de 109.125 casos, foram 
evidenciadas epidemias em 1980, 1984, 1986, 
1990. Em 1992 foi iniciado o PLANO DE 
CONTROLE E ELIMINAÇÃO DO SARAMPO. Sendo 
implementada a vigilância epidemiológica por 
todo pais. A Campanha Nacional de Vacinação 
contra o Sarampo foi realizada entre 25 de 
abril a 22 de maio, com a vacinação de mais de 
48 milhões de crianças entre 9 meses e 14 anos, 
ou 96% da população que se pretendia atingir. 
• O objetivo prioritário do PNI ao nascer foi 
promover o controle da poliomielite, do 
sarampo, da tuberculose, do tétano, da 
coqueluche e manter erradicada a varíola. 
• O intuito do PNI está em sua efetiva 
contribuição para reduzir as desigualdades 
regionais e sociais. 
• O PNI se descentralizou do MS e tornou-se um 
projeto independente. Essa característica 
proporcionou uma parceira entre as três 
instancias: federal, estadual e municipal. 
 
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Antigamente o PNI era um projeto centralizado 
e verticalizado, os municípios não tinham 
participação e tudo era feito pelas secretarias 
estaduais e MS. Agora o grande executor é os 
municípios. O fornecimento da vacina deve ser 
nacional para que o custo da vacina não seja 
injusto para localidades menores. 
• Hoje estão incorporadas no programa todas as 
vacinas consideradas de evidente custo-
efetividade, custo-benefício para saúde 
pública. Existe um calendário básico de 
vacinação, que vale para toda a população. 
 Histórico da Imunização 
• Primeiros relatos registrados na China- eles 
assopram no nariz das crianças cascas 
trituradas de feridas de varíola, para que as 
crianças adquirissem uma imunidade. 
• Em 1798- Edward Jenner: Vacina contra 
varíola- seu método consistia em um pequeno 
corte no braço das pessoas e na incubação do 
vírus do Cowpox, vírusque provocava a varíola 
em bovinos, porém não em humanos (ela não 
tinha uma ação muito grande, mas consegue 
gerar uma imunização para o humano). 
• 1804- Marquez de Barbacena- Traz a vacina 
contra a varíola para o Brasil, transportada 
pelo Atlântico pelos seus escravos. 
• 1807- Na Baviera- foi o primeiro país a tornar 
obrigatória a vacinação contra a varíola. 
• 1885- Luis Pasteur: Desenvolvimento da vacina 
contra a raiva. 
• 1909- Instituto Pasteur- desenvolvimento da 
vacina contra tuberculose. 
NO BRASIL ESSAS VACINAS SÓ CHEGARIAM EM 
1925. 
• 1933- Fundação Rockefeller- surgimento da 
Febre amarela. Em 1934 a vacina já era 
utilizada no Brasil. 
• 1942- Vacina múltipla- primeiro registro de 
uma vacina múltipla, com a tríplice bacteriana- 
DPT (difteria, tétano e coqueluche). 
• 1949- Jonas Salk- descobre a vacina inativada 
contra a paralisia infantil (poliomielite). 
 1949- Albert Sabin- descobre a vacina 
atenuada contra a poliomielite. 
• 1971- OMS- declara a varíola erradicada do 
continente americano. 
• 18/09/1973- PROGRAMA NACIONAL DE 
IMUNIZAÇÃO- que gerou um respeito e 
admiração internacional para o BRASIL. 
COMPLETANDO ESTE ANO 49 ANOS DE PNI. 
• 1974- Epidemia de Meningite Meningocócica- 
fez com que os militares importassem 
imunizantes para controlar a doença. 
• 1980- OMS- declara a varíola erradicada do 
mundo. 
• 1980- BRASIL: Adotadas campanhas de 
vacinação (compulsória) contra poliomielite. No 
primeiro ano, redução de 1290 para 125. A 
iniciativa brasileira foi seguida por vários 
países do continente. 
• 1989- Registro do último caso de poliomielite no 
Brasil. 
A REVOLTA DA VACINA: Oswaldo Cruz acabou com a 
epidemia da peste bubônica no Rio de Janeiro. Em 1899, 
depois de estudar microbiologia em Paris no instituto 
Pasteur, ele volta ao Brasil com intuito de erradicar 
doenças que matavam milhares de pessoas. Oswaldo 
começou exterminando a proliferação de roedores dos 
portos do RJ e controlando os surtos de peste bubônica. 
Em 1903 assume o cargo de diretor geral de saúde, com 
o desafio de acabar com outra epidemia, o da FEBRE 
AMARELA (separou os doentes e eliminou os focos dos 
mosquitos). Na varíola o que se tinha na época era a 
vacina, que estava sendo fabricada na França algumas 
décadas, sendo inoculado o vírus da varíola da vaca. 
Assim, surgiram as repercussões negativas contra a 
vacina, na época ninguém queria colocar um vírus da 
doença no corpo, ainda mais sendo de vaca. E para 
conter o número crescente de mortos, o congresso 
aprova uma lei tornando obrigatória a vacinação, as 
brigadas sanitárias começam a entrar nas casas e 
vacinar as pessoas a força, a revolta é geral, o conflito 
toma proporção gigantesca. Pela intensa manifestação 
popular o governo revoga a lei a vacina deixa de ser 
obrigatória, mas quem quisesse trabalhar, estudar ou 
casar precisava se vacinar. Com o tempo o número de 
contaminados despencam e as pessoas passam a 
procurar voluntariamente os postos de saúde. 1907, 
Oswaldo Cruz recebe na Alemanha o prêmio mais 
importante de higiene e saúde pública. 
Referência (youtube): História da Vacina- A revolta da 
Vacina. 
 Os tipos de vacinas 
 
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ATENUADA: vírus vivo (enfraquecido), sem capacidade 
de produzir a doença. Temos: caxumba, febre amarela, 
pólio, rubéola, sarampo, tríplice viral, varicela e varíola. 
Essas vacinas são contraindicadas para 
imunodeprimidos. 
INATIVADA: o vírus inativado por um agente químico ou 
físico. Ex. gripe, hepatite e raiva. Podem ser indicadas 
para imunodeprimidos. 
 
 Contraindicações 
• As vacinas de vírus atenuados ou bactérias 
atenuadas, não devem ser administrados: Em 
pessoas com imunodeficiência adquirida (HIV) 
ou congênita, em paciente com neoplasias 
malignas, durante a gravidez (salvo o risco de 
exposições- febre amarela), em indivíduos em 
tratamento com corticosteroide em altas 
dosagens, terapias imunossupressoras, 
quimioterapia, radioterapia etc. 
• A vacinação deve ser adiada após as pessoas: 
tomarem altas doses de corticoides, transfusões 
sanguíneas ou de hemoderivados (pois os 
anticorpos neutralizam o efeito vacinal). 
• Deve se aguardar de 6 a 8 semanas, e em casos 
de doença aguda febril grave (para não se 
atribuir as condições vulneráveis à saúde pela 
vacina e o risco de eventos adversos pós-
vacinação). 
• Considerando a ausência de estudos sobre 
coadministração de vacinas, neste momento 
não se recomenda a administração simultânea 
das vacinas de COVID-19 com outras vacinas. 
Preconiza-se um INTERVALO MÍNIMO de 14 dias 
entre as vacinas COVID-19 e as diferentes 
vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. 
 Vacinas 
Termo vem de Vaccinia (agente infeccioso da varíola 
bovina), que quando inoculada nos seres humanos 
proporcionava imunidade à Variola. 
Produto farmacêutico que contém agentes imunizantes 
capazes de induzir uma imunização ATIVA. A vacinação 
pode ser: 
• Combinada: toma dois ou mais agentes 
imunizantes, na mesma preparação. 
• Simultânea: várias vacinas são administradas 
em diferentes locais ou por diferentes vias. 
 Eventos adversos pós-vacina 
• Qualquer ocorrência que ocorra após a 
vacinação. Pode estar relacionado com os 
componentes da vacina ou a técnica na 
administração. Esses eventos podem ser leves, 
moderados ou grave. 
 Rede de frio 
• É um setor do MS que capacita os profissionais 
para saber armazenar, conservar, distribuir, 
transportar e manipular os produtos em 
condições adequadas de temperatura, sendo 
orientada desde a produção até a aplicação da 
vacina. 
• O armazenamento: pode ser em uma geladeira 
do tipo doméstico, com capacidade de 280 
litros, tem que ter um congelador. Não é 
recomendado refrigerador duplex. Essa 
geladeira só pode ser utilizada para vacina. A 
lâmpada interna do refrigerador deve ser 
retirada. Manter distante do sol e de possíveis 
fontes de calor. Não armazenar nada na porta. 
Fazer degelo a cada 15 dias ou quando 
necessário. Não colocar qualquer elemento que 
dificulte a circulação de ar. Fazer a leitura da 
temperatura, no início e no final da jornada 
(termômetro na geladeira). Em vacinas 
multidoses, abrir e colocar a etiqueta com data 
e hora. 
• Organização da geladeira: No congelador: 
colocar gelo reciclável ou saco plástico com 
gelo, na posição vertical (ocupar todo espaço). 
Na primeira prateleira, colocar as vacinas virais 
(contra poliomielite, sarampo, tríplice viral, 
dupla viral, febre amarela). Na segunda 
prateleira colocar as vacinas bacterianas e 
toxóides, o termómetro deve ser colocado nessa 
prateleira. Na terceira prateleira podem-se 
colocar os diluentes e caixas com as vacinas 
(cuidado para permitir a circulação de ar). Na 
prateleira inferior, as gavetas plásticas devem 
 
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ser retiradas e preenchidas com garrafa de 
água colorida (para estabilizar a temperatura). 
Devemos manter as prateleiras organizadas de 
acordo com o prazo de validade, sendo os mais 
próximos de vencimento na frente. Evitar abrir 
o refrigerador desnecessariamente. 
 
 
• A temperatura, tanto da geladeira quanto da 
caixa de transporte tem que estar a 2 e 8°C. 
• Em casos de falha de energia ou falhas- os 
imunobiológicos podem ser acondicionados em 
caixas térmicas por 24 horas. Em caso de corte 
de energia, as vacinas podem permanecer 
dentro da geladeira fechada por no máximo 8h, 
depois, acondicionar em caixas térmicas. 
 Saldo final da vacinação 
Em 200 anos de vacinação, conseguimos, erradicar a 
febre amarela (1942),erradicar a varíola (1972), 
erradicar a poliomielite (1981), controle do sarampo, 
controle do tétano neonatal, controle de formas graves 
de tuberculose em crianças, rubéola congênita, 
diminuição significativa de meningites e influenza. 
 Desafios atuais 
• Aumentar a cobertura vacinal em crianças; 
• Aumentar a confiabilidade abalada pelas 
ocorrências de eventos adversos pós-
vacinação; 
• Homogeneidade de cobertura das vacinas de 
rotina; 
• Expansão da vacinação em adolescentes e 
adultos; 
• Ampliação da vacinação contra hepatite B para 
pessoas de até 50 anos. 
• Implantação da vacina HPV, hepatite A, tríplice 
bacteriana acelular no adulto. 
• Substituição da vacina pentavalente pela 
hexavalente (inativada de poliomielite); 
• Implantação do SI-PNI em 2014 para todos os 
postos de vacinação; 
• Evitar o recrudescimento de doenças já 
controladas. 
 Importância da imunização 
• O avanço nas coberturas vacinais produz 
impacto sobre as doenças imunopreveníveis, 
uma realidade que promovem mudanças no 
perfil epidemiológico. 
• É uma sequência cronológica de vacinas que 
são administradas em um país ou área 
geográfica cujo objetivo é obter a imunização 
adequada da população em relação as doenças 
imunopreveníveis. 
• Os calendários diferem entre a população já 
que a incidência e faixa etária de maior 
acometimento de uma doença também podem 
variar. 
• Os esquemas de vacinação preconizados nos 
calendários são determinados conforme as 
pesquisas realizadas durante as fases de 
desenvolvimento das vacinas, sendo adotados 
esquemas para os quais existem melhores 
evidências de eficácia. 
Referências: DE ALMEIDA, Maristela Raquel et al. 
Imunização na infância: uma revisão da literatura. 
Revista Thêma et Scientia, v. 5, n. 1, p. 112-124, 2015. 
 VACINA BCG 
• Recebe ao nascer; 
• DOSE ÚNICA; 
• É a única vacina que é dada intradérmica 
(responsável pela marca no ombro). 
• Não é indicada para crianças que nasceram 
com o peso inferior a 2kg (aguardar até atingir 
esse peso). 
 
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• Crianças que não foram administradas a 
vacina, administrar com até 4 anos, 11 meses e 
29 dias. 
 VACINA HEPATITE B 
• Recebe ao nascer; 
• DOSE ÚNICA; 
• Via intramuscular (aplicada no vasto lateral da 
coxa); 
• Administrada com volume de 0,5 mL; 
• A criança não vacinada ao nascer, administrar 
uma dose da vacina hepatite B até um mês 9até 
30 dias) de idade; 
 VACINA PENTAVALENTE 
• 3 DOSES (2 meses, 4 meses, 6 meses); 
• Vacina que tem nela DT`P que previne contra 
difteria, tétano e coqueluche. Ela tem nela a 
hepatite B, hemofílicos influenzas. É penta 
valente, previne contra essas 3 primeiras 
doenças, hepatite B e hemofílicos influenzas. 
• Crianças de dois meses até seis anos, 11 meses 
e 29 dias, tem que iniciar, completar e concluir 
o esquema básico. MENORES DE 7 ANOS 
PRECISAM COMPLETAR AS TRÊS DOSES DA 
PENTAVALENTE. 
 VACINA VIP 
• VACINA INATIVADA DA POLIOMIELITE (paralisia 
infantil); 
• Vacina intramuscular; 
• Aplicada no volume de 0,5 mL; 
• Vacina inativada; 
• Três doses (2 meses, 4 meses, 6 meses); 
• A criança a partir de dois meses a menor de 5 
anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 
dias), deve iniciar, complementar e finalizar a 
vacinação. Crianças maiores de 5 anos já não 
tomam a vacina. 
 VACINA VOP 
• VACINA ORAL DA POLIOMIELITE (é o reforço da 
VIP); 
• Duas doses (11 meses e a segunda com 4 anos); 
• É a VOP a responsável pela campanha do zé- 
gotinha; 
• Crianças a partir dos 15 meses a menor de cinco 
anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias) deve 
iniciar, complementar e finalizar o esquema de 
vacinação. Crianças maiores de 5 anos já não 
tomam a vacina. 
 VACINA ROTAVÍRUS 
• É uma vacina por via oral; 
• Esquema de 2 doses (2 meses e 4 meses); 
IMPORTANTE: A CRIANÇA AOS 2 E 4 MESES DE IDADE 
TOMAM: penta, vip, rota e pneumo 10. 
• Crianças com idade de um mês e 15 dias a três 
meses e 15 dias poderá receber a 1ª dose. 
Crianças com idade de três meses e 15 dias até 
sete meses e 29 dias poderá receber a 2ª dose 
desta vacina (É IMPORTANTE ESTE INTERVALO). 
 VACINA PNEUMOCÓCICO 10-VALENTE 
• 2 DOSES (junto com a penta, vip e a rota); 
• 1 REFORÇO (aos 12 meses); 
• Vacina intramuscular (vasto lateral da coxa) no 
volume de 0,5mL. 
• Essa vacina pode ser administra em crianças a 
partir de dois meses até os quatro anos de 
idade. 
• EM CASOS DE ATRASO: em crianças que 
iniciaram o esquema primário após 4 meses de 
idade, devem completá-lo até 12 meses, com 
intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. 
Administrar reforço com intervalo mínimo de 60 
dias após a última dose (o reforço deve ser 
administrado entre 12 meses e 4 anos, 11 meses 
e 29 dias). 
• Crianças entre 1 e 4 anos de idade com 
esquema de doses, mas sem a dose de reforço, 
administra a dose de reforço. E crianças sem 
comprovação vacinal, entre 12 meses e 4 anos 
de idade, é administrado DOSE ÚNICA. 
 VACINA MENINGOCÓCICA C 
• Vacina intramuscular com volume de 0,5mL; 
• 2 DOSES (3 MESES E 5 MESES); 
• 1 REFORÇO (JUNTO COM A PNEUMO- AOS 12 
MESES); 
• A vacina pode ser administrada em crianças a 
partir dos três meses de idade até os 4 anos (11 
meses e 29 dias); 
• A criança que iniciou o esquema após cinco 
meses de idade deve completá-lo até 12 meses, 
 
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com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses, 
administrar o reforço com intervalo mínimo de 
60 dias após a última dose; 
• Crianças entre um a quatro anos de idade com 
esquema básico de duas doses, mas sem a dose 
de reforço, administrar o reforço. 
• Crianças entre um e quatro anos de idade, sem 
comprovação vacinal, administrar uma dose 
única. 
 VACINA FEBRE AMARELA 
• Inclusa no calendário vacinal recentemente; 
• 1 DOSE (9 meses) 
• 1 REFORÇO (4 anos) 
• Vacina subcutânea, no volume de 0,5mL. 
• Ela está contraindicada para crianças menores 
de 6 meses. (nem crianças e nem em gestantes, 
no último, avaliar o risco benefício). 
• Crianças entre 9 meses e 4 anos de idade. 
Administrar 1 dose e dose de reforço aos 4 anos 
de idade; 
• Crianças entre cinco e seis anos de idade, não 
vacinada ou sem comprovante de vacinação, 
administrar dose única. 
• Crianças entre 5 e 6 anos de idade que 
receberam uma dose da vacina antes de 
completarem 5 anos de idade, administrar uma 
dose de reforço. 
RESPEITAR O INTERVALO MÍNIMO DE 30 DIAS, 
ENTRE A DOSE E O REFORÇO. 
 VACINA TRIPLICE VIRAL 
• TRÍPLICE (SARAMPO, CACHUMBA E RUBÉOLA); 
• Subcutânea, 0,5ml. 
• 2 doses (1º tríplice e 2ª tetra) 
• Primeira dose aos 12 meses; 
IMPORTANTE: Aos doze meses a criança vai tomar a 
primeira dose da tríplice, o reforço da pneumo e o 
reforço da meningo. 
• Crianças de 12 meses até seis anos, 11 meses e 
29 dias, deverá receber a 1ª dose do tríplice 
viral e agendar a 2ª dose da vacina tetra viral. 
INTERVALO MÍNIMO DE 30 DIAS ENTRE AS 
DOSES. 
 VACINA TRETRAVIRAL 
• Sarampo, cachumba, rubéola e VARICELA; 
• Subcutânea, 5mL; 
• 1 dose de varicela e 2ª dose da tríplice (aos 15 
meses de idade). 
• A vacina tetra viral está disponível na rotina de 
vacinação para crianças com idade entre 15 
meses e 4 anos. 
• Crianças a partir de cinco anos de idade não 
vacinada ou sem comprovante de vacinação 
deveráreceber a 1ª dose da tríplice viral e 
agendar a 2ª dose tetraviral. 
INTERVALO MÍNIMO DE 30 DIAS ENTRE AS 
DOSES. 
 VACINA DTP 
• TRIPLICE BACTERIANA (DIFTERIA, TETANO E 
COQUELUXE). 
• REFORÇO DA PENTA- (2 REFORÇOS); 
• 1 REFORÇO (15 meses) E 2 REFORÇO (4 meses); 
• A criança vai receber até os 4 anos de idade. 
Administra o primeiro reforço com intervalo 
mínimo de 6 meses após a 3ª dose do esquema 
básico. 
INTERVALO MÍNIMO DE 6 MESES ENTRE OS 
REFORÇOS. 
• Crianças de 15 meses até 6 anos sem nenhum 
reforço, administrar o 1 reforço e agendar o 
segundo reforço. 
ATENTAR PARA O INTERVALO DE 6 MESES ENTRE 
AS DOSES. 
• Crianças com 6 anos, sem nenhuma dose de 
reforço, administrar o 1 reforço. 
• Na impossibilidade de manter o intervalo de 6 
meses entre as doses de reforço, agenda a DT 
para 10 anos após esse primeiro reforço. 
 VACINA HEPATITE A 
• VACINA INTRAMUSCULAR, 0,5mL; 
• DOSE ÚNICA (15 meses); 
• Crianças a partir de 15 meses até quatro anos 
deverá receber uma dose; 
 VACINA VARICELA 
• UMA DOSE DE VARICELA AOS 4 ANOS; 
• Crianças de 4 anos até 6 anos, deverá receber 
uma dose de varicela. Corresponde à segunda 
dose da vacina varicela, considerando a dose 
de tetra viral ou tríplice viral mais varicela aos 
15 meses. 
 
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Referências: 
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Vacina%C3%A7%C3%
A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C
3%A7%C3%A3o%20-%202022.pdf 
1. VIA ORAL 
É utilizada para administração de substâncias que são 
absorvidas no trato 
gastrointestinal com 
mais facilidade e são 
apresentadas, 
geralmente, em forma 
líquida ou como drágeas, 
cápsulas e comprimidos. O volume e a dose são 
introduzidos pela boca. 
Ex. Vacina da poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) e vacina 
do rotavírus humano (atenuada). 
2. VACINA PARENTERAL 
A maior parte dos imunobiológicos ofertados pelo PNI é 
administrada por via parenteral. Vão se diferir com 
relação ao tipo de tecido em que o imunobiológico será 
administrado. Sendo elas: intradérmica, subcutânea, 
intramuscular e endovenosa. 
A) Via intradérmica: a vacina é introduzida na 
derme. Esta via proporciona uma LENTA 
ABSORÇÃO das vacinas administradas. O volume 
máximo a ser administrado é de 0,5mL. 
Ex. Vacina BCG – administrada na inserção 
inferior do músculo deltoide direito. 
 
 
B) Via subcutânea: a vacina é introduzida na 
camada subcutânea da pele. O volume máximo 
a ser administrado é de 1,5mL. Local mais 
comum é no deltoide no terço proximal. 
Ex. Vacina do sarampo, 
caxumba, rubéola e 
vacina da febre 
amarela. 
 
 
C) Via intramuscular: o imunobiológico é 
introduzido no tecido muscular, sendo 
apropriado a administração o volume máximo 
de 0,5mL. As regiões anatômicas selecionadas 
para a injeção devem estar distantes dos 
grandes nervos e de grandes vasos sanguíneos. 
Sendo que o músculo vasto lateral da coxa e o 
deltoide são mais utilizados. 
 
Ex. vacina adsorvida de difteria, tétano, 
hepatite B, pneumocócica 10 valente, 
poliomielite. 
 
D) Via endovenosa: O imunobiológico é introduzido 
diretamente na corrente sanguínea. É uma via 
que permite a administração de grandes 
volumes de líquido e, também, de solução que, 
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%20-%202022.pdf
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%20-%202022.pdf
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%20-%202022.pdf
 
9 IMSD66, RESUMO, Larissa Alves Fernandes, 2022.1 
 
por serem irritantes ou por sofrerem ação dos 
sucos digestivos, são contraindicadas pelas 
demais vias parenterais e pela via oral. 
Ex. são administrados imunobiológicos como os 
soros antidiftéricos, antibotulínico e os soros 
antiveneno. 
 
O local mais utilizado são as veias periféricas 
superficiais, seguindo os seguintes aspectos: 
acessibilidade, mobilidade reduzida, localização 
sobre base mais 
ou menos dura e 
ausência de 
nervos 
importantes. 
 
 
 
Referências: 
1. VACINAS (Vivas, mortas e subunidades de 
vacinas).https://www.fcav.unesp.br/Home/depar
tamentos/patologia/HELIOJOSEMONTASSIER/ed
-12-vacinas-e-imunoterapia.pdf 
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Vigilância em Saúde. Departamento de 
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual 
de Normas e Procedimentos para Vacinação / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância 
em Saúde, Departamento de Vigilância das 
Doenças Transmissíveis. – Brasília : Ministério 
da Saúde, 2014. 176 p. : il. ISBN 978-85

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