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Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Exame de fundo de olho; fundoscopia; Realização: sala escura ou na penumbra e tendo o paciente as pupilas dilatadas (uso de colírios midriáticos); Colírios midriáticos: tropicamida 0,5% (Mydriacyl 0,5) e a fenilefrina 10% (Fenilefrina); o Tropicamida 1,0% (Mydryacil 1,0 ou Tropinom), ciclopentolato (Cicloplégico ou Ciclolato) e atropina (Atropina) ➜ midríase; provocam cicloplegia (paralisação do músculo ciliar) ➜ “cicloplégicos”; Médico generalista; Consiste em uma fonte luminosa e um espelho contendo um orifício central ➜ luz é projetada através do espelho para o fundo do olho do paciente ➜ refletida ➜ atinge o olho do observador pelo orifício central; Contém um jogo de lentes esféricas para compensar os defeitos refratométricos; Paciente fixa um ponto em frente ➜ examinar o olho direito, segurando o oftalmoscópio com a mão direita ➜ visualizar o olho do paciente com o seu olho direito e vice-versa para o olho esquerdo; Conforme se aproxima do olho a ser observado (cerca de 15 cm) inicia-se a visualização das estruturas do fundo (FO); Dá uma área de, aproximadamente, 2 diâmetros papilares (aumento de 15 vezes), com imagem real e direta; permite examinar a retina dentro dos limites do polo posterior; Vantagens: fácil execução; custo baixo; imagem direta; Desvantagens: área limitada (polo posterior); grande aumento (15x); Médico oftalmologista; Oftalmoscópio binocular indireto ➜ fonte luminosa em uma lente convexa; Dá uma área de, aproximadamente, 8 diâmetros papilares (aumento de 4x) com imagem real e invertida; Permite examinar a retina até sua periferia; Vantagens: área ampla (toda a retina); pequeno aumento (4x); Desvantagens: difícil execução; alto custo; imagem invertida; Sequência: coloração do fundo, disco óptico ou papila (onde se avalia a cor, forma, tamanho, contornos, escavação Direta Indireta 15x 45x Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo central e emergência dos vasos), vasos sanguíneos e mácula; Toda lesão de fundo de olho hiperpigmenta quando cicatriza; FO aparece de cor vermelha ➜ depende do teor dos pigmentos (epitélio pigmentar da retina e dos cromatóforos da coróide), do teor de sangue dos vasos calibrosos e ricamente anastomosados da coróide e do tipo e da intensidade da fonte empregada; FO de indivíduos intensamente pigmentados é de coloração castanho-escuro uniforme; tonalidade mais pronunciada na área central; FO do lactente é mais claro que o do adulto ➜ menos pigmentos; o Vasos da coroide são visíveis; o Papilas possuem poucos capilares ➜ aparecem de cor acizentada ou cercados por uma orla cinza; Papila: cor normal varia entre discretamente rosada a algo amarelada; o Metade temporal: mais clara que a nasal ➜ contém menor número de fibras nervosas; as fibras apresentam um percurso mais retilíneo que no lado nasal; o Centro da papila: depressão de cor branca ➜ escavação fisiológica (mais clara que o centro da papila); varia de um indivíduo para outro em forma, tamanho (geralmente menor que 50% do diâmetro da papila) e dimensões, mas nunca atinge as bordas papilares ao contrário do que ocorre na escavação patológica total (glaucoma); o Simétrica em relação ao olho contralateral; o Contornos: são nítidos em toda sua circunferência; Contornos do lado nasal podem parecer imprecisos ➜ maior intensidade de fibras nervosas junto às margens; o Artéria e a veia central da retina ➜ no centro da papila; Ramificam-se em 2 ramos ➜ superior e inferior ➜ ramificam-se em nasal e temporal; Não formam anastomoses até cobrirem toda retina; Vasos sanguíneos: distribuem-se por toda a retina; ampla variação da normalidade; o Uma artéria apresenta uma veia que segue o mesmo trajeto; o Artérias: menos calibrosas; coloração mais brilhante (oxigenação do sangue arterial) que produz um reflexo à luz na superfície dos vasos; o Geralmente não há anastomoses; observa-se a artéria cruzando sobre a veia ou o contrário; Mácula: temporal e inferiormente à papila; aspecto mais escuro e avascular; pode apresentar reflexo central nos indivíduos jovens; o Região central da mácula ➜ fóvea centralis; FO – Albino ou RN FO – Raça Negra FO – Asiático Linhas esbranquiçadas (seta amarela) são vasos do coroide dilatados. Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Fibras de mielina: mielinização do nervo óptico começa no quiasma óptico e alcança a lâmina crivosa no nascimento; o Quando o processo não para e continua pela superfície retiniana ➜ fibras de mielina aparecem como uma área branca que se continua com o disco óptico; o Ao redor da papila ou seguindo o caminho das fibras; Exsudatos: resultantes da inflamação da retina e coroide; degeneração do tecido neural; o Algodonosos: degeneração dos axônios das células ganglionares na camada de fibra nervosa; superficialmente na retina; manchas esbranquiçadas tipo “flocos de algodão”, com margens mal definidas; típicos de lesões agudas; duração temporária. o Duros: degeneração dos elementos neurais da retina; correspondem à parte sólida (lipoproteica) do edema retiniano que se deposita na camada plexiforme externa; lesões esbranquiçadas ou meio amareladas, de contornos bem nítidos, variando de tamanho; situam-se profundamente na retina; perenes, lesões tipicamente crônicas; Circinados: na região circundante à fóvea central ➜ formam padrão oval (circinado); Estrela macular: seguem o trajeto das fibras de Henle ao redor da fóvea; configuração anatômica de linhas radiadas quebradas; Alteração do reflexo dorsal: em certos processos patológicos (HAS), a artéria apresenta parede espessada e o brilho do reflexo luminoso aumentado ➜ “artéria em fio-de-cobre”; o Quando o espessamento aumenta muito de modo que não se observa o sangue dentro da artéria ➜ “artéria em fio-de-prata”; Papila ou Disco Óptico Veia (seta azul); Artéria (seta vermelha); Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Alteração do calibre: em certo processos patológicos, há estreitamento das artérias e ingurgitamento das veias; pode ser observada tortuosidade dos vasos pelo ⇧ da resistência ao fluxo sanguíneo; Cruzamentos patológicos: o Artéria cruza sobre a veia (fisiológico) ➜ não possuem nenhuma depressão ou elevação; o Situações não-fisiológicas ➜ cruzamentos patológicos: Depressão de veia que está sobre o tecido neural frouxo quando cruzada por uma artéria ➜ sinal de Salus – esmagamento verdadeiro; Quando a artéria com espessamento de parede faz com que haja estreitamento da veia ➜ sinal de Gunn – pseudoesmagamento; Sinal de Salus Sinal de Gunn Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Hemorragia pré-retiniana ou subhialóide ou epirretinana: entre a retina e o vítreo; tem a mesma cor do sangue; tende a formar um menisco com um nível horizontal quando o paciente se encontra em posição ereta; pode ter sedimentação do sangue na porção inferior; hemorragia encobre os vasos retinianos; Hemorragia intra-retiniana: no meio da retina; cor vermelho-pardo; limites imprecisos; encobre em parte os vasos da retina; Hemorragia subretianiana: atrás da retina; cor cinza escuro, roxa ou negra; em forma de disco; vasos retinianos passam por cima de hemorragia sem participarem do processo; Anormalidade retiniana comum; Aparecem como pequenas manchas vermelhas; Minúscula dilatação dos vasos retinianos ➜ esclerosados e ocluídos; Primeira alteração no FO de diabético ➜ fragilidade vascular (perda dos pericitos e espessamento da membrana basal); Alterações infecciosas: sífilis, tuberculose,toxoplasmose, AIDS; Alterações reumatológicas; Alterações neurológicas: hipertensão intracraniana, doenças desmielinizantes; Alterações cardiovasculares: hipertensão arterial, endocardite bacteriana, hemoglobinopatias; Alterações endocrinológicas e metabólicas: diabetes mellitus, hiperlipoproteinemias; Erros inatos do metabolismo: esfingolipidoses, mucopolissacaridoses. Forma congênita: retinopatia “em sal e pimenta” e alterações do nervo óptico; Sífilis adquirida: fundoscopia semelhante à da toxoplasmose ➜ vasculite e coriorretinite; ou proliferação do epitélio pigmentar com aspecto de retinose pigmentar secundária; Sinal de Guist: observar tortuosidades; Seta Azul – sinal de Gunn. Observar formação de “nível” de sangue. Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Fundoscopia mostra coriorretinite com exsudatos, hemorragias e dilatação venosa; Presença de tubérculos (elevações branco- amareladas com 1/6 a 1/2 do diâmetro papilar) na coroide é patognomônico de disseminação miliar; Causa mais comum de coriorretinite; Apresenta lesões satélite; Quando congênita: há predisposição para a região macular; Hemorragias e exsudatos por todo o polo superior; Associação de um quadro de vasculite ➜ Citomegalovírus; Associação com toxoplasmose; Por si só, geralmente não tem alterações ao FO; Drogas utilizadas no tratamento (cloroquina) podem causar lesão hipopigmentar macular; pode ser reversível; Maculopaia em aspecto de “olho de boi”; Parte branca das lesões é a esclera Contorno preto (seta azul) é a migração de pigmento - lesão cicatrizada Lesão ativa (branca) – seta vermelha Notar que a fotoscopia não é nítida, pois o VÍTREO FICA TURVO Lesões ativas (brancas) Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Hipertensão intracraniana: edema de papila (papiledema) com bordas papilares imprecisas; edema das fibras nervosas adjacentes; hemorragias e exsudatos ao redor; Doenças desmielinizantes: atrofia do nervo óptico (estágio final); aspecto da papila é semelhante ao do glaucoma em estágio avançado (nas doenças desmielinizantes, primeiramente ocorre a palidez papilar e depois a escavação e no glaucoma ocorre a escavação e então surge a palidez papilar); Hipertensão arterial: inicia-se com alterações do calibre dos vasos retinianos e do reflexo dorsal arteriolar; o Deposição de placas lipídicas nas paredes dos vasos (aterosclerose); o Artérias em “fio de cobre” e “fio de prata”; o Cruzamentos patológicos; o Progressão do quadro ➜ microaneurismas, exsudatos e hemorragias (intrarretinianas) ➜ aspecto de “chama de vela” pela disposição entre as fibras de Henle; podem ser puntiformes; o Quadros mais graves ➜ edema de retina; papila dilatada e saliente (edemaciada0, com os contornos mal definidos; Seta azul: hemorragias/microhemoragias; Notar mácula preservada (seta vermelha) Endocardite bacteriana: presença de exsudatos algodonosos; hemorragias superficiais e profundas; êmbolos capazes obstruir a artéria central da retina e seus ramos; o Manchas de Roth ➜ hemorragias superficiais que apresentam uma mancha branca central; endocardite bacteriana subaguda (não patognomônicas - podem aparecer na leucemia aguda, mieloma múltiplo e outras doenças); Hemoglobinopatias: tortuosidades venosas; hemorragias pré, intra ou subretinianas, planas ou elevadas que são inicialmente vermelhas, mas tornam-se róseas, alaranjadas e depois branco- amareladas (pela degradação da hemoglobina); o Raramente ocorrem no polo posterior; Papiledema Papiledema Escavação do nervo óptico (seta azul) Manchas de Roth Neovasos em leque (seta azul) Injeção de fluoresceína – neovasos rompidos – manchas brancas (seta vermelha) Não há alterações no centro, apenas na periferia; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo o Resultantes de um processo obstrutivo das arteríolas periféricas; o Schisis ➜ aberturas/fendas/cavidades entre a membrana limitante interna e a retina sensorial; pela absorção das hemorragias, oclusões arteriolares com formação de neovasos (em forma de leque) e sangramentos (hemorragias vítreas) com posterior descolamento da retina; Diabetes mellitus: microaneurismas; microhemorragias (geralmente puntiformes); exsudatos algodonosos e duros; alterações venosas (engurgitamento venoso, zonas de constrição e dilatação num mesmo vaso - ensalsichamento ou “beading”); edema de retina; o Formação de neovasos (hipóxia retiniana) ➜ sangramento ➜ hemorragias epirretinianas ou vítreas ➜ formação de trações vítreas com posterior descolamento de retina; o Retinopatia não-proliferativa: ausência de neovascularização; o Retinopatia proliferativa: presença de vascularização; Hiperlipoproteinemias: vasos retinianos de coloração salmão ou cremosa (alta concentração de triglicerídeos no sangue); infiltrações lipídicas de aspecto branco-amarelado na região peri-vascular; o Casos graves ➜ todo o fundo de olho torna-se pálido ➜ lactescência do sangue nos vasos coroideos; Esfingolipidoses: apresenta alteração macular ➜ mácula em cereja; o doença de Tay-Sachs, Niemann Pick, Sandhoff, Landing, Farber. Mucupolissacaridoses: Degeneração pigmentar retiniana associada à opacidade corneana; o Síndrome de Herler; Síndrome de Scheie; Exsudato algodonoso A B C D Evolução da retinopatia diabética - A) Retinopatia inicial – microexsudatos, microhemorragias; B) Quadro florido, mas o paciente pode não ter manifestado alterações visuais; C)Retinopatia avançada – neovasos partindo da papila; D) Retinopatia extensa – fibrose; quadro de baixa de visão. Mácula em cereja Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Exsudato algodonoso Estrela macular
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