Buscar

Doenças infecciosas em Cães

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Doenças infecciosas em Cães 
1-PARVOVIROSE CANINA:
• Agente etiológico Parvovirus canino, possui 
variantes antigênicos: CPV2- CPV-2a, CPV-2b, 
CPV-2c, vírus DNA não envelopado 
Hospedeiros atuais: cães domésticos e silvestres 
Cães infectados no útero ou no período perinatal 
podem sofrer infecção generalizada 
Filhotes infectados ao nascimento desenvolviam 
miocardite
• Características virais 
Vírus altamente resistente no ambiente, resiste a 
condições extremas de pH, temperatura e 
desinfetantes comerciais 
Pode sobreviver durante 5 meses até anos no 
ambiente 
Variante de hospedeiro resultado de mutação 
genética, alta virulência e rápida propagação na 
população não resistente
•Transmissão orofecal, raro inalação (nasal) 
Período de incubação: 4- 6 dias, 10- 14 dias alto 
título viral nas fezes 
Elevada morbidade, mortalidade de 4- 90% e 
 3-10 dias eliminação viral 
• fisiopatogenia 
Replicação viral nas células de rápida multiplicação 
(predileção por tecido linfoide (tonsilas, timo, 
baço, linfonodos mesentéricos, precursores na 
medula óssea) e epitélio do ID, células da cripta 
Vírus replica tecido linfóide regional (multiplicação
Primária ), viremia, infecção das células das criptas 
intestinais (multiplicação secundária)- não ocorre 
reposição dos microvilos- perda barreira intestinal 
pela destruição do epitélio intestinal, 
translocação bacteriana (bastonetes gram -) 
Destruição- necrose das criptas e tecido linfoide 
destruição das vilosidades ID
• Manifestação clínica: Gastroenterite 
Anorexia, letargia, dor abdominal, sialorreia, 
lambedura labial, deglutição frequente (podem ser 
as alterações iniciais) 
Vômito e diarreia agudos, estrias de sangue ou 
hemorrágica (odor fétido), hemorragia TGI (rápida 
desidratação) que permanece fluida até a 
recuperação (4 dias) ou morte 
Comorbidades: nutrição inadequada, 
endoparasitas ou outras infecções virais 
(Coronavirus, Cinomose) –pior prognóstico
 Miocardite aguda - infecção in útero ou até 6 
semanas (< 16 semanas) de vida- insuficiência 
cardíaca aguda (achado de necropsia), óbito em 
neonato
•Exame físico: febre variável, desidratação severa 
Casos graves- choque endotóxico 
Prognóstico desfavorável: Síndrome da Resposta 
Inflamatória Sistêmica SIRS)– morte súbita
•Diagnóstico laboratorial :
Testes rápidos imunoenzimáticos ou 
imunocromatográfico rápidos (SNAP) – antígeno 
fecal colhida do reto, 3-10- 14 dias 
Utilizar sempre kit padronizado (BULA)! 
PCR Sangue ou fezes (vacina falso positivo) 
Indiretos: sorologia? anticorpos vacinais ou exposição 
prévia 
Hemograma anemia; pancitopenia, filhotes 6 
sem- 6 m 
Bioquímica: hipoproteinemia, hipoglicemia,, 
hipocalemia, aumento das enzimas hepáticas, 
azotemia pré-renal, ...
Diagnóstico Testes rápidos enzimáticos ou
imunocromatográficos rápidos – antígeno 3-10 
dias alere, Idexx
•Achados Patológicos: Intussuscepção intestinal, lesão
intestinal hiperemia etc...
•Tratamentos: Fluidoterapia. Cristóides isotônicos
via intravenosa: 
Ringer lactato, Ringer 
TAXA DE REHIDRATAÇÃO: reposição em 8- 
24/48 horas! - estimativa- monitoração contínua! 
TAXA DE MANUTENÇÃO: 3-5 mL/kg/h 
(anteriormente 10mL/kg/h) 
Animal anorético, hidratado, DU normal 
~70 mL/kg 24 horas 
+ vomito ou diarreia repor 0,5-1 mL/kg
•seleção de antibióticos de amplo espectro
Cefovecina sódica Convenia® ou 
ceftraxona, ceftiofur; amoxicilina, ampicilina ou 
metronidazol
Clostridium difficile, Escherichia coli, C.
perfringens e 
suas toxinas 
Isolado animais assintomáticos (microbiota
intestinal 
bactérias G-: Clostridium difficile, Escherichia
coli, 
Streptococcus sp e Enterococcus 
Sensibilidade: gentamicina>azitromicina> 
enrofloxacina>cefotaxime>tetraciclina 
Máxima resistência: amoxicillina (100%),< 
resistência a gentamicina (5%) 
Cefalosporina de primeira geração: 22 mg/kg IV
TID 
Infecção aeróbica: enrofloxacina 5 mg/kg SC SID 
Infecção 03/05/2022 anaeróbica: metronidazole
20 mg/kg IV SID
• Direta : Jejum 24 48 hs após controle vomito e diarreia X
NPO 
8- 12 horas X dieta microenteral (1-2 mL/kg/h) 
X nutrição enteral o quanto antes proteina alto valor 
biológico, pobre gordura “dieta leve”, “dieta intestinal” 
ou caseira pobre em fibras, pequenas e várias 
porções, líquida- pastosa- sólida 
Reposição de glicose (avaliar glicemia!) e eletrólitos 
manutenção hidroeletrolítica (Ringer lactato + glicose a 
5%) 
Transfusão sanguínea e de plasma (albumina) 
Hidratação e alimentação com suporte vitamínico 
Reposição de potássio? não ultrapassar 
0,5mEq/kg/ h 
Dextrose - intra venoso
• Analgésicos butorfanol ou fentanil 
Annita (nitazoxanida)? Carvão ativado? Soro 
hiperimune? Imunoestimulante? 
Suplemento calórico a cada 2- 4 horas 
Vitamina B ou probiótico 
sucralfato 0.25–0.5 g VO TID, palmoato de pirantel 
Filgrastim? Fator recombinante estimulante das
colónias 
de granulócitos humana (5 μg/kg IV lenta ou SC SID, 
durante 3 a 5 dias), 
NÃO moduladores de motilidade 
Ex Imosec® (cloridrato de loperamida)
• Medidas Preventivas: Evitar exposição a ambientes de
risco até a conclusão 
da imunização 
Isolamento de animais suspeitos 2 -4 semanas 
Introduzir filhote imunizado 
Vírus resistente no ambiente- hipoclorito 10 minutos- 
enxaguar
• Profilaxia 
Vacinação a partir 45 dias ou 6 semanas, cada 3 
semanas (9 e 12 ou 8, 12 e 16 semanas + reforço 
anual (1ano) 
intervalo de 3-4 semanas, animais em risco (a partir 
4 semanas a cada 2 semanas) 
Revacinar anualmente ou cada 3 anos?
Recuperação em 4-5 dias ou óbito
Anticorpos maternais são a maior causa de falha 
vacinal (terminar imunização com 16 semanas X 
vacinas altamente imunogênicas soroconversão mais 
eficiente
Animais com hipotermia apresentam uma resposta 
deficiente dos macrófagos e linfócitos T e são 
incapazes de responder apropriadamente à 
vacinação. 
Nos cães com temperatura corporal acima de 
39,7°C, a resposta ao vírus da cinomose é baixa; 
esta condição também pode ser válida para outras 
vacinas. 
Os animais imunossuprimidos, incluindo aqueles 
com infecção por FeLV, FIV, parvovirose, Ehrlichia 
canis e doenças debilitantes, podem não responder 
de maneira adequada à vacinação; ocasionalmente, 
as vacinas vivas modificadas induzem a doença 
nesses animais
• Prevenção:Vírus altamente resistente a inativação 
Resiste a condições extremas de pH e temperatura 
(56ºC/1h e pH entre 3 e 9) e também a desinfetantes 
comerciais 
Inativados por: Hipoclorito de sódio 1% ou
formalina 
2%, não são por desinfetantes usuais
2-Panleucopenia Felina
•Agente etiológico 
Parvovírus felino – Panleucopenia Felina 
(Enterite infecciosa felina) 
Distribuição Mundial 
Elevada morbidade, é considerada a doença viral 
mais importante em abrigos de felinos 
Mortalidade 90% (filhotes) 
Hospedeiros: todos os membros da família
Felidae, 
qualquer idade (Gatos velhos – infecção
subclínica)
• Transmissão orofecal- excretado em fezes, saliva, 
urina, vômito e sangue 
Contato direto ou indireto (fômites) 
Transplantaria 
Pulgas -vetores mecânicos 
Período de incubação em torno de 5 dias (2-10 
dias)
•Manifestações clínicas frequentes 
Mais comum em filhotes não vacinados: início 
súbito febre, depressão, diarreia (1-3 dias), 
anorexia, vômito, dor abdominal 
Desidratação severa e desequilíbrio eletrolítico. 
Dor e anorexia pode aparecer antes da 
gastrotenterite hemorrágica! 
Infecções secundárias; coagulação intra vascular 
disseminada
• Manifestações clínicas infecção transplacentária 
ou neonatal 
Infecções no início da gestação – reabsorção e 
aborto 
Infecções no final da gestação – natimorto, morte 
após nascimento 
Filhotes infectados entre 2 semanas antes e 2 
semanas após o nascimento – hipoplasia cerebelar 
A intensidade dos sinais neurológicos pode variar na 
ninhada, não progressivo, mas permanente, podem 
adaptar-se as alterações cerebelares e sobreviver 
com qualidade de vida
Na necropsia pode-se observar lesões no 
intestino – espessamento e congestão
• Diagnóstico 
Leucopenia por neutropenia e linfopenia, anemia e 
trombocitopenia- pancitopenia 
Materialpara exame necropsia e histopatológico: 
intestino, cerebelo e órgãos linfoides ou restos de 
abortamento 
Diagnóstico Laboratorial- fezes 
Antígeno PCR? ELISA Ag rápido para cães 
Vírus pode ser eliminado por 6 semanas após 
melhora das alterações clínicas
• Tratamento: Amoxicilina + ac clavulanico: +
aminoglicosídeo ou + quinolona 
ou cefalosporina 3 
a geração
Terapia de suporte (tratamento e prevenção) 
Antibiótico de amplo expectro amoxicilina + ac 
clavulânico, cefalexina, enrofloxacina (cautela!) iv 
(internação) 
Vitaminas do complexo B 
Ambiente limpo e aquecido, hipoclorito de sódio (1: 30 
Eliminação das pulgas (vetor mecânico?) 
Redução do estresse e evitar superpopulações 
Animais que sobrevivem até o 5o dia – prognóstico 
bom
Para Hipoproteinemia severa- transfusão
• Prevenção Imunidade após infecção – forte e duradoura, 
imunização pacientes crônicos 
Gatos que se recuperam podem excretar o vírus por 
vários meses 
Vírus altamente resistente no ambiente- e com altas taxas 
de excreção no ambiente 
Imunização 2-3 doses (grau de exposição), reforço anual e 
depois cada 3 anos 
Evitar vacinação de gatas prenhes ou amamentação e de 
filhotes < 4 semanas 
Gatis - boa higiene e quarentena em animais novos, 
desinfecção com hipoclorito de sódio
Prevenção- imunização core (tríplice felina)
3- Coronavirose canina 
•ETIOLOGIA Isolado em 1971 e depois em 1978 
em cães adultos com diarreia - Coronavirus canino 
Frágil: inativado pela maioria dos desinfetantes 
comerciais 
Altamente contagioso, afeta cães jovens, pode ser 
porta de entrada para parvovirose 
Transmissão orofecal, período de incubação de 
24-48 horas 
Replica-se nas células epiteliais do terço médio 
das vilosidades 
Eliminado nas fezes de cães infectados durante 2 
semanas ou mais
• Manifestações clínicas 
Cães assintomáticos, infecções inaparentes ou 
que resultam sinais brandos e autolimitantes 
Diarreia com ou sem vômito, diarreia fétida cor 
alaranjada a mucosanguinolenta 
Febre variável 
Fezes normalizam consistência em 7-10 dias 
Apatia, perda de apetite, desidratação, vômitos, 
febre baixa ou ausente
•Diagnóstico 
Sinais clínicos (variáveis) 
Ausência de leucopenia 
O coronavirus vírus pode ser encontrado nas 
fezes de cães clinicamente sadios e pode estar 
em infecções concomitantes com outros 
agentes
•Tratamento sintomático 
Cefalosporinas 
Enrofloxacina 
Sulfa-trimetoprin 
Fluidoterapia (se necessário) 
Prevenção- Vacinação?

Continue navegando