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Parvovirose canina: etiopatogenia, diagnóstico, tratamento e profilaxia

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PARVOVIROSE CANINA
Etiologia
Material genético: DNA fita
simples com aproximadamente 5
mil pares de base
Não-envelopada: 
Grande resistência no
ambiente, até 1 ano
Família: Parvoviridae
Sub-família: Parvovirinae
Gênero: Protoparvovirus
Espécie: Carnivore protoparvovirus 1 (CPV-1) 
Cepas conhecidas:Cepas conhecidas:
CPV- 2a
CPV- 2b
CPV- 2c
Possuem vacinas disponíveis
Sem vacina disponível: Não sabe se existe imunidade cruzada, essa cepa possui
epítopo importante na produção de anticorpos e para ligação em receptores Cl-
Epidemiologia:
Mais comum filhotes 
Pode acometer gatos,
ferrets, coiotes, lobos e
guaxinim
Distribuição mundial
Altamente contagiosa
Frequente em animais
vacinados ou na janela de
susceptibilidade
Aumento da frequência em
adultos: será a cepa 2c?
 (6 semanas a 6 meses)
M
on
yk
 D
ia
s
Patogenia
EXPOSIÇÃO ORONASAL a fezes,
ambientes ou equipamentos
contaminados, animais infectados e
vetores (insetos, pessoas, etc)
REPLICAÇÃO do vírus na
orofaringe e tecido linfoide
(linfonodos regionais)
Atinge a CORRENTE SANGUÍNEA
(viremia intensa 1 – 5d , depois há
anticorpos neutralizantes no soro)
Tropismo por células em alta
DIVISÃO CELULAR (medula
óssea, células precursoras das
criptas intestinais principalmente
do intestino delgado, tecido
linfóide, células cardíacas e do
SNC de neonatos). Acometem as
células principalmente na fase S
da mitose (divisão do DNA)
Período de incubação (PI): 2 a 14 dias
Excreção viral: 3 a 4 dias após infecção, pode começar transmitir
antes dos sinais clínicos e aumenta com o surgimento deles, podendo
se estender até 20 pós-infecção. 
Animais com imunidade parcial: apresentam sinais clínicos mais
brandos ou forma subclínica da doença. 
Infecção em medula óssea: causa NEUTROPENIA e LIFOPENIA,
predispondo infecções secundárias, agravamento da doença e sepse.
Raças mais sensíveis: Devido a blackgrounds de genes imunológicos
durante a seleção artificial.
DOBERMAN
ROTTWEILER
LABRADOR
PITBULL
PASTOR
ALEMÃO
Monyk Dias
Destruição dos
capilares sanguíneos 
(adaptado: GREENE, 2012)
Morte celular
Aumento de permeabilidade
Diminuição da absorção
DIARREIA
NECROSE
HEMORRAGIA
ANEMIA
Perda de proteína para
o lúmen intestinal
HIPOPROTEINEMIA
TRANSLOCAÇÃO DA MICROBIOTA: Microbiota intestinal atinge a circulação
sanguínea devido ao aumento de permeabilidade, facilitado pela leucopenia,
agrava os sinais clínicos e aumenta risco de sepse.
Monyk Dias
Sinais clínicos
Enterite grave de rápida progressão
Febre 
Anorexia
Vômitos
Diarreia hemorrágica (infecção pela variante 2c não pode não ser
hemorrágica, confundindo a doença com outras gastroenterites)
Desidratação 
Choque (sepse e/ou CID)
AGRAVADOS POR CO-INFECÇÕES (helmintos, protozoários, bactérias, vírus )
Foto: LE C
arm
ichael
Foto: RD
 Schultz, LJ Larson
Monyk Dias
Alterações macroscópicas:
Enterite necrosante segmentar
Congestão e hemorragia em mucosa
intestinal congesta
Formação de pseudomembrana na
mucosa
Atrofia das Placas de Peyer 
Liquefação e hiperemia de medula
óssea.
Alterações microscópicas:
Necrose do epitélio intestinal
Colapso das vilosidades
Aumento do infiltrado inflamatório
na lâmina própria
Aplasia de medula óssea.
(JU
N
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ntônio de Pinho M
arques et al. C
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)
Complicações:
Infecção urinária crônica: contaminação do trato
urinário pelas fezes
Contaminação do cateter de acesso venoso
Pneumonia aspirativa
Hipoglicemia (causa convulsões)
Hipoalbuminemia (pode causar edema)
Hipoplasia cerebelar (filhotes)
Trombos (devido a CID)
Desequilíbrio de eletrólitos, ácido, base. 
Intussuscepção: devido ao elevado peristaltismo
Monyk Dias
Diagnóstico
Histórico e sinais clínicos:
- Sinais clínicos de gastroenterite (principalmente em filhotes)
- Vacinação inadequada ou incompleta
- Contactantes doentes ou frequência em aglomerações
- Assinalamentos raciais
Alterações laboratoriais:
- Anemia
- Leucopenia (neutropenia e linfopenia, pode acontecer monocitopenia
e eosinopenia) 
- Hipoalbuminemia
ELISA:
- Detecção de antígeno viral nas fezes (10 a 14 dias de infecção)
- Alta especificidade
- Baixa sensibilidade: anticorpos sequestram antígeno no lúmen intestinal,
resultados negativos não descartam infecção. 
- Falso positivo após 4 a 8 dias de vacinação.
Monyk Dias
PCR:
- Detecção de material genético viral (amplificação) até 54 dias de PI
- Alta especificidade
- Alta sensibilidade devido a amplificação, os anticorpos intraluminais não
irão interferir.
- Teste comprobatório para os falsos positivos do ELISA. 
- Falso positivo: vacinação em até 2 semanas
- qPCR: Diferenciar vírus vacinal de infecção natural (possuem títulos virais
mais altos), diferencia vacinais de cepas de campo. 
Tratamento
REPOSIÇÃO: Fluidoterapia e reposição dos eletrólitos, corrigir
hipoglicemia e hipocalemia
SUPORTE NUTRICIONAL: Alimentação adequada, se o animal
não se alimentar utilizar sonda e/ou alimentação microenteral.
ANTIEMÉTICOS: ondansentrona, metoclopramida (evitar o uso
devido seu efeito procinético), maropitant.
Monyk Dias
PROTETOR GÁSTRICO: subsalicilato de bismuto, ranitidina e
omeprazol. 
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA: em quadros de anemia e
hipoproteinemia severa
ANALGESIA E ANTIPIRÉTICO: dipirona, butorfanol ou fentanil
ANTIBIOTICOTERAPIA: Utilizar medicamentos de amplo
espectro, a fim de combater as infecções secundárias: 
- Penicilina + aminoglicosídeo (manter paciente hidratado, pois são nefrotóxicos)
- Penicilina ou Cefalosporina de 3ª geração
SORO HIPERIMUNE: Para realização da imunização passiva, no
entanto só apresentam resultados satisfatório quando são
utilizados precocemente e possuem custo oneroso.
ANTIPARASITÁRIO: Devido verminoses oportunistas
Monyk Dias
Prognóstico
Animais sem suporte e tratamento possuem 90% de mortalidade.
O prognóstico depende da gravidade da sintomatologia, do
início e manutenção do tratamento (recursos financeiros.)
As coinfecções pioram o prognóstico
Pior prognóstico: leucopenia persistente por mais de 3 dias:
Leucócitos ≤1.030cls/uL, associado a linfopenia, monocitopenia e
eosinopenia.
Sobrevivência nos 3 a 4 primeiros dias indicam bom prognóstico e
recuperação provável em 1 semana. 
Vacinação
Considerada vacinação ESSENCIAL, só deve ser feita em animais SAUDÁVEIS.
Filhotes:
Primeira dose
entre a 6 a 8
semana de idade
Reapliações com intervalo
de 2 a 4 semanas, até o
animal completar 16
semanas ou mais
Reforço com 26
ou 52 semanas,
após isso, reforço
TRIENAL
Monyk Dias
Adultos nunca vacinados ou com histórico desconhecido:
VACINA DE VÍRUS INATIVADO: 2 doses com intervalos de 2 a 4 semanas
VACINA DE VÍRUS VIVO MODIFICADO: apenas uma dose é suficiente
Os reforços devem ser feitos TRIENALMENTE ou sob reações negativas na sorologia
Controle
 CPV resiste até 1 ano no ambiente: NÃO colocar um animal NÃO
vacinado em um ambiente contaminado.
Isolamento de animais infectados (até deixarem de excretar vírus,
acontece posteriormente a recuperação clínica - PCR confirmam excreção
em até 54 dias após PI).
Hipoclorito de sódio (Diluição: 1 parte: 29 partes de água): Utilizar em
superfícies que já passaram pela limpeza mecânica e remoção de matéria
orgânica, por durante 10 minutos (corrosivo)
Resistente a 70°C por até 30 minutos: utilizar vapor ou vassoura de fogo
em superfícies metálicas
Monyk Dias

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