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Farmacologia Médica - Farmacologia do Sistema Reprodutor

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Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
1 
 
Farmacologia do Sistema Reprodutor 
- Terapia contraceptiva. Principalmente feminino 
devido aos anticoncepcionais. 
 
- Quando fala em sistema reprodutor está vinculado 
ao SNC. 
 
 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO: 
 
Na gestação quem fornece o conteúdo hormonal para 
o desenvolvimento dos caracteres sexuais é a própria 
mãe. 
Quando nascemos passamos por um período de 
amadurecimento. Normal que tenha uma baixa 
produção hormonal até a puberdade – caracteres 
sexuais secundários. 
 
- Na puberdade as mulheres desenvolvem uma 
liberação cíclica de hormônios. 
Na puberdade, a secreção de esteróides sexuais 
estrogênicos é estimulada por um aumento na 
secreção dos hormônios do hipotálamo e da adeno 
hipófise. 
 
- FSH e LH controlam o desenvolvimento dos gametas 
femininos e masculinos. 
 
- Mulheres passam a ter liberação de estrogênio e 
FSH/LH. 
 
- A mulher quanto mais velha, mais difícil engravidar, 
maior chance de ter anomalias nos bebês. Tudo que a 
mulher for exposta durante a vida (ex: radiação) e 
também devido ao envelhecimento dos folículos. 
 
- FSH – estimula os folículos. Hormônio liberado pela 
adenohipofise estimulando o amadurecimento do 
oócito. 
 
- LH – estimular a ovulação. Oócito é liberado e no 
rompimento gera um liquido que gera dor no local, 
processo inflamatório inicial. 
 
- Ciclo feminino é controlado pelo LH, FSH, 
progesterona e estrogênio. 
 
- Primeira fase do ciclo tem o estrogênio – estimula o 
endométrio à proliferação, estimula a vascularização 
do endotélio. Prepara caso tenha uma gestação. 
 
Aumento de estrogênio faz um feed back negativo 
com adenohipofise, diminuindo a produção de 
FSH/LH. 
 
Primeira fase do ciclo – Fase Estrogênica, fase 
Folicular. 
Estrogênio estimula o endométrio e estimula o pico 
do LH. Pico de estrogênio gera o pico de LH causando 
a ovulação. 
 
Ciclo começa com a descamação do endométrio. O 
primeiro dia é o primeiro dia da menstruação. 
A menstruação varia de mulher para a mulher. 
 
 
 
Segunda fase do ciclo – fase Lútea. 
Corpo lúteo produz a progesterona na segunda fase. 
Faz com que o endotélio começa a aumentar a 
reserva de glicogênio, preparando para a gravidez. 
 
Caso tenha fecundação, a placenta toma lugar do 
corpo lúteo na produção de progesterona. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
2 
 
O FSH é o principal hormônio que estimula a liberação 
de estrogênio. 
O LH estimula a ovulação na metade do ciclo e 
constitui o principal hormônio que controla a secreção 
subseqüente de progesterona pelo corpo lúteo. 
 
O estrogênio controla a fase proliferativa do 
endométrio e exerce efeitos de retroalimentação 
negativa sobre a adeno hipófise. 
 
A progesterona controla a fase secretora posterior e 
exerce efeitos de retroalimentação negativa tanto no 
hipotálamo quanto na adeno hipófise. 
 
Se houver implantação de um óvulo fertilizado, o 
corpo lúteo continua secretando progesterona. 
 
 
 
- ESTROGÊNIOS: 
 
Os estrogênios – grupo de três hormônios que em 
conjunto é chamado de estrogênio (estradiol, estrol e 
estrona). 
Estradiol principalmente pelo ciclo reprodutor. 
 
Os estrogênios são sintetizados pelo ovário e pela 
placenta e, em pequena quantidade, pelos testículos e 
córtex supra renal. 
 
Em resumo então, os estrogênios são sintetizados 
pelos: 
*Ovários 
*Córtex da Suprarrenal – parte cortical responsável 
pela produção de hormônios esteroidais (aldosterona, 
cortisol, androgênios). Hormônios com peso 
molecular pequeno. 
 
Estrogênio é de origem lipídica, peso molecular 
pequeno – importante para entender o tempo de 
ação do anticoncepcional. As mulheres começam a 
tomar no primeiro dia do ciclo por ter um efeito 
demorado. Peso molecular pequeno influencia no 
tempo de ação, a nível de núcleo. 
 
Pílula combinada dá uma carga grande de estrogênio 
e progesterona o causa um feedback negativo na 
adeno hipófise, inibindo a produção de FSH e LH. 
 
Estrogênio é o principal na primeira fase do ciclo. Vai 
aumentar a quantidade de receptor para 
progesterona – aumenta a ação da progesterona. 
Atua em conjunto com a progesterona e induz a 
síntese de receptores de progesterona no útero, na 
vagina, na adeno-hipófise e no hipotálamo. 
Progesterona diminui a expressão de receptores de 
estrogênio no trato reprodutor ao reduzir a sua 
síntese 
 
Progesterona está na segunda fase do ciclo. 
 
Prolactina aumenta o número de receptores de 
estrogênio na glândula mamaria. Aumenta para 
estimular o aumento da glândula mamária para 
amamentação. 
Prolactina é produzida em nível de Hipotálamo e 
secretada pela adenohipofise. 
Prolatina aumentada tende a diminuir a quantidade 
de estrogênio. Importante na amamentação, se 
depois de ter o bebê ela continuar tomando uma 
pílula com estrogênio, ela pode parar de produzir 
leite. Neste caso a mulher deve tomar uma pílula 
somente com progesterona. 
Aumento de prolactina a pessoa pode ter 
infertilidade. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
3 
 
No osso o estrogênio inibe o osteoclasto, diminuindo 
a osteoporose. 
 
Uso dos ESTROGÊNIOS: 
 
 Hipogonadismo Primário – a menina com 16, 
17 anos e ainda está com corpo infantil. 
Utiliza para desenvolvimento dos caracteres 
secundários e o crescimento. Se o homem 
tomar estrogênio também poderá 
desenvolver os caracteres secundários 
femininos. 
 Amenorréia Primária – no adulto. Mulher não 
menstrua por algum motivo (ex.: síndrome 
ovário policístico). Estrogênio pode ser feito 
junto com progesterona para induzir um ciclo 
artificial. 
 Mulheres sexualmente maduras – uso como 
contraceptivo. Estrogênio utilizado junto com 
progesterona. 
 Durante ou após a menopausa – a reposição 
estrogênica previne os sintomas da 
menopausa e a perda óssea. 
 
Ações Metabólicas: 
 Ações Mineralocorticoides – ação semelhante 
da aldosterona 
 Aumenta as concentrações plasmáticas de 
lipoproteínas de alta densidade (HDL). 
 Aumentam a coagulabilidade do sangue – 
contraindicado em mulher com mais de 35 
anos, tabagista – aumento de eventos pró 
trombóticos. Não deve ser indicado para 
pessoas com problemas de coagubilidade. 
 
Mecanismo de Ação: 
Aumento de Estrogênio diminui a ação do FSH. 
A exemplo de outros esteróides, o estrogênio liga se a 
receptores intracelulares. 
 
Alguns efeitos estrogênicos, em particular suas ações 
vasculares rápidas, podem ser mediados através de 
receptores de membrana. 
 
A vasodilatação aguda produzida pelo 17 (β-estradiol 
é mediada pelo oxido nítrico, e um estrogênio de 
origem vegetal – fitoestrogênio denominado 
genisteína é tão potente quanto o 17-(3-estradiol) 
nesse aspecto. 
Mulher em menopausa não ovula, não tem mais 
óvulos para liberação. Para diminuir os efeitos da 
menopausa utiliza reposição de estrogênio. 
 
Efeitos Adversos do estrogênio como medicamento: 
 
Hipersensibilidade das mamas (receptores de 
estrogênio nas mamas), náusea, vômitos, anorexia, 
retenção de sal e de água com consequente edema e 
risco aumentado de tromboembolia. 
As náuseas e vômitos ocorrem mais no inicio de 
utilização do medicamento. 
 
Na terapia de reposição pós-menopáusica, os 
estrogênios causam sangramento semelhante ao da 
menstruação. 
 
Provocam hiperplasia endometrial, a não ser que 
sejam administrados ciclicamente com um 
progestogênio. 
A administração de estrogênios a mulheres grávidas 
pode causar anormalidades genitais no recém-
nascido. Se for um bebe masculino pode ser 
hermafrodita e se for menina pode ter sangramento. 
 
Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio: 
 
São fármacos que mantém a ação dele em tecidos 
específicos e retira os efeitos de outros tecidos como 
o mamário. 
Ex: 
 TAMOXIFENO – diminui o número de 
receptores de estrogêniono tecido mamário. O 
tamoxifeno tem Ação estrogênica lipídica, óssea e no 
útero. Utilizado em mulheres que teve câncer de 
mama. Neste caso também é indicado para manter o 
estrogênio em outros tecidos e evitar na mama, 
evitando recidivas. 
 
 RALOXIFENO – Utilizado na prevenção de 
osteoporose. Mantem ação do estrogênio no tecido 
ósseo e no sistema cardiovascular. Não tem ação 
uterina. Utilizado no manejo de mulher pós 
menopausa com osteoporose. 
 
ANTIESTROGÊNIOS: 
 
CLOMIFENO – Atua bloqueando a ação do estrogênio 
na adeno hipófise. Não consegue sinalizar que ele (o 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
4 
 
estrogênio) está sendo liberado na periferia, dessa 
forma a adenohipofise estimula a liberação de FHS e 
LH. Utilizado então no tratamento de fertilidade. O 
principal efeito de sua ação antiestrogênica na 
hipófise consiste em induzir a ovulação. 
Indicado para pessoas que não estão ovulando, com 
dificuldade de ovular. Em utilização dele pode ocorrer 
da pessoa engravidar de gêmeos. 
Pode gerar efeitos no TGI (náuseas, vômitos), pode 
gerar hipertrigliceridemia (Aumento dos triglicérides-
raro), pancreatite, hipertrofia de ovário, alterações na 
visão. Se tiver alguns desses exames de pancreatite q 
alteração na visão deve suspender o uso. 
 
- PROGESTOGÊNIOS: 
 
O hormônio progestacional natural é a progesterona. 
A progesterona é secretada pelo corpo lúteo na 
segunda parte do ciclo menstrual e pela placenta 
durante a gravidez. Ocorre também secreção de 
pequenas quantidades pelos testículos e pelo córtex 
supra renal. 
 
Mecanismo de Ação: 
Atuam em receptores intracelulares. 
A densidade dos receptores é controlada pelos 
estrogênios. 
 
ANTIPROGESTOGÊNIOS: 
 
 MIFEPRISTONA – é um agonista parcial dos 
receptores de progesterona. 
Sensibiliza o útero para a ação das prostaglandinas 
(PGF2α, PGE1 – envolvidas no processo de contração 
uterina). Devido a isso a mifepristona é utilizada como 
alternativa clínica para interrupção cirúrgica da 
gravidez. 
Quando administrada na fase folicular tardia do ciclo 
menstrual, a mifepristona inibe a ovulação e, por 
conseguinte, tem o potencial de atuar como agente 
contraceptivo pós-coito. 
 
- HORMÔNIO DE LIBERAÇÃO DAS GONADOTROPINAS 
– AGONISTAS E ANTAGONISTAS: 
 
Os androgênios, os estrogênios e os progestogênios 
exógenos inibem, todos, a secreção de GnRH porém 
apenas os progestogênios exercem este efeito em 
doses que não produzem ações hormonais 
pronunciadas sobre os tecidos periféricos. 
 
 DANAZOL – diminui a ovulação e fertilidade. 
Potencializa a ação do estrogênio, diminui a liberação 
de FHS e LH. É um esteróide sintético que inibe a 
liberação de GnRH e, consequentemente, das 
gonadropinas (FSH e LH). É UM AGONISTA. 
 
O Clomifeno é um antagonista dos estrogênios, que 
estimula a liberação de gonadotropinas ao inibir os 
efeitos de retroalimentação negativa dos estrogênios 
endógenos é utilizado no tratamento da infertilidade. 
 
- CONTRACEPTIVOS ORAIS: 
 
 PÍLULA COMBINADA 
 
Estrogênio mais utilizado é o etinilestradiol. 
 
O progestogênio pode ser a noretisterona, o 
levonorgestrel, o etinodiol ou as pílulas de "terceira 
geração" (o desogestrel ou o gestodeno) que são mais 
potentes, exibem menos ação androgênica e 
provocam menos alterações no metabolismo das 
lipoproteínas. 
 
Estrogênio vai inibir a secreção do FSH e progesterona 
inibe LH. 
 
Estrogênio diminui a preparação do endométrio, 
diminui ação do FSH, não vai ter amadurecimento de 
folículos. 
Progesterona entra inibindo o LH, não terá ovulação. 
Torna o Muco cervical mais espesso e menos 
apropriado para migração do espermatozoide. Mais 
difícil de ocorrer a fecundação. 
 
Se tomar todos os dias certinho, a eficácia é quase 
100%. 
Tomada durante 21 dias consecutivos, seguidos de um 
período de 7 dias sem pílula, provocando 
sangramento por suspensão. 
 
Mecanismo de Ação: 
O estrogênio inibe a secreção de FSH através de 
retroalimentação negativa sobre a adeno hipófise e, 
portanto, suprime o desenvolvimento do folículo 
ovariano. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
5 
 
O progestágeno inibe a secreção de LH e, portanto, 
impede a ovulação, além disso, torna o muco cervical 
menos apropriado para a passagem dos 
espermatozoides. 
O estrogênio e o progestágeno atuam em conjunto, 
alterando o endométrio de modo a não favorecer a 
implantação. 
 
Efeitos Adversos: 
Ganho de peso, retenção de liquido, náuseas 
(principalmente no início), alterações cutâneas 
(aumento da pigmentação, tende a diminuir acnes), 
efeito anabólico (engordar), amenorreia de duração 
variável com a suspensão da administração da pílula. 
 
A pílula combinada inibe a secreção de 
gonadotrofinas, impedindo a ovulação: 
 
 
 
O efeito progestacional é predominante nas pílulas 
combinadas. Locais que refletem esse estímulo: 
 Endométrio – atrófico, não receptivo a 
nidação; 
 Muco cervical – espesso e hostil à ascensão 
dos SPTZ; 
 Transporte tubário do óvulo é prejudicado. 
 
*Todas essas ações acima tem alta eficácia 
contraceptiva. 
 
Pílula do dia seguinte é só de progesterona. 
Progesterona inibe LH que é produzido ate o período 
fértil. Se a relação sexual ocorre depois do período 
que ovulou vai impedir a gravidez tornando o 
endométrio difícil de ocorrer a nidação, muco mais 
espesso e diminuição do transporte tubário. Ideal 
tomar em até 72h. 
 
Pílulas combinadas são indicadas para mulheres 
saudáveis, não fumantes, com menos de 35 anos de 
idade. 
Risco: tabagismo, idade>35 anos, obesidade e 
hipertensão. 
 
 
 
 PÍLULA SOMENTE COM PROGESTERONA 
 
Não impede a ovulação, por isso o índice de falha é 
muito grande. Se esquecer de tomar um dia, ela tem 
possibilidade de ovular. 
 
NORESTISTERONA, LINESTRENOL E NORGESTREL. 
 
Uso contínuo, VO ou parenteral. 
 
Ação: espessamento muco cervical e inibição da 
implantação do embrião no endométrio. 
Concentração insuficiente para impedir uma ovulação. 
 
Indicada em casos de intolerância ou contraindicações 
de estrogênios. Utilizado também durante a 
amamentação (não inibem a produção de leite – 
também admitido anticoncepcionais combinados com 
menos concentrações de estrogênio). 
 
Mulheres para as quais o estrogênio está 
contraindicado (por exemplo, em decorrência de 
trombose venosa, tabagismo ou idade mais 
avançada). 
 
Além disso, mostram se apropriados para mulheres 
cuja pressão arterial aumenta indevidamente durante 
o tratamento com estrogênios. 
 
- SINDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO (SOP): 
 
É uma síndrome. Precisa de vários achados para 
determinar. 
Pode ter obesidade, aumento de pelos, resistência à 
insulina. 
Tratamento com base em todos os achados. 
Pessoa tem tendência a ter infertilidade, aumento de 
testosterona (oleosidade da pele, acnes, pelos). 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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Tratamento em perda de peso, educação alimentar. 
 
Pode indicar a pílula contraceptiva para 
contrabalancear o aumento de testosterona. 
O aumento de estrogênio e progesterona causam a 
diminuição da testosterona. Alivia algum sintomas 
causados pela testosterona aumentada. 
 
Pode ser adquirida, mas também pode ter fator 
genético envolvido. 
Se a pessoa tem o fator genético, pode prevenir com 
atividades físicas, alimentação correta. 
 
Podem ter alterações metabólicas – resistência à 
insulina, tendência a diabetes. Pode ser utilizada a 
Metformina no tratamento da SOP (ajuda nos 
sintomas, por exemplo, a perder peso também). 
O aumento de insulina pode gerar a uma anovulação, 
então a Metformina também pode ajudar nisso. 
 
Tratamento é individualizado! 
 
 
 
- INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS: 
 
Os antibióticos de amplo espectro, como a amoxicilina 
podem alterar a microbiota intestinal e resultar em 
falhada pílula combinada, o que não ocorre com a 
pílula que só contém progesterona. 
Ampicilina interage mais com o anticoncepcional do 
que a amoxicilina. 
 
A pílula com estrogênio vai ser quebrada no TGI por 
uma bactéria, então o uso de antibióticos em 
conjunto vai prejudicar o efeito. 
 
A rifampicina e a rifabutina bem como a 
carbamazepina, a fenitoína a griseofulvina e outros. 
 
 
- CONTRACEPÇÃO PÓS-COITO (DE EMERGÊNCIA): 
 
“Pílula do dia seguinte”. 
 
A administração oral de LEVONORGESTREL 
isoladamente ou combinado com estrogênio, mostra 
se eficaz dentro de 72 horas após o coito sem 
proteção, sendo a dose repetida depois de 12 horas. 
 
Utilizada de forma constante ela perde a eficácia. 
A tendência é ir diminuindo a eficácia devido a toda 
transformação hormonal que ocorre. 
 
Duas apresentações: 
*Dois comprimidos de 0,75mg – toma 1 e depois de 
12h toma mais um. Ou então pode tomar os dois de 
uma vez só que será a dosagem mesma da 
apresentação do dose única. 
*Um comprimido de 1,5mg 
 
Mecanismo de Ação: 
Quando utilizado na primeira fase do ciclo menstrual 
o tem capacidade demonstrável de suprimir o pico do 
hormônio luteinizante (LH) fundamental para que 
ocorra a ovulação. 
Se está ovulando, e passa das 72h, ele pode somente 
alterar muco, diminuir penetração do SPTZ. 
Em 20% dos casos, é possível verificar atraso da ação 
do hormônio folículo estimulante (FSH) e da elevação 
do LH, postergando a ovulação entre 96 e 120 horas, 
particularmente quando o LNG é administrado pelo 
menos três dias antes da ovulação. 
 
Quando administração é feita na segunda fase do ciclo 
menstrual, mesmo que ocorrida a ovulação, apresenta 
capacidade demonstrável de inibir a migração 
sustentada dos espermatozoides. 
Modificações significativas nas propriedades físicas e 
químicas do muco cervical, aumentando sua 
viscosidade e reduzindo a capacidade de penetração 
espermática. 
 
- CONTRACEPÇÃO DE AÇÃO PROLONGADA COM 
PROGESTOGÊNIO APENAS: 
 
A MEDROXIPROGESTERONA é administrada por via 
intramuscular como contraceptivo. 
O levonorgestrel implantado por via subcutânea em 
cápsulas não biodegradáveis. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
7 
 
- TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL NA PÓS-
MENOPAUSA: 
 
Recomendações tem sofrido alteração ao longo dos 
anos. 
Em geral administração cíclica ou contínua de baixas 
doses de um ou mais estrógenos, com ou sem 
prostágeno. 
 
Na menopausa o uso de terapia hormonal melhora 
dos sintomas causados pela redução dos estrogênios, 
como, por exemplo, sintomas vasomotores (ondas de 
calor) e vaginite. Prevenção e tratamento da 
osteoporose. 
 
Em geral administração cíclica ou contínua de baixas 
doses de um ou mais estrógenos, com ou sem 
prostágeno. 
 
Desvantagens: 
*Sangramento cíclico intenso 
*Risco aumentado para câncer endometrial 
*Risco aumentado para câncer de mama 
*Risco aumentado de doença tromboembolítica 
 
Terapia de reposição deve ser avaliada caso a caso 
 
 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
 
FSH estimula as células de Sertoli na 
espermatogênese. 
 
LH estimula a produção de testosterona. No sexo 
masculino é também denominado hormônio 
estimulante das células intersticiais (ICSH) estimula as 
células intersticiais (células de Leydig) a secretar 
androgênios em particular a testosterona 
 
Testosterona é convertida em di-hidrotestosterona. 
 
 
 
Secreção não é cíclica, como aquela observada em 
mulheres que menstruam. 
 
- ANDRÓGENOS: 
 
 
 
Na maioria das células alvo, a testosterona atua 
através de um metabólito ativo, a diidrotestosterona, 
na qual é convertida localmente por uma enzima 5 α-
redutase. 
 
Tanto a testosterona quanto a diidrotestosterona 
modificam a transcrição de genes através de sua 
interação com receptores intracelulares, a exemplo de 
outros esteroides. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
8 
 
Testosterona produzida na puberdade via testicular 
terá o desenvolvimento de características secundárias 
no menino. Também gera retenção de sal e de agua. 
Pele mais espessa, mais produção de pelos. 
 
Utilizados como esteroides anabolizantes, ação de 
testosterona. Uso não farmacológico. 
Em grandes quantidades e a pessoa não associa com 
musculação e dieta e pessoa fica inchada, com 
dificuldade de perder peso depois. 
 
Esteróides anabólicos (por exemplo, nandrolona, 
estanozolol) aumentam a síntese de proteínas e o 
desenvolvimento muscular, resultando em ganho de 
peso. 
 
Usado para terapias de anemia falciforme e abusados 
por atletas. 
 
Testosterona tem muito efeito hepático – icterícia 
colestática, tumores hepáticos e risco aumentado de 
doença cardíaca coronária. 
 
Efeitos Adversos Andrógenos: 
Diminuição eventual da liberação de gonadotropinas 
com consequente infertilidade, e retenção de sal e de 
água resultando em edema. 
Crianças: comprometem o crescimento (através da 
fusão prematura das epífises) e, no sexo feminino, 
causam acne e masculinização. 
 
ANTIANDROGÊNIOS: 
 
FINASTERIDA e DUTASTERIDA 
São inibidores da 5 α-redutase, que é a enzima que 
converte a testosterona em di-hidrotestosterona. 
 
 
 
Utilizado para pacientes com Hiperplasia prostática 
benigna. Também pode ser utilizado para alopecia 
androgênica. Para alopecia é indicado de 1mg. 
Calvície por stress, por exemplo, não será efetivo. 
 
Efeitos adversos: diminuição da libido, disfunção 
erétil, ginecomastia, redução do tamanho peniano, 
diminuição do volume ejaculado, etc. 
Ginecomastia se parar de tomar não volta ao normal. 
 
Obs: Mulheres grávidas (fator de risco X) – evitar 
contato com o medicamento e com o esperma de 
seus parceiros usando finasterida. 
Mulheres podem tomar, mas não pode engravidar.

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