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TRATAMENTOS ENDODÔNTICOS CONSERVADORES

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1 JENNIFER DELGADO FONTES. CROBA 21.280 
TRATAMENTOS ENDODÔNTICOS 
A manutenção da integridade da dentição é importante para mastigação, fonética, estética e oclusão. O 
tratamento conservador pulpar visa a máxima preservação da estrutura dental e a manutenção da integridade 
do complexo dentina-polpa, protegendo a polpa de injúrias adicionais e permitindo a ocorrência do reparo do 
tecido pulpar exposto. 
 Os tratamentos conservadores da polpa são descritos como os capeamentos pulpares, curetagem pulpar e 
pulpotomia. A proteção pulpar e o capeamento têm um enfoque preventivo, visando manter a polpa sem 
intervir nela. A curetagem e a pulpotomia são tratamentos mais invasivos: há uma intervenção direta na polpa, 
e por consequência, estão mais próximos dos procedimentos endodônticos. 
• CAMPEAMENTO PULPAR INDIRETO: 
 O capeamento pulpar indireto é um procedimento terapêutico que consiste na remoção de tecido infectado 
e necrosado, mantendo somente a dentina que fica no fundo da cavidade e que, mesmo desmineralizada, 
ainda possui vitalidade. O tratamento é usado em dentes nos quais a inflamação pulpar foi considerada 
mínima e a remoção completa da cárie causaria, provavelmente, uma exposição pulpar. O procedimento 
permite ao dente utilizar os mecanismos naturais de defesa da polpa contra a cárie. Baseia-se na teoria de 
que existe, entre a camada externa de dentina infectada e a polpa, uma zona contaminada de dentina 
desmineralizada. Quando a dentina infectada é removida, a dentina contaminada pode sofrer remineralização 
e os odontoblastos podem formar a dentina reparadora, evitando, assim, uma exposição pulpar. O melhor 
indicador clínico é a qualidade da dentina: dentina amolecida deve ser removida e a dentina descolorada e 
endurecida pode ser tratada por capeamento indireto. 
 A proteção indireta consiste na aplicação de agentes protetores no assoalho da cavidade na ausência de 
exposição pulpar. Tem a finalidade de proteger o complexo dentinho-pulpar de injúrias, manter a vitalidade 
pulpar e estimular a formação de dentina reparadora ou esclerosada. É realizada logo após o preparo cavitário, 
sob uma restauração definitiva. Toda a dentina necrosada e infectada deve ser removida! 
Objetivos: Bloquear as ações irritantes que atingem a polpa. Interromper o circuito metabólico (fluidos 
bucais/baterias). Inativação de bactérias por ação bacteriostática ou bactericida do material. Remineralização 
da dentina remanescente. Hipermineralização da dentina subjacente e estimular a formação de dentina 
terciária ou reparadora. 
 Técnica operatória: os materiais devem ser aplicados na cavidade com os instrumentais adequados 
e nos tempos recomendados pelo fabricante. 
 
• TRATAMENTO EXPECTANTE: 
Tem a finalidade de estimular o complexo dentinho-pulpar à formar dentina reparadora ou à esclerose 
dos túbulos dentinário, preservando a vitalidade pulpar. Os materiais protetores com suas propriedades 
físico-quimicas são responsáveis de atuar sobre os túbulos dentinarios e cumprir essa função. Seus 
objetivos são: 
 Hipermineralizar a dentina sadia subjacente; 
 Estimular a formação de dentina terciária ou reparadora; 
 Interromper o metabolismo proporcionados pelos fluidos bucais á bactérias e inativa-las pela ação 
bacteriana e bacteriostática do Ca (OH)²; 
 Bloquear as agressões pulpares provocadas pela cárie dental; 
Sequencia: 
 
2 JENNIFER DELGADO FONTES. CROBA 21.280 
1. Após anestesia, e isolamento absoluto e criar acesso à cavidade de cárie, remover a carie, inserir hidróxido 
de cálcio na porção mais profunda da cavidade com uma espátula de inserção, e depois inserir material 
provisório: CIV. Orientar o paciente sobre outra consulta após 60-90 dias para a visualização da formação 
da ponte de dentina reparadora; 
2. Após remoção do material provisório, fazer a restauração definitiva, caso tenha se obtido sucesso. 
 
• CAPEAMENTO PULPAR DIRETO: 
O capeamento pulpar direto é definido como um curativo da polpa exposta clinicamente normal com ausência 
de sinais e sintomas da doença pulpar grave, tendo como objetivo específico facilitar a cura da polpa através 
do estímulo do tecido, pelo material capeador, produzindo tecido mineralizado e fechando a área de 
exposição, assim evitando a microinfiltração e a penetração de bactérias. É um tratamento não invasivo, 
relativamente simples e barato, com o objetivo global de preservar o tecido pulpar saudável. 
 Procedimento realizado em casos de exposição pulpar acidental, vitalidade e ausência de inflamação 
irreversível, em que o hidróxido de cálcio ou MTA é inserido diretamente na polpa exposta. O prognostico 
pode não ser favorável, pois o processo inflamatório pode não ser favorável, pois o processo inflamatório 
pode não ser diagnosticado e a drenagem não seria suficiente para que a pressão interna pulpar não 
retornasse à normalidade, além disso, os fibroblastos devem estar em um ambiente livre de sangue, pus e 
edema para realizar a reparação pulpar. 
• CURETAGEM PULPAR: 
A curetagem pulpar consiste no corte e remoção da porção mais superficial da polpa exposta. A superfície do 
tecido pulpar remanescente será coberta com um material que proporcione à polpa condições para elaborar 
uma camada de dentina, o que lhe devolverá as condições anatômicas ideais (enclausurada em um 
compartimento revestido por dentina), permitindo-lhe a sobrevivência e a funcionalidade. 
 Tem como finalidades remover tecido contaminado e manter a polpa sadia e vital. Quando a polpa apresenta 
sinais clínicos de vitalidade (sensibilidade térmica ao toque, sangramento vermelho vivo e consistência 
encorpada do tecido), a curetagem pulpar está indicada nos casos de pequena exposição por cárie, acidental 
por traumatismo ou durante o preparo cavitário ou, ainda, quando deliberadamente se remove, nas cáries 
muito profundas, a delgada camada de dentina dúbia remanescente. A polpa remanescente, não contaminada 
e supostamente livre de inflamação é protegida por uma camada de hidróxido de cálcio ou MTA para que uma 
ponte de dentina seja formada, mantendo a vitalidade do tecido da polpa. Ela tem melhor resultado em 
pacientes jovens. 
Na sua sequência clínica: Irrigar com soro fisiológico para remover restos dentinário, coágulos sanguíneos e 
limpar a ferida cirúrgica. O sangue deve apresentar coloração vermelho-vivo e o tecido pulpar remanescente 
com consistência, ambos aspectos indicam vitalidade e capacidade de regeneração → com isso, pode 
continuar o procedimento. 
o Hidróxido de cálcio: colocar em pó na área de exposição com auxílio de porta amálgama. Coloca-se 
cimento de hidróxido de cálcio sobre o pó; 
o MTA: manipula-se segundo o fabricante com agua destilada, obtem-se uma pasta arenosa e úmida. 
Ela tem indicação de ser aplicada em áreas úmidas, pois a umidade ativa a reação química do material. 
Deve ser aplicada sobre a polpa exposta com uma espátula ou seringa. 
Avaliar após 45-60 dias por meio da radiografia e teste de vitalidade pulpar. 
• PULPOTOMIA: 
 
3 JENNIFER DELGADO FONTES. CROBA 21.280 
 A pulpotomia é uma técnica de tratamento endodôntico conservador que consiste na remoção do tecido 
pulpar coronário inflamado, com consequente manutenção da integridade da polpa radicular. O tecido pulpar 
remanescente deve ser protegido com um material capeador que preserve sua vitalidade, estimulando o 
processo de reparo e a formação de tecido mineralizado sobre o mesmo, mantendo o tecido pulpar radicular 
com estrutura e função normais. O procedimento é indicado para dentes que apresentam amplas exposições 
pulpares acidentais, quer em decorrência do preparo de uma cavidade, quer como consequência de uma 
fratura coronária. Está recomendada também no tratamento de polpas que evidenciem, clinicamente, 
alterações reversíveis. Neste caso, ela teria sobre a curetagem a vantagem de que com a remoção de toda a 
polpa coronária, seriam eliminadaspartes lesadas e/ou infectadas do tecido pulpar, aumentando a 
probabilidade de reparo do tecido remanescente. 
 A pulpotomia é indicada para dentes decíduos e permanentes e, para isso, a polpa precisa estar vital. Além 
disso, é indicada em dentes que apresentam exposição pulpar pela cárie; em casos de pulpites irreversíveis, 
em dentes com rizogênese incompleta; em dentes com polpa exposta por mais de 24h, em decorrência de 
traumas; e em dentes com ampla destruição coronária onde não há necessidade de pinos intracanal. 
O tecido coronário é considerado vital quando apresenta consistência, resistência ao corte, coloração 
vermelho vivo ou rutilante e hemorragia suave e que cessa em poucos minutos após a exposição ou remoção. 
 Requisitos da pulpotomia: 
o Idade → pacientes jovens tem mais chance de sucesso; 
o Condições clínicas; 
o Cor: se for muito claro ou muito escuto não é bom; 
o Consistência; 
o Sangramento: não é um sinal bom quando sangra muito pouco ou quando sangra muito. 
 A pulpotomia pode ser realizada em uma ou duas sessões. O percentual de sucesso das duas condutas é 
muito próximo e isto faz com que ambas as opções possam ser utilizadas. Holland; Souza; Murata (1999) 
preconizam a realização em duas sessões, em que na primeira é feita a pulpotomia e aplicação de um curativo 
à base de corticosteroide-antibiótico por um período de 2 a 7 dias, ocasião em que o curativo é substituído 
pelo hidróxido de cálcio. 
✓ IMEDIATO: 7 dias; 
✓ MEDIATO: 30 dias, 120 dias e 360 dias. 
BOM PROAGNÓSTICO: 
Ausência de sinais e sintomas; Presença de integridade da lâmina dura; Presença da ponte de dentina (que 
nem sempre será visualizada radiograficamente) e ausência de lesão periapical, e ausência de reabsorção.

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