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Piesf, M1 – P2. Kawanny Arruda HIPERTENSÃO ARTERIAL É uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial – PA (PA ≥140 x 90mmHg). É uma causa direta de cardiopatia hipertensiva, sendo fator de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e trombose, que se manifestam, predominantemente, por doença isquêmica cardíaca, cerebrovascular, vascular periférica e renal. A mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumenta progressivamente com a elevação da PA a partir de 115/75 mmHg de forma linear, contínua e independente. ORGANIZAÇÃO DA LINHA DE CUIDADO DA HA A finalidade da Linha de Cuidado da HAS é fortalecer e qualificar a atenção à pessoa com essa doença por meio da INTEGRALIDADE e da LONGITUDINALIDADE do cuidado, em todos os pontos de atenção. Passos da linha de cuidado: 1. Problematizar a história natural da doença e como se dá a realização do cuidado das pessoas. Em resumo: qual o FLUXO ASSISTENCIAL que deve ser garantido para pessoas com PA limítrofe e HAS, no sentido de atender às suas necessidades de saúde? 2. Identificar quais são os pontos de atenção no município/distrito/região/estado e suas respectivas competências, utilizando uma matriz para sistematizar essa informação e dar visibilidade a ela Em resumo: quais ações esses pontos de atenção devem desenvolver - incluindo ações promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras, reabilitadoras e paliativas? 3. Identificar as necessidades das Unidades Básicas de Saúde (UBS) quanto ao SISTEMA LOGÍSTICO para o cuidado dos usuários (cartão SUS, prontuário eletrônico, centrais de regulação, sistema de transporte sanitário), pontuando o que já existe e o que necessita ser pactuado com a gestão municipal/distrital/regional/estad ual. 4. Identificar as necessidades das UBS quanto ao SISTEMA DE APOIO (diagnóstico, terapêutico, assistência farmacêutica e sistema de informação), pontuando o que já existe e o que necessita ser pactuado com a gestão municipal/distrital/regional/estad ual. Sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos. Piesf, M1 – P2. Kawanny Arruda 5. Identificar como funciona o sistema de gestão da rede. 6. Desenhar o itinerário terapêutico dos usuários na rede e relacionar as necessidades logísticas e de apoio necessárias. Em resumo: definir os fluxos assistenciais que são necessários para atender às suas necessidades de saúde e as diretrizes ou protocolos assistenciais. 7. Identificar a população estimada de pessoas com HAS e os diferentes estratos de risco. Em resumo: realizar a programação de cuidado de acordo com as necessidades individuais e os parâmetros para essa doença. 8. Definir metas e indicadores que serão utilizados para MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS LINHAS DE CUIDADO (Apêndice A). RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO DA HAS A partir de 115 mmHg de pressão sistólica (PS) e de 75 mmHg de pressão diastólica (PD), o risco para eventos cardiovasculares aumenta de forma constante, dobrando a cada 20 mmHg no primeiro caso e a cada 10 mmHg no segundo caso. Os valores de 140 mmHg para a PS e de 90 mmHg para a PD, correspondem ao momento em que a duplicação de risco repercute de forma mais acentuada, pois já parte de riscos anteriores mais elevados. Se o paciente não tiver registro de aferição de PA nos últimos dois anos: deve ser verificada e registrada. Primeira verificação: em ambos os braços. ➢ Se tiver diferença considerar o maior valor; ➢ O braço de maior valor será o de referência OBS. O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para as pressões sistólica/diastólica, respectivamente Quantidade de verificações: – A CADA DOIS ANOS, se PA menor que 120/80 mmHg. - A CADA ANO, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg nas pessoas sem outros fatores de risco para doença cardiovascular. - Em mais dois momentos em um INTERVALO DE 1 – 2 SEMANAS, se PA maior ou igual a 140/90 mmHg ou PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg na presença de outros fatores de risco para doença cardiovascular. OBS. Entre os profissionais médico, enfermeiro e técnico de Enfermagem, as medidas realizadas pelos técnicos de Enfermagem apresentaram efeito do avental branco com uma frequência menor. Piesf, M1 – P2. Kawanny Arruda O diagnóstico da HAS consiste na: Média aritmética da PA maior ou igual a 140/90mmHg,verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas. Soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as duas medidas subsequentes e divide-se por três. A constatação de um valor elevado em apenas um dia, mesmo que em mais do que uma medida, NÃO É SUFICIENTE PARA ESTABELECER O DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO. AFERIÇÃO FORA DO CONSULTÓRIO AMPA: Auto Medida Da Pressão Arterial. Realizada por pacientes ou familiares, não profissionais da saúde fora do consultório. MRPA: Monitorização Residencial de Pressão Arterial. MAPA: Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial. Na suspeita de casos de HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO (HAB) recomenda- se o MRPA ou MAPA para confirmar ou excluir o diagnóstico. A Mapa é feita por aparelhos validados que empregam o método oscilométrico. Afere a pressão por dezenas de vezes nas 24 horas, registrando o comportamento da pressão arterial durante o período do sono. A MRPA é feita, preferencialmente, por manômetros digitais pela própria pessoa ou familiares. Recomendam-se três medidas pela manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e três à noite, antes do jantar, durante cinco dias, ou duas medidas em cada sessão durante sete dias. Pressão de 24 horas maior ou igual a 130 x 80mmHg, vigília maior ou igual a 140x85mmHg e o sono maior ou igual a 120/70mmHg. Valores diagnósticos de HAS: pressão maior ou igual a 130 x85 mmHg. Piesf, M1 – P2. Kawanny Arruda NORMOTENSAS As pessoas que apresentam PA entre 130/85 mmHg são normotensas, devendo aferir anualmente. LIMÍTROFE Pessoas com PA entre 130/85 a 139/89mmHg deverão fazer avaliação para identificar a presença de outros fatores de risco (FR) para DCV. HIPERTENSÃO ARTERIAL Se a média das três medidas forem iguais ou maiores a 140/90mmHg, confirmado o diagnóstico e deve ter agendamento para consulta/iniciar tratamento. CONSULTA DE ENFERMAGEM: limítrofe, prevenção primária, estratificação de risco, acompanhamento. CONSULTA MÉDICA: histórico, exame físico, avaliação laboratorial, avaliação do risco cardiovascular, avaliar hipertensão secundária; acompanhamento; crise hipertensiva. ACOMPANHAMENTO MULTIPROFISSIONAL: nutricionista, odontólogo, profissional de educação física, etc.
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