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Fisiopatologia I

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JESSICA	MOSELLO	-	TERCEIRO	SEMESTRE  
PROCESSOS	FISIOPATOLÓGICOS  
 
Patologia é uma especialidade dentro da área médica, cuja função é realizar                       
diagnósticos. Na patologia geral estuda-se processos patológicos gerais que                 
consistem em mecanismo pelos quais as doenças se desenvolvem. Patologia                   
específica é a patologia geral aplicada a órgãos e sistemas. As formas de atuação do                             
médico patologista são em hospitais e laboratórios particulares, patologia cirúrgica,                   
citopatologia/punção, biópsia de congelação, autópsia (apenas de mortes naturais),                 
pesquisa	e	docência.  
 
ESTUDO	DE	CASO 
Homem de 69 anos de idade apresenta clínica de emagrecimento de cerca de 10 kg                             
em 3 meses, febre (irregularmente aferida, mas sempre em torno de 37 a 38ºC) e                             
sudorese vespertina. Ao exame clínico há presença de massa cervical esquerda e                       
direita, está mais volumosa, firmes, endurecidas e fixas a planos profundos. Há                       
hepatoesplenomegalia, com fígado palpável a 4,0 cm da borda costal direita e baço                         
palpável a 12,0 cm da borda costal esquerda. Exames de imagem revelam o que se vê                               
na	figura. 
 
 
Foi	realizada	uma	PAAF	da	massa	cervical,	cujo	laudo	é	o	seguinte: 
Produto de PAAF de nódulo cervical direito: Recebidas 5 lâminas fixadas e coradas                         
pela técnica de Papanicolau, referidas como provenientes de PAAF de nódulo                     
cervical	direito. 
 
DESCRIÇÃO	MICROSCÓPICA: 
Esfregaços com celularidade representada por numerosas células de aspecto                 
linfoide, grandes e cariomegálicas, com cromatina grosseiramente irregular, reforço                 
de carioteca e escasso citoplasma, isoladas. Há figuras de mitose atípicas de permeio,                         
em	fundo	escasso	de	aspecto	proteináceo,	eosinofílico. 
 
CONCLUSÃO: 
PAAF	positiva	para	células	neoplásicas	malignas. 
Foi feita uma biópsia da massa cervical, que mediu 1,0 x 0,8 x 0,5 cm, constituída de                                 
material	esbranquiçado,	elástico,	cujo	diagnóstico	foi	o	seguinte: 
Biópsia	de	massa	cervical	direita: 
Linfoma	difuso	de	grandes	células,	CD20	positivo,	de	tipo	não-centro	germinativo. 
 
NOTA: Não há critérios para o diagnóstico de doença infecto-contagiosa conforme                     
diferenciais aventados. Pesquisa histoquímica para agentes específicos pelos               
métodos de Ziehl-Neelsen, Grocott, PAS, Giemsa e Mucicarmin resultaram negativas                   
na	amostra. 
Perfil	de	imunoexpressão: 
- CD20:	positivo	nas	células	neoplásicas. 
- BLC6:	positivo	nas	células	neoplásicas. 
- MUN-1:	positivo	nas	células	neoplásicas. 
 
Com base no diagnóstico, iniciou-se tratamento quimioterápico, mas algumas                 
semanas após, o paciente, extremamente debilitado, apresentou febre alta, episódios                   
de tosse com escarro purulento sendo internado para investigação do quadro,                     
porém, evoluiu a óbito e seu corpo foi encaminhado para autópsia. Os achados                         
incluem	o	seguinte: 
 
 
 
QUAIS	MÉTODOS	DE	ESTUDO	FORAM	UTILIZADOS	NESTE	CASO? 
Os métodos de estudo utilizados no estudo em questão consistem em exames                       
citológicos,	exames	anatomopatológicos,	necrópsia,	imunocitoquímica,	citometria. 
 
O QUE É UMA PAAF? QUAIS SÃO AS SUAS INDICAÇÕES? COMO FIXAR O                         
MATERIAL	PROVENIENTE	DE	UMA	PAAF? 
PAAF, consiste em punção aspirativa com agulha fina. Este procedimento é usando                       
quando se quer fazer um rastreamento, nesse caso retirando células de um nódulo,                         
ou para promover alívio em certos casos como no de um derrame pleural. Todo                           
material retirando deve ser analisado por um patologista, para isso é necessário                       
preservá-lo fixando o material em solução de álcool. Utilizada para rastreamento ou                       
diagnóstico	sem	precisar	de	uma	biópsia.  
OBS.: Para fixar aspirados usa-se uma solução de álcool, para fixar biópsias usa-se                         
formol	a	10%. 
 
QUAL	É	A	DIFERENÇA	ENTRE	A	PAAF	E: 
A)		CITOLOGIA	EXFOLIATIVA 
- Citologia exfoliativa é um exame citológico geralmente feita em mucosas e                     
superfícies	do	corpo. 
B)		BIÓPSIA 
- Biópsia é um exame histológico, onde é retirado um fragmento de tecido                       
biológico	de	um	indivíduo	vivo.  
 
 
DEFINA BIÓPSIA E CLASSIFIQUE O TIPO DE BIÓPSIA REALIZADA NESTE DOENTE.                     
COMO	FIXAR	UM	MATERIAL	PROVENIENTE	DE	UMA	BIÓPSIA? 
Biópsia é um exame histológico, onde é retirado um fragmento de tecido biológico                         
de um indivíduo vivo. No paciente foi realizado a biópsia incisional. Fixa-se com                         
formalina. 
- Uma biópsia incisional serve apenas para diagnóstico, não tira a lesão como                       
um	todo.  
- A		biópsia	excisional		retira	a	lesão	inteira	mais	a	margem	de	segurança.  
 
COMO FOI OBTIDO O RESULTADO DESCRITO COMO CD20 POSITIVO NO LAUDO                     
ANÁTOMO-PATOLÓGICO? DESCREVA SUCINTAMENTE A TÉCNICA. COMO SE             
DEVE FAZER UM PEDIDO DE AP? imuno-histoquímica é ummétodo de localização                       
de antígenos em tecidos, explorando o princípio da ligação específica de anticorpos a                         
antígenos	no	tecido	biológico. 
 
Para analisar um corte histológico este precisa ser processado e corado. O corante                         
mais	utilizado	é	a	mistura	de	hematoxilina	com	eosina.  
- Hematoxilina:		azul/roxo,	cora	estruturas	ácidas	(basofílicas)	como	o	núcleo 
- Eosina: rosa, cora estruturas básicas (acidófilas/eosinófilas), como o               
citoplasma,	indicando	parte- 
 
 
CONCEITOS	GERAIS	EM	PATOLOGIA  
 
 
Processos	fisiopatológicos: 
- Lesões	celulares	reversíveis  
- Lesões	celulares	irreversíveis  
- Alterações	inflamatórias  
- Alterações	circulatórias  
- Processos	de	adaptação	do	crescimento	e	diferenciação		celular  
- Processos	neoplásicos  
- Pigmentações	patológicas  
- Processos	de	cura	e	reparo  
- Calcificações	patológicas	e	calculoses  
 
Etiologia:		causa	da	doença  
Patogênese:		desenvolvimento	da	doença	(estudo	dos	mecanismos) 
Sinais:		o	que	o	médico	percebe	(concreto) 
Sintomas:		o	que	o	paciente	relata	(subjetivo) 
 
+ Quando não consegue determinar com precisão qual a causa da doença                     
(etiologia),	fala-se	de		etiopatogênese	.  
 
CENÁRIO CLÍNICO: Homem, 23 anos, procura o serviço de saúde queixando-se de                       
fraqueza progressiva. Relata que, ocasionalmente, suas pálpebras caem e que se                     
cansa facilmente, mesmo quando realiza tarefas diárias normais, como escovar os                     
 
dentes. Por várias vezes, caiu ao subir uma escada. O clínico pede exames de sangue,                             
que revelam níveis aumentados de anticorpos contra receptores de acetilcolina                   
(neurotransmissor da placa motora no músculo estriado esquelético). Os exames de                     
estimulação dos nervos demonstram menor reatividade muscular durante               
estimulação repetida dos neurônios motores. Este jovem é portador de miastenia                     
gravis e iniciou o tratamento. Na forma autoimune desta doença, são produzidos                       
anticorpos contra os receptores da acetilcolina no m. estriado esquelético. Esses                     
anticorpos bloqueiam os receptores da acetilcolina comprometendo a fixação do                   
neurotransmissor aos seus receptores. Sendo assim, não ocorrerá os potenciais de                     
ação	normais	no	músculo	estriado	esquelético. 
 
HISTÓRIA	NATURAL	DA	DOENÇA  
- Causas- Período	de	incubação		(sem	manifestação) 
- Período	prodrômico	(sinais	e	sintomas	inespecíficos)  
- Período	de	estado	(sinais	e	sintomas	típicos) 
- Evolução	(cura	sem	ou	com	sequelas,	cronificação,	complicações,	óbito)  
 
Etapas	da	Resposta	Celular	ao	Estresse: 
 
 
 
Lesão Celular: Conjunto de alterações bioquímicas e morfológicas que podem                   
ocorrer quando o estado de homeostasia é perdido devido ao efeito de uma                         
agressão.  
 
Tipos	de	agressão	que	podem	causar	o	desequilíbrio	homeostático	da	célula: 
 
1.		Hipóxia	(privação	de	oxigênio	reduzindo	a	respiração	oxidativa	aeróbica): 
- Redução	do	fluxo	sanguíneo	(isquemia) 
- Insuficiência	cardiorrespiratória  
 
- Redução	da	capacidade	de	transporte	do	O2	pelo	sangue	(anemia) 
- Perda	de	sangue  
 
2.		Agentes	físicos  
- Traumas	mecânicos	(facada,	fratura) 
- Extremos	de	temperatura	(queimadura	e	frio	intenso) 
- Alterações	bruscas	da	pressão	atmosférica  
- Radiação 
- Choque	térmico 
 
3.		Agentes	químicos	e	ambientais  
- poluentes	ambientais  
- drogas	sociais  
- drogas	terapêuticas  
- inseticidas	e	herbicidas  
- perturbações	do	equilíbrio	eletrolítico	da	células	(glicose	e	sal)  
 
4.	Agentes	biológicos		(vírus,	bactéria,	etc) 
 
5. Reações imunológicas (reações lesivas aos autoantígenos endógenos são                 
responsáveis	por	doenças	autoimunes) 
 
6.		Alterações	genéticas		(lesão	celular	devido	à	deficiência	de	proteínas	funcionais) 
 
7.		Distúrbios	nutricionais  
 
 
→		https://www.youtube.com/watch?v=u-Qt75DBNC0&feature=youtu.be 
 
 
Hipóxia	e	depleção	de	ATP 
- Sem oxigênio a produção de ATP é             
comprometida  
- todas as bombas e canais que           
precisam de ATP para funcionar         
serão prejudicadas,   
desestabilizando o equilíbrio     
bioquímico	da	célula  
- Para tentar reparar a situação a           
célula tenta produzir ATP pela         
glicólise anaeróbica acomulando     
ácido láctico fazendo com que o           
pH	da	célula	diminua  
- A célula tenta economizar energia         
condensando	a	cromatina  
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=u-Qt75DBNC0&feature=youtu.be
Hipóxia	e	perda	da	homeostase	do	cálcio 
- Em condições normais o cálcio encontra-se dentro de organelas ou fora da                       
célula, na falta de ATP ele extravasa e começa a ativar ATPase, endonuclease,                         
entre outras reações que gastam ainda mais atp, aumentando cada vez mais o                         
número	de	lesões	celulares  
 
Aumento	na	permeabilidade	da	membrana  
- A abertura dos poros de transição de permeabilidade mitocondrial leva a                     
diminuição do ATP e a liberação de proteínas que disparam estímulos para a                         
morte	celular	por	apoptose 
- Perda do equilíbrio osmótico da célula e influxo de líquidos íons, bem como a                           
perda	do	conteúdo	celular 
- Lesão as membranas dos lisossomos: resulta na liberação de enzimas                   
digestivas que promovem a digestão enzimática de proteínas , RNA, DNA, e                       
glicogênio  
 
Radicais	livres  
- Elétron	não	pareado	na	camada	de	valência 
- Espécies	altamente	reativas	e	instáveis  
- Reagem	com	macromoléculas  
- Danificam	membranas	celulares,	inativam	enzimas	e	danificam	o	DNA 
- Existem	enzimas	que	servem	para	desativar	estes	radicais  
- Estresse oxidativo ocorre quando a geração de ERO excede a capacidade do                       
corpo de neutralizar estas moléculas (aumento na formação ou diminuição na                     
inativação)  
 
Lesão	mitocondrial 
- o	radical	livre	pode	causar	lesão	na	membrana	mitocondrial  
- A mitocôndria libera através dos poros de transição enzimas que induzem a                       
apoptose  
 
LESÃO	ISQUÊMICA-REPERFUSÃO  
A restauração do fluxo sanguíneo para os tecidos isquêmicos pode promover a                       
repercussão de células, mas paradoxalmente, pode exacerbar a lesão e causar morte                       
celular.  
 
Estresse oxidativo → Sobrecarga de cálcio intracelular (abertura do poro de transição                       
de permeabilidade mitocondrial e depleção de ATP) → Inflamação (lesão tecidual                     
adicional + depósito de IgM em tecidos isquêmicos - proteínas do completo se ligam                           
aos	anticorpos)	→	Ativação	do	sistema	complemento.  
 
Lesão	química	(tóxica) 
- Envenenamento	(cloreto	de	mercúrio,	cianeto) 
- Metabólitos tóxicos reativos, conversão em metabólicos tóxicos             
(Acetaminofeno,	tetracloreto	de	carbono)  
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Q7AZiX6x56I&feature=youtu.be 
 
https://www.youtube.com/watch?v=JcGKDDvk5AQ&feature=youtu.be 
 
https://www.youtube.com/watch?v=u-Qt75DBNC0&feature=youtu.be 
 
 
PERGUNTAS	ORIENTADORAS	DE	ESTUDO 
1.	Defina	lesão	celular. 
Conjunto de alterações bioquímicas e morfológicas que podem ocorrer quando o                     
estado	de	homeostasia	é	perdido	devido	ao	efeito	de	uma	agressão.  
2.	What	could	cause	cell	injury? 
Hipóxia, agentes físicos, agentes químicos e ambientais, agentes biológicos, reações                   
imunológicas,	alterações	genéticas,	distúrbios	nutricionais.  
3.	Name	some	exogenous	causes	of	cell	injury. 
Agentes	físicos,	químicos,	biológicos,	desvio	de	nutrição 
4.	Name	some	endogenous	causes	of	cell	injury. 
Padrões	genéticos,	resposta	imunitária,	fatores	emocionais 
5.	What	is	the	role	of	calcium	in	acute	cell	injury? 
Em condições normais o cálcio encontra-se dentro de organelas ou fora da célula, na                           
falta de ATP ele extravasa e começa a ativar ATPase, endonuclease, entre outras                         
reações que gastam ainda mais atp, aumentando cada vez mais o número de lesões                           
celulares  
6.	How	does	the	cell	compensate	for	the	loss	of	aerobic	respiration? 
A	célula	começa	a	produzir	ATP	pela	glicólise	anaeróbica 
7.	How	does	hypoxia	cause	cell	injury? 
Sem oxigênio a produção de ATP diminui assim prejudicando o funcionamento de                       
canais	e	bombas	de	íons	afetando	o	equilíbrio	bioquímico	da	célula.  
8.	How	does	ATP	deficiency	cause	cell	swelling? 
Com a produção de ATP diminuida o funcionamento de canais e bombas de íons é                             
prejudicado	assim	afetando	o	equilíbrio	bioquímico	da	célula. 
9.	What	is	the	role	of	calcium	in	acute	cell	injury? 
O cálcio é responsável por ativar várias reações como ATPase, endonuclease, entre                       
outras que gastam ainda mais atp, aumentando cada vez mais o número de lesões                           
celulares  
10. Can cell injury caused by hypoxia or anoxia be reversed or repaired by                           
providing	the	cells	with	adequate	oxygen? 
Danos celulares irreversíveis não podem ser reparados com a suplementação de                     
oxigênio, porém células com lesões reversíveis podem ter sua função restaurada com                       
o	influxo	de	oxigênio.  
12.	Is	the	cytoplasm	of	injured	cells	acidic	or	alkaline? 
Lesões celulares são acompanhadas pelo decréscimo do pH intracelular. Por exemplo                     
com depleção de ATP a célula passa a utilizar a via da glicólise anaeróbica                           
acomulando	ácido	lático	no	citoplasma.  
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Q7AZiX6x56I&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=JcGKDDvk5AQ&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=u-Qt75DBNC0&feature=youtu.be
13.	What	are	free	radicals? 
São moléculas ou átomo altamente reativos e instáveis que possuem um elétron não                         
pareado na camada de valência. Danificam membranas celulares, inativam enzimas                   
e	danificam	o	DNA 
14.	How	are	oxygen	radicals	formed? 
Radicais livres são formados em pequenas quantidades durante a respiração celular.                     
Entretanto estes radicais são eliminados por antioxidantes naturais.Quando estes                   
mecanismo antioxidantes do organismo não funcionam os radicais livres tendem a                     
se	acomular	em	quantidades	tóxicas	ao	organismo.  
15.	How	are	free	oxygen	radicals	neutralized? 
Os radicais livres são neutralizados por enzimas como a superóxido dismutase,                     
peróxido	de	hidrogênio	e	vitamina	E	e	C. 
16.	How	do	free	radicals	damage	cells? 
Os radicais livres podem lesar a célula por diversos mecanismos como lesões na                         
membrana celular por peroxidação lipídica, inativação de enzimas graças a                   
modificação	de	proteínas		e	mutações	no	DNA.  
17.	Explique	o	mecanismo	de	lesão	celular	por	isquêmica-reperfusão. 
Estresse oxidativo → Sobrecarga de cálcio intracelular (abertura do poro de transição                       
de permeabilidade mitocondrial e depleção de ATP) → Inflamação (lesão tecidual                     
adicional + depósito de IgM em tecidos isquêmicos - proteínas do completo se ligam                           
aos	anticorpos)	→	Ativação	do	sistema	complemento.  
18.	Como	os	produtos	químicos	podem	gerar	lesão	celular?  
 
 
DEGENERAÇÃO	CELULAR 
 
 
- lesões	celulares	regressivas	e	reversíveis  
- decorrentes de alterações bioquímicas resultando no acúmulo de substâncias                 
no	interior	das	células	(acúmulo	intracitoplasmático) 
 
Classificação	(de	acordo	com	a	substância	que	acomula	dentro	da	célula)  
- Degeneração	hidrópica 
- Degeneração	gordurosa 
- Degeneração	hialina 
- Degeneração	mucóide 
- Degeneração	glicogênica  
 
DEGENERAÇÃO	HIALINA  
 
 
- Lesões celulares regressivas e reversíveis decorrente de alterações bioquímicas                 
resultando	no	acúmulo	de		PROTEÍNAS		no	interior	das	células.  
- Classificação morfotintorial: termo descritivo histológico e não um marcador                 
específico	de	lesão	celular	(alteração	hialina	→	extracelular)  
 
+ Existem	as	degenerações	hialinas	intracelulares	e	extracelulares  
 
 
Degeneração	Hialina	INTRACELULAR  Degeneração	Hialina	EXTRACELULAR 
D.H	goticular   Cicatriz	/	Quelóide 
Corpúsculo	de	Russell  Hialinose	arteriolar 
Corpúsculo	de	Councilman	-	Rocha 
Lima 
Microangiopatia	diabética	/ 
Glomeruloesclerose	nodular	e	focal 
Corpúsculo	de	Mallory  Síndrome	da	angústia	respiratória aguda	-	S.A.R.A. 
Doença	Cérea	de	Zencker   Amiloidose	* 
 
 
Degeneração	Hialina		INTRACELULARES 
Agregados,	vacúolos	ou	gotículas	redondas	e	eosinofílicas		dentro	do	citoplasma.  
 
Mecanismos	Patogênicos	Gerais  
- Aumento	da	captação	(proteínas	endocitadas) 
- Aumento	produção	(acúmulo	de	material	de	origem	virótica) 
- Condensação de filamentos intermediários e proteínas (defeitos processo de                 
dobra	proteínas)  
 
 
Corpúsculo	de	Mallory 
 
- Hepatócitos	(grumos	citoplasmáticos) 
- Cirrose,	doença	hepática,	alcoólica	NASH. 
- Álcool - radicais livres → Peroxidação proteínas →               
condensação das proteínas do citoesqueleto         
(citocreatina) → filamentos e grumos acidófilos           
no	citoplasma	dos	hepatócitos  
 
 
 
 
 
Goticular  
 
- Glomerulopatias com perda de proteínas, que           
são endocitadas e acumuladas nos túbulos           
contornados	renais.  
 
 
 
 
 
 
Corpúsculo	de	Russell 
 
- Plasmócitos	(IgG	no	citoplasma)  
- Inflamação	crônicas	e	plasmocitomas  
- Leishmaniose	tegumentar	osteomielites 
- síntese	ativa	de	imunoglobulinas 
- retículo	endoplasmático	distendido	com		inclusões	eosinofílicas	e 
homogêneas 
 
 
Corpúsculo	de	Councilman	-	rocha	lima 
 
- Hepatócitos	(citoplasmáticos)	-	apoptose  
- Hepatites	virais	A	ou	B,	e	febre	amarela  
 
 
 
 
 
 
 
Degeneração	Cérea	de	Zenker  
 
Injúria	grave	fibras	musculares	esqueléticas	e	cardíacas  
- Endotoxinas - LSP (febre tifóide e leptospirose,             
sepse	e	choque	anafilático) 
- Agressão Linf T e Macrófagos (Miocardite           
chagásica) 
- IL1 e TNFα → Induz atividade catabólica →               
Ativação proteassomas citoplasmática e       
proteases intracelulares → Desintegração dos         
miofilamentos DEGENERAÇÃO HIALINA →       
NECROSE 
- O sarcoplasma perde a estriação, adquirindo           
aspecto,	homogêneo,	róseo 
 
Degeneração	Hialina		EXTRACELULAR 
- Acomete	tecido	conjuntivo	fibroso	e	parede	de	vasos 
- Depósitos acidófilos intersticiais formados por proteínas do plasma que                 
exsudam	e		depositam-se	na	MEC 
 
1. Hialinose	arteriolar	(H.A.S.) 
2. Cicatriz	antiga/	quelóide 
3. Microangiopatia	diabética/	Glomeruloesclerose	nodular	e	focal 
4. Síndrome	de	angústia	respiratória	aguda 
 
 
Hialinose	-	Transformação	Hialina  
- ocorre	em	vários	órgãos 
- fenômeno	normal	do	envelhecimento 
- hipertensão	arterial 
- diabetes	mellitus  
 
 
Arteríolas aferentes glomerulares deposição       
de substância hialina entre o endotélio e a               
camada	média.  
 
 
 
Rim	-	H.A.S 
- proteínas	do	plasma	que	exsudam	e	depositam-se	na	MEC   
- consequências:	redução	da	luz	de	arteríolas	→	isquemia  
- hialinose	arteriolar	-	hialinização	glomerular 
- Macroscópico:	redução	de	volume,	superfície	granulosa  
 
 
Glomeruloesclerose	nodular	e	focal	(diabética) 
 
 
Áreas de hialinose/esclerose representam áreas de acúmulo de proteínas plasmáticas                   
em	pontos	mais	permeáveis	do	glomérulo,	com	deposição	reativa	de	matriz. 
- Expansão	segmentar	da	matriz	mesangial  
- Acúmulo	de	proteína	plasmática	na	forma	de	depósitos	hialinos 
 
 
 
 
Cicatriz/Quelóide  
 
- Deposição de material fibrilar protéico, em substituição ao parênquima                 
tecidual 
- Fibras colágenas tumefeitas, espessas, homogêneas, perda aspecto fibrilar               
normal.	Aspecto	eosinofílico,	vítreo 
- Produção	do	MEC	exacerbada	e/ou	mecanismos	degradação	reduzidos  
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome	da	angústia	respiratória	aguda	membranas	hialinas:  
 
Lesão difusa do parênquima pulmonar por vários             
tipos	de	agente 
- ingestão	ou	inalação	de	substâncias	tóxicas  
- toxicidade	pelo	oxigênio 
- aspiração	de	conteúdo	gástrico 
- infecções	bacterianas	ou	virais  
 
1. Lesão celular destruição da barreira alvéolo           
capilar 
2. aumento	da	permeabilidade  
3. extravasamento fluidos e proteínas superfície         
alveolar,	forrando	alvéolos  
4. membranas hialinas (marcador histológico       
lesão)  
 
 
AMILOIDOSE  
 
 
- Alteração	Hialina	Extracelular 
- Síndrome agrupando diversas patologias que cursam com depósito intersticial                 
de substância hialina amorfa, causando isquemia e ATROFIA das estruturas                   
adjacentes 
- Órgão	afetados	por	amiloidose:	cérebro,	coração,	baço,	fígado,	pâncreas	e	rim 
 
 
Classificação	Amiloidose: 
 
+ Idiopática:	quando	o	agente	etiológico	é	desconhecido  
 
 
Constituição	física	do	amiloide:  
- Amilóide são polímeros de subunidades protéicas pequenas (monômeros) que                 
se	repetem	indefinidamente. 
- Proteína	dobrada	em	uma	configuração	extremamente	estável 
 
- Cadeia	de	aminoácidos:	disposta	em	forma	de	pregueamento	beta 
- O tipo de monômero é diferente para cada tipo de amilóide e permite                         
classificá-los. 
- Proteína	amiloide,	fibrilar,	pregueamento	beta 
- Moléculas se associam formando bainhas pregueadas (Propriedades             
polariscópicas) 
- Vermelho	Congo:		associação	em	paralelo	com	dobras	das	bainhas	da	proteína 
 
Morfologia	da	amiloidose:  
→	MACROSCOPIA:  
- Aumento	do	volume	do	órgão	–	atrofia	do	parênquima. 
- Rigidez 
- Ex:	Baço	lardáceo,	baço	“em	sagu”,	grande	rim	branco	amiloidótico 
→	MICROSCOPIA:	Hialinização	dos	órgãos	afetados   
- HE.	substância	hialina	:	homogênea		eosinófila 
- Coloração	de	Vermelho	Congo	na	luz	polarizada 
 
Amiloidose	Esplênica  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Congo	red	stain:	to	differentiate	amyloid	from	other	hyaline	deposits  
 
 
 
Amiloidose	Hepática 
 
 
Amiloidose	Renal 
The glomerular architecture is almost totally obliterated bythe massive                   
accumulation	of	amyloid. 
 
 
Aspecto	Microscópico 
 
 
Microscopia:	aspecto	róseo	e	eosinofílico	pela	hematoxilina-eosina	na	M.O. 
 
 
Amiloidose	Neural 
 
TIPOS	DE	AMILÓIDE:  
→		Amilóide	AL 
→		Amilóide	AA 
→		Amilóide	ATTR 
→		 	-	Amilóide  
 
Amilóide	AL: 
- Tipo	mais	comum	de	Amiloidose	Sistêmica 
- Os	monômeros	são	fragmentos	de	cadeias	leves	de	imunoglobulinas 
- Produção	exacerbada+defeito	degradação	cadeias	leves  
- Ocorre em 5-15% dos pacientes com mieloma múltiplo / plasmocitoma                   
(secundária) 
- 	Também	ocorre	em	pacientes	com	linfoma	não	hodgkin. 
 
Amilóide	AA: 
- Doenças	inflamatórias	crônicas:		lepra	,		tuberculose	,	osteomielite. 
- Doenças inflamatórias crônicas não infecciosas: Artrite reumatóide, Sarcoidose,               
colite ulcerativa, psoríase e Doença de Crohn, Doença de Hodgkin e Carcinoma                       
renal 
- Proteína plasmática SAA (serum amyloid associated protein) = baixa                 
concentração 
- 	Fragmento	não	digerível	da	SAA	é	o	monômero	do	amilóide	AA.   
- Falha enzima: degradação incompleta da SAA gerando moléculas insolúveis                 
de	AA 
 
Amilóide	ATTR: 
- Derivado	da	transtirretina	ou	pré-albumina  
- Herança	autossômica	dominante	(familial)  
- AMILOIDOSE POLINEUROPÁTICA: Deposição de amilóide em nervos             
periféricos	e	autonômicos,	rins,	coração 
 
 
 
→	β2	microglobulina 
- Outro	tipo	de	amiloidóse 
- Secundária	a	hemodiálise	prolongada 
- Retenção	na	circulação	devido	Insuficiência	Renal 
- Acúmulo	:	tendões	e	articulações 
- Pacientes	hemodiálise	de	longa	duração 
 
β	-Amilóide: 
- encontrado	no	cérebro	na		doença	de	Alzheimer  
- demência	de	causa	desconhecida  
- material amilóide formando as chamadas placas senis (neurônios e vasos                   
cerebrais) 
 
 
 
 
Lesão de adaptação: existe um período em que há uma adaptação ao ambiente                         
com	o	patógeno.  
Lesão (Degeneração) reversível: não tem tempo para se adaptar a realidade, aquela                       
em que retirada a causa volta ao estado original de homeostase. Caracterizada pela                         
redução da atividade metabólica com consequente acúmulo intracitoplasmático de                 
substâncias.  
 
Para	a	célula	se	adaptar	ela	precisa	ter	um	gasto	energético	muito	grande.  
Redução da função da célula, seja no controle hidroeletrolítico, seja no padrão                       
normal	de	metabolização	de	substâncias	citoplasmáticas 
 
Degeneração	HIalinas:	proteínas  
Degeneração	Hidrópica:	acomula	água 
Degeneração	Gordurosa:	acomula	gordura  
 
DEGENERAÇÃO	HIDRÓPICA  
- Acúmulo	intracelular	de	água  
- Sinônimo:	tumefação	hidrópica,	edema	celular,	inchação	turva  
- Mecanismo: falha na manutenção do volume celular por deficiência no                   
funcionamento	de	Na/K	ATPase	(falta	de	ATP) 
- Causas: Hipóxia, isquemia, lesão de membrana, soluções hipertônicas, perda                 
de	eletrólitos,	hipercolemia 
- Lâmina:	menos	eosinofílico,	fica	granulado,  
 
 
DEGENERAÇÃO	GORDUROSA 
- Acúmulo intracitoplasmático de lipídios (triacilgliceróis) em células             
parenquimatosas 
- Sinônima:	esteatose,	metamorfose	gordurosa 
- Principais	órgãos:	Fígado,	coração,	músculos,	rins  
 
→	Esteatose:	acomula	triglicerídeo  
→	Lipidose:	acomula	qualquer	outro	tipo	de	lipídeo  
 
 
+ Quando ingere-se álcool o fígado para de metabolizar lipídeos para                   
metabolizar o álcool, nesse meio-termo os triacilglicerídeos acomulam-se               
dentro	dos	hepatócitos	-	Esteatose.  
 
Etiologia:  
- Tóxicas	e	tóxicas-infecciosas 
- Dietética	e	metabólica  
- Hipóxia/anóxia 
- Indeterminadas:	esteatose	aguda	da	gravidez  
 
Patogenia: alterações na capacitação, metabolização ou liberação dos lipídios do                   
fígado	para	os	tecidos 
 
Mecanismos: 
1. Entrada	excessiva	de	ácidos	graxos	livres	nos	hepatócitos 
2. Redução	da	síntese	protéica	(apolipoproteínas) 
3. Diminuição	da	oxidação	de	ácidos	graxos  
4. Aumento	da	esterificação	de	ácidos	graxos  
5. Aumento	da	disponibilidade	de	triglicerídeos	plasmáticos 
6. Obstáculo	na	liberação	de	lipoproteínas	do	hepatócito  
 
+ Hepatite pode ter degeneração hidrópica e gordurosa. Nesse caso a gordurosa                     
predomina	sobre	a	hidrópica.  
 
Autópsia: 
- Fígado	amarelo 
- Fígado	untuoso/oleoso  
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: Homem de 43 anos de idade, obeso com IMC de 36,8, portador                             
de diabetes mellitus, dislipidemia e hipertensão arterial, etilista, com diagnósticos                   
comprovados clínica e laboratorialmente, durante exame de rotina detectou elevados                   
níveis de transaminases hepáticas. Procurou serviço médico especializado, que                 
indicou cirurgia bariátrica. O procedimento foi realizado com sucesso e o paciente                       
emagreceu cerca de 30 kg em 1,5 mês. Abandonou os hábitos nocivos (etilismo e                           
sedentarismo, com melhora dos padrões de dieta), porém, em acompanhamento,                   
notou que os níveis de transaminases se elevaram ainda mais e que os parâmetros                           
radiológicos	de	seu	fígado	pioraram. 
 
O achado de elevação de transaminases hepáticas sugere qual processo                   
patológico? 
- Alteração	de	adaptação 
- Lesão	celular	reversível 
- Lesão	celular	irreversível 
- Alteração	inflamatória 
 
O acúmulo de quais substâncias provavelmente está vinculado às alterações                   
hepáticas? 
- Proteína 
- Triglicérides 
- Água 
- Muco 
 
Qual dos seguintes mecanismos corresponde à piora do quadro de lesão                     
hepática	apresentado	após	a	cirurgia	bariátrica? 
- Redução	de	proteínas	circulantes 
- Lesão	tóxica	mitocondrial 
- Aumento	da	mobilização	periférica	de	ácidos	graxos 
- Aumento	da	ação	da	lipase	lipoproteica	periférica 
 
A ingestão alcoólica contribuiu para a alteração reversível no fígado por todos os                         
mecanismos,	exceto: 
- Lesão	tóxica	mitocondrial 
- Redução	da	ingesta	proteica 
- Redução	da	atividade	da	lipase	lipoproteica	periférica 
- Mobilização	periférica	de	ácidos	graxos 
 
A figura ao lado se refere a um fígado oriundo de uma autópsia de um indivíduo                               
alcoólatra. Qual das seguintes características não pode ser observada nessa                   
imagem? 
- Aumento	volumétrico 
- Coloração	amarelada 
- FIbrose	cicatricial 
- Superfície	lisa	e	brilhante 
 
 
 
A imagem ao lado corresponde a uma             
biópsia feita para controle pós operatório do             
paciente. Qual é o processo patológico           
evidente	nesse	corte	histológico? 
- Mucopolissacaridose 
- LIpidose 
- Esteatose 
- Hialinose 
 
 
 
PIGMENTAÇÃO	E	CALCIFICAÇÃO	PATOLÓGICA 
 
 
Defina calcificação patológica e quais as condições necessárias para que cada                     
tipo	ocorra:  
Calcificação patológica consiste na deposição de sais de cálcio em locais                     
normalmente não calcificados. Calcificação é lesão muito frequente, embora                 
geralmente não traga consequências graves. As calcificações patológicas podem ser                   
(1) distrófica, quando predominam fatores locais, como necrose; (2) metastática, em                     
casos de hipercalcemia. Há ainda calcificações idiopáticas, em que nenhum desses                     
fatores	está	presente.  
1. Calcificação distrófica é a que resulta de modificação local nos tecidos                     
(distrofia significa alteração tecidual prévia). Restos necróticos são               
particularmente suscetíveis de deposição de cálcio, que ocorre, especialmente,                 
em locais com necrose caseosa, necrose por coagulação ou necrose                   
gordurosa.  
2. Calcificação metastática é assim denominada para indicar que o cálcio                   
reabsorvidodo tecido ósseo em condições patológicas ocasiona, se não houver                     
excreção adequada pelos rins, depósitos em outros locais. Tal calcificação                   
ocorre caracteristicamente quando há hipercalcemia e, mais raramente,               
hiperfosfatemia. Em geral, quando o produto das concentrações séricas de                   
cálcio e de fosfato fica acima de 35 ou 40 em adultos, ocorre calcificação                           
metastática.  
 
DISTRÓFICA: 
- Deposição	local,	independente	dos	níveis	séricos	de	cálcio 
- Encontrada em áreas de necrose, seja de coagulação caseosa, liquefação                   
gordurosa 
- endotélio	vascular	(placas	ateromatosas)  
- Células	mortas	e	escamadas	dos	túbulos	renais 
- trombos  
- válvulas	cardíacas	-	endocardites 
- parede	das	artérias	(túnica	média)  
- tumores	(memma,	ovário,	tireóide)  
- processo	inflamatório	crônicos	granulomatosos 
- nódulos  
 
Macroscopia: 
- Sítio da lesão esbranquiçado, consistência arenosa ou pétrea, constatação do                   
“ranger	da	faca”	ao	corte,	na	necrópsia 
Microscopia: 
- Quando corada por H&E apresenta-se de coloração intensamente basofílica e                   
invariavelmente	de	aspecto	amorfo. 
+ Coloração diferencial: VonKossa , onde o cálcio é depositado apresenta cor                     
negra 
 
 
METASTÁTICA 
- Ocorre	em	tecidos	normais	sempre	que	houver	hipercalcemia 
Patogenia: 
- Aumento	da	secreção	d	e	PTH 
- (Hiperparatireoidismo) 
- Destruição	de	tecido	ósseo	nos	tumores	(mielomas,	leucemias) 
- Metástases	ósseas	difusas	(carcinoma	de	mama) 
- Imobilização	prolongada 
- Desordens	da	vitamina	D	(intoxicação) 
- Insuficiência	renal	(retenção	de	fosfato:	hiperparatireoidismo	secundário) 
Locais	Principais	de	Deposição: 
- Válvula	aórtica	–	túnica	média 
- Coração	–	interstício	muscular 
- Rins	–	epitélio	tubular	e	interstício	renal	(raro	no	glomérulo) 
- Pulmão	–	parede	dos	alvéolos 
- Mucosa	gástrica	–	túnica	própria	e	membrana	basal	das	glândulas 
 
 
→	http://anatpat.unicamp.br/lamdegn25.html 
 
http://anatpat.unicamp.br/lamdegn25.html
PATOGÊNESE	DOS	CÁLCULOS  
 
- Massas sólidas, concretas e compactas , esferóides, ovóides ou facetadas de                     
consistência	argilosa	a	pétrea. 
- Localizados	em	estruturas	tubulares	ocas,	sem	fluxo	sanguíneo 
- Nefrolitíase (rim), Colelitíase (vesícula biliar), Coledocolitíase (colédoco) e               
Sialolitíase	(glândula	salivar). 
- Causa obstrução, lesão ou infecção de ductos do pâncreas, glândula salivar,                     
próstata,	tratos	urinário	e	biliar. 
 
Estágios progressão: Formação de urina supersaturada → nucleação ou cristalização                    
→		crescimento		→		cálculos 
 
Duas	coisas	essenciais	para	formar	cálculos:		matriz	orgânica	+	hipersaturação  
 
 
 
PIGMENTAÇÃO 
 
Pigmentação é o processo de formação e/ou acúmulo, normal ou patológico, de                       
pigmentos no organismo. Pigmentação patológica pode ser sinal de alterações                   
bioquímicas pronunciadas, sendo o acúmulo ou a redução de certos pigmentos                     
aspecto	importante	em	várias	doenças.  
 
Pigmentação	patológica: 
→	Endógena: 
- Acúmulo	de	constituintes	normais	da	célula 
- Sintetizados	pelo	próprio	organismo 
→	Exógena 
- Formado	exterior	→	penetram	e	depositam	nos	órgão 
- Entram	por	via	aérea,	digestiva	ou	parenteral 
- As	partículas	podem	ser	retidas,	transportadas	ou	eliminadas.   
 
Pigmentações	endógenas:  
1. Derivados	de	Hemoglobina 
Ferruginosos:  
- Hematinas 
- Hemossiderina 
Não-Ferruginosos: 
- Bilirrubina 
2. Melanina 
 
3. Ácido	Homogentísico 
4. Lipofuscina 
 
HEMOSSIDERINA 
- Pigmento	acastanhado	a	dourado,	granular,	grosseiro 
- Macrófagos,	células	parenquimatosas	ou	no	interstício 
- Hemossiderina	localizada:	hematomas,	hemorragias 
- Hemossiderina sistêmica: aumento absorção intestinal de ferro             
(Hemocromatose	primária	ou	hereditária),	morte	excessiva	de	hemácias 
 
 
HEMATINA 
- Pigmento acastanhado a enegrecido resultante da degradação da               
hemoglobina	(heme),	sob	ação	de	Ácidos	ou	Álcalis	fortes 
 
 
 
 
 
 
 
 
BILIRRUBINA 
- Pigmento	granular	castanho-amarelado	a	esverdeado 
- Produto	final	da	degradação	da	hemoglobina 
- Aumento da bilirrubina no plasma causa icterícia (Icterícia fisiológica do recém                     
nascido) 
  
MELANINA 
- Pigmento	protéico	castanho	a	negro:	cor	da	pele,	pêlos	e	olhos 
- Sintetizado	pelos	melanócitos:	Pele,	globo	ocular,	leptomeninge 
- Funções:Fotoprotetora(eumelanina).Antioxidante	(eumelanina	e	feomelanina	) 
- Influência	Hormonal:	ACTH	e	Hormônios	sexuais 
- Doenças	patológicas:	Hiperpigmentação	e	hipopigmentação	melânica.  
 
ÁCIDO	HOMOGENTÍSICO 
- Pigmento	negro 
- Produto	intermediário	normal	do	metabolismo	da	tirosina 
- Acúmulo:	Coloração	enegrecida	das	cartilagens,	esclera	ocular	e	da	pele 
 
LIPOFUSCINA 
- Derivados da peroxidação de lipoproteínas e lipídios das membranas das                   
organelas	(resíduos	celulares) 
- Incapacidade	da	célula	em	digerir	e	eliminar	resíduos	da	autodigestão 
- Pigmentos	granulares	finos,	pardo-amarelados,	intracitoplasmáticos 
 
Pigmentação	exógena:  
- Antracose:	carvão  
- Argiria:	prata 
- Tatuagem  
 
 
	LESÃO	CELULAR	IRREVERSÍVEL	NECROSE	E	APOPTOSE  
 
 
 
 
 
HIPÓXIA  
- Hipóxia Hipóxica: oxigenação inadequada do sangue devido à insuficiência                 
cardiorrespiratória; 
- Hipóxia	Isquêmica:		redução	do	fluxo	sanguíneo	(isquemia); 
- Hipóxia	Anêmica:		redução	da	capacidade	de	transportar	oxigênio	no	sangue; 
- Hipóxia	Hemorrágica:		após	grave	perda	de	sangue. 
- Dependendo da gravidade do estado hipóxico, as células podem se adaptar,                     
sofrer	lesão	ou	morrer 
 
ESTÍMULOS	LESIVOS  
- Físicos: trauma mecânico, extremos de temperatura (queimaduras e frio                 
intenso),	alterações	bruscas	da	pressão	atmosférica,	radiação	e	choque	elétrico 
- Químicos/Drogas: glicose ou sal em concentrações hipertônicas; Venenos               
como arsênico e cianeto; Poluentes, inseticidas e herbicidas; Monóxido de                   
carbono	e	asbesto;	Álcool,	drogas	terapêuticas	e	ilícitas 
- Infecciosos: vírus, parasitas, bacté́rias, fungos e formas superiores de parasitas                   
como	tênias 
- Reações	Imunológicas:		doenças	autoimunes	e	falta	de	imunidade; 
- Genéticos: Uma sutil substituição de um único par de bases levando à                       
substituição	de	um	aminoácido,	como	na	anemia	falciforme; 
- Desequilíbrios Nutricionais: deficiência proteico- calórica, deficiências de             
vitaminas,	anorexia,	obesidade. 
 
NECROSE 
- Forma “acidental” e desregulada de morte celular resultante de danos às                     
membranas	celulares	e	perda	da	homeostase	dos	íons. 
- As	enzimas	lisossômicas	entram	no	citoplasma	e	digerem	a	célula. 
- Conteúdos celulares também são perdidos, através da membrana plasmática                 
rompida, para o espaço extracelular, onde despertam uma reação no                   
hospedeiro	(inflamação). 
- A necrose é o padrão de morte celular encontrado em diversas agressões                       
comuns, como as que se seguem à isquemia, exposição a substâncias tóxicas,                       
várias	infecções	e	trauma. 
 
Padrão	das	alterações	celulares 
- Alterações Morfológicas: a     
desnaturação de proteínas     
intracelulares é resultado da       
digestão enzimática (ruptura de       
lisossomos ou lisossomos dos       
leucócitos) da célula lesada de         
modo	letal; 
- Alterações Nucleares: Picnose     
(retração nuclear); Cariorrexe     
(fragmentação do núcleo);     
Cariólise	(destruição	da	carioteca). 
 
 
Necrose	Tecidual: 
- Quando um grande número de células morre num tecido ou órgão, dizemos                       
que	está	necrótico. 
- A necrose dos tecidos possui vários padrões morfológicos distintos, cujo                   
reconhecimento é importanteporque eles fornecem pistas sobre a sua causa                     
básica. 
 
Necrose	coagulativa: 
- Uma	área	localizada	de	necrose	de	coagulação	pode	ser	chamada	de	infarto; 
- Causada	por	falta	de	irrigação	sanguínea; 
- Proteínas	coaguladas	por	ação	enzimática	(digeridas); 
- Lesão desnatura não apenas as proteínas estruturais, mas também as                   
enzimas,	bloqueando	a	proteólise	das	células	mortas. 
 
 
 
Necrose	liquefativa: 
- É	caracterizada	pela	digestão	das	células	mortas; 
- O material necrótico é frequentemente amarelo-cremoso devido à presença                 
de	leucócitos	mortos	e	é	chamado	de	pus; 
- Morte	por	hipóxia	de	células	dentro	do	sistema	nervoso	central. 
 
 
 
Necrose	caseosa: 
- Termo	“caseoso”	(semelhante	a	queijo); 
- Mais	frequentemente	em	focos	de	infecção	tuberculosa; 
- Coleção de células rompidas ou fragmentadas e restos granulares amorfos                   
delimitados	por	uma	borda	inflamatória	distinta	(granuloma). 
 
Tuberculose:  
 
 
Necrose	gordurosa: 
- Destruição adiposa resultantes da       
liberação de lipases pancreáticas       
ativadas na intimidade do pâncreas e na             
cavidade	peritoneal; 
- Ocorre	na	pancreatite	aguda; 
- As enzimas pancreáticas escapam das         
células	acinares	e	liquefazem-as 
- membranas	dos	adipócitos	do	peritônio; 
- Os ácidos graxos liberados combinam-se         
com o cálcio, produzindo áreas calcárias           
brancas macroscopicamente visíveis     
(saponificação	da	gordura). 
 
 
Necrose	fibrinóide: 
- É uma forma especial de necrose           
geralmente observada nas reações imunes         
que	envolvem	os	vasos	sanguíneos. 
- Esse padrão ocorre tipicamente quando         
complexos de antígenos e anticorpos são           
depositados	nas	paredes	das	artérias. 
- Os depósitos desses “imunocomplexos”,       
em combinação com a fibrina que           
extravasa, resulta em uma aparência         
amorfa róseo-brilhante como “fibrinóide”       
(semelhante	à	fibrina). 
- Típica	de	reação	autoimunes 
- Depósito	de	imunocomplexos 
- Fibrina	=	aspecto	fibrinóide 
 
Necrose	gangrenosa 
- Termo usado na prática clínica, aplicado a uma               
região que tenha perdido seu suprimento           
sanguíneo e que tenha sofrido necrose           
(tipicamente necrose de coagulação) envolvendo         
seus	diversos	planos	teciduais. 
- Quando uma infecção bacteriana se superpõe,           
ocorre ainda necrose liquefativa devido à ação de               
enzimas	das	bactérias	e	dos	leucócitos	atraídos. 
- Necrose	de	todo	um	membro 
- Macroscopicamente:	cor	escura	e	odor	forte 
- Obstrução	de	uma	artéria 
 
Necrose	hemorrágica 
- Ocorre em alguns órgãos internos, quando há obstrução do fluxo sanguíneo                     
acumulando sangue no tecido (hemorragia), esse acúmulo de sangue diminui                   
o	nível	de	oxigênio	necrosando	o	tecido. 
- Órgão	de	dupla	circulação 
- Intestino,	fígado,	pulmão 
 
Notar	na	imagem	a	completa	desorganização	do	parênquima	pulmonar	com	área 
de	hemorragia	(círculos)	e	necrose	(quadrado). 
 
 
Resultado de uma necrose: o tecido necrótico pode evoluir para calcificação                     
distrófica,	cicatrização	,	etc. 
 
 
 
APOPTOSE  
- Morte	celular	programada  
- Induzida por um programa de suicídio finamente regulado no qual as células                       
destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e suas                       
proteínas	nucleares	e	citoplasmáticas 
- As	células	se	quebram	em	fragmentos,	chamados	corpos	apoptóticos  
- A membrana plasmática da célula apoptótica e de seus corpos apoptóticos                     
permanece intacta, mas seus fragmentos tornam-se alvos atraentes para os                   
fagócitos 
- Esta	via	não	desperta	uma	resposta	inflamatória  
- ocorre durante o desenvolvimento e por toda a vida, eliminando células                     
indesejáveis,	velhas	ou	potencialmente	prejudiciais  
 
Apoptose	situações	fisiológicas 
- Destruição	programada	de	células	durante	a	embriogênese  
- Involução de tecidos hormônio-dependentes sob privação do hormônio               
(menstruação) 
- Perda celular em populaçòes celulares proliferativas (células epiteliais               
intestinais)  
- Eliminação	de	linfócitos	autocorretivos	potencialmente	nocivos  
- Morte	de	células	normais	que	já	tenham	cumprido	sua	atividade	funcional  
 
Apoptose	situações	patológicas 
- Dano	ao	DNA  
- Acúmulo	de	proteínas	mal	dobradas  
- Morte celular em certas infecções ( em grande parte a apoptose induzida pelo                         
vírus	nas	células	infectadas) 
- Atrofia	patológica	no	parênquima	de	órgão	após	obstrução	de	ducto 
 
Apoptose	alterações	morfológicas  
- Retração	celular 
- Condensação	da	cromatina  
- Formação	de	bolhas	citoplasmáticas	e	corpos	apoptóticos  
- Fagocitose das células apoptóticas ou corpos apoptóticos, geralmente pelos                 
macrófagos  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apoptose	Mecanismo 
- Resulta	da	ativação	de	enzimas	chamadas	caspases 
- Como muitas proteases, as caspases existem como pro-enzimas inativas ou                   
zimogênios,	e	devem	sofrer	clivagem	enzimática	para	se	tornarem	ativas 
- A presença de caspases ativas, clivadas, constitui um marcador para células                     
que	estão	sofrendo	apoptose  
 
Apoptose	Via	Intrínseca  
- Na via mitocondrial, proteínas da família BCL2, que regulam a permeabilidade                     
mitocondrial, tornam-se desequilibradas, e a liberação de várias substâncias da                   
mitocôndria	levando	a	ativação	de	caspases  
- É	o	principal	mecanismo	de	apoptose	em	todas	as	células	dos	mamíferos 
 
Apoptose	Via	Extrínseca  
- Na via do receptor de morte, sinais de receptores da membrana plasmática                       
levam a montagem de proteínas adaptadas em um "complexo de sinalização                     
incluindo	a	morte",	que	ativa	caspases,	e	o	resultado	final	é	o	mesmo.   
 
Execução	da	apoptose	e	remoção	das	células	mortas  
- As duas vias de iniciação convergem para uma cascata de ativação de                       
caspases que medeiam a fase final da apoptose: fragmentação nuclear,                   
destruição	de	citoesqueleto	e	formação	de	corpos	apoptóticos  
- Fosfatidilserina está presente no folheto interno da membrana plasmática.                 
Nas células apoptóticas esse fosfolipídio move-se para fora, onde é                   
reconhecido	por	varios	receptores	dos	macrofagos. 
- Alguns corpos apoptóticos são revestidos por tromboplastina, uma               
glicoproteina	adesiva	que	é	reconhecida	pelos	fagocitos.  
 
 
 
 
 
NECROSE  
- Morte	celular	seguida	de	fenômenos	de	autólise  
- Alteração morfológica que ocorrem após a morte celular em um tecido ou                       
órgão	vivo 
- Desnaturação	das	proteínas  
- Digestão	enzimática	de	organelas	e	outros	componentes	do	citosol  
- Causa	reação	inflamatória  
 
Lesão	Isquêmica:  
- A	isquemia	ocorre	devido	a	uma	redução	no	fluxo	sanguíneo  
- A	isquemia	causa	o	comprometimento	progressivo	de	vias	bioquímicas  
 
Lesão	por	hipóxia: 
- A	hipóxia	é	a	redução	do	oxigênio	disponível  
- Se o fluxo sanguíneo for restaurado (lesão reversível) e se o fluxo sanguíneo for                           
exacerbado	pode	ocorrer	uma	lesão	(lesão	por	reperfusão)  
- Ex.	infarto	do	miocárdio	e	acidente	vascular	cerebral 
 
 
 
  
CASO CLÍNICO:Mulher, 69 anos, foi internada com queixa de dor precordial de 3h de                             
duração. Ao exame, foi constatada pressão arterial 180/140m mHg. Referiu que há                       
sete anos e meio apresentou a mesma dor também de forte intensidade. Foi                         
submetida a cineangiocoronariografia que demonstrou obstrução de 80% na                 
emergência de ramo diagonal do ramo interventricular anterior da artéria coronária                     
esquerda, irregularidade noterço distal da artéria coronária direita e no terço                       
proximal do ramo circunflexo da artéria coronária esquerda. A ventriculografia foi                     
normal. A paciente recebeu alta depois de nove dias, com prescrição de medicação                         
para. pressão, ,anticoagulante, bloqueador de canal de cálcio, por via oral e então                         
encaminhada ao InCor para tratamento. Quando iniciou seguimento neste Hospital                   
não apresentava sintomas. Informou ser portadora de hipertensão arterial desde a                     
idade de 42 anos. O exame físico revelou peso 107kg, altura 158cm, pulso 70bpm,                           
pressão	arterial	140/90mmHg.	O	restante	do	exame	físico	foi	normal. 
 
 
Qual	diagnóstico? 
Infarto	agudo	do	miocárdio  
Explique	a	etiopatogenia: 
O IAM foi provocado pela obstrução da artéria coronária esquerda que provocou uma                         
lesão	isquêmica	levando	a	necrose	das	células	no	local.  
Qual	o	processo	fisiopatológico	geral? 
Lesão	celular	irreversível  
Qual	o	processo	fisiopatológico	específico? 
Necrose	de	coagulação 
Quais	as	alterações	morfológicas? 
As três alterações morfológicas principais que acontecem em um processo de                     
necrose são a Picnose (retração nuclear), Cariorrexe (fragmentação do núcleo).                   
Cariólise	(destruição	da	carioteca).  
Quais	os	sinais	e	sintomas? 
Sintomas e Sintomas: queixa de dor precordial de 3h de duração; há sete anos e meio                               
apresentou a mesma dor também de forte intensidade. Pressão arterial 180/140m                     
mHg. Cineangiocoronariografia que demonstrou obstrução de 80% na emergência                 
de ramo diagonal do ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda,                     
irregularidade no terço distal da artéria coronária direita e no terço proximal do ramo                           
circunflexo	da	artéria	coronária	esquerda. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=1vaEVcMfa1E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=1vaEVcMfa1E
ALTERAÇÕES	CIRCULATÓRIAS  
 
 
Alterações	circulatórias: 
- Hiperemia 
- Congestão 
- Edema 
- Hemorragia 
- Choque 
- Trombose 
- Embolia 
- Infarto  
 
HIPEREMIA 
 
Hiperemia é o aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos em um órgão                             
ou tecido, especialmente na microcirculação. Tem como finalidade suprir as                   
necessidades do tecido com o aumento da demanda metabólica daquele tecido.                     
Pode	ser	hiperemia	ativa,	passiva	(também	chamada	de	congestão)	ou	mista.  
 
Hiperemia Ativa: aumento do influxo de sangue devido a dilatação arteriolar, o que                         
leva a coloração avermelhada. São exemplos fáceis de observar a hiperemia facial                       
(rubor facial) de origem neurogênica, o rubor facial que acompanha o exercício físico                         
e a hiperemia nas fases iniciais de uma inflamação aguda (rubor no tecido                         
inflamado).	As	principais	causas	são: 
1. Estímulos	vasodilatadores	neurogênicos		(rubor	facial)  
2. Estímulos	vasodilatadores	metabólicos		(ADP	e	adenosina	no	exercício	físico)  
3. Mediadores	inflamatórios	vasodilatadores 
As consequências dessa hiperemia são discretas: a hiperemia neurogênica e a do                       
exercício físico são transitórias; a hiperemia ativa da inflamação é seguida                     
rapidamente	por	hiperemia	passiva,	tornando-se	hiperemia	mista. 
 
Hiperemia Passiva (congestão): diminuição do efluxo tecidual, devido ao distúrbio                   
na drenagem venosa. Tecido afetado fica mais vermelho-azulado (cianose), devido ao                     
acúmulo	de	hemoglobina	desoxigenada	nos	tecidos	afetados.	Principais	causas	são:  
1. Diminuição do retorno venoso em consequência de obstrução localizada,                 
como acontece em trombose venosa, obstrução de veias por causas variadas                     
ou		aumento	da	viscosidade	sanguínea	,	por	empilhamento	de	hemácias. 
2. Redução do retorno venoso sistêmico ou pulmonar, como acontece na                   
insuficiência	cardíaca  
3. Compressão	extrínseca	das	veias		(dedo	preso	por	um	cordão) 
 
 
Hiperemia Mista: hiperfluxo associado a dificuldade de retorno venoso, como                   
acontece	em	inflamações. 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=XhyAtKZg0yI&feature=youtu.be 
 
ASPECTOS	MORFOLÓGICOS: 
 
 
 
 
 
Paredes 
alveolares 
espessas 
 
Acúmulo	de 
sangue	visível  
 
Pigmentação 
presente  
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=XhyAtKZg0yI&feature=youtu.be
 
+ Em	microscopias	de	congestão	é	possível	observar	a	dilatação	de	estruturas	e 
vasos	repletos	de	sangue.  
 
EDEMA 
 
Edema é o aumento da quantidade de líquido intersticial nos tecidos ou cavidades                         
orgânicas. A produção, a circulação e a reabsorção do líquido intersticial dependem                       
de forças geradas na microcirculação e na MEC, conhecidas como forças de Starling.                         
São	elas:  
- pressão	hidrostática	do	sangue		(PHs),	que	força	a	filtração;  
- pressão oncótica do plasma (POp), gerada por macromoléculas circulantes;                 
esta	tem	sentido	oposto	à	PHs;  
- pressão	hidrostática	da	MEC		(Phm) 
- pressão	oncótica	da	MEC		(POm) 
 
A	formação	de	um	edema	acontece	por	principalmente	quatro	fatores,	que	são: 
1. Aumento	de	PHs 
2. Diminuição	de	POp 
3. Aumento	da	permeabilidade 
4. Redução	da	drenagem	linfática  
 
↟		Aumento	de	PHs:	(pressão	hidrostática) 
- Comprometimento do retorno venoso (trombos ou compressão extrínseca ou                 
insuficiências	de	válvulas	venosas) 
- Aumento	da	pressão	venosa	sistêmica	por	insuficiência	cardíaca	direta 
 
↡	Diminuição	da	POp:	(pressão	oncótica) 
- Perda	excessiva	ou	síntese	reduzida	de	albumina  
- Síndrome	Nefrótica	(parede	permeável	glomerular) 
- Cirrose  
- Desnutrição	protéica	(hipoproteinemia) 
 
 
 
↟	Aumento	da	permeabilidade	vascular: 
- Permite a passagem de H2O, íons e proteínas plasmáticas para o interstício                       
(inflamação	aguda) 
- Retenção	de	Na+ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
↡	Redução	da	drenagem	linfática	(linfedema): 
- Obstrução inflamatória (colapso do vaso pela destruição das fibras da MEC por                       
enzima	hidrolíticas	-	inflamação)  
- Neoplasia	e	tratamentos	radioterápicos	(inflamação)  
 
DENOMINAÇÕES 
 
Edema Generalizado (Anasarca): Em algumas situações (ex: insuficiência cardíaca,                 
hipoproteinemia etc.), o edema tende a ser generalizado desde o seu início. Em                         
outras, um edema inicialmente localizado pode acionar mecanismos de                 
compensação que acabam por generalizar o processo, provocando redistribuição dos                   
líquidos	no	corpo	e	aumento	do	líquido	intersticial	na	maioria	dos	órgãos. 
 
Edema Localizado: Edema localizado resulta de causas locais que alteram as forças                       
de	Starling	ou	que	interferem	com	a	drenagem	linfática. 
 
 
- Cavidade	Pleural	→		Hidrotórax 
- Cavidade	Peritoneal	→		Ascite  
- Pericárdio	→		Hidropericárdio  
 
TRANSUDATO (edema hemodinâmico): água e eletrólitos, pobre em células e                   
proteínas (desequilíbrio entre as PH e PO). Acontece por um desequilíbrio das forças                         
de	Starling. 
 
EXUDATO (edema inflamatório): rico em proteínas e células inflamatórias (aumento                   
da permeabilidade vascular). Acontece em inflamações, traumatismos na               
microcirculação	e	vasos	malformados	no	interior	de	neoplasias.  
 
Macroscopia: aumento de volumes dos tecidos que cedem facilmente a pressão                     
localizada, dando origem a depressão que lentamente desaparece (cacifo ou sinal de                       
Godet)  
 
Microscopia: no local edemaciado observa-sea ampliação da MEC evidenciada pela                     
separação das células e dos componentes fibrosos da matriz. Nos pulmões, o líquido                         
acumula-se primeiro nos septos alveolares (edema intersticial); se a causa persiste, o                       
líquido inunda os alvéolos (edema alveolar clássico), nos quais aparece material                     
acidófilo	e	homogêneo	ocupando	os	espaços	aéreos 
 
 
					→	Alvéolo	preenchido 
com		material		rosa		liso 
e				levemente				flocular 
característico	de	edema 
pulmonar.	Os		capilares 
nas		paredes		alveolares 
estão				congestionadas 
com	hemácias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edema	na	ICC	(insuficiência	cardíaca) 
Insuficiência cardíaca DIREITA: Falha reside no ventrículo direito, que não consegue                     
bombear todo o seu conteúdo até à circulação pulmonar. Como resultado, o sangue                         
acumula-se na aurícula direita, acumulando-se na rede venosa que desagua nesta                     
através das veias cavas. Nesse caso o edema forma-se primeiramente nos MMII	,                       
mas	tende	a	generalizar-se	para	o	corpo	todo. 
Insuficiência cardíaca ESQUERDA: Ventrículo esquerdo é incapaz de expulsar para a                     
artéria aorta todo o volume sanguíneo que chega dos pulmões, o que leva a um                             
congestionamento de sangue no território pulmonar, edema pulmonar	. Primeira                 
manifestação	da	congestão	pulmonar	é	a	dispneia.  
 
Revisar	cascata	de	coagulação	para	compreender	a	formação	de	trombos	! 
 
TROMBOSE   
 
Trombose é a solidificação do sangue no leito vascular ou no interior das câmaras                           
cardíacas, em um indivíduo vivo	. Trombo, que é a massa sólida de sangue que fica                             
presa à superfície onde se originou, pode formar-se em qualquer território do                       
sistema cardiovascular: cavidades cardíacas (na parede do órgão ou nas válvulas),                     
artérias, veias e microcirculação. A formação de trombos envolve o processo de                       
coagulação sanguínea e a atividade plaquetária, estando associada a três                   
componentes,	clássica		Tríade	de	Virchow	:  
1. Lesão	endotelial;  
2. Alteração	do	fluxo	sanguíneo;  
3. Modificação	na	coagulabilidade	do	sangue.  
 
Lesão endotelial	: Agressões variadas (físicas, químicas ou biológicas) podem tornar o                     
endotélio pró-coagulante por aumento na síntese de fatores da coagulação (fator VII)                       
e de fatores ativadores de plaquetas (TXA2 e ADP), por redução na sua capacidade                           
anticoagulante (ex: diminuição na expressão de antitrombina no glicocálice) ou por                     
perda	do	revestimento	contínuo	dos	vasos.  
Perda	endotelial	-	lesão	endotelial	direta: 
- Lesão	vascular	traumática	ou	inflamatória	(ativação	neutrófilos) 
- Endotoxinas	bacterianas 
- Placa	ateromatosa 
- Fluxo	turbulento	sobre	valvas	cicatrizadas 
- Invasão	neoplasias	malignas 
Disfunção	endotelial: 
- Hipercolesterolemia 
- Produtos	absorvidos	da	fumaça	do	cigarro 
 
Alteração do fluxo sanguíneo	: Modificações na velocidade do sangue (aumento ou                     
redução) e turbulência no fluxo sanguíneo (formação de redemoinhos ou movimento                     
não	linear/laminar)	são	importantes	na	gênese	de	trombos.  
Estase: 
- Estagnação	do	sangue,	é	a	principal	causa	de	trombo	venoso 
 
- Ocorre o rompimento do fluxo laminar deixando as plaquetas em contato com                       
endotélio assim impedindo a diluição dos fatores coagulantes e retardando o                     
fluxo	dos	inibidores	do	fator 
Turbulência: 
- Causa	trombose	endotelial	arterial	e	cardíaca 
- Turbulência	do	fluxo	lesa	endotélio 
- Favorece o choque de plaquetas contra o endotélio, o que as ativa e inicia a                             
sua	agregação	(ex:	aneurisma) 
 
Hipercoagulabilidade	: Aumento da coagulabilidade sanguínea, por defeitos             
genéticos ou por condições adquiridas, resulta de: (1) aumento do número de                       
plaquetas; (2) maior disponibilidade de fatores pró-coagulantes; (3) redução de                   
inibidores	da	coagulação. 
- Aumenta	liberação	de	tromboplastina,	aumenta	protrombina	e	fibrinogênio  
- Pode ocorrer em disfunções primárias (genéticas) e disfunções secundárias                 
(adquiridas) 
- Algumas disfunções secundárias são: Politraumatismos, Pós-parto e             
pós-operatórios, Tabagismo, Neoplasias, Viremias, Queimaduras, Policitemia /             
Trombocitemia,	Obesidade,	Excesso	de	estrógeno	e	progesterona. 
 
Classificação	dos	trombos 
Constituição/Formação: 
- Brancos	ou	fibrinosos	–	aglutinação	(lesão	endotelial) 
- Vermelhos	–	coagulação	(por	estase) 
- Mistos	–	aglutinação	+	coagulação	(Estrias	de	Zahn) 
Situação: 
- Oclusivo	ou	obliterante 
- Mural	ou	parietal 
 
 
Trombos	Arteriais	/	Cardíacos   Trombos	Venosos 
Ocorrem	no	local	da	lesão	endotelial	ou 
turbulência  Ocorrem	no	local	de	estase 
Crescem	em	direção	retrógrada	ao 
ponto	de	ligação  Crescem	em	direção	ao	fluxo	sanguíneo  
Geralmente		NÃO		oclusivos   Geralmente	oclusivos  
Laminações	aparentes:	Linhas	de	Zahn 
(camadas	claras	de	plaquetas	e	fibrina/ 
camadas	escuras	de	hemácias) 
Formados	por	hemácias	presas	em 
uma	rede	de	fibrina	,	plaquetas	e 
formam-se	em	área	de	estase	após 
ativação	do	sistema	de	coagulação 
 
 
+ As diferenças entre trombos arteriais e venosos se dão principalmente pela                     
diferença	da	velocidade	do	fluxo	sanguíneo	nos	vasos.  
 
Aspecto macroscopico: os trombos apresentam-se como massas de sangue                 
solidificado, de tamanhos variados, aderidos à superfície onde se formaram. Os                     
trombos	são	foscos	e	friáveis.  
 
Aspecto microscópico: coágulo sanguíneo em que se observam áreas acidófilas                   
com aspecto reticulado ou laminar (estrias de Zahn), nas quais predominam                     
depósitos de plaquetas e fibrina, e regiões onde a rede de fibrina aprisiona os                           
elementos figurados do sangue, especialmente hemácias; tal massa está sempre                   
aderida à parede do vaso ou da câmera onde se formou, mesmo que em pequena                             
extensão.  
Estrias	de	Zahn	em	aspecto	macroscópico	e	microscópico  
Aspecto	macroscópico	e	microscópico	de	um	trombo 
	preenchendo	uma	artéria	pulmonar  
 
 
DESTINO	DOS	TROMBOS 
Propagação:		predomínio	processo	de	coagulação	completa	obstrução	do	vaso 
Dissolução:		predomínio	atividade	fibrinolítica 
Organização	e	Recanalização:		equilíbrio	coagulação	e	fibrinólise 
 
Prática	→			http://anatpat.unicamp.br/lamdc6a.html  
 
http://anatpat.unicamp.br/lamdc6a.html
 
 
Coagulação	intravascular	disseminada	(CID)  
A CID promove a ativação sistêmica da coagulação sanguínea, caracteriza-se pela                     
formação de trombos múltiplos especialmente na microcirculação. Com a formação                   
generalizada de trombos de fibrina, ocorre ativação difusa do sistema fibrinolítico, o                       
que leva ao consumo de fibrinogênio e de outros fatores da coagulação. Por causa                           
disso, ocorre hemorragia sistêmica, caracterizando a chamada coagulopatia de                 
consumo. A CID tem, portanto, uma fase trombótica e uma fase hemorrágica	, que                         
podem	acontecer	simultaneamente. 
 
 
 
As principais causas de CID são: (1) condições obstétricas: (a) embolia amniótica; (b)                         
descolamento prematuro da placenta; (c) feto morto retido; (2) traumatismo com                     
destruição tecidual; (3) infecções sistêmicas de qualquer natureza, especialmente                 
bacterianas; (4) neoplasias malignas, sobretudo mieloides, linfoides e carcinomas                 
metastáticos; (5) pancreatite aguda necro-hemorragia;(6) agressões que se                 
acompanham	de	resposta	inflamatória	sistêmica	e	choque	séptico. 
Os mecanismos da CID são complexos e não totalmente esclarecidos. Emmulheres                       
com problemas obstétricos, em traumatismos e em neoplasias metastáticas, há                   
liberação de grande quantidade de tromboplastina (fator tecidual da coagulação),                   
que inicia a cascata da coagulação sanguínea. Em agressões com destruição                     
tecidual, em lesões necróticas extensas e em infecções, DAMP e PAMP caem na                         
circulação e produzem resposta inflamatória sistêmica; com isso, há ativação do                     
endotélio,	que	se	torna	pró-coagulante. 
 
 
EMBOLIA 
 
Embolia é a obstrução de um vaso sanguíneo ou linfático por um corpo sólido	,                           
líquido ou gasoso na circulação que não se mistura com o sangue ou a linfa. O corpo                                 
que circula no interior dos vasos é denominado êmbolo	. Embolia é causa frequente e                           
importante de morbidade e mortalidade, especialmente a embolia pulmonar, que é                     
o	seu	principal	representante. 
 
Embolia LÍQUIDA: Os tipos mais comuns dessa forma de embolia são a de líquido                           
amniótico	e	a	gordurosa. 
- Embolia gordurosa: pode ser provocada por (1) infusão inadequada de                   
substâncias oleosas na circulação sanguínea (injeções oleosas             
intramusculares); (2) esmagamento do tecido adiposo ou da medula óssea                   
amarela em indivíduos politraumatizados	; (3) lise de hepatócitos com                 
esteatose acentuada, o que causa migração de gorduras para as veias                     
hepáticas. 
- Embolia de líquido amniótico: Resulta de contrações uterinas que forçam a                     
passagem do líquido para o interior das veias uterinas durante o trabalho de                         
parto. Complicação rara da gestação (ocorre em cerca de 1 em cada 50.000                         
partos), embolia de líquido amniótico é grave e tem alta taxa de mortalidade.                         
O líquido amniótico tem atividade pró-coagulante	, o que favorece a formação                     
de microtrombos disseminados (coagulação intravascular disseminada) que,             
juntamente com as lesões pulmonares (dano alveolar difuso), é responsável                   
pela	maioria	dos	óbitos. 
 
Embolia GASOSA: Embolia gasosa consiste em bolhas de gás no sangue circulante                       
que	obstruem	o	fluxo	sanguíneo.	As	principais	são:  
- Síndrome de descompressão aguda: resulta da formação de bolhas de ar,                     
especialmente nitrogênio	, quando um indivíduo submerso em grande               
profundidade retorna à superfície. Em águas profundas, a pressão atmosférica                   
elevada aumenta a solubilização do nitrogênio do ar inspirado no sangue; se o                         
indivíduo retorna à superfície rapidamente, a pressão atmosférica cai, e o                     
nitrogênio dissolvido volta ao estado gasoso e forma bolhas (êmbolos) que                     
obstruem	vasos	na	microcirculação	(rim,	extremidades,	retina). 
- Procedimentos hospitalares: Diversas outras causas de embolia gasosa               
iatrogênica surgiram com procedimentos invasivos, propedêuticos ou             
terapêuticos, por meio da inserção de agulhas e cateteres em vasos ou em                         
cavidades. Hoje, as principais causas de embolia gasosa são acidentes                   
iatrogênicos ou traumáticos, sendo o mecanismo semelhante em todas elas.                   
Instrumentos de infusão de líquidos por via parenteral (bombas de infusão)                     
podem ter, nos locais de acesso arterial ou venoso, conexão acidental com                       
equipamentos com ar comprimido, podendo o ar ser acidentalmente injetado                   
na circulação	. Ventilação mecânica com pressão positiva e em condições de                     
resistência pulmonar aumentada causa às vezes pneumotórax e enfisema                 
intersticial; tal procedimento pode também forçar o ar do interstício para as                       
veias	pulmonares,	podendo	gerar	embolia	gasosa. 
 
 
Embolia SÓLIDA: Êmbolos sólidos podem corresponder a fragmentos de trombos,                   
restos necróticos, bactérias ou parasitas, células tumorais metastáticas, fragmentos                 
da medula óssea (fraturas), fragmentos de placas ateromatosas destacadas ou                   
corpos estranhos. Os mais comuns são os êmbolos trombóticos (tromboêmbolos,                   
tromboembolia)	, originados da fragmentação ou do desprendimento de trombos                 
em paredes cardíacas, valvas do coração, aorta e veias profundas. Quando se                       
originam de trombos em câmaras cardíacas esquerdas ou em artérias sistêmicas, os                       
êmbolos podem obstruir vasos em qualquer território e causar isquemia. Se oriundos                       
do coração direito ou de veias da grande circulação, provocam obstrução das artérias                         
pulmonares	(embolia	pulmonar). 
 
TROMBOEMBOLISMO  
Relembrando que os trombos podem ser venosos, arteriais ou cardíacos. Os trombos                       
venosos podem ser em veias superficiais dos MMII ou veias profundas dos MMII                         
(panturrilha,	poplítea,	femorais,	ilíacas)		→	Trombose	Venosa	Profunda	(TVP). 
Deep	vein	thrombosis:			https://www.youtube.com/watch?v=YgENAX40DPI 
 
Patologia	Venosa: 
- Flebotrombose: Formação de trombos no interior de veias. Geralmente, veias                   
de	MMII	e	plexos	pélvicos 
- Tromboflebite: Resposta inflamatória ao trombo e o seu processo de                   
organização 
 
Tromboembolismo	PULMONAR	(TEP)  
Êmbolos nos pulmões originam-se na maioria dos casos de trombos nas veias                       
profundas dos membros inferiores (trombose venosa profunda). A TEP corresponde a                     
doença pulmonar letal mais frequente em indivíduos hospitalizados. Caso os                   
trombos sejam grandes o suficiente para causar uma obstrução existem três                     
possibilidades	diferentes:  
- Oclusão do tronco da artéria pulmonar: (5% dos casos) hipertensão                   
pulmonar aguda → sobrecarga aguda VD → cor pulmonale agudo (diminuição                     
da capacidade de funcionamento das câmaras direitas do coração, por doença                     
pulmonar)	→		morte	súbita 
- Oclusão de ramos pulmonares de médio calibre: Assintomáticos (Irrigação                 
pela	artéria	brônquica).	Indivíduos	com	IC	(infarto). 
- Oclusão capilar: Clinicamente silenciosos pode sofrer um processo de                 
organização ou recanalização (Recanalização incompleta: cordão fibrinoso). No               
caso de oclusões múltiplas, repetidas e disseminadas (oclusão emmais de 30%                       
do	leito	pulmonar)	causa	hipertensão	pulmonar	e		cor	pulmonale	crônico. 
Tromboembolia	Pulmonar:			https://www.youtube.com/watch?v=8UnPPZlnfbk 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tromboembolismo	SISTÊMICO 
Corresponde a êmbolos que viajam na circulação arterial. A origem dos êmbolos                       
pode ser de trombos intracardíacos (80%), aneurisma aórticos e placas                   
ateroscleróticas ulceradas. As consequências dependem da localização do êmbolo,                 
calibre	do	vaso	obstruído	e	aporte	vascular	do	tecido	afetado.	Possíveis	causas	são: 
- Infarto	em	órgãos	como	o	baço	e	rins  
- Infarto	intestinal	caso	obstrua	a	artéria	mesentérica  
- AVC	caso	chegue	no	encéfalo 
- Dor,	isquemia,	necrose	em	extremidades	caso	localize-se	em	MMII 
 
 
INFARTO  
 
Infarto é uma área tecidual de necrose isquêmica causada pela obstrução, seja do                         
suprimento arterial ou da drenagem venosa. O infarto nos tecidosé um evento                         
comum	e	uma	causa	extremamente	importante	de	doença	clínica.  
 
Causas: A trombose arterial ou embolia arterial é a causa da grande maioria dos                           
infartos. Causas menos comuns de obstrução arterial resultando em infartos incluem                     
o vasoespasmo local, a hemorragia dentro de uma placa ateromatosa, ou a                       
compressão	extrínseca	do	vaso	(ex:	por	tumor)  
 
Morfologia: Os infartos são classificados de acordo com a sua cor e a presença ou                             
ausência	de	infecção 
- Vermelhos	(hemorrágicos) 
- Brancos	(anêmicos) 
- Sépticos	ou	asépticos 
 
Infartos Vermelhos: No infarto vermelho, a região comprometida adquire coloração                   
vermelha em razão da hemorragia que se forma na área infartada. Infarto vermelho,                         
que pode ser causado por obstrução tanto arterial como venosa, ocorre                     
caracteristicamente em órgãos com estroma frouxo (ex: pulmões) e/ou com                   
circulação dupla ou com rica rede de vasos colaterais (ex: intestino delgado). O                         
infarto vermelho pode acontecer também em tecidos previamente congestos pelo                   
fluxo venoso lento e quando o fluxo é restabelecido para um local de oclusão                           
arterial com necrose prévia (ex: após angioplastia de uma obstrução arterial).                     
Clinicamente, os pacientes com infarto pulmonar apresentam dificuldade               
respiratória (dispneia), dor torácica e tosse com expectoração sanguinolenta (escarros                   
hemoptoicos)	por	causa	da	necrose	hemorrágica	no	parênquima	pulmonar. 
 
Infarto Brancos: Infarto branco é aquele em que a região afetada fica mais clara                           
(branca ou amarelada) do que a cor normal do órgão. Infarto branco é causado por                             
obstrução arterial em territórios com circulação terminal ou escassa circulação                   
colateral (coração, baço e rim). Onde a densidade do tecido limita a penetração de                           
sangue	dos	leitos	capilares	adjacentes	na	área	necrótica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Infartos	vermelhos	(hemorrágicos) 
Infartos	brancos  
 
Alterações histológicas: Se a oclusão vascular ocorre pouco (minutos a horas) antes                       
da morte do indivíduo, as alterações histológicas podem estar ausentes. O tecido                       
morto	leva	de	4	a	12	horas	para	exibir	alterações	microscópicas	evidentes	de	necrose  
 
Inflamação: A inflamação aguda está presente ao longo das margens dos infartos                       
em poucas horas e está geralmente bem definida dentro de 1 a 2 dias. Finalmente,                             
uma	resposta	reparativa	começa	nas	margens	preservadas 
 
Resposta	dos	tecidos: 
- Nos tecidos lábeis ou estáveis, a regeneração parenquimatosa pode ocorrer na                     
periferia	onde	a	estrutura	do	estroma	subjacente	estiver	preservada 
- A	maioria	dos	infartos	é,	no	final,	substituída	por	uma	cicatriz 
- O cérebro é uma exceção a essas generalizações, pois o infarto do sistema                         
nervoso	central	resulta	em	necrose	liquefativa 
 
Infartos sépticos: Os infartos sépticos ocorrem quando vegetações infectadas de                   
valvas cardíacas embolizam, ou quando microrganismos se instalam no tecido                   
necrótico. Nesses casos, o infarto é convertido em um abscesso, com uma resposta                         
inflamatória	correspondentemente	maior. 
 
Fatores	que	influenciam	o	desenvolvimento	do	Infarto: 
- Anatomia	do	suprimento	vascular 
- Velocidade	da	oclusão 
- Vulnerabilidade do tecido à hipóxia (Neurônios: 3 a 4 minutos, células                     
miocárdicas:	20	a	30	minutos) 
 
 
Hemostasia: parada ou a cessação de um sangramento, pode ser feita naturalmente                       
(hemostasia espontânea) ou artificialmente (ex: ligadura ou cauterização de vasos                   
lesados). A hemostasia espontânea envolve a parede vascular, as plaquetas e o                       
sistema de coagulação sanguínea. Ocorre no local da lesão vascular e culmina na                         
formação do tampão fibrinoplaquetário, que serve para prevenir ou limitar a                     
extensão	do	sangramento.  
- Vasoconstrição: reação reflexa e imediata após agressão de um vaso,                   
especialmente por agente mecânico. A vasoconstrição é mediada sobretudo                 
por	endotelinas	liberadas	pelo	endotélio	agredido. 
- Tampão plaquetário: existem quatro fases na ativação de plaquetas e na                     
formação do tampão plaquetário, (1) adesão de plaquetas ao estroma                   
subendotelial, por meio da ligação ao colágeno e ao fator von Willebrand (vWF                         
fica exposto no caso de lesão endotelial); (2) deformação mecânica induz as                       
plaquetas a emitirem pseudópodes finos, o que aumenta a superfície de                     
contato e favorece a agregação delas; (3) amplificação do tampão                   
plaquetário;		(4)		estabilização	do	tampão	plaquetário	por		fibrina	. 
 
A. Vasoconstrição B. Hemostasia primária C. Hemostasia secundária D. Trombo e                     
eventos	antitrombóticos  
- Célula	endotelial	libera	t-PA	→	fibrinólise  
 
A coagulação sanguínea completa a hemostasia. A coagulação sanguínea resulta                   
de: (1) ativação da via intrínseca	, por exposição de colágeno subendotelial	; (2)                       
ativação da via extrínseca pelo fator tecidual (tromboplastina tecidual) liberado de                     
células	lesadas.  
 
Lesão	vascular	traumática 
- Após uma lesão vascular traumática, as plaquetas encontram componentes                 
do	tecido	conjuntivo	subendotelial,	como	vWF	e	colágeno 
- Em contato com essas proteínas, as plaquetas passam por uma sequência de                       
reações	que	culminam	na	formação	do	tampão	plaquetário 
 
HEMORRAGIA 
 
Hemorragia ou sangramento caracteriza-se pela saída de sangue dos vasos ou                     
coração para o meio externo, para o interstício ou para as cavidades pré-formadas.                         
Hemorragias podem ser internas ou externas e recebem nomes particulares.                   
Hemorragias podem ser causadas por: (1) perda da integridade da parede vascular;                       
(2) alterações dos mecanismos de coagulação sanguínea; (3) modificações                 
qualitativas ou quantitativas das plaquetas; (4) mecanismos complexos e ainda mal                     
definidos. 
 
Patologias	associadas 
- Ruptura	de	grandes	vasos,	como	aorta	e	o	coração 
- Síndrome	de	Marfan 
- Aneurismas	da	aorta	abdominal 
 
Defeitos	na	coagulação: 
Doença	de	von	Willebrand 
- Distúrbio de sangramento causado por baixos níveis de proteína de                   
coagulação no sangue chamada fator de von Willebrand. O FvW é uma                       
proteína de adesão, sintetizado pelas células endoteliais e megacariócitos, está                   
presente	no	plasma,	subendotélio	e	nos	grânulos	α	das	plaquetas. 
- A doença de von Willebrand (DvW) é a doença hemorrágica hereditária mais                       
freqüente e apresenta diferentes expressões fenotípicas com sinais e sintomas                   
de	intensidade	variável. 
Hemofilias 
- A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária caracterizada pela                 
deficiência	dos		fatores	VIII	(hemofilia	A)		ou		IX	(hemofilia	B) 
- Da totalidade dos casos, as hemofilias A e B compõem 70%-85% e 15%-30% dos                           
casos,	respectivamente 
- Os	genes	que	codificam	os	fatores	VIII	e	IX	estão	localizados	no	cromossomo	X 
Aspirina 
- Inibição	da	agregação	plaquetária 
- Pode	levar	a	coagulopatias 
- Achados investigativos: prolongamento do tempo de pró-trombina,             
hipoprotrombinemia

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